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LIVROS HISTÓRICOS
Os doze livros históricos fazem um apanhado da história de Israel onde ela foi deixada no
final de Deuteronômio. Estes livros descrevem:
as ocupações e
o assentamento de Israel na Terra Prometida,
a transição dos juízes à monarquia,
a divisão e o declínio do reino,
os cativeiros do reino do norte e do sul e
o regresso do remanescente.
OS LIVROS MONÁRQUICOS
Estes seis livros traçam a história da monarquia de Israel, desde o seu estabelecimento em
1043 a.C. até à sua destruição em 586 a.C.
“PROCURA APRESENTAR-TE A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE
ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE.” 2 Tm 2.15 Páá giná 1
SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA SUL MARANHENSE
ANTIGO TESTAMENTO II – HISTÓRICOS, POÉTICOS E PROFÉTICOS
PROF. Pr. Silas W. S. Chaves
1 Samuel
O profeta Samuel ajudou Israel a vencer a transição dos juízes à monarquia. O povo
clamou por um rei, e Deus mandou que Samuel ungisse a Saul. Este começou bem, mas logo
degenerou num ímpio tirano. Davi se tornou o rei eleito de Deus, mas foi perseguido pelo
ciumento Saul, cujas intenções homicidas só foram refreadas pela morte.
2 Samuel
Com o falecimento de Saul, Davi reinou por sete anos sobre Judá, e outros trinta e três
anos sobre as doze tribos unidas. Seu reinado se caracterizou por grande bênção, até que ele
cometeu adultério e homicídio. Desse ponto até a sua morte, ele foi atormentado por lutas
pessoais, familiares e nacionais.
I Reis
Salomão conduziu o reino ao se zênite político e econômico, mas o mais sábio dos
homens procedeu insensatamente em seus múltiplos casamentos com mulheres estrangeiras. Após
sua morte em 931 a.C., o reino foi tragicamente dividido, quando as dez tribos de Israel ao norte
estabeleceram seu próprio rei. Apenas o reino de Judá, ao sul, duas tribos, permaneceu sujeito à
dinastia davídica.
2 Reis
A história do reino dividido continua em 2 Reis, conduzindo Israel e Judá ao seu amargo
fim. Nenhum dos dezenove reis de Israel fez o que era reto aos olhos de Deus, e sua corrupção os
levou à servidão nas mãos dos assírios, em 722 a.C. Judá durou mais tempo, porquanto oito de
seus vinte governantes seguiram o Senhor. Judá, porém, também caiu em juízo e foi levado pelos
babilônios entre 605 a.C. e 586 a.C.
1 Crônicas
Os livros de Crônicas fornecem uma perspectiva divina da história de Israel desde o
tempo de Davi até os dois cativeiros. O primeiro livro começa com uma genealogia em nove
capítulos, de Adão até a família de saul, seguido por um relato espiritualmente orientado da vida
de Davi.
2 Crônicas
Este livro continua a narrativa com a vida de Salomão, e focaliza a construção e a
dedicação do templo. Então traça a história dos reis de Judá, apenas apresentando as razões
morais e espirituais para sua ruína final.
OS LIVROS DA RESTAURAÇÃO
Os últimos três livros descrevem o regresso de um remanescente dos judeus à sua pátria
depois de setenta anos (605-536 a.C.) de cativeiro. Eles foram trazidos no período de 536-420
a.C. por Zorobabel, Esdras e Neemias.
Esdras
A Babilônia havia sido conquistada pela Pérsia em 539 a.C., e Ciro promulgou um
decreto em 536 a.C., permitindo que os judeus regressassem à Palestina. Zorobabel levou cerca
de cinqüenta mil judeus para Jerusalém com o propósito de reconstruir o templo, e anos mais
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tarde (458 a.C.) Esdras, o sacerdote, regressou com quase dois mil judeus.
Neemias
O templo foi construído, mas os muros de Jerusalém ainda permaneciam em ruínas.
Neemias obteve permissão, suprimentos e dinheiro do rei da Pérsia para a reconstrução dos
muros (444 a.c.). Depois que os muros foram erguidos, Esdras e Neemias guiaram o povo a um
reavivamento e a reformas.
