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A imunidade inata protege o organismo contra uma série de invasores de forma inespecífica:
A imunidade adaptativa tem duas características importantes: a primeira, como já foi citada é a
especificidade da resposta contra determinados corpos estranhos. A segunda trata-se da memória
imunológica após um primeiro contato com determinados antígenos (resposta primária), que
permite ao sistema imune produzir uma resposta bem mais rápida e eficiente num segundo
contato com o mesmo patógeno (resposta secundária).
Isso se dá por causa da formação de células de memória que são capazes de reconhecer e
combater rapidamente os antígenos, mesmo após muitos anos da exposição.
A imunidade adaptativa naturalmente adquirida pode ser ativa quando há contato com agentes
agressores, como bactérias, vírus, protozoários e fungos, e o organismo tem que se adaptar para
debelar a infecção, produzindo anticorpos específicos, ou passiva (passada da mãe para o filho,
que recebe anticorpos de forma passiva).
Durante a vida intrauterina o bebê humano e outros primatas recebem imunoglobulinas das mães,
de forma natural passiva: as IgG da mãe ultrapassam a barreira placentária, atingindo o líquido
amniótico e o sangue do bebê, fornecendo assim, proteção específica contra patógenos presentes
nos ambientes que sua mãe frequentou nos últimos meses.
Na imunidade adaptativa artificialmente adquirida ativa, utilizam-se vacinas contra doenças como
poliomielite, gripe, febre amarela, hepatite, raiva e tétano, para permitir ao organismo aprender a
combater os verdadeiros patógenos dessas doenças, por meio da criação de anticorpos
específicos. Com a vacina simulamos de forma mais segura uma exposição ao patógeno
verdadeiro. Assim, num contato subsequente com o patógeno verdadeiro (exposição secundária),
o organismo conseguirá combatê-lo muito rapidamente, inviabilizando sua colonização (resposta
secundária).
Esses soros são retirados do sangue de animais como cavalos e cabras que foram previamente
inoculados com os respectivos agentes infecciosos ou toxinas e por isso, passaram a produzir
anticorpos específicos para se defenderem das infecções. Em seguida, o soro rico em
imunoglobulinas é injetado no paciente, defendendo-o imediatamente contra os mesmos agentes
inoculados nos animais doadores.
Outra situação em que se utiliza a imunidade adaptativa artificial passiva é quando se aplica numa
paciente gestante ou em trabalho de parto, o soro anti-anti-RhD (Rhogan), que evita que
anticorpos maternos prejudique as hemácias do feto quando há incompatibilidade sanguínea entre
os dois (a mãe é RH- e o feto é RH+).
Consiste em uma extensa rede de vasos e capilares paralelos ao sistema cardiocirculatório, que
se distribuem por todo o corpo, penetrando nos órgãos periféricos, recolhendo (drenando) os
fluidos que extravasaram dos capilares sanguíneos para os tecidos, filtrando a linfa e
reconduzindo-a ao sistema circulatório sanguíneo.
Além dos vasos linfáticos, participam do sistema: órgãos filtradores como os linfonodos e as
tonsilas, órgãos de proteção como os tecidos linfoides associados às mucosas e as células
brancas (principalmente os linfócitos).
Órgãos linfoides primários ou centrais – são aqueles que produzem as primeiras células do
sistema linfático, fornecendo células que “colonizarão” os órgãos secundários.
Os principais órgãos primários são o timo e a medula óssea, podendo ainda se considerar o fígado
fetal nessa categoria.
Inicialmente, a atividade hematopoiética no humano está restrita ao saco vitelino até seis a oito
semanas de idade gestacional, quando o timo e o fígado passam a ser os principais locais de
produção de células do sangue fetal. Por volta da vigésima semana, a medula óssea torna-se o
principal órgão da hematopoese, enquanto o fígado normalmente deixa de ser um órgão
hematopoiético.
TIMO - Glândula localizada na parte anterossuperior do tórax, por detrás do esterno e adiante do
coração, na região do mediastino superior. O órgão é originado a partir da sexta semana de vida
embrionária, e é o primeiro a iniciar a produção de glóbulos brancos.
O timo não participa diretamente das reações imunológicas porque está protegido da exposição
aos antígenos por uma membrana epitelial que cerca os vasos sanguíneos que passam por ele
(porção cortical tímica), mas fornece o ambiente ideal para a proliferação, diferenciação e
maturação de linfócitos T.
Na idade adulta o timo para de produzir novas células brancas, mas continua amadurecendo os
linfócitos T que são produzidos pela medula óssea, mas que são atraídos para o timo, onde
entram pelo córtex, migram para a medula, onde se diferenciam, adquirem novas funções, e
então, saem em direção aos tecidos periféricos.
É o órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, mas diminui seu tamanho relativo até a
puberdade e após esse período diminui de tamanho absoluto. No recém-nascido está no seu
maior tamanho (proporcional ao resto do organismo) pesando até 35g, continua crescendo até os
15 anos mais ou menos, quando alcança um peso de até 50g. Daí por diante, atrofia
progressivamente até que atinge pouco mais de 5g no idoso.
Além da função imunológica de produção das primeiras células brancas no feto e da maturação
dos linfócitos T até a vida adulta, o timo tem uma função endócrina: É uma glândula que produz
vários hormônios, tais quais a timosina e a timulina. A timosina está relacionada com a maturação
dos linfócitos e a estimulação de órgãos linfoides como o baço e os linfonodos, enquanto a
timulina exerce função na placa motora (junção dos neurônios com os músculos).
Em adultos, quando por algum motivo não ocorre diminuição gradual do timo após a puberdade, o
indivíduo apresenta miastenia grave, que é uma doença que leva à fraqueza muscular, podendo
levar à morte, se essa fraqueza atinge os músculos da deglutição e da respiração. Nesse caso, a
retirada do timo (timectomia) costuma produzir remissão total ou melhora significativa em cerca de
50% dos doentes.
Após o nascimento, a maioria das células do sangue é produzida pela medula óssea, o miolo
gelatinoso que preenche o interior dos ossos. Nessa época, a medula de praticamente todos os
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ossos é vermelha, sendo capaz de produzir células sanguíneas até os cinco anos de idade. A
partir daí, a medula dos ossos longos torna-se mais gordurosa (medula amarela), exceto o úmero
e a tíbia, e deixam de produzir células, principalmente após os vinte anos de idade.
Acima dos vinte anos, a medula dos ossos membranosos, como as vértebras e as costelas, alguns
ossos curtos, as extremidades dos ossos longos dos membros inferiores e superiores, o interior
dos ossos do crânio, o esterno e a pelve são os grandes produtores de células sanguíneas.
Os ossos que possuem medula amarela são incapazes de produzir sangue, mas quando há uma
necessidade maior de células, como no caso de uma anemia, parte desta medula óssea amarela
pode voltar a produzir células sanguíneas, tornando-se vermelha.
São órgãos secundários os linfonodos, o baço, o MALT e as tonsilas (consideradas por alguns
autores como linfonodos).
Funcionam como filtros do sistema linfático, capturando partículas estranhas, restos celulares da
linfa e tecidos intersticiais. Quando partículas invasoras ficam retidas nos linfonodos, que possuem
células imunológicas, os linfócitos T são “apresentados” aos antígenos e começam a produzir
substâncias que iniciam uma reação imunológica em cadeia, induzindo, por exemplo, a
multiplicação e o amadurecimento de milhares de linfócitos T e B, para defenderem o organismo e
produzirem anticorpos para debelar a infecção. Essa divisão desenfreada (expansão clonal) das
células imunológicas após uma infecção, faz com que os gânglios inchem e se tornem ínguas.
