Como defende Peters (2016) Pierre Bordieu quando exposto a vivência na Argélia entre 1955 e
1961 pode desenvolver uma sociologia: “teoricamente informada, empiricamente orientada e
politicamente motivada.” Isso foi possível pois Bordieu utilizou-se de diversos métodos de pesquisa para realizar um estudo detalhado das condições daquele país. Woortmann (2003) coloca que a crítica que Bordieu desenvolve aos modelos antropológicos baseados na genealogia se dá porque o antropólogo aceita o discurso público. Bordieu coloca que o parentesco oficial se confronta ao prático, tendo em vista que o parentesco abstrato produzido pela teoria só existe de forma prática, segundo o mesmo autor, para os usos rituais e formais, já os parentes práticos só existem para serem mobilizados, a partir do habitus e do interesses. Bordieu analisando as monografias e os métodos clássico verifica que o etnólogo tende a tomar como verdade sagrada o discurso público, e constrói relações logicas que se opõe as relações práticas. Bordieu coloca que é necessário descortinar o discurso público e reintroduzir os sujeitos das práticas como condição para compreender os significados das ações.