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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES


PRODUÇÃO E MERCADO AUDIOVISUAL

INEZ CONSUELO SCHOEMBERGER


JOÃO VICTOR SOARES SANTOS

O EROTISMO NOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO DA DÉCADA DE NOVENTA

CURITIBA
2016
2

INEZ CONSUELO SCHOEMBERGER


JOÃO VICTOR SOARES SANTOS

O EROTISMO NOS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO DA DÉCADA DE NOVENTA

Artigo apresentado à disciplina de Pesquisa


como requisito para obtenção de nota e
aprovação de módulo.
Orientadora: Prof. Suyanne

CURITIBA
2016
3

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Eliana cantando “A Força do Mestre” no “Sabadão” 6


Figura 2: Bailarina dançando enquanto Eliana canta 7
Figura 3: Discoteca do Chacrinha 9
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5
2. O EROTISMO NA TELEVISÃO BRASILEIRA 6
3. PROGRAMAS DE AUDITÓRIO NO BRASIL 8
4. GUGU LIBERATTO E O EROTISMO EM SEUS PROGRAMAS 11
5. METODOLOGIA DA ANÁLISE 13
6. DESCRIÇÃO DO CONTEÚDO DAS PROVAS 14
6.1. CONTEÚDO GERAL DAS PROVAS 14
6.2. DESCRIÇÃO DA PROVA “BANHEIRA DO GUGU 15
6.2.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DOS HOMENS 15
6.2.2. SEGUNDA RODADA: TIME DAS MULHERES 16
6.3. DESCRIÇÃO DA PROVA “TROCA DE ROUPA NA PISCINA 18
6.3.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DAS MULHERES 18
6.3.2. SEGUNDA RODADA: TIME DOS HOMENS 19
6.4. DESCRIÇÃO DA PROVA: “GATA MOLHADA 22
6.4.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DOS HOMENS 22
6.4.2. SEGUNDA RODADA: TIME DAS MULHERES 22
7. ANÁLISE DO CONTEÚDO 24
7.1. BANHEIRA DO GUGU 24
7.2. TROCA DE ROUPA NA PISCINA 25
7.3. GATA MOLHADA 25
8. CONCLUSÃO: O CORPO FEMININO VS. O CORPO MASCULINO 26
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28
5

INTRODUÇÃO
Com a liberação da censura, nos anos 80, a televisão na década de 90 sofreu
algumas mudanças. Seguindo uma tendência internacional, os programas passaram
a priorizar a violência exacerbada, o drama e o sensacionalismo (AMORIM, 2008).
Com isso, os limites entre o aceitável e o exagerado se mostraram nebulosos e uma
grande quantidade de erotismo invadiu os programas de maior audiência no país.
Segundo RESENDE e JESUS (2013, pg. 10), a televisão passa a necessitar de
espectadores a partir do momento em que se firma como instrumento de caráter
ideológico, social e, principalmente, comercial. Com isso, a necessidade da busca
pela audiência das emissoras brasileira resulta em uma considerável queda na
qualidade da programação, que agora dava espaço para a manipulação das
sensações, com o único objetivo de aumentar a audiência e, assim, vender mais.
(LISCOSKY e DUTRA, 2008).
KRASNIEVICZ, AITA e CASALI (2008) afirmam que os programas de auditório
são palco principal para o uso do sensacionalismo na mídia, através de quadros que
constrangem seus participantes, primando pelo uso das sensações e emoções em
detrimento do raciocínio e da consciência.
Logo, na disputa pela audiência as emissoras se mostraram dispostas a
veicular qualquer tipo de situação que prendesse a atenção do público. Uma das
formas de especulação mais frequentes desse sensacionalismo se dava a partir da
erotização do corpo humano, através de brincadeiras e provas no estilo “gincana”, que
serviam como plano de fundo para a exposição de corpos seminus.
O presente artigo se propõe a analisar a erotização presente nos programas de
auditório da década de 90, usando como objeto de estudo o programa “Domingo
Legal”, apresentado por Gugu Liberato. Mais especificamente, os quadros “Prova da
Banheira”, “Troca de roupa na piscina” e “Gata Molhada” apresentados no episódio
exibido em 1996 com a participação da atriz e modelo brasileira Nilza Monteiro.
Também pretende atestar se “o uso do erotismo como fator de disputa de audiência
deve ser visto sob uma perspectiva de gênero, na medida em que reforçam
estereótipos ligados ao corpo feminino como sedutor, em sua essência”. (Klanovicz,
2011). Após análise das imagens dos quadros acima mencionados, pretende-se
demonstrar se há reforço e materialização do erotismo com ênfase no corpo feminino
e se, portanto, há uma construção estabelecida desigual e assimétrica na erotização
entre mulheres e homens.
6

