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Abordagem da
cultura indígena nas
obras de Daniel
Munduruku
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19/11/2018 Abordagem da cultura indígena nas obras de Daniel Munduruku
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Daniel Munduruku: “Meu interesse ao escrever um livro é dialogar com crianças e jovens. Procuro encontrar um
cantinho na cabeça deles”
A escrita foi tomando conta de mim. Nunca escolhi ser escritor, mas me
deixei contaminar pela doença que é escrever. Aos poucos, fui aceitando o
fato de que minha escrita tem algo a dizer, aceitando ser dono de um estilo
de narrativa que me foi oferecido por meus antepassados. A eles sou sempre
grato.
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19/11/2018 Abordagem da cultura indígena nas obras de Daniel Munduruku
Meu interesse ao escrever um livro é dialogar com crianças e jovens. Procuro
encontrar um cantinho na cabeça deles. Sei que há muito preconceito com
relação às populações indígenas, mas procuro ocupar esse espaço com INSCREVER-SE PESQUISAR
assuntos que podem substituir o olhar equivocado. Talvez seja por isso que
crio e conto histórias, reconto histórias tradicionais e trago informações.
Ainda há muito a ser dito sobre a cultura indígena. E é pensando nisso que
incentivo os jovens indígenas a escreverem suas histórias, pois não tenho
sensibilidade suficiente para tratar de toda a magia que envolve nossa gente.
Apesar do que vem sendo feito para propagar a cultura indígena, de que
forma você acredita que a sociedade pode contribuir para que essa
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cultura seja, cada vez mais, difundida?
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A cultura indígena não precisa ser difundida. Não creio que os povos nativos PESQUISAR
estejam desejando ser melhor compreendidos ou conhecidos. A luta deles
tem sido em direção de se sentirem parte da sociedade. O que tem ocorrido é
uma invisibilidade patrocinada pelo sistema capitalista que prima pela
destruição das diferenças procurando homogeneizá-las através do processo
educativo. Penso que o melhor caminho é o da tolerância. Isso passa pela
educação familiar e não pela escola. Aprende-se a respeitar o outro
observando o exemplo dos adultos, mas a escola tem sido o lugar do
desaprendizado, pois ensina a separação, a divisão, a multiplicação, o
controle do outro, o domínio e o poder. Tolerar é deixar que o outro seja
quem ele quiser ser e não o que desejamos para ele. Quando o outro pode ser
plenamente o que é, a beleza acontece. É um aceitando o que é belo no outro
e não acentuando o que há de feio, de triste. Isso é valorizar o menos ao
invés do mais. Precisamos construir o caminho da tolerância, do respeito ao
outro, do encontro com a diversidade.
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munduruku/
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