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SAUDE

MULHER I-HUPE
Profª Mary Mirian

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER.

Humanização e Qualidade: Princípios para uma Política de Atenção Integral à Saúde da
Mulher
A humanização e a qualidade da atenção em saúde são condições essenciais para que as
ações de saúde se traduzam na resolução dos problemas identificados, na satisfação das
usuárias, no fortalecimento da capacidade das mulheres frente à identificação de suas demandas,
no reconhecimento e reivindicação de seus direitos e na promoção do autocuidado.
As histórias das mulheres na busca pelos serviços de saúde expressam discriminação,
frustrações e violações dos direitos e aparecem como fonte de tensão e mal-estar psíquico-físico.
Por essa razão, a humanização e a qualidade da atenção implicam na promoção,
reconhecimento, e respeito aos seus direitos humanos, dentro de um marco ético que garanta a
saúde integral e seu bem-estar.
Humanizar e qualificar a atenção em saúde é aprender a compartilhar saberes e reconhecer
direitos. A atenção humanizada e de boa qualidade implica no estabelecimento de relações entre
sujeitos, seres semelhantes, ainda que possam apresentar-se muito distintos conforme suas
condições sociais, raciais, étnicas, culturais e de gênero. A humanização da atenção em saúde é
um processo contínuo e demanda reflexão permanente sobre os atos, condutas e
comportamentos de cada pessoa envolvida na relação. É preciso maior conhecimento de si, para
melhor compreender o outro com suas especificidades e para poder ajudar sem procurar impor
valores, opiniões ou decisões.
A humanização e a qualidade da atenção são indissociáveis. A qualidade da atenção exige
mais do que a resolução de problemas ou a disponibilidade de recursos tecnológicos. E
humanização é muito mais do que tratar bem, com delicadeza ou de forma amigável.
Para atingir os princípios de humanização e da qualidade da atenção deve-se levar em conta,
pelo menos, os seguintes elementos:
ü Acesso da população às ações e aos serviços de saúde nos três níveis de assistência;
ü Definição da estrutura e organização da rede assistencial, incluindo a formalização dos
sistemas de referência e contra-referência que possibilitem a continuidade das ações, a
melhoria do grau de resolutividade dos problemas e o acompanhamento da clientela pelos
profissionais de saúde da rede integrada;
ü Captação precoce e busca ativa das usuárias;
ü Disponibilidade de recursos tecnológicos e uso apropriado, de acordo com os critérios de
evidência científica e segurança da usuária;
ü Capacitação técnica dos profissionais de saúde e funcionários dos serviços envolvidos nas
ações de saúde para uso da tecnologia adequada, acolhimento humanizado e práticas
educativas voltadas à usuária e à comunidade;
ü Disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais educativos;
ü Acolhimento amigável em todos os níveis da assistência, buscando-se a orientação da clientela
sobre os problemas apresentados e possíveis soluções, assegurando-lhe a participação nos
processos de decisão em todos os momentos do atendimento e tratamentos necessários;
disponibilidade de informações e orientação da clientela, familiar e da comunidade sobre a
promoção da saúde, assim como os meios de prevenção e tratamento dos agravos a ela
associados;
ü Estabelecimento de mecanismos de avaliação continuada dos serviços e do desempenho dos
profissionais de saúde, com participação da clientela;
ü Estabelecimento de mecanismos de acompanhamento, controle e avaliação continuada das
ações e serviços de saúde, com participação da usuária;
ü Análise de indicadores que permitam aos gestores monitorar o andamento das ações, o
impacto sobre os problemas tratados e a redefinição de estratégias ou ações que se fizerem
necessário.

Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher



• O Sistema Único de Saúde deve estar orientado e capacitado para a atenção integral à saúde
da mulher, numa perspectiva que contemple a promoção da saúde, as necessidades de saúde
da população feminina, o controle de patologias mais prevalentes nesse grupo e a garantia do
direito à saúde.
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• A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingir as mulheres em todos os ciclos de
vida, resguardadas as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos
populacionais (mulheres negras, indígenas, residentes em áreas urbanas e rurais, residentes
em locais de difícil acesso, em situação de risco, presidiárias, de orientação homossexual, com
deficiência, dentre outras).
• A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher deverão nortear-se
pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia, e pela ampliação do enfoque, rompendo-se as
fronteiras da saúde sexual e da saúde reprodutiva, para alcançar todos os aspectos da saúde
da mulher.
• A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva, para
atender às demandas emergentes ou demandas antiga, em todos os níveis assistencial.
• As políticas de saúde da mulher deverão ser compreendidas em sua dimensão mais ampla,
objetivando a criação e ampliação das condições necessárias ao exercício dos direitos da
mulher, seja no âmbito do SUS, seja na atuação em parceria do setor Saúde com outros
setores governamentais, com destaque para a segurança, a justiça, trabalho, previdência social
e educação.
• A atenção integral à saúde da mulher refere-se ao conjunto de ações de promoção, proteção,
assistência e recuperação da saúde, executadas nos diferentes níveis de atenção à saúde (da
básica à alta complexidade).
• O SUS deverá garantir o acesso das mulheres a todos os níveis de atenção à saúde, no
contexto da descentralização, hierarquização e integração das ações e serviços. Sendo
responsabilidade dos três níveis gestores, de acordo com as competências de cada um,
garantir as condições para a execução da Política de Atenção à Saúde da Mulher.
• A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma
percepção ampliada de seu contexto de vida, do momento em que apresenta determinada
demanda, assim como de sua singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz e
responsável por suas escolhas.
• A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadores de serviço, no
estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por razões econômicas, culturais,
religiosas, raciais, de diferentes orientações sexuais, etc. O atendimento deverá nortear-se pelo
respeito a todas as diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de
valores e crenças pessoais. Esse enfoque deverá ser incorporado aos processos de
sensibilização e capacitação para humanização das práticas em saúde.
• As práticas em saúde deverão nortear-se pelo princípio da humanização, aqui compreendido
como atitudes e comportamentos do profissional de saúde que contribuam para reforçar o
caráter da atenção à saúde como direito, que melhorem o grau de informação das mulheres
em relação ao seu corpo e suas condições de saúde, ampliando sua capacidade de fazer
escolhas adequadas ao seu contexto e momento de vida; que promovam o acolhimento das
demandas conhecidas ou não pelas equipes de saúde; que busquem o uso de tecnologia
apropriada a cada caso e que demonstrem o interesse em resolver problemas e diminuir o
sofrimento associado ao processo de adoecimento e morte da clientela e seus familiares.
• No processo de elaboração, execução e avaliação das Política de Atenção à Saúde da Mulher
deverá ser estimulada e apoiada a participação da sociedade civil organizada, em particular do
movimento de mulheres, pelo reconhecimento de sua contribuição técnica e política no campo
dos direitos e da saúde da mulher.
• Compreende-se que a participação da sociedade civil na implementação das ações de saúde
da mulher, no âmbito federal, estadual e municipal requer – cabendo, portanto, às instâncias
gestoras – melhorar e qualificar os mecanismos de repasse de informações sobre as políticas
de saúde da mulher e sobre os instrumentos de gestão e regulação do SUS.
• No âmbito do setor Saúde, a execução de ações será pactuada entre todos os níveis
hierárquicos, visando a uma atuação mais abrangente e horizontal, além de permitir o ajuste às
diferentes realidades regionais.
• As ações voltadas à melhoria das condições de vida e saúde das mulheres deverão ser
executadas de forma articulada com setores governamentais e não-governamentais; condição
básica para a configuração de redes integradas de atenção à saúde e para a obtenção dos
resultados esperados.

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Objetivos Gerais da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher



• Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a
garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de
promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.
• Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por
causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem
discriminação de qualquer espécie.
• Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de
Saúde.

Objetivos Específicos e Estratégias da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da


Mulher

Ampliar e qualificar a atenção clínico-ginecológica, inclusive para as portadoras da infecção pelo


HIV e outras DST:
• Fortalecer a atenção básica no cuidado com a mulher;
• Ampliar o acesso e qualificar a atenção clínico-ginecológica na rede SUS.

Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para homens


e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde:
• Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento familiar, incluindo a assistência à infertilidade;
• Garantir a oferta de métodos anticoncepcionais para a população em idade reprodutiva;
• Ampliar o acesso das mulheres às informações sobre as opções de métodos
anticoncepcionais;
• Estimular a participação e inclusão de homens e adolescentes nas ações de planejamento
familiar.
Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao
abortamento em condições inseguras, para mulheres e adolescentes:
• Construir, em parceria com outros atores, um Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade
Materna e Neonatal; qualificar a assistência obstétrica e neonatal nos estados e municípios;
• Organizar rede de serviços de atenção obstétrica e neonatal, garantindo atendimento à
gestante de alto risco e em situações de urgência/emergência, incluindo mecanismos de
referência e contra-referência;
• Fortalecer o sistema de formação/capacitação de pessoal na área de assistência obstétrica e
neonatal;
• Elaborar e/ou revisar, imprimir e distribuir material técnico e educativo;
• Qualificar e humanizar a atenção à mulher em situação de abortamento;
• Apoiar a expansão da rede laboratorial;
• Garantir a oferta de ácido fólico e sulfato ferroso para todas as gestantes;
• Melhorar a informação sobre a magnitude e tendência da mortalidade materna.

Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual:


• Organizar redes integradas de atenção às mulheres em situação de violência sexual e
doméstica;
• Articular a atenção à mulher em situação de violência com ações de prevenção de DST/AIDS;
• Promover ações preventivas em relação à violência doméstica e sexual.

Promover, conjuntamente com o PN-DST/AIDS, a prevenção e o controle das doenças


sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/AIDS na população feminina:
• Prevenir as DST e a infecção pelo HIV/AIDS entre mulheres;
• Ampliar e qualificar a atenção à saúde das mulheres vivendo com HIV e AIDS.

Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina:


• Organizar em municípios pólos de microrregiões redes de referência e contra-referência para o
diagnóstico e o tratamento de câncer de colo uterino e de mama;
• Garantir o cumprimento da Lei Federal que prevê a cirurgia de reconstrução mamária nas
mulheres que realizaram mastectomia;
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• Oferecer o teste anti-HIV e de sífilis para as mulheres incluídas no Programa Viva Mulher,
especialmente aquelas com diagnóstico de DST, HPV e/ou lesões intra-epiteliais de alto grau/
câncer invasor.

Implantar um modelo de atenção à saúde mental das mulheres sob o enfoque de gênero:
• Melhorar a informação sobre as mulheres portadoras de transtornos mentais no SUS;
• Qualificar a atenção à saúde mental das mulheres;
• Incluir o enfoque de gênero e de raça na atenção às mulheres portadoras de transtornos
mentais e promover a integração com setores não-governamentais, fomentando sua
participação nas definições da política de atenção às mulheres portadoras de transtornos
mentais.

Implantar e implementar a atenção à saúde da mulher no climatério:


• Ampliar o acesso e qualificar a atenção às mulheres no climatério na rede SUS.

Promover a atenção à saúde da mulher na terceira idade:


• Incluir a abordagem às especificidades da atenção a saúde da mulher na Política de Atenção à
Saúde do Idoso no SUS;
• Incentivar a incorporação do enfoque de gênero na Atenção à Saúde do Idoso no SUS.

Promover a atenção à saúde da mulher negra:


• Melhorar o registro e produção de dados;
• Capacitar profissionais de saúde;
• Implantar o Programa de Anemia Falciforme (PAF/MS), dando ênfase às especificidades das
mulheres em idade fértil e no ciclo gravídico-puerperal;
• Incluir e consolidar o recorte racial/étnico nas ações de saúde da mulher, no âmbito do SUS;
• Estimular e fortalecer a interlocução das áreas de saúde da mulher das SES e SMS com os
movimentos e entidades relacionados à saúde da população negra.

Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade:


• Implementar ações de vigilância e atenção à saúde da trabalhadora da cidade e do campo, do
setor formal e informal;
• Introduzir nas políticas de saúde e nos movimentos sociais a noção de direitos das mulheres
trabalhadoras relacionados à saúde.

Promover a atenção à saúde da mulher indígena:


• Ampliar e qualificar a atenção integral à saúde da mulher indígena.
Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção das
ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo
HIV/AIDS nessa população:
• Ampliar o acesso e qualificar a atenção à saúde das presidiárias.

Fortalecer a participação e o controle social na definição e implementação das políticas de


atenção integral à saúde das mulheres:
• Promover a integração com o movimento de mulheres feministas no aperfeiçoamento da
política de atenção integral à saúde da mulher.

