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UFBA – Universidade Federal da Bahia

Departamento de Física do Estado Sólido


Física Geral e Experimental III
Professor: Sandinei
Turma: T06 / P12

Experimento 10:
Balança de Corrente

Grupo: Camila Vergasta


Fábio Queiroz
Francisco Viana
Salvador, 4 de junho de 2008

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Introdução

Este experimento tem como objetivo estudar a interação entre campos


de indução magnética e correntes elétricas, assim como a força de Lorentz
sobre cargas em movimento.
Para sua execução, foram utilizados os seguintes materiais:
 Balança de precisão
 Fonte de tensão DC com amperímetro acoplado
 Ímã permanente em forma de U com peças polares removíveis
 Placa de circuito impresso com trilhas condutoras de corrente nos
comprimentos: 12,5mm (n=1), 25mm (n=1), 50mm (n=1) e 50mm
(n=2).
 Base, haste e suporte de ligação
 Fita de malha metálica condutora, com terminais tipo pino banana

Antes de apresentar os resultados, definimos a seguir dois conceitos


importantes para entendimento do experimento: corrente elétrica e força de
Lorentz.

Corrente elétrica:
A corrente elétrica é o movimento “ordenado” de partículas eletricamente
carregadas. Vamos explicar a corrente elétrica a partir de um condutor
metálico, que é o caso do nosso experimento. Dentro desses condutores, há
muitos elétrons livres descrevendo um movimento caótico, sem direção
determinada. Ao aplicar-se uma diferença de potencial entre dois pontos do
metal (ligando as pontas do fio a uma fonte), estabelece-se um campo elétrico
interno e os elétrons passam a se movimentar numa certa ordem,
preferencialmente numa determinada direção, constituindo assim a corrente
elétrica.
A corrente é definida em termos do movimento de cargas positivas,
apesar de que na maioria das vezes são as cargas negativas (elétrons) que
estão se deslocando. Um fluxo de cargas negativas em uma direção

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geralmente pode ser pensado como um fluxo de cargas positivas na direção
contrária.
Assim, a corrente elétrica é definida como a razão entre a quantidade de
carga que atravessa certa secção transversal do condutor num intervalo de
tempo. A unidade de medida é o Coulomb por segundo (C/s), chamado de
Ampère (A) no SI.

Força de Lorentz:
Uma partícula carregada que se mova num campo magnético fica sob a
ação de uma força (de Lorentz) dada por: F  qv B (1)
Em que:
 q é a carga da partícula
 v é a sua velocidade
 B é o campo magnético exterior

Considerando certa porção de um condutor de comprimento L, podemos


dizer que os elétrons irão se deslocar num tempo L/Vd, onde Vd é a velocidade
de deriva, transportando uma carga dada por:
q=i.(L/Vd)

Substituindo esse valor na equação (1), temos:


F=i(L/Vd).Vd.B.sen
F=iLBsen
Que poderá ser escrito vetorialmente como:
F  i L B

Onde L é um vetor dirigido ao longo do


segmento de fio no sentido da corrente
convencional.
O sentido de F pode ser encontrado
segundo a regra da mão direita, conforme a
figura ao lado.

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Relatório

1- Analise o comportamento da força magnética como função da


direção do campo magnético B do imã permanente.

Inicialmente, foi colocada a placa de 12,5mm (n=1) na balança e foi


medida uma massa de 42,65g pela mesma. Fez-se circular, então, uma
corrente de 5A pela trilha e notou-se que não houve variação na medição da
balança.
Após isso, colocou-se a placa entre as peças polares dos ímãs que
estavam separadas de 4cm. Para isso, tomamos o cuidado de deixar a parte
horizontal inferior da trilha condutora completamente imersa no campo
magnético provocado pelo ímã. Feito isso, a marcação da balança alterou.
Surgiu uma força magnética de sentido para baixo, de forma que a nova massa
marcada pela balança fosse m=42,75g (maior que a inicial).
Inverteu-se, então, a polaridade dos ímãs e balança marcou uma nova
massa m=42,54g (menor que a inicial). Ou seja, nessa configuração, a força
magnética teve sentido para cima.
A partir dessas observações, foi possível concluir que o sentido da força
depende do sentido do campo magnético estabelecido.

