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UM LHARO

MULTIFOCAL
A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS
UM LHAR O
MULTIFOCAL A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS
A ARTE DE RESOLVER PROBLEMAS

IDEALIZADOR DO PROGRAMA
Augusto Cury

DIRETORIA EDITORIAL
Camila Cury

DIRETORIA EXECUTIVA
Bruno Oliveira

DIRETORIA DE CURSOS DIGITAIS


Carolina Cury

GERÊNCIA PEDAGÓGICA
Denise Cavalini

GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO


Priscila Lehn

EQUIPE DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO


Bruna Ferrari Faganello
Caroline dos Santos Rodrigues
Nerielen Martins Neto Fracalozzi
Priscila Lehn

CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO DE ARTE


Rodrigo Leodoro
Kauê Carneiro

REVISÃO
Joice Karoline Vasconcelos dos Santos
Marília Gabriela Moreira Pagliaro

Todos os direitos desta edição reservados à Escola da Inteligência Cursos Educacionais Ltda.
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito da
empresa.

www.escoladainteligencia.com.br
falecomaproducao@escoladainteligencia.com.br
MÓDULO
1

AUTOCONHECIMENTO
E GESTÃO DAS
EMOÇÕES
PARTE
A

PENSANDO COM
O PROFESSOR:
REFLEXÃO INICIAL

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: REFLEXÕES Para refletir sobre o tema “resolução de


SOBRE O TEMA NO CONTEXTO ESCOLAR problemas”, primeiro precisamos compreender o
Professor, seja bem-vindo ao 1º módulo do que, de fato, se caracteriza como um problema.
curso Autoconhecimento e gestão das emoções! Ao recorrer ao dicionário, encontramos para a
Nele apresentaremos estas duas importantes palavra problema os significados: “questão ou
competências para a resolução de problemas: o situação difícil de lidar e resolver; aborrecimento,
autoconhecimento e a gestão das emoções. Com contrariedade; questão proposta para investigação,
isso, visamos proporcionar-lhe um momento de debate ou solução” (Problema, 2018). Ou seja, em
conexão consigo mesmo (com quem você é, com uma conceituação mais abrangente, o termo pode
suas emoções e sentimentos), possibilitando uma se referir tanto à dificuldade e ao desconforto
maior compreensão de si, de seu contexto escolar e quanto ao desafio e à possibilidade de mudança
de seu papel no mundo e na educação. em relação a uma situação.

Entendemos a escola como um espaço social, Pensar no significado de problema requer


cultural, de aprendizado e interação, que envolve compreender sua dimensão subjetiva, ou seja, o
em seu contexto diferentes agentes sociais: alunos, significado que cada pessoa atribui a ele. No cenário
professores, diretores, coordenadores, funcionários, escolar, por exemplo, uma briga entre alunos, a
parceiros da escola, fornecedores, familiares dos demissão de um colega de trabalho, uma nova regra
alunos etc. Um verdadeiro emaranhado complexo na escola, um desafio proposto pela diretoria, uma
de relações interpessoais que naturalmente é também semana considerada difícil etc., podem ter pesos
um gerador de situações-problema. E você, professor, distintos para cada professor; um mesmo problema
nesse contexto, exerce um importante papel de agente pode ser encarado por alguns como um desafio a
transformador, à medida que faz de seu aprendizado ser superado, um estímulo, e por outros como uma
uma prática diária. barreira intransponível, uma limitação.

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A partir do exposto, eis a primeira reflexão deste módulo:

Não há problemas maiores nem menores no contexto escolar, cada situação é única e particular
para cada professor. O que torna um problema maior ou menor é a forma de se lidar com ele.

Outro aspecto importante a considerar quando pensamos em um problema é o desenvolvimento


de nossa capacidade analítica, uma importante habilidade envolvida na arte de resolver problemas.
Acompanhe o seguinte texto para refletirmos:

Conto escolar: o pai e o coordenador


Um pai é chamado pelo coordenador pedagógico da escola de seu
filho para uma conversa sobre o comportamento do garoto:
— Seu filho vem apresentando um comportamento inadequado em
sala de aula. É agressivo, não respeita o professor, fala sem pensar
e tem deixado os amigos em uma situação desconfortável.
Preciso de sua ajuda. Precisamos entender o porquê desse
comportamento.
O pai, sentindo-se ofendido com a colocação do
coordenador, responde:
— Se meu filho está agindo assim é porque a escola não
está cumprindo com seu papel. Eu conheço muito bem meu
filho e acho que a escola é que precisa melhorar!