FISIOLOGIA DA MULHER

Ø APARELHO REPRODUTOR
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, como a dos meninos, não secreta praticamente
nenhum hormônio gonadotrópico até à idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa época,
começa a secretar dois hormônios gonadotrópicos. No inicio, secreta principalmente o hormônio
foliculo-estimulante (FSH), que inicia a vida sexual na menina em crescimento; mais tarde,
secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia no controle do ciclo menstrual·.

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• FSH: hormônio folículo estimulante, responsável pelo estímulo da secreção de estrogênio e
maturação do folículo ovariano. Produção hipofisária.
• LH: estimula a ovulação e a formação do corpo lúteo no folículo ovariano, iniciando a produção
de progesterona.

Hormônios Sexuais Femininos


Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios são ambos
compostos esteroides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol.

• Estrógenos: produzidos pelo folículo em desenvolvimento, estimula o crescimento do


endométrio, suas altas concentrações inibem o FSH e estimulam o LH.
• Progesterona: mantém o endométrio espesso e vascularizado, seus altos níveis inibem LH e
FSH. Quando caem os níveis de progesterona, o endométrio descama.

Erro!

Diagrama do ciclo menstrual, mostrando a secreção alternada dos principais hormônios


envolvidos no processo: LH, FSH, progesterona e estrógeno, quando não ocorre
fecundação.

A ovulação ocorre aproximadamente entre 10-12 horas após o pico de LH. De uma maneira geral,
este período de tempo entre o pico de LH e a menstruação é de 14 dias. Considera-se período
fértil (período em que a mulher está mais apta a engravidar) aquele que inicia três a quatro dias
antes da ovulação e termina três a quatro dias após a ovulação. Normalmente, para fins de
cálculos, considera-se o dia fértil (dia exato da ovulação) como sendo o 14º dia antes do início da
menstruação seguinte.

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Diagrama do ciclo menstrual, mostrando a secreção alternada dos principais hormônios


envolvidos no processo: LH, FSH, progesterona e estrógeno, quando há fecundação.

Quando, durante o ciclo menstrual, ocorre a fecundação, o embrião atinge o útero e a


placenta secreta um hormônio chamado de hCG – Human chorionic gonadotropin – (Beta HCG-
Gonadotrofina Coriônica humana) que impede a degeneração do corpo lúteo. Este tem a função
de manter a produção de progesterona e estrógeno, hormônios críticos para a manutenção da
gestação. A produção ovariana destes hormônios inibe a produção hipofisária de LH e FSH,
impedindo o estímulo de novos folículos ovarianos e, consequentemente, a ovulação durante todo
o período da gestação. Há assim um bloqueio do ciclo menstrual. No final da gravidez o corpo
lúteo se desintegra, diminui a quantidade de progesterona, provocando a contração do útero que
facilita a expulsão do feto durante o parto. Após o parto um novo ciclo menstrual se inicia,
conforme é possível observar no diagrama da figura abaixo.

Vale lembrar que os hormônios gonadotrópicos, LH e FSH, secretados na hipófise, são


produzidos tanto no homem quanto na mulher, mas agindo naturalmente, sobre diferentes órgãos.
Os hormônios sexuais, progesterona e estrógeno, secretados pelas respectivas glândulas sexuais
(ovários, nas mulheres e testículos, nos homens), também são produzidos por ambos os sexos
quando estimulados pelos hormônios gonadotrópicos.

CONCEPÇÃO E NIDIFICAÇÃO
Concepção - ação ou efeito de gerar (ou ser gerado) um ser vivo, em consequência da fusão do
espermatozoide com o óvulo; fecundação, geração.
Nidificação- é o ato de determinada espécie ao construir seu ninho em determinado local.
• Ocorre normalmente na extremidade ovariana da tuba uterina ou em seu terço médio.
• No momento em que o espermatozoide encontra o oócito secundário, ocorre a segunda divisão
meiótica do gameta feminino e a liberação do segundo corpúsculo polar.
• O oócito reage à entrada do espermatozoide (dissolução da coroa radiada e da zona pelúcida),
modificando sua membrana celular que impede a entrada de outros espermatozoides (segunda
divisão meiótica e liberação do segundo corpúsculo polar)
• A célula-ovo recém-formada pela fusão dos pro-núcleos masculino e feminino segue pela
trompa em direção ao útero, este fenômeno denomina-se migração.
• Seguem-se divisões sucessivas da à célula-ovo.
• O embrião passa aos estágios de blastômero, mórula e blástula ou blastocisto. No fim da 1ª
semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio.
• A nidificação ou implantação, ocorre entre o 6 e o 8 dia (uma semana após a ovulação),
completando-se entre o 10 e o 11 dias. O primeiro contato do embrião com o endométrio em plena
fase secretora produz a destruição do epitélio e logo depois do estroma, o que se deve ao grande
poder invasor do trofoblasto.
• Neste momento, começa a gestação.
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ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

