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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

Parte 2- Escrituração fiscal e contabilização


de impostos indiretos: IPI, ICMS, ISS
 Fundamentos legais;
 Análise Tributária das principais operações industriais, negócios mercantis e
prestação de serviços;
 Apuração e Contabilização do IPI;
 Apuração e Contabilização do ICMS;
 Apuração e Contabilização do ISS.

ICMS E IPI: ALÍQUOTAS E NORMAS DE RECUPERAÇÃO DE IMPOSTOS


EMBASAMENTO LEGAL – ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANPOSRTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE
COMUNICAÇÕES
A Constituição Federal de 1988 determina no artigo 155, §2º, inciso XIII, alínea "g", que,
com relação ao ICMS, cabe à lei complementar regular a forma como, mediante deliberação dos
Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados.
Ante isto, foi publicada a Lei Complementar Nacional nº 87/1996 (conhecida como Lei
Kandir), que traz as regras gerais que disciplinam o ICMS (de competência estadual) e devem ser
obedecidas por todos os Estados e pelo Distrito Federal. Em âmbito estadual, as normas gerais
relativas à base de cálculo do ICMS foram disciplinadas através do Decreto nº 43.080/2002
(RICMS/MG)
A lei Complementar nº 87/1996, foi alterada pelas Leis Complementares nº 92/1997;
99/1999; 102/2000; 114/2002; 120/2006; 122/2006 e recentemente pelo Projeto de Lei
Complementar nº 352/02 de 08/12/2010, transformado em Lei Complementar nº 138/2010 em
29/12/2010.
ALÍQUOTAS
ALÍQUOTA INTERNA
As alíquotas internas são aplicadas livremente pelos estados sendo que a menor alíquota
aplicada não poderá ser inferior à alíquota interestadual. Assim, teoricamente, a menor alíquota
aplicada pelos estados seria de 7%.
ALÍQUOTAS INTERESTADUAIS
O Senado Federal, que possui competência exclusiva para determinar alíquotas
interestaduais de ICMS, determina as seguintes alíquotas:
a) Quando o destinatário não for contribuinte do ICMS, a alíquota a ser aplicada é aquela fixada
para as operações internas do Estado remetente.
b) Quando o destinatário for contribuinte do imposto, serão utilizadas as seguintes alíquotas:
Contribuintes sediados no
Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo: 7%
Sul e Sudeste: 12%
Dentro do Estado (SP, MG, RJ) 18%
Dentro do Estado (demais estados) 17%

EMBASAMENTO LEGAL – IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

O IPI, de competência da União, nasceu na Constituição de 1934, sendo chamado,


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inicialmente, de Imposto sobre o Consumo. Em 1965, através de Emenda nº 18, passou a ter a
denominação atual.
Nos termos da Constituição Federal/1988 , art. 153 , § 3º, II, que dispõe sobre o princípio
da não-cumulatividade do IPI, os estabelecimentos industriais poderão creditar-se do imposto
relativo a insumos (matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem) adquiridos
para emprego no processo de industrialização.
O referido princípio constitucional encontra-se incorporado no Decreto nº 7.212/2010 , art.
226 (Regulamento do IPI-RIPI/2010), segundo o qual "a não-cumulatividade do imposto é
efetivada pelo sistema de crédito, atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos
entrados no seu estabelecimento, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos,
num mesmo período.

ALÍQUOTAS

As alíquotas do IPI, devem ser fixadas com base no princípio da seletividade, ou seja, em
razão inversa de imprescindibilidade ou seja: produtos essenciais ou necessários, alíquotas
menores ou isentos; produtos menos essenciais ou nocivos à saúde, alíquotas maiores.

Estão previstas na tabela de incidência do IPI, denominada TIPI (Tabela de IPI). Como a
tabela é muito extensa, pede-se a verificação do adequado enquadramento do produto. A tabela
pode ser conseguida em www.receita.fazenda.gov.br em Legislação/assunto IPI/TIPI.

CRÉDITOS DE ICMS E IPI

O ICMS, assim como o IPI, por determinação constitucional, são impostos não
cumulativos, compensando-se o que for devido em cada operação de venda com o montante
cobrado nas operações anteriores.

É assegurado ao contribuinte, salvo disposições expressas de lei em contrário, o direito de


creditar-se do imposto sobre aquisição de insumos empregados na industrialização ou
comercialização.

