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CONTINUAÇÃO FT (CONDUTA)

A. DOLO E CULPA
B. ITER CRIMINIS
C. CONSUMAÇÃO E TENTATIVA

DIREITO PENAL I . PROFA MA RENATA VITÓRIA. 1


FATO TÍPICO
ELEMENTOS OBJETIVOS:
Conduta
Nexo causal
Resultado
Tipicidade

ELEMENTOS SUBJETIVOS:
Dolo
Culpa
Preterdolo

DIREITO PENAL I . PROFA RENATA. 2


ART. 18, CP
Art. 18 - Diz-se o crime:
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de
produzi-lo;
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido
por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

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CRIME DOLOSO
Dolo: elemento subjetivo do tipo, integra a conduta e na teoria
finalista integra o FT.
Conceito – Capez: é a vontade e a consciência de realizar os
elementos constantes no tipo legal.
Elementos:
a. consciência (o fato é uma ação típica)
b. vontade: (elemento volitivo de realizar o fato).

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ART 18, I, CP
Teoria do dolo adotada pelo CP: teoria da vontade e do assentimento:

dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado (teoria


da Vontade).

Também é assentimento do resultado: previsão do resultado com a


aceitação dos riscos de produzi-lo.

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ESPÉCIES MAIS RELEVANTES DE DOLO.
Dolo direto: vontade de realizar a conduta e produzir o resultado. “Eu quero”.
Dolo indireto. Pode ser:
a. Dolo alternativo: o agente quer produzir um ou outro resultado, em igual
intensidade. Ex.: lesão x homicídio.

Dolo eventual: não quer diretamente o resultado, mas aceita a possibilidade de


produzi-lo. Assume o risco. (conhece o resultado e o aceita como possível)

Agente teve previsão do resultado, concorda com o resultado (anuência) e atua


com indiferença frente ao bem jurídico.

Resultado é previsto e aceito. Ex. roleta russa.

è Em casa: ler quanto as outras espécies de dolo.

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CRIME CULPOSO

ART 18, II, CP.


Conceito: é o que se verifica quando o agente, deixando
de observar o dever objetivo de cuidado, por
imprudência, negligência, ou imperícia, realiza
voluntariamente uma conduta que produz resultado
naturalístico indesejado, não previsto nem querido, mas
objetivamente previsível e excepcionalmente previsto e
querido, que podia, com a devida atenção, ter evitado.

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A vontade do agente é para a realização da
conduta e não para alcançar o resultado.

A culpa vai decorrer da comparação entre o


comportamento realizado pelo sujeito no plano
concreto e aquele que uma pessoa de prudência
normal, mediana, teria naquela mesma
circunstância.

Apenas vai ocorrer nos cr. Materiais: resultado.

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ELEMENTOS DO INJUSTO CULPOSO.
a. Inobservância do cuidado objetivo devido: não age com a diligência
devida.

b. Produção de resultado e nexo causal: o crime culposo só vai existir se


houver resultado. O resultado deve ser consequência da
inobservância do dever de cuidado.

c. Previsibilidade objetiva do resultado: não prevê o que era previsível


(culpa inconsciente); ou prevê o previsível (culpa consciente). Obs.:
considerar o homem médio.

d. Conexão interna entre o desvalor da ação e desvalor do resultado. O


resultado deve decorrer da inobservância do cuidado devido.

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MODALIDADES DE CULPA (INOBSERVÂNCIA DO
DEVER DE CUIDADO)
a) Imprudência: é a ação descuidada da pessoa. Caracteriza-se por ser
sempre um comportamento positivo. Outra característica é que a culpa
ocorre simultaneamente com a conduta, ou seja, a ação gera o perigo;
b)Negligência: é a forma omissiva, comportamento negativo da culpa. É
quando a pessoa não age de forma a se precaver dos riscos previsíveis;
c)Imperícia: é quando um profissional age com falta de habilidade ou
conhecimento na sua função. Obs.: A imperícia aplica-se somente nas
ocasiões em que a pessoa exerce a arte ou a profissão. Caso contrário, é
considerado imprudência. Porém, um profissional pode agir com
imprudência quando seu erro não advém da falta de habilidade no seu
exercício, mas de outros fatores.