Ester
A história do livro de Ester se situa entre os capítulos 6 e 7 de Esdras. A maioria dos
judeus prefere permanecer na Pérsia, mas se vê em perigo em virtude de um plano para sua
exterminação. Deus soberanamente intervém e usa Ester e Mordecai para salvar o povo.
LIVROS POÉTICOS
Até recentemente, poucas pessoas sabiam que um terço da Bíblia hebraica foi escrito
em forma de poesia. Isso ficou mais evidente quando as seções poéticas foram excluídas das
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Jó
Este foi um homem justo que de repente se enredou numa intensa provação de todo
gênero de sofrimento. Ele passou por três ciclos de debate com seus amigos, os quais
insistiam que sua desgraça era oriunda do pecado. Quando Deus finalmente se manifestou a
Jó em sua majestade e poder, então tomou-se evidente que o que estava realmente em pauta
não era o sofrimento de Jó, mas a soberania de Deus. As perguntas de Jó nunca foram
respondidas, mas ele espontaneamente se submeteu à sabedoria e justiça de Deus.
Salmos
Os cinco livros abarcam os séculos desde Moisés até o período pós-exílio e cobrem todas
as áreas das emoções e experiências humanas. A ampla variedade dos Salmos (lamento, ação de
graças, louvor, entronização, peregrinação etc.) os ajustou ao serviço como hinário do templo
para o povo de Israel. Os salmos foram musicados e focalizavam o culto.
Provérbios
O Livro de Provérbios foi planejado para capacitar o leitor com sabedoria, discernimento,
disciplina e prudência práticos. Essas máximas enfatizam O desenvolvimento da habilidade em
todos os detalhes da vida, de modo que a beleza e a justiça substituam a insensatez e o mal
conforme alguém vive na dependência de Deus.
Eclesiastes
O Pregador de Eclesiastes aplicou sua grande inteligência e consideráveis recursos à
busca do propósito e satisfação na vida debaixo do sol. Ele descobriu que a sabedoria, a riqueza,
as obras, o prazer e o poder, todos conduzem à futilidade e a correr atrás do vento. O problema
se compunha das injustiças e incertezas da vida e do aparente absurdo da morte. A única fonte
do significado e realização últimos é Deus mesmo. Portanto, cada um deve reconhecer sua
incapacidade de entender todos os caminhos de Deus, deve confiar nele e obedecer-lhe, bem
como desfrutar de seus dons.
Cantares de Salomão
Este belo cântico retrata a relação máxima de amor entre Salomão e sua esposa Sulamita.
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A Poesia Hebraica
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com o fim de comunicar alguma verdade acerca de Deus (ver Sl 17.8; 36.7; 63.7; 91.4).
(9) Personificação. Atribuir características humanas a objetos inanimados (ver Sl 35.10;
77.16; 96.11; 104.19).
(10) Apóstrofe. Dirigir-se a objetos inanimados (ver Sl 114.5).
(11) Sinédoque. Representação do todo por uma parte ou de uma parte pelo todo (ver Sl
91.5). A imagem visual é claramente predominante nos poetas.
Outra técnica usada na poesia hebraica é o acróstico alfabético - a primeira letra hebraica
numa linha é a primeira letra do alfabeto; a segunda letra é a segunda do alfabeto, assim por
diante. Há diversas variações nesta técnica (por exemplo, Sl 119 e cada capítulo de
Lamentações).
Há também três livros de sabedoria dentro dos livros poéticos; Jó, Provérbios e Eclesiastes.
Estes livros são indicados como tais pelo conteúdo, não pela forma. É provável que houvesse
escolas de sapiência em Israel (ver 1 Sm 24.13; 1 Rs 4.29-34). Estes homens sábios eram
observadores práticos da vida que davam respostas corretas em situações críticas.
A maioria das mensagens dos Livros proféticos do Antigo Testamento foi dirigida às
gerações do povo de Deus que viveu aproximadamente entre os anos 840 e 420 a.C. As dez
tribos, conhecidas especificamente como o reino de Israel, viviam ao norte de Canaã (região de
Samaria e Galiléia no Novo Testamento) antes de serem deportadas pelos assírios em 722 a.C.
As duas tribos conhecidas como o reino de Judá, viviam ao sul de Canaã, antes de serem captura-
das pelos babilônios em 586 a.C. Isto é mostrado no GRÁFICO A.