O EROTISMO NA TELEVISÃO BRASILEIRA


O erotismo permeou livremente a televisão brasileira desde o fim da ditadura1
até a criação da Carta de Princípios, feita pela Comissão dos Direitos Humanos na
campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”. Após a instituição dessa
carta em 2002, o erotismo continuou vivo, porém um pouco mais velado e em horários
selecionados. A partir dos anos 80, a programação da televisão brasileira passou a
veicular o erotismo constantemente, começando pela publicidade, que recebeu sua
“alforria” ao ser retirada do crivo do Departamento de Censura Federal pelo governo
federal, em 1978 e se intensificou a partir do momento em que a televisão se firma
como “veículo de caráter ideológico, comercial e social” (JESUS e RESENDE, 2013).
Essa intensificação surgiu devido a necessidade das emissoras de se
manterem à frente umas das outras em número de espectadores, alcançando maior
prestígio e sucesso, e consequentemente, mais anunciantes e patrocinadores.
O erotismo rapidamente foi ganhando espaço nas novelas e programas de
auditório, trazendo para o cotidiano dos espectadores brasileiros cenas de corpos nus
e sedutores como objetos mercadológicos veiculados como alavanca para atrair
consumidores e vender produtos.
Em pouco tempo, passou a ser algo rotineiro a exibição de corpos de mulheres
nuas em programas de fim de semana à tarde, e até mesmo em programas ou
quadros destinados ao público infantil. Como no exemplo abaixo, transmitido em 1999,
em que a até então apresentadora de programas para crianças Eliana canta seu
recente sucesso “Mestre Pokémon” no programa “Sabadão”, apresentado por Gugu
Liberato, enquanto mulheres seminuas dançam sensualmente em taças e em postes
de pole dance.
Figura Error! No sequence specified. - Eliana
cantando "A Força do Mestre" no “Sabadão com o
Gugu”

Fonte: www.youtube.com

1KLANOVICZ, L. R. F., Televisão e erotismo no Brasil pós-ditadura. Polemicas


Feministas. 1: 73-83 – Março, 2011.
7

Figura 2 – Bailarina dançando enquanto Eliana canta


“A Força do Mestre” no programa “Sabadão com o
Gugu”

Fonte: www.youtube.com

Essa prática só começou a mudar depois de muitos anos, com a criação da


campanha “Quem financia a baixaria é contra a cidadania”, em 2002, durante a VII
Conferência de Direitos Humanos. A campanha funciona a partir de denúncias
enviadas pelos próprios telespectadores. Tais denúncias passam por uma rigorosa
análise, na qual se decide se houve ou não violação aos direitos humanos no caso
denunciado.
Segundo Cláudio Ferreira, organizador do documento “Qualidade na TV: 10
anos da campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”, o primeiro passo
foi a criação de uma carta de princípios:
“É um documento sucinto, com quinze itens, que sintetiza o que os
idealizadores da campanha consideram como desrespeito aos direitos
humanos. O texto fala sobre exposição de pessoas ao ridículo, incitamento
ao racismo, ao machismo, à violência, à intolerância religiosa, à sexualização
precoce, ao abuso sexual, à reprodução de estereótipos e aos maus tratos
aos animais. Enfatiza a importância de estimular uma cultura da paz e de se
ter um cuidado especial com a qualidade da programação destinada ao
público infantil“ (FEIRREIRA, 2013, p.09).

Antes da campanha, a expressão desse erotismo se dava em diversos


momentos e programas da grade horária das emissoras, como novelas, filmes,
comerciais e programas de auditório.
8

PROGRAMAS DE AUDITÓRIO NO BRASIL

Os programas de auditório no Brasil surgiram através da expansão da rádio a


partir da década de 1930, quando esta, com já quase uma década de chegada ao
país, buscava aumentar seu público cada vez mais a fim de atrair patrocinadores e
firmar-se como um aparelho indispensável na casa de qualquer brasileiro. Para atingir
um maior número de ouvintes, a rádio precisou se popularizar, deixando de ser
cultural-elitista para dialogar com todas as camadas da população. Com esse intuito
foram criados os programas de auditório (PESSOAS, MELLO VIANA e SANTOS,
2013). Esses programas eram uma mistura de esquetes humorísticas, apresentação
de piadas no ar, paródias musicais, jingles engraçados, radionovelas de gêneros
diversos e show de calouros, tudo com grande participação do público. Com a
chegada da televisão, a fórmula dos programas e seu apelo popular foram facilmente
transferidos ao novo veículo.

Os programas de auditório trouxeram para a televisão uma ideia que se tinha


já na rádio, que era a presença do público. Segundo AMORIM (2007), desde sua
inauguração, em 18 de setembro de 1950, com a TV Tupi Canal 3, a televisão foi
marcada por programações diversificadas, como o teleteatro, telejornalismo,
telenovelas e musicais. Como a programação na época era toda feita ao vivo, os
programas não só contavam com a participação da plateia e dos convidados, mas
também dos telespectadores, que ligavam para as emissoras, intervindo com
perguntas e opiniões. Essa relação entre telespectadores e emissora se perdeu com
o uso das gravações em videoteipe, sendo recuperando apenas na década de 90,
com a volta de programas interativos.

Os anos 60 trouxeram pela primeira vez a figura do comunicador aos


programas de auditório, figuras que pelo carisma conquistavam o público e tornavam-
se eles próprios parte da atração. Surgiram nessa época apresentadores como
Chacrinha, Hebe Camargo, Flávio Cavalcanti e Silvio Santos. Cada um com seu estilo,
garantindo grande audiência para as emissoras nas quais trabalhavam. Segundo
AMORIM (2007), Silvio Santos e Chacrinha se dirigiam a um público de “nível
sociocultural mais baixo”, apresentando quadros de conteúdo popular, como
gincanas, calouros, concursos, distribuição de prêmios etc. Enquanto Flávio
Cavalcanti manteve a estratégia que lhe deu nome nas rádios, divulgando a música
9

popular brasileira, fazendo lançamentos e promovendo concursos. Já Hebe Camargo


se dirigia a um público denominado por AMORIM como “mais exigente”, recebendo
personalidades, exibindo desfiles de moda, debates, entrevistas famosas etc.