Na situação descrita, o coordenador, na expectativa Agora pense em seu contexto escolar, em sua sala
de buscar a solução para um problema em sala de aula, de aula. Quais são os problemas que você enfrenta
aponta ao pai o comportamento inadequado de seu filho diariamente? Tem encontrando mais aliados ou mais
naquele momento. O pai, em resposta, responsabiliza críticos? Quais estratégias você tem utilizado para
a escola pela atitude do jovem, demonstrando que resolver esses problemas?
não há um consenso de ideias entre os dois. Desenvolver a capacidade analítica para a
Antecipando e introduzindo brevemente o assunto resolução de problemas pode ser um grande trunfo,
“resolução de conflitos”, que será tratado mais adiante pois com ela passamos a enxergar o cenário de
no Módulo 5, o que aconteceu na situação descrita forma sistêmica, compreendendo as causas do
foi o que chamamos de “conflito de interesses”, como problema, seus possíveis desdobramentos, o papel
é classificado por Johnson e Johnson (apud Jesus, de cada pessoa envolvida no problema
2012). Esse conflito configura-se da seguinte e, sobretudo, as possíveis soluções
maneira: a ação de uma pessoa limita a ação de para ele. É importante destacar
outra, impedindo-a de atingir seus objetivos. Na que quanto mais exercitamos
situação, o coordenador busca com a família nossa capacidade analítica,
uma aliança para resolver o problema, mas, mais assertivos passamos a ser
em vez disso, encontra crítica. diante dos desafios.
Quantas vezes na rotina escolar Pensando na situação-
(ou fora dela), na tentativa de -problema descrita
resolver um problema, em anteriormente,
vez de aliados, encontramos vamos analisar
obstáculos? Ou ainda, juntos:
encontramos um novo
problema?

5
Análise do cenário: Análise das possíveis Análise do papel de
sala de aula causas do comportamento cada pessoa na situação-
do jovem problema e as possíveis
• Qual é a visão geral dos soluções
professores em relação ao • Como é a vida dele fora da
jovem que está apresentando escola? • De que forma a família
comportamento inadequado? pode auxiliar para a solução
O jovem tem o mesmo • Ele tem passado por desse problema? E a escola?
comportamento em todas alguma mudança familiar,
as aulas? Há algum professor como separação dos pais, • Como os amigos de sala de
que seja mais próximo a ele? desemprego de algum aula (rede de apoio) podem
membro da família, conflitos ajudá-lo a desenvolver
• Como esse aluno trata pessoais etc.? compor tamentos mais
os demais funcionários da saudáveis?
escola? • Ele participa de outros
grupos sociais? Como é a • O que fazer dentro de sala
• Em quais situações ele relação que ele estabelece de aula para desenvolver
costuma agir de maneira com os integrantes desses competências e habilidades
inadequada? grupos? socioemocionais entre
os jovens para promover
• Como cada aluno da sala • Esse é um comportamento autogestão?
reage ao comportamento novo ou ele sempre agiu
do colega. Esse aluno dessa forma? • O coordenador poderia ter
tem aliados? Ele exerce apresentado o problema
influência sobre os demais? • Ele tem algum relacionamento ao pai de forma diferente?
Ele tem parcerias saudáveis amoroso? Como se comporta Como estabelecer uma
ou apenas parcerias não com essa pessoa? aliança saudável com a
saudáveis? família a fim de resolver a
• Como está seu desempenho
situação-problema?
escolar?

Essas são algumas das muitas perguntas A terceira reflexão deste módulo refere-se à
que poderiam ser feitas a fim de analisar a maneira que cada pessoa enxerga a si mesma,
situação-problema em busca de uma solução. bem como lida com seus problemas. Está também
Assim, chegamos à segunda reflexão deste módulo: relacionada à “dimensão ética e moral”, assunto que
será explorado no Módulo 3.
Pois bem, vejamos o que isso significa na prática.
A capacidade analítica é uma importante
Imagine que uma pessoa se encontra em um dilema
aliada à Arte de resolver problemas, pois com ela
moral. Isto é, ela precisa tomar uma decisão em
passamos a enxergar o cenário de forma sistêmica, pela
relação a uma situação-problema cujas saídas não
compreensão das causas do problema, seus possíveis
são fáceis, ou seja, sua decisão, qualquer que seja, não
desdobramentos, o papel de cada pessoa envolvida
refletirá em um resultado plenamente satisfatório.
na situação e, sobretudo, suas possíveis soluções.
Veja o exemplo:

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Um trem em alta velocidade vai atingir cinco pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha.
Há uma alavanca que pode ser puxada para evitar esse acidente, mas, ao acionar tal alavanca, o trem
irá para outra linha, e com isso atingirá uma outra pessoa que ali se encontra. O você faria?
( ) Mudaria o trajeto do trem e salvaria cinco pessoas.
( ) Não mudaria o trajeto da locomotiva e salvaria uma pessoa.
Essa foi a questão elaborada pelo professor e psicólogo
Joshua Greene, da Universidade Harvard, e proposta a
um grupo de voluntários durante uma pesquisa que
buscava avaliar valores morais na contemporaneidade
(Marton, 2008).

