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Não há dúvidas que embora em sua maioria o Martinismo seja Cristão não
religioso, embora exista legítimos segmentos não Cristãos, a sua base filosófica é
Judaica. Portanto é necessário ao estudante ter consciência que o Martinismo é
uma mística Judaico-Cristã, pelo menos em tese.
A citação bíblica de "um cordão triplo não se quebra facilmente" é interpretado por
alguns estudiosos para referir-se aos três Patriarcas Hebreus- Avraham, Yitschac e
Yaacov - cujas vidas formam uma corrente inquebrável que continua a existir até
os dias de hoje na Religião Hegraica, tal qual a corrente ininterrupta que nos une
desde nosso Venerável Mestre o Filósofo Desconhecido. Há além disto uma
interpretação bastante forte que apresenta o cordão como um vínculo de amor
conectando almas afins.
A origem deste cordão é o segredo do raio inicial da luz infinita do Criador através
do Iniciador preenchendo os mundos material e espiritual. Este raio de luz, que
continua a brilhar e iluminar toda a existência, é o vínculo de amor entre o Criador
e Sua Criação, entre o Iniciado e seu Iniciador e o Iniciador deste.
A natureza da alma
De acordo com a Cabala Hebraica toda alma humana possui 10 sefirot, ou poderes
espirituais. Os primeiros três são intelectuais, enquanto que os sete remanescentes
estão relacionados às emoções.
Parte do
Sefirá Mandamento
corpo
Braço
Chessed (bondade) Proibição de adultério
direito
Braço
Gevurá (poder) Proibição de assassinato
esquerdo
Tiferet (beleza) Proibição de roubo Torso
Netzach (vitória, Perna
Proibição de idolatria
eternidade) direita
Perna
Hod (esplendor,) Proibição de blasfêmia
esquerda
Órgão
Yesod (fundação) Proibição de comer carne
sexual
Estabelecimento de um
Malchut (reino) Boca
sistema legal
Chesed
Bondade
Adultério
Tiferet
Beleza
Roubo
Hod
Esplendor
Blasfêmia
Netzach
Vitória
Idolatria
Yessod
Fundação
Ingerir membros amputados de um animal vivo
Malchut
Reino
Estabelece um sistema legal
A AUTORIDADE PRIMITIVA DO HOMEM
no que consiste sua glória
Louis Claude de Saint Martin
Este Homem primitivo teria tido também legiões, sobre as quais teria tido
autoridade absoluta, comunicando a elas o seu espírito, como um general, por
assim dizer, transmite sua vontade a milhares de homens sob seu comando,
tornando-os um consigo mesmo, e tirando deles, de certa forma, suas próprias
vontades, para dar-lhes somente a sua; de outra forma, seu controle sobre os
soldados seria impossível e inexplicável.
Ora, o que dizemos aqui a respeito da ordem militar, pode ser dito de todas as
nossas outras instituições, políticas e sociais; poderíamos dizer também em relação
à Natureza, pois o Homem poderia ter cooperado com toda região e com todos os
poderes, em cada ordem, para produzir aquelas imagens maravilhosas, aqueles
sinais arrebatadores, que teriam enchido seus olhos, por todos os lugares, e
preenchido seu coração com uma glória meritória e justamente adquirida, enquanto
que, sem seu presente e limitado estado, o homem freqüentemente vale muito
pouco em tudo aquilo que está a sua volta, e em tudo o que ele escala.
Mas se é do alto que o homem recebeu e ainda recebe tudo de melhor para o
governo de seus semelhantes, quanto mais ele decifrar as alturas, mais boas coisas
irá descobrir para seu próprio benefício, e da natureza humana; já que é das
alturas que vem o processo de cura, enviado pelo Amor Supremo para a sua
recuperação.
"Mysterium Magnum", de Jacob Boehme: A respeito de uma membrana religiosa
aberta ao homem pelo Amor Supremo, convido o leitor a extrair, se puder, algo
apropriado da obra de Jacob Boehme, Mysterium Magnum, o "Grande Mistério".