O povo de Deus nem sempre esteve dividido em dois. A separação do reino deu-se no final
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do reinado de Salomão, sendo Jeroboão I o primeiro rei do norte, e Roboão o primeiro do sul.
Esta história encontra se registrada em 1 Reis 12-16.
O nome Israel refere-se algumas vezes no Antigo Testamento à nação inteira; caso
contrário, ele se refere apenas às tribos do norte. Neste texto o nome é empregado em seu
sentido abrangente, a não ser que haja uma indicação em contrário. É importante para quem
estuda os livros proféticos familiarizar-se com a audiência deles. Aprenderemos a respeito da
história de Israel e sua condição espiritual nos dias dos profetas, assim como sobre o lugar
ocupado pela nação no plano soberano de Deus. .
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Babilônia, com uma duração de 460 anos. Sua história acha-se registrada nos seis livros de
Samuel, Reis e Crônicas.
O Período do Cativeiro, inclusive a restauração, se estendeu a partir do cativeiro
babilônico até o final da história do Antigo testamento, com uma duração de cerca de 160 anos.
Sua história é contada em Esdras, Neemias e Ester.
Vamos examinar mais de perto a história de Israel durante cada um desses quatro períodos.
A. Período do Acampamento
B. Período Comunitário
Este novo período teve um excelente começo. A nação, forte na sua fé, cruzou o rio
Jordão sob a chefia de Josué. Eles conquistaram os inimigos, expulsando a maioria deles da
terra, e tomaram posse da sua herança. Durante algum tempo viveram segundo os desejos de
Deus, sendo fiéis a Ele e separando-se de tudo que fosse proibido. Por esta razão; Deus os
abençoou e protegeu esplendidamente, concedendo-lhes poder. As maiores cidades inimigas, as
nações mais fortes e as alianças mais formidáveis eram esmagadas diante de Israel quando o
Senhor estava com eles. E Deus ficou com Israel enquanto os israelitas foram fiéis a Ele.
Mas a nação em breve começou a desviar-se. No início, surgiram pequenas animosidades
devido à inveja entre as tribos. A seguir, ocorreram disputas internas e, por fim, o povo começou
a negligenciar as leis divinas, casando-se e misturando-se com os adoradores de ídolos. Durante
todo o Período Comunitário houve um crescente descontentamento. Israel começou a observar as
nações ao seu redor: o Egito ao sul, a Síria ao norte, a Assíria a nordeste e a Babilônia a leste,
verificando que todas elas tinham algo em comum: um rei humano sentado num trono, cercado
de cortesãos e servos, com toda a pompa e brilho tão caros ao coração humano não regenerado.
Em vez de gloriar-se no fato de serem tão diferentes de todas as outras nações sobre as quais
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Deus os colocara em posição tão destacada, Israel passou a desprezar sua peculiaridade e a
envergonhar-se por não ter um rei visível como o delas.
Perto do fim da vida de Samuel, este descontentamento surgiu à tona na forma de revolta,
e a nação exigiu um rei. O capítulo 8 de 1Samuel conta a triste história deste episódio. O povo
deu como desculpa plausível para sua atitude o fato de Samuel ser velho e seus filhos perversos,
mas o motivo verdadeiro era que não se agradavam de sua "separação" e queriam ser "como
todas as nações", de acordo com os versículos 5, 19 e 20. Deus percebeu claramente que eles
estavam rejeitando o Senhor como Rei (v. 7). Nos versículos 9 a 17 temos a descrição de um rei
humano. Observe a ênfase sobre os pronomes pessoais nesses versículos e verá que a principal
característica desses reis humanos era o egoísmo.
Apesar da advertência solene feita por Deus quanto aos resultados, a nação insistiu em ter
reis humanos. O reino foi estabelecido e durante quase 500 anos Israel prosseguiu aos tropeços
sob a direção desses reis humanos, alguns bons, alguns maus e outros indiferentes; mas todos,
vasta e incomensuravelmente inferiores ao Rei divino a quem haviam rejeitado. Este é o
conteúdo do período seguinte, o Período da Coroa.