A maioria dos voluntários que respondeu à segunda naquilo que tem como convicção, no olhar
pesquisa disse que puxaria a alavanca, mudando o sobre si mesma, em sua autoconsciência.
trajeto da locomotiva e, por consequência, salvando E você, o que faria se estivesse na mesma situação?
cinco vidas. Essa mesma pesquisa foi reproduzida Pense sobre isso!
pela revista Time, e 97% dos leitores entrevistados
também salvariam as cinco vidas. O fato é que cada cultura, sociedade e povo, em
sua época, constrói e interpreta a moral e a ética à
Ao optar por salvar cinco vidas em vez de uma, sua maneira. Esse é um campo de estudo que dá
a justificativa poderia estar na quantidade de vidas margem a diferentes abordagens e interpretações.
salvas. Mas basta uma substituição de palavras para A razão deste módulo não é aprofundar tal conceito,
a situação ter um peso diferente. E se no lugar de mas propor uma breve reflexão sobre ele.
“mudaria o trajeto do trem e salvaria cinco pessoas”
colocássemos“ mudaria o trajeto do trem e salvaria Não pretendemos também estabelecer parâmetros,
cinco pessoas, mas mataria uma outra”? ditar regras, tão menos dizer o que é certo ou errado,
mas mostrar que a forma como sentimos e resolvemos
Em casos como esse, não há escolha fácil, por isso os problemas está diretamente ligada ao que somos
trata-se de um dilema moral. A situação torna-se ainda e aos valores que temos.
mais complexa quando consideramos que toda vida
tem um valor inestimável e que todo ser humano tem Então, a terceira reflexão deste módulo é:
direito a ela, como propõe a Declaração Universal dos
Direitos Humanos de 1948. A nossa forma de resolver os problemas diz muito
sobre quem somos, como pensamos, sentimos,
Vamos analisar um outro exemplo. Imagine que
desejamos etc. Tem relação direta com nossas crenças,
duas pessoas quaisquer são colocadas ao acaso valores morais e éticos, cultura e filosofia de vida.
em uma sala com muito dinheiro, ouro e pedras
preciosas à vista; uma riqueza imensurável. Nessa E nesse ponto encontramos a quarta reflexão,
situação, elas entendem que, sem que ninguém que tem relação com o eixo principal deste módulo,
perceba, é possível pegar para si algumas dessas que é a competência Autoconhecimento:
coisas − ou todas elas. Uma dessas pessoas pensa
bastante na possibilidade de pegar algo para si, pois
lembra-se de que está endividada, porém, decide A resolução de problemas começa com o
não o fazer por medo de ser apanhada; já a outra Autoconhecimento, ou seja, com o conhecimento
pessoa não o faz por reconhecer que, apesar de ter que temos de nós mesmos, de nossos pensamentos,
muitas coisas de valor ali, nada daquilo lhe pertence. sentimentos, emoções, valores. Porque, quando nos
conhecemos, reconhecemos nossos pontos fortes
Sem entrar no mérito do que é ou não legal e fracos, percebemos nossas verdades enraizadas,
(legalidade), podemos dizer que a base moral que compreendemos a raiz de nossos sentimentos e
sustenta a tomada de decisão de ambas diferencia-se: emoções e assim gerenciamos com mais eficiência
a primeira pessoa agiu pautada nos desdobramentos nossas ações e enfrentamos com mais assertividade
de seus atos, no medo das consequências talvez as situações imprevisíveis e adversas da vida.
partindo do olhar do outro sobre si mesma; já a

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PARTE
B

APRESENTAÇÃO
DO CONCEITO: O
AUTOCONHECIMENTO
PROFESSOR, CONHECE-TE A TI MESMO?
O filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.), considerado
por muitos o “pai da filosofia” ocidental, defendia o
´
autoconhecimento e dedicou boa parte de sua vida
à busca pela verdade de si mesmo. Para o filósofo,
era por meio da capacidade de se conhecer que se
chegava à sabedoria e à prática do bem (Ferrari,
2008). Foi ele que popularizou a máxima difundida
até hoje pelo Ocidente ‘’conhece-te a ti mesmo”,
atribuída a uma inscrição no santuário de Delfos,
na Grécia antiga. Essa máxima, em essência,
traduz a ideia de autoconhecimento, que é
buscar em si mesmo a própria verdade.
Para Del Prette & Del Prette (2017),
o autoconhecimento é a capacidade do
indivíduo de observar e explicar os próprios
comportamentos. Ele é um requisito importante
para a automonitoria, que, em linha gerais, é a
habilidade de se observar e de se descrever, mas
também de regular os próprios comportamentos
em situações sociais.
Para a Teoria da Inteligência Multifocal (TIM),
o autoconhecimento é a base para o desenvolvimento
socioemocional, pois, à medida que nos conhecemos, somos capazes de gerenciar pensamentos, sentimentos,
emoções e comportamentos, e, consequentemente, somos mais assertivos nas situações da vida.

