F.

de Bragança

AMOR DE INFÂNCIA
 “De repente você percebe que tudo não passou
de um sonho. E você

acordou.”

“Tem certas pessoas que entram na sua vida por um pouco de tempo,

e que ficam na sua memória mesmo que elas não estejam mais

presentes.”

“Adulto se apaixona e chama de amor. Criança ama e chama de

paixão.”

“Você só vai amar uma pessoa na vida, e nunca mais vai amar

ninguém.”

“O amor é apenas uma humilde obra de arte.”

“O amor é uma profunda dor na alma que não se cala, e que sufoca

aos poucos.”
Prólogo:

Tudo começou no ano de 1998, quando ele tinha apenas 11 anos de idade...

Num dia ensolarado daquele ano, ele andava pela calçada ao lado de sua
casa (estava com muita dor de cabeça). Quando ele se deparou com ela que
tinha só oito anos de idade; andava em círculos em uma bicicleta, com sua
irmã junto. Ela, talvez não o tivesse visto passar, ou notado sua presença;
mas ele, tão singelo sentiu pela primeira vez seu coração pulsar dentro de
seu peito. E aí por diante, sua vida nunca mais seria a mesma.
Os dias foram se passando, os dois se tornaram grandes amiguinhos (o que
sentiam um pelo outro, era amor)! Porém, um ano havia se passado; ele foi
até a casa dela, e uma voz dizia que ela não estava mais lá, pois tinha se
mudado.
15 anos se passaram, pois aquele menino singelo já se tornara um rapaz de
27 anos; e ainda não se esquecera daquele seu amor de sua infância.
1ª Parte
 Aquele Amor Infantil

Aquela doce menina que eu amava

Já não existe mais.
Aquela linda garotinha que com seu sorriso
Me fazia sonhar já se foi
E não volta mais.
Aquele olhar azul já se desfez pro meu mundo
E não o verei outra vez.
Aquele toque macio de suas mãos já não sinto
Faz tempo.
Aquela sua voz doce e suave de criança já se calou
Nos meus ouvidos.
Aquele amor infantil não volta jamais.

Um Dia Você Irá Voltar

Tanto tempo longe de mim

Tanto tempo sem você
Aqui comigo.
Faz tanto tempo que não vejo
Nos seus olhos
Aquele amor de infância
Porque você sumiu
E eu nunca mais te vi de novo.
Aquele sorriso
Aquele olhar
Ficou guardado na minha memória
E eu nada posso fazer
Senão esperar
Até que um dia você irá voltar.
 Coração Roubado

Devolve o meu coração

Porque ainda te amo.
Eu fiquei com seu fôlego
Quando você foi embora
Sem me dizer 'adeus. '
Eu não consigo mais dormir
Desde que você me deixou
Sozinho sem algo pulsando
Dentro do meu peito.

Pra Sempre Vou Te Amar

Você sumiu no tempo

E o vento que passou
Deixou você comigo
Guardada na memória
Escondida no meu coração.
Foi assim...
Sei que você partiu
Para nunca mais voltar
Sei que foi embora
E que eu fiquei aqui, triste
Sem você.
[Ainda te amo]
Pra sempre vou te amar.

Sonhos Infantis
 Quando eu te conheci
Nós éramos pequenos
Mas naquele momento
Sinto que conheci
O meu primeiro amor.
O seu sorriso encantado
Povoava o meu mundo
De sonhos infantis
Como uma criança
No carrossel
Era assim que eu ficava
Quando estava contigo.
Mas um dia
O carrossel parou de girar
E o sonho acabou...
Você foi, e nunca mais.

No Vazio de Mim

Sinto falta do seu sorriso

Aquele seu olhar inocente
Ainda ouço sua voz
Dentro da minha cabeça
Chamando o meu nome.
Dá saudade
De quando éramos criança
E brincávamos juntos na rua
Sob o brilho da luz
Da lua e das estrelas.
Dá saudade
Daqueles sonhos infantis
Que sonhávamos juntos
Do nosso amor inocente
 Que desferiu a alma
Quando você sumiu
Sem deixar vestígios
Além da lembrança que ficou
No vazio de mim.

