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MÍMESIS EM PLATÃO: A ARTE DA IMITAÇÃO

JOÃO CARLOS LIMA DAS CHAGAS1

RESUMO

Este artigo apresentará uma análise introdutória da mímesis em Platão e os elementos


que compõem o uso dessa palavra nos Diálogos Platônicos. Por meio desse trabalho procurar-
se-á ressaltar o que é a arte da imitação, verificando como a mímesis pôde se apresentar em
Platão, e o que esta palavra representava nos discursos. Também buscou ver o que é o belo
como ser, não o que é uma coisa bela, ver como o belo pode ser reconhecido e como ele se
apresenta a nós. Neste trabalho será tratada brevemente a arte da imitação nos diálogos
Platônicos de o Banquete e a Republica, este tema é vasto e complexo, como também é vasto
cada um dos tipos de arte da imitação, tais como pintura, escultura, música, teatro, arquitetura
e poesia, e cada um deles merecem mais que um artigo para serem superficialmente
analisados.
Palavras chave: Artes; Amor; Belo; Imitação; Mímesis e Platão.

ABSTRACT

This article will present an introductory analysis of mimesis in Plato and the elements that
make up the use of this word in the Platonic Dialogues. Through this work will be sought to
emphasize what is the art of imitation, checking how mimesis could be presented in Plato, and
what this word represented in the speeches. Also sought to see what is beautiful as is, not
what a beautiful thing, see how beautiful can be recognized and how it presents itself to us.
This work will soon be treated the art of imitation in the Platonic dialogues of the Banquet
and the Republic, this topic is vast and complex, but also wide each type of imitating art, such
as painting, sculpture, music, theater, architecture and poetry, and each worth more than an
article surface to be analyzed.

Keywords: Arts; love; beautiful; imitation; Mimesis and Plato.

1
Bacharelando em filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), graduando em ciências social
pela Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS).
INTRODUÇÃO

Em geral em toda criação artística o


que não se tem ou o que não se sabe,
também a outro não se poderia dar ou
ensinar (PLATÃO, 2011, p. 15).

Para Platão o mundo visível era apenas uma representação do mundo real, do mundo
da alma, neste contexto o trabalho dos artistas de representar o mundo visível seria uma forma
de imitar o mundo das aparências, o mundo da realidade em que vivemos mundo este que é
mera imagem, praticamente vulto, do plano das ideias eternas.
O conceito de mímesis como arte de imitar a realidade visível tem a capacidade de
gerar, de criar, de imitar a força natural da realidade da materialidade e da substancialidade,
enfim de recriar a realidade, absorvendo sua essência revigorando-a, criando seu próprio
universo. Mas este universo gerado pela mímesis não deixa de ser apenas um vulto do plano
das ideias eternas, desta forma a arte mimética se configura como uma espécie de espectro da
realidade, uma sombra, um simulacro, que não nos mostra a verdade do mundo real.
Para Platão, a realidade é formada de essências universais e não há como a arte
mimética copiar ou imitar a realidade em todos os seus aspectos. Ela pode até representar a
natureza sem, necessariamente, confundir-se com ela, pois na arte mimética faltam algumas
dessas essências universais para reproduzir fielmente a realidade. Com a beleza ocorre algo
parecido, pois esta não tem como representar completamente o belo, a ela falta algo. O belo
está em tudo que possui beleza, mas o belo não é a beleza, nem a beleza é o belo. A beleza é
apenas uma representação do belo, é apenas um simulacro, da mesma forma ocorre com o
mundo sensível onde, vivendo nele, não temos como contemplar o mundo real ou inteligível.
Também com a beleza ocorre o mesmo, nós conseguimos perceber com nossos sentidos o que
é belo, podemos sentir a beleza, mas não conseguimos ver nem perceber o belo em si, nós
apenas percebemos alguns aspectos deste belo representado pela beleza.
1 – PLATÃO E A ARTE DA IMITAÇÃO