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Quando exercitamos o autoconhecimento,
fortalecemos nosso Eu, fazendo dele
o gestor de nossa psique. Com isso,
assumimos a liderança de nossa mente,
de nossa consciência crítica e de nossa
capacidade de autodeterminação. Assim,
passamos a ser os atores principais do
teatro de nossas mentes.
Em tese, parece fácil e natural usufruir
de autoconhecimento. Afinal, são anos
convivendo com nosso Eu, compartilhando
pensamentos, emoções e sensações,
estabelecendo um diálogo constante (mesmo em
silêncio) com ele, trocando confidências e histórias,
criando memórias e, sobretudo, resolvendo problemas juntos.
Mas, na prática, nem sempre há investimento nessa competência.
Por vezes nos perdemos na superfície e criamos uma visão
distorcida de nós mesmos, porque não nos permitimos
mergulhar profundamente no que é essencial.
Segundo o escritor e psiquiatra Augusto Cury (2006),
o homem contemporâneo está vivendo uma crise de
interiorização, reflexo do estilo de vida que tem adotado
socialmente. Para o psicanalista Pedro de Santi (2016), que
também compartilha dessa visão, somos levados todos os
dias à exterioridade, num mundo em que o principal objetivo
é responder à demanda, repleto de tarefas, de informações, e
que não nos dá espaço nem tempo para o sono, para o ócio criativo, para ficar à toa, para quietar a vida e a
mente. O resultado: conhecemos muito do mundo externo a nós − o extrapsíquico −, das informações, dos
dados, dos números, dos gráficos, das notícias, das séries de TV; mas pouco ou nada conhecemos do mundo
de dentro − o intrapsíquico.
E você, professor, tem parado, mesmo que por um instante, para se perceber, se avaliar, se conhecer ou
vive a vida no automatismo?
A competência Autoconhecimento pede a nós esse momento de deixar um pouco o mundo de fora e ficar
em nossa companhia no mundo de dentro. É esse conhecimento de si que deve ser cultivado continuamente,
porque sempre há algo a aprender e a descobrir. Quando realmente saímos da superfície da imagem que
temos de nós mesmos, percebemos emoções que nunca tínhamos notado. É como Leonardo Boff diz: “Um
dos desafios do ser humano é conhecer-se a si mesmo. O ser humano é um projeto infinito. Ele é um nó de
relações voltado para todas as direções” (Documentário Eu Maior, 2013). Em síntese, somos um projeto em
constante fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Acompanhe o texto a seguir:

Conto escolar: a professora e a aluna


A aluna questiona a professora sobre seu preparo
para ministrar as aulas. Desde o primeiro dia parece
que a jovem e a professora não estão na mesma
sintonia.
Agora, sempre que a aluna se pronuncia, a
professora sente um tom de afronta e se arma.

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Professor, você já se viu em alguma situação É importante dizer que desenvolver a empatia não
parecida com essa? Já ouviu de seus colegas uma significa fingir que se importa com outro e com suas
história semelhante? razões. É, sim, ter a consciência de que o pensamento
A professora do exemplo está incomodada com o é virtual e que a verdade é um fim inatingível,
comportamento e as colocações de sua aluna. Não portanto, todo e qualquer ponto de vista nada mais
sabemos as razões da aluna para essa atitude, mas vamos é que uma interpretação da realidade. Exatamente
imaginar que ela esteja insegura em relação à disciplina por isso, podemos enxergar a mesma situação por
como resultado da pressão do vestibular. O exercício diferentes perspectivas, pois estamos todos sujeitos a
de empatia (colocar-se no lugar do outro) é essencial distorções influenciadas por nosso estado emocional,
quando a intenção é solucionar situações-problema social e intelectual.
que envolvem relações interpessoais.

ESSA MENINA
ESSA
É TÃO
PROFESSORA
TEIMOSA!
NÃO ENTENDE
NADA DO QUE
EU FALO!

A professora tem o direito de se sentir incomodada com o comportamento da aluna, e vice-versa; os


sentimentos precisam ser legitimados. Sentir é o que faz do ser humano um ser humano. Mas o esforço para
empatia poderá ajudar ambas a solucionar o problema.
A questão crucial aqui é: como a professora poderá lidar com as próprias emoções e sentimentos para agir
assertivamente nessa situação-problema?
O primeiro passo, ao usar a competência Autoconhecimento, é pensar: o que a situação representa para
mim e por que ela me atinge? A professora personagem da história, por exemplo:

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 pode sentir medo de perder seu  pode ainda se
emprego e, como resultado, fica na sentir ofendida,
defensiva tentanto não demonstrar sua diminuída, não
insegurança e fragilidade; reconhecida
 pode se sentir afrontada pela por seus
aluna que, ao colocar em xeque sua esforços e toda
aptidão para as aulas, esbarra em sua sua trajetória
autoestima; profissional etc.

