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DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
1. INTRODUÇÃO
Poli (2013) explica que nos últimos anos houve um intenso crescimento urbano
decorrente da migração de pessoas das áreas rurais para as cidades em busca de
melhores condições de vida. Isso tudo vem resultando no inchaço dos centros urbanos.
Junto com esse crescimento, alguns problemas surgiram devido à forma como
ocorreram o uso e a ocupação do solo. Um desses problemas consiste no aumento
significativo da impermeabilização dos solos, o que provocou uma demora na
infiltração das águas nos terrenos. Outro problema consistiu na manutenção de grandes
volumes de terras por meio de terraplanagens, provocando assoreamentos e diminuição
da capacidade de vazão dos sistemas de drenagem urbana. E, como um terceiro fator,
passaram a ser feitas, cada vez mais, canalizações de cursos d’água, causando acúmulos
e alterações nas vazões naturais das águas. Da mesma forma, Santos (2007) mostra que
toda essa ocupação tem trazido fatores negativos ao ambiente e os enumera como sendo
o desmatamento, a poluição da água e do ar, a apropriação de áreas ambientalmente
frágeis – beira dos córregos, encostas instáveis, terraços fluviais, áreas de proteção dos
mananciais, entre outros.
Tudo isso traz como consequência para essas áreas a formação de enchentes.
Enchente é uma palavra que aparece a partir do século XVI no Brasil, advinda da
palavra “encher” e classificada no glossário de Defesa Civil – Estudos de Risco e
Medicina de Desastres (1988) como a elevação do nível de água de um rio, acima da
sua vazão comum (XIMENES, 2010). O autor explica que o termo se distingue de
inundação, uma vez que esta última é definida como o transbordamento de água da
calha normal de rios, mares, lagos e açudes ou acumulação de água por drenagem
deficiente, em áreas não normalmente submersas (Figura 1).
Figura 1 – Distinção do nível da água em situação normal, enchente e inundação. Fonte: Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)
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Gráfico 1 – Médias pluviométricas do Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de 1991 e 2010.
Fonte: Jungles (2011).
Gráfico 2 – Frequência mensal de inundação brusca no Estado do Rio Grande do Norte entre os anos de
1991 e 2010. Fonte: Jungles (2011)
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Mapa 1 – Distribuição espacial dos municípios do Rio Grande do Norte afetados por inundações bruscas.
Fonte: Jungles (2011).
A maior parte das ocorrências registradas são percebidas nos anos de 2000 a
2010, sendo o ano de 2008 aquele que apresentou um maior total acumulado de chuvas,
sendo 875,2 mm distribuídos em 73 dias.
Os meses com maiores ocorrências de inundações bruscas foram março (12
registros) e abril (31 registros), em razão dos altos índices pluviométricos e pela
quantidade de chuva em poucos dias (março 270 mm em 17 dias, abril 234 mm em 15
dias) o que pode ser visto no Gráfico 3.
Gráfico 3 – Médias pluviométricas no Rio Grande do Norte no ano de 2008. Fonte: Jungles (2011).
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Gráfico 4 – Danos humanos causados por inundação bruscas nos anos de 1991 a 2010 no Rio Grande do
Norte. Fonte: Jungles (2011).
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Mapa 2 – Distribuição espacial dos municípios do Rio Grande do Norte afetados por inundações
graduais. Fonte: Jungles (2011).
3.1 AVALIAÇÃO
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Mapa 3 – Ocupação da área de planície de inundação do baixo curso do rio Piancó-Piranhas-Açu. Fonte: Oliveira
(2016).
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Por fim, para firmar as informações sobre as inundações que ocorrem no baixo
Açu é importante verificar os picos de transbordamento da Barragem Engenheiro
Armando Ribeiro Gonçalves que correspondem exatamente aos anos de grandes cheias
na região. Segundo Oliveira (2016), essa barragem foi inaugurada em 1983 com o
objetivo de diminuir os impactos gerados pelas cheias e tem grande influência, uma vez
que grandes pulsos de inundação, como os de 1985, 2008 e 2009, são datados após a sua
construção.
3.2 PREVISÃO
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Figura 2 – Carta-imagens das áreas atingidas pelas águas da enchente ocorrida em 2008 no rio Piancó-Piranhas-Açu. Fonte: Oliveira (2016).
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3.3 PREVENÇÃO
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4. CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS
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