A regra para recuperação desses impostos é a seguinte:

VENDA COMPRA
Incide IPI e ICMS Recupera os dois impostos

Incide somente ICMS Recupera apenas o ICMS, sendo o IPI


considerado custo (estoque)
Incide somente IPI Recupera apenas o IPI, sendo o ICMS
considerado custo (estoque)
Isento Não recupera impostos

O ICMS é considerado um imposto “por dentro” ou seja, já compõe o valor da mercadoria e


destacado na Nota Fiscal, enquanto que o IPI é considerado um imposto “por fora” que será
acrescido ao valor do produto.

CÁLCULO POR DENTRO

Dentre as regras existentes para a fixação da base de cálculo do ICMS, tem-se que o
montante do imposto, inclusive na hipótese de importação de mercadoria ou bem do exterior,
integra sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque no documento fiscal mera
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indicação para fins de controle.
Com base nessa regra, diz-se que o cálculo do ICMS deve ser feito "por dentro". Assim,
quando da determinação do preço da mercadoria ou serviço o contribuinte deve proceder de tal
forma a incluir o imposto que será devido na respectiva operação ou prestação no preço final do
produto ou serviço.
Para fixar a base de cálculo, não basta simplesmente multiplicar o que seria o valor do
produto ou serviço (sem imposto) pela alíquota correspondente e somar esse resultado ao valor
da mercadoria ou serviço; faz-se necessário que o valor seja dividido pela "alíquota" (carga
tributária) correspondente.
Lembramos que como estamos lidando com percentuais (1/100), o denominador será o
resultado da seguinte operação: 100-alíquota = x => x / 100. Exemplo: 100-18 = 82 => 82 / 100 =
0,82.
Segue exemplo prático:
Custo da mercadoria = R$ 1.000,00
Alíquota do ICMS = 18%
100 - 18 = 82 => 82 /100 = 0,82
Cálculo do ICMS por dentro => 1.000/0,82 = 1.219,51
Base de Cálculo do ICMS => 1.219,51
Valor do ICMS a ser recolhido => 1.219,51 x 18% = R$ 219,51
Fundamentação: artigo 155, §2º, inciso XII, alínea i da CF/88 e artigo 49 do
RICMS

BASE DE CÁLCULO DO ICMS

A base de cálculo do ICMS, de modo geral, representa o valor da operação em


mercadorias, incluindo os gastos acessórios como frete e seguro, até o momento da entrada da
mercadoria no estabelecimento do contribuinte.

BASE DE CÁLCULO DO IPI

A base de cálculo do IPI, em regra geral, é o valor total da operação de que decorrer a
saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. O valor da operação compreende o
preço do produto acrescido do valor do frete e das demais despesas acrescidas, cobradas ou
debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

QUESTÃO OBJETIVA

Numa empresa comercial típica, pode-se dizer que nas compras de mercadorias:

(A) os valores do ICMS e do IPI constantes do documento de aquisição não integram o valor do
estoque dos itens comprados, pois serão recuperados quando da revenda de tais itens.

(B) o valor do ICMS constante do documento de aquisição não integra o valor do estoque dos
itens comprados, enquanto o do IPI integra o valor do estoque dos itens comprados.

(C) o valor do IPI constante do documento de aquisição não integra o valor do estoque dos itens
comprados, pois será recuperado, tal como as demais despesas de aquisição, pelo valor de
venda.

(D) o valor do ICMS constante do documento de aquisição integra o valor do estoque dos itens
comprados, pois será recuperado quando da revenda de tais itens.

(E) os valores do IPI e do ICMS constantes do documento de aquisição integram o valor dos
estoques dos itens comprados, pois serão recuperados quando da revenda de tais itens.

(IUDÍCIBUS; MARION. Contabilidade Comercial, livro de exercícios – Adaptada)

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Resposta Correta: B

A alternativa A deverá ser descartada, pois trata-se de um uma típica comercial, portanto não
recupera IPI.

A alternativa C deverá ser descartada, pois o IPI e demais despesas de aquisição não dão direito
ao crédito.

A alternativa D deverá ser descartada, pois o ICMS não integra o valor do estoque por se tratar de
uma empresa comercial.

A alternativa E deverá ser descartada, pois o ICMS não integra o valor do estoque e o IPI não
poderá ser recuperado.

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