Figura 1 – Discoteca do Chacrinha

Fonte: Centro Cultural de São Paulo

No decorrer dos anos, os programas de auditório se firmaram como importante


atração da televisão brasileira, crescendo e diversificando em quantidade, mas
sempre mantendo o estilo clássico dos programas de auditório; linguagem fácil e
acessível, roteiro ágil e redundante, plateia participativa, atrações artísticas
diversificadas, abordagem de assuntos atuais, apresentador carismático. Devido a
seu grande apelo popular, esses programas sempre tiveram seu espaço garantido em
diversos horários na grade de praticamente todas as emissoras brasileiras, atraindo
telespectadores de todas as idades e níveis sociais. Com as inovações e o passar das
décadas, novos nomes e novos estilos de programa surgiram, os programas de
auditório infantis e de humor cresceram e tomaram maior espaço nas televisões. Cada
vez mais os programas se inovaram, cada um tendo sua própria identidade,
diferenciando-se em estilo, conteúdo e público.

Em seu artigo sobre a história da TV brasileira, AMORIM (2007) comenta que


a expansão da comercialização generalizada, característica da época, foi responsável
pela invasão da publicidade não somente nos comerciais, mas agora diretamente nos
programas, utilizando os próprios artistas ou comunicadores para veicular
propagandas de diferentes produtos. Na tentativa de garantir sucesso e apoio
publicitário, os programas entraram numa concorrência em que valia tudo para
garantir audiência, sendo os programas de auditório o palco principal desse
sensacionalismo. Os programas de auditório mantiveram o formato clássico mesmo
10

após a década de 90, com o início da exploração exacerbada da violência, da


sexualidade e da miséria humana na maioria dos programas (Krasnievicz, Aita e
Casali, 2008).
Tais assuntos eram trabalhados e explorados com naturalidade dentro dos
programas. Nomes como Fausto Silva (Faustão), Augusto Liberato (Gugu), Serginho
Groissman e Pe. Marcelo Rossi, já conhecidos do público, diversificaram o estilo com
programas educativos e religiosos, ampliando assim o público-alvo do gênero,
apelando para as sensações instintivas de seus telespectadores – tristeza, raiva,
ciúme, pena, luxúria – em troca de audiência. Na década de 90, a guerra pela
audiência acontecia principalmente nas tardes de domingo, nas quais a emissora
Globo transmitia o “Domingão do Faustão” e o SBT o programa “Domingo Legal”,
comandado por Gugu Liberato.
11

GUGU LIBERATTO E O EROTISMO EM SEUS PROGRAMAS

Um dos mais conhecidos apresentadores de programas de auditório do Brasil 2,


Antônio Augusto Liberato, o Gugu, estreou na televisão em 1981 comandando o
programa “Sessão Premiada” e logo se tornou um dos principais nomes da emissora
SBT, onde permaneceu por mais de vinte anos. Gugu foi apresentador de diversos
programas durante sua carreira, entre eles: Viva a noite, Sabadão Sertanejo, Passa
ou Repassa, Sabadão e seu maior sucesso, o Domingo Legal.
O programa “Domingo Legal” estreou em 17 de janeiro de 1993, mas começou
a ser apresentado ao vivo somente a partir de agosto de 1994. O programa era exibido
às 12 horas no domingo, e tinha a duração média de 4 horas (SBT, 2008).
Em 2007 o horário do programa mudou para concorrer diretamente com o
“Domingão do Faustão”, da Globo. A atração era constituída de apresentações
musicais e brincadeiras no palco com artistas famosos. As brincadeiras eram
geralmente divididas entre times masculinos e femininos, e a programação era
estendida por horas intercalando entre as competições entre os times e as outras
atrações. Logo, o “Domingo Legal” se tornou um dos mais assistidos programas do
SBT, conseguindo rápida identificação com o público 3. Sua audiência é formada por
pessoas de todas as idades, envolvendo crianças, adolescentes, jovens, adultos e
idosos (Krasnievicz, Aita e Casali, 2008, p.3).
O apelo erótico da atração era muito claro. A exemplo, temos a disputa no palco
entre os times feminino e masculino, que era parte grande da programação. Composta
de provas, no estilo gincana, os times realizavam tarefas em troca de pontos. Alguns
dos quadros conhecidos:
• Prova da bexiga – uma pessoa do time atravessa o palco correndo e senta
encima de uma bexiga no colo de um companheiro de time, do sexo oposto,
até a bexiga estourar. Quem estourar mais bexigas em menos tempo ganha.
• Teste do batimento cardíaco – um participante era ligado a uma máquina de
medir batimentos cardíacos enquanto um modelo do sexo oposto dança e se

