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Unidade 3 – Resumo de História 11º ano

3.1 Reforço das Economias Nacionais e Tentativas de Controlo do


Comércio

3.1.1 O tempo do grande comércio oceânico:

Nos séculos XVII e XVIII, Portugal, Espanha, Holanda, França e Inglaterra


possuíam a maior fatia comércio intercontinental, que gerava imensos lucros.

Para a expansão dos seus negócios, os mercadores europeus criaram grandes


companhias de comércio e desenvolveram novos mecanismos financeiros. Gerar capital
investi-lo e aumenta-lo privilegiando o grande comércio, tornou-se o modelo da
economia europeia.

A economia Europeia entrou assim na era do capitalismo comercial – sistema


económico que se afirmou nos séculos XVI a XVIII.
Características do capitalismo comercial:

 Procura de maior lucro


 Espírito de Concorrência
 Papel determinante do comércio, como motor do desenvolvimento económico.

Devido a esta importância dada ao comércio, a América foi colonizada, e os


colonos cultivam açúcar, café, tabaco, algodão, criam gado e extraem ouro. Estes
produtos são enviados para a metrópole. Em troca, a metrópole fornece produtos
agrícolas, industriais e mão-de-obra vinda de África.

Rotas Comerciais:
 Do Cabo
 Atlântica – une Europa, África e América.
E é assim que a antiga rota do cabo (europa -> áfrica), se junta à rota atlântica, unindo
assim a Europa, África e América.
Comércio Triangular
Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes: europeu, africano e
americano. Prosperou sobretudo nos séculos XVII e XVIII. As colónias dependiam dos
escravos negros para trabalhar nas explorações e minas.

Como consequência deste desenvolvimento económico e comercial, o tráfico


negreiro atingiu o seu ponto mais alto.

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3.1.2 – Reforço das Economias Nacionais: O Mercantilismo:

A expansão do comércio coincidiu com a afirmação das monarquias absolutas, e


assim, os reis absolutos viram no domínio das áreas comerciais e na riqueza que estas
proporcionavam a forma de aumentar o seu poderio.

Foi com o objectivo de enriquecer o estado e os seus cidadãos (ou seja, o país),
que se pôs em prática a primeira doutrina económica, o Mercantilismo.

Mercantilismo – Teoria económica aplicada nos séculos XVI, XVII e XVIII, que defende:
 uma forte intervenção do estado na economia
 a riqueza de um Estado depende da quantidade de metais preciosos que este
possui
 adota medidas do tipo protecionista e monopolista.

Era então necessário um Balança Comercial favorável, ou seja, o valor das


exportações ser superior ao valor das importações

Balança Comercial – Termo que designa relação entre importações e exportações. Se o


volume das exportações ultrapassar o das importações a balança comercial é positiva
(favorável) e identifica-se com a prosperidade do país.

Desta forma, cabia ao Estado adotar as medidas necessárias para atingir este
objetivo, ou seja, adotar medidas de Protecionismo Económico (política económica que
impede a livre iniciativa e livre circulação de mercadorias):
 estimular a produção industrial, para promover a autossuficiência do país e
aumentar as exportações
 aumentar as tarifas alfandegárias sobre as importações, de modo a tornar os
produtos nacionais mais competitivos
 estimular e reorganizar o comércio externo, para obter mercados de
abastecimento de matérias-primas e de colocação de produtos manufaturados

O objetivo destas medidas era permitir o desenvolvimento das produções internas e


tornar os produtos nacionais mais competitivos.

O Mercantilismo em França:

A França importava bastantes produtos provenientes da Holanda, e foi então


que Colbert (ministro de Luís XIV) preocupado com esta situação, decidiu apostar no
desenvolvimento das manufacturas.
É esta importância atribuída às manufacturas e a sua feição altamente dirigista,
que caracterizam o Mercantilismo Francês.