É importante compreender que ninguém muda


É muito particular o que uma ação representa para ninguém; temos apenas o poder de influenciar as
cada pessoa. A forma de encarar uma situação é reflexo pessoas positiva ou negativamente. A pior maneira
tanto de estímulos internos como de externos. de “ajudar” o outro a mudar é pressioná-lo por
mudanças, apontando seus erros. Uma maneira
Os estímulos internos têm relação com a história assertiva de fazê-lo é primeiro conquistar a pessoa
de vida da pessoa, suas Janelas da Memória, seus no terreno da emoção, depois no da razão.
traumas, inseguranças, medos etc. Para lidar com esse
mundo interior é necessária uma adequada Gestão A professora da história poderia, por exemplo,
da Emoção, tema que veremos no próximo tópico. convidar a aluna para um diálogo, tentando
compreender as razões de seu comportamento,
Os estímulos externos têm relação com o que vem humanizando-se e mostrando que ali existe uma
de fora, ou seja, o que vem do outro, que pode ser algo pessoa disposta a ajudá-la, uma aliada nos estudos,
saudável ou não. Se o Eu for maduro, souber dar um e assim estabelecer uma relação de parceria com a
choque de gestão na psique e usar o pensamento jovem, e não de disputa e conflito.
multifocal, abrirá o máximo de
Janelas da Memória, não viverá Professor, para auxiliá-lo a melhor lidar com as
sob a ditadura da resposta, situações do cotidiano escolar, apresentaremos a
entenderá que por seguir três habilidades essenciais ao desenvolvimento
trás de uma da competência Autoconhecimento, que podem ser
pessoa que exercitadas diariamente. Convidamos você a fazer
fere há uma dessas habilidades uma constante em sua vida.
pessoa
fe r i d a e,
desse modo,
protegerá o
território da
emoção.
Vamos
exercitar?

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IAIS AO
TRÊS HABILIDADES ESSENC
MPETÊNCIA
DESENVOLVIMENTO DA CO
AUTOCONHECIMENTO

PARE
HABILIDADE DE SE INTERIORIZAR!
Interiorizar-se é voltar-se para dentro de si. É percorrer as ruas e avenidas do
próprio ser. É direcionar seu olhar para se perceber nas situações e nas relações,
compreendendo seus sentimentos e emoções. A maioria das pessoas fica na
superfície de seu psiquismo porque não treina essa habilidade. Quando o Eu
é educado para utilizar a capacidade de se interiorizar, ele trafega com mais
facilidade por sua cidade da memória e desenvolve o raciocínio multifocal, lendo
um maior número de Janelas da Memória. Assim, quando está diante de uma
situação-problema, torna-se capaz de dar respostas mais significativas e assertivas
para os problemas.

ATENÇÃO
HABILIDADE DE SE OBSERVAR!
Observar-se é fundamental para o Eu se autoconhecer e penetrar em espaços
mais íntimos de sua estrutura. Observar-se não é dar uma olhadela superficial em
nosso psiquismo, mas exercitar um olhar atento e acurado sobre ele. É uma técnica
psicológica que possibilita que o Eu se conheça, descubra seus papéis, limites e
conflitos. Observar-se significa perceber-se nas ações e nos comportamentos,
avaliando o que está por trás deles. É uma habilidade muito útil para que consigamos
dar respostas inteligentes a nossas relações sociais, pois, quando nos observamos,
somos capazes de assumir e de corrigir nossos erros.

SIGA
HABILIDADE DE SE MAPEAR!
Mapear-se significa enumerar e esquadrinhar os próprios conflitos para a
autorreconstrução. É um processo de reorganização psíquica. Um Eu que não
se mapeia carrega por toda sua história seus traumas e conflitos. Mapear-se
significa ter consciência das experiências que estruturam a personalidade
para, se necessário, reorganizá-las e reciclá-las reestruturando os pilares da
própria mente. Assim, o Eu torna-se capaz de reorganizar suas rotas, gerenciar
sua ansiedade, proteger sua emoção. Quando o Eu sai do superficialismo,
mapeia-se, questiona-se continuamente, estabelece uma nova agenda para
deixar de ser servo das situações da vida e torna-se autor da própria história.

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AS TRÊS HABILIDADES
NA PRÁTICA
Registra
automaticamente a
situação-problema.

SITUAÇÃO-PROBLEMA:
O ALUNO NÃO QUER
PARTICIPAR DAS AULAS DA
ESCOLA DA INTELIGÊNCIA. FENÔMENO RAM
SENTIDOS HUMANOS
S E ATUAÇÃO DO EU NESSE PROCESSO
Lê e retroalimenta ATUAÇÃO
as Janelas da
Memória. DO
EU
JANELAS DA MEMÓRIA

AUTOFLUXO

JANELAS DA MEMÓRIA
GATILHO
Intervir na função
de leitura do
Autofluxo (DCD)
ATUAÇÃO AUTOFLUXO
ATUAÇÃO
DO DO
EU EU

PENSAMENTOS, SENTIMENTOS,
IDEIAS, FANTASIAS, SONHOS,
IMAGENS MENTAIS.
ATITUDES, AÇÕES,
PLATAFORMA DE JANELAS COMPORTAMENTOS

GERALMENTE
COMO VOCÊ SE SENTE
OS, SENTIMENTOS,
NTASIAS, SONHOS,
EM UMA SITUAÇÃO
NS MENTAIS. COMO ESSA? COMO
VOCÊ REAGE?

