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Diário da Zambézia
Previsão do tempo
CMQ asfixia comerciantes
com anuência do MDM
Director interino: Joaquim Chibalo
Ano XIII Edição n°2.703 Terça-feira: 24/04/2018
Quelimane, s.a.r.l.

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A Voz do Povo jornal

Elites da Frelimo
perdem moradias
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018
Sociedade Quanto tentavam mais uma incursão
Homens-catanas caem nas malhas policiais
U
ma quadrilha de homens-
catanas foi neutralizada
no último sábado (21) em
Quelimane, quando pretendiam
realizar mais uma incursão.
Trata-se de Amisse Luís e
Boaventura Luís dos seus
33 e 35 anos de idade, que
foram flagrados pela Polícia da
República de Moçambique na
Zambézia, quando os mesmos
se encontravam munidos de
seus instrumentos de assalto
na zona do Aeroporto por volta
das 03h00 de madrugada.
O porta-voz do Comando
Provincial da PRM, Miguel
Caetano, explicou que a ia a machamba da sua mãe que
neutralização dos meliantes, foi
através da denúncia por parte
da população depois de notar
movimento de pessoas de conduta
duvidosa, ou seja pessoas que
vinham fazendo assaltos às
residências na calada da noite.
Miguel fez perceber que um dos
meliante ficou por um tempo
preso na penitenciária provincial
de Nampula, devido a vários
crimes por ele cometido e que
o mesmo volta no mundo de
assaltantes. “Os dois vinham
tirando sossego no seio das
famílias, mas após a denúncia,
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Edição n° 2.703
eis a razão que culminou com
a neutralização” – disse Miguel
Caetano, para depois acrescentar
que a PRM, com ajuda de
algumas famílias que por sinal
foram vítimas nos últimos dias,
conseguiu identificar os suspeitos.
Neste momento, os indiciados
estão detidos na 1ª Esquadra
do Comando Provincial da
PRM na Zambézia, aguardando
pelos procedimentos legais.
Acusados negam tudo
Numa entrevista com os suspeitos,
estes negaram as acusações
que pesam sobre eles, tendo
dito que nunca se meteram em
esquemas de roubo. Amisse Luís
defende-se e diz que na altura
que foi encontrado com catana
por volta das 3h00 de madrugada,
cita no Torrone. No entanto,
Boaventura Luís, refugiou-se em
dizer que foi colhido de surpresa
pelos membros da PRM com
alegação de que se tratava
de ladrão. (Joaquim Chibalo)
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018 Edição n° 2.703

Na tentativa de conduzir a esquadra

Malfeitores espancam agente da PRM

U
m membro da Polícia da
República de Moçambique
na Zambézia, cujo
nome não foi revelado, sofreu
pancadas protagonizadas pelos
supostos malfeitores em causa,
no momento em que aquele
agente tentava conduzir os
mesmos ao Comando Provincial,
isto é depois de neutralizá-los.
Miguel Caetano, Porta-voz da
PRM nesta parcela do país, disse
que tudo começou quando os
malfeitores pretendiam resistir,
sendo que o referido membro da
PRM optou por levá-los à força e
foi daí que, surgiu a confusão em
ambas parte. “O interesse da
PRM era de levar os mesmos
ao comando, ao passo que
os ladrões não queriam sair
do local” – disse para depois
acrescentar que é nesta confusão
que um dos meliantes teria criado
golpes no braço direito do membro
da PRM e que neste momento se

