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Curso de Psicologia
Brasília/2018
Introdução
1.1 Obesidade
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bariátrica são: obesos com IMC maior que 40 kg/m² ou IMC acima de 35
kg/m², associado com doenças clínicas descompensadas pela própria
obesidade. O papel do psicólogo é o de avaliar se o indivíduo está apto
emocionalmente para a cirurgia e auxiliá-lo quanto à compreensão de
todos os aspectos decorrentes do pré e pós-cirúrgico. Quanto a possíveis
contraindicações psiquiátricas para a cirurgia antiobesidade, não há
consenso na literatura. Commented [A1]: Alterar com referencias
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ligados a questões comportamentais que resultam, por fim, na falta de
adaptação social do sujeito e, consequente, desenvolvimento de
transtornos psicológicos. Dentre estes fatores psicológicos apontados
como relacionados com o desenvolvimento de obesidade, podemos citar:
as angustias, insegurança, a baixa autoestima, a ansiedade e a depressão. Commented [A2]: Alterar com referencias
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Obesos há pelo menos 5 anos, que já tenham passado por
outros tratamentos e não tenham obtido resultado e pacientes nos quais a
obesidade não seja de origem endócrina;
Não ser dependente de álcool ou substância ilícita;
Estar disposto a uma reeducação alimentar;
Indivíduo que se comprometa a seguir as orientações pós-
operatórias;
Pacientes diagnosticados com risco cirúrgico aceitável. Commented [A4]: Atualizar com base no site sbcbm
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1.3 A Psicologia na cirurgia bariátrica
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Essas dificuldades de natureza psicológica podem estar presentes entre os
fatores determinantes da obesidade ou entre as consequências. Os estudos
indicam que a fase de desenvolvimento na qual tem início a obesidade faz
diferença na evolução pós-operatória, isto é, aqueles que eram magros e depois
tornaram-se obesos tendem a recuperar uma imagem de seu corpo como magro
mais facilmente, enquanto que aqueles que eram gordos desde a infância têm
dificuldade de adaptar-se a uma nova imagem (Nunes, 1998).
O tratamento desta patologia requer uma equipe multidisciplinar, e o
papel do psicólogo dentro da equipe é o de avaliar se o indivíduo está apto
emocionalmente para a cirurgia, auxiliá-lo quanto à compreensão de todos os
aspectos decorrentes do pré cirúrgico (avaliá-lo quanto aos seus conhecimentos
sobre a cirurgia, riscos e complicações, benefícios esperados, exames e
seguimentos requeridos em longo prazo, consequências emocionais, sociais e
físicas e responsabilidades esperadas), inclusive, detectar e tratar os pacientes
portadores ou potencialmente sujeitos a distúrbios psicológicos graves
(Franques, 2003).
I. Método
2.1 Sujeito
M. L. A. R.
Data de nascimento: 10/11/1954
Idade: 64 anos
IMC:
Sexo: feminino
Estado Civil: Viúva
Escolaridade: ensino fundamental incompleto
2.2 Local:
Material
Procedimento
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auxiliando na alimentação e evitando situações estressantes que possam afetar
a paciente.
II. Resultados
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Sessão 5 – Não houve atendimento, pois, foi feriado no dia e não havia
disponibilidade da paciente para remarcarmos em outro dia.
Sessão 6 – Nesta sessão a paciente informou que houve uma briga séria
entre a família, isso ocasionou a queda que a paciente sofreu e não pode vir
na sessão 4. Nós a acolhemos e observamos que o ambiente é sempre bem
volúvel e causa muito ansiedade e preocupação na paciente. Disse que
perdeu dois quilos durante a semana e trouxe a receita que a nutricionista
passou. A receita condiz com a alimentação que já havíamos passado,
mostramos o desenho do prato para auxilia-la, explicando as cores e ordem
na hora de comer, começando da carne e sempre ressaltando a ela sobre a
mastigação. A paciente nos informou que tem acesso aos alimentos
prescritos, porém não sente fome para comer a quantidade de vezes
propostas.
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sessão para enfatizarmos a importância do acompanhamento para com a
paciente durante todo o pré e pós cirúrgico.
RESULTADOS PARTE 2
A paciente relata que sempre comeu pouco e que fazia dietas sem o
acompanhamento de especialistas. Relatou que teve uma vida muito difícil
com a família na época em que morava em Minas Gerais, se casou aos 13
anos e saiu de casa, o marido tinha 20 anos de idade e o casamento durou
mais de 50 anos com 9 filhos sendo 3 mulheres e 6 homens. Desde 1988
todos residem em Brasília-DF. Há 1 ano atrás o marido veio a falecer o que
fez com que a paciente perdesse 15-16kg e chegou a pesar 98kg, porém
recentemente está ganhando novamente. Atualmente M.L.A.R. está pesando
106kg, com muitos problemas de saúde como hipertensão, diabete,
osteoporose, problema renal, fibromialgia, apneia do sono com uso de
aparelho, já fez cirurgia para retirada da vesícula e de pedras nos rins desta
forma ela viu na cirurgia bariátrica a única forma de voltar ter independência
e uma saúde melhor, procurou ajuda e o médico indicou a cirurgia devido à
dificuldade em perder peso e por conta do inchaço.
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anos e relata diversas dificuldades relacionadas a brigas conjugais da filha e
comportamento dos netos a ajuda-la com afazeres da casa.
Solicitamos um registro alimentar, ela fez durante alguns dias, mas diz ter
dificuldades pois ninguém em casa a ajuda para escrever. Ela tenta seguir
nossas orientações que condizem com a dieta que a nutricionista passou,
pecando apenas nas frituras e nos grandes intervalos sem comer nada. Nos
relatou nos atendimentos que tem muita dificuldade em casa em relação a
alimentação pois a família não tem restrições e não evita certos tipos de
alimentos para ajudá-la na perda de peso, mesmo a filha que já fez a cirurgia
bariátrica não segue o pós cirúrgico e não ajuda a mãe a alcançar o objetivo.
Foi conversado sobre a importância da ajuda e do apoio dessa rede indo de
encontro com a ideia de Marchesini (2010) quando declara que as mudanças
da cirurgia acarretam em mudanças não somente no paciente, mas em toda
sua rede social. Foi observado que a paciente não se contradiz em relação a
seus hábitos
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A obesidade mórbida é considerada uma doença crônica e está associada
à piora da qualidade de vida, à alta frequência de comorbidades, à redução da
expectativa de vida e à grande probabilidade de fracasso dos tratamentos menos
invasivos. A cirurgia da obesidade surge como uma ferramenta importante no
tratamento desta doença, promovendo perda de peso satisfatória a longo prazo.
V. Referências
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COUTINHO, W.- Consenso Latino-Americano de Obesidade. Arq Bras
Endocrinol Metab 43: 21-67, 1999.
KHAODHIAR, L.; BLACKBURN, G.L.- Health benefits and risks of weight loss.
In: Björntorp, P. (ed) International textbook of obesity, John Wiley & Sons,
Chichester pp. 413-40, 2001.
NETTO, J. P.; BRAZ, M. Economia política: uma introdução crítica. São Paulo:
Cortez, v. 1, p. 71-122, 2006.
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SEGAL, A.; LIBANORI, H.T.; AZEVEDO, A.- Bariatric surgery in a patient with
possible psychiatric contraindications. Obesity Surgery 12(4): 598-601, 2002.
SUGERMAN, H.J., The surgical clinics of North America. Obesity surgery, v.81,
nº5, 2001.
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