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Medidas tomadas por Colbert:


 introduziu novas indústrias, recorrendo a técnicas e mão-de-obra estrangeira,
com o objetivo de evitar as importações
 Incentivou a criação de grandes manufaturas dando incentivos fiscais, subsídios e
monopólios de fabrico

Assim, apareceram as célebres manufaturas reais, que funcionavam como unidades-


modelo de produção. Estas manufaturas tanto podia pertencer ao Estado como a
particulares que podiam aplicar um selo com as armas do rei.
Estas manufaturas dedicavam-se sobretudo ao fabrico de artigos de luxo
destinado a fornecer a corte
Como o Estado concedia muitos subsídios e privilégios ás manufaturas, exigia para si
o direito de regulamentar toda a atividade industrial controlando as matérias-primas,
qualidade, horas de trabalho, preços, tudo era controlado através de um corpo de
inspectores criados para o efeito.

 Quanto ao comércio – Colbert investiu fortemente no desenvolvimento da frota


mercante e da marinha de guerra. Criou também, companhias monopolistas às
quais reservou direitos de comércio numa dada zona. As mais poderosas foram
as Companhias das Índias Orientais, ás quais o Estado dava poderes de
conquista, administração e defesa do Oriente.

Companhias monopolistas: Associação económica geralmente de cariz comercial, à


qual o estado conferia direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de
comércio.

Críticas aos Mercantilismo de Colbert:


 excessiva regulamentação das indústrias
 excessivas restrições impostas ao comércio e á iniciativa dos particulares

O Sistema Mercantil em Inglaterra:

Em Inglaterra, as medidas mercantilistas foram implementadas lentamente,


procurando resolver as dificuldades económicas que iam surgindo, assumindo por isso
um carácter flexível e adaptando-se aos tempos e circunstâncias, sendo por isso mais
eficazes.

Principais Características:
Para além do seu caracter flexível, o mercantilismo inglês distingue-se pela
valorização da marinha e do sector comercial.
Tal como sucedeu em França, os produtos holandeses também “invadiam” os
mercados ingleses.

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Principais medidas protecionistas:

 Entre 1651 e 1663 foram promulgadas leis – Actos de Navegação (Oliver


Cromwell) – que pretendiam banir os Holandeses das áreas do comércio
britânico.

De acordo com estas leis, todas as mercadorias estrangeiras que entrassem em


Inglaterra seriam obrigatoriamente transportadas em embarcações inglesas ou do
país de origem.

ao mesmo tempo, a marinha britânica passou a ter a exclusividade da navegação de


cabotagem e o transporte para Inglaterra das mercadorias coloniais.

 O sector comercial foi também reforçado com a criação de grandes companhias


de comércio, às quais foram concedidos grandes monopólios, sendo a mais
célebre e bem sucedida a Companhia das Índias Orientais, que em 1661 recebeu
poderes soberanos de justiça civil, organização militar e direcção de guerra no
oriente.

Consequências destas medidas mercantilistas:


 destruíram a concorrência da Holanda
 a frota mercante inglesa cresceu
 a Inglaterra aumentou o seu poderio comercial e marítimo, disputando o
primeiro lugar na cena económica internacional

3.1.3 O Equilíbrio Europeu e a Disputa das Áreas Coloniais:

No séc. XVII e XVIII o equilíbrio Europeu foi particularmente frágil e com


inumerosos conflitos, fosse por pretensões territoriais ou questões dinásticas.
Na segunda metade do séc. XVII as motivações económicas eram os principais
problemas que originavam os conflitos.
Numa época de grande desenvolvimento do capitalismo comercial, dominar os
mercados tornou-se uma prioridade política pois o comércio era o sector da economia
que movimentava mais capitais e produzia maiores lucros.
Com as medidas protecionistas tinham sido colocados “obstáculos” para a
circulação de mercadoria na Europa e por isso, as áreas coloniais tornaram-se o centro
de rivalidades.
Apareceu então um novo sistema, de exclusivo colonial, que era uma forma de
exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e o mercado das
colónias. Tratava-se de uma medida protecionista cujo objetivo é garantir a obtenção de
matérias-primas e produto exóticos a baixo preço, bem como escoar as produções
manufatureiras do país dominador.