A assistência pré-natal é o primeiro passo para a vivência da gestação, parto e nascimento


saudável e humanizado.

O objetivo do acompanhamento pré-natal é assegurar o desenvolvimento da gestação,


permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive
abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas.

No contexto atual, o Ministério da Saúde, com os objetivos de qualificar as Redes de Atenção


Materno-Infantil em todo o País e reduzir a taxa, ainda elevada, de morbimortalidade materno-
infantil no Brasil, institui a Rede Cegonha.

A Rede Cegonha representa um conjunto de iniciativas que envolvem mudanças:


v No processo de cuidado à gravidez, ao parto e ao nascimento;
v Na articulação dos pontos de atenção em rede e regulação obstétrica no momento do parto;
v Na qualificação técnica das equipes de atenção primária e no âmbito das maternidades;
v Na melhoria da ambiência dos serviços de saúde (UBS e maternidades);
v Na ampliação de serviços e profissionais, para estimular a prática do parto fisiológico;
v Na humanização do parto e do nascimento (Casa de Parto Normal, enfermeira obstétrica,
parteiras, Casa da Mãe e do Bebê).

A Estratégia Rede Cegonha tem a finalidade de estruturar e organizar a atenção à saúde materno-
infantil no País e será implantada, gradativamente, em todo o território nacional. O início de sua
implantação conta com a observação do critério epidemiológico, da taxa de mortalidade infantil, da
razão da mortalidade materna e da densidade populacional.

Desta forma, a Rede Cegonha conta com a parceria de estados, do Distrito Federal e de
municípios para a qualificação dos seus componentes: pré-natal, parto e nascimento, puerpério e
atenção integral à saúde da criança e sistema logístico (transporte sanitário e regulação).

Papéis do Técnico de Enfermagem na Atenção Pré-Natal


• Minimizar a ansiedade e/ou temores fazendo com que a mulher, seu companheiro e/ou família
participem ativamente do processo, em todos os momentos, desde o pré-natal até o pós-
nascimento;
• Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da
vacinação;
• Verificar/realizar o cadastramento das gestantes no SisPreNatal;
• Conferir as informações preenchidas no Cartão da Gestante;
• Verificar o peso e a pressão arterial e anotar os dados no Cartão da Gestante;
• Fornecer medicação mediante receita, assim como os medicamentos padronizados para o
programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico);
• Aplicar vacinas antitetânicas e contra hepatite B;
• Informar o (a) enfermeiro (a) ou o (a) médico (a) de sua equipe, caso a gestante apresente
algum sinal de alarme, como os citados anteriormente;
• Identificar situações de risco e vulnerabilidade e encaminhar a gestante para consulta de
enfermagem ou médica, quando necessário;
• Orientar a gestante sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes
faltosas;
• Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo
de aleitamento, orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar.

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ATENÇÃO

Calendário de consultas

Ø Manual Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco (BRASIL, 2012)


As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas
domiciliares.
O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos
gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. O calendário deve ser iniciado
precocemente (no primeiro trimestre) e deve ser regular, garantindo-se que todas as avaliações
propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam
preenchidos.
O total de consultas deverá ser de, no mínimo, 6 (seis), com acompanhamento intercalado entre
médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas conforme o
seguinte cronograma:
Até 28ª semana – mensalmente;
Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente;
Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente.
A maior frequência de visitas no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das
intercorrências clínico-obstétricas mais comuns nesse trimestre, como trabalho de parto
prematuro, pré-eclâmpsia e eclâmpsia, amniorrexe prematura e óbito fetal.
Não existe “alta” do pré-natal antes do parto.
Quando o parto não ocorre até a 41ª semana, é necessário encaminhar a gestante para avaliação
do bem-estar fetal, incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco
fetal.