1.1 Platão2

Platão foi um importante filósofo grego que nasceu em Atenas, provavelmente em 427
a.C. e morreu em 347 a.C., ele é considerado um dos principais pensadores gregos, pois
influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas ideias baseiam-se na diferenciação do
mundo entre as coisas sensíveis, que para ele é o mundo das ideias e da inteligência, e o
mundo das coisas visíveis que é o mundo dos seres vivos e da matéria em geral. Ele era filho
de uma família de aristocratas começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato
com Sócrates, outro importante pensador grego que morou na cidade de Atenas. Platão torna-
se seguidor e amigo de Sócrates e em 387 a.C, funda a “Academia”, uma escola de filosofia
com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos de Sócrates.
Depois de fundar a Academia Platão foi convidado pelo rei Dionísio para ir a Siracusa
e passa um bom tempo lá, ensinando filosofia na corte daquele rei. Ao voltar para Atenas,
Platão, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na
pesquisa em diversas áreas do conhecimento e das ciências, inclusive matemática, retórica e
filosofia. Na área da filosofia escreveu os diálogos platônicos onde Sócrates é o protagonista
ou um dos atores principais dos cerca de vinte e oito diálogos platônicos cuja autenticidade é
mais bem atestada. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em
que valoriza os pensamentos do mestre; o Banquete onde fala sobre o amor de uma forma
dialética; a República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a
cidadania e as questões sobre a imortalidade da alma.
Platão escreveu diálogos, e não tratados de filosofia, diálogos nos quais quase nunca é
um dos personagens, porque seu objetivo não era dizer aos leitores o que pensava, mas o de
ensinar ao leitor a pensar e buscar sua própria resposta. Platão sabia que não se tem jamais
respostas definitivas cientificamente demonstráveis, ele também sabia que cada um deve
construir sua vida e vivê-la da maneira mais razoável possível e cumprir o adágio gravado
sobre a faixada do templo de Delfos, que se tornou a divisa de Sócrates, “conhece-te a ti
mesmo”, o que Sócrates seguiu por toda sua vida.
1.2 A Arte da Imitação

São tradicionalmente conhecidas como "artes da imitação" a pintura e a escultura, nas


quais se procurava reproduzir os objetos na sua natureza própria, num meio artificial e de
forma incompleta. Nas Belas Artes começa-se sempre por imitar as coisas, após passa-se a
criação em uma forma particular de representar a natureza, forma esta que é particular a cada
artista e representa sua forma própria de ver e assimilar a natureza e essa é uma forma de
renovar nos espíritos dos espectadores às impressões, as recordações, as emoções e as
sensações que formam ou devem ser reproduzidas pela coisa representada. Os grandes artistas
tiveram sempre que imitar os seus antecessores, antes de conseguirem ter autonomia criativa
para traçar a sua própria forma de ver a natureza.
A imitação em Platão é chamada de mímesis e não possui a mesma grandeza e
esplendor que as coisas reais. Como podemos ver no diálogo “sofista” existem duas espécies
de coisas, a própria coisa, oriunda da arte criadora de Deus que cria o original e seu
simulacro, e a coisa criada pela arte mimética que é uma imitação e foi criada pelo homem, ou
seja, mera cópia ou simulacro e é apenas uma sombra do real e esta é a arte do poeta, do
pintor, do escultor, do musico, ou do ator. O ator, ao contrário dos outros citados, não usa
instrumentos, mas cria a imagem da “coisa” com sua própria pessoa, ao representar a coisa 3 ,
nas Palavras de Platão no diálogo sofista3 ,

Estrangeiro — Nós e os outros animais e todos os elementos originários das coisas, o fogo,
a água e substâncias congêneres, como sabemos, foram produzidas pelo Deus e são obra
sua, cada coisa em particular e no conjunto. Teeteto — Isso mesmo. Estrangeiro — Para
todas essas coisas há simulacros que não são elas mesmas e que as acompanham, também
originárias de uma arte divina. Teeteto — Que simulacros? Estrangeiro — Os dos sonhos e
os que denominamos de dia aparições naturais, como as sombras que se formam quando as
trevas tomam conta do fogo ou o reflexo em objetos lisos e brilhantes de duas luzes que se
encontram, uma própria para os olhos e outra estranha e que produzem em nossos sentidos
uma imagem de efeito inverso da visão ordinária. Teeteto — São, de fato, as duas obras da
produção divina, as próprias coisas e o simulacro que as acompanha. Estrangeiro — E
nossa arte? Não podemos dizer que com a arte do arquiteto construímos a própria casa, e

2
Extrato sobre Platão, texto completo na 3ª referência bibliográfica e na 5ª e 6ª referencia eletrônica.
3
Para buscar o significado de mínesis foram utilizados os diálogos platônicos o Sofista, o Banquete, Fedro,
Timeu e República.
por meio do desenho uma outra que é como um sonho de criação humana para as pessoas
acordadas? Teeteto — Perfeitamente. Estrangeiro — O mesmo acontece com as demais
obras de nossa atividade produtora, que andam sempre aos pares, a própria coisa, digamos,
oriunda da arte criadora, e sua imagem que só gera simulacros (PLATÃO, 2013, p. 68).

