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1.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1.1. Determinação da dureza da água


A determinação da dureza da água de torneira foi calculada através da
concentração dos íons cálcio e magnésio presentes na amostra, uma vez que
essa geralmente excede muito a de qualquer outro íon metálico (SKOOG et al.,
2007). Para isso, mediu-se 50,00 mL de água de torneira e adicionou-se 3,00
mL do tampão 𝑁𝐻3 /𝑁𝐻4 𝐶𝑙 com a finalidade de controlar o pH da solução e
manter constante a concentração dos íons 𝑂𝐻 − durante a titulação,
proporcionando assim condições ideais para a estabilidade dos complexos
formados, uma vez que o titulante utilizado libera íons 𝐻 + .
Posteriormente, adicionou-se 2 gotas do indicador negro de eriocromo T.
Esse foi escolhido por sua capacidade de formar quelatos vermelho com íons
metálicos em pH igual ou maior que 7 e por apresentar coloração azul com
excesso de EDTA (SKOOG et al., 2007).
Em seguida, realizou-se uma titulação complexométrica, usando uma
solução de EDTA 0,0006 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 como titulante, para quantificar os íons
metálicos presentes na amostra. A titulação foi realizada 3 vezes na amostra e
uma vez no branco, no qual foi utilizado água destilada ao invés de água de
torneira, visando descartar interferências. Os volumes do titulante utilizados
para a titulação das alíquotas de 50,00 mL de água de torneira e 50,00 mL do
branco se encontram na Tabela 1.

Tabela 1: Volumes EDTA gastos para titular 50,00 mL de água de torneira e


água destilada (branco)
Replicata Volume de solução de EDTA (mL)
1 31,10
2 31,00
3 31,10
Branco 0,65
Uma vez que as reações de complexação do EDTA (Y4-) com metais
(Mn+) têm proporção de 1 mol de EDTA para 1 mol de íons, como mostrado na
Reação 1.

𝑀𝑛+ + 𝑌 4−  𝑀𝑌 𝑛−4 (1)

Como no ponto de equivalência a quantidade de matéria em mols do titulante é


igual à quantidade de matéria em mols do reagente, foi possível calcular
concentração de íons metálicos presentes nas amostras de água de torneira, a
partir da Equação 1.

𝜂í𝑜𝑛𝑠 = 𝜂𝐸𝐷𝑇𝐴
𝐶í𝑜𝑛𝑠 ∙ 𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 = 𝐶𝐸𝐷𝑇𝐴 ∙ (𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 − 𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝐵𝑅𝐴𝑁𝐶𝑂) )
𝐶𝐸𝐷𝑇𝐴 ∙(𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 −𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝐵𝑅𝐴𝑁𝐶𝑂) )
𝐶í𝑜𝑛𝑠 = (1)
𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

Para a replicata 1, tem-se

0,0006 ∙ (31,10 − 0,65)


𝐶í𝑜𝑛𝑠 =
50,00
𝐶í𝑜𝑛𝑠 = 3,654 × 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1

Como a dureza da água é expressa em 𝑚𝑔 𝐿−1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 de acordo com


a legislação, as concentrações, em 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 , foram convertidas para 𝑚𝑔 𝐿−1 , de
acordo com a Equação 2, sabendo que a massa molar do carbonato de cálcio
(𝐶𝑎𝐶𝑂3 ) é 100,0 g/mol.

𝑚𝑔
𝐶(𝑚𝑔 𝐿−1 ) = 𝐶(𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ) ∙ 𝑀𝑀𝐶𝑎𝐶𝑂3 ∙ 1000 (2)
𝑔

Logo, para a replicata 1, tem-se que:

𝑔 𝑚𝑔
𝐶(𝑚𝑔 𝐿−1 ) = 3,654𝑥10−4 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 ∙ 100 ∙ 1000
𝑚𝑜𝑙 𝑔
𝐶(𝑚𝑔 𝐿−1 ) = 36,54 𝑚𝑔 𝐿−1
A Tabela 2 exibe os valores obtidos para cada uma das replicatas de
concentração dos íons metálicos presentes na água de torneira, responsáveis
pela caracterização da dureza da água.

Tabela 2: Dureza da água de torneira, dada pela concentração de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 em


𝑚𝑔 𝐿−1 nas amostras
Replicata Dureza da água de torneira (mg L-1 de 𝑪𝒂𝑪𝑶𝟑 )
1 36,54
2 36,42
3 36,54

A partir dos dados encontrados acima, foi calculado a média (𝑥̅ ) e a


incerteza da concentração (𝜇), dada pela Equação 3.

̅ 2
√Σ(𝑥−𝑥𝑖 )
𝑛−1
𝜇= (3)
√𝑛

Obteve-se 𝑥̅ = 36,50 𝑚𝑔 𝐿−1 𝑑𝑒 𝐶𝑎𝐶𝑂3 e 𝜇 = 0,07.


Com os dados obtidos, pode-se concluir que a dureza da água é de
36,50 (±0,07) 𝑚𝑔 𝐿−1, sendo um resultado preciso.
A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde estabelece, para
dureza, o teor de 500 𝑚𝑔 𝐿−1 em termos de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 como o valor máximo
permitido para água potável, sendo considerado níveis de 0 à 50 𝑚𝑔 𝐿−1 , água
branda ou mole, de 50 à 100 𝑚𝑔 𝐿−1, moderadamente dura, de 100 à
200 𝑚𝑔 𝐿−1 , dura e acima de 200 𝑚𝑔 𝐿−1, muito dura. Portanto, a água da
torneira usada como amostra pode ser considerada branda ou mole, e está
dentro do padrão estabelecido pelo órgão regulador, mas não é ideal para o
consumo visto que possui concentração abaixo de 50 mg L -1 e esta por sua
vez, está correlacionada com certas doenças cardiovasculares (RICHTER,
1991), podendo causar problemas à saúde.

