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Universidade Federal Fluminense

Disciplina: Organização da Educação no Brasil (OEB)


Discente: Mateus Almeida da Silva

Apontamentos sobre o documentário “Vocacional: uma aventura humana”

O documentário “Vocacional: uma aventura humana” de Toni Venturi, tem como objetivo
explorar as experiências ocorridas nos ginásios vocacionais de São Paulo na década de 1960. O
documentário aborda a história dos ginásios vocacionais a partir de entrevistas com antigos
professores, diretores, funcionários e alunos; essa opção do documentário é interessante pois assim
ele objetiva entender o que foram esses ginásios a partir das experiências daqueles que estiverem
envolvidos nesse processo, procurando compreender qual foi o significado dessa experiência na
trajetória de vida dos envolvidos.
Os ginásios vocacionais surgem em um contexto de acalorada discussão acerca da educação
pública brasileira. Nesse contexto, o então secretário de educação do estado de São Paulo, Luciano
de Carvalho, convida Maria Nilde Mascellani, que já trabalhava com classes experimentais na
cidade de Socorro, para criar os ginásios vocacionais no Estado de São Paulo. Os ginásios
vocacionais surgem como um modelo educacional centrado na formação de um pensamento crítico
diante da realidade e ancorado em um modelo humanista que entende o ser humano com sujeito de
sua própria história.
Os ginásios vocacionais eram marcados por uma compreensão interdisciplinar entre as
diversas áreas do conhecimento e por uma noção “experiencial” do conhecimento, onde o que
importava não era apreender por apreender e sim que o conhecimento obtivesse sentido na vida dos
estudantes. Essa noção experiencial do conhecimento é perceptível no relato dos ex-alunos, em com
eles lembravam de diversas aulas e atividades no colégio. Um dos exemplos desse “vivenciar o
conhecimento” é relatado pelo professor de matemática que conta como os alunos administrarem a
cantina do colégio fazia parte do conteúdo escolar.
Uma grande questão abordada no documentário é como era vivenciar essa educação crítica
em meio a ditadura, iniciada em 1964. Conforme os ginásios vocacionais vão começando a se
destacar na rede pública de São Paulo a perseguição aos colégios também aumenta. Professores
relatam que começam a ser perseguido em meados para o final dos anos 60 e as coisas pioram de
forma desastrosa com a destituição autoritária de Maria Nilde, uma figura central durante toda
história dos ginásios vocacionais. Após a publicação do Ato Institucional nº5 (AI-5) os ginásios são
ainda mais perseguidos e chegam ao seu fim em 1969.
No entanto, o fim dos ginásios vocacionais não representa a derrota desse projeto. Os
ginásios foram uma experiência tão bem-sucedida da democracia como prática pedagógica que a
ditadura receosa da expansão desse projeto rapidamente providencia a perseguição e extinção dos
ginásios. Mas os ginásios vivem na história da educação brasileira, na história dos educadores e
educandos envolvidos nessa experiência. As memórias estão vivas para nos lembrar que uma
educação democrática e crítica é possível.

• Discussão na educação brasileira - > Pós- guerra → novos propostas econômicas


• Portaria de classes experimentais
• Educação doméstica/ Educação musical/ Práticas comerciais
• Administração da cantina e do refeitório.
• Auto-avaliação
• Estudo do meio
• Aula síntese→ comunicar o conhecimento produzido a sociedade
• 1965 tentam matricular seus filhos no colégio
• pensamento crítico da ditadura
• Perseguição a professores e diretores
• invasão dos militares a escola
• 1970 → fim dos vocacionais
• Maria Nilde detida em 1.974 → 2 meses da solitária
• mesmo com o fim do vocacional os alunos carregaram o legado daquela educação e
conseguiam se destacar nas escolas tradicionais

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