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À VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL, REGISTROS PÚBLICOS E AMBIENTAL DE

QUALIFICACÃO DAS PARTES......., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA


O requerente é vendedor autônomo com renda mensal média de 2.213,00 (dois mil,
duzentos e treze reais), conforme Declaração do Imposto de Renda em anexo, razão pela qual
não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem que isso culmine com prejuízo ao seu sustento e de sua família.
Diante disso, pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela
Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pelo artigo 98 e seguintes do Código Processual Civil.
Com o intuito de fundamentar o requerimento de concessão dos benefícios da
gratuidade da justiça, segue entendimento de Tribunais Superiores:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃOESPECIFICADO. AÇÃO
MONITÓRIA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAGRATUITA. DEFERIMENTO. No ato de
interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de
retorno, sob pena de deserção (artigo 511 do CPC), acarretando o não
conhecimento do recurso. Entretanto, sendo objeto do recurso, justamente
o indeferimento de AJG, dispensa-se o requisito em tela para a admissão do
recurso. Nos termos do art. 4°, da Lei nº 1.060/50, a parte gozará dos
benefícios da assistência judiciária mediante simples afirmação, na própria
petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo
e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família. Não
obstante, o art. 5°, da CF, dispõe que o Estado prestará assistência jurídica
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Assim, a
jurisprudência entende que o juiz pode, diante de elementos em sentido
contrário nos autos, entender que a simples declaração não basta para firmar
a presunção relativa de necessidade. E pode determinar que o requerente,
além da juntada de declaração de pobreza, produza prova da necessidade,
para fins de deferimento do benefício. O benefício da gratuidade judiciária
pode ser concedido, sem maiores perquirições, aos que tiverem renda
mensal até dez salários mínimos, nos termos do enunciado 2, da
Coordenadoria Cível de Porto Alegre. Evidenciada tal situação, impõe-se a
concessão do beneficio. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO, EM
DECISÃOMONOCRÁTICA. (Agravo de Instrumento N° 70056678642, Décima
Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Elaine Maria Canto
da Fonseca, julgado em 30/09/2013)(TJ-RS - AI: 7o056678642 RS, Relator:
Elaine Maria Canto da Fonseca, Data de julgamento: 30/09/2013, Décima
Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
03/10/2013) (Grifo nosso)

O fato de a Autora não ter buscado a assistência da Defensoria Pública ou advogados


dativos não afasta a presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência econômica,
conforme dispõe o artigo 99, §4º:
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou
em recurso.
(...)
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a
concessão de gratuidade da justiça. (Grifo nosso)
(...)