C. Período da Coroa
Quando Israel exigiu um rei humano para substituir seu líder Samuel, eles não estavam
na verdade rejeitando a este, mas ao Senhor. "Disse o Senhor a Samuel... não te rejeitaram a ti,
mas a mim para eu não reinar sobre eles" (1 Sam. 8:7). Poderíamos perguntar por que o Senhor
continuou a ocupar-se deles, mesmo depois de ter sido rejeitado. Uma razão é a de que embora
tivessem rejeitado o Senhor como seu Rei, eles ainda O reconheciam como Deus. A rejeição
dEle não era portanto total. Uma razão mais forte é que Deus, em Seu amor e misericórdia, iria
oferecer-lhes uma nova oportunidade, sob o novo esquema governamental; a fim de
reconhecerem Sua autoridade, aceitando a Sua escolha de reis e, também, por obedecerem a
esses reis. (Leia 1 Sam. 8:22; 9:16.)
Os profetas-escritores, cujos livros são objeto de estudo nesta disciplina, ministraram a
Israel durante a maior parte do Período da Coroa, em que todo o povo foi governado pelo rei. É
importante para nós familiarizarmo-nos então com essa época de reis humanos. Um estudo dos
livros de Reis e Crônicas é um bom método de preparação para entrar na pesquisa dos livros
proféticos.
O Período da Coroa abrangeu cerca de 460 anos, estendendo-se de 1043 a 586 a.C. Veja o
GRÁFICO D e note o seguinte:
1. REINO UNIDO. Saul, Davi e Salomão, os três primeiros reis, reinaram sobre as doze
tribos de Israel. Isto constitui o que se conhece por Reino Unido. Nenhum profeta-escritor
ministrou durante essa época.
2. REINO DIVIDIDO. Com a morte de Salomão, seu filho Roboão subiu ao trono. Em
face de seus atos inconsequentes e dominadores (1 Reis 12) dez dentre as doze tribos se
revoltaram contra Roboão e formaram um novo reino, escolhendo Jeroboão como rei e
estabelecendo uma nova capital, Siquém, em Samaria. Durante cerca de 200 anos houve dois
reinos na Palestina, as dez tribos na parte norte do país sob o nome de "Israel" e as duas tribos
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ainda fiéis ao filho de Salomão, ao sul do país, sob o nome de "Judá" . Esta situação constitui o
que se conhece como Reino Dividido. . .
O reino de "Israel" foi fundado sobre a idolatria (veja 1 Reis 12:25-30), tendo ido de mal a
pior. Todos os dezenove reis de Israel foram perversos. Cerca do ano 722 a.C. as dez tribos
haviam se tornado tão obstinadamente idólatras que Deus não as suportou mais, permitindo que
os assírios as atacassem, conquistando-as e levando-as para o seu país como escravas (veja
GRÁFICO A).
3. O REINO REMANESCENTE. Depois de as dez tribos serem levadas pata o cativeiro,
as duas tribos conhecidas como Reino de Judá permaneceram em Canaã durante quase 140 anos.
Judá teve vários reis bondosos que conseguiram que o povo obedecesse relativamente a Deus,
mas o veneno da idolatria que destruíra o reino do norte destruiu também Judá, e em 586 a.C. as
duas tribos foram levadas para o cativeiro na Babilônia, onde serviram por setenta anos (veja o
GRÁFICO A).
Pela leitura dos livros de Ester, Daniel e Ezequiel obtemos alguma ideia da vida dos
judeus na Babilônia durante seus setenta anos de escravidão. Embora não se possa dizer que a
opressão tivesse sido severa, as dificuldades e privações físicas, sociais e religiosas foram
sentidas por todos. Aqueles que decidiram manterem-se fiéis ao seu Deus, sofreram es-
pecialmente a perseguição em forma de desprezo e castigo.
Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistada por Ciro, rei da Pérsia, que favoreceu os judeus,
permitindo-lhes voltar a Jerusalém e reconstruir o templo (Esdras 1:1-4). Este foi o primeiro de
dois grupos a retornar.
1. PRIMEIRO RETORNO. Em resposta à permissão de Ciro, cerca de 43.000 voltaram
com Zorobabel, no ano 538 a.C. O trabalho no templo não teve início até 536 a.C., setenta anos
depois do cerco de Nabucodonosor- a Jerusalém em 605 a.C.