Geralmente o linfonodo que incha é justamente o mais próximo à área de entrada do patógeno.
Por exemplo, uma lesão no dedo da mão possivelmente gerará resposta num gânglio próximo ao
cotovelo ou às axilas.
Como o baço está localizado na parte superior esquerda do abdômen, um golpe forte sobre o
estômago pode rompê-lo, lacerando a cápsula que o recobre e o tecido interno. A ruptura do baço
é a complicação grave mais frequente de lesões abdominais causadas por acidentes
automobilísticos, por acidentes esportivos ou por agressões. Quando o baço rompe, um grande
volume de sangue pode extravasar para o interior da cavidade abdominal, tornando necessária a
realização imediata de uma cirurgia para a remoção do órgão e contenção da hemorragia
potencialmente letal.
Quando se remove o baço (esplenectomia), o corpo perde parte da sua capacidade de produzir
anticorpos e remover partículas bacterianas do sangue. Consequentemente, a capacidade do
corpo de combater infecções é reduzida. Após um breve período, outros órgãos (principalmente o
fígado) aumentam sua capacidade de combate às infecções para compensar essa perda e, por
essa razão, o risco de infecção não dura toda a vida.
Entretanto, antes e após a remoção do baço, são necessárias precauções contra a ocorrência de
infecções. Antes de uma esplenectomia eletiva, o indivíduo deve ser vacinado contra
pneumococos e após a mesma, é recomendável a vacinação anual contra gripe, por exemplo. A
antibioticoterapia profilática também pode ser indicada.
A principal diferença entre baço e linfonodos, é que o baço filtra sangue e não linfa.
Funcionam mais ou menos como os linfonodos, (sendo inclusive consideradas como tal, por
alguns autores). Capturam antígenos e os apresentam aos linfócitos, que lá se multiplicam em
caso de infecções, tornando-as inchadas e doloridas.
As amídalas são cheias de buraquinhos, as criptas, onde se acumulam restos de alimentos, saliva
e bactérias que formam uma massinha amarelada chamada de caseum e que pode provocar mau
hálito e gosto ruim na boca, um sinal de amidalite crônica.
Antigamente era muito comum se extrair as amídalas e adenoides em quem tinha amidalites e
adenoidites recorrentes, mas hoje, tenta-se preservá-las ao máximo, já que constituem
importantes barreiras às infecções, só sendo recomendada a cirurgia em casos bem específicos.
As células do sistema imune são denominadas leucócitos (leukos em grego = branco). O número
de leucócitos no adulto normal é de 5.000 a 10.000 células por mililitro de sangue, mas nas
crianças esse valor é mais alto, justamente por não possuírem um sistema imunológico adaptativo
e a imunidade inata completamente desenvolvidos.
Leucopenia é quando o número de células brancas está abaixo dos níveis normais, e pode estar
associado a imunodeficiências e intoxicação por agentes químicos.
Leucocitose é quando o número destas células sobe acima do normal, e está frequentemente
associada às infecções recentes (podendo nesses casos chegar até 30000 células por mL). A
leucocitose que precede uma infecção é normalmente rápida, voltando aos níveis normais em
questão de 2 ou 3 dias.
Na leucemia, uma neoplasia das células brancas, a concentração de leucócitos aumenta muito,
chegando a 100.000/mm³, entretanto, apesar do volume aumentado, as células são imaturas e mal
formadas, conferindo ao paciente imunodeficiência grave.
Até a década de 1960, a leucemia não tinha cura e o paciente morria em até 6 meses após os
primeiros sintomas. O tratamento atualmente consiste principalmente de quimioterapia e de
terapias que combatem sintomas e complicações da doença, e é eficiente para cerca de 70% dos
pacientes.
Obs. Alguns livros grafam “poese” ao invés de “poiese”, sendo ambos equivalentes.
Essa célula pluripotente pode se diferenciar em três séries distintas, a linhagem mielóide, a
linhagem linfoide e a linhagem eritróide (essa última não está relacionada ao sistema imune, mas
sim à produção de eritrócitos).
LINHAGEM LINFÓIDE: é composta pelos linfócitos (Ly) que circulam pelo sangue e
pela linfa, além daqueles que se concentram nos órgãos linfoides. Os linfócitos são
frequentemente chamados de agranulócitos, pois não apresentam muitos grânulos em
seu interior como as células da linhagem mielóide. Os linfócitos são geralmente
esféricos, com diâmetro variável, núcleo arredondado e citoplasma escasso.
Os linfócitos T são produzidos na medula óssea, mas de lá saem ainda imaturos e migram para o
timo, onde se desenvolvem, amadurecem e adquirem funções que os diferenciam em linfócitos T
auxiliares (LyTh ou LT helper), linfócitos T citotóxicos (LyTc) ou linfócitos T supressores (LyTs).
São eles, que após reconhecerem esses antígenos iniciam a resposta imunológica, produzindo
citocinas que agem como fatores de crescimento celular e fatores de ativação celular, que
induzem outras células do sistema imunológico a se multiplicarem, amadurecerem e atuarem
contra a infecção.
Quando um LyTh reconhece um antígeno, duas respostas podem ser iniciadas. A resposta TH1
caracteriza-se pela produção de citocinas como IL-2, IFN-gama e TNF-beta, que promovem
ativação de macrófagos e de Linfócitos Tcitotóxicos, levando a extensa destruição das zonas
infectadas. Esse mecanismo é muito eficaz na eliminação de patógenos intracelulares. A resposta
TH2 caracteriza-se pela secreção de citocinas como IL-4 e IL-5, que estimulam a ativação dos
linfócitos B e a produção de anticorpos específicos. É muito eficaz contra organismos
extracelulares que circulam pelo plasma.
O HIV (vírus da imunodeficiência humana) infecta principalmente as células Th, apesar de haver
trabalhos que indicam a presença do vírus em menor quantidade, em outras células do sistema
imunológico. A importância desse linfócito no desencadeamento da resposta imune é tão grande,
que o paciente se torna imunodeprimido e perde a capacidade de se defender eficientemente
contra agentes agressores, ficando vulnerável às infecções oportunistas.
Os linfócitos T auxiliares possuem em suas membranas uma proteína chamada CD4, que pode
ser usada como marcador para a diferenciação dessas células de outros linfócitos. CD significa
“cluster differentiation”, que pode ser traduzido como “diferenciação de grupo”. Por esse motivo,
célula CD4 virou sinônimo de linfócito T auxiliar. O HIV utiliza essa proteína de superfície (CD4)
para aderir ao linfócito Th e inocular seu material genético para dentro da célula invadida.
Algumas citocinas produzidas e liberadas pelos LyTh induzem a multiplicação e a ativação dos
próprios LyTh, amplificando assim, a resposta imune contra um agressor. Alguns clones desses
Linfócitos T auxiliares ativados se transformam em LyTh de memória, permitindo uma reação mais
rápida do organismo no caso de um novo contato com o mesmo antígeno.
Os linfócitos T citotóxicos (LyTc) são responsáveis por reconhecer e destruir células tumorais,
células infectadas por vírus e as próprias partículas virais. Essas células possuem em suas
membranas um marcador de superfície chamado CD8.
Os LyTc são células capazes de destruir células que apresentam antígenos complexados com
proteínas de superfície do complexo de histocompatibilidade principal classe I (MHC-1) e células
portadoras de MHC-1 estranho (não-próprio) causando a rejeição de aloenxertos (transplantes).