No diálogo A Republica (597e), Platão afirma que Deus cria a coisa real, como é o
caso da criação de uma cama, o artífice marceneiro produz a cama física, que para o pintor é a
cama original, e o pintor ao pintar a cama não cria nada real apenas faz uma imitação da
realidade e esta imitação está três pontos afastados do real.
No diálogo Timeu (30a – 31c), Platão afirma que não existe um mundo mais real que
este mundo, pois o demiurgo não criou um mundo mais belo sem intelecto do que o mundo
com intelecto. Para Platão o intelecto está na alma e não pode existir intelecto sem alma, e
como a alma está no corpo, então este mundo que tem corpo e alma faz parte de um todo e
não existe nada mais belo e perfeito que este todo. A consequência disso é que não existe um
“mundo das ideias” separado desse todo que seja mais belo que a totalidade do mundo. Já no
diálogo A Republica, Platão afirma a existência de um mundo inteligível.
A palavra mímesis (também encontrada e escrita como mimese, mímica, imitação)
remonta a tempos bem antigos e é de importância central para Platão e Sócrates, então a busca
do que é a imitação e do que é o belo pode ser encontrada em diversos Diálogos Platônicos
como em Parmênides, Protágoras, Crítias, Fedão, Leis, Hípias, Timeu, Fedro, Sofista,
Banquete e na República, e fica mais evidente no Banquete e na República.
O belo na representação grega é aquilo que eles acreditavam que seria o mundo real, e
este mundo daqui é apenas uma imitação daquele mundo real, e uma pessoa que é bela aqui
traz lembrança da beleza dos deuses, mas não é tão bela como os deuses. Platão em vários
diálogos busca saber o que é o “belo em si”, o que está além do que aparece nas coisas, porém
não fica tão claro nos diálogos de Platão o que vem a ser realmente o belo e o tema fica em
aberto e continua aberto até os dias atuais.
Na maioria dos diálogos platônicos fica clara a ideia que mímesis é sempre inferior ao
seu modelo real, o que é uma coisa aceitável, pois a cópia ou imitação nunca poderia ter o
mesmo prestígio que seu original. O homem talvez não consiga, em primeiro momento,
distinguir o que é real de suas sombras ou imitação, Platão mostra isso na alegoria da caverna
no diálogo República livro VII, é dito assim:
Sócrates — Recordas-te do homem da caverna: a sua libertação das correntes, a sua
conversão das sombras para as figuras artificiais e a luz que as projeta, a sua ascensão para
o Sol e daí a incapacidade em que se vê ainda de olhar para os animais, as plantas e a luz do
Sol, que o força a mirar nas águas as suas imagens divinas e as sombras de coisas reais, e
não mais as sombras projetadas por uma luz que, comparada com o Sol, não é senão uma
imagem também. (PLATÃO, 1997, p. 291).

As artes em Platão tem seu embasamento na mímesis e é chamada de “arte mimética”


e Platão negava a sua originalidade, pois a arte não passa de uma imitação terceirizada da
realidade, e a realidade é uma imitação da verdadeira natureza que está no mundo das ideias,
ou seja, na alma. A arte é a imitação da natureza então ela passa a ser a imitação da imitação,
uma cópia da verdadeira natureza, como só pode ser considerada arte o que for imitação da
natureza, então o trabalho de imitação que tenha um cunho surreal e não represente a natureza
não pode ser considerada arte em Platão.
Platão não consegue determinar qual a essência da arte nem qual é a função real da
arte, também não consegue vinculá-la ao Belo, ao Bem, a Eros, mas vincula-a à metafísica ao
tratar da arte mimética como sendo a arte da imitação do real. Para Platão a arte não revela o
verdadeiro, apenas o representa como sombras, mas conhecer sombras não melhora o homem,
e além do mais pode até enganar e confundir as crianças desavisadas. Sombras podem ser
mentirosas, elas só representam a parte inferior do todo, ou seja, o mundo natural ou mundo
visível, e não conseguem representar corretamente a parte superior do todo, o mundo das
ideias, nem representar a natureza de Zeus onde há uma alma real e uma inteligência real
formada pelo poder da causa e sabedoria e por outros atributos da divindade, e do local que
possui alma, pois não pode haver sabedoria nem inteligência sem alma (PLATÃO, 2011, p.
18).

1.3 O Belo e a Beleza.

O belo em Platão é a verossimilhança da verdade, o que é belo no mundo exterior


possui uma semelhança com o real, com a perfeição. Para algo ser belo ele tem que ser bom e
verdadeiro, tendo em vista a essência do belo ter identificação com o bom e com o verdadeiro.
A perfeição só existe no mundo das ideias longe da matéria, esta perfeição é contrária à
natureza da imitação, já que esta imitação não e o original, mas uma reprodução que tenta
representar a beleza das coisas do mundo das ideias.
Saber o que é a beleza, o que é o belo em si, foi uma constante busca por Platão em
seus diálogos, para os filósofos gregos antigos a beleza não era só um valor estético, ela ia
além, a beleza possuía um valor moral e até religioso, o que levou Sócrates a buscar uma
formulação universal do que é o belo, do que é o belo em si mesmo. A busca pelo conceito de
belo foi seguida por Sócrates, isto se pode ver nos diálogos platônicos, particularmente nos
diálogos Hípias Maior e o Banquete, se ele conseguiu encontrar esta formulação universal
não deixou explicito em nenhum dos diálogos Platônicos que temos acesso, e até hoje
continua em aberto a questão do que é o belo em si.
No diálogo Hípias Maior, Sócrates dialoga com o sofista Hípias e juntos tentam
chegar a formulação universal do que é o belo, do que é a beleza, não o que é uma coisa bela,
mas o belo em si, o belo propriamente dito. Eles chagam a conclusão de que uma coisa
particular não pode ser o belo, que o belo é algo que está além da beleza e da utilidade que
uma coisa particular apresenta que nós só podemos conhecer as manifestações do belo através
dos sentidos. Podemos reconhecer o belo em uma musica, nas artes plásticas, na poesia, na
arquitetura, numa bela mulher, num belo discurso, num belo poema e também podemos
reconhecer a beleza do proverbio que diz “O belo é difícil”, nas palavras de Sócrates:

"Em verdade vos digo que, como você está indo para fazer um discurso, se é bem feito ou
não, ou qualquer outra coisa, se você ignorar o belo? E quando você encontre -se nessa
ignorância, você acha que a vida vale mais que a morte? Isso acontece, como eu digo, bem
vindo enquanto as seus insultos e acusações a ele. Mas talvez necessário suportar tudo isso:
não há nada de estranho em que isso pode ser lucrativo. Certamente, Hípias, parece ter sido
benéfico minha conversa com qualquer um de vocês, Eu acho que eu entendo o significado
do provérbio que diz: “O belo é difícil” (PLATÃO, 1974, p. 21).

O Belo é um resplandecer, um esplendor, uma cintilação com que o suprassensível


Bem se revela na dimensão do sensível, atraindo-nos, o belo está em um extremo, o feio no
outro, entre os dois está o amor. O belo está na luminosidade da aparência, no que faz atrair
imediatamente para si o desejo da alma humana, está na simetria, na aparência que nela se
baseia, a beleza tem o modo de ser da luz, mas ainda não sabemos o que é o belo em si4 .

4
Para buscar o significado do belo foi consultado os “diálogos platônicos” o Hipias Maior, Banquete, Timeu e
Filebo.
2 – MIMESIS EM PLATÃO

2.1 A Mímesis no diálogo o Banquete

No diálogo Platônico o banquete, Platão dialoga a respeito de um banquete em


comemoração a vitória em um concurso onde a tragédia que Agatão representou recebeu o
primeiro premio. Para comemorar sua vitória Agatão ofereceu um banquete em sua casa e
convidou seus amigos para participar.
Durante e depois do banquete os convidados passaram a falar do amor e do belo e cada
um deles expôs a sua visão do que é o amor e do que é o belo. Falaram do que os amantes
fazem por seus amados, como um age em relação ao outro no cotidiano e nos períodos de
guerra, também falaram como surgiu o amor e a beleza e de como é belo o amor entre os
amantes que se amam abertamente e não às escondidas.
A as artes como a medicina, a culinária, a música e todas as artes humanas que
quando bem conduzidas chegam à harmonia e se tornam como cópias do amor divino. Essas
artes foram criadas ou inventadas por deuses, cada uma foi criada por um deus ou uma deusa,
como a arte do arqueiro, da medicina e da adivinhação, criadas por Apolo, a metalurgia por
Hefesto, a tecelagem por Atena, e a política “a arte de governar os deuses e os homens”
criados por Zeus (PLATÃO, 2001, p. 15).
Sócrates em seu discurso sobre o amor, no Banquete, afirma que não existe só o que é
belo em um extremo e o que é feio no outro, mas que existem muitas coisas, muitos níveis
intermediários entre o belo e o feio. Também entre a sabedoria e a ignorância ocorre o
mesmo, pois entre esses dois extremos se posicionam os que possuem menos ignorância e os
que ainda não possuem a sabedoria completa. O gênio Amor está posicionado entre a beleza e
a feiura por ser filho do deus Recurso com a deusa Pobreza (PLATÃO, 2001, p. 20).
Todos os artesãos são poetas, pois a causa de todas as coisas passarem do não ser ao
ser é poesia, mas nem todos os artesãos são conhecidos por poetas, mas somente os que usam
a arte da música e dos versos são conhecidos como poeta (PLATÃO, 2001, p. 23).
Tudo o que é divino não pode ser feio, pois o feio é impossível ao divino e quando o
feio esta presente o som, a música e o brio aflitos contraem-se, afastam-se, recolhem-se e não
geram mais, mas quando o belo se aproxima o que está em concepção, acalma-se, e de júbilo
transborda, dá à luz e gera.
A beleza que está em um corpo é irmã da beleza que está em outro corpo ou a beleza é
a mesma em todos os corpos? Isso não fica claro no diálogo o banquete, mas fica claro que a
beleza da alma é superior e mais preciosa que a beleza dos corpos, e quem têm mais beleza na
alma é um artista, orador e filósofo melhor que os que têm menos beleza na alma.
Platão fala que Diotima, uma velha amiga, ao tratar do belo disse:

Que pensamos então que aconteceria, disse ela, se a alguém ocorresse contemplar o próprio
belo, nítido, puro, simples, e não repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas
ninharias mortais, mas o próprio divino belo pudesse em sua forma única contemplar?
Porventura pensas, disse, que é vida vã a de um homem a olhar naquela direção e aquele
objeto, com aquilo com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou não
consideras, disse ela, que somente então, quando vir o belo com aquilo com que este pode
ser visto, ocorrer-lhe-á produzir não sombras de virtude, porque não é em sombra que
estará tocando, nas reais virtudes e no real que estará tocando? (PLATÃO, 2001, p. 27).