2 Antônio Augusto Liberato nasceu em 10 de Abril de 1959 em São Paulo. Entrou


para a televisão aos 14 anos como assistente de produção na emissora SBT.
3 Link: http://www.sbt.com.br/domingolegal/programa/
12

insinua para ele. Os batimentos cardíacos não podiam ir além de uma certa
medição.
• Troca de roupa na piscina – dois modelos representando um time entram numa
piscina vestidos e dentro da água trocam de roupa. Câmeras dentro da piscina
flagram os momentos dos modelos sem roupa. A dupla que trocar de roupa em
menos tempo ganha.
• Garota molhada – garotas enfileiradas usam camiseta branca e sem sutiã com
um número escrito por baixo. Elas têm as camisetas molhadas para que os
participantes possam ler números e letras que resultam no código de abertura
de um cofre. Quem ler e abrir o cofre em menos tempo ganha.
• Prova da banheira – numa banheira são jogados sabonetes e um participante
de cada time entra na banheira vestido somente em trajes de banho. O objetivo
de um é pegar os sabonetes enquanto o outro o tenta impedir. Quem resgatar
mais sabonetes no tempo estipulado ganha.
13

METODOLOGIA DA ANÁLISE
A metodologia será constituída a partir da análise de 3 quadros do programa
“Domingo Legal” durante a década de 90. Os quadros serão: “Prova da Banheira”,
“Troca de roupa na piscina” e “Gata Molhada”.
Usaremos um exemplo de cada prova, a partir do episódio exibido em 1996
com a participação da atriz e modelo brasileira Nilza Monteiro.
Para analisar cada quadro, usaremos uma metodologia própria baseada em na
observação, descrição e quantificação dos elementos apresentados que são
pertinentes a nossa pesquisa.
Os elementos analisados serão:
• Nome e objetivo da prova;
• Minutagem;
• Quantidade de enquadramentos;
• Conteúdo de cada enquadramento;
A partir da observação desses elementos, cruzaremos os dados observados
para a obtenção dos resultados, que serão:
• Exposição do corpo feminino:
o Quantidade de quadros
o Porcentagem de exposição
o Tipo de Enquadramento
• Exposição do corpo masculino:
o Quantidade de quadros
o Porcentagem de exposição
o Tipo de Enquadramento
Depois de termos as informações devidamente colhidas e analisadas,
concluiremos se havia de fato uma superexposição do corpo humano e de que forma
ela se dava.
14

DESCRIÇÃO E CONTEÚDO DAS PROVAS


6.1. CONTEÚDO GERAL DAS PROVAS:

PROVA OBJETIVO MINUTAGEM CORTES

BANHEIRA DO Numa banheira são jogados 2 rodadas de 60 Rodada 1: 14


GUGU sabonetes e um participante de segundos cada. quadros
cada time entra na banheira
Rodada 2: 13
Rodada 1 – quadros
vestido somente em trajes de
Homens tentam
banho. O objetivo de um é pegar os
pegar os sabonetes enquanto o sabonetes
outro o tenta impedir. Quem
Rodada 2 –
resgatar mais sabonetes
Mulheres tentam
ganha. pegar o sabonete

TROCA DE Dois modelos de sexo oposto 2 rodadas de Rodada 1: 25


ROUPA NA representando um time entram tempos diferentes quadros
PISCINA na piscina vestidos e dentro da
Rodada 2: 23
Rodada 1: 1”51 quadros
água trocam de roupa.
(um minuto e
Câmeras dentro da piscina cinquenta e um
flagram os momentos dos segundos)
modelos sem roupa. O time que
Rodada 2: 1”41
trocar de roupa primeiro ganha.
(um minuto e
quarenta e um
segundos)
GATA O objetivo da prova é ler os 2 rodadas de Rodada 1: 11
MOLHADA números que estão por baixo tempos diferentes quadros
das camisas das garotas para
Rodada 2: 12
Rodada 1: 0”51 quadros
descobrir a combinação de um
(cinquenta e um
cofre. segundos)
Garotas enfileiradas usam
Rodada 2: 1”36
camiseta branca e sem sutiã
(um minuto e vinte
com um número escrito por
e três segundos)
baixo. Elas têm as camisetas
molhadas para que os
participantes possam ler os
números. Quem descobrir a
combinação completa em
menos tempo e abrir o cofre,
ganha.
15

6.2. DESCRIÇÃO DA PROVA “BANHEIRA DO GUGU”


6.2.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DOS HOMENS

Na primeira rodada, o time dos homens inicia. A rodada dura 60 segundos e


contém 14 enquadramentos.

Quadro 1: Os dois participantes começam a prova. Plano geral, de frente para a


banheira. Um homem e uma mulher em roupas de banho estão ao fundo. Há 10
sabonetes na banheira para serem resgatados.
Quadro 2: Plano fechado no lado direito da banheira, os dois participantes aparecem.
5 pessoas ao fundo, dentro do enquadramento, somente os corpos aparecem, do
pescoço para baixo. Uma mulher à extrema direita de roupas de banho, ao seu lado
e à extrema esquerda, duas animadoras do programa, usando minissaia e top
brancos. Um animador do programa usando camiseta, calça e uma capa protetora de
plástico.
Quadro 3: Plano fechado na banheira, os dois participantes lutam. Um homem de
sunga azul ao fundo, na esquerda do quadro. Um animador do programa vestindo
roupas pretas entra pela esquerda. A participante feminina está por cima do
participante masculino, com o corpo fora d’água e a nádega em destaque.
Quadro 4: Plano fechado no lado direito da banheira, os dois participantes lutam. A
mulher novamente fica com o corpo fora d’água e tem sua nádega em destaque no
enquadramento.
Quadro 5: Plano fechado do lado esquerdo da banheira. Os participantes lutam.
Novamente há um destaque nas nádegas da participante feminina. Homem de sunga
azul dançando ao fundo, do lado esquerdo. Um animador de terno e gravata passeia
pelo fundo montado em um cavalinho-de-pau.
Quadro 6: Plano fechado no lado direito da banheira, novamente o corpo da
participante feminina está em evidência. Dessa vez os participantes estão sendo
filmados de lado.
Quadro 7: Plano fechado do lado esquerdo da banheira. Os participantes continuam
competindo.
16