Vamos imaginar que um aluno no início do trabalho vão sendo armazenados em nossa memória, tornando-
com a Escola da Inteligência se mostre resistente ao -se, assim, no que chamamos de Janelas da Memória.
conteúdo e se recuse a participar das aulas, alegando Quando o impacto emocional da informação ou
que não vê utilidade prática nesse aprendizado. E por da experiência é grande, o registro ocorre de maneira
isso reage de forma agressiva com você, professor. Como privilegiada em nossa memória. É por isso que nos
você se sente nessa situação? Quais emoções a reação lembramos com mais facilidade de algumas experiências
desse aluno desperta em você? em detrimento de outras.
De acordo com a TIM, tudo o que vivenciamos desde
a vida intrauterina, sejam informações ou experiências
psíquicas, é registrado de maneira involuntária e
automática em nossa memória pelo fenômeno Registro
Automático da Memória (RAM). Esses dados, então,

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Acontece que, da mesma forma Essa atitude desperta em você
que armazenamos as informações, desconforto, dúvidas, decepção,
também as resgatamos, medo, raiva, angústia? Quais
alimentando nossos emoções e sentimentos
pensamentos, sentimentos, surgem nesse momento?
ideias, imagens metais etc. À medida que vamos
Assim, quando uma situação- exercitando a habilidade
-problema surge, como essa d e n o s i n t e r i o r i z a r,
do nosso exemplo em sala compreendemos melhor
de aula, ao mesmo tempo como funcionamos diante de
que captamos as informações determinadas situações; com
pelos nossos canais sensoriais e as isso passamos a dar respostas mais
registramos automaticamente em nossa inteligentes e assertivas frente a elas.
memória pelo fenômeno RAM, também fazemos Ao se observar, professor, você poderá romper
uma varredura das informações que já estão em com atitudes condicionadas; assim, em vez de
nossa memória. E tudo isso acontece em fração de responder prontamente ao aluno, avaliará a situação
segundos! amplamente, controlando emoções mais imediatas. A
Essa varredura das informações na memória observação é importante à medida que percebemos
é feita por um fenômeno inconsciente chamado nossas atitudes frente a situações. Geralmente em
de Gatilho da Memória. Ela resgata das Janelas situações como essa, de confronto entre você e o
da Memória experiência diversas, com conteúdo aluno, como você reage? Costuma ter o mesmo
negativo e positivo. O Autofluxo, outro fenômeno posicionamento ou pratica a Arte de Surpreender,
inconsciente, lê essas Janelas abertas e constrói buscando compreender as razões desse aluno?
novas Janelas. Ao se mapear, professor, você será capaz de
Pois bem, então como as três habilidades descritas perceber quais experiências passadas estruturam
anteriormente podem contribuir nessa dinâmica de sua personalidade e o influenciam a agir da forma
nossa psique? como age. Quando não nos mapeamos, somos alvo
Ao se interiorizar, fácil de nossas Armadilhas da Mente. Na situação
professor, você olhará descrita, por exemplo, se você não fizer a gestão
para dentro de si e adequada de sua psique, poderá cair na Armadilha
será capaz de trafegar do Conformismo e pensar “Ah, aluno é tudo igual,
com mais facilidade eles não querem aprender, não vou nem insistir”
por sua cidade da ou na Armadilha da Baixa Autoestima e pensar
memória, percebendo “Nossa, o que eu fiz de errado? Acho que não sou
quais pensamentos, capaz de ajudar esses alunos”. Mapear-se é não se
sentimentos e emoções deixar levar pelas Armadilhas da Mente, é ser capaz
surgem a partir de de olhar para o aluno e perceber o que está por
situações-problema. traz de seu comportamento ofensivo e agressivo,
Quando o aluno diz a compreendendo o papel que você tem nessa relação.
você, por exemplo, que
a aula é uma bobeira,
o que você sente?

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IDENTIDADE: PROFESSOR, COMO VOCÊ SE
RECONHECE NO PAPEL QUE EXERCE?