A beleza pode estar presente na alma de um homem, e não transparecer esse homem
ser belo devido seu corpo ser feio. Sócrates foi retratado como sendo feio no banquete, onde
um dos convidados disse em suas falas que Sócrates parecia a um Sileno5 por fora, mas ao por
se a filosofar transparecia a beleza de seu discurso. Os discursos de Sócrates conquistavam as
pessoas que o ouviam, não importando se eram ricas ou pobres, se eram importantes ou não
na polis, mas nenhuma dessas pessoas foi explorada por Sócrates por mais apaixonadas que
elas tivessem por ele. Nas ações de Sócrates transparece as qualidades e as virtudes dele,
virtudes que só podem ser resultado da alma bela que ele possuía.
As artes da mímese, como a música, a oratória e a retórica, são artes que se aprende, e
quando mais utiliza e treina para sua utilização melhor se fica nessa arte. Um orador treina
para se apresentar em público, um músico faz o mesmo com a música e quanto mais treina
melhor se apresenta ao público. Alguns aprendem mais fáceis a utilizar as artes da imitação e
outros demoram mais a ficar bons nessas artes. Muitos desistem antes de se tornarem bons nas
artes da imitação, outros desistem delas para buscarem outras ocupações, então essas artes
talvez precisem de uma pré-disposição presente na alma do artista para que ele as execute
com maestria.

5
Ser mitológico calvo e barrigudo que seguia ao deus Dionísio e perseguia as ninfas na floresta.
No diálogo o Banquete de Platão não foi esgotado o tema sobre mímese, foi feito
apenas uma análise superficial sobre estas artes, foi elogiado o amor, segundo eles só este
gênio pode fazer a arte da imitação se tornar belas representações do que existe além dos
corpos físicos. Foi utilizados alguns parâmetros de beleza, como a beleza dos deuses, nenhum
mortal é tão belo como um deus, nenhum deus é feio, e sempre procuramos ter o que nos
falta. Com os gênios ocorre o mesmo, o gênio amor, por estar sempre procurando o que é
belo, deve lhe faltar beleza, mas isso não foi o consenso naquele diálogo Platônico.

2.2 A Mímesis no Livro República de Platão

No diálogo Platônico A Republica, principalmente no livro VII com a alegoria da


caverna, Platão dá outro nível à discussão sobre a sabedoria e ignorância e isso também pode
ser aplicado às artes da imitação, inicialmente ele apresenta o cenário, onde homens estão
presos em uma caverna desde que nasceram e só conseguem ver as sombras das coisas e
acham que essas coisas são reais.
A alegoria da caverna representa bem o mundo onde nascemos, onde não temos acesso
ao real das coisas, a ideia viva do que é as coisas, o conceito das coisas, estes atributos que
tem as coisas não estão aqui e não podem ser contemplados por quem está neste mundo (na
caverna), mas podem ser contemplados por quem de alguma forma conseguir subir ao mundo
inteligível6 e ver o real e voltar com a ideia verdadeira do que são todas as coisas.
Quando uma pessoa consegue chegar ao mundo das ideias contemplará e
compreenderá melhor as coisas e tudo o que existe, pois de lá emana sua essência e ocorrerá
no inicio de quem lá chegar isto que se segue no diálogo:

Sócrates — Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior.
Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homem e
dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois
disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente,
durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e a sua luz.
Glauco — Sem dúvida. Sócrates — Por fim, suponho eu, será o Sol, e não as suas imagens
refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar,
que poderá ver e contemplar tal como é (PLATÃO, 1997, p. 268).