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ESPÉCIES DE CULPA:
Espécies de culpa:

a)Culpa inconsciente: é quando o agente não consegue prever o resultado


possível; Não prevê o que era previsível. Ex.: Indivíduo que joga objeto pela janela, e
atinge pessoa que estava passando em horário que supôs que ninguém passaria.

b) Culpa consciente ou com previsão: é aquela que o agente sabe da existência do


resultado possível, mas acredita que sua habilidade impedirá que ela aconteça;

Obs2: a culpa consciente difere-se do dolo eventual na medida em que neste


o agente não se importa com o resultado (assume o risco), enquanto que na culpa
consciente a pessoa se importa com o resultado que possa ser criado, mas pensa ser
possível evitá-lo.

Ex.: atirador de elite: prevê que pode atingir a vítima, mas acredita que por sua
capacidade técnica conseguiria evitar a morte. (culpa consciente)
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c) Culpa própria: o agente não quer e não assume o risco de produzir o
resultado, mas dá causa por imprudência, imperícia, negligência.

d) Culpa imprópria, por extensão, equiparação ou assimilação: é


quando o agente, na ilusão de estar agindo em uma ocasião de exclusão
da ilicitude, age visando tal resultado. O erro exclui o dolo propriamente
dito, fazendo restar uma culpa com resquícios de ação dolosa.
Ex: A pessoa que atira no seu familiar, que entra sorrateiramente em sua
propriedade para lhe dar um susto, pensando ser um ladrão;

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e) Culpa mediata ou indireta: é a produção de um resultado, de forma
culposa, indiretamente.

Ex: Um assaltante tenta roubar um motoqueiro que está parado no


acostamento de uma rodovia. Assustado, o motoqueiro acelera sua moto em
direção à rodovia e acaba sendo atropelado e morto. O assaltante
responderá pela morte do motoqueiro.

Obs.: deve haver nexo causal entre os dois eventos, ou seja, o desdobramento
da ação deve ser algo previsível (como a tentativa de fugir de um assalto).
Deve haver também nexo normativo, isto é, o "segundo" resultado deve ter
sido produzido pela ação do agente.

Graus de culpa (relevante na dosagem da pena): Grave, leve e levíssimo.


Art. 59, CP.

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OBSERVAÇÕES
art18, pu: um crime só pode ser punível como culposo quando houver expressa
previsão legal. No silêncio da lei o crime só é punido quando dolosamente.
Ex.: Art. 129, § 6º, CP. Art. 180, § 3º, CP (único crime contra o patrimônio que
admite a forma culposa).
Se dois agentes concorrem para o mesmo crime, culposamente, cada um dos
agentes serão autores do crime. Ex.: avançar sinal x velocidade acima do
permitido = lesões.
Teoria do domínio do fato: não se admite participação em crime culposo.
Em regra, crime culposos, não aditem tentativa, se não há vontade do agente,
não há tentativa. Exceção: culpa imprópria: mata caseiro, achando ser ladrão.
Política criminal. Erro vencível. O agente age com dolo, mas é punido por culpa
e se não alcançar o resultado, haverá tentativa.

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EXEMPLO CX REMÉDIO LETAL PARA CRIANÇAS:

a. Deixo em cima da mesa esperando que a


criança pegue e tome o remédio: ?
b. Deixo em cima da mesa, se a criança pegar e
tomar o remédio, não há qq problema: ?
c. Deixo em cima da mesa, sem prever ser possível
que a criança pegue o remédio: ?
d. Deixo em cima da mesa, dentro de um pote,
trancado com chaves. Observo o dever cuidado.

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CRIME PRETERDOLOSO
É crime qualificado pelo resultado. Resultado culposo mais grave. (art. 19,
CP):
a. Pratica um crime completo, inclusive com seu resultado;
b. Além do resultado necessário para a consumação do crime, há também
a criação de outro resultado, agravador, culposamente causado.

è HAVERÁ: DOLO NO ANTECEDENTE E CULPA NO CONSEQUENTE.

Ex.: Desfere soco, a vítima cai, bate a cabeça e morre. Art. 129, § 3º, CP.
Art. 129, IV, CP. Lesão em grávida e abortamento.
è Tentativa é inadmissível => o resultado agravador não era desejado.

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ITER CRIMINIS: ETAPAS DO CRIME

Quando o agente começa a


realizar a figura típica?
Qual momento começo a ter
perigo de violação ou
violação efetiva do bem
jurídico?
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ITER CRIMINIS
Conjunto de fases que se sucedem cronologicamente no desenvolvimento do delito
doloso.
Art. 31, CP.

