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Diário da Zambézia
Previsão do tempo
Quem alguma vez já usou o
112?
Director interino: Joaquim Chibalo
Ano XIII Edição n°2.713 Quarta-feira: 09/05/2018
Quelimane Registado sob o nº 028/GABINFO-DE/2005
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Assistente do IPAJ

proibido pisar no
tribunal
Porto de Macuse provoca alarido
 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018
Sociedade Assistente do IPAJ interdito de entrar no Tribunal
U
m assistente judiciário
afecto ao Instituto de
Patrocínio e Assistência
Jurídica em Quelimane, foi
interdito de realizar quaisquer
actividades de assistência
jurídica e patrocínio jurídico, por
motivos até aqui não esclarecidos.
Trata-se de Henriques
Naruaniuaca, que era colaborador
do IPAJ na Zambézia e que através
duma nota datada de 26 de Abril
passado, o delegado do IPAJ,
António Molde Gusse escreveu
ao Tribunal Judicial da Província
Edição n° 2.713
da Zambézia, comunicando “pecado” o jurista Henriques
sobre a interdição de Henriques Naruaniuaca teria feito até
como assistente judiciário. merecer esta sanção, fomos
a delegação do IPAJ, porque
A nota em poder do Diário da
mais do que ninguém, seria
Zambézia, não avança os motivos
António Mulde Gusse a explicar.
que levaram a direcção do IPAJ
a tomar esta medida, diga-se Na passada quinta-feira passada,
drástica, contra o seu colaborador, interpelamos Gusse, mas com
mas, na mesma nota pode- ares de estar ocupado, disse que
se ver uma suposta assinatura não podia conceder entrevista,
do visado, dando sinal de que porque estava a preparar a
já conhece a decisão tomada. chegada do seu director-geral,
mas que prometeu dar a tal
Delegado dá voltas
entrevista na semana seguinte,
Para ouvir no concreto que portanto, esta segunda-feira.
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 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018 Edição n° 2.713

Como se diz que o “prometido é
devido”, eis que nesta segunda-
feira(07) fomos novamente para
o IPAJ e para nossa desilusão,
fomos informados que afinal, o
delegado Gusse está ausente
por uma semana, caindo assim
“em terra” a nossa pretensão
de equilibrar o assunto.
No que tange ao visado,
procuramo-lo nos corredores mais
próximos, mas ninguém conseguiu
nos dar os seus contactos.
Refira-se que nos últimos tempos,
o IPAJ tem vindo a ser apontado
como uma suposta casa onde
a “corrupção” sentou e basta
dizer que vem do IPAJ Quelimane
é motivo de ser desconfiado.
Aliás, num passado recente, a
directora da Justiça, Assuntos
Constitucionais e Religiosos
nesta parcela do país, Josefa
Ferreira, apelou a direcção do
IPAJ para estancar e não tolerar
estes actos de corrupção. E
para não variar, o IPAJ parece
andar em marés turvas, porque
na Penitenciária Provincial
da Zambézia, os reclusos
não querem saber daqueles
assistentes, porque segundo os
reclusos, os assistentes quando
estão em julgamento a única coisa
que sabem fazer é dizer “que
se faça a justiça meritíssimo”
e isso indigna os presos.
(Iderson Ribeiro e Redacção)

Linha de emergência da polícia

Quem alguma vez já usou o 112?
O
famoso número 112 verdade, custa compreender se de emergência 112 está sob gestão
que anda estampado facto é um número de emergência da Polícia da República de
nas viaturas da Polícia ou não. Os outros, portanto, Moçambique, fomos ouvir o
da República de Moçambique aqueles que já tentaram chamá-lo, porta-voz provincial da polícia
e em outros equipamentos da dizem que não ajudou em nada. na Zambézia, Miguel Caetano,
corporação, pode ser uma farsa em torno deste assunto.
PRM minimiza o assunto
ou um número apenas para
Em exclusivo ao Diário da
manter nos registos, mas que na Sabido que o número de
Zambézia, Caetano confirmou
verdade, quando se tenta ligar
para este número pedindo ajuda,
já que foi concebido para este
fim, ele dá duas opções. Uma, o
número chama e ninguém atende
enquanto que a segunda é que
as vezes, o 112 fica desligado.
Este pode não ser o único número
de instituições, que se alega ser de
emergência, mas que na verdade,
quando o cidadão necessita, o
mesmo nunca está ao dispor.
De forma rápida e sem grande
esforço, fizemos uma pequena
ronda e em conversas não
gravadas com alguns cidadãos
de Quelimane, uns disseram
que nunca ouviram falar deste
nr 112 enquanto que outros,
afirmaram que das vezes que
tentaram, ninguém atendeu,
mesmo perante insistência.
Os cidadãos que conhecem,
dizem que vê estampado nas
viaturas e noutros meios da polícia
e ai aproveitam ver, mas que na

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 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018 Edição n° 2.713

que o número 112 existe,
mas de seguida gaguejou
bastante quando foi indagado
a falar da funcionalidade. sobre o assunto para depois
vir esclarecer e não disse
Aqui, o porta-voz da polícia
mais nada. (Iderson Ribeiro)
apenas disse que vai se inteirar