Gestação normal: duração aproximada de 40 semanas ou 280 dias


• Pré-termo: < 37 semanas
• A termo: de 37 semanas até 41 + 6 dias
• Pós-termo: a partir de 42 semanas

ATENÇÃO

10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na Atenção Básica


1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação
(captação precoce)
2° PASSO: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção
pré-natal.
3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo
oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal.
4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus (suas) acompanhantes, considerando
aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas
de gestantes".
5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal,
quando necessário.
6° PASSO: É direito do (a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso
a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)".
7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário.
8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do
"Plano de Parto".
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9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no
qual irá dar à luz (vinculação).
10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período

Diagnóstico na gravidez

Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério da Saúde, por intermédio da Rede
Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos exames de rotina do pré-natal, que pode ser
realizado na própria UBS, o que acelera o processo necessário para a confirmação da gravidez e
o início do pré-natal.
Toda mulher da área de abrangência da unidade de saúde e com história de atraso menstrual
de mais de 15 dias deverá ser orientada pela equipe de saúde a realizar o
Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será solicitado pelo médico ou enfermeiro. Este teste é
considerado o método mais sensível e confiável, embora seja também um teste caro.

A dosagem de gonadotrofina coriônica humana (ßHCG) para o diagnóstico precoce da gravidez,


com a utilização de medidas quantitativas precisas e rápidas, tornou este teste mundialmente
reconhecido para confirmar a ocorrência de gravidez. O ßHCG pode ser detectado no sangue
periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam
rapidamente até atingir um pico entre 60 e 90 dias de gravidez.

Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo
exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do TIG.

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Sinais de presunção de gravidez:
• Atraso menstrual;
• Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite,
aumento da frequência urinária e sonolência);
• Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos,
tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose
vaginal e cervical, aumento do volume abdominal).
Sinais de probabilidade:
• Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume;
• Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da
artéria vaginal nos fundos de sacos laterais);
• Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a
fertilização.
Sinais de certeza:
• Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF – 120 a 160 bpm), que são detectados pelo
Sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas;
• Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas);
• Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5
semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6
semanas gestacionais.

Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início ao


acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no SisPreNatal. Os procedimentos e as
condutas que se seguem devem ser realizados sistematicamente e avaliados em toda consulta de
pré-natal. As condutas e os achados diagnósticos sempre devem ser anotados na Ficha de Pré-
Natal e no Cartão da Gestante.
A partir desse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao
acompanhamento de pré-natal: sequência de consultas (mensalmente, se possível), visitas
domiciliares e grupos educativos. Deverão ser fornecidos:
• O Cartão da Gestante, com a identificação preenchida, o número do Cartão Nacional da
Saúde, o hospital de referência para o parto e as orientações sobre este;
• O calendário de vacinas e suas orientações;
• A solicitação dos exames de rotina;
• As orientações sobre a participação nas atividades educativas (reuniões e visitas domiciliares).

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IDADE DA GESTAÇÃO E DATA PROVÁVEL DO PARTO


• Idade Gestacional (IG): Calculada a partir do primeiro dia do último período menstrual normal,
sendo expressa em dias ou semanas. ( soma o número de dias do intervalo entre a DUM e a
data da consulta, dividindo o total por sete ).
• Data Provável do Parto (DPP): São consideradas 40 semanas completas: 40 semanas + dias
(280 dias completos) há 40 semanas + 6 dias (286 dias completos).

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• Regra de Nagële: adicionar à data da última menstruação 07 dias e mais 09 meses (ou menos
03 meses, quando se faz o cálculo retrógrado).
• Se a DUM for desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ocorreu considerar
os dias 05, 15 ou 25 do mês e proceder à contagem.
• Quando a DUM é desconhecida, proceder ao exame físico a mensuração da altura uterina e
posicionar o valor encontrado na curva de crescimento.
• Quando a DUM, a IG e a DPP forem desconhecidas, serão determinadas por aproximação,
mediante medida do fundo de útero e do toque vaginal, além da informação sobre a data de
início dos movimentos fetais.
OBS: gestograma.

Aumento do Volume Uterino


• Até a sexta semana, não ocorre alteração do tamanho uterino;
• Na oitava semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho normal;
• Na décima semana, o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual;
• Na 12ª semana, enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica;
• Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical;
• Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz umbilical;
• A partir da 20ª semana, existe relação direta entre as semanas da gestação e a medida da
altura uterina. Porém, esse parâmetro torna-se menos fiel a partir da 30ª semana de idade
gestacional.