I. Fases: (cogitação, preparação, execução, consumação e exaurimento)


Interna: cogitação. Não é punível. É diferente de premeditar, pois é cogitar é um
querer sem ação.
Externa:
- preparação: não é punível, em regra, cria condições para a realização do
ilícito penal. É o que possibilita o ataque ao bem jurídico, mas não o é ainda.
Obs.: em alguns delitos atos preparatórios são crimes: Ex.: Associação Criminosa.
(Art. 288, CP); art. 288 x art. 289; art. 291

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- Execução: art.14, II, CP (iniciada a execução): só há crime a
partir dos atos de execução, em regra. Inicia com o primeiro ato
idôneo e inequívoco para a consumação do delito (tipo penal).
Ex.: agente aguarda vítima, armado, atrás de árvore. É
preparação ou consumação?
a. Teoria objetivo-formal - lógico formal - Quando o sujeito inicia
a prática do verbo do tipo penal.
Ex.: pula muro: invasão ao domicílio ou furto tentado? Invasão. Se
estiver dentro da residência subtraindo, é execução.
b. Teoria objetivo-individual: a execução inicia no período
imediatamente anterior ao início da execução típica. Considera-se
o plano concreto do autor (STJ). Ex.: Uso de barra de ferro para
adentrar em imóvel com intenção de furtar impedido por terceiros.
Pela teoria objetivo-formal haveria apenas o crime de invasão a
domicílio (art. 150, CP);

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- Consumação: a conduta criminosa se realizou
integralmente. Crimes materiais (consumação com
o resultado), crimes formais (apesar de terem
resultado independem dele para a consumação
Ex.; art.147, ameaça.); crimes de mera conduta:
não têm resultado, basta haver a conduta para
que haja a consumação.
- Exaurimento: em regra, não compõe iter criminis.
ocorrência de outros atos lesivos após a
consumação – ex.: corrupção passiva.
Consumação? Exaurimento?

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CRIME CONSUMADO – ART. 14,I, CP
Aquele que tornou perfeito o verbo do tipo penal. No qual o bem jurídico
protegido sofreu lesão.
O momento consumativo varia a depender da natureza do crime.
a. Crime material ou de resultado: o tipo penal descreve a conduta e o
resultado naturalístico deve haver efetiva modificação do mundo exterior;
consuma-se com o dano ou o perigo.
b. Crime formal (de consumação antecipada): a norma penal descreve um
resultado naturalístico, mas dispensa a modificação do mundo exterior,
contentando-se para a consumação apenas com a prática da conduta
típica. O resultado é mero exaurimento. Ex.: art.159, CP .
c. Crime de mera conduta: delito sem resultado naturalístico, há a descrição de
uma conduta que basta para a existência do crime. Ex.: art. 150, CP; art.
147, CP; Crime de porte ilegal de arma de fogo (ART. 14, Lnº
10.826/2003). Art. 151,CP.

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d. Crime permanente: consumação se potrai
até que o agente cesse a conduta delituosa.
Ex.: Cárcere privado.
e. Crime habitual: a consumação se dá com a
reiteração da conduta delituosa. Ex. art.
284, CP. Art. 230, CP; art. 282,CP.
f. Crime qualificado pelo resultado: produção
de resultado que agrava especialmente a
pena. Ex.: lesão corporal seguida de morte.
(art. 129, § 3º).

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g. Crime omissivo próprio: consuma-se no momento
que o agente se abstém de praticar a conduta
devida art. 269, CP.

h. Crime comissivo por omissão: tem sua


consumação reconhecida com o não impedimento da
produção do resultado naturalístico (dano ou perigo).
(art. 13, § 2º);

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CRIME TENTADO: ART.14, II, CP
Não se consuma um crime com execução iniciada, por circunstâncias
alheias a vontade do agente.
Atos de execução devem ser inequívocos (destinados a produzir o
resultado) e idôneos (aptos a consumação).
Ex.: comprar arma, esperar em moita, é ato inequívoco, mas só isso
não basta para que haja a consumação (ato não é idôneo). Critério
lógico-formal: a execução apenas se inicia, quando há início à
prática do verbo do tipo legal (atendendo ao Princípio da
legalidade): maioria da doutrina.