1.2. Determinação da concentração de 𝑪𝒂𝟐+ e 𝑴𝒈𝟐+


Para determinar as concentrações de íons cálcio e magnésio foram
preparadas outras 3 alíquotas de 50,00 mL de água de torneira. A essas foram
adicionadas 30 gotas de uma solução de 𝑁𝑎𝑂𝐻 50% 𝑚/𝑚, fornecendo assim
íons hidroxila para o meio, levando à formação de hidróxido de
magnésio (𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 ), conforme a Reação 2, a fim de mascarar o composto ao
método.
𝑀𝑔+2 + 2𝑂𝐻 − ⇌ 𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 (2)

As amostras foram agitadas para melhorar a interação dos íons magnésio e


hidroxila e consequentemente, a precipitação do hidróxido de magnésio
(𝑀𝑔(𝑂𝐻)2 ). A formação de hidróxido de cálcio (𝐶𝑎(𝑂𝐻)2 ) também ocorreu,
mas não influenciou no método, uma vez que sua formação foi
consideravelmente menor pelo fato de a constante de solubilidade dessa
espécie (𝐾𝑝𝑠 = 6,5 × 10−6 ) ser muito maior do que a do hidróxido de magnésio
(𝐾𝑝𝑠 = 7,1 × 10−12) (SKOOG et al., 2007).
Em seguida, foi adicionado uma ponta de espátula do indicador azul de
hidroxinaftol, o qual foi escolhido por ter maior seletividade para formar
complexos com íons cálcio. Novamente, foi preparado um branco para
eliminação de interferentes e as amostras e o branco foram então titulados com
0,0006 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 de EDTA, para a complexação dos íons 𝐶𝑎+2 presentes na
solução. Os volumes de titulante utilizados em cada titulação encontram-se na
Tabela 3.

Tabela 3: Volumes EDTA gastos para titular 50,00 mL de água de torneira e


água destilada (branco)
Replicata Volume de solução de EDTA (mL)
1 19,40
2 19,60
3 19,50
Branco 0,50

O cálculo da concentração dos íons 𝐶𝑎+2 é análogo ao dos íons da


primeira parte, de acordo com a Equação 4.
𝐶𝐸𝐷𝑇𝐴 ∙(𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 −𝑉𝐸𝐷𝑇𝐴 (𝐵𝑅𝐴𝑁𝐶𝑂) )
𝐶𝐶𝑎+2 = (4)
𝑉𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎

Como foi visto, as concentrações de íons 𝐶𝑎+2 em 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 devem ser
convertidas para 𝑚𝑔 𝐿−1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 . Essa conversão também é análoga a da
primeira parte do experimento e os resultados encontrados estão listados na
Tabela 4.

Tabela 4: Concentração em 𝑚𝑔 𝐿−1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3, caracterizando a concentração


de íons cálcio das amostras
Replicata Concentração de íons Cálcio (mg L-1 de 𝑪𝒂𝑪𝑶𝟑 )
1 22,68
2 22,92
3 22,80

A partir dos valores da Tabela 4, foi calculado a média (𝑥̅ ) e a incerteza


da concentração (𝜇) sendo 22,8 (±0,12) 𝑚𝑔 𝐿−1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3 .
Diferentemente da concentração da dureza da água, não existem
restrições imediatas quanto á concentração dos íons cálcio, uma vez que estes
possuem, inclusive, propriedades benéficas para á saúde humana.
Para obter a concentração dos íons magnésio na amostra da água de
torneira foi necessário subtrair o valor da concentração de íons 𝐶𝑎2+ , de acordo
com a Equação 5. E o desvio padrão foi obtido a partir da incerteza de cada
medida submetida à subtração, como dado na Equação 6.

𝐶𝑀𝑔+2 = 𝐶í𝑜𝑛𝑠 −𝐶𝐶𝑎+2 (5)


𝐶𝑀𝑔+2 = 13,70 𝑚𝑔 𝐿 −1

𝜇 = √0,072 + 0,122 (6)


𝜇 = 0,13
Portanto, a concentração de íons magnésio na amostra de água de
torneira é de 13,70 (±0,13) 𝑚𝑔 𝐿 −1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3. O governo brasileiro não
impõem restrições à concentração dos íons cálcio na água, uma vez que estes
são benéficos à saúde humana (COTRUVO, et al. 2009). O magnésio, por sua
vez, apesar de também ser importante para a saúde, é limitado pela OMS –
Organização Mundial da Saúde – em 150 𝑚𝑔 𝐿 −1 de 𝐶𝑎𝐶𝑂3, um valor muito
maior do que o encontrado no experimento.
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011.


Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade
da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Disponível
em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html
>. Acesso em 21 junho 2017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Guidelines for Drinking-


water Quality. 4ª ed. Nova York: ONU, 2011. 564p.

COTRUVO, J; BARTRAM, J. Calcium and Magnesium in Drinking-water:


Public Health Significance. Geneva, World Health Organization, 2009. 194p.

SKOOG, D.A; WEST, D.M; HOLLER, F.J; CROUCH, S.R. Fundamentos de


Química Analítica. 8ª edição, São Paulo: Thomson, 2007. 999 p.

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