Ao reconhecer células tumorais e infectadas por vírus, libera substâncias como as perforinas, que
produzem poros nas membranas das células alvo, a granzima, que induz apoptose da célula
infectada, o interferon gama, que interfere na replicação viral, ou ainda substâncias indutoras de
necrose nas células tumorais, os Fatores de Necrose Tumoral (TNF- alfa e TNF-beta).
Os linfócitos T citotóxicos virgens, que nunca entraram em contato com antígenos virais ou
tumorais, podem ser ativados pelas citocinas produzidas e liberadas pelos linfócitos T helper para
que se multipliquem e iniciem o ataque às células alvo.
Alguns clones desses Linfócitos T citotóxicos que participaram do ataque às células alvo se
transformam em LyTc de memória, permitindo uma reação mais rápida do organismo no caso de
um novo contato com o antígeno.
Quando são estimulados por citocinas dos LyTh podem se multiplicar (expansão clonal) e ao
entrar em contato com antígenos podem se transformar em plasmócitos, que são células com o
citoplasma bastante volumoso especializadas em produzir grandes quantidades de anticorpos que
atuarão de diversas formas no combate ao agressor.
Alguns clones desses Linfócitos B que foram ativados se transformam em LyB de memória,
permitindo uma reação mais rápida do organismo no caso de um novo contato com o mesmo
antígeno.
Na realidade o termo “não fagócito” é impróprio, pois mesmo os “não fagócitos” têm a capacidade
de engolfar e destruir certos antígenos, porém com menor frequência e competência que os
“verdadeiros fagócitos”.
Na medula óssea são formados promonócitos que se dividem formando monócitos que são as
células circulantes e que dão origem aos macrófagos (grandes comedores) e células dendríticas
que migram para os tecidos. Todas essas células apresentam frequentemente citoplasma
abundante, o núcleo arredondado, oval, reniforme ou em forma de ferradura. Possuem grande
capacidade de locomoção por emissão e retração de pseudópodes (falsos pés) e movimentos
amebóides.
Os macrófagos podem ser ativados por citocinas dos LTh, tornando-se mais “agressivos”,
liberando enzimas e produzindo radicais livres diretamente no foco da infecção.
Obs. O bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) tem a capacidade de infectar e permanecer vivo nos
macrófagos que foram enviados ao sistema respiratório justamente para destruí-los.
As células de Langerhans quando são inativadas, reduzem suas organelas e diminuem o seu
metabolismo ficando em “estado vegetativo”. Estes histiócitos são responsáveis pela formação e
permanência das tatuagens, já que seu citoplasma fica repleto de pigmentos que foram
fagocitados.
Obs. Alguns autores consideram as células dendríticas da região subcortical dos linfonodos, da pele e do
sistema nervoso central como macrófagos, enquanto outros as consideram como uma linhagem a parte,
apesar de muitas semelhanças funcionais que apresentam.
Além da pele, células dendríticas podem ser encontradas no sistema nervoso central, onde são
chamadas de micróglia.
O neutrófilo é bastante sensível a agentes quimiotáxicos liberados por mastócitos, basófilos e pelo
sistema complemento e possui tamanho reduzido (até 12 microns) que o permite migrar facilmente
para fora dos vasos sanguíneos em direção aos tecidos infectados (diapedese). É um agente
piogênico, já que o pus é composto por pedaços de bactérias e seus metabólitos, sangue, mas
principalmente por neutrófilos mortos durante a “batalha” contra a infecção.
A leucocitose por neutrófilos (neutrofilia) pode indicar infecção bacteriana, já que são altamente
estimulados numa infecção deste tipo.
Os neutrófilos constituem 95% dos granulócitos polimorfonucleares (PMN), mas junto com
outras três células que contém grânulos em seus interiores (lisossomos) representam até 70% dos
leucócitos do sangue e são constantemente substituídos por células mais jovens, tendo uma vida
média de apenas 2 ou 3 dias.
Além dos neutrófilos, os eosinófilos, os basófilos e os mastócitos são PMN relacionados aos
processos alérgicos, por meio da desgranulação de substâncias dos seus lisossomos, como
resposta ao contato com alérgenos ou com citocinas específicas. Estes três PMN são chamados
“não fagócitos” porque apesar de serem capazes de engolfar antígenos, executam essa função de
forma secundária e tímida.
Frequentemente apresentam núcleo bilobulado, com segmentos unidos ou não por filamentos.
Têm como principal função a exocitose da PBM (proteína básica maior), que é uma substância
tóxica para parasitas humanos. A leucocitose eosinofílica (eosinofilia) é forte indicadora de
esquistossomose, ascaridíase, filariose, estrongiloidose, triquinose, toxocaríase, entre outras
tantas infecções parasitárias.
Os basófilos levam esse nome porque apresentam afinidade pela hematoxilina que é
um corante básico. Tem função semelhante à dos mastócitos, possuindo
praticamente os mesmos mediadores químicos nos seus lisossomos e receptores de
IgE, participando de reações alérgicas da mesma forma que os
mastócitos. Além da estrutura morfológica diferente, a principal
diferença entre os dois granulócitos PMN está no fato dos basófilos
serem mais encontrados no sangue, enquanto mastócitos estão
concentrados nos tecidos conjuntivos. Por isso, sua participação no
choque anafilático (sistêmico) é bem mais grave que os mastócitos,
pois liberam os mediadores químicos diretamente na circulação. Os
basófilos contém granulações maiores e em maior quantidade que
as outras células brancas, de tal forma que frequentemente esses
grânulos mascararam o núcleo bilobulado.
Citocinas podem exercer inúmeras funções, tais como: estimular a multiplicação (expansão clonal)
e o amadurecimento de células de defesa, estimular a morte de células alvo, estimular a produção
de substâncias necrosantes de células tumorais, estimulam a migração de células de defesa para
o foco da infecção, entre outras tantas. As citocinas são divididas em vários grupos: interferons
(IFN), fatores de necrose tumoral (TNF), interleucinas (IL), fatores estimuladores de colônia (CSF),
fatores de transformação de crescimento (TGF).
Interleucinas (IL):
IL-1: produzida por macrófagos e células epiteliais, é pirógeno (produz febre, tremores, calafrios e mal-
estar); promove inflamação e ativa LTh, macrófagos e células tronco medulares.
IL-2: produzida por linfócitos Th, estimula a multiplicação e ativação de outros e do próprio linfócito Th
original e de linfócitos B.
IL-3: produzida por LTh e por células tímicas epiteliais, estimula a hematopoese.
IL-4: produzida por LTh e mastócitos, estimula a multiplicação de linfócitos B, promove a produção de
anticorpos e induz a resposta do tipo TH2 nos LyTh.
IL-5: produzida por linfócitos Th e mastócitos, estimula multiplicação e diferenciação de eosinófilos e a
produção de IgA e IgE.
IL-6: produzida por LTh e macrófagos, promove crescimento e diferenciação de LTh e LB, ativação de
células tronco e a produção de proteínas de fase aguda.
IL-7: produzida no estroma medular, promove maturação de linfócitos B e T.
IL-8: produzida por macrófagos, atrai LTh e neutrófilos para o foco da infecção.
IL-9: produzida por linfócitos Th, promove ativação de macrófagos.
IL-10: produzida por linfócitos Th, macrófagos e por vírus como o Epstein-Barr, reduz a resposta imune pela
inibição da produção de interferon-gama.
IL-11: produzida pelos fibroblastos do estroma medular, estimula hematopoese.
IL-12: produzida por LB e macrófagos, ativa LNK e induz resposta TH1 em LTh.
IL-13: produzida por linfócitos Th, promove crescimento e diferenciação de linfócitos B e inibe a ação de
macrófagos.
IL-14: produzida por LTh e LB, estimula crescimento de LB, inibe a síntese de Ig.
