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Capítulo 4

Classificação dos Custos

Habilidades Definir o que são custos diretos, custos indiretos,


custos fixos e custos variáveis.

Seções de estudo Seção 1:  O que são Custos Diretos?

Seção 2:  O que são Custos Indiretos?

Seção 3:  O que são Custos Fixos?

Seção 4:  O que são Custos Variáveis?

DUTRA, Onei Tadeu. Gestão de custos e preços. Palhoça: UnisulVirtual, Ano. 2017.

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Capítulo 4

Seção 1

O que são Custos Diretos?


Custos diretos são aqueles que a empresa consegue identificar diretamente com
os produtos. Se o objetivo é alocar custo ao produto, então dizemos que é custo
direto do produto.

Genericamente falando, os custos diretos são as matérias-primas e a mão de


obra direta. Veja que todos os outros são custos indiretos dos produtos.

Então, para definirmos quais são os custos diretos dos produtos de uma empresa,
teremos que saber antecipadamente qual o seu ramo de atividade. A título de
exemplo, a água é custo direto para a indústria de refrigerante, mas não é custo
direto para a serralheria. Outro exemplo é o gás combustível consumido em
uma caldeira da fábrica. Se ele estiver relacionado somente com um produto,
podemos dizer que é custo direto do produto. Se estiver relacionado com vários
produtos, é considerado custo indireto do produto.

O outro custo direto do produto é a mão de obra relacionada diretamente com a


sua fabricação. Nesse caso, somente é considerado mão de obra direta o salário
(mais os encargos) dos funcionários que manipulam, efetivamente, o produto no
processo de produção. Se a mão de obra (MO) não estiver relacionada diretamente
com o produto, no processo de produção, dizemos que esta MO é indireta.

Em Contabilidade de Custos, quando se fala em custos diretos, normalmente se


relacionam tais custos (diretos) com os produtos. Então, à primeira vista, custo
direto está relacionado com o produto. Assim, a MO do almoxarifado não é
direta, pois não interage com o produto no processo de produção. Neste sentido,
a MO não é direta quando manipula a MP e, muito menos, quando manipula o
produto acabado. Somente podemos considerar MO direta aquela que é gasta no
processo produtivo.

O ideal em uma empresa é ter sempre custo direto. Mas esse idealismo, na
prática, é impossível, pois existem custos que não podem ser alocados
diretamente aos produtos. Nesse caso, a empresa deve alocar os custos
identificados aos respectivos departamentos. É assim que surge a figura do
custo direto do departamento. Isto são custos indiretos dos produtos e diretos
dos departamentos. A título de exemplo de custo direto dos departamentos,
podemos citar o valor da mão de obra dos supervisores (MOI), já que o setor de
pessoal mantém controle desses gastos por departamento. Como você pode

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Gestão de Custos e Preços

perceber, não existe uma maneira de alocar esse valor diretamente aos produtos,
já que os supervisores coordenam a fabricação de vários produtos
simultaneamente. Mas a Contabilidade de Custos pode alocá-los diretamente aos
Departamento é uma departamentos, conforme a distribuição dos salários na
subdivisão da empresa. folha de pagamento elaborada pelo setor de pessoal.

Seção 2

O que são Custos Indiretos?


Podemos definir custos indiretos como aqueles que não estão relacionados
diretamente com o produto. Aqui também podemos usar a expressão do custo
indireto do departamento, análoga ao custo direto do departamento.

E como os custos indiretos não possuem uma relação direta com o produto,
ou com o departamento, precisamos dividi-los, rateá-los entre os produtos
ou departamentos. Veja que aqui se encontra uma grande característica dos
custos indiretos, ou seja, o rateio dos custos indiretos. Se todos são indiretos,
precisamos encontrar uma maneira, uma forma, uma base para fazer a alocação
de tais custos ao objeto de alocação, produto ou departamento.

Então, precisamos encontrar uma base para dividir os custos indiretos e alocá-
los aos produtos ou departamentos. Essa base se denomina “base de critério de
rateio”, ou simplesmente “critério de rateio” dos custos indiretos de fabricação
(CIFs). Aqui está implícito que somente existe custo indireto se existirem dois
ou mais produtos, ou dois ou mais departamentos. Pois, se houver somente um
produto, ou um departamento, não há como se falar em custo indireto, uma vez
que, pela lógica do custo, haveria um único objeto de alocação, ou único produto
ou departamento.

Um exemplo clássico de custo indireto é a depreciação da fábrica. Como não


existe uma relação direta entre a depreciação e o produto, ou departamento,
teremos que definir um critério para alocar a depreciação aos produtos, ou
departamentos. Nesse mesmo entendimento, podemos citar o aluguel da fábrica,
a água consumida e os demais custos indiretos de fabricação (CIFs).