2- Construa, em um mesmo papel milimetrado o gráfico de Fm(mN)


versus I(A) para os condutores de 12,5m, 25mm e 50mm (n=1). Utilize a
melhor escala do seu papel milimetrado.

Para a construção do gráfico, foi pendurada uma placa de cada vez na


balança, de forma que o a trilha de cobre ficasse entre os ímãs (deve-se
colocar a placa de forma que esta fique paralela aos ímãs).
Assim, foi calculada a massa m o para cada caso, para a situação em
que não passa corrente pelo condutor. Para essa configuração, não há ação da
força magnética (Fm), sendo a força resultante igual à força gravitacional (Fg).

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À medida que se aumentou a corrente que passava pelo condutor, o
valor medido pela balança foi também maior. Isso ocorre porque uma força
magnética com sentido para baixo atuou sobre a placa. Dessa forma, a força
resultante pode ser calculada pela soma da força gravitacional com a força
magnética. Então:
FR=Fg+Fm
Fm=FR-Fg
Fm=mg-mog
Fm=g(m-mo)

Adotando o valor da aceleração da gravidade como g=9,71m/s², foi


possível obter as seguintes tabelas para cada caso:

Placa de 12,5mm (n=1):


i(A) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
m(g) 42,65 42,69 42,73 42,76 42,80 42,83
Fm(mN) 0 0,3884 0,7768 1,0681 1,4565 1,7478

Placa de 25mm (n=1):


i(A) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
m(g) 41,96 42,04 42,11 42,17 42,25 42,32
Fm(mN) 0 0,7768 1,4565 2,0391 2,8159 3,4956

Placa de 50mm (n=1):


i(A) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0
m(g) 47,00 47,15 47,30 47,45 47,60 47,75
Fm(mN) 0 1,4565 2,913 4,3695 5,826 7,2825

O gráfico construído é o gráfico 1, em anexo.


3- Construa, em papel milimetrado o gráfico de Fm(mN) versus I(A)
para o condutor de 50mm v(n=2). Utilize a melhor escala do seu papel
milimetrado.

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O mesmo procedimento do item anterior foi utilizado para construir o
gráfico para a placa de 50m (n=2). Dessa forma, foi possível encontrar a
seguinte tabela:

i(A) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0


m(g) 48,57 48,88 49,15 49,45 49,71 50,02
Fm(mN) 0 3,0101 5,6318 8,5448 11,0694 14,0795

O gráfico construído é o gráfico 2, em anexo.

4- Os gráficos construídos acima estão de acordo com a teoria?

Os gráficos construídos nos dois itens anteriores estão condizentes com


a teoria. Conforme visto em teoria, a intensidade da força magnética se dá pela
expressão: Fm=iLBsen. Sabe-se que o campo magnético (B) é o mesmo para
todas as configurações (foi mantido o mesmo ímã, com a mesma distância
entre as peças polares) e se procurou trabalhar =90º em todos os casos.
Comparando os gráficos entre si, nota-se que a única grandeza que
variou foi o comprimento (L), já que foram trabalhados com intervalos iguais de
corrente. Assim, sabe-se que, neste caso, a força magnética (Fm) é
diretamente proporcional ao comprimento (L). Este fato se comprovou nos
gráficos, visto que à medida que se dobrou o valor de L, para os mesmos
valores de corrente, a força magnética (Fm) foi aproximadamente o dobro
também (o coeficiente angular do gráfico para L=25mm foi aproximadamente o
dobro do coeficiente angular do gráfico para 12,5mm, por exemplo).
Pode-se ainda destacar que os gráficos obtidos mostram uma relação
linear entre a força magnética e a corrente que passa na trilha, podendo ser
representada por: Fm=a.i, sendo a o coeficiente angular. Essa relação é
perfeitamente de acordo com a teoria (Fm=iLBsen), já que o campo
magnético e o ângulo entre a trilha e o campo não variam e L permanece o
mesmo para cada reta.