Nunca Mais

Amor distante
Morro eu de amores por ti.
Minha alma sozinha
Mantém cativa a memória
Do seu sorriso perdido
Que doe aqui dentro.
O meu corpo definha
A cada vez que o tempo voa
E não leva você pra longe
Do meu coração.
Quando irei te ver
Novamente?
Quando olharei
Nos seus olhos, e meu peito
Aliviado chorar
Por ter você de novo?
Talvez, nunca mais.

Que Ainda Amo Você

Onde quer que eu esteja

Em qualquer distância
Tempo, ou lugar
 Você sempre estará comigo.
Te levo pra onde for
Eu te carrego dentro de mim
Te trago em meus sonhos
Pra onde quer que eu vá
Não importa onde for
Sei que comigo você estará.
Eu te trago no meu sorriso
Guardo o seu rosto
Nas minhas lembranças
E te tenho sempre em mim.
Um dia, eu sei, iremos nos ver
E irei te dizer
Que ainda amo você.

Na Minha Memória

Eu não sei o que fazer

Desde que você saiu da minha vida.
Você foi embora
Sem ao menos se despedir de mim
Foi tudo tão rápido...
O tempo passou
Mas você ficou na minha memória
Nos meus pensamentos
Nos meus sonhos mais distantes.
Tudo se foi tão rápido
Que o tempo não conseguiu nos afastar
Eu nem sei
Se ainda se lembra de mim
Mas só sei que não consigo te esquecer.
Me lembro da rosa que eu ia te dar
(Pois sua mãe não deixou
Éramos duas crianças brincando de amar)...
... Do tempo
Que brincávamos juntos na rua
Das noites às oito
Que ficávamos juntos sorrindo.

Pensar em Você

Eu só queria te dizer
Como é bom pensar em você
Se por apenas um minuto
Te tivesse aqui comigo.
No meu passado você mora
E nos meus sonhos você habita
O meu passado te fez presente
Guardada, inesquecível
Na minha memória.
Amor presente
Amor distante
Amor da minha memória
Amor da minha infância.

Antes de Você Sumir

Pela última vez vi seu rostinho lindo

Mas que na alma deixou na minha memória
Triste saudade de um amor inocente
Que ficou no meu peito
E se foi pra tão longe de mim.
Na vida, nada é eterno
Enquanto existir a vida
O mundo sempre dará voltas
E tudo o que um dia foi já não será mais.
... E que Deus me prove que estou errado
E me traga você de volta.

O Sonho Que eu Sonhava

De repente
Quase sem se saber o porquê
Tudo de pressa acabou.
O sonho que eu ainda sonhava
Um dia terminou
E se foi pra onde? Não sei.
Não mais chegou a um fim.
Infância perdida?
Amor vencido, esquecido?
Uma criança. Uma mulher.
Peço a Deus que traga de volta
Aquele amor vencido, esquecido
Amor perdido no tempo
Que não deixou você comigo.
Peço ao Senhor
Que traga você de volta
Pro meu peito pulsar novamente.
Vejo nos dias o tempo passando
Mas sinto que te amo
A cada segundo, minuto que se passa
[Eu te amo demais.]

Esperando Você Voltar

Sei que já não é mais como antes

Não somos mais duas crianças
Perdidas no amor de nós dois
(Pequenos amantes).
Um dia chegou ao fim
Você foi embora
 E eu nunca mais te vi de novo.
O meu mundo nunca mais foi o mesmo
Desde o dia em que eu te vi
Pela primeira vez
E tudo mudou desde que você se foi.
Você teve que me deixar
Mas o meu coração não quis te abandonar
E com você se foi também.
Algo aqui dentro, não sei, ficou guardado
Resgatando as memórias que vivo
De você e eu.
O tempo não parou lá atrás
Enquanto isso eu continuo aqui sentado
Esperando você voltar.