Perceba que estamos falando bastante em “fábrica”. Ora, veja que todo o gasto
da fábrica é custo indireto, pois não existe uma relação direta entre o custo da
fábrica e o objeto de alocação.

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Capítulo 4

Resumindo

• Custos diretos do produto - valor alocado diretamente ao produto. Exemplo:


MP. e MOD.

• Custos diretos do departamento - não podem ser alocados diretamente ao


produto, mas podem ser alocados diretamente ao departamento. Exemplo:
MOI, refeições, treinamentos dos funcionários do departamento.

• Custos indiretos dos produtos - são os custos diretos e indiretos dos


departamentos. Exemplo: qualquer custo da fábrica.

• Custos indiretos dos departamentos - qualquer custo da fábrica que não


se consegue alocar diretamente aos produtos ou departamentos. Exemplo:
qualquer custo da fábrica.

Seção 3

O que são Custos Fixos?


Custos fixos são da fábrica que não mantém uma relação de proporcionalidade
com a quantidade de produtos fabricados. São os custos que a empresa suporta,
independentemente de haver produção. Se a empresa não produzir nenhuma
unidade, ou se produzir dez unidades, ou, ainda, se produzir cem unidades, os
custos fixos são os mesmos para a quantidade produzida. Um exemplo típico é a
depreciação do prédio da fábrica, ou o aluguel do prédio da fábrica, se essa não
possuir prédio próprio.

Entretanto, esse conceito somente acontece na teoria, pois, na prática, os custos


fixos se comportam em “degraus”, como visualizado no gráfico cartesiano a
seguir (veja a Figura 4.1).

Isto quer dizer que para um determinado nível de produção, por exemplo, de mil
a duas mil unidades, os custos fixos são os mesmos. Se o nível de produção se
alterar passando, agora, por exemplo, de mil e quinhentas unidades para duas mil
e quinhentas unidades, o custo fixo também se altera. Na prática das empresas, a
Contabilidade de Custos trabalha com um nível normal de produção, por exemplo,
entre 75% e 92% da capacidade máxima de produção, para os valores dos
custos fixos.

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Gestão de Custos e Preços

Figura 4.1 - Gráfico cartesiano do comportamento dos custos fixos

Valor dos Intervalo de


custos fixos produção normal
(R$) da empresa

Intervalo de
interesse

75% 92% 100%

Quantidade produzida (em unidades)

Fonte: Elaboração do autor, 2015.

Para determinarmos efetivamente os custos fixos, devemos saber o ramo de


atividade da empresa, pois o que é custo fixo para uma empresa pode não o ser
para outra. Citando o exemplo da indústria de serralheria, a água é custo fixo,
mas, para a indústria de refrigerante, a água é custo variável.

Seção 4

O que são Custos Variáveis?


Custos variáveis são definidos como os custos que se alteram em proporção
à quantidade produzida. Existe uma relação direta entre o custo variável e a
quantidade fabricada, ou seja, quanto mais a empresa produz mais aumentam
os custos variáveis. A recíproca é verdadeira, quanto menos produtos a empresa
fabrica, menos custos variáveis ela terá.

Os exemplos clássicos de custo variável são a matéria-prima (aqui incluída


a embalagem) e a mão de obra direta (MOD). Quanto à matéria-prima, é fácil
perceber que existe uma relação direta entre o insumo e a produção, pois, para
se fabricar qualquer produto, necessariamente utilizamos matéria-prima. Como
exemplo, podemos citar a fabricação de uma carteira escolar: para a carteira
existir na realidade, a madeira é um dos insumos principais para tal. Além da
madeira, a carteira irá incorporar cola, tinta, prego, entre outros insumos.

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Capítulo 4

Então, para fabricar uma carteira você precisa de certa quantidade de matéria-
prima, para fabricar duas carteiras irá precisar o dobro do que utilizou na primeira
carteira, e assim sucessivamente. Dessa forma, veja que há proporcionalidade
entre a MP e a quantidade produzida.

Quanto à mão de obra direta, o comportamento do custo é o mesmo. Para


fabricar mais carteiras, necessita-se de mais mão de obra. O gráfico da Figura 4.2
apresenta o comportamento dos custos variáveis em relação à produção.

Figura 4.2 - Gráfico cartesiano do comportamento dos custos variáveis

Valor dos
custos
variáveis
(R$)

Quantidade produzida (em unidades)

Fonte: Elaboração do autor, 2015.

Como você pode notar na Figura 4.2, existe uma proporcionalidade entre o
custo variável e a quantidade fabricada. À medida que a empresa aumenta a
produção, aumentam, também, os custos variáveis, na mesma proporção. Mas
a proporcionalidade é aceita em teoria, pois, na prática, ela não é tão evidente
como no gráfico da Figura 4.2. No dia a dia da empresa, a experiência adquirida
no processo de fabricação dos produtos altera esta proporcionalidade.