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Esta disputa da supremacia do comércio marítimo, era essencialmente travada


pela França, Inglaterra e Holanda.
 A 1º Fase ocorreu entre 1651 a 1689, entre a Holanda e Inglaterra, onde a
Holanda perdeu para a Inglaterra as suas colónias americanas e no Oriente. Estas
guerras marcam o fim da hegemonia comercial holandesa.
 2º Fase ocorreu entre 1689 a 1763 entre a França e Inglaterra, devido a disputa
de territórios, mercados e produtos coloniais

Este período de tensão culminou na Guerra dos setes anos 1756 a 1763, que apesar
de ser iniciada na Europa estendeu-se até as colónias.
Com a vitória inglesa, reconhecida no Tratado de Paris a França acabou por abandonar
as suas possessões nas Índias, o Canadá, o vale de Oaio, a margem esquerda do rio
Mississípi e as feitorias no Senegal.
Assim a Inglaterra tornou-se a maior potência colonial e marítima da Europa.

3.2. A hegemonia económica britânica:

Foi devido ao desenvolvimento que houve na agricultura, indústria, comércio,


banca, e o facto de a Inglaterra ter, finalmente, paz, que esta conseguiu tornar-se na
maior potência da Europa e das colonias.

3.2.1. Condições do Sucesso Inglês:


 Os progressos agrícolas
 o crescimento demográfico e a urbanização
 a criação de um mercado nacional
 o alargamento do comércio externo
 o sistema financeiro

Os progressos agrícolas

Nos outros países, o mercantilismo voltou-se para o comércio e a indústria,


sendo estes que faziam o país avançar economicamente, contudo, em Inglaterra, o
mercantilismo voltou-se para a agricultura.
Foi graças aos Landlords (um grupo de grandes proprietários) que todos estes
progressos na agricultura foram possíveis, pois foram eles que colocaram de lado as
técnicas já existentes e puseram em prática novos métodos de cultivo.
O principal problema era o esgotamento dos solos. Daí a necessidade do pousio,
ou seja, a necessidade de colocarem as terras aráveis em descanso. Porém, para evitar o
pousio e renovar as terras ao mesmo tempo, foi aplicado um novo sistema de rotação
de culturas que alternava as colheitas de cereais com as de leguminosas, como o nabo, e
as de plantas forrageiras, como o trevo. Assim, foi possível o aproveitamento total da

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terra e ainda a ligação da agricultura com a criação de gado, que permitiu o uso de
fertilizante natural – o estrume (único fertilizante da época).
Com a renovação do sistema de culturas, deixou de fazer sentido deixarem o
gado a pastar por todo o lado e nos campos dos outros. Os campos abertos revelaram-
se bastante prejudiciais à rentabilização da terra, pelo que os grandes proprietários,
criaram as enclosures (campos cercados). Nestes campos cercados, foi possível
selecionarem sementes, aperfeiçoarem alfaias e apurarem raras de animais.
Como consequência, o sector agrícola aumentou a sua produtividade,
aumentando também os recursos alimentares o que permitiu a utilização da mão-de-
obra noutros sectores económicos, levando a um grande crescimento demográfico e
consequente riqueza económica.

O Crescimento demográfico e a urbanização:

O crescimento demográfico da segunda metade do século XVIII atingiu


especialmente a Inglaterra.
Deu-se migração para os centros urbanos que que absorveram toda a mão-de-obra
excedentária dos campos.
Londres torna-se a maior cidade da Europa, atingindo um milhão de habitantes no fim
do s+eculo XVIII.

 Prosperidade do país;
 Abundancia e criação de postos de trabalho -> aumento da taxa de nupcialidade
-> número de nascimentos -> morte diminui;
 A população começa a mudar-se para as cidades.
O crescimento populacional estimula o consumo e fornece mão-de-obra jovem.

- A Criação de um mercado nacional:

Devido ao aumento demográfico e à urbanização, o mercado interno de


Inglaterra não parou de se expandir. Para além de o número de consumidores não parar
de aumentar, podemos juntar também a inexistência de alfândegas internas que fazem
com que as mercadorias ficassem mais caras e dificultassem o seu transporte. Foi então
que foi criado um mercado nacional onde os produtos e a mão-de-obra podiam circular
livremente.
Foi com o objectivo de diminuir os custos de circulação que a Inglaterra apostou
no melhoramento dos transportes. Aproveitando a rede hidrográfica que possuíam, os
ingleses construíram um sistema de canais por onde eram enviadas as mercadorias
pesadas. Para além de fazerem melhoramentos nos transportes, os ingleses também
melhoraram as estradas. Estes melhoramentos não só facilitaram a criação de um
mercado nacional como também possibilitou a ligação entre as regiões do interior e as
regiões portuárias.