IL-15: produzida por LTh, ativa LNK, LTh, LTc, LB e macrófagos.
O quadro abaixo apresenta diversas células imunocompetentes e algumas das citocinas que
utilizam para produzir efeitos como: ativar ou desativar células, induzir expansão clonal de
linhagens específicas, induzir apoptose, induzir diferenciação e maturação, ou produzir quimiotaxia
numa resposta imunológica celular ou humoral.
Os anticorpos (Ac) ou imunoglobulinas (Ig) são proteínas produzidas pelos plasmócitos (Linfócitos
B ativados), que se ligam aos antígenos de forma específica, como chave/fechadura. Em outras
palavras, cada anticorpo tem capacidade de se ligar a um determinado “epítopo” para o qual foi
“desenhado”.
Epítopos são áreas das moléculas dos antígenos que se ligam aos anticorpos (sítio de ligação). A
resposta imunológica humoral na realidade é dirigida contra os epítopos do antígeno e não contra
a totalidade da molécula ou do microrganismo invasor. Os epítopos antigênicos que ocorrem na
natureza são geralmente formados por proteínas ou polissacarídeos de alto peso molecular.
Os anticorpos podem ser encontrados livres no plasma, nos fluidos orgânicos, ou ligados à
superfície de células imunológicas como os linfócitos B, macrófagos e plasmócitos, permitindo sua
ligação aos antígenos específicos.
Alguns Linfócitos B que já foram ativados e participaram de uma resposta imunológica prévia se
transformam em Linfócitos B de memória, permitindo o pronto reconhecimento e a produção
imediata de anticorpos numa exposição secundária. A memória imunológica na produção de
anticorpos possibilita ao organismo defender-se contra uma invasão de forma tão rápida e
eficiente, que frequentemente impede o aparecimento de sinais e sintomas de uma doença na
exposição secundária. Isso é a base do processo de imunização decorrente de vacinações e de
“doenças da infância”, por exemplo.
Linfócitos NK, quando reconhecem uma célula revestida com IgG liberam citocinas como o
fator de necrose tumoral (TNF), que como o próprio nome sugere, causa a morte de células
mutantes, o interferon-gama, que atua sobre a produção de anticorpos e ativação de
macrófagos e a perforina, uma substância que perfura a membrana de células tumorais,
células infectadas por vírus e microrganismos, facilitando suas destruições.
Após algum tempo, a maioria dos clones morre, mas alguns permanecem vivos por anos como
células B de memória, o mesmo ocorrendo com outras células que sofreram expansão clonal no
processo, como os linfócitos Th.
Estrutura do anticorpo:
Os anticorpos são compostos por quatro cadeias
peptídicas distintas, duas cadeias laterais leves (LC –
Light Chain) e duas cadeias centrais pesadas (HC –
Heavy Chain), unidas entre si por pontes de dissulfeto,
que podem ser quebradas com substâncias redutoras
como o mercaptoetanol. Essas cadeias leves e pesadas
se entrelaçam de forma que o anticorpo assume o formato
aproximado da letra Y.
Cada linfócito B é capaz de produzir apenas um idiotipo dos milhões anticorpos possíveis e
cada um dos 5 isotipos diferentes.
Normalmente, linfócitos B que produzem anticorpos que reajam contra auto-antígenos (moléculas
do próprio organismo) sofrem apoptose antes de sair da medula óssea, ou seja, são destruídos
antes de causarem algum dano ao organismo.
Basicamente existem 5 classes de imunoglobulinas (isotipos), que podem ser determinadas por
diferentes sequências de aminoácidos na fração C: IgM, IgG, IgE, IgA e IgD. Os nomes das
globulinas provém do nome das letras gregas que deram origem às mesmas: Mu, Gama, Épsilon,
Alfa e Delta.
Fato importante é que as isoaglutininas anti-A e anti-B são da classe das IgM, o que explica
porque os anticorpos do sistema ABO formados pelas mães raramente agridem as hemácias dos
fetos que apresentam fatores sanguíneos diferentes dos seus.
A peça J (Joint) é um polipeptídio que interliga as cadeias pesadas de IgM e IgA à outras
imunoglobulinas das mesmas classes, através do penúltimo resíduo de sistema das cadeias mu e
alfa.
Anticorpos maternos contra o fator Rh pertencem à classe das IgG. Por isso, são capazes de
atravessar a placenta e de se ligarem às hemácias fetais, se estas contiverem o fator Rh,
causando a doença hemolítica do feto ou eritroblastose fetal, principalmente no segundo filho Rh+,
após uma resposta imune ocasionada pela exposição primária da mãe Rh- aos antígenos Rh do
primeiro filho, que geralmente acontece durante o parto.
A situação mais frequente dessa condição é quando com o deslocamento da placenta durante um
primeiro parto, acontece a passagem de pequenas quantidades de sangue do feto para a
circulação materna. A mãe Rh- passará a produzir anticorpos anti-Rh e se tornará sensibilizada a
esse antígeno.
Para compensar a anemia, a medula óssea passa a produzir e a liberar quantidades enormes de
eritrócitos imaturos nucleados, os eritoblastos, por isso, frequentemente chama-se a doença de
eritoblastose fetal.
Esse mecanismo de transmissão pela placenta é quase exclusiva de primatas, já que em outras
espécies, a placenta quase não permite a passagem das IgG: em cães e gatos passa pouquíssimo
IgG pela placenta e em ruminantes, equinos e suínos a placenta não permite a passagem de
anticorpos. Por isso, quando nascem, os filhotes são muito dependentes do colostro, e quando um
deles tem dificuldade para mamar, frequentemente morre em poucos horas.
IgA – É uma Ig que pode ser encontrada sob a forma monomérica (IgA sérica) ou dimérica nas
secreções externas (IgA secretora). Essa classe de anticorpo corresponde à aproximadamente
15% das imunoglobulinas.
A forma dimérica é a principal imunoglobulina presente em secreções como lágrima, colostro, leite
materno, suor, suco gástrico, saliva e muco, é a mais importante delas, por constituir importante
mecanismo de defesa aos neonatos e na proteção de portas de entrada de diversos antígenos,
tais quais os olhos, o sistema digestório, o sistema respiratório e o sistema geniturinário, por
exemplo.
Um outro papel importante da IgA intestinal é o de impedir que os antígenos dos microrganismos
da flora intestinal normal entrem em contato com nosso sistema imunológico, deflagrando reação
imunológica contra os mesmos.
As IgA diméricas são formadas pela união de duas IgA à peças J ou à peças transportadoras
(componente secretor), que é descrita à seguir:
As peças transportadoras ou secretoras são cadeias polipeptídicas ricas em
carboidratos, produzidas pelas células epiteliais, que se ligam às moléculas de
IgA, possibilitando a passagem deste anticorpo através das mucosas. A
deficiência da peça transportadora impede a ligação de duas ou mais moléculas
de IgA, que não conseguem passar pelos
epitélios e consequentemente não podem
desempenhar a sua função biológica.
Pacientes sem IgA secretora apresentam
frequentemente infecções oculares,
respiratórias e orais, dermatites fúngicas e
cáries.
IgE – Apresenta-se sob a forma monomérica, tendo como principal função a sua capacidade de
ligação a mastócitos e basófilos, por sua porção Fc, ativando a cascata de
eventos que leva à desgranulação dos mesmos, produzindo a liberação de
mediadores químicos como os leucotrienos, a heparina e a histamina, capazes
de produzir broncoespasmo, vasodilatação, aumento da permeabilidade
vascular, contração de músculos lisos e quimiotaxia (atração de outras células
inflamatórias), iniciando resposta inflamatória local (urticária e dermatites) ou
sistêmica (choque anafilático). Por esse motivo, essa imunoglobulina está
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relacionada às reações de hipersensibilidade (alergias). Razão pela qual é também chamada de
alergina ou reagina. Sua proporção relativa é de cerca de 0,004% das imunoglobulinas séricas,
mas em pacientes alérgicos pode estar até dez mil vezes mais elevada.