O primeiro exemplo é a matéria-prima. Perceba que, para fabricar um produto,


a empresa sempre incorre em perdas de MP. No início de produção da fábrica,
a perda de MP é maior, e à medida que a empresa vai produzindo, essa perda
diminui, os funcionários vão se especializando e adquirindo mais habilidades no
fabrico dos produtos.

O segundo exemplo é a MOD. Também no início de produção da fábrica, os


funcionários utilizam mais tempo para fabricar um produto, e à medida que eles
vão adquirindo experiência no processo produtivo, utilizam menos tempo para
fabricar os produtos.

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Gestão de Custos e Preços

A título de exemplo, suponha que, no início da produção das carteiras, os


funcionários utilizavam, em média, 0,30 metros cúbicos de madeira e sessenta
minutos na fabricação de cada uma. Um ano depois, trabalhando normalmente,
os funcionários utilizam 0,27 metros cúbicos de madeira e cinquenta minutos no
mesmo tipo de carteira.

Perceba, assim, que, na prática, a proporcionalidade para a MP é bastante


elevada, no pressuposto do produto ser o conjunto de MP utilizado na produção.

Já a MOD não é consenso para alguns autores quanto a ser custo variável. Eles
argumentam que, havendo ou não produção, a empresa irá pagar a mão de obra
direta. Também se pode argumentar que a empresa pagará a MOD, se houver
perspectiva de produção para o próximo mês, se não houver essa certeza, a
empresa dispensará os funcionários. Pode-se, então, inferir, precariamente, que
no mês em análise a “MOD é custo fixo”, mas se levarmos em consideração
dois ou mais meses, a MOD é custo variável. Em todo caso, para os propósitos
desta Unidade de Aprendizagem, como para a maioria dos autores, a MOD será
considerada custo variável.

Perceba que a proporcionalidade da MP em relação à quantidade


produzida, na prática diária, não é de 100%, como imagina a
teoria. Entretanto a proporcionalidade da MP é bem maior do que a
proporcionalidade da MO, já que a relação da MP com o produto é mais
direta do que a relação da MO com o produto. Temos, nesse caso, a
chamada Curva de Experiência, bastante estudada pelos economistas, que
é justamente o decréscimo da linha cartesiana, à medida que a mão de
obra se especializa na linha de produção.

Finalizando o capítulo, você pode se perguntar qual das duas classificações é


mais importante no dia a dia das empresas. A resposta para essa curiosidade
são os elementos de custos. Como o objetivo da empresa é produzir e vender
produtos, esses devem ter uma qualidade ótima para conquistar os clientes. E a
qualidade, como você pôde perceber, depende da MP e da MOD. Como os dois
custos são variáveis, perceba que, se tivermos de eleger uma classificação de
custos, essa seria a resposta.

Entretanto, acompanhe o seguinte assunto para reflexão: a priori, os custos


variáveis são melhores para a empresa, pois ela somente gastará dinheiro com os
custos, se existir produção. Então, digamos que se trata de um custo “bom”. O
custo “ruim” é o custo fixo, pois, independentemente da produção, a empresa
terá de “suportá-lo” (ou amortizá-lo ou, ainda, ganhar dinheiro para “cobri-lo”).

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Capítulo 4

Mas existe uma situação curiosa: a princípio, quanto maior o custo fixo, mais
valor agregado do produto. O inverso é verdadeiro: quanto mais custo variável,
menor é o valor agregado do produto (na suposição de que quanto mais valor
agregado, mais rentável é o produto). Então, fica o seguinte trade-off: utilizar
mais custos variáveis – facilidade de gerenciamento e menor rentabilidade ou
Trade-offs é quando custos fixos – maior dificuldade de gerenciamento, mas
abrimos mão de alguma maior rentabilidade do produto.
coisa (bem, serviço ou
direito) no presente, para Exemplificando a situação acima, imagine dois produtos:
auferirmos algo melhor móveis e computadores. O primeiro é intensivo em
no futuro. Um bom
custos variáveis (principalmente MP e MOD dos
exemplo de Trade-offs
está no jogo de xadrez. funcionários), fácil de gerenciar, mas menos rentável. O
Você pode deixar que segundo é intensivo em custos fixos (principalmente,
seu adversário ‘coma’ amortização da pesquisa e depreciação das máquinas
um peão do seu jogo,
contudo, essa atitude lhe
sofisticadas), difícil de gerenciar, mas bem mais
permitirá ‘comer’ uma rentável. Então, a pergunta que fica, é: qual empresa
torre do seu oponente você gostaria de gerenciar (fabricante de móveis ou de
na próxima jogada. Em
computadores)?
outras palavras, para
otimizar um resultado no
A par desse conteúdo, você já pode responder às
futuro, você precisa abrir
mão de algum recurso no questões a seguir, com o objetivo de aumentar os seus
presente. conhecimentos.