Quadro 8: Plano fechado do lado direito da banheira. O participante masculino cai por
cima da participante feminina. O peitoral do participante masculino aparece em
destaque.
Quadro 9: Plano fechado do lado esquerdo da banheira. A participante feminina está
novamente por cima do participante masculino, tendo seu corpo em destaque. Um
homem de sunga azul dança ao fundo. O animador de terno e gravata passeia ao
fundo montado em um cavalinho-de-pau.
Quadro 10: Plano fechado do lado direito da banheira. Os participantes lutam entre
si. O participante masculino tenta capturar o sabonete enquanto a participante
feminina tenta impedir. O participante masculino cai por cima da participante feminina,
tendo seu peitoral em destaque novamente. Logo após, a participante feminina se
joga por cima do participante masculino, tendo novamente sua nádega em destaque
e fora d’água.
Quadro 11: Plano fechado no lado esquerdo da banheira. Os participantes continuam
competindo. Novamente o corpo da participante feminina está em evidência.
Quadro 12: Plano fechado no lado direito da banheira. Os participantes continuam
competindo. O corpo do participante masculino fica em evidência. Ao fundo,
animadores e outros participantes.
Quadro 13: Plano fechado no lado esquerdo da banheira. A participante feminina
envolve o participante masculino com uma “chave de perna” e abraça seu pescoço,
tentando imobilizá-lo.
Quadro 14: A campainha toca sinalizando o término da prova. Plano geral de frente
para a banheira. Os próximos participantes aguardam sua vez.
O participante masculino recuperou 6 sabonetes.

6.2.2. SEGUNDA RODADA: TIME DAS MULHERES


Na segunda rodada, o time das mulheres compete. Dessa vez, uma
participante feminina tentará capturar os sabonetes enquanto um participante
masculino tenta impedir. A rodada dura 60 segundos e contém 13 enquadramentos.
Há 10 sabonetes na banheira para serem resgatados.

Quadro 1: A prova começa com a participante feminina tentando capturar os primeiros


sabonetes e o participante masculino tentando impedir. A participante feminina está
em destaque. Plano fechado à esquerda da banheira.
17

Quadro 2: Plano fechado à direita da banheira. Os participantes continuam


competindo. A participante feminina cai por cima do participante masculino, tendo a
parte da frente de seu corpo destacado. Ao fundo, duas assistentes de palco de top e
minissaia branca. Um assistente masculino usando calça, camiseta e uma capa
protetora de plástico. A participante feminina da rodada anterior usa biquíni e dança.
Um animador passeia pelo fundo usando camiseta com listras preto-e-branco.
Quadro 3: Plano fechado à esquerda da banheira. Destaque no corpo de ambos os
participantes.
Quadro 4: Plano fechado à direita da banheira. A participante feminina está por cima
do participante masculino. Há um destaque maior ao corpo da participante feminina,
mas ambos ficam em evidência.
Quadro 5: Plano fechado à esquerda da banheira. O participante masculino sobe por
cima da participante feminina. O corpo do participante masculino fica em destaque.
Quadro 6: Plano fechado à direita da banheira. O participante masculino continua por
cima da participante feminina, abraçando-a e tentando imobilizá-la. O corpo masculino
tem destaque maior. A participante da rodada anterior samba ao fundo.
Quadro 7: Plano fechado à esquerda da banheira. Ambos os corpos se destacam no
enquadramento. O animador passa pelo fundo montado no cavalinho-de-pau, com a
participante feminina da rodada anterior “montada na garupa”
Quadro 8: Plano fechado à direita da banheira. Ambos os corpos em evidência.
Quadro 9: Plano fechado à esquerda da banheira. A participante feminina cai por cima
do participante masculino e levanta sua perna esquerda para o ar.
Quadro 10: Plano fechado à direita da banheira. Ambos os corpos são mostrados de
lado. A participante feminina está por cima do participante masculino. Ambos os
corpos estão em destaque.
Quadro 11: Plano fechado à esquerda da banheira com destaque para o corpo
masculino.
Quadro 12: Plano fechado à direita da banheira com destaque para ambos os corpos.
Quadro 13: Plano fechado à esquerda da banheira. Os participantes ainda competem.
O sinal bate sinalizando o término da prova.
A participante feminina também recuperou 6 sabonetes. A prova termina
empatada.
18

6.3. DESCRIÇÃO DA PROVA “TROCA DE ROUPA NA PISCINA”


Na primeira rodada, o time das mulheres inicia. Dois modelos de sexo oposto
entram na piscina para trocar as roupas. Nenhum dos participantes que trocam de
roupa fazem parte dos times. A primeira rodada não tem tempo pré-determinado, dura
1:51 (um minuto e cinquenta e um segundos) e contém 24 enquadramentos.