Quadro esquemático com a formação, maturação e diferenciação de Linfócitos B em plasmócitos, geração células de
memória e produção de imunoglobulinas:
Quadro esquemático sobre a produção dos diversos isotipos de imunoglobulinas e suas principais funções
Três vias iniciam a cascata de ativação do sistema complemento: via clássica, via alternativa e via das lectinas.
Resumidamente podemos dizer que ao serem ativadas, enzimas do sistema complemento promovem clivagens
proteolíticas (quebra de proteínas) sequenciais (em cascata), ativando outras proteínas do sistema, culminando na
formação de um “complexo de ataque à membrana”, que ao se ligar à membrana plasmática das células-alvo,
causa lise osmótica das mesmas.
Ao mesmo tempo, alguns dos fragmentos produzidos pelo sistema complemento, levam à amplificação da resposta
imunológica, ao induzir: desgranulação de mediadores inflamatórios de granulócitos (mastócitos e basófilos),
opsonização de fagócitos (facilitação do processo fagocítico), quimiotaxia (atração de células imunocompetentes
para o foco inflamatório) e formação de células imunocompetentes (leucocitopoiese).
O sistema complemento é tão importante que alterações em alguns de seus componentes permitem infecções
recorrentes, doenças autoimunes como Lúpus Eritematoso ou doenças inflamatórias como angioedema e
glomeronefrite em seus portadores. Algumas deficiências do complemento chegam a ser incompatíveis com a vida,
produzindo a morte do portador ainda no útero ou nos primeiros dias de vida.
Observações:
Após clivagem das proteínas do sistema complemento, o pedaço maior dos peptídeos recém-formados é
sempre chamado “b” e o pedaço menor é chamado “a”.
O peptídeo maior sempre se fixa ao complexo e o peptídeo menor é liberado ao ambiente, com exceção do
fragmento C2a, que se fixa, enquanto C2b é o fragmento liberado.
VIA CLÁSSICA – inicia-se pela formação do imunocomplexo Ag/Ac e a ligação do componente 1 (C1) ao
imunocomplexo. O sistema é ativado apenas quando C1 se liga a um IgM (pentamérico) ou a dois IgG.
O complexo, agora formado por antígeno/anticorpo/C1, cliva componente 4 (C4) em C4a e C4b.
C4b se liga à membrana e atrai o componente 2 (C2).
C2 é clivado por C4b, em C2a e C2b.
C2a fixa-se ao complexo que se torna C4b2a, chamado de C3 convertase clássica.
A enzima C3 convertase cliva o componente 3 (C3) em C3a e C3b.
C3b, se liga à convertase, formando C4b2a3b, chamada C5 convertase clássica.
VIA ALTERNATIVA – é a principal via de ativação do sistema, ocorrendo sem a participação de anticorpos. Inicia
quando C3 sofre hidrolise espontânea, formando C3a e C3b.
Constantemente C3 se dissocia em seus dois fragmentos, mas esses são inativados rapidamente por enzimas
regulatórias, impedindo que promovam reação imunológica sem a presença de um imunógeno. Entretanto, algumas
membranas celulares com superfícies aceptoras, favorecem a ligação com C3b, “protegendo-o” da ação das
enzimas regulatórias, desencadeando a via alternativa do sistema complemento.
Obs. Alguns patógenos, células infectadas por vírus, células tumorais, células envelhecidas (apoptóticas) e células
estranhas ao hospedeiro apresentam superfícies aceptoras para C3b.
Após a ligação de C3b a uma superfície aceptora, um fator B se liga ao conjunto, e é clivado por um fator D,
formando a C3 convertase alternativa (C3bBb).
A enzima criada produz mais e mais C3b, que por sua vez, com o intermédio dos fatores B e D, formam mais e mais
C3b convertase, num processo chamado de “alça de amplificação” de formação de C3b.
A presença maciça de C3b, Bb e uma proteína chamada Properdina (P), formam um complexo (C3b)nBbP, que é a
C5 convertase alternativa.
A C5 convertase produzida por uma das 3 vias cliva o componente 5 (C5) em duas frações C5a e C5b.
C5b se liga à membrana da célula-alvo, dando início aos componentes terminais.
A ligação de C5b origina o complexo de ataque à membrana (MAC), ao unir-se aos C6, C7 e C8, formando C5b678,
um complexo anfifílico que penetra a bicamada lipídica, produzindo poros que permitem a entrada de água para o
interior da célula e a saída de íons e moléculas de baixo peso molecular. O MAC também é chamado “Complexo Lítico
de Membrana (CLM)”, ou Sistema de Ataque à Membrana.
Quando 9 a 12 unidades do componente 9 (C9) se juntam ao complexo (polimerização), formando C5b678(9)n, são
produzidos poros bem maiores, com até 10 nanômetros, permitindo mais entrada de água, favorecendo a ruptura da
membrana da célula-alvo (lise osmótica).
Eventualmente, o MAC se deposita em membranas de células saudáveis, que são metabolicamente ativas e bastante
resistentes ao acúmulo de eletrólitos e água, bombeando-os novamente para fora e restabelecendo o equilíbrio
osmótico, além de eliminar os MAC por exocitose. Esse método é muito utilizado por certos parasitas e células do
próprio organismo, que por acaso sejam “atacados” pelo MAC.
Outra estratégia das células humanas para evitar a lise é a produção de uma proteína de superfície chamada CD59,
que impede a polimerização de C9 e a formação dos grandes poros.
Além disso, algumas células humanas, como os fagos e as plaquetas, são ativadas quando o MAC se deposita em
suas membranas, e ao invés de sofrerem lise osmótica, respondem ao estímulo liberando no local da infecção:
prostaglandinas, leucotrienos, peróxidos, mediadores vasoativos e quimiotáxicos, entre outros tantos agentes
químicos, que participam do processo imunológico.
Tecidos lesados e vasos rompidos fazem extravasar substâncias que ativam enzimas
que promovem o reparo do tecido lesado, opsoninas, mediadores vasoativos, fatores
quimiotáxicos e fatores algogênicos (que “produzem” dor).
Fagócitos liberam mediadores vasoativos que promovem vasodilatação e aumento da
permeabilidade vascular, além de fatores quimiotáxicos, que promovem diapedese de
células imunológicas em direção ao foco da inflamação.
O sistema complemento, que produz fragmentos peptídicos vasoativos, quimiotáxicos e
opsonizantes, além dos fragmentos peptídicos que atuam sobre granulócitos, que por sua
vez, liberam mais mediadores quimiotáxicos e vasoativos, amplificando a resposta
inflamatória.
A formação de imunocomplexos entre antígenos e anticorpos presentes na superfície de
mastócitos e basófilos (do isotipo IgE), que induz a desgranulação de mediadores
inflamatórios e quimitáxicos.
A lesão no tecido produz quatro sinais principais: rubor, calor, tumor e dor.
Os processo envolvidos:
Mediadores vasoativos relaxam a musculatura das arteríolas, que deste modo, dilatam, levando a
um aumento no fluxo sanguíneo que irriga o local.
É causado pela contração e afastamento das células endoteliais das vênulas, que formam “fendas”
ou “poros” nas paredes, como resposta a substâncias vasoativas.