Atividades de autoavaliação
A partir de seus estudos, leia com atenção e resolva as atividades programadas
para a sua autoavaliação.

1. Explique, com suas palavras, o que é custo direto.

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Gestão de Custos e Preços

2. Explique, com suas palavras, o que é custo indireto.

3. Indique se é Custo Direto (D) ou Custo Indireto (I):

a) ( ) Depreciação do prédio da fábrica.

b) ( ) Salário do supervisor (MOI).

c) ( ) Salário do operador do torno (torneiro).

d) ( ) Energia elétrica da prensa hidráulica.

e) ( ) Depreciação da prensa de imprimir jornal.

f) ( ) Consumo de água na fábrica de computadores.

g) ( ) Energia elétrica consumida na fábrica.

h) ( ) Materiais indiretos.

i) ( ) Seguro do caminhão da fábrica.

j) ( ) Tinta na indústria gráfica.

4. Explique, com suas palavras, o que é custo fixo.

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Capítulo 4

5. Explique, com suas palavras, o que é custo variável.

6. Indique se é Custo Fixo (F) ou Custo Variável (V):

a) ( ) Salário dos funcionários que fabricam carros.

b) ( ) Matéria-prima consumida na indústria de caneta.

c) ( ) Salário do gerente da fábrica.

d) ( ) Consumo de barro na indústria de tijolo.

e) ( ) Energia elétrica do tear na indústria de tecido.

f) ( ) Gasto com água na indústria de calçados.

g) ( ) Depreciação do forno industrial.

h) ( ) Papel na indústria gráfica.

i) ( ) Consumo de papel na indústria metalúrgica.

j) ( ) Salário do vigia na construção civil.

7. Sendo a Universidade uma empresa em que se pode aplicar a Contabilidade de


Custos e a formação do aluno como o produto dessa empresa, cite cinco custos
indiretos da empresa e dois custos diretos na formação do aluno.

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Gestão de Custos e Preços

8. Cite dois exemplos de custos variáveis utilizados em uma gráfica e dois


exemplos de custos diretos incorridos no departamento de impressão.

9. Explique por que a água em uma indústria metalúrgica não é custo variável.

10. Explique por que o aluguel do prédio da fábrica não é custo direto.

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Respostas e comentários das atividades de
autoavaliação
1. São os valores que podem ser alocados objetivamente aos produtos, ou
departamentos, conforme o objeto de alocação de custo.

2. São os custos que necessitam de algum critério de rateio, pois não se


consegue identificá-los objetivamente aos produtos, ou departamentos, conforme
o objeto de alocação.

3.

a. ( I ) Depreciação do prédio da fábrica


b. ( I ) Salário do supervisor (MOI)
c. ( D ) Salário do operador do torno (torneiro)
d. ( D ) Energia elétrica da prensa hidráulica
e. ( D ) Depreciação da prensa de imprimir jornal
f. ( I ) Consumo de água na fábrica de computadores
g. ( I ) Energia elétrica consumida na fábrica
h. ( I ) Materiais indiretos
i. ( I ) Seguro do caminhão da fábrica
j. ( D ) Tinta na indústria gráfica

4. Custos fixos são os valores consumidos na produção e que não se alteram


com a quantidade produzida.

5. São valores consumidos na produção e que mantêm uma relação direta com a
quantidade produzida.

6.

a. ( V ) Salário dos funcionários que fabricam carros.


b. ( V ) Matéria-prima consumida na indústria de caneta.
c. ( F ) Salário do gerente da fábrica.
d. ( V ) Consumo de barro na indústria de tijolo.
e. ( V ) Energia elétrica do tear na indústria de tecido.
f. ( F ) Gasto com água na indústria de calçados.
g. ( F ) Depreciação do forno industrial.
h. ( V ) Papel, na indústria gráfica.
i. ( F ) Consumo de papel na indústria metalúrgica.
j. ( F ) Salário do vigia, na construção civil.

7. Custos indiretos – salários das pessoas que fazem limpeza, água, seguro do
prédio, depreciação do prédio, iluminação da parte externa da universidade.
Custos diretos – salário do coordenador do curso e giz das salas de aula.

8. Custos variáveis – papel e tinta. Custos diretos – salários das pessoas


que trabalham exclusivamente no departamento e seguro das máquinas do
departamento.

9. Porque a água não faz parte do produto da empresa.

10. Porque o valor gasto beneficia toda a produção, e não somente um produto
específico.

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