6.3.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DAS MULHERES


Dois participantes de sexo oposto entram na piscina e a prova inicia. Os dois
estão de roupa social.

Quadro 1: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina, que
está de biquíni preto e com uma blusa rosa. Ela tira a blusa e seu seio esquerdo fica
à mostra.
Quadro 2: Plano fechado à direita da piscina. Os dois participantes estão tirando suas
roupas para trocar.
Quadro 3: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina.
Quadro 4: Plano fechado à esquerda da piscina. Os dois participantes continuam a
prova.
Quadro 5: Plano fechado à direita da piscina. Os dois participantes continuam a prova.
Quadro 6: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina.
Quadro 7: Plano fechado à direita da piscina. Ambos os participantes estão
enquadrados. Os seios da participante feminina novamente ficam à mostra enquanto
ela tenta colocar uma camisa branca.
Quadro 8: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina.
Quadro 9: Plano fechado à esquerda da piscina. A participante feminina está em
evidência.
Quadro 10: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina. Ela
tenta colocar a calça do participante masculino.
Quadro 11: Plano fechado à direita da piscina. Ambos os participantes estão
enquadrados. Novamente os seios da participante feminina aparecem. O peito do
participante masculino também está à mostra. Um está colocando a camisa do outro.
Quadro 12: Câmera submersa com close nas nádegas da participante feminina. Ela
consegue colocar a calça.
19

Quadro 13: Plano fechado à esquerda da piscina. Ambos os participantes continuam


vestindo as roupas. Os seios da participante feminina novamente ficam à mostra.
Quadro 14: Plano fechado à direita da piscina. Os seios da participante feminina
novamente ficam à mostra.
Quadro 15: Câmera submersa com close no corpo da participante feminina, já
vestido.
Quadro 16: Plano fechado à direita da piscina. Ambos os participantes continuam se
vestindo.
Quadro 17: Câmera submersa com close no corpo feminino já vestido. O participante
masculino aparece ao fundo do quadro vestindo uma saia.
Quadro 18: Plano fechado à direita da piscina. O participante masculino se dirige à
borda da piscina.
Quadro 19: Câmera submersa com close no corpo feminino vestido.
Quadro 20: Plano fechado à direita da piscina. Ambos os participantes continuam se
vestindo.
Quadro 21: Câmera submersa com close no corpo feminino vestido, a calça cai,
deixando a nádega da participante feminina em evidência.
Quadro 22: Plano fechado à direita da piscina. A participante feminina tem dificuldade
de vestir o terno.
Quadro 23: Plano fechado à esquerda da piscina. No meio da tentativa de colocar o
terno, os seios da participante feminina ficam completamente à mostra.
Quadro 24: Plano fechado à direita da piscina, a participante feminina tenta fechar o
terno.
Quadro 25: Plano fechado à esquerda da piscina. Os participantes se dirigem à borda
da piscina para finalizar a prova. Ao tentar sair da piscina, os seios da participante
feminina ficam à mostra e sua calça cai novamente, deixando suas nádegas em
evidência. As pernas do participante masculino também estão em evidência. A prova
acaba.

6.3.2. SEGUNDA RODADA: TIME DOS HOMENS


Novamente entram dois participantes de sexo oposto na piscina, vestindo
roupas sociais e a prova se inicia.

Quadro 1: Plano aberto à direita da piscina. O participante do sexo masculino tira o


terno, a participante do sexo feminino desabotoa o blazer e o tira.
20

Quadro 2: Plano submerso, o corpo da participante feminina está em evidência, visto


da lateral direita. Assim que ela termina de retirar o blazer e a saia, seus seios ficam
à mostra. Após isso, a participante fica de costas para a câmera, tendo suas nádegas
novamente à mostra, vestindo uma calcinha preta.
Quadro 3: Plano fechado à direita da piscina. A competidora feminina já está nua e
se dirige até o competidor masculino para ajuda-lo a se despir. O participante
masculino ainda está de camisa e gravata.
Quadro 4: Plano submerso. Close nas nádegas da participante feminina.
Quadro 5: Plano fechado à direita da piscina. A participante feminina ajuda o
participante masculino a tirar a camisa. Os seios da participante feminina ficam à
mostra.
Quadro 6: Plano submerso: Roupas flutuando em primeiro plano na piscina, atrás, o
corpo da participante feminina é visto de lateral direita, com os seios à mostra.
Quadro 7: Plano fechado à direita da piscina. A participante feminina começa a vestir
a camisa do participante masculino, enquanto este está com as costas nuas,
desabotoando as calças.
Quadro 8: Plano submerso. Roupas flutuam na piscina. O corpo do participante
masculino aparece ao fundo.
Quadro 9: Plano fechado à direita da piscina. A participante feminina continua
tentando vestir a camisa.
Quadro 10: Plano submerso. As nádegas da participante feminina estão em
evidência.
Quadro 11: Plano fechado à esquerda da piscina. A participante feminina está com a
camisa vestida e agora tenta colocar a calça.
Quadro 12: Plano submerso. As nádegas da participante feminina ocupam
praticamente o quadro todo.
Quadro 13: Plano fechado à esquerda da piscina. A participante feminina continua
tentando vestir a calça.
Quadro 14: Plano fechado à direita da piscina. Os dois participantes continuam
vestindo as roupas.
Quadro 15: Plano submerso. A participante feminina está vestindo as calças, close
em suas nádegas.
Quadro 16: Plano fechado à esquerda da piscina. Os participantes continuam se
vestindo. O participante feminino coloca o blazer de sua parceira.
21