Numa certa cidade, um Templo Martinista estava sendo construído pelos membros
de uma Ordem, passo a passo, tijolo a tijolo... Ela era inteiramente revestida de
pedras muito claras, e dezenas de obreiros moviam-se por todos os lados para
levantá-la nos finais de semana.
Carregando pedras, disse o primeiro !, Mas para que carregas pedra, perguntou o
Visitante, Ele respondeu: eu carrego estas pedras daquele monte para aquele outro
monte de pedras. Mas o prédio fica na outra direção afirmou o Visitante....
O que essa estória nos indica ? Ela nos mostra que nossa fraternidade não será
perfeitamente construída por aqueles que detém a força física ou por aqueles que
não entendem ao certo o que está sendo edificado.
Demonstra que a sua Ordem não pode ser arquitetada por obreiros que seguem
seus Mestres realizando tudo o que estes lhes pedirem, podendo seguir cegamente
a outros cegos.
Finalmente demonstra que a sua Loja somente irá crescer e se fortificar se houver
interesses, objetivos, e sonhos em comum, mesmo realizando o pesado trabalho de
carregar pedras, nivelando Associados, Iniciados e SI's, todos devem saber
exatamente qual é o objetivo da obra, qual é o objetivo de tamanho esforço e qual
será a recompensa final, a recompensa que não pode ser expressa em moeda, em
poder, em valorização do Ego, mas que poder ser mensurado por uma herança
intelectual e espiritual.
5) Os Mestres Passados. Foram eles que criaram, que têm contribuído e moldado
nossa Tradição, e que nos transmitiram sua filiação. Todos nós conhecemos alguns
deles: Papus, Sédir, Phaneg, Maître Philippe. Outros são conhecidos apenas dos
membros de uma ou outra linha de filiação. E alguns trabalham tão completamente
por trás da máscara que são conhecidos apenas de outros Santos e das grandes
almas, e não o são nem por todos aqueles que estão ao seu redor. Nós invocamos
sua presença em cada reunião e buscamos seus conselhos e proteção.
9) O uso de três tecidos: negro, vermelho e branco. Como com o manto, a máscara
e o cordão, eles são de uso universal, e seu simbolismo é explicado em toda parte
da mesma maneira.
10) O uso do trígono das Luminárias. Sobre o altar martinista, há três velas
brancas dispostas de modo triangular. Em algumas lojas, elas são utilizadas apenas
em dois graus; em outras elas são utilizadas em todos os três, mas não são acesas
em apenas um deles. Todavia, o simbolismo é sempre o mesmo e pode ser adotado
por todos os Martinistas.
11) O uso do Pantáculo martinista. Em algumas Ordens, está por terra no Oriente;
em outras, encontra-se acima da cadeira do Iniciador; em outras ainda aparece nos
dois lugares. Ele aparece em todos os documentos martinistas e constitui um
símbolo martinista universal.
12) O lugar dos Mestres Passados. Em cada Templo Martinista, qualquer que ele
seja, existe um lugar, uma cadeira ou mesa, ou altar com uma vela que representa
os Mestres Passados de nossa Ordem, de nossa família iniciática. Este lugar pode
ser mais decorado, mas a vela está sempre presente e é acesa em todas as
cerimônias, para representar nossa invocação dos Mestres Passados, para
representar sua presença em nossas assembléias e para representar nossa
aspiração em nos unir a eles.
Aqui, a palavra "silenciosos" de acordo com a antiga teologia egípcia, servindo para
designar sacerdotes e escribas, sábios e iniciados nos Mistérios. Mas não é somente
a Amon, Senhor dos Silenciosos, que dirigem hinos aqueles que aprenderam a se
afastar um pouco do burburinho profano.
Thot, Senhor das Palavras Faladas e Escritas, também é associado ao silêncio,
como nesta prece de um escriba da Casa da Vida:
Ó, Thot, coloca-me em Hermópolis,
A cidade onde é doce viver [...]