6
Para Platão o mundo está dividido em entre o mundo sensível (o mundo concreto no qual vivemos) e o mundo
das ideias, eidos em grego, uma região superior onde está a ideia perfeita das coisas.
e depois que esta pessoa voltar para o mundo sensível entenderá muito melhor o que são as
coisas por ter visto a essência delas e não essas meras sombras que existem aqui, que são
apenas vultos das coisas reais.
Quem conseguir contemplar o mundo inteligível entenderá a ideia do bem e concluirá
que ela é a causa de tudo o que de reto e belo que existe em todas as coisas do mundo
sensível. Tudo que existe aqui no mundo sensível é reflexo da luz soberana engendrada no
mundo inteligível. No mundo inteligível a luz é soberana e dispensa a verdade e a inteligência
para ser compreendida. Aqui no mundo sensível, onde temos apenas cópias, para entender e
também compreender o que é feito pelos artistas, por exemplo, necessitamos de inteligência,
pois precisamos analisar as sombras para entendê-las. (PLATÃO, 1997, p. 270-271).
No livro VII da Republica de Platão é tratado à ginástica como uma arte que cuida do
corpo, corpo que se transforma e morre, também trata da música serve para trazer certa
harmonia as pessoas e lhes comunicar alguns ensinamentos, mas os cuidados e os
ensinamentos passados por qualquer uma das artes são ensinamentos mecânicos e afastados
do conhecimento real.
A alma que temos aqui no mundo sensível, utilizando do raciocínio e da inteligência,
consegue entender o que é o mole, o duro, o que é leve, o que é pesado, a grandeza e a
pequenez. Entretanto para entender a arte dos números a alma precisa ir além, ela precisa ser
treinada nesta arte, que alias é mais que uma arte é uma ciência, é a ciência dos cálculos e dos
números e são superiores as outras artes, pois esta ciência dos números nos conduz a
verdadeira inteligência.
Em outros livros da república Platão também trata da arte da imitação, mas trata a
imitação como uma mentira, tudo que é imitação é mentira por não ser algo real, original e
verdadeiro, estes “originais” estão somente no mundo inteligível. As artes como a dos poetas,
a dos pintores e a dos escultores são artes que utilizam a imitação no que fazem e estas artes
deveriam ser proibidas na república, por não retratarem fielmente o real, assim:

A imitação está longe da verdade e, s e modela todos os objetos, é porque respeita apenas a
uma pequena parte de cada um, a qual, por seu lado, não passa de uma sombra. Diremos,
por exemplo, que o pintor nos representará um sapateiro, um carpinteiro ou qualquer outro
artesão, sem ter o mínimo conhecimento do seu ofício. Contudo, se for bom pintor, tendo
representado um carpinteiro e mostrando-o de longe, enganará as crianças e os homens
tolos, porque terá dado à sua pintura a aparência de um carpinteiro autêntico (PLATÃO,
1997, p. 385).

e com isso Platão afirma que as artes da imitação são artes executadas por charlatões e
imitadores.
Então para Platão existem três artes que correspondem a cada objeto: as do uso, da
fabricação e a da imitação, mas qual será o objetivo da beleza, da perfeição de um móvel, de
um animal, de uma ação, senão o uso, com vista ao qual cada coisa é feita, quer pela natureza,
quer pelo homem? Então Platão é pragmático neste sentido e não valoriza as artes da imitação
como a pintura e a escultura, por estas artes não representarem fielmente o objeto a que
representam e por estarem a três pontos da verdade, então não seria necessário ao homem da
república desenvolver estes tipos de arte, que não tem uma finalidade além da finalidade
estética e por servir para enganar as crianças e os homens tolos.

3 – MIMESIS DEPOIS DE PLATÃO

A mímesis depois de Platão na Grécia Antiga foi bem valorizada na escultura, no


teatro e na música, a escultura evoluiu e chegou a graus elevados de representação do corpo
humano, quase chegando a perfeição, a música e o teatro alcançou elevado grau de
desenvolvimento e se uniram para representar as comédias e tragédias cada vez melhor e
atrair cada vez mais o público.
Quando os romanos dominaram o mundo grego sua cultura, e suas artes foram
assimiladas e transmitidas a vários povos que já estavam sobre o domínio romano e as artes
da imitação sofreram mudanças ao longo do tempo, e através das culturas diversas que
acabaram misturando suas artes.
Com o advento do cristianismo a arte da imitação serviu para os cristãos e para a
igreja medieval para divulgar o cristianismo e para manter o povo sobre o domínio dos estado
eclesiástico, onde a musica religiosa desenvolveu e foi muito utilizada, chegando a níveis
elevado de perfeição com os cantos gregorianos e com a musica clássica.

O período de formação do canto gregoriano vai dos séculos I ao VI, atingindo o seu auge
nos séculos VII e VIII, quando foram feitas as mais lindas composições e, finalmente, nos
séculos IX, X e XI, princípio da Idade Média; começa, então, sua decadência
(GREGORIANOS, 2014, p. 1).