2. SEGUNDO RETORNO. Em 458 a.C. outro contingente judeu, cerca de 1.800
pessoas, saiu da Babilônia em direção a Jerusalém. Esta volta deu-se sob a liderança de Esdras,
que obtivera concessão do rei Artaxerxes nesse sentido. O propósito da volta de Esdras era levar
a efeito uma reforma religiosa entre os judeus do primeiro retorno que já haviam caído
novamente na apostasia.
Os judeus dos dois retornos acima descritos pertenciam somente ao reino de Judá? A
resposta a esta pergunta é dada quando se responde a uma outra questão: O que aconteceu
eventualmente às dez tribos do norte que foram levadas cativas pelos assírios? T. Nicol
escreve:
Não devemos supor que elas se integraram por completo com os povos onde se
estabeleceram. Podemos perfeitamente acreditar que preservaram suas tradições e
costumes israelitas e se tornaram parte da dispersão judaica através de todo o
Oriente. É bem possível que se tenham finalmente mesclado com os exilados de Judá
levados por Nabucodonosor, e com isso Judá e Efraim tornaram-se uma só nação
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Os judeus cativos que viviam nas cercanias de Babilônia e que tiveram, finalmente,
permissão para voltar à sua terra representavam então tanto o reino do norte como o do sul. Eles
formavam um só povo no coração.
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“Profeta" e um termo importante na bíblia, pois trata-se de um: dos poucos títulos oficiais
dados aos homens de Deus que transmitiram Sua palavra a Seu povo. O termo aparece mais de
660 vezes na Bíblia em suas várias formas, dois terços das quais no Antigo testamento.
Neste capítulo focalizaremos os profetas em geral, como introdução ao estudo dos
profetas maiores e menores.
1. O MINISTÉRIO PROFÉTICO
Os cargos de juiz, profeta, sacerdote e rei constituíam posições destacadas em Israel.
Examinemos algumas das funções distintas de uma delas: a do profeta.
A. O Termo "Profetizar"
A principal tarefa dos profetas do Antigo testamento não era prever os eventos futuros,
mas transmitir a vontade de Deus, revelada por Ele aos Seus profetas. Com respeito ao verbo
"profetizar", Gleason Archer2 escreve:
Alguns outros títulos foram também dados aos profetas do Velho Testamento. Os três
mais frequentemente aplicados são os seguintes:
1. "homem de Deus" - sugerindo uma relação espiritual íntima;
2. "vidente" - sugerindo percepção da verdade e discernimento das coisas invisíveis de
Deus (cf. 1 Sm 9:9);
3. "servo" do Senhor.
Os profetas eram também conhecidos como mensageiros do Senhor, homens do Espírito
(cf. Os. 9:7), intérpretes e porta-vozes de Deus.
C. Qualificações do Profeta
2
Gleason L. Archer, Merece Confiança o Antigo Testamento? 3. ed. São Paulo : Vida Nova,
1999, p. 223.
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D. A Mensagem do Profeta
Quer o profeta fosse chamado para pregar, escrever ou ambos, sua mensagem era a mesma.
Todas as palavras proféticas do Antigo testamento poderiam ser provavelmente compiladas sob
as quatro amplas áreas de verdade em que o profeta se envolvia, como segue: .
1. INSTRUÇÃO DAS GRANDES VERDADES SOBRE DEUS E O HOMEM. Os
profetas dedicavam muito tempo falando ao povo sobre Deus – Seu caráter, Seu domínio, Seus
propósitos e Sua lei. Eles forneciam também um diagnóstico verdadeiro dá saúde espiritual da
nação como um todo e das almas dos indivíduos.
2. ADVERTÊNCIA E APELO AOS QUE VIVIAM EM PECADO. Não pode ser dito que
Deus faz cair Seu juízo sobre os homens sem um aviso prévio. Os profetas advertiram
repetidamente sobre o juízo vindouro contra o pecado, e exortaram o povo a arrepender-se e
voltar a Deus.
3. CONSOLO E EXORTAÇÃO PARA OS QUE CONFIAVAM E OBEDECIAM A DEUS.
Essas eram as partes boas e alegres das mensagens proféticas. Os últimos capítulos de Isaías
estão cheios dessas notas de esperança e consolação.
4. PREVISÃO DE EVENTOS VINDOUROS. As previsões proféticas focalizavam dois
assuntos principais:
acontecimentos nacionais e inter- nacionais, tanto no futuro próximo como distante;
e
a vinda de Jesus, o Messias - a primeira e a segunda vindas.