Quando não for possível determinar clinicamente a idade gestacional, solicite o mais
precocemente possível a ultrassonografia obstétrica.

Avaliação do estado nutricional (EN) e do ganho de peso gestacional


• Identificar, a partir de diagnóstico oportuno, as gestantes em risco nutricional (baixo peso,
sobrepeso ou obesidade) no início da gestação;
• Detectar as gestantes com ganho de peso baixo ou excessivo para a idade gestacional;
• Realizar orientação adequada para cada caso, visando à promoção do estado nutricional
materno, condições para o parto e peso do recém-nascido.
• Recomenda-se que a gestante seja pesada em todas as consultas
• A estatura pode ser aferida apenas na primeira consulta, desde que não seja gestante
adolescente (menor de 20 anos), cuja medida deverá ser realizada pelo menos
trimestralmente.

Procedimentos para a medida de peso


Recomenda-se a utilização de balança eletrônica ou mecânica, certificando-se de que estas se
encontram calibradas e em bom funcionamento, a fim de se garantir a qualidade das medidas
coletadas. Tendo-se como base uma balança de adulto, tipo plataforma, cuja escala tenha
intervalos de até 100 gramas, devem ser feitos os seguintes procedimentos:
• Antes de cada pesagem, a balança deve ser destravada, zerada e calibrada;
• A gestante, descalça e vestida apenas com avental ou roupas leves, deve subir na plataforma e
ficar em pé, de costas para o medidor, com os braços estendidos ao longo do corpo e sem
qualquer outro apoio;
• Mova o marcador maior (kg) do zero da escala até o ponto em que o braço da balança incline-se
para baixo; volte-o, então, para o nível imediatamente anterior (o braço da balança inclina-se para
cima);
• Mova o marcador menor (g) do zero da escala até o ponto em que haja equilíbrio entre o peso
da escala e o peso da gestante (o braço da balança fica em linha reta, e o cursor aponta para o
ponto médio da escala);
• Leia o peso em quilogramas na escala maior e em gramas na escala menor. No caso de valores
intermediários (entre os traços da escala), considere o menor valor. Por exemplo: se o cursor
estiver entre 200g e 300g, considere 200g;
• Anote o peso encontrado no prontuário e no Cartão da Gestante.

Obs: IMC na primeira consulta

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Classifique o estado nutricional (EN) da gestante, segundo IMC/semana gestacional em: BP
(baixo peso), A (adequado), S (sobrepeso), O (obesidade).

IMC: Peso (kg) .


Altura (m) x Altura (m)

Parei

Palpação obstétrica e medida da altura uterina (AU)

Objetivos:
• Identificar o crescimento fetal;
• Diagnosticar os desvios da normalidade a partir da relação entre a altura uterina e a idade
gestacional;
• Identificar a situação e a apresentação fetal.

Técnica para palpação abdominal (Manobras de Leopold):


Consiste em um método palpatório do abdome materno em 4 passos):
• Delimite o fundo do útero com a borda cubital de ambas as mãos e reconheça a parte fetal que
o ocupa;
• Deslize as mãos do fundo uterino até o polo inferior do útero, procurando sentir o dorso e as
pequenas partes do feto;
• Explore a mobilidade do polo, que se apresenta no estreito superior pélvico;
• Determine a situação fetal, colocando as mãos sobre as fossas ilíacas, deslizando-as em
direção à escava pélvica e abarcando o polo fetal, que se apresenta. As situações que podem
ser encontradas são: longitudinal (apresentação cefálica e pélvica), transversa (apresentação
córmica) e oblíqua.

Manobra de Palpação

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Apresentação

Situação

Medida da altura uterina (AU)

Objetivo:
Visa ao acompanhamento do crescimento fetal e à detecção precoce de alterações. Use como
indicador a medida da altura uterina e sua relação com o número de semanas de gestação

Técnica para medida da altura uterina:


• Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto;
• Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino;
• Por meio da palpação, procure corrigir a comum dextroversão uterina;
• Fixe a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da
sínfise púbica com uma das mãos, passando-a entre os dedos indicador e médio.
• Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até alcançar o fundo do