A competência Autoconhecimento está diretamente identidade é como um processo contínuo de


atrelada à identidade, que em uma conceituação transformação, uma metamorfose que envolve as
mais genérica é a consciência que a pessoa tem de três dimensões do ser humano: biológica, psicológica
si mesma, percebendo características que a torna e social. Portanto, não há uma identidade fixa e todo
diferente das demais. Cada pessoa é única e, como ser humano está em constante movimento, seja aluno
a impressão digital humana, não há uma idêntica a ou professor. E nesse processo contínuo e mutável, a
qualquer outra. identidade nunca é dada, é sempre construída. Somos
De origem grega, o termo identidade já recebeu um livro que escrevemos todos os dias.
diferentes acepções ao longo da história, segundo o Professor, como é o livro que você vem escrevendo
contexto social de cada época. Isso quer dizer que, em sua trajetória? Qual identidade vem assumindo
para tratar de identidade, podemos seguir por muitos como profissional de educação a cada ano diante de
caminhos, inclusive no campo da pesquisa científica. tantos desafios? Será que sua prática educativa está
Para Psicologia Social, mais precisamente de acordo com aquilo que você acredita?
difundindo algumas ideias propostas pelo psicólogo
e pesquisador Antônio da Costa Ciampa (1984), a

Assumimos muitos papéis ao longo de nossa vida módulo, promovendo, com isso, o reconhecimento de
e de nossa carreira, desenvolvendo os mais variados seu perfil profissional. Entendemos que, quando você
perfis e formas de nos relacionar com os alunos. Aqui se reconhece, delineia melhor sua atuação em sala de
nossa intenção não é estabelecer uma forma de ser aula e resgata em si o que o fez escolher a profissão.
e de agir em sala de aula, mas instigá-lo, professor, a
refletir sobre suas escolhas e o papel (ou papéis) que
vem assumindo. 1. Quando você pensa em si mesmo como
professor, quais são as palavras que vêm a sua cabeça?
A maneira como o professor vê a educação, bem
como reconhece seu papel, faz parte da identidade 2. Qual é sua motivação diária? O que leva você
construída dia a dia. E essa identidade, inevitavelmente, a preparar aulas e seguir ensinando?
interferirá em sua prática escolar e em como irá resolver 3. Você é o mesmo professor desde que começou
seus problemas. a lecionar? Por quê? Como se enxerga daqui a cinco
anos?
Professor, para concluir essa reflexão, responda às 4. O que faz você feliz em sua profissão?
perguntas a seguir utilizando o que aprendeu com a 5. Quais são seus pontos fortes? Quais são seus
competência Autoconhecimento trabalhada neste pontos fracos?

15
PARTE
C

MOMENTO INTELIGÊNCIA
MULTIFOCAL: GESTÃO
DA EMOÇÃO

A GESTÃO DA EMOÇÃO PARA A ARTE DE Segundo o pesquisador Pedro Calabrez Furtado


RESOLVER PROBLEMAS (2016), do Laboratório de Neurociências Clínicas da
Escola Paulista de Medicina (Unifesp), as “emoções
Professor, chegamos à última reflexão deste
são programas de ação coordenados pelo cérebro
módulo. Agora faremos uma breve reflexão sobre a
que gerenciam alterações em todo o seu corpo”. Uma
competência Gestão da emoção, que estará presente
forma inteligente e eficaz que a natureza tem de fazer
durante todo o curso, pois ela é um elemento
o ser humano agir sem perder tempo, garantindo a
essencialmente importante para a resolução de
sua sobrevivência.
problemas. Ninguém é capaz de gerir o mundo de
fora, bem como lidar com as situações-problemas, Para a TIM, as emoções surgem das cadeias de
sem antes compreender e gerir o mundo de dentro. pensamentos produzidas pelo processo de leitura
da memória realizado em milésimos de segundos.
Mas antes de falar da gestão da emoção e de como
E, com exceção das emoções que são geradas pelo
ela contribui com a Arte de resolver problemas, vamos
metabolismo cerebral e pelas drogas psicotrópicas,
explanar brevemente o conceito de emoção.
como tranquilizantes e antidepressivos, todas
Para Charles Darwin, em A expressão das emoções as demais experiências emocionais são frutos da
no homem e nos animais (1872), as emoções são leitura da memória e da produção de pensamentos
importantes canais de contato e compreensão entre conscientes e inconscientes.
as espécies. São elas que intermedeiam as funções
De maneira geral, podemos dizer que as emoções
mais inatas de sobrevivência e as mais evoluídas de
estão presentes em nossa vida a todo momento e
raciocínio. Reconhecer a emoção do outro nos dá
dão o tom à maneira que agimos e reagimos a cada
a possibilidade de prever a forma como ele vai se
situação. A forma como lidamos com nossas emoções
comportar, permitindo que nos preparemos para
traduz nosso jeito de ser no mundo.
sua reação. Em outras palavras, é como se emoções
fossem um atalho para as relações interpessoais, pois,
ao expressá-las, não precisamos explicá-las. (Carvalho
L.; Carvalho J., 2010).