Nossas Almas

Meu sonho sempre foi aquele amor

Que na infância me deixou
Sem se quer sair de mim.
Mas o sonho virou pesadelo
Eu nunca mais tive você comigo.
E desde então eu fico perdido
Tentando não se lembrar de você
Dos momentos que passamos juntos...
Do amor que tivemos
E que grudou dentro de mim.
Você foi embora, e o sonho que ficou
Virou pesadelo, porque ainda te amo
E pra onde quer que eu vá
Levo sua voz no meu ouvido
E no meu pensamento
Aquele perfume dos seus olhos
Que ainda brilham no meu olhar
Refletindo ainda o seu sorriso
Escondido no fundo da memória.
Não me importa o tempo
 Nem a distância que nos une
Nada vai separar as nossas almas.

O Amor Não Padece

Até quando olharei nos meus sonhos

E lá te verei outra vez mais, amor perdido?
Por que em mim não padece aquele velho amor
De minha jovem infância uma vez esquecido
E não jaz o infortúnio de viver te amando?
Deixa-me viver, seguir meu rumo
E te esquecer, meu grande amor!
Deixa-me ser feliz ao lado da solidão
Que me segue desde o momento
Em que não te vi partir
Levando junto meu coração roubado
Aqui dentro do meu peito
(Eu só quero sorrir outra vez.)

Cada Segundo

O meu passado me fez te amar

Mas o meu presente não me faz te esquecer.
Por onde quer que eu vá, sinto que ali você está
À noite quando durmo, sinto seu sono
De manhã quando acordo, sinto o seu respirar
A cada passo que eu der você me segue
Em meu pensamento.
Eu te vivo a todo o instante, em cada momento
Cada segundo.

Quem Sabe Assim

Nunca me diga em meu pensamento que vai voltar
Porque eu sei que nunca mais te verei outra vez.
Não permaneça dentro da minha mente
Me fazendo lembrar de você
Porque eu sinto que nunca vou te esquecer.
Diga adeus àquela nossa infância
Quem sabe assim vou te esquecer.

Amor Perdido

É tão horrível te amar e não ter você.

É muito triste te sentir e não te ver.
Eu conto os dias e as horas
Mas eu sei que mesmo assim
Você nunca mais vai voltar pra mim.
O sonho acabou, mas o passado ficou
Inesquecível aqui dentro.
Fico horas e horas tentando esquecer
Aquele sonho infantil
Que não me deixa dormir em paz.
No meu pensamento tento entender
Tudo o que vivi sem você comigo
Até aqui, nem mesmo sei se existo
E você, não sei como pode ser hoje
Se amanhã iremos nos reencontrar
Ou se, de fato somos felizes ausentes.
Eu não consigo te esquecer
Mas você
Será que ainda lembra o meu nome?

Cansado De Te Amar
 Estou cansado de te amar
Eu não aguento esperar você
Sinto que esse é o meu fim!
Vivo eu, na incerteza
De ter você de volta como antes
Mas te espero, sinto você comigo.
Durmo e acordo
Na incerteza e desesperança
De não te ver outra vez
(É uma dor que não passa!)
Sigo te amando... Pensando e orando
Peço a Deus que tire do meu peito
Essa dor que me desaba em águas
E me faz sobreviver mais um dia
Eis - me aqui, sentindo sua falta.

P.S: Antes de não te ver partir

Umas palavras a te dizer:
“Se um dia você partir
Leve consigo todo o meu amor!”