A. Os Profetas Oradores
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A Bíblia só cita os nomes de alguns deles. A maioria dos quais não é muito conhecida.
Refira-se ao GRÁFICO D para localizar os seguintes profetas: Aías, Ido, Jeú, Elias, Eliseu,
Odede, Semaías, Azarias, Hananias, Jaziel e Hulda. Podemos acrescentar a estes Natã de Gade,
contemporâneo de Davi; Micaías, e Eliezer. Note no GRÁFICO I que a maioria dos profetas
ministrou antes de terem surgido os profetas escritores.
O cargo de profeta originou-se provavelmente cerca da época de Samuel, que fundou e
presidiu várias escolas para jovens profetas ("grupo de profetas", 1 Sam. 19:20). Esses profetas
são também chamados de profetas-oradores. Com relação a essas escolas, o Comentário Bíblico
Wycliffe afirma:
A origem e história dessas escolas são obscuras. Segundo [1 Sam.] 3:1, antes do
chamado de Samuel como profeta, a palavra de profecia era rara em Israel, não sendo
muito difundida. Não há praticamente dúvida de que esses grupos de profetas
surgiram nos dias de Samuel e foram formados por ele ... Os mesmos podem ter-se
desenvolvido até a época de Elias e Eliseu, existindo apenas ~m Israel e não em
Judá.3
B. Os Profetas Escritores.
Existem dezessete livros de profecia em nossa Bíblia, os quais foram escritos por dezesseis
profetas diferentes, caso Jeremias tenha escrito tanto Lamentações como o livro que leva o seu
nome. Os livros são classificados como Maior ou Menor, de acordo principalmente com seu
tamanho relativo. Como indicado anteriormente, essas profecias foram escritas durante um
período de mais de quatro séculos, desde cerca de 840 a.C. (Obadias) até 420 a.C. (Malaquias).
Escritores dos Livros Proféticos Maiores Escritores dos Livros proféticos Menores
Isaías Oséias Jonas Sofonias
Jeremias Joel Miquéias Ageu
Daniel Amós Naum Zacarias
Ezequiel Obadias Habacuque Malaquias
A fim de aproveitar-se ao máximo de seu estudo dos profetas, você deve conhecer os
seguintes aspectos da história e profecia bíblicas:
A. História
1. CENÁRIO GERAL. Cada livro profético tem o seu aspecto amplo e geral e seu aspc;cto
imediato. Com relação ao primeiro, é preciso ter alguma idéia da história total de Israel,. a. fim
de apreciar os pronunciamentos do profeta, da mesma forma que seria necessário conhecer pelo
menos um pouco da história do Brasil para apreciar plenamente um discurso feito no dia Sete de
Setembro, com suas referências à bandeira, à Independência, e assim por diante.
O cenário histórico geral dos profetas era este: No final do período de Samuel como juiz,
Israel insistira obstinadamente em ter reis humanos, apesar do protesto solene de Deus e Sua
advertência dos resultados dessa atitude. Deus deu-lhes o que pediram. Esses reis tinham natu-
ralmente enorme poder e influência. Muitos deles foram perversos e levaram grande parte do
povo à idolatria e toda forma de desobediência ao Senhor. Numa época como essa, Deus deve
falar. Embora Israel tivesse rejeitado o Senhor, este não rejeitara a nação, e apesar de os reis
humanos estarem desviando o povo, o Senhor, através da voz dos profetas, buscava atraí-los de
volta à Sua pessoa. Esta foi a ocasião propícia para introduzir os profetas; os porta-vozes de
Deus, transmitindo suas advertências, predições e exortações.
2. CENÁRIO IMEDIATO. É necessário entender também alguma coisa das condições
políticas e religiosas predominantes no período em que um determinado profeta estava falando.
Com relação à maioria dos livros proféticos, isto pode ser verificado pela leitura dá história dos
reis que se achavam no poder em um dado período, cuja descrição é feita nos livros de Reis e
Crônicas. Por exemplo, o primeiro versículo de Isaías dá o nome de quatro reis que reinavam na
época em que Isaías profetizava. Reportando-nos aos livros históricos e lendo os relatos desses
reinos, podemos compreender a corrupção que existia, a qual Isaías atacava.