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5- Determine o valor do campo magnético do imã permanente, para
os diversos condutores. Determine então o valor médio desse campo
magnético.

Comparando as duas expressões citadas no item anterior (Fm=a.i e


Fm=iLBsen), tem-se que o coeficiente angular das retas é dado por:
a=LBsen

Assim, o campo magnético pode ser expresso pela expressão:


B=a/(Lsen)

Como se procurou trabalhar com a trilha condutora paralela às placas


polares, pode-se considerar que o ângulo trabalhado em todos os casos foi
=90º, ou seja, sen=1. Assim, pode-se determinar o campo magnético B por:
B=a/L

Portanto, para cada reta podemos calcular o valor do campo magnético


(B), que deveria ser o mesmo caso não houvesse erros experimentais:

L(mm) a(mN/A) B(mT)


12,5 0,358387 28,67098
25 0,700885 28,03542
50 1,4565 29,13
100 2,810604 28,10604

*Os valores dos coeficientes angulares das melhores retas foram


obtidos através do método dos mínimos quadrados.

Logo, para obter um valor mais provável de B, calcula-se a média


aritmética dos valores encontrados em cada reta. Dessa forma, o valor
encontrado para B foi: B=28,48561mT

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6- A partir dos gráficos construídos anteriormente para uma
corrente de 5A, construa o gráfico de Fm(mN) versus comprimento do
condutor. Este gráfico está de acordo com a teoria?

O gráfico construído (gráfico 3, em anexo) está de acordo com a teoria.


Teoricamente, o fenômeno é representado pela expressão Fm=iLBsen. Assim,
Fm e L estão relacionados de forma linear, de modo que o aumento do
comprimento da trilha acarrete no aumento da força magnética, já que as
outras grandezas foram mantidas constantes (i, B e ).

7- Analise, detalhadamente, as fontes de erros envolvidas no


experimento.

Nesse experimento, foi possível identificar algumas fontes de erro.


Primeiramente, o mais visível deles está nas imprecisões na leitura da balança.
Como a deflexão do ponteiro da balança era pequena com o aumento de
corrente, uma simples distorção na leitura da balança poderia comprometer a
qualidade dos resultados. Sem contar que não havia precisão na indicação do
zero da balança, o que aumenta essa imprecisão.
Além disso, outra fonte de erro foi o nivelamento do sistema, que pode
fazer com que o ângulo entre o condutor e o campo magnético não seja
exatamente de 90º. Como esse nivelamento era feito no “olhômetro”, não
existia precisão nesse ângulo, o que altera também os resultados.
Sendo a força magnética dada pela expressão Fm=iLBsen, o ângulo
=90º entre o condutor e o campo magnético fornece uma força magnética
máxima para aquelas determinadas condições. No momento em que não há
essa precisão no nivelamento do sistema, o ângulo  é diferente de 90º, o que
gera uma força magnética experimental menor que a que se esperava
encontrar teoricamente.
Da mesma forma, o ajuste dos ímãs pode ter sido feito de forma que as
placas polares não tenham ficado paralelas entre si.

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Além disso, o experimento foi feito ignorando os efeitos das pontas dos
ímãs, que faz com que o campo não seja totalmente uniforme conforme foi
considerado. Daí também a importância da porção horizontal da trilha
condutora estar o mais centralizado possível entre as placas polares, de forma
que esta esteja totalmente imersa no campo magnético gerado pelos ímãs.

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Conclusão

A partir do experimento, percebemos alguns aspectos da força exercida


por um campo magnético. Entre eles, a determinação do seu sentido em
função do sentido do campo e a sua dependência linear do comprimento do
condutor imerso no campo e da corrente que passa por ele.
Também foi evidente a necessidade de observarmos com atenção a
montagem do experimento para não nos depararmos com erros provocados
pela falta de simetria entre os pólos do ímã e a não imersão total do condutor
no campo magnético.

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