Na idade média a escultura continuou seu avanço, mas desta vez com temas
religiosos cristãos, a arquitetura chegou a elevados níveis de desenvolvimento e com ela o
estado eclesiástico construiu templos gloriosos que representava o poder e a gloria do deus
cristão e também auxiliava a manutenção da submissão do povo ao poder da igreja.
A pintura durante a grande parte da idade média não teve avanços expressivos,
mas no final da idade média começou gradativamente a evoluir, ainda com temas religiosos,
mas aos poucos os pintores começaram a desenvolver a perspectiva e a profundidade em suas
pinturas.
Com o renascimento as artes da imitação tiveram avanços expressivos, onde a
pintura chegou a níveis avançados de desenvolvimento e alcanço ao público em geral, a
pintura deixou de retratar apenas temas religiosos, e passou a retratar paisagens, cenários e
pessoas. Na idade moderna a arte da imitação avançou muito e chegou quase a perfeição, este
período foi repleto de pintores e de artistas que viviam da arte e muitos deles foram
reconhecidos ainda em vida; a musica chegou a níveis elevados de desenvolvimento como
nunca vistos antes.
Com a fotografia a pintura chegou a níveis muito elevados, pois agora a pintura
não era mais tão requisitada para retratar um cliente e os quadros passaram a ter também a
função decorar ambientes e a própria fotografia foi utilizada como a arte da imitação.

A fotografia trouxe meios de produção e reprodução mais próximos da realidad e, o que


caracteriza a mimeses, ou seja, a imitação da realidade. Nesse sentido, a arte que até então
buscou a imitação na representação de imagens, pessoas e da natureza, precisou se
reinventar, criar novas formas de representar o mundo (PORTO, 2012, p. 5).

A escultura e a pintura puderam avançar bastante com seus novos materiais e com
a facilidade de aquisição de novos materiais, pois o artista não precisava mais elaborar os
materiais e as tintas para fazer suas esculturas e suas pinturas, o que precisava era ir até o
comércio e comprar o que precisava para sua arte, e com isso tornar mais rápida e eficiente a
confecção de uma obra.
A arte da imitação, principalmente a pintura e a escultura está bem consolidada,
existem cursos gerais e específicos para a formação de artistas, cursos estes que repassam as
técnicas de elaboração das obras de arte, técnicas que foram se aprimorando ao longo do
tempo desde as épocas imemoriais, mas mesmo assim a formação do artista requer certo dom,
esse dom é alguma coisa que vem com o artista e que com técnicas vai se aprimorando.
Muitos artistas, principalmente os da arte da pintura, mesmo sem formação
acadêmica, conseguem em pouco tempo fazer um pintura, vender e satisfazer o cliente que
não tem muito tempo para esperar pela pintura, esses artistas trabalham ao ar livre em praças e
praias principalmente.
Outros artistas da pintura, como Kurt Wenner, chegaram a níveis tão elevados de
desenvolvimento de sua arte que conseguem enganar aos olhos do observador, estes artistas
fazem pinturas em 3D em ruas e seus trabalhos podem ser vistos pelo público que muitas
vezes tem dificuldade de reconhecer se é uma copia do real ou se é uma cópia da cópia.

Kurt Wenner, um Artista Norte Americano conhecido por ter inventado a arte da pintura
3D na rua e a pintura 3D interativa. Wenner teve inspiração na perspectiva anamórfica, mas
teve que inventar uma geometria completamente nova, a fim de criar sua surpreendente arte
3D (FALAFIL, 2013, p. 1).

A fotografia também se tornou uma arte da imitação, e as empresas de máquinas


fotográficas investem muito na busca da perfeição em suas maquina, estas que hoje produzem
imagens em 3D que ainda precisam de óculos para ser vistas. Ainda é necessário um
profissional na arte da imitação, um artista na arte da cópia, que busque as melhores cenas e
ângulos para que sua foto chegue a perfeição, com técnicas mais recentes esses artistas já
conseguem imagens em 3D que não necessitam de óculos especiais para serem vistas.

O primeiro tipo de fotografia 3D para s er visto sem óculos especiais é, na verdade, uma
montagem com as duas imagens que são utilizadas para a criação das imagens anáglifas
(aquelas que são vistas com os óculos coloridos). Em vez de fazer a montagem a partir da
sobreposição de imagens, cria-se um GIF com uma animação mostrando uma foto de cada
vez rapidamente (TECMUNDO, 2011, p. 1).

Estas imagens fotográficas em 3D são as cópias mais parecidas com a realidade de que
dispomos até o momento.
CONCLUSÃO