1. DOS FATOS
Por volta das 16:00hrs, no dia 15 de março de 2018, o autor estava conduzindo seu
veículo em via pública, contornando a Praça Dom Emanuel, sentido Avenida Santos Dumont,
quando, em frente ao Banco Bradesco, foi atingido por um enorme galho que se desprendeu
de uma árvore localizada na Praça Dom Emanuel e que provocou diversas avarias, conforme
se verifica das imagens em anexo.
Com o susto do impacto do galho, o autor parou o veículo no meio da via acarretando
assim um pequeno congestionamento. Para não interromper por muito tempo o trânsito no
local, o autor estacionou o carro na calçada da praça.
O autor e sua esposa sofreram um susto desmedido, além do medo de que algo pior
pudesse ter ocorrido, pois o impacto na parte dianteira, próximo ao para-brisa do carro foi,
de fato, assustador.
O autor e sua esposa foram tomados pelo sentimento de indignação e revolta, visto
que é dever do Município a poda de árvores, a constatação de doenças em árvores, bem como,
a remoção quando necessária para evitar danos ao cidadão.
Ocorre, excelência, que o veículo em questão era o meio de trabalho do casal, para
conquistar o sustento da família. O autor é vendedor autônomo de roupas em domicílio, não
possui loja física, os produtos são de São Paulo e o carro era o meio de locomoção para buscar
as mercadorias em São Paulo e vende-las. Com o acidente, houve a brusca paralisação que
prejudicaram sobremaneira o sustento da família, pois suspenderam as vendas.
Uma cliente, XXXXX, solicitou no dia 16 de março de 2018 um vestido para uma reunião
que se realizaria no dia 19 de março de 2018, além de outras roupas da nova coleção da marca
Lana Rosa, cujo total de peças perfaziam o montante de R$ 2.729,00 (dois setecentos e vinte
e nove reais), com desconto de 10%, a compra totalizou R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos
reais) a serem pagos em três parcelas de R$ 866.66 (oitocentos e sessenta e seis reais e
sessenta e seis centavos). As peças eram as seguintes: Um vestido xadrez, preto e branco, no
valor de R$ 349,00 (trezentos e quarenta e nove reais), uma calça xadrez na cor preta e branco
no valor de R$ 299,99 (duzentos e noventa e nove reais e noventa e nove centavos), uma blusa
xadrez, preto e branco, no valor de R$ 219,99 (duzentos e noventa e nove reais e noventa e
nove centavos), um conjunto preto no valor de R$ 399,99 (trezentos e noventa e nove reais e
noventa centavos), um vestido vermelho de bolinhas, no valor de R$ 289,90 (duzentos e
noventa e nove reais e noventa centavos), uma calça branca no valor de R$ 249,90 (duzentos
e quarenta e nove reais e noventa centavos), conjunto preto no valor de R$ 399,90 (trezentos
e noventa e nove e noventa), um conjunto de jaqueta e calça, sendo a jaqueta no valor de R$
299,90 (duzentos e noventa e nove reais e noventa centavos e a calça R$ 249,90 (duzentos e
quarenta e nove e noventa). Como não foi possível a entrega do vestido no prazo combinado,
a cliente interpretou o não cumprimento da data como descaso e cancelou toda a compra.
Posteriormente, o autor foi até a cliente e explicou o ocorrido, muito embora a cliente tenha
entendido, afirmou que não tinha interesse nas peças, uma vez que tinha adquirido outras
peças em uma loja, pois necessitava com urgência do vestido para reunião.
Para não ter mais prejuízo e não deixar seus clientes insatisfeitos, o autor se viu
obrigado a alugar um veículo e assim dar continuidade às suas atividades. Conforme
documento em anexo, o valor gasto com o aluguel do veículo foi de R$ 405,00 (quatrocentos
e cinco reais).
Como se não bastasse, a seguradora XXXXXXXX não cobriu todos os danos ocasionados
no veículo do autor, razão pela qual, além da franquia no valor de R$ 1.307.20 (mil trezentos
e sete reais e vinte centavos), teve que pagar outros consertos no valor de R$ 1.305,91 (mil,
trezentos e cinco reais e noventa e um centavos), conforme nota fiscal em anexo.
Ressalta-se que no dia do evento, não estava chovendo, sequer, ventando, o que
demonstra que houve omissão por parte do Município no cuidado com as árvores, seja por
falta de poda, seja por doença, seja pela omissão em fiscalizar periodicamente as árvores que
necessitam ser removidas.
Curiosamente, dias depois as árvores da praça Dom Emanuel foram podadas.
Portanto, em razão da gravidade, do constrangimento e prejuízos causados, ao autor,
vêm perante o Estado-Juiz, pleitear a justa e devida prestação jurisdicional.