E que possas guardar a minha boca quando falo. [...]
Ó, tu, que levas a água [da vida] a locais afastados,
Vem e salva-me, pois eu sou um silencioso.
Ó, tu, fonte doce para o homem alterado no deserto!
Ela [a fonte] encontra-se selada para os tagarelas,
Mas aberta para o silencioso.
Ele vem, o silencioso, e encontra a fonte! [2]
O evangelista Mateus afirma que Jesus falou aos seus discípulos frente à Multidão
(vers. 1); sabendo que seus discípulos sabiam "Ler" ou interpretar o que Jesus
realmente queria dizer-lhes, o que podemos deduzir de:
a) Vós, porém, não queirais ser chamados Rabis, porque um só é o vosso Mestre, a
saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos;... Nem vos chameis mestres, porque um
só é o vosso Mestre, que é o Cristo
b) Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o
ouro?... Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a
oferta?
c) Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o
exterior fique limpo
Mateus, 23
1 ENTÃO falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos,
2 Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus.
3 Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as;
mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não
fazem;
4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos
homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los;
5 E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos
filactérios, e alargam as franjas das suas vestes,
6 E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.
8 Vós, porém, não queirais ser chamados de Rabi, porque um só é o vosso Mestre,
a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9 E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está
nos céus.
10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
11 O maior dentre vós será vosso servo.
12 E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar
será exaltado.
13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o
reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar aos que estão entrando.
14 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas,
sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo.
15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra
para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas
vezes mais do que vós.
16 Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo,
isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor.
17 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o templo, que santifica o
ouro?
18 E aquele que jurar pelo altar isso nada é; mas aquele que jurar pela oferta que
está sobre o altar, esse é devedor.
19 Insensatos e cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar, que santifica a
oferta?
20 Portanto, o que jurar pelo altar, jura por ele e por tudo o que sobre ele está;
21 E, o que jurar pelo templo, jura por ele e por aquele que nele habita;
22 E, o que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado
nele.
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o
cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé;
deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
24 Condutores cegos! Que coais um mosquito e engolis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e
do prato, mas o interior está cheio de rapina e de iniqüidade.
26 Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o
exterior fique limpo.
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos
sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente
estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas
interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que edificais os sepulcros dos
profetas e adornais os monumentos dos justos,
30 E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos
com eles para derramar o sangue dos profetas.
31 Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
33 Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis
e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis
de cidade em cidade;
35 Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra,
desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que
matastes entre o santuário e o altar.
36 Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são
enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os
seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
38 Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
39 Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais:
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Comentários:
O Cap. 23 de Mateus traz, em breves palavras, nossas atitudes perante nós
mesmos e as obras Divinas.
Nossa labuta nos prende à matéria quando na verdade deveríamos alçar vôo aos
anjos de Deus.
Mas, segundo alguns, não será essa a artimanha do Testador? Não quererá ele que
nos atenhamos aos ardis da matéria, burocraticamente, nos perdendo nas ilusões
do ouro falso do que buscando a Deus?
O que seria da terra sem os homens a glorificá-la? Esta é uma pergunta que Jacob
Boehme nos legou como prova de que, se quisermos, podemos esquecer quem
somos e chegar a Deus. Ele, um humilde sapateiro, mesmo aparente sem instrução
chegou a ver a Criação e os seus esplendores. Mostrou em seus livros que dentro
de cada um de nós há um resquício do mal a ser superado em cada atitude e nesta
vida. Fala em suas obras sobre a regeneração do homem.
Muitas vezes temos ao nosso redor as glórias de Deus e não as percebemos, pois
nos enredamos na matéria.
Buscamos através deste caminho na Terra, e do estudo, soltar as amarras e seguir
mais alto. Lembremos que quanto maior a Luz, maior a tentação nos será
oferecida. Estamos, agora, querendo beirá-la.