Coração Partido

Tem uma dor esmagando o meu peito

Doe tanto que nem consigo respirar!
Acho que é amor.
Um pensamento que não me deixa sossegado
Uma saudade que não se dissipa com o tempo
Uma dor que não se cala e me faz gemer.
Nesse exato instante de reflexo
Eu reflito sobre algo que não me deixa descansar
Um minuto se quer, uma hora ou num momento.
O ponteiro do relógio não perdoa
A cada vez que te vejo nos meus delírios
Te chamo pelo seu nome, mais você não vem
Porque não está mais aqui, e nem vai voltar.
 Em Outro Mundo

Estou tentando encontrar o sossego

Pra encontrar a paz que você roubou
No instante em que você me deixou
Sozinho e na escuridão dos meus dias.
A única razão pra um sorriso brilhar
No meu rosto frio é a falta que você faz
No meu mundo vazio.
Te ter no meu coração me faz sonhar
Te levo na minha mente
Guardo você em minhas memórias
Eu te tenho dentro de mim, guardada.
O meu mundo gira e não sai do lugar
O meu amor não consegue esquecer
O coração que foi roubado
Do meu peito e levado cativo de mim.
A minha alma não se esquece do sorriso
Daquele olhar singelo e lindo
Daquela criança dizendo meu nome.
À noite eu durmo
E pela manhã acordo pensando
Enquanto você vive em outro mundo.

Eu Te Amo

Por tanto tempo que te amei

Confesso que ainda te amo.
As noites não acordo do sonho
Vivo pensando e sonhando
Em que um dia eu possa te ver
E te sentir acordado de novo.
 Minha Jornada

Não consigo desistir de você

Mesmo sabendo que nunca mais
Eu vou te ver em minha vida.
Penso em você outra vez
Eu te vejo na minha mente
E te sinto no meu coração
Como uma sombra que me persegue
A cada vez que eu fico mais distante.
Desespero-me quando penso
Que não vou mais te ver outrora
E que aquele sorriso se apagou.

Infância Não Esquecida

A vida tirou você de mim

Cedo demais você se perdeu.
Uma infância não esquecida
Sei que ao acaso me deixou
Sozinho e perdido no mundo.
Hoje do que restou de nós
Somos eu e minhas memórias
Distantes de tudo aquilo
O que um dia já foi e ficou
Meus olhos vagam perdidos
E se desfalecem de amor sofrido.

Meu Último Suspiro

 Por que Senhor existe a vida?
Qual foi o motivo que te fez
Ensinar-me a amar alguém
Que hoje não vejo mais e outra vez
Faz-me amar mesmo que não a tenha
Mas que sufoca o meu peito?
Quantas vezes vou suspirar
Por alguém que deixou
Na minha infância saudades do amor
E me sufoca lentamente?
Eu não sei quanto tempo vou viver
Mas sei que infelizmente
Vou ter que conviver lado a lado
Com a triste presença desse amor
Que não acaba e não tem fim.
2ª Parte
 Mensagem Para Você

Ainda que não te veja

Mas um dia, uma noite
Onde o sol se por
Responderei com meu amor.

Existir, sem te sentir

Um pensamento ausente.

Tento te esquecer
Esperando passar o tempo.

Ainda que você não volte

Mas uma vez estarei aqui
Onde irei te encontrar.

Uma Chama, Única Chama.

Eu, minha paixão acesa

Uma chama, única chama.

Tinha algo dentro de mim

Enchendo de ar meu peito
Na tentativa de reanimar
Horas distantes
O que seria meu último suspiro.

Tamanho fardo me destes

Aqui já não há mais...
Nada mais me importa.
Talvez haja algo, um abrigo
Onde estiver, meu amor querido!
 Perdido está num frio intenso
Rasgando as memórias
Aspergindo todo o passado.

Lendo o futuro, meu presente dorme

Hoje, sinto minha dor incessante
Entendo que não te perdi.

Falta algo no meu peito

A gente sabe do que não se abre mão
Lamentável, foi se deixando levar
Agora já não resta mais

Remoendo a todo o instante.

Macio desejo, desesperada paixão

Assassinando no peito
Sórdido desejo, amor bandido.

Consinto, pressinto a razão

Omissão do meu querer
Mesmo estando abandonado.

Parei e vi que não te perdi.