O conhecimento dos povos estrangeiros também esclarece os livros proféticos. Você
desejará saber em relação a cada livro algo a respeito das nações vizinhas, especialmente as que
competiam pela soberania.
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B. Profecia
na segunda, como o Messias reinante (e.g., Is. 11). Os profetas não sabiam que um longo período
de tempo se estenderia entre a manifestação de Cristo em sofrimento (primeiro advento) e a
revelação de Cristo em glória (segundo advento). Seu sofrimento e seu reinado lhes pareciam
muito próximos no tempo. Quem estuda as profecias deve ter isto em mente ao pesquisar as
seções dos livros proféticos que fazem predições.
PROFETAS MAIORES
ISAÍAS – Isaías tem uma dupla mensagem: Condenação (1-39) e Consolação (40-66).
Isaías analisa os pecados de Judá e pronuncia o juízo divino sobre a nação. Ele amplia seu
escopo para incluir o julgamento das nações circunvizinhas e move-se para o julgamento
universal seguido de bênção. Após um parente histórico concernente ao rei Ezequias, Isaías
consola o povo com uma mensagem de salvação e restauração futura. Jeová é o soberano Senhor
que redimirá o seu povo.
JEREMIAS – Judá havia atingido os abismos da decadência moral e espiritual, e Jeremias
foi chamado para o quebrantamento e impopular ministério de declarar o infalível juízo de Deus
contra a nação. Jeremias ministrou fielmente a despeito da rejeição e perseguição, e o temível dia
finalmente chegou. A provocação que Judá fez à santidade de Deus por fim a levou à ruína, mas
Deus graciosamente prometeu estabelecer um novo pacto com o seu povo.
LAMENTAÇÕES – Esta série lindamente construída de cinco poemas tem como assunto
a lamentação pela queda de Judá e a destruição de Jerusalém após quarenta anos de advertência,
as terríveis palavras de Jeremias se concretizaram. Sua dor é óbvia em suas vívidas descrições da
derrota, destruição e desolação de Jerusalém.
EZEQUIEL – O profeta Ezequiel ministrou aos judeus cativos na Babilônia, antes e depois
da queda de Jerusalém. Como Jeremias, ele precisava convencer o povo de que a cidade estava
condenada e de que o cativeiro não seria por pouco tempo. Ezequiel também descreveu o destino
dos inimigos de Judá e concluiu com uma grande visão apocalíptica do futuro de Judá.
DANIEL – este livro crucial é rico em profecias detalhadas e visões do futuro. Ele delineia
o soberano plano de Deus quanto às nações gentias (2-7) e move-se para um perfil de Israel
durante o tempo de domínio gentílico (8-12). Numa época em que os judeus tinham pouca
esperança, Daniel proveu encorajamento, revelando o poder e os planos de Deus para seu futuro.
PROFETAS MENORES
“PROCURA APRESENTAR-TE A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE
ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE.” 2 Tm 2.15 Páá giná 17
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ANTIGO TESTAMENTO II – HISTÓRICOS, POÉTICOS E PROFÉTICOS
PROF. Pr. Silas W. S. Chaves
OSÉIAS - A infeliz história de Oséias e sua infiel esposa Gômer ilustra o leal amor de
Deus e o adultério espiritual de Israel. Oséias expõe os pecados de Israel e os contrasta com a
santidade de Deus. A nação seria julgada por seus pecados, mas no futuro seria restaurada em
virtude do amor e fidelidade de Deus.
JOEL – Este livro lembra uma recente praga de gafanhotos que dizimara a terra de Judá,
para ilustrar o mais terrrificante do dia do Senhor. A terra será invadida por um terrível exército
que fará os gafanhotos parecer comparativamente suaves. Não obstante, Deus apela ao povo que
se arrependa a fim de evitar a iminente hecatombe. Visto que o povo não mudará, o juízo virá,
mas será seguido por grande bênção.
AMÓS – O reino do norte estava em seu apogeu quando Amós advertiu o povo de sua
iminente ruína. Em oito pronunciamentos de juízo, Amós circula pelos países circunvizinhos
antes de se deter em Israel. Ele então pronuncia três sermões para descrever os pecados da casa
de Israel e intimá-la ao arrependimento. O povo rejeita as advertências de Amós, porem, termina
seu livro com uma breve palavra de esperança futura.