3
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018
encontra em tratamento médico.
Miguel sublinhou que esta é a
Economia Perante olhar impávido da INAE
Comerciantes violam licenças
A
nível da província da
Zambézia, o Balcão
de Atendimento Único
(BAÚ), tem constatado algumas
irregularidades por parte dos
agentes económicos, e uma delas
é o exercício de certas actividades
que não constam do alvará.
Vera Godinho, directora do BAÚ
disse em entrevista ao Diário da
Zambézia, na semana finda, que
não compete a instituição
que dirige a fiscalização
das actividades
económicas,
mas sim emitir o
respectivo alvará
ou a licença para
o exercício das
actividades que o
proponente requereu.
"Cabe a Inspecção das
Actividades Económicas
primeira vez que actos destes
acontecem, mas mesmo assim,
a polícia diz que não vai vergar,
fiscalizar e penalizar aquele
agente económico que cometer
irregularidades" esclareceu Vera.
A directora do BAÚ foi mais longe
ao afirmar que tem existido má-fé
por parte de alguns comerciantes
que se dirigem ao Balcão com
uma determinada actividade,
mas que na realidade exercem
uma outra que não conste
do alvará. "Estando numa
situação destas cabe a
entidade fiscalizadora
proceder o devido
sancionamento a arroz, açúcar e depois emitir
esse proponente"-
reiterou para depois
acrescentar que o
que tem acontecido
é que a INAE tem
encaminhado os
agentes económicos ao
BAÚ para vir fazer aumento
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Edição n° 2.703
porque a luta vai ser de encontrar
os meliantes que tiram sono aos
cidadãos. (Joaquim Chibalo)
de classe quando a inspecção
encontra este tipo de infracção, o
que esta errado porque em muitos
casos há produtos a serem vendidos
que podem perigar com a saúde.
Questionada que tipo de produtos
se podem vender na mesma
loja, a nossa fonte respondeu
que há produtos que se podem
especializar, agrupar e render
na mesma loja, mas há uns
não podem. "Nós não vamos
em algum minuto emitir um
alvará para vender farinha,
a classe de venda de material
de construção, por exemplo,
o cimento"-exemplificou para
depois dizer que é um atentado
contra a saúde pública e o agente
que for encontrado a praticar esta
venda vai sofrer a devida sanção.
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018 Edição n° 2.703

Entretanto, Vera vincou
que quando há espaço para
especialização, a sua instituição
tem feito o aumento da classe
dos produtos de acordo com
a regra estipuladas por lei. instituição porque não está dentro
dos instrumentos de trabalho que
Por fim, a directora executiva do
os regula e não seria sensato
Balcão Único reiterou que nenhum
e de boa fé incorrer este tipo de
agente económico renitente não
gravidade. (Ernesta Missage)
vai obter o documento da sua

Politica Negócio de casas das Moradias está no fim

Elites da Frelimo à corda bamba

F
oram vários anos que um As casas foram construídas quisesse arrendar uma casa nas
grupo de cidadãos tidos para albergar os funcionários Moradias, deveria contactar o
como influentes da cidade da referida empresa falida e cidadão Muloga, por sinal membro
de Mocuba, que andaram a extinta. Aliás, com a extinção da da Assembleia Provincial da
receber dinheiro resultante do GEPTX, as casas passaram para Zambézia e não só, um munícipe
arrendamento das residências a PIDICO-Téxtil de Mocuba, local de peso naquela autarquia.
do antigo Gabinete de de trabalho do cidadão
O tempo foi passando e o Estado
Apoio de Projectos Aly Muloga.
foi perdendo somas avultadas de
Téxtis (GEPTX),
O valor de dinheiro em benefício de cidadãos,
vulgarmente
arrendamento que se auto proclamavam donos
conhecidas
era todo das mesmas casas. As más-
como casas
canalizado línguas dizem que o arrendamento
das Moradias,
para o antigo das casas das Moradias em
localizadas no
trabalhador Mocuba, fez com que muitos
bairro Marmanelo.
e chefe cidadãos bem posicionados
Ao que se sabe, são na GEPTX, e ligados ao regime fizessem
118 casas dentre elas Aly Muloga, fortunas, visto que este dinheiro
do T1 a T3, que foram que era visto entrava em contas tidas como
arrendadas às pessoas sem como o senhorio de gestores das mesmas casas.
que o Estado se beneficiasse das residências. Para quem
Assembleia Provincial
em nada, durante muitos anos. conhece Mocuba, sabe que quem
5
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018
denuncia
Foi no ano passado, no decorrer
de mais uma sessão ordinária
que membros da Assembleia
Provincial da Zambézia (APZ),
pelo circulo eleitoral de Mocuba,
denunciaram que as residências
da antiga GEPTEX em Mocuba
“Moradias” estavam sendo
ocupadas pelos membros da
Frelimo. Nessa altura, o membro
da Renamo que denunciara este
assunto em público, apontou por
exemplo, o chefe da bancada
da Frelimo que era um dos
inquilinos da casa que teria sido
dada pelo senhor Aly Muloga.
O assunto foi bastante
“mastigado” naquela sessão onde
esteve presente o governador da
Zambézia, Abdul Razak e todo seu
colectivo (como tem sido). Foi dai
que, depois de ouvir atentamente
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Rodapé
Orelha
o que se estava a passar em
relação a este assunto, Razak teria
ordenado as direcções provinciais
de Economia e Finanças, sabido
que o património do estado
é gerido por aquela direcção,
direcção provincial das Obras
Públicas, Habitação e Recursos
Hídricos, que tem a Administração
do Parque e Imobiliário do Estado
(APIE) e a direcção provincial da
Indústria e Comércio, como “dona”
das casas, visto que a antiga
GEPTX pertence ao Ministério
da Indústria e Comércio para que
estas três direcções averiguassem
este dossiers das casas das
Moradias. Foram longos dias de
batalha por parte da APIE em
Quelimane para obter os “files”
completos deste assunto, sabido
que os que recebem dinheiro
resultante do arrendamento são
Tabela de Publicidade para 2018
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Edição n° 2.703
camaradas, então, ai a coisa
complicava-se muito mais.
Finalmente as casas vão a APIE
O intenso trabalho burocrático
levado à cabo pelas instituições
do estado atrás mencionadas,
culminaram já com uma solução.
Fazer o levantamento do
património todo, ou seja, saber
quantas casas existem nas
Moradias, quem vive, o que paga,
há quanto tempo e por ai fora.
Por isso, de acordo com
informações que o Diário da
Zambézia teve acesso, equipas
conjuntas da Obras Públicas
através da APIE e Economia
e Finanças, através do seu
departamento do Património
esteve na semana finda
em Mocuba para cumprir com
as orientações. As mesmas
informações que o DZ possui,
dão conta que o assunto mexeu
com muitas sensibilidades
e alguns moradores
equacionaram abandonar as
residências, mas não era essa
a missão da equipa de trabalho.
O que se pretende no final disso é
que as casas sejam geridas pela
APIE tal como acontece com as
casas deixadas pela construtora
CETA em Alto Molocué, diga-se
um processo que não se equipara
com este de Mocuba. O estado
quer regular os processos e os
cidadãos que reúnam requisitos
possam habitar à vontade.
Ambiente tenebroso
Desde que se soube do trabalho
desta equipa provincial que
esteve em Mocuba a efectuar este
trabalho, o ambiente anda tenso
Preços [Meticais]
12.432,42
6.956,23
3.478,75
3.042,00
2.960,10
 Diário da Zambézia 24 de Abril de 2018 Edição n° 2.703