Temos que limpar o nosso interior ("copos e pratos") para também limpar o corpo
externo. Um corpo limpo com mente suja é o mesmo que todo o conjunto estar
sujo. E vice-versa.
Moisés subiu ao Monte para buscar a Deus, viu r ouviu a sarça ardente. Trouxe
para baixo do Monte Santo a mensagem Dele. O povo (o ser externo) não O quis
mais. Não deixemos que façamos o mesmo. Somos muitas vezes fariseus de nós
mesmos, pois a quem traímos? A quem nos entregamos, ao mal com os nossos
atos, pensamentos e palavras? Essas três últimas são as condições iniciais para a
perfeição iniciática.
Quando fazemos uma recepção a um determinado grau Martinista o que buscamos
desde antes do ritual? Não é a purificação? Então devemos mantê-la após o mesmo
ritual e por todo o sempre.
Uso Teúrgico dos Salmos
O acesso a este ensaio deve ser respeitado como uma Verdade Sagrada e espera-
se que seja tratado com seu devido valor.
5. O lugar deverá estar perfeitamente limpo e purificado por água e abençoado por
incenso.
7. Nenhuma quantia de dinheiro deve ser aceita para qualquer operação teúrgica. É
impossível "comprar" coisas Celestiais com dinheiro terreno.
A morte! Será que ela ainda existe? Não teria sido ainda destruída?
Será que o grande sacrificador e grande instrutor da prece não
esgotou, através de seu suplício, todas as angústias dessa morte?
Será que não sofreu a morte de violência a fim de que não
tivéssemos mais senão a morte de alegria? Será que, depois que ele
consumou tudo, podemos ter ainda algo a sofrer? Não, a morte não é
para nós mais do que a entrada no templo da glória. O combate foi
travado, a vitória foi conquistada, não temos mais que receber da
morte senão a palma do triunfo. A Morte! Seria com a morte corporal
que o sábio contaria para alguma coisa? Esta morte não é senão um
ato do tempo; que relação poderia ela ter com o homem da
eternidade? O homem também não teria a idéia da morte se não
tivesse o sentimento da eternidade com o qual essa idéia da morte
contrasta, e pode-se extrair daí uma outra conseqüência: a de que o
homem sábio deve ter o conhecimento moral de sua morte particular.
Ele deve seguí-la em todos os seus detalhes; deve se ver morrer já
que sua eternidade pessoal deve ver tudo o que se passa no tempo
para ele. Mas para que cumpra com dignidade todos os instantes da
importante tarefa de sua vida - sem o que ele morre nas trevas e
sem sabê-lo, como as nações e os homens da torrente. Ora, o único
mal que poderíamos experimentar da parte da morte é o morrer
antes de nascer; porque para aqueles que nascem antes de morrer, a
morte não passa de um verdadeiro benefício.
Ao abrir
Ao Fechar:
"Soberano Mestre do Universo, que não tem nenhuma necessidade,
Tu quis erguer Teu Templo entre nós e em nós. Digna-te então,
Senhor, a conservar esta Morada para sempre na Paz e na Harmonia.
Tu que escolheu este Templo para que Teu Santo Nome seja
invocado, faz também que continue sendo uma casa de trabalho e de
rogo para Teu Povo, e que estas Pedras Viventes que são Teus
obreiros, Supremo Arquiteto do Mundo, estejam para sempre unidas
entre si pelo cimento da Caridade … Amém! ..."
Os últimos iniciados do velho mundo:
Apolônio de Tiana, Máximo de Éfeso e Juliano.
Eliphas Levy
Que nos baste observar que Esch V} representa o Espírito puro, universal,
principalmente, que tece uma veste de luz inteligível ao místico Ain-Soph >YJ GW},
o ser-não-ser: Ser absoluto com relação a si próprio, pois ele é só, no sentido
primordial(108), não-ser em relação a nós, que somos finitos e contingentes, pois o
Relativo não pode compreender o Absoluto.