Figuras: Acima, na primeira foto temos o endotélio vascular normal e na segunda, a formação de um “poro”
devido ao afastamento de duas dessas células.
Quando encontram o mesmo, os leucócitos se “espremem” pela fenda passando de dentro para o
lado de fora do vaso (transmigração leucocitária ou diapedese).
1 - As substâncias plasmáticas: são divididas em três grandes sistemas: o sistema das cininas
(plasmina e bradicina), o sistema complemento e o sistema de coagulação (fibrinopéptideos). São
mediadores mais tardios que as aminas vasoativas porque precisam chegar ao foco inflamatório
junto com o exudato. Portanto, depois que a inflamação já iniciou.
Plasmina: protease que quebra proteínas teciduais como fibrina, protrombina, e globulinas.
Sua forma inativa, o plasminogênio, é ativada por enzimas dos granulócitos, bactérias, tecidos
e plasma. Além disso, ela incrementa a permeabilidade vascular, provoca o surgimento de
fibrinopéptideos, libera outras cininas e atua sobre o sistema complemento.
Os seus derivados são produzidos pela ação de enzimas como a cicloxigenase (COX) e a
lipoxigenase (LOX), que metabolizam o ácido araquidônico, formando mediadores químicos que
participam das fases mais tardias da inflamação. Esses lipídios provocam, entre outras coisas,
contração das células endoteliais (aumento da permeabilidade vascular), vasodilatação,
quimiotaxia e potencialização da ação da bradicinina, além de uma série de efeitos biológicos não
relacionados à inflamação, como a produção de ácido clorídrico, a formação de coágulos e a
contração uterina.
Praticamente todas as células humanas produzem os eicosanoides, com exceção das hemácias e
apesar de serem chamados de mediadores de ação prolongada, os eicosanoides têm meia-vida
curta, sendo constantemente produzidos durante a manutenção do estado de inflamação ou de
seus outros efeitos biológicos.
Óxido nítrico (NO) - gás solúvel produzido por células endoteliais, macrófagos e alguns
neurônios. Suas ações principais referem-se: ao relaxamento do endotélio (vasodilatação) e à
destruição de microrganismos.
Fator ativador plaquetário (PAF) - fosfolipídio derivado das membranas de plaquetas, basófilos,
mastócitos, macrófagos e células endoteliais, cujos principais efeitos são:
Radicais livres do Oxigênio - Produzidos principalmente por neutrófilos estimulados por agentes
quimiotáticos, imunocomplexos e macrófagos. Seus principais representantes são o ânion radical
superóxido (O2-), o peróxido de hidrogênio (água oxigenada – H2O2) e o ânion hidroxila (OH-), que
oxidam e destroem os agentes invasores e os tecidos.
* Por inibirem seletivamente a COX2, essas substâncias diminuem a ação anticoagulante da PGI2
(prostaciclina), mas por não inibirem a COX1, não diminuem a ação agregadora de plaquetas do TXA2
(tromboxano A2). Com isso, no longo prazo elevam o risco da formação de trombos e placas de ateroma em
pacientes predispostos. São chamadas de drogas com efeito pró-trombótico.
Inibidores da lipoxigenase (LOX): o zileuton é uma droga que inibe a formação de leucotrienos,
por bloqueio da enzima lipoxigenase. Com isso, obtém-se efeitos semelhantes aos dos anti-
leucotrienos em pacientes asmáticos.
Um vírus ou bactéria pode ter vários imunógenos e antígenos em suas estruturas, tais
como: proteínas, lipídeos e polissacarídeos que formam a parede celular, a membrana
externa, o capsídeo ou o envelope.
Anticorpos não interagem com o antígeno todo, mas apenas com uma parte chamada
epítopo ou determinante antigênico, que pode ser definido como a menor estrutura
capaz de interagir com anticorpos. Uma molécula antigênica pode possuir diversos
epítopos, cada qual com capacidade para interagir com um determinado idiotipo (anticorpo
específico).
Haptenos são moléculas pequenas que não produziriam imunogenicidade sozinhas, mas
que podem se ligar a proteínas carreadoras e induzir uma resposta imune haptênica.
Além desses, diversos outros fatores concorrem para que um imunógeno seja
plenamente reconhecido pelo organismo, dentre eles, podemos citar:
Vacina – Produto biológico que, administrado a um indivíduo, confere imunidade ativa contra
doenças infecciosas, devida à memória imunológica adquirida contra os epítopos dos antígenos
que foram inoculados.
Reforços: Algumas vacinas precisam ser dadas em doses seguidas, com um espaço de algumas
semanas ou meses entre uma e outra inoculação, para que produzam um índice de imunidade
mais adequado.
A vacina contra poliomielite de Salk, por exemplo, numa primeira dose imuniza menos de 70% das
pessoas que a utiliza, mas após a terceira dose de reforço, quase que a totalidade das pessoas
consegue produzir imunidade. Já a vacina de Sabin (a da gotinha), logo após a primeira dose,
consegue índices de eficácia que beiram a totalidade de pessoas imunizadas.
Reações de hipersensibilidade: Como muitas vacinas são produzidas a partir de vírus cultivados
em ovos de galinha, pessoas alérgicas aos componentes dos ovos devem procurar vacinas
alternativas, produzidas com outros métodos, tais quais as vacinas de DNA recombinante. Não é
incomum pessoas também apresentarem hipersensibilidade a conservantes, estabilizantes ou
outros adjuvantes da vacina.
Doença vacinal: Algumas vacinas podem causar a própria doença para as quais foram
desenvolvidas em uma parcela da população. A vacina Sabin, por exemplo, causa 1 caso de
poliomielite para cada duas milhões de crianças imunizadas, já a vacina Salk, não apresenta
nenhum risco de causar poliomielite entre os imunizados.
Facilidade de administração: Vacinas que podem ser dadas por boca têm a vantagem de poder
ser administrada por pessoal não especializado, o que as torna especialmente importantes em
campanhas de imunização, como as contra a poliomielite e contra o rotavírus, que requerem que a
vacina seja enviada para locais sem infraestrutura ou profissionais de saúde. Entretanto, essas
vacinas não podem ser utilizadas por pessoas que estejam apresentando vômitos ou diarreia, sob
o risco de não produzirem efeito.
Pessoas imunizadas por boca, frequentemente ajudam a promover ampliação da cobertura vacinal
ao propagarem o vírus vacinal na comunidade do entorno, principalmente nas comunidades mais
carentes, onde as pessoas vivem em condições mais precárias, sem saneamento básico, e que
normalmente apresentam mais dificuldade de acesso aos postos de saúde.
Isso ocorre porque parte dos vírus inoculados por boca são lançados no ambiente, junto com as
fezes, onde continuam viáveis, imunizando pessoas pela contaminação oral-fecal. No caso da
vacina Sabin, por exemplo, uma criança imunizada contra poliomielite continua liberando vírus no
meio por aproximadamente 2 semanas após a vacinação.
Cobertura vacinal: Uma ampla cobertura vacinal é muito importante para que se obtenha
“imunização de rebanho”. Quando uma grande proporção da população se torna resistente a
uma doença, a probabilidade do agente infeccioso ser transmitido de um portador a um suscetível
se torna baixa e a doença tende a desaparecer, mesmo quando a cobertura vacinal não chega a
100%.
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Doenças concomitantes: Quando uma pessoa está com determinadas doenças
infectocontagiosas, como a gripe, recomenda-se que não use vacinas. Isso porque seu sistema
imunológico estará muito ativo naquele momento, podendo diminuir a eficácia da imunização.
No entanto, em determinadas condições, como uma epidemia, o risco de uma pessoa contrair uma
doença mais grave pode ser motivo para se recomendar a imunização da mesma, mesmo que
haja o risco de ter sua eficácia diminuída.