As palavras envolvem
Letras de um soneto distinto
Assinalando os meus versos
Variando de cor em cor
Rasgando no peito, perdido
Aquelas noites escuras
Sem um horizonte a seguir.

Não brinque com o meu coração

Até o meu peito sarar
Ouvindo de novo suas batidas.

Saber, não sei dizer se foi você

Esperei tantos minutos sozinho
Insistindo em te ver!

Desde que tudo se foi, um de nós

 Insiste em ficar, olhando, pensando
Zunidos iminentes lá fora
Esquecendo tudo o que ficou
Rápidos momentos, isolados no tempo.

Campos e trilhas a percorrer

Onde todas as tardes são frias
Mesmo estando quente
O mesmo frio me aquece de noite.

Épocas de planos sempre ressurgem.

Gostaria de te ver sempre assim

Rascunhando na minha mente
Alguma coisa que seja importante
Não que eu seja fútil, mas agradável
Deixando as coisas de lado
Esperando outra chance pra voltar.

Olha, somente mais uma vez...

Minha alma sente tudo diferente

Estando novamente aqui, calado
Uma vez mais, eu vivo novamente.

Amor querido, que mora na memória

Minha doçura, amor antigo e maduro
Onde estarás, se eu não te vivo?
Raptado, capturado aqui dentro...

Perdido, ferido, com fome e sede

Onde estará, meu amor?
Raptado, capturado aqui dentro.

Vê se você volta a brilhar

Onde todas as estrelas brilham
Cadente estrela, volte a brilhar
Estenda a sua luz dentro de mim.
 Um Ruído Lá Fora

Perto ou longe
Ontem, hoje e sempre
Rompendo o tempo...

Mesmo que seja tarde

A verdade está escrita
Inscrita e transcrita:
Sem dor não há amor.

Quantos meses, dias e anos

Uns momentos que duram
Esquecidos, envelhecidos

Orações vagas e perdidas.

Tantas coisas na memória

Enquanto outras esquecíveis
Mescladas em preto e branco
Perdendo o rumo de te esquecer
Onde tudo começa, e termina.

Passado um segundo distante

Antes e depois de você ir embora
Sentimentos e saudades permanecem
Sem sentido, a vida e o amor vagam
Esquecidos no valor da vontade.

Esqueci de mim. Perdi-me de você.

Naquele exato instante

O que foi que te aconteceu?
Sabendo tudo o que se viveu!

Até o olhar de menina

Falei o que não devia saber
Afastando o destino de nós dois
Sempre que sonho desanda
 Tentando não mais viver
Em minha vida assistida.

Eu ainda sinto, pressinto e consinto

Uma luz de quem ama ainda acesa.

Nesse momento, a noite vence

Uns tantos perdidos, feridos
Nem sempre se desfaz
Caso, a caso e por acaso
Antes não desiludido se foi.

Vasculho, rasuro e escuto

O imerso de mim mesmo no escuro
Unindo forças aqui dentro

Tentando me calar, a voz que soa

E ecoa, chamando por seu nome

Escondida, despida e extinta

Sem te mesmo merecer, e te querer
Quem sabe um dia te ter de volta.
Um ruído lá fora, ele implora
Evitando em te encontrar
Conhecendo as lágrimas colhidas
E cultivadas pelo tempo, aqui sozinho
Reunidas em um só pensamento.

Escondido em Minhas Memórias

Esqueci de te dizer
Umas palavras que me vem

Sem pudor, tentando afogar

O mais sóbrio pensamento.

Pensando em seu olhar

Esquecido no meu peito
 Nossas almas se encontram
Sem se despedir do depois
O nosso tempo voa solto.

Em mim, em você, mesmo sem saber

Machucando o amanhã

Você está aqui, no meu pensamento

Onde guardo o seu rosto
Caminhando na minha mente
Escondido em minhas memórias.