2. DOS DIREITOS
DO RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICÍPIO
A questão relativa à natureza da responsabilidade civil do Estado em face de ato
omissivo a ele atribuído sempre proporcionou algum dissenso doutrinário, haja vista que, a
depender da natureza da omissão, a responsabilidade seria subjetiva (de caráter genérico) ou
objetiva (de caráter específico).
É necessário frisar, no entanto, que a Suprema Corte, ao eleger o tema para julgá-lo
sob o regime da repercussão geral e em hipótese relativa à morte de detento dentro de uma
unidade prisional, fixou a diretriz que deve ser observada quanto à responsabilidade civil do
Estado em ato omissivo, sendo certo que o acórdão possui a seguinte ementa:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, § 6º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. A responsabilidade civil estatal, segundo a
Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, § 6º, subsume-se à teoria do
risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras
as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco integral. 2. A omissão do Estado
reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nos
casos em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade
de agir para impedir o resultado danoso. 3. É dever do Estado e direito
subjetivo do preso que a execução da pena se dê de forma humanizada,
garantindo-se os direitos fundamentais do detento, e o de ter preservada a
sua incolumidade física e moral (artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição
Federal). 4. O dever constitucional de proteção ao detento somente se
considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir
os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração
da responsabilidade civil objetiva estatal, na forma do artigo 37, § 6º, da
Constituição Federal. 5. Ad impossibilia nemo tenetur, por isso que nos casos
em que não é possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que
ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de
causalidade, afastando-se a responsabilidade do Poder Público, sob pena de
adotar-se contra legem e a opinio doctorum a teoria do risco integral, ao
arrepio do texto constitucional. 6. A morte do detento pode ocorrer por
várias causas, como, v. g., homicídio, suicídio, acidente ou morte natural,
sendo que nem sempre será possível ao Estado evitá-la, por mais que adote
as precauções exigíveis. 7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada
nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua
atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua
omissão com o resultado danoso. 8. Repercussão geral constitucional que
assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu dever específico de
proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado
é responsável pela morte do detento. 9. In casu, o tribunal a quo assentou
que inocorreu a comprovação do suicídio do detento, nem outra causa capaz
de romper o nexo de causalidade da sua omissão com o óbito ocorrido,
restando escorreita a decisão impositiva de responsabilidade civil estatal. 10.
Recurso extraordinário DESPROVIDO. - (RE nº 841.526 RG, rel. Min. Luiz Fux,
DJe 1/8/2016).

Este precedente precisa ter o seu conteúdo examinado para observar a linha
argumentativa utilizada pelo STF na definição dos limites da responsabilidade civil objetiva por
ato omissivo.
E, do corpo do acórdão extrai-se:
A omissão estatal, entretanto, merece considerações específicas. É que esses casos de
responsabilidade civil do Estado por omissão retratam questões jurídicas tormentosas, tanto
em sede jurisprudencial, quanto doutrinária. Isso porque, embora o artigo 37, § 6º, da
Constituição Federal seja expresso ao definir a responsabilidade civil objetiva do Estado pelos
danos causados pelos seus agentes, não se vislumbra claramente do texto constitucional qual
a solução jurídica adequada nos casos de danos oriundos de omissões estatais.
Diante de tal indefinição, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal vem se
orientando no sentido de que a responsabilidade civil do Estado por omissão também está
fundamentada no artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, ou seja, configurado o nexo de
causalidade entre o dano sofrido pelo particular e a omissão do Poder Público em impedir a
sua ocorrência - quando tinha a obrigação legal específica de fazê-lo - surge a obrigação de
indenizar, independentemente de prova da culpa na conduta administrativa, consoante os
seguintes precedentes:
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo.
Estabelecimento público de ensino. Acidente envolvendo alunos. Omissão
do Poder Público. Responsabilidade objetiva. Elementos da responsabilidade
civil estatal demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas.
Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte firmou-se no
sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem
objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no
art. 37, § 6º, da Constituição Federal, tanto por atos comissivos quanto por
omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a omissão
do Poder Público. 2. O Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas
provas dos autos, que restaram devidamente demonstrados os pressupostos
necessários à configuração da responsabilidade extracontratual do Estado.
3. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos
autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 4. Agravo regimental não provido."
(ARE 754.778 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 19/12/2013)
**************************************************************
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE
CIVIL DO ESTADO. ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
LATROCÍNIO COMETIDO POR FORAGIDO. NEXO DE CAUSALIDADE
CONFIGURADO. PRECEDENTE. 1. A negligência estatal no cumprimento do
dever de guarda e vigilância dos presos sob sua custódia, a inércia do Poder
Público no seu dever de empreender esforços para a recaptura do foragido
são suficientes para caracterizar o nexo de causalidade. 2. Ato omissivo do
Estado que enseja a responsabilidade objetiva nos termos do disposto no
artigo 37, § 6º, da Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega
provimento." (RE 607.771 AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de
14/05/2010) "RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO PODER PÚBLICO -
ELEMENTOS ESTRUTURAIS - PRESSUPOSTOS LEGITIMADORES DA
INCIDÊNCIA DO ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - TEORIA DO
RISCO ADMINISTRATIVO - HOSPITAL PÚBLICO QUE INTEGRAVA, À ÉPOCA DO
FATO GERADOR DO DEVER DE INDENIZAR, A ESTRUTURA DO MINISTÉRIO DA
SAÚDE - RESPONSABILIDADE CIVIL DA PESSOA ESTATAL QUE DECORRE, NA
ESPÉCIE, DA INFLIÇÃO DE DANOS CAUSADA A PACIENTE EM RAZÃO DE
PRESTAÇÃO DEFICIENTE DE ATIVIDADE MÉDICO-HOSPITALAR
DESENVOLVIDA EM HOSPITAL PÚBLICO - LESÃO ESFINCTERIANA OBSTÉTRICA
GRAVE - FATO DANOSO PARA A OFENDIDA RESULTANTE DE EPISIOTOMIA
REALIZADA DURANTE O PARTO - OMISSÃO DA EQUIPE DE PROFISSIONAIS DA
SAÚDE, EM REFERIDO ESTABELECIMENTO HOSPITALAR, NO
ACOMPANHAMENTO PÓS-CIRÚRGICO - DANOS MORAIS E MATERIAIS
RECONHECIDOS - RESSARCIBILIDADE - DOUTRINA - JURISPRUDÊNCIA -
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO." (AI 852.237 AgR, Rel. Min. Celso de
Mello, Segunda Turma, DJe de 25/06/2013).