Quadro 17: Plano submerso. O corpo vestido da participante feminina está ao centro
do quadro.
Quadro 18: Plano fechado à direita da piscina. Os participantes continuam se
vestindo.
Quadro 19: Plano submerso. O corpo feminino vestido está em evidência.
Quadro 20: Plano fechado à direita da piscina. O participante masculino ajuda a
participante feminina a vestir o terno.
Quadro 21: Plano submerso. Close nas nádegas do participante masculino, que está
vestindo uma saia.
Quadro 22: Plano fechado à direita da piscina. O participante masculino continua
ajudando a participante feminina a vestir o terno. Após ela vestir o terno, os dois se
encaminham para a beira da piscina.
Quadro 23: Plano fechado. Os dois participantes saem da piscina e calçam os
sapatos. A prova termina.
22

6.4. DESCRIÇÃO DA PROVA “GATA MOLHADA”


Quem começa a primeira rodada é o time dos homens. A senha do cofre está
dividida entre 3 participantes femininas que se encontram ao lado do cofre a ser
aberto. O participante masculino deve atirar água de uma pistola de plástico a uma
determinada distância, até que as camisetas brancas das participantes estejam
suficientemente transparentes para que ele consiga visualizar a senha.

6.4.1. PRIMEIRA RODADA: TIME DOS HOMENS


Quadro 1: Câmera inicia em plano aberto. O participante masculino 1 joga água na
primeira modelo da fila, e sua camiseta começa a ficar transparente. A câmera zoom
in no rosto e depois nos seios da garota. A camiseta fica transparente, vê-se o
código escrito no colo da modelo, logo acima dos seios que estão visíveis por baixo
do pano: 59D
Quadro 2: O participante 2 do time masculino insere o código no cofre.
Quadro 3: A câmera inicia em plano fechado no rosto da segunda modelo, que está
sorrindo. Tilt para os seios cobertos da participante. A água deixa a camisa
transparente, junto com os seios, também fica visível a segunda parte da senha do
cofre: 61E
Quadro 4: Plano fechado à direita do participante masculino 1 que está atirando
água com a pistola de plástico.
Quadro 5: O participante masculino 2 continua a inserir o código no cofre.
Quadro 6: Plano fechado no rosto da terceira modelo. Tilt para os seios cobertos da
modelo, que conforme é molhado, revelam o código: 72D, também deixando visível
os seios da modelo.
Quadro 7: O participante masculino 1 continua inserindo o código no cofre.
Quadro 8: A câmera em close passa rapidamente pelos seios das três modelos.
Quadro 9: O participante masculino 2 continua inserindo o código no cofre.
Quadro 10: Close nos seios da terceira modelo.
Quadro 11: O participante masculino 2 abre o cofre. A prova termina.

6.4.2. SEGUNDA RODADA: TIME DAS MULHERES


Outras 3 modelos estão posicionadas com camisetas brancas para serem molhadas.
23

Quadro 1: A câmera inicia com plano aberto nas três modelos. O plano se fecha no
rosto da primeira modelo, tilt logo após para os seios. A camisa fica transparente, vê-
se o código escrito: 91D.
Quadro 2: Duas participantes do time feminino inserem o código no cofre.
Quadro 3: Close no rosto da segunda modelo. Tilt para os seios que revelam o código:
47E
Quadro 4: As participantes continuam inserindo o código no cofre.
Quadro 5: Close no rosto da terceira modelo. Tilt para os seios cobertos pela camisa
molhada. Não se vê o código.
Quadro 6: A participante que está atirando água troca de pistola.
Quadro 7: Close nos seios da terceira modelo. A camisa é molhada por mais tempo.
Revela-se o código: 70D.
Quadro 8: As participantes continuam inserindo o código no cofre sem sucesso.
Quadro 9: A câmera passa rapidamente pelos seios das 3 modelos.
Quadro 10: As participantes continuam tentando inserir o código no cofre.
Quadro 11: Close nos seios de uma das modelos.
Quadro 12: Uma participante feminina tenta abrir o cofre, mas não consegue. O tempo
estoura e a vitória é do time masculino.
24

ANÁLISE DO CONTEÚDO

A análise do conteúdo se dará através de uma tabela comparativa, levando em


conta os itens mencionados no capítulo 5:

• Exposição do corpo feminino:


o Quantidade de quadros
o Porcentagem de exposição
o Tipo de Enquadramento
• Exposição do corpo masculino:
o Quantidade de quadros
o Porcentagem de exposição
o Tipo de Enquadramento

7.1. BANHEIRA DO GUGU

PROVA 1:
BANHEIRA QUADROS PORCENTAGEM TIPO DE ENQUADRAMENTO
DO GUGU DE EXPOSIÇÃO
12 de 27 Exposição geral: 2 closes no peitoral
CORPO 44,4% 10 gerais do corpo
MASCULINO
Close de peitoral:
7,4%