Desilusão

Desisti do amor naquele dia

Em que você foi embora
Sinto muito sua falta
Imensidão, se chama esse vazio.
Lampejos na mente que guardo
Um sentimento puro, imaculado
Saindo do peito o suor do amor
Antecipado, sofrido e calado
Ostentando somente o vazio.

O Meu Amor Não Envelhece

Onde você está agora?

Meu coração te acompanha

E minha mente não te esquece
Uma sombra de você me persegue.

Aonde você estiver

Meu amor te seguirá por onde for
 Ou onde eu estiver em qualquer lugar
Respiro e sinto sua presença.

Pressinto o seu olhar me observando de longe

Ou mesmo o seu sorriso me contemplando
Respiro e sinto sua presença.

Vestígios de você me deixam rastros

Olho lá fora e vejo o tempo passar na nuvem que voa
Castigando com o vento o meu leve contentamento
E te deixando cada vez mais longe de mim.

Não perco esse infinito momento

Amanheceu, e não há tempo de me recompor
O aqui e o agora se dissolvem no vento.

Esquecido, volto a viver como se não soubesse o que fazer

Nada vivido do que restou de mim.
Vencido pela esperança de te ver outra vez
Enquanto adormeço, pereço
Levitando pensamentos que não me recobre sossego
Horas tentando me redobrar à consciência perdida
Entre tantos desafios perdidos aqui dentro
Calado e abatido
Enquanto descansam os meus sonhos feridos.

E Você Se Perdeu

Tanto tempo faz que não te vejo

Amanheceu, e você se perdeu no mundo lá fora
Minha fé, o meu amor por você nunca vai morrer.
Imortal, insolente paixão que não me deixa dormir
Realidade sem tamanho, estrada profunda e deserta
Esperança perdida, um beco sem saída
Sentimentos sem despedida.

Escondido dentro do meu peito

Um suspiro, uma lágrima que choro
Tentando lavar a alma que sangra, e geme por dentro
Espancada e pisoteada pela dor de não te ter aqui.

Assim sigo eu, cansado de viver sofrendo de amor

Mesmo sabendo que sempre vou ter seu coração
Onde for que eu estiver palpitando em meu peito.

Sei Que Vais Voltar

Tudo na vida se resume

A nossa doce infância perdida.
Não posso não me lembrar
Tanto, tanto que te vivi, um amor
Onde o vento quis me levar.

Quantos momentos teve

Uma saudade que me afoga
Eu tanto quis te esquecer, não dá!

Talvez um dia volte pra mim

Estou te esperando, você voltar.

Amanhã ou depois, outra vez

Mas tarde, ou mesmo agora
Onde estiver, sei que vais voltar.
Epílogo:

Tudo começou no ano de 1998, quando eu tinha apenas 11 anos de

idade...

Num dia ensolarado daquele ano, eu andava pela calçada ao lado de

minha casa (eu estava com muita dor de cabeça). Quando me deparei com
ela que tinha só oito anos de idade; andava em círculos em uma bicicleta,
com sua irmã junto. Ela, talvez não tivesse me visto passar, ou notado minha
presença; mas eu, tão singelo senti pela primeira vez meu coração pulsar
dentro de meu peito. E por aí em diante, minha vida nunca mais seria a
mesma.

Todos os dias a gente brincava na rua da nossa casa com as crianças da

vila onde nós dois morávamos. Era como um sonho. Ela era linda; loirinha,
cabelos de corte chanel e os olhinhos azuis como o céu (a imagem e
semelhança de sua mãe).

Ela estudava juntamente com sua irmã no turno da manhã em um colégio

perto um pouco de casa. Todos os dias eu ficava plantado de pé no portão
da vila esperando ela voltar da escola, juntamente com sua irmã mais velha,
na companhia às vezes de sua mãe, outras vezes de sua babá (foi à babá
que, em uma noite quando estavam todas as crianças da vila reunidas
brincando, me viu sentadinho na calçada frente à minha casa, e então me
chamou pra me unir às outras crianças – eu era uma criança muito
introvertida. O mesmo adulto que hoje sou!) e quando ela apontava a
sombra de sua presença, de certa distância, à vista dos meus olhos, eu saia
correndo, e me escondia atrás da janela da sala da minha casa que dava de
frente pra rua só pra vê-la passar.