Uso de várias vacinas: O uso de diversas vacinas ao mesmo tempo aumenta a chance de
reações adversas e reações de hipersensibilidade, além da possibilidade de diminuição da eficácia
das mesmas. Recomenda-se um período mínimo de 3 a 4 semanas entre cada imunização.
Entretanto, há que se comentar que algumas combinações, protestadas, realmente imuniza contra
várias doenças de uma só vez, promovendo baixo incremento de risco e baixa diminuição na
eficácia. Por exemplo, a vacina tríplice bacteriana (DTP), que imuniza ao mesmo tempo contra
difteria, pertussis (coqueluche) e tétano, a tríplice viral, que é preparada a partir de vírus vivos
atenuados de sarampo, caxumba e rubéola, a vacina Pentavalente (contra Difteria, Tétano,
Coqueluche, Hemófilos e Poliomielite) ou a vacina Hexavalente (contra as mesmas doenças da
pentavelente, mais a Hepatite B).
Outro fator que se deve levar em conta na associação de vacinas é que apesar dos riscos
aumentados, pode ser interessante aproveitar uma campanha para imunizar contra várias doenças
de uma só vez, já que dificilmente se conseguiria a adesão das pessoas se tivessem que voltar a
cada 3 ou 4 semanas ao posto de saúde para uma nova vacina.
Tipos de vacinas:
a) Vacinas de microrganismos vivos atenuados são feitas com culturas de micróbios vivos com
virulência diminuída por agentes físicos, como a luz ultravioleta, produtos químicos, como a
betapropilactona, ou mais frequentemente, com a inoculação repetida do microrganismo em ovos
embrionados ou em tecidos animais, como células renais de porco ou de hamster.
Esse tipo de vacina costuma ter eficácia alta, produzindo imunidade numa grande proporção da
população exposta, mesmo após uma única dose, entretanto, tende a produzir doença vacinal e
reações indesejáveis, como febre e dor em algumas pessoas.
A vacina Sabin contra a poliomielite, por exemplo, produz casos raros de paralisia, de 4 a 40 dias
após a administração da vacina, em uma a cada 2 milhões de doses aplicadas. Por isso, essa
vacina é inadequada para populações de onde a doença não existe.
Outra coisa a se levar em conta é que o risco da Sabin produzir doença vacinal em
imunodeprimidos é 7000 vezes maior que na população geral, por isso, regra geral, as vacinas
de agentes vivos atenuados devem ser evitadas em pessoas com imunodeficiência adquirida ou
congênita, exceto HIV positivos.
Esse tipo de vacina, apesar de muito seguro, costuma apresentar menor eficácia, ou seja, imuniza
uma proporção menor de usuários e por um período mais curto, que as vacinas de agentes
atenuados, necessitando de mais doses para atingir um resultado satisfatório.
A vacina contra poliomielite é um exemplo disso: em regiões onde a pólio é endêmica, a vacina de
Sabin, apesar de menos segura, oferece maior proteção à população, poupando vidas. Mas onde
a doença está erradicada, produzir a morte de algumas crianças por reação vacinal passa a ser
inaceitável, por isso, prefere-se a vacina Salk, de vírus inativado “morto”.
No Brasil, apesar da poliomielite ter sido erradicada há décadas, a imunização ainda se dá pela
Sabin, o que é justificado pelas autoridades de saúde pela facilidade de aplicação, pelo custo e
pela imunização indireta que confere por contaminação oral-fecal, nas populações menos
favorecidas.
c) As vacinas à base de toxina modificada (anatoxina) são feitas a partir de filtrados de cultura
microbiana, contendo apenas as toxinas, e não o do patógeno em si.
Esse tipo de vacina é muito seguro porque não contém o agente microbiano, mas frequentemente
necessita vários reforços para produzir eficácia adequada e a imunização costuma ter duração
curta. Algumas pessoas podem ainda apresentar reação exacerbada contra a toxina inoculada, o
que requer atenção do profissional de saúde.
De forma resumida, genes do patógeno são isolados e clonados por tecnologia de biologia
molecular. Esse gene é introduzido em um microrganismo não patogênico (normalmente o
Saccharomyces cereviesae). O microrganismo transgênico passa então a produzir e secretar a
proteína do gene clonado em larga escala (cultivo em tanques, como os de cerveja), este produto
é então purificado e utilizado na produção da vacina.
Como os microrganismos podem ser cultivados em tanques com caldo nutritivo, e não em ovos de
galinha, esse tipo de vacina constitui alternativa às pessoas alérgicas e para a produção de
quantidades imensas da vacina em curto período e baixo custo.
As vacinas para Hepatite B, disponíveis no Brasil, são produzidas por tecnologia de DNA
recombinante e vêm apresentando altos índices de segurança. Entretanto, é necessária uma série
de 3 doses para induzir resposta adequada em cerca de 90% dos adultos e 95% dos lactentes,
crianças e adolescentes.
Obs. Método semelhante é usado para produzir insulina humana e hormônio do crescimento de
forma segura e barata. Ou seja, clonam-se os genes humanos dessas proteínas e os introduzem
em microrganismos não patogênicos, que passam a produzi-las em escala industrial.
1798 Varíola
1885 Raiva
1897 Peste
1923 Difteria
1927 Tétano e tuberculose
1935 Febre amarela
1955 Polio injetável (VIP)
1962 Polio oral (VAP)
1964 Sarampo
1967 Parotidite (caxumba)
1970 Rubéola
1981 Hepatite B
Após as observações de Lady Mary, o método foi trazido para a Europa Ocidental e de lá
para a América do Norte, onde apesar de provocar incontáveis casos de morte, foi
largamente utilizado, principalmente na Inglaterra e nos Estados Unidos, até que vieram a
público as investigações do médico inglês Edward Jenner, publicadas em 1798.
A varíola da vaca era causada pelo Poxvirus officinale, aparentado ao vírus da varíola
humana (Orthopoxvirus variolae) e as vacas acometidas apresentavam pústulas no ubre,
que frequentemente contaminavam as pessoas que as ordenhavam, que manifestavam
nas mãos lesões parecidas com a da varíola, mas que desapareciam espontaneamente
após alguns dias.
Como o próprio Jenner havia sofrido aos 8 anos de idade a imunização por “variolação”
com o vírus da varíola humana, e principalmente porque durante o início de seus estudos
em medicina, em Sodbury, ele ouvira uma tratadora de gado dizer com extrema confiança
que as feridas que tinha na pele não se tratava de varíola como os médicos
desconfiavam, porque já havia pego vaccinia na infância, o médico resolveu investigar a
crença dos camponeses de que a varíola da vaca protegia contra a varíola humana.
Inicialmente Jenner inoculou a doença da vaca em seu próprio filho, que desenvolveu no
local da inoculação apenas pústulas moderadas por cerca de duas semanas. Meses
depois, o médico arranhou e esfregou a pele de seu filho com secreções retiradas das
feridas de um paciente com varíola, mas não percebeu a formação de reação ou ferida
decorrente da infecção.
O rapaz teve sintomas benignos e posteriormente foi inoculado com vírus da varíola
humana, que fora retirado das pústulas de outro paciente, sem, entretanto, desenvolver a
doença.
Dessa experiência, Jenner escreveu um artigo detalhado que foi sumariamente rejeitado
pela academia de ciências da Sociedade Real.
Jenner passou então a usar o vírus da vaccinia em adição à técnica de variolação que já
existia, produzindo uma imunidade bastante alta, mas com mortalidade muito inferior
àquela do vírus da varíola humana.