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Mercado nacional só foi possível através de:

 Revolução demográfica;
 Abolição dos entraves à circulação dos produtos;
 Incremento dos transportes;
 Crescimento urbano.

- O Alargamento do mercado externo:

Os produtos ingleses estavam espalhados por todo o continente europeu,


devido à sua qualidade e ao seu baixo preço.
Mais de metade da frota de Inglaterra passava essencialmente pelas
américas, mas também passava por áfrica, sendo assim, a Inglaterra estava
inserida no comércio triangular.

Europa

América África

Europa -> África


 Armas de fogo;
 Rum;
 Tecidos grosseiros;
 Quinquilharias.

África -> América


 Escravos

Onde eram utilizados para trabalharem nas minas e plantações.

América -> Europa


 Açúcar, tabaco, algodão, café

Que eram revendidos na europa.

No oriente
Europa -> Ásia

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Companhia das índias orientais

Seda, especiarias, panos de algodão, chá, corantes, porcelanas, produtos


agrícolas, etc.

- O Sistema financeiro

A superioridade Inglesa assentava, também, num sistema financeiro


avançado, facilitador do desenvolvimento económico.
Em Londres funcionava, desde o fim do século XVI, uma das primeiras
bolsas de comercio da Europa, onde se centralizavam os grandes negócios da
cidade.

Bolsas de comércio – centralizavam os grandes negócios;


Bolsa de valores londrina – onde se encontrava a divida publica e se cotaram as
primeiras acções da companhia das índias orientais.
A actividade bolsista foi um importante factor de prosperidade uma vez
que permitiu canalizar as poupanças particulares para o financiamento de
empresas, alargando assim o mercado de capitais.
A operacionalidade do sistema financeiro foi reforçada em 1694, com a
criação do Banco de Inglaterra, especialmente vocaciondo para realizar todas as
operações necessárias ao grande comércio: aceitação de depósitos, transferências
de conta a conta, desconto de letras e financiamentos, o banco tinha ainda a
capacidade de emitir notas que circulavam como uma verdadeira moeda.
A actividade do banco de Inglaterra foi complementada por dezenas de
pequenas instituições – os country banks que realizavam em escala mais reduzida
o mesmo tipo de operações.

3.2.2. O Arranque industrial:

O processo de industrialização iniciou-se em Inglaterra, devido a um


conjunto de factores:
 os avanços agrícolas,
 aumento demográfico,
 alargamento dos mercados,
 a capacidade empreendedora dos ingleses,
 e o avanço tecnológico.

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Foram desenvolvidos 3 sectores: o algodoeiro (têxtil), metalúrgico, e o


vapor.

- O sector Algodoeiro/ têxtil:

Devido a um aumento da procura (interna e externa) e à abundancia em


matérias-primas provenientes das colónias, houve progressos no sector
algodoeiro.
Graças aos melhoramentos na tecelagem, na fiação e estampagem, houve
um aumento enorme na produtividade e na produção.

- A Metalurgia:

Este sector foi, talvez, o sector mais importante de todos, uma vez que é
ele quem fornece máquinas e outros equipamentos para os outros sectores
poderem desenvolver-se. A partir da década de 30 a metalurgia, ultrapassando o
têxtil, tornou-se no principal sector industrial.

- A força do Vapor:

O escocês James Watt (1736-1819), em 1765, registou a primeira patente


da máquina a vapor, que foi melhorando nos anos seguintes. Esta máquina a
vapor constituiu a primeira fonte de energia “artificial” da História, tornando
possível: mover teares, martelos, locomotivas e todo o tipo de maquinismos que
antes dependiam do trabalho humano ou de forças naturais.
Com o uso da máquina a vapor a manufactura deu lugar à
maquinofactura, cerne da Revolução Industrial.

- Um tempo de mudança:

Devido À revolução industrial, grandes vagas de camponeses migraram


paras as cidades, que cresceram negras do fumo das fábricas, e se estendiam em
bairros pobres de habitação operária.

Uma nova classe – a burguesia industrial – elevou-se ao topo da


sociedade e do poder político, impondo valores, cultura e forma de viver.