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Elementos da Tentativa:

a. Início da Execução;
b. A não consumação do crime por
circunstâncias alheias à vontade do
agente;
c. Dolo de consumação;
d. Resultado possível;

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EXEMPLO 1
No dia 31 de dezembro de 2001, por volta das 23h e 30min, na Rua Major Alencastro,
em Dom Pedrito,
Jadir e Eder Mauro, em concurso e com um revólver calibre ‘32’ (auto de apreensão de
folha 17), os denunciados mataram
Paulo André Campello Moreira, desferindo-lhe tiro na nuca, produzindo-lhe ferimento
na região temporo-parietal esquerda (auto de necropsia de fls. 09/10), em razão de
discussão da vítima com a namorada do denunciado Jadir e filha do denunciado Éder
Mauro, Cláudia Roseli dos Santos, que acusava aquela de tentativa de furto de uma
piscina.
Quando dos fatos, após discutir com a vítima, o denunciado Éder mauro simulou
reconciliar-se com ela, abraçando-a, virando-a de costas para o denunciado Jadir que,
aproximando-se, desferiu um tiro na nuca de Paulo André, pelas costas, referindo “então
tu já era”, o que lhe impossibilitou totalmente a defesa.
No mesmo dia e local, logo após ao primeiro fato, com o referido revólver, o denunciado
Jadir tentou matar Antônio Flávio Campello Moreira, irmão da vítima fatal, desferindo-
lhe vários tiros, produzindo-lhe ferimento na perna esquerda (auto de exame de corpo
de delito de folha 13), pelo só fato de a vítima ter tentado socorrer seu irmão Paulo
André, gravemente ferido na cabeça.
Homicídio somente não se consumou porque Antônio Flávio fugiu correndo,
protegendo-se atrás de um automóvel e o projétil não atingiu órgão vital, bem como
o réu esgotou toda a munição da arma.
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OBSERVAÇÃO:
Crimes de atentado ou de empreedimento: o legislador
pune com a mesma pena o crime consumado e o crime
tentado. Ex.: art. 352, CP – evadir-se ou tentar evadir-se
[...].
Ano: 2018 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão: MPE-MG Prova: Promotor de Justiça Substituto O art. 14, II,
Parágrafo único, do Código Penal, estabelece que “salvo disposição em
contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços”. Excepcionalmente, contudo, a lei penal pátria
descreve condutas cujo tipo prevê a punição da tentativa com a mesma pena
abstratamente aplicável ao crime consumado. É o que sucede, v.g., com o crime
tipificado no art. 352, do Código Penal: “Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou
o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência
contra a pessoa”: Tal espécie delitiva é classificada pela doutrina como:

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OBSERVAÇÃO:

Súmula 582: “Consuma-se o crime de roubo com a


inversão da posse do bem mediante emprego de
violência ou grave ameaça, ainda que por breve
tempo e em seguida à perseguição imediata ao
agente e recuperação da coisa roubada, sendo
prescindível a posse mansa e pacífica ou
desvigiada”.

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II. Espécies de tentativa:
a. Imperfeita: há interrupção do processo executório, o agente não pratica
todos os atos executórios; Ex.: entra na casa, separa a res, mas não consegue se
imitir na posse porque chega a polícia.
b) Perfeita ou acabado (crime falho): o agente pratica todos os atos de
execução do crime, mas consegue atingir a pessoa ou a coisa. Ex.: agente atira
na vítima, no entanto ela é socorrida e não morre.
c. Branca ou incruenta: a vítima não é atingida, nem vem a sofrer ferimentos:
c. 1. Perfeita: o agente realiza a conduta integralmente, sem ferir a vítima.
Ex.: erra todos os tiros.
c. 2. Imperfeita: a execução é interrompida sem que a vítima seja atingida
(após o primeiro a disparar errado, o agente é desarmado).

d) Cruenta: a vítima é atingida, vindo a lesionar-se.

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III. INADMISSIBILIDADE DA TENTATIVA:

Crimes culposos: o agente não deseja o resultado. Exceto culpa imprópria,


pois a intenção de que ocorra o resultado, mas o agente está em erro.
Cr. Preterdoloso: Ex.: lesão corporal seguida de morte: se não houver o
resultado morte, apenas haverá a lesão, a única que então será punida.
Crimes unissubsistentes: o “iter criminis” não é fracionado, assim o crime é
consumado com apenas um ato. Art. 331 (desacato). Obs.: para Capez
admite tentativa: por ex, injúria que a vítima não ouviu.
Omissivos próprios: não exige resultado naturalítico produzido pela omissão
ex art. 135 ( ou o sujeito presta o socorro e não é crime ou deixa de prestar
e configura crime);
Contravenções penais: DL 3688/41, art. 4 – apesar de teoricamente
possível a lei afasta a tentativa.