Corpo inteiro:
37%

15 de 27 Exposição geral: 4 Closes de nádegas


CORPO 55,6% 11 Gerais do corpo
FEMININO
Close de
nádegas:
14,8%

Corpo inteiro:
40,7%
25

7.2. TROCA DE ROUPA NA PISCINA

PROVA 2:
TROCA DE QUADROS PORCENTAGEM TIPO DE ENQUADRAMENTO
ROUPA NA DE EXPOSIÇÃO
PISCINA
2 de 48 Exposição geral: 1 exposição de peitoral
CORPO 4,1% 1 geral do corpo
MASCULINO
Close de peitoral:
2,05%

Corpo inteiro:
2,05%
26 de 48 Exposição geral: 13 closes nas nádegas
CORPO 54,1% 10 exposições de seios
FEMININO 3 gerais do corpo
Close nas
nádegas:
27,05%

Exposição de
seios:
20,8%

Corpo inteiro:
6,2%

7.3. GATA MOLHADA

PROVA 3:
GATA QUADROS PORCENTAGEM TIPO DE ENQUADRAMENTO
MOLHADA DE EXPOSIÇÃO
0 de 23 0% Não houve exposição do corpo
CORPO masculino.
MASCULINO
11 de 23 Exposição geral: 11 exposição de seios
CORPO 47,8%
FEMININO
Exposição de
seios:
47,8%

*Os quadros não identificados exibiram imagens não significativas.


26

CONCLUSÃO: O PAPEL DO EROTISMO DENTRO DE CASA

Através da análise das imagens dos quadros das brincadeiras descritas,


comprovamos um forte apelo erótico no programa. O objetivo da prova, que leva a
vitória da equipe, está em segundo plano em detrimento à exposição dos corpos de
modelos e participantes. Identificamos ainda, uma diferença substancial entre a
exposição do corpo feminino e a exposição do corpo masculino.
Em nossa análise, identificamos uma diferença substancial entre a exposição
do corpo feminino e a exposição do corpo masculino.
Na primeira prova, uma vez que ambos estavam usando roupas de banho, a
discrepância se torna menos evidente, uma vez que não há uma forma de controlar o
que será enquadrado. Porém, a partir da segunda prova, se percebe uma clara
tentativa de evidenciar o corpo feminino.
Na segunda prova, por exemplo, as participantes femininas são
estrategicamente posicionadas próximas a câmera submersa, de forma que suas
nádegas fiquem sempre em evidência quando o plano é submerso.
A terceira prova é a que mais chama a atenção. Tanto no time masculino quanto
no feminino, as participantes que tem suas camisas molhadas são sempre mulheres,
tornando assim 100% dos corpos exibidos, corpos femininos.
Embora o erotismo estivesse presente de forma geral no programa, e embora
os corpos masculinos também fossem evidenciados, é muito nítido a tendência de se
mostrar sempre mais mulheres seminuas e por vezes até nuas durante inúmeros
momentos da programação.
O que é interessante observar é a naturalização com a qual o erotismo era
tratado na época, trazendo cenas de mulheres nuas em um programa que, a priori,
era feito para que toda a família pudesse assistir, contendo inclusive inúmeros
quadros infantis destinados diretamente para crianças.
Talvez pelo desejo de liberdade pós-ditadura, talvez para mascarar a falta de
conteúdo do programa, observamos a banalidade com que o tema era tratado na
televisão, e a naturalidade com que a nudez era exposta para todo o tipo de audiência.
Há também de se salientar a complexidade e a possível consequência de tais
27

exposições, que não foram objeto de nosso estudo, mas que indicam resultar em
comportamentos sexuais precoces, quando se trata de crianças, por exemplo.4
Concluímos então que, apesar do erotismo se tratar de um apelo de fácil
adesão dentro da cultura de massa, o tema ainda não era amplamente explorado no
Brasil até a década de 80, devido a ditadura, tornando-se assim um tabu que se
quebrava naquele momento, nas telas brasileiras.
Esse nível de erotismo não durou por muito tempo, sendo considerado
inapropriado e até proibido mais tarde pelas agências reguladoras, forçando assim as
emissoras a buscarem outras maneiras de atrair o público.
Enfim, um belo exemplo de como a mídia usa a mentalidade de sua época para
manipular a população e conquistar aquilo que ela mais deseja: a audiência.

4 MILDENBERG, Adriane; HECKE, Keila; DUCATTI-SILVA, Kelly; VIEIRA, Renata


de Almeida. A Influência da mídia na formação e sexualidade infantil: Primeiras
reflexões. In: II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO SEXUAL – II SIES.
2011. Maringá, Paraná.
28

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História da Mídia 2013 mai 30 – jun 1; Ouro Preto, Brasil, Minas Gerais; 2013. pág. 1-
15.

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publicidade e na propaganda. 2005. 114 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação)
– Faculdade de comunicação, educação e turismo, Universidade de Marília, Marília.
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conteúdo televisivo. In: CONGRESSO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA
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brasileira: o caso da abertura da telenovela Mulheres de Areia. In: CONGRESSO DE
29

CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO NA REGIÃO SUDESTE, 17., 2012, Minas Gerais.


Espírito Santo: Universidade Federal do Espírito Santo, 2012.

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PESSOA, Sônia Caldas; MELLO VIANNA, Graziela; SANTOS, Elias.


Programas de auditório no rádio: um percurso histórico do dispositivo à
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