Este arcano parece ainda mais perfeitamente expresso pela figura central do
grande Andrógino. Do macho W, emana a fêmea U. Sua síntese Iah UW constitui
uma assimilação homogênea, coesa: símbolo eterno do Pai engendrando o Filho
(por intermédio da Mãe Celeste ou Natureza-Naturante) e se reproduzindo na
pessoa desse Filho. Quanto ao pássaro de Hermes, pairando acima do Andrógino,
deve-se ver nele o Espírito Santo, Y, que procede do Pai e do Filho, de Deus e da
Humanidade. Enfim, os globos que figuram abaixo representam o Reino ZYPLK
(Malkuth), esfera de ação do segundo U, onde se exerce a exaurível fecundidade do
Tetragrama no domínio da natureza naturada, mundo da substância plástica, das
formas sensíveis, das imagens.
Assim como o quaternário Iod-heve UYUW, o quaternário Agla }LO} pode servir de
chave a nosso emblema:
O primeiro Aleph (} = 1) exprime, assim, a Unidade principiante do Universo;
Ghimel (O = 3), o ternário das pessoas em Deus; Lammed (L = 12), o
desenvolvimento do ternário espiritual multiplicado pelo quaternário sensível (3 x 4
= 12), e a difusão do Ser Universal no Tempo e no Espaço. Enfim, o último Aleph, a
Unidade principiante e final, ponto de partida e ponto de chegada; a unidade
suprema para onde tudo retorna após o duplo movimento hemicíclico da Descida e
da Ascensão(109), da Desintegração e da Reintegração, da Queda e da Redenção.
Fazendo um paralelo do que foi dito acima com as noções desenvolvidas
anteriormente, será lícito ao leitor engenhoso desenvolver e completar para seu
próprio benefício o sentido superlativo ou divino do Grande Andrógino cabalístico.
2 - A PARALITURGIA
3 - A LECTIO DIVINA
o Conforme vai lendo, se sentir uma especial atração por um trecho, frase ou
palavra, pare feche os olhos e imagine-se participante daquele trecho, ou repita a
frase e a palavra várias vezes. Por exemplo:
1) está lendo Mateus 13,6 (a Parábola da Figueira Estéril). Caso sinta-se tocado
neste trecho, feche os olhos e imagine-se ouvindo Jesus de Nazaré contando a
parábola. Sinta a atmosfera deste momento e a presença do Verbo Encarnado em
sua vida entre os homens. Atenção, você será apenas uma testemunha. Visualize
somente o trecho lido. Não crie situações fictícias e nem de asas a sua imaginação.
2) agora você lê o Salmo 32, 4: "meu coração tornou-se um feixe de palha em
pleno calor de verão" e sentiu-se atraído por esta frase. Ela calou fundo em seu ser
e vibrou em seu íntimo. Então feche os olhos e bem devagar, a repita inúmeras
vezes. Deixe esta frase fazer parte de você. Não se importe com o tempo,
mergulhe nela e desça as profundezas de seu coração. Entre pelo poder da Sagrada
Escritura na câmara secreta de sua alma. Se uma palavra foi a escolhida, proceda
da mesma maneira.
o Quando sentir que o seu trecho (frase ou palavra) já foi o suficientemente vivido,
bebido e experiênciado, passe adiante e continue lendo o texto bíblico.
o Não interprete ou faça exercícios mentais com o texto da Sagrada Escritura. A
"Lectio Divina" deve falar à alma e não ao cérebro.
o O mesmo trecho pode ser lido por vários dias, não se importe com o tempo. Pode
trabalhar até meses com uma frase. Aprenda a ouvir os movimentos de sua alma.
4 - ENCERRAMENTO
o Quando determinar que é hora de parar, feche a Sagrada Escritura com a mesma
calma e reverência do início.
o Recite o Pai Nosso devagar e solenemente. Depois fique alguns segundos em
silêncio.
o Faça uma oração de agradecimento espontânea ou outra oração de sua
preferência.
o Faça o Sinal da Cruz.
o Fique alguns minutos em silêncio em atitude de recolhimento.