Eu me lembro do meu aniversário de 12 anos, foi um churrasco na minha

casa. Meu tio (irmão do meu pai) trouxe alguns quilos de carne pra assar!

Ela estava linda, como sempre, meus olhos brilhavam quando a viam. Foi
uma noite incrível da minha vida, todos os meus amiguinhos vieram
comemorar comigo. Uma coleguinha nossa me trouxe de presente umas três
pistolas d’água, e eu me lembro que duas dessas pistolas d’água ficaram
comigo e com ela (o meu amorzinho) brincando de molhar um ao outro, a
noite inteira – eu nunca mais me esqueço daquele olhar penetrante que
dávamos, em meio a sorrisos de felicidade, um pro outro.

No final da noite, quando acabou a minha festa de aniversário, eu e uma

prima fomos a casa dela pra levar uma parte do bolo pra ela, sua mãe e
sua irmã, porque não puderam ficar até o fim da minha festa.

Na minha mente, eu também posso me recordar daquela primeira vez em

que nos falamos. Eu e um amiguinho meu estávamos sentados no canto da
vila, próximos a casa onde ela morava. Eu segurava uma bola de futebol
original da Copa do Mundo de 1998 que outro amigo meu me pediu pra
segurar enquanto ele ia lá dentro de sua casa e já voltava.

Enquanto o meu colega ia à sua casa e eu segurava sua bola com o outro
que estava sentado comigo, ela e sua irmã apareceram no quintal da casa
onde moravam. Vindo em nossa direção me pediu a bola emprestada pra
brincar um pouco (eu senti naquela hora que aquilo foi uma forma delas se
aproximarem da gente. – Eu também achei que o outro colega que era o dono
daquela bola percebeu alguma coisa no ar, e numa entrada estratégica pra
dentro de sua casa armou todo esse lance porque já imaginava que ela e sua
irmã iriam nos pedir sua bola pra brincar, tanto que, quando ele entrou disse
que não era pra emprestar sua bola a ninguém na sua ausência).

Teve um dia atípico, ensolarado, que eu estava sentado na mesma

calçada em frente da minha casa por volta da tarde de um dia qualquer da
semana, eu me lembro que estava sentindo aquela mesma dor de cabeça que
senti no dia em que eu a vi pela primeira vez; de repente, sem esperar ou se
quer ter imaginado, ali estava ela diante de mim àquela hora do dia (porque
a gente geralmente brincava durante a noite). Ela fitou os seus olhinhos nos
meus e me disse, meio sem um porque, ou lógica, ou razão de se justificar
que, ela “não ia poder brincar comigo naquele momento porque tinha que
sair com sua mãe.” – Isso foi arquivado na minha memória.

De todas as memórias que guardo daquela época, lembro-me também de

uma noite em que eu, na flor da minha mais bela e jovem infância pretendia
decididamente – como se precisasse – pedi-la em namoro. Então, eu peguei
uma rosa de plástico que minha mãe tinha jogado fora e guardei com todo o
carinho do mundo esperando ansioso pelo momento certo pra fazer o pedido
inocente, verdadeiro e apaixonado.

A noite chegou. Parecia o momento certo de agir:

Eu estava sentado no mesmo lugar de sempre (aquela velha calçada),

com meus coleguinhas da vizinhança, então decidi revelar o meu plano pra
eles e pedi-los que me ajudassem; dito e feito, eles foram até a casa dela a
fim de chamá-la pra que eu lhe entregasse a rosa e pedisse em namoro.
Mas, aí, sua mãe descobrindo o plano, logo o desmoronou de uma vez por
todas. Ela disse bem alto para que a sua voz chegasse onde eu estava
sentado que, "sua filha ainda não estava na idade pra namorar... que ela e
eu éramos muito pequenos ainda pra pensar nesse tipo de coisa.”