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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (OU TENTATIVA
ABANDONADA)
Art. 15, CP.
Ocorre durante a execução do crime, mas sem esgotá-lo.
Poderia prosseguir e não prossegue; Apenas responde pelo atos já praticados;

REQUISITOS:
a. Voluntariedade. ( não quero)
b. Eficiência. (posso)

Obs.: Se não for eficaz há a consumação.


Obs. 2.: não se exige espontaneidade.
Obs.: 3. Crime seria consumado.
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EXEMPLO PRÁTICO:
DESCLASSIFICAÇÃO. A existência de prova robusta de que o acusado deu
início à empreitada criminosa não autoriza, per se, afirmar que se está
diante de um crime tentado, visto que a conjunção carnal, em última
esfera, deixou de se efetivar por ato voluntário do próprio denunciado e
não por razões alheias à sua vontade.
Relato da própria ofendida que esclarece ter o acusado, frente à sua
negativa, ter deixado de adotar qualquer outra conduta de cunho
sexual, passando a agir como se nenhum evento tivesse ocorrido
naquela data. Desistência voluntária que limita a responsabilização
criminal do agente pelos danos até então causados. CONSTRANGIMENTO
ILEGAL. O exame dos atos perpetuados pelo agente revela ter sido a
vítima constrangida, mediante violência e grave ameaça, a despir-se,
circunstância que viola seu direito à liberdade pessoal, fazendo incidir o
artigo 146 do Código Penal. Apelação Crime Nº 70056571482, Quinta
Câmara Criminal - Regime de Exceção, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Sandro Luz Portal, Julgado em 10/05/2017)
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ARREPENDIMENTO POSTERIOR
ART 16, CP.
- Obrigatório que seja eficaz;
- É causa obrigatória de redução de pena;
- Precisa ser voluntário mas não espontâneo;
- Maioria da doutrina: o arrependimento posterior
por um dos agente aproveita aos demais.
- Reparação parcial: apenas se a vítima aceitar;
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CRIME IMPOSSÍVEL (OU TENTATIVA INIDÔNEA,
QUASE CRIME)
ART 17, CP.
Exemplo 1: descarrego a arma em determinado
sujeito, mas não há disparo. Perícia: arma com
defeito estrutural e não poderia efetuar disparos.
(ineficácia absoluta de meio);
Aborto em gestante com feto morto.
(impropriedade do objeto),

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ERRO DE TIPO
Art. 20, CP; Exclui o dolo, há exceções.

Erro de tipo essencial: erro que versa sobre uma elementar do tipo, ou sobre
circunstância que torna o crime mais grave.
Ex.: mata pessoa achando ser animal. Furta algo alheio achando ser próprio.
Ex.: mata idoso (65 anos) achando ser adulto de 50 anos. Art 121, § 4º, CP.
Pode ser:
a. Inevitável: exclui dolo e culpa, não há nem consciência e nem
previsibilidade;
b. Evitável: erro previsível, exclui apenas o dolo, pois havia a possibilidade
do agente conhecer o perigo.

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Erro de tipo essencial permissivo:
descriminantes putativas: agente entende
agir em situação de excludente de ilicitude.

Ex.: agressão suposta e o agente acredita


estar em legítima defesa. Invencível: exclui
dolo e culpa; erro vencível (inescusável)
apenas responderá pela culpa.

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Erro de tipo acidental: recai sobre dados
secundários, periféricos do tipo penal, a intenção
criminosa é manifesta.
a. Erro sobre o objeto: conduta recai sobre coisa
diversa da pretendida. O erro será irrelevante.
Responderá o agente pelo crime. Ex.: Quer
furtar relógio de ouro, mas furta um apenas
dourado. Obs.: considera-se o objeto
efetivamente atingido.
b. Erro sobre a pessoa: atinge pessoa diversa da
que pretendia. Leva-se em conta a vítima
virtual. Art. 20, § 3º, CP. Ex.: mãe mata filho
diverso acreditando ser o seu. Art. 123, CP.
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