OBADIAS – Este obscuro profeta do reino do sul dirige seu breve oráculo à nação de
Edom, a qual fazia fronteira com Judá a sudeste. Edom (descendente de Jacó) recusou-se a agir
como guardador de seu irmão, Judá (descendente também de Jacó). Visto que se vangloriou
quando Jerusalém foi invadida, seu juízo, seria nada mais, nada menos que a total destruição.
JONAS – Com uma mensagem profética de apenas uma linha, Jonas é o mais biográfico de
todos os profetas. A penitente resposta do povo de Nínive ao conciso oráculo incita a misericórdia
de Deus, que poupa a cidade. Mas o ensino central do livro é a lição que Deus dá a seu relutante
profeta. Jonas aprende a olhar para além de sua nação e a confiar no Criador de todos os povos.
MIQUÉIAS – a profecia de Miquéias começa com uma palavra de retribuição divina
contra Israel e Judá em vista da radical corrupção em todos os níveis da sociedade: governantes,
profetas, sacerdotes, juízes, homens de negócio e proprietários de terra. As promessas pactuais de
Deus, porém, se cumprirão no futuro reino do Messias. O juízo por fim será seguido por perdão e
restauração, e o livro termina com uma poderosa nota de promessa.
NAUM – Cerca de 125 anos depois que Nínive se arrependeu ante a pregação de Jonas,
Miquéias predisse a iminente destruição da mesma cidade. O povo da capital assíria voltou à
idolatria e brutalidade, e a Assíria subverteu o reino do norte de Israel. Em virtude da santidade e
do poder de Deus. Nínive indubitavelmente será destruída a despeito de sua aparente
invencibilidade.
HABACUQUE – Bem perto do fim do reino de Judá, Habacuque pergunta a Deus por que
ele não cuida da perversidade de sua nação. Quando Deus lhe diz que está prestes a usar os
babilônios como vara de seu juízo, Habacuque formula uma segunda pergunta: como o Senhor
poderia julgar Judá pela instrumentalidade de uma nação ainda mais perversa? Após a segunda
resposta do Senhor, o profeta exalta o nome de Deus por seu poder e propósitos.
SOFONIAS – Sofonias desenvolve em termos bem definidos o tema da vinda do Senhor
como sendo um dia de pavoroso juízo seguido de grande bênção. Sofonias começa com o juízo
iminente sobre Judá e amplia seu escopo para incluir também os gentios. Uma vez que Judá se
“PROCURA APRESENTAR-TE A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE
ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE.” 2 Tm 2.15 Páá giná 18
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recusa a buscar o Senhor, ele está condenado. Um remanescente, porém, exultará quando Deus
restaurar os destinos de seu povo.
AGEU - Depois do exílio babilônico, os judeus começam a reconstruir o templo, mas
deixaram que a obra fosse interrompida para a reconstrução de suas próprias casas. Em virtude de
seu fracasso em dar a Deus o primeiro lugar, eles não estavam desfrutando de suas bênçãos na
terra. Ageu insiste com o povo para concluir o templo, porquanto a promessa de Deus é que ele
seria impregnado de glória. Depois de disciplinar o povo por sua contaminação, Ageu termina
com uma promessa de bênção futura.
ZACARIAS – Contemporâneo de Ageu, Zacarias também exorta os judeus a completar a
construção do templo. O método de Zacarias para motivá-los é o do encorajamento – o templo é
central à herança espiritual de Israel e está relacionada À vinda do Messias. A série de visões,
mensagens e bordões oferece algumas das mais claras profecias messiânicas das Escrituras. Deus
revela que seu programa para seu povo está longe de ser concluído.
MALAQUIAS – Ao tempo do último profeta do Antigo Testamento, o clima espiritual e
moral do povo esfria. Seu culto é insípido e indiferente e, visto que eles estão cada vez mais
distantes de Deus, são caracterizados por transigência religiosa e social. Um terrível dia de juízo
virá quando “todo arrogante e cada malfeitor será palha” destinada ao fogo, “mas para aquele que
teme o meu nome nascerá o sol da justiça trazendo cura em suas asas”.
“PROCURA APRESENTAR-TE A DEUS APROVADO, COMO OBREIRO QUE NÃO TEM DE QUE SE
ENVERGONHAR, QUE MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE.” 2 Tm 2.15 Páá giná 19