Ou seja: a casa desmoronou pra mim. Mas, eu acho que ela não sabe dessa
história até hoje.

Os dias foram se passando, nós dois nos tornamos grandes amiguinhos (o

que sentíamos um pelo outro, era amor)! Porém, um ano havia se passado;
numa noite de lua e estrelas, uma prima minha (a mesma prima que foi
comigo até a casa dela no dia do meu aniversário levar o pedaço do bolo)
veio até a minha casa me chamar para irmos juntos à casa de uma tia-avó
que morava perto de casa para visitá-la. Eu me lembro que até então eu não
quis ir, mas ela me convenceu quando me disse que aquela garotinha há
quem eu muito amava poderia estar lá, pois tinha uma prima minha que
também morava naquele lugar, e ambas eram amigas. Mas, pra não perder
viagem, antes de irmos visitar aquela nossa tia-avó, nós fomos até a casa
dela pra ver onde ela estava, e uma voz (acho que de sua mãe, não me
lembro) me disse que ela não estava mais lá, pois tinha se mudado.

15 anos se passaram, pois hoje eu me tornei um rapaz de 27 anos; e

ainda não me esqueci daquele amor de minha infância.
Post-Scriptum:

Eu me lembro daquele meu primeiro amor. Aquela flor da minha infância, a

mais linda e bela do jardim da vida. Uma flor tão ligeiramente rara que não
existe outra se quer, igual ou mesmo parecida no mundo.

As lembranças que tenho das primeiras batidas do meu coração não querem
apagar da minha memória, acho que estou ficando louco!

Ela era tão delicada; seu sorriso, nunca mais verei igual, ou semelhante
brilho inocente no meu mundo outra vez.

Sua delicada voz suave e ingenuamente perfeita não saem dos meus ouvidos
e eu já estou ficando sem o meu senso de sanidade por isso.

Suas pequenas digitais não se apagam do meu corpo, agora adulto, e

aquele olhar guardado na minha memória ainda me fere de amor – mais
agora, um sentimento calado, escurecido e vencido pelo tempo que me afastou
de você. Eu nem sei se ainda lembra o meu nome, ou meu rosto, ou qualquer
coisa que te faça não se esquecer de mim. Acho que te perdi pro mundo lá
fora, mas sinto que ainda te amo, e nunca vou deixar de te amar!

Quando você entrou em mim, achou um esconderijo que nem eu mesmo sei
onde te procurar e encontrar, e roubastes o meu coração pra sempre.

E hoje, estou pensando em você, já faz 15 anos que não te vejo e nem sei se
ainda está viva, ou como deve estar; eu só sei que eu não te esqueci.

O meu amor não envelhece com o passar do tempo sem te ver no meu
caminho. A minha alma não se esquece da sua, e minha paixão só aumenta
com o silêncio da sua ausência (alguém disfarce a minha dor!).

Todas as noites e manhãs são iguais: eu durmo e acordo pensando em você.

Durmo sonhando; e quando amanheço, continuo sonhando, pensamentos que

não me afastam de você e me tiram a paz.
Em todos os lugares que eu vou ali você está comigo. Se eu estou sozinho,
você me faz companhia. Quando respiro, você é meu fôlego. Quando me deito,
você é meu pensamento. Quando durmo, você é meu sonho. Se o meu corpo
descer à cova, você será meu túmulo.

Tento imaginar como seria o seu rosto depois de tanto tempo longes um do
outro. Eu nem me importo se, depois te todo esse tempo afastados não se
lembrar mais do meu rosto, ou do meu nome. O que ficou não vai passar (já
foi vivido).

Eu não namorei nem tive a minha adolescência, e o único amor que tive se
perdeu na dor febril da minha infância.

- O único amor que eu tive na vida foi você. -

Fim!