Vale destacar, pela sua clareza e objetividade, trecho nuclear do voto proferido pelo
relator do último acórdão colacionado acima:
Como se sabe, a teoria do risco administrativo, consagrada em sucessivos
documentos constitucionais brasileiros, desde a Carta Política de 1946,
revela-se fundamento de ordem doutrinária subjacente à norma de direito
positivo que instituiu, em nosso sistema jurídico, a responsabilidade civil
objetiva do Poder Público pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, por ação ou por omissão (CF, art. 37, § 6º). Essa
concepção teórica - que informa o princípio constitucional da
responsabilidade civil objetiva do Poder Público, tanto no que se refere à
ação quanto no que concerne à omissão do agente público - faz emergir, da
mera ocorrência de lesão causada à vítima pelo Estado, o dever de indenizála
pelo dano moral e/ou patrimonial sofrido, independentemente de
caracterização de culpa dos agentes estatais, não importando que se trate
de comportamento positivo (ação) ou que se cuide de conduta negativa
(omissão) daqueles investidos da representação do Estado, consoante
enfatiza o magistério da doutrina (...)

Com efeito, não cabe ao intérprete estabelecer distinções onde o texto constitucional
não o fez. Ora, o artigo 37, § 6º, da Constituição Federal determina que o Estado responderá
objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros ("as pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa" - grifei), de modo que basta que
esse nexo de causalidade se forme para que a responsabilidade surja, não exigindo a norma
constitucional em questão que a conduta estatal seja comissiva ou omissiva.
Perfilhando o mesmo entendimento é a lição de GUSTAVO TEPEDINO (A evolução da
responsabilidade civil no direito brasileiro e suas controvérsias na atividade estatal, in Temas
de Direito Civil. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, 4ª Edição, p. 221):
Não é dado ao intérprete restringir onde o legislador não restringiu,
sobretudo em se tratando de legislador constituinte - ubi lex non distinguit
nec nos distinguere debemus. A Constituição Federal, ao introduzir a
responsabilidade objetiva para os atos da administração pública, altera
inteiramente a dogmática da responsabilidade neste campo, com base em
outros princípios axiológicos e normativos (dentre os quais se destacam o da
isonomia e o da justiça distributiva), perdendo imediatamente base de
validade qualquer construção ou dispositivo subjetivista, que se torna, assim,
revogado ou, mais tecnicamente, não recepcionado pelo sistema
constitucional.