Entretanto, um ano antes, em 1804, a vacina já havia chegado ao Brasil por iniciativa do
Barão de Barbacena, que enviou cinco escravos à Lisboa para serem imunizados com
vaccinia, que posteriormente voltaram para o Brasil inoculando a vaccinia um a um, de
braço a braço. Quando os escravos chegaram ao Rio de Janeiro, a vacinação continuou
de braço em braço, usando material de uma pessoa para inocular outra, por décadas.
Somente em 1887, graças a Pedro Afonso Franco, diretor da Santa Casa de Misericórdia,
o Brasil começou a produzir a vacina em bezerros, dentro de laboratórios do próprio
hospital, aumentando a capacidade de imunização dos brasileiros.
Poucos dias depois, o Dr. Henry Bedson, responsável pelo laboratório que ficava logo
abaixo da sala escura onde Janet revelava seus filmes no mesmo edifício, se suicidou por
se sentir culpado pela morte da fotógrafa e de seu pai, que sofrera um ataque cardíaco
diante do leito da filha enferma e pelo adoecimento da mãe (posteriormente curada) da
fotógrafa, que com 70 anos contraiu a varíola durante uma visita à sua filha.
Nas Américas, os últimos registros de varíola vieram do Brasil, onde alguns casos foram
notificados em abril de 1971, no bairro de Olaria, no Rio de Janeiro e dois anos depois, a
doença foi declarada erradicada do continente.
O adjetivo latino vaccina (de vaca) foi adaptado a praticamente todos os idiomas: inglês
(vaccine); francês (vaccin); alemão (vakzine); espanhol (vacuna); italiano (vaccino); e em
português (vacina), que passou a designar todo inóculo antigênico.
POLIOMIELITE: Cerca de cinquenta anos atrás (1954), o cientista americano Jonas Salk
produziu a primeira vacina contra a poliomielite, doença também chamada de paralisia
infantil.
Porém, numa população adulta suscetível, a patogenicidade é maior, fazendo com que a
doença ocorra em uma parcela maior dos indivíduos infectados. Além disso, os sintomas
em adultos doentes costumam ser mais severos que nas crianças (maior virulência).
Outro doente famoso foi o imperador romano Claudius, que sofreu paralisia numa das
pernas, ainda na infância, e desde então passou a “Claudicar” (mancar).
Por isso, nos países onde a poliomielite ainda existe, recomenda-se o uso da Sabin
porque o risco de paralisia pela vacina é infinitamente menor que o risco real de se
infectar com a verdadeira poliomielite, mas nos países onde ela já foi erradicada, a vacina
Salk oferece uma proteção adequada com uma segurança muito maior, já que nela os
vírus são injetados mortos.
A Sabin continua sendo a vacina de escolha no Brasil porque não requer profissionais
especializados para sua aplicação e porque é muito mais barata que a injetável (Salk).
Alguns países africanos resistem a usar vacinas, por causa de uma teoria conspiratória
que se espalhou pela população muçulmana do norte da Nigéria, e de lá para países
asiáticos, como a Índia e Paquistão.
Líderes locais repetem e espalham essa teoria, que se tornou consenso entre a
população muçulmana, que não aceita qualquer vacina, mesmo com frequentes
desmentidos da OMS, do governo e de inúmeros médicos e cientistas nigerianos.
Outro foco de epidemia de poliomielite foi anunciado no dia 8 de novembro de 2005, num
local improvável: os Estados Unidos. A doença declarada extinta há décadas em todo o
Hemisfério Ocidental ressurgiu numa pequena comunidade Amish, em Minnesota, que
preserva estilo de vida do século 19 e se recusa a usar vacinas.
O problema pode se agravar ainda mais porque nos EUA, muitos adultos resistem a
imunizar seus filhos, temendo que as vacinas provoquem autismo, demência e outras
doenças improváveis, que aparentemente não têm relação alguma com imunização, mas
cujo mito é propagado pela população.
Possíveis causas:
4 - Cite pelo menos um exemplo de imunidade adaptativa naturalmente adquirida passiva, naturalmente
adquirida ativa, artificialmente adquirida passiva e artificialmente adquirida ativa.
ÓRGÃOS LINFÓIDES
1 – como são os vasos linfáticos e a linfa? Quais são os órgãos linfoides primários e os órgãos linfoides
secundários?
2 - Qual é o primeiro órgão a iniciar a produção de linfócitos, fornecendo o ambiente ideal para a
proliferação, diferenciação e maturação dos linfócitos T?
3 - Onde são produzidas as células que dão origem ao linfócitos T, e que posteriormente são atraídas para
o timo?
4 - Qual é o órgão responsável pela produção de todas as linhagens de células do sangue, incluindo as do
sistema imunológico?
11 - O que é o TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO A MUCOSAS e por que são importantes para a defesa do
organismo?
CÉLULAS IMUNOCOMPETENTES
4 - O que e a leucocitopoese?
9 - Quais são as principais funções dos linfócitos Tc? Porque são chamados células CD8?
16 - Por que os neutrófilos frequentemente são os PMN que chegam mais precocemente no foco de uma
infecção?
ANTICORPOS
3 - Quais são os primeiros anticorpos a aparecerem no soro após uma primeira exposição a um antígeno?
4 - Quais são os principais anticorpos a aparecerem no soro após uma segunda exposição a um antígeno?
8 - Qual é a fração anticórpica que contém pouca variabilidade na sequência de aminoácidos, e que é
responsável pela ligação do anticorpo às diversas células imunológicas e deflagrar reações da resposta
imunológica como a ativação do sistema complemento?
11 - Porque um feto que tenha fator sanguíneo ABO diferente de sua mãe raramente apresenta problemas
de incompatibilidade com a mesma, mas o mesmo não ocorre com relação ao fator RH?
12 - Qual é a única classe de anticorpos que atravessa a barreira placentária, conferindo ao bebê imunidade
natural passiva, mesmo antes da lactação?
14 - Qual é a classe de imunoglobulina cuja principal função é a ligação a mastócitos e basófilos, ativando a
cascata de eventos que leva à desgranulação dos mesmos?
SISTEMA COMPLEMENTO
7 - O que significa dizer que o componente 3b (C3b) também possui função de opsonização?
10 – Desenhe um esquema que mostre cada passo da ativação do sistema complemento, para cada uma
das vias, mostrando cada componente que entra na reação, as transformações e ativações em cascata e os
componentes que são produzidos a partir das mesmas, até a produção do MAC e a lise osmótica da célula
alvo.
INFLAMAÇÃO
1 - No que consiste a tríplice resposta que se segue após uma lesão da epiderme?
2 - De onde se originam os mediadores químicos que produzem a resposta inflamatória após uma lesão?
3 - Qual é o papel dos fagócitos, do sistema complemento e dos granulócitos, na resposta inflamatória?
4 - Quais são os 4 principais sinais e sintomas que característicos da inflamação? Explique como ocorre
cada um deles.
6 - Explique detalhadamente como é feita a migração das células brancas dos vasos para o tecido
adjacente durante a inflamação.
7 - O que é um pseudópode?
8 - O que é a diapedese?
10 - Quais são os principais mediadores inflamatórios de ação rápida? Explique como agem no processo
inflamatório.
11 - Quais são os principais mediadores inflamatórios de ação prolongada? Explique como agem no
processo inflamatório.
13 - Cite outros mediadores inflamatórios importantes e descreva seus papéis na resposta inflamatória.
IMUNÓGENOS
3 - O que é Antigenicidade?
5 - O que é o imunocomplexo?
12 - Com relação à complexidade das moléculas, que tipo de molécula forma melhor imunógeno, as mais
complexas ou as mais simples?