Os transportes aceleraram-se e encurtaram distâncias, fazendo circular


mercadorias, homens, notícias, ideias e hábitos novos.

A Inglaterra tomou a dianteira da Europa, guiando-a em direcção a uma


nova época – o capitalismo industrial.

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3.3. Portugal – Dificuldades e crescimento Económico:

3.3.1. Da crise comercial de finais do século XVII à apropriação do ouro


brasileiro pelo mercado britânico:

Os holandeses foram expulsos do brasil, e com isso, levaram as técnicas


de produção do açúcar e tabaco. Mais tarde, estas técnicas também começaram
a ser utilizadas pelos franceses e ingleses.
Estes 3 países eram os principais compradores destes produtos
portugueses, contudo, com o facto destes países terem aprendido estas técnicas,
eles próprios começaram a produzir para eles próprios consumirem, e assim,
deixaram de comprar a Portugal, baixando o número de exportações. O efeito
desta situação mais as medidas proteccionistas de Colbert, levaram a que
Portugal entrasse numa crise comercial muito grave.

- O surto manufactureiro:

O panorama da nossa indústria era desolador, sendo quase total a


dependência do estrangeiro no ramo dos lanifícios era quase total.

- D. Luís de Meneses – 3º Conde da Ericeira (ministro de D. Pedro II):

Teve como objectivo equilibrar a balança comercial de Portugal,


substituindo os produtos que importávamos por produtos que produzíamos em
Portugal, por isso tomou as seguintes decisões:
 Contratou artesões estrangeiros;
 Criou indústrias dando subsídios;
 Praticou uma política proteccionista da indústria nacional, através das
pragmáticas que proibiam o uso de diversos produtos de luxo importados (
chapéus, rendas, brocados, tecidos e outros produtos semelhantes);
 Recorreu à desvalorização monetária para tornar os produtos Portugueses
competitivos no mercado externo e encarecer os produtos que vinham de fora.
 Criação de companhias monopolistas – às quais foram dados privilégios fiscais –
Companhia do Cachéu (para o tráfico de escravos) e a Companhia do Maranhão
(destinada ao comércio brasileiro).

- A inversão da conjuntura e a descoberta do ouro brasileiro:

Cerca de 1690 a crise comercial dá sinais de se extinguir, dando-se a retoma do


sector comercial (devido a conflitos que prejudicaram Holandeses e Franceses, os nossos
principais concorrentes) e , em simultâneo, foram descobertas importantes jazidas de
Ouro no Brasil.

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Organizavam-se expedições de bandeirantes, e foram bem sucedidas em alguns


casos, tendo sido descobertas jazidas de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás. Ao
todo, na primeira metade do século XVIII, terão entrado em Portugal cerca de 500
toneladas de ouro. O ouro brasileiro não se revelou um incentivo ao desenvolvimento
económico, tendo suportado o esplendor do reinado de D. João V.

- A apropriação do ouro brasileiro pelo mercado britânico:

O esforço industrializador nacional esmorece, pois com o ouro podem adquirir-


se novamente bens a outros países, para esta tendência contribuiu também a fraca
qualidade dos produtos fabricados em Portugal.

Em 1703, com a assinatura do Tratado de Methuen – o processo industrializador


sofre um duro golpe. – Os tecidos e lãs ingleses e outras manufacturas seriam admitidos
sem restrições em Portugal, anulando as leis pragmáticas que o proibiam. Em troca, os
vinhos portugueses entrariam em Inglaterra pagando apenas dois terços dos direitos
exigidos aos vinhos franceses.

O tratado estimulou o crescimento das exportações dos nossos vinhos que, desde
então, ficaram para sempre no gosto dos Ingleses, mas levou a uma dependência
alarmante neste sector, pois em 1777 o mercado britânico representava 94% das nossas
exportações vinícolas, e em paralelo, o défice comercial com a Inglaterra atingia
números alarmantes, não parando de crescer em 1761. Este défice, pago em numerário,
foi o maior caudal por onde se esvaiu a riqueza vinda do Brasil, calcula-se que, por esta
via, cerca de três quartos de todo o outro recebido tenha ido parar à mão dos Ingleses.

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