Burlador preso
Cobrava dinheiro em troca de ligações eléctrica

U
m cidadão nacional de 32
anos de idade, cujo nome
não foi revelado e que
se fazia passar de funcionário
da empresa Electricidade de
Moçambique (EDM), encontra-
se encarcerado nas celas
do Polícia da República de
Moçambique (PRM), do distrito
de Nicoadala na Zambézia.
Pesam sobre o referido falso
funcionário da EDM, acusações de
burla e de fraudação a proprietários
de residências, na localidade
de Marrongane com alegação
de que ele iria fazer ligações de
corrente eléctrica nas residências.
Para lograr seus intentos, o
indivíduo fazia-se passar por
funcionário da EDM, que cobrava
valores que podiam ir até aos 40
mil Meticais para fazer uma ligação
domiciliária em menos tempo.
Mas como os cidadãos nunca
mais viam luzes acesas nas
suas residências, começaram
a desconfiar, e não só, foram
pedindo informações de outras
pessoas fora daquela zona
sobre os valores cobrados para
uma simples ligação domiciliária
e ai, as informações foram
chegando, mas os valores não

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 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018 Edição n° 2.713

iam de acordo com aqueles

que o falso electricista cobrava.
Foi dai que, foram contactar
as autoridades policiais para
juntos averiguarem este
assunto. A polícia redobrou-
se e foi às investigações que
culminaram com a detenção
do referido electricista e
falso funcionário da EDM.
O porta-voz da PRM nesta parcela
do país, Miguel Caetano, explicou
que nesta operação, foi recuperado
parte de valor extorquido.
Refira-se que nos últimos tempos,
pululam na sociedade falsos
funcionários de qualquer ramo Google
de actividade que à todo custo
tentam tirar o pouco que o cidadão

Mesmo antes de arrancar

Porto de Macuse provoca alarido
• Entretanto, Razak apela o empresariado a ir atrás da informação

Google

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 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018
O
famoso projecto da
construção da linha férrea
Chitima-Moatize-Macuse
e consequentemente também a
construção do Porto de Macuse
na Zambézia, já está criar alaridos
no seu do empresariado local que
já se sente excluído do processo.
Os empresários querem também
ganhar dinheiro como forma
de verem as suas empresas a
crescerem, e com esta suposta
exclusão, a classe empresarial
receia que o Projecto-Macuse seja
igual ao que aconteceu em Tete
com a Vale Moçambique, onde os
empresário locais foram ignorados.
Nesta terça-feira, aquando da
apresentação do ponto de situação
do projecto, em Quelimane, perante
o governo e a classe empresarial,
muitas dúvidas ficaram no ar,
sobretudo nas oportunidades
de negócio e também o
reassentamento da população.
Na ocasião, os empresários
disseram aos demais convidados
que há mais de quatro meses
que tentam sem sucesso obter
informações sobre o suposto
projecto, mas que ninguém
consegue dizer nada de concreto.
Paulo Duarte, empresário
no ramo mineiro disse que
esperava da apresentação uma
abertura de modo a que os
empresários locais mostrassem
as suas potencialidades,
que provavelmente serão
solicitadas pelos accionistas.
Duarte pediu na ocasião,
que o representante da Thai
Moçambique Logística levasse
as suas preocupações para os
accionistas. "Aqui na Zambézia
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Edição n° 2.713
temos empresas de Catering,
de limpeza e de outros serviços,
dai que estamos aqui para
criar parcerias"-vincou Duarte
para depois apelar que não se
façam esquemas de empresas
vindas de outros pontos do país.
Ângelo Cipriano, empresário
no ramo agrícola em Nicoadala
mostrou também a mesma
inquietação e pediu ao
executivo de Abdul Razak,
para que o investimento seja
maioritariamente composto por
mão-de-obra local, principalmente
jovem de modo a combater o
índice de desemprego e o nível de
criminalidade."Eu cultivo muita
coisa e tenho galinhas, mas
aqui só está a falar do Porto de
Macuse, esquecendo-se das
outras oportunidades"- elucidou
a fonte para depois acrescentar
 Diário da Zambézia 09 de Maio de 2018 Edição n° 2.713

que as vias de acessos estão
degradadas e carecem de uma
urgente reparação para os
camiões que forem a passar não
danificar ainda mais as estradas.
THAI garante inclusão
Entretanto, sem muitos rodeios
na língua, José Pires da
Fonseca, representante da Thai
Moçambique Logística garantiu
aos empresários e aos demais, que
em breve será instalada a sede da
empresa na cidade de Quelimane.
"Com esta sede muitos
postos de empregos serão
gerados" garantiu Da Fonseca.
Governo fala em oportunidades
Na ocasião, o governador
da Zambézia, Abdul Razak,
chamou atenção aos empresários
para não deixarem escapar as
oportunidades de negócio. Para
Razak "um empresário não pode
viver de lamentações, deve
sim agarrar as oportunidades
e não ficar a espera de ser
chamado"- aconselhou.
No entanto, o chefe do executivo
disse que num negócio, nem
sempre há mão-de-obra local,
dai que quando for necessário,
haverá pessoal vindo de outros
pontos do país para cobrir com
défice de recursos humanos.
Refira-se que o projecto de
construção do Porto de Macuse
tem um investimento que
ascende a 2.700 milhões de
dólares. (Ernesta Missage)

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