Deveras, é fundamental ressaltar que, não obstante o Estado responda de forma


objetiva também pelas suas omissões, o nexo de causalidade entre essas omissões e os danos
sofridos pelos particulares só restará caracterizado quando o Poder Público ostentar o dever
legal específico de agir para impedir o evento danoso, não se desincumbindo dessa obrigação
legal. Entendimento em sentido contrário significaria a adoção da teoria do risco integral,
repudiada pela Constituição Federal, como já mencionado acima.
Sobre o tema, relevante escólio doutrinário de GILMAR FERREIRA MENDES et alli.
Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 801- 803):
Nesse contexto, é importante perquirir sobre a eventual caracterização da
omissão que origina o dever de indenizar, registrando que tal omissão não é
fática, mas exclusivamente jurídica, isto é, somente haverá omissão, no
sentido juridicamente relevante, se houver um prévio dever legal de agir. Tal
entendimento já foi evidenciado pelo Supremo Tribunal Federal, em matéria
criminal, e é válido para todos os campos do Direito. Com efeito, assentou
essa Excelsa Corte: 'A causalidade, nos crimes comissivos por omissão, não é
fática, mas jurídica, consistente em não haver atuado o omitente, como
devia e podia, para impedir o resultado.

Assim, o primeiro pressuposto do reconhecimento da responsabilidade por omissão é


a afirmação do dever legal de agir ou, na espécie, de prestar - matéria exclusivamente de
direito, que integra ainda o pressuposto necessário do nexo de causalidade. Não obstante as
normas constitucionais tenham adotado, desde a Carta de 1946, a responsabilidade objetiva
do Estado, ou seja, independente de culpa ou procedimento contrário ao direito, além de a
evolução doutrinária e a jurídica refletirem uma tendência em abranger também a
responsabilidade estatal por atos legislativos e jurisdicionais, não se pode chegar ao extremo
de conceber, em nosso ordenamento vigente, a adoção da teoria do risco integral ou do risco
social, até porque não agasalhada na Carta de 1988 (art. 37, § 6º).
Havendo, portanto, um dano decorrente de omissão do Estado (o serviço não
funcionou, funcionou tardia ou ineficientemente), é de exigir-se a caracterização do dever
legal de agir, uma vez que, se o Estado não agiu, não pode, logicamente, ser ele o autor do
dano. E se não foi o autor, só cabe responsabilizá-lo se obrigado a impedir o dano. Isto é, só
faz sentido responsabilizá-lo se descumpriu dever legal que lhe impunha obstar o evento
lesivo. (Original sem grifo)
Logo, se o Estado não estava obrigado a impedir o acontecimento danoso (ausência de
lucro), não há razão para impor lhe o encargo de suportar patrimonialmente as consequências
da lesão." Realmente, a integração do regime jurídico da responsabilidade civil do Estado por
omissão pressupõe que o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. Assim, embora
não se estabeleça um nexo de causalidade fática, imputa-se o resultado ao agente por meio
de uma causalidade juridicamente estabelecida. Nas palavras de FRANCISCO DE ASSIS
TOLEDO, "não se trata, pois, como salienta Wessels, de um 'não fazer' passivo, mas da 'não
execução de uma certa atividade juridicamente exigida" (Princípios básicos de Direito Penal.
São Paulo: Saraiva, 5ª edição, 2001, p. 117).
Note-se que não se está aqui a inovar na ordem jurídica, senão a sistematizar e
concatenar ideias há muito já defendidas pela doutrina jurídica nacional. Ora, é corrente no
meio jurídico a afirmação de que a Administração só responde pela omissão que é específica,
ou seja, quando ela está obrigada a evitar o dano e permanece inerte. Nessa toada é a lição
de JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,
25ª Edição, 2012, p. 561): "Somente quando o Estado se omitir diante do dever legal de impedir
a ocorrência do dano é que será responsável civilmente e obrigado a reparar os prejuízos."
Dentro desta perspectiva, extraindo-se do julgado que o STF reafirmou a
jurisprudência no sentido de que a omissão juridicamente relevante gera responsabilidade
civil objetiva, com intensa importância ao nexo de causalidade, é necessário perquirir se o
Município de Anápolis, ora réu, tem o dever legal específico de atuar na conversação do
patrimônio urbanístico local e se sua atuação, de modo a impedir o evento, era possível.
No caso em tela, o sinistro ocorreu no dia 15 de março de 2018, às 16H, momento no
qual, à evidência, não havia chuva ou ventos fortes. Pelas fotografias acostadas à inicial, é
possível verificar que o dia estava claro e ensolarado.
Outrossim, pelas mesmas fotografias, constata-se que o galho que atingiu o veículo do
autor estava oco, revelando, à evidência, que a árvore não estava sadia.
Assim, é possível extrair-se que a Administração falhou no dever de cuidado objetivo
quanto à conservação do patrimônio urbanístico - em específico, quanto às árvores existentes
na via pública - e desta falha surge o nexo causal necessário à responsabilidade de indenizar
o autor pelos prejuízos sofridos em virtude da queda de árvore sobre seu veículo.
Ocorre responsabilidade civil visto que a omissão da Municipalidade, que não adotou
as providências necessárias no sentido de promover a devida fiscalização e execução dos
serviços concernentes à conservação dos vegetais localizado no passeio público foi contrário
à ordem jurídica e causador de prejuízos a terceiros.
O Município é responsável por qualquer acidente em via pública quando não oferece
as condições necessárias de infraestrutura. Responsabiliza-se o ente por danos resultantes de
falha no serviço público, pois é dele o dever de manter as vias públicas em perfeito estado de
conservação, prerrogativa do poder público no zelo pelo bem-estar da comunidade.
Conforme o artigo 30, inciso VIII, da Constituição Federal, é explicita a incumbência ao
Município:
Art. 30. Compete aos Municípios:
(...)
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial,
mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação
do solo urbano; (...) (Original sem grifo)
O artigo 204 da Lei Orgânica do Município de Anápolis dispõe que a responsabilidade
de “corte, poda, substituição de árvores frutíferas ou ornamentais, localizadas em áreas
públicas do perímetro urbano, dependerá de parecer técnico e autorização prévia do órgão
Municipal do Meio Ambiente”, isto é, a ré é responsável pelos cuidados para com os vegetais
cultivados em via pública.
No mesmo sentido, o artigo 11 da menciona Lei, determina:
Art. 11 - Cabe privativamente ao Município, dentre outras, as seguintes atribuições:
(...)
XV - abrir, arborizar, conservar, melhorar e pavimentar as vias públicas;
(...) (Original sem grifo)