Este artigo teve como objetivo apresentar um breve histórico de Platão, discorrer
brevemente sobre a Arte da Imitação em Platão e explanar um pouco do que era o belo na
filosofia platônica.
Platão foi um dos primeiros filósofos gregos, foi amigo e seguidor de Sócrates, outro
importante filósofo grego, Platão fundou a Academia, que foi uma escola de filosofia que teve
como propósito principal resgatar e preservar as ideias de Sócrates, nesta academia foi
escritos cerca de vinte e oito diálogos, os Diálogos Platônicos que falavam de artes, retorica,
politica, e assuntos filosóficos em geral.
A arte da imitação ou mímesis no enfoque utilizado neste trabalho é a arte de
representar a natureza visível em uma cópia em proporções menores que o original e adaptada
de maneira a mostrar da melhor forma possível a natureza visível que ela representa, esta arte
mimética teve vários expoentes como a escultura, a pintura, a poética, e o teatro, mas esta arte
não consegue, devido a sua natureza, representar o mundo real de Platão que é o mundo das
ideias ou mundo inteligível.
O Belo em Platão não é a própria beleza, pois esta é apenas uma característica do
que é o Belo, ele também não é o amor retratado no dialogo “o banquete”, pois este amor,
segundo o que diz o diálogo é o que esta entre o Belo e o Feio, muito menos um objeto belo,
pois este apenas possui uma representação do belo, o Belo procurado por Platão e por
Sócrates é o “belo em si”, o belo como ser, eles não encontraram este belo e a busca esta em
aberto até os dias atuais.
A arte da imitação evoluiu bastante desde a época de Platão, passou por várias fazes,
avançou às vezes mais rápido, às vezes mais lento, dependendo da época e do período, mas
nunca caiu no esquecimento, e como em qualquer atividade humana ela sempre conquistou
adeptos e continua a conquistar seu publico e terá sempre novos, adeptos, artistas e amantes
da arte e da arte da imitação.
REFERÊNCIAS

PLATÃO. A República – Platão. Tradução Enrico Corvisieri, São Paulo, SP: Nova Cultural,
1997, 352p.

Estrutura e apresentação de monografias, dissertações e teses: MDT / Universidade Federal


de Santa Maria. Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa. – 6. ed. rev. e ampl. – Santa
Maria: Ed. da UFSM, 2006. 67 p.

LOURENÇO, José. Sócrates. Santa Maria, UFSM: e-book, 2012. 20 p.

PLATÃO. Timeu - Crítias. Tradução Rodolfo Lopes, Coimbra: CECH, 2011, 264p.

PLATÃO. Parmênides. Tradução Carlos Alberto Nunes. Versão eletrônica disponível em:
<http://br.egroups.com/group/acropolis/>. Acesso em 06 Set. 2013.

PLATÃO. Diálogos de Platão. Tradução Carlos Alberto Nunes. Belém: GRAFISA, v. 1 e 2,


1980.

PLATÃO. O Banquete. Disponível em: <http://www.file:///C|/site/livros_gratis/o_banquete


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PLATÃO. O Sofista. Tradução Carlos Alberto Nunes. Versão eletrônica disponível em:
<http://www.odialetico.pg.ig.com.br/>. Acesso em 06 Set. 2013.

PEREIRA, Lucésia. História da arte : livro didático / Lucésia Pereira ; design instrucional
Gabriele Greggersen. – 1. ed. rev. – Palhoça: UnisulVirtual, 2011. 166 p.

PORTO, Bruno Carrijo, e al. A Arte Após o Advento da Fotografia. Artigo, Uni-FACEF,
2012, Disponível em: <http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rec/article/download/46.
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SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo, SP: Martins Fontes,
2004. 425 p.

MACHADO, Cristiane Salvan et al. Trabalhos acadêmicos na Unisul: apresentação gráfica.


2. ed. rev. e atual. Palhoça: Ed. Unisul, 2013.

Referência eletrônica:

E-Dicionário de Termos Literários, “Mímesis ou Mimese”. Disponível em:


<http://www.edtl.com.pt/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=1551&Itemi
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Estética da Comunicação. “Arte, Estética, Mimesis e Poíesis”. Disponível em:
<http://esteticadamidia.blogspot.com.br/2011/10/arte-estetica-mimesis-e-poiesis-latao.html>.
Acesso em: 03 mai. 2015.

Fala Fil Entrevista. O Inventor da Arte da Pintura 3D. Disponível em:


<http://falafil.com.br/fala-fil-entrevista/o-inventor-da-arte-da-pintura-3d/>. Acesso em. 23
mai. 2015.

Gregorianos.org. A História do Canto Gregoriano. Disponível em:


<http://gregoriano.org.br/gregoriano/historiacantogregoriano.htm>. Acesso em. 23 mai. 2015.

Google Imagens. Pintura em 3D na rua. Disponível


em:<https://www.google.com.br/search?q=pintura+em+3d+na+rua&biw=1301&bih=678&tb
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Platão e sua tradição. Mimesis. Disponível em: <http://platon.hyperlogos.info/node/967>.


Acesso em: 03 mai. 2015.

Sua Pesquisa. “Platão”. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/platao/>. Acesso em:


03 mai. 2015.

TecMundo. Fotografias 3D que podem ser vistas sem o uso de óculos especiais . Disponível
em: <http://www.tecmundo.com.br/fotografia-e-design/12996-fotografias-3d-que-podem-ser-
vistas-sem-o-uso-de-oculos-especiais.htm/>. Acesso em: 24 mai. 2015.
ANEXOS

Fig. 1 Pintura em 3D Fig. 2 Pintura em 3D

Fig. 3 Foto em 3D Fig. 4 Foto em 3D

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