em Mocuba, sobretudo nas hostes anos 80 a princípios de 90, por ai. contacto telefónico fornecido
de quem geria as casas. Sabe-se pelos seus colegas da Assembleia
Aly Muloga desligado
que os arrendamentos variam de Provincial da Zambézia, mas
4 mil a 6 mil Meticais para cada Por volta das 15:40 minutos, infelizmente não foi possível
casa, dependendo das dimensões. o Diário da Zambézia tentou comunicar com ele no sentido de
Façam-se as contas, desde o fim contactar telefonicamente o colher sua reacção em relação
da GEPTX, isso entre os finais dos cidadão Aly Mologa, através do a este assunto. (Redacção)
Com o agravamento das taxas
CMQ asfixia comerciantes com anuência do MDM
O
Conselho Municipal
de Quelimane (CMQ)
atravésde membro
da Assembleia Municipal
pela bancada do Movimento
Democrático de Moçambique
(MDM) por sinal bancada a
maioritária, aprovou a agravação
das taxas de cobranças nos
mercados nesta autarquia,
uma medida que é mal vista
pela bancada minoritária da
Frelimo, que entende que o
facto vai asfixiar mais ainda
os munícipes, ao avaliar pelo
estágio actual de custo de vida,
face a conjuntura económica.
Rijone Bombino, Chefe
da Bancada da Frelimo
na Assembleia Municipal de
Quelimane, sustentou que
o agravamento não possui
fundamento por não ter havido
agravamento das referidas taxas, estradas entre outras actividades.
antes uma auscultação pública
haverá sustentabilidade do ponto
principalmente aos munícipes Importa referir, os trabalhos
de vista de lucros, daí que, a sua
no geral, de modo a colher da 1ª Sessão Ordinária da
bancada não concorda e por isso
suas opiniões face ao assunto. Assembleia Municipal da Cidade
que votou contra as novas tabelas
Quelimane, foi foram suspensos
Para Bombino, antes devia- constantes na proposta do CMQ e
por motivos burocráticos e
se fazer uma avaliação sobre aprovada pela bancada do MDM.
Retoma nesta terça-feira (24)
a vida dos munícipes e dos
MDM pensa contrário e espera-se que seja discutida
comerciantes em particular, de
e aprovada a Conta Gerência
modo a se perceber, se com o Por seu turno, o Movimento
do CMQ. (Iderson Ribeiro)
Democrático de Moçambique,
através do Chefe da Bancada,
Filé Salato defende que a medida
visa impulsionar as receitas para
os cofres do município, visando
a responder a necessidade de
criação de condições condignas
para o bem-estardos munícipes,
no que se refere ao melhoramento
do saneamento do meio,
construção e reabilitação das
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