Resta nitidamente demonstrado que o Município, ora réu, tem o dever legal específico
de atuar na conversação do patrimônio urbanístico local de modo a impedir o evento.
RESPONSABILIDADE CIVIL. MUNICÍPIO. QUEDA DE ÁRVORE EM VIA PÚBLICA
E SOBRE VEÍCULO. DANOS MATERIAIS. PREVISIBILIDADE DO FATO. AUSÊNCIA
DE EFICAZ MANUTENÇÃO DA ARBORIZAÇÃO. FALHA DO SERVIÇO. CASO
FORTUITO E FORÇA MAIOR NÃO CONFIGURADOS. RESSARCIMENTO DAS
DESPESAS COM ALUGUEL DE OUTRO VEÍCULO. DESCABIMENTO.
HONORÁRIOS. MANUTENÇÃO. 1. Incumbe ao município o dever de ressarcir
os danos sofridos pelos administrados quando o evento danoso decorre de
falha na prestação do serviço. Veículo que restou danificado em virtude da
queda de árvore na via pública. Responsabilidade do Município em não
efetuar os serviços de manutenção da arborização. Excludentes de força
maior e caso fortuito não configuradas, porquanto as rajadas de ventos
noticiadas são fenômenos da natureza perfeitamente previsíveis e de
consequências evitáveis. 2. Não comprovando o autor que efetivamente
tenha despendido valores com o aluguel de veículo, descabe o acolhimento
da pretensão indenizatória a este título declinada. 3. Honorários advocatícios
corretamente arbitrados em sentença, consoante art. 20, §4º, do CPC.
RECURSOS IMPROVIDOS. (Apelação Cível Nº 70023664253, Décima Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Antônio Kretzmann, Julgado
em 24/07/2008) (Originais sem grifo)