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Para Dra. Rosana Alves (2017), psicóloga, emoção primeiro, para então dar a ela um significado
pesquisadora e PhD em Neurociências, para e, depois, agir de maneira mais saudável e assertiva.
compreender o que são as emoções, antes é preciso Isso significa ser Gestor do Emoção.
começar por aquilo somos. E não por acaso trouxemos Ser Gestor da Emoção é compreender que o poder
o tema Autoconhecimento e Gestão da Emoção no de decisão depende
mesmo módulo. Para do nosso Eu. O Eu,
Rosana, entendemos que representa nossa
melhor o que sentimos autoconsciência, a
quando temos consciência consciência sobre
de nós mesmos. quem somos, onde
Na opinião da estamos e o que
pesquisadora, são poucas queremos. Representa
as emoções que não nossa capacidade de
podemos controlar, pois a escolher, decidir, traçar
maioria de nossas reações caminhos, estabelecer
passam pelo córtex pré- metas. O Eu, que é
frontal, região do cérebro agente modificador de
responsável pelo controle nossa história. Porque
de emoções, pela tomada não há dois senhores:
de decisão, pelo raciocínio ou você domina a
lógico etc. Assim, somente emoção, ainda que
as reações ligadas à parcialmente, ou ela
sobrevivência acontecem o dominará.
em um rompante e nos Quando assumimos
fazem tomar uma decisão essa liderança do Eu como Gestor da Emoção somos
muito rápida sem que tenhamos tempo de raciocinar. capazes de lidar com as situações-problema da vida
Partindo desse raciocínio, entendemos que temos com mais assertividade.
um certo “poder” de decisão frente às emoções, A seguir convidamos você a um exercício
desde que sejamos rápidos e críticos quando elas autoavaliativo com o propósito de verificar como o
surgem; desde que nos conheçamos o suficiente para Eu tem gerido algumas emoções.
saber o que está por trás da nossa interpretação da
situação; desde que estejamos dispostos a sentir a

RODA DAS EMOÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Professor, avalie as emoções não saudáveis descritas na Roda das Emoções a seguir e identifique o grau
de intensidade de cada uma delas em sua vida (de 0 a 10). O centro da roda, a nota “0”, representa o Eu no
controle absoluto, ou seja, quanto menor a pontuação, maior o controle do Eu sobre a emoção; quanto
maior a nota, menos controle o Eu tem, ou seja, ele é controlado pela emoção.
O objetivo desta atividade é possibilitar a você o reconhecimento de suas emoções, compreendendo o
papel do Eu como Gestor da Emoção.
Professor, como está sua Roda das Emoções? Ficou surpreso com o resultado? Neste curso, aprenderemos
várias ferramentas e técnicas para o gerenciamento das emoções, possibilitando ao Eu ser mais assertivo
e eficaz frente aos conflitos e problemas do dia a dia.

17
DA DAS EMOÇÕE
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18
PARTE
D

EM AÇÃO: DASAFIO DO
PROFESSOR

Professor, chegamos ao fim de nosso primeiro  2º passo: perceba-se diante do problema


módulo! Agradecemos por sua participação até aqui (o que sente com relação à situação; o que pensa
e o parabenizamos por seu empenho e parceria. Sem sobre o problema; o que deseja que aconteça em
você, com certeza não alcançaríamos nosso principal relação a ele).
objetivo, que é promover uma educação voltada
para o desenvolvimento socioemocional de crianças,
jovens e adultos. Saiba que seu aprendizado é nosso  3º passo: reconheça-se no problema (qual é
também! o seu envolvimento com o problema; quais de seus
Para selar este momento, desafiamos você a valores estão envolvidos no problema; quais de
colocar em prática todo o conteúdo trabalhado seus pontos fortes podem contribuir para a solução
neste módulo, utilizando o autoconhecimento e a desse problema; quais de seus pontos fracos podem
gestão da emoção para a resolução de problemas. desfavorecer a solução desse problema).
Para isso, escolha uma situação-problema de seu
contexto escolar e cumpra o passo a passo a seguir
com as ferramentas propostas.  4º passo: pratique as 3 habilidades essenciais
para o desenvolvimento da competência
Ao final do desafio, compartilhe no fórum a Autoconhecimento (interiorize-se, observe-se,
sua experiência! Para que, juntos, consigamos mapeie-se).
desenvolver a Arte de resolver problemas.

 5º passo: assuma-se como gestor da emoção


 1º passo: analise o problema (o cenário (o que seu Eu gestor da emoção precisa desenvolver
do problema; os envolvidos; a causa; os para solucionar a situação-problema de forma
desdobramentos; as possíveis soluções). saudável e assertiva).

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:

ALVES, D. Entrevista com dra. Rosana Alves. Emoções, Sentimentos e Compulsões. Youtube, Consul-
tório de Família, 3 jan. 2017. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=2K3XZbjHX2E>. Acesso
em: 18 abr. 2018.
CALABREZ, P. O que são emoções e sentimentos? Youtube, NeuroVox, 24 ago. 2016. Disponível em:
<www.youtube.com/watch?v=SUAQeBKiQk0>. Acesso em: 18 abr. 2018.
CARVALHO, L.B.C.; CARVALHO, J.E.C. Raiva. v.3. São Paulo: Duetto Editorial, 2010. (Coleção Emo-
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to. São Paulo: Brasiliense, 1984.
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