Podemos observar a responsabilidade civil do Município no sentido de prestar serviços


em benefício da população, fazendo jus aos impostos e taxas arrecadados pela Prefeitura:
RECURSO INOMINADO. MUNICÍPIO DE BAGÉ. ÁRVORES CAUSADORAS DE
DIVERSOS PROBLEMAS. SUPRESSÃO. FALTA DE AUTORIZAÇÃO PELA
COMISSÃO DE ARBORIZAÇÃO URBANA. Trata-se de ação de obrigação de
fazer decorrente da alegada necessidade da supressão de três árvores, as
quais se encontram em frente a sua residência, alega que as mesmas causam
diversos prejuízos e suas folhas entopem o encanamento, requer ainda a
reparação pecuniária valor de R$ 2.227,00 (...) relativo ao pagamento da
poda das referidas árvores e sucção dos dejetos na rede de esgoto realizada
em 02/05/2016, julgada parcialmente procedente na origem. Nas hipóteses
de omissão do Poder Público, aplica-se a Teoria da Responsabilidade Civil
Subjetiva, exigindo, então, a comprovação da falha do ente público no dever
de agir, consubstanciada na não adoção de medida efetiva e eficaz a fim de
impedir o resultado danoso. Precedentes doutrinários e jurisprudenciais.
Incumbe ao município a conservação e a fiscalização das árvores localizadas
em vias públicas, objetivando a segurança dos cidadãos e a incolumidade
de todos que por elas circulam, para tanto, a população contribui através
do pagamento de impostos e taxas municipais, incumbindo ao Poder
Público a utilização deles em prol da coletividade. No caso dos autos, é
dever do... Município, diante da não concordância por parte da Comissão de
Arborização Urbana (CAU), quanto a não autorização da supressão das
árvores providenciar uma solução ao impasse, pena de responsabilização.
Sentença mantida por seus próprios e jurídicos fundamentos ex vi do art. 46
da Lei Federal nº. 9099/95. RECURSO INOMINADO DESPROVIDO (Recurso
Cível Nº 71006700793, Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas
Recursais, Relator: Niwton Carpes da Silva, Julgado em 29/06/2017).(TJ-RS -
Recurso Cível: 71006700793 RS, Relator: Niwton Carpes da Silva, Data de
Julgamento: 29/06/2017, Turma Recursal da Fazenda Pública, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 11/07/2017) (Grifo nosso)

DO DANO MATERIAL
Os lucros cessantes são regulamentados pelo artigo 402 do Código Civil. O art. 402
determina que “Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas
ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de
lucrar.”
Assim, ao determinar o valor a ser indenizado por lucro cessante, o magistrado deve
considerar o que a parte prejudicada tenha deixado de perceber em razão do fato danoso.
Deve-se analisar o tempo de paralização da atividade.
No caso em tela, os prejuízos que o autor deixou de auferir em razão do evento danos
objeto da presente demanda foi de R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais), conforme já
explicado no item dos fatos.
Os demais danos materiais sofridos e devidamente comprovados por documentos
totalizam o montante de R$ 3.018,11 (três mil e dezoito reais e onze centavos).
Somando os lucros cessantes com os demais danos materiais teremos o total de
prejuízos de ordem material sofridos pelo autor no valor de R$ 5.618,11 (cinco mil, seiscentos
e dezoito reais e onze centavos).

DO DANO MORAL
Os danos morais são evidentes e não contemplam meros aborrecimentos ou
dissabores, mesmo porque, consubstanciam-se na própria angústia e preocupação no
momento do acidente e suas consequências, justificando o dever de indenizar. A prova do
dano moral, em situações como a dos presentes autos, reclama simples demonstração do ato
ilícito, se revelando, portanto, in re ipsa.
Nesse sentido:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANO MATERIAL E MORAL. Alegação de queda de árvore em seu veículo
acarretando várias lesões. Sentença de improcedência. Irresignação autoral
que merece acolhida. .responsabilidade objetiva do ente público, nos termos
do art. 37, § 6º, da CRFB/88. Aplicação do risco administrativo. Nexo causal
e dano devidamente comprovados. Despesas médicas demonstradas pelos
recibos acostados a inicial. Dano moral que decorre de forma in re ipsa.
Valor a ser fixado visando atender aos critérios da proporcionalidade e
razoabilidade, levando-se em consideração a extensão das lesões. Recurso
conhecido e parcialmente provido para julgar procedente em parte o pedido
formulado na inicial, condenando o réu a restituir a importância de R$
5.184,08, a título de dano material e R$ 20.000,00 pelos danos
extrapatrimoniais causados, corrigidos monetariamente desde a data desta
decisão e de juros a contar do evento danoso, conforme determina o art. 1
0-f da Lei no 9.494197 com a redação dada pela Lei 11.960/09. Condeno,
ainda, ao pagamento de honorários advocatícios em 10% sobre o valor da
condenação nos termos do art. 85, § 2º, do CPC. Isenção de custas e taxa
juciária, nos termos do código tributário estadual. (TJRJ - APL:
00403498920148190021, Relator: JAIME DIAS PINHEIRO FILHO, DÉCIMA
SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 15/06/2018) (Original sem
grifo)
**************************************************************
APELAÇÃO CÍVEL. Ação de indenização por danos materiais e morais. Queda
de árvore de grande porte em veículo que transitava pela via pública. Dever
de conservação e manutenção das árvores localizadas em logradouro
público. Fato que ultrapassa os aborrecimentos normais à vida cotidiana e
adveio da ausência de regular fiscalização sobre a vegetação arbórea do
município. Dano moral que decorre do próprio fato (in re ipsa). Ente público
vencido na demanda. Necessidade de adequação dos ônus da sucumbência,
para os termos do art. 20, §4º, do código de processo civil. Recurso a que se
dá provimento. (TJPR - APCIV: 12789767, Relator: ANTÔNIO RENATO
STRAPASSON, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 18/11/2014)
**************************************************************
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. INDENIZAÇÃO. QUEDA DE ÁRVORE SOBRE
VEÍCULO EM VIA PUBLICA. LEGITIMIDADE DO MUNICIPIO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CAUSA EXCLUDENTE INEXISTENCIA.
INDENIZAÇÃO MATERIAL E MORAL MANTIDAS. 1- o município de Goiânia e
responsável pelos serviços de ajardinamento e urbanização da cidade,
decorrendo daí sua legitimidade passiva para figurar na ação, respondendo
por atos danosos causados a terceiros. II- demonstrado o nexo de
causalidade entre a omissão do ente municipal de fiscalização e conservação
de árvores plantadas no parque da cidade, oportuniza a queda sobre veículo
em trânsito na via pública, danificando-o e lesionando a vítima, sem a
interferência de fatores externos, excludentes da culpa, configurando o
dever de indenizar. III- fixada a verba indenizatória por dano material
segundo as provas jungidas aos autos, há se ser mantida, observado o
princípio da razoabilidade. Do mesmo modo, a quantificação dos danos
morais. IV- remessa compulsória conhecida e improvida. sentença mantida.
(TJGO - DGJ: 142910195, Relator: BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, Data de
Publicação: 30/05/2008)

E, no que se refere ao quantum, considerada a extensão do dano (art. 944, caput, CC),
os parâmetros da razoabilidade e da proporcionalidade, inclusive, quanto a perda do tempo
livre, pois para evitar maiores prejuízos, o autor se viu compelido a desperdiçar o seu
valioso tempo e a desviar as suas custosas competências de atividades como o trabalho,
o estudo, o descanso, o lazer, para tentar resolver esses problemas em razão do evento
danoso ocasionado.

3. DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:


a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes
do CPC/2015;
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII,
do CPC/2015;
c) a citação do réu para responder a presente ação;
d) seja esta ação julgada procedente, no intuito de condenar o réu ao ressarcimento
dos danos morais no montante de R$ R$ 5.618,11 (cinco mil, seiscentos e dezoito
reais e onze centavos) e danos morais no montante de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais);
e) a condenação do réu ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios;
f) provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial,
pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em
momento oportuno, oitiva do representante do réu e novos documentos que se
mostrarem necessários.
Dá-se a causa o valor de R$ 25.618,11 (vinte e cinco mil, seiscentos e dezoito reais e
onze centavos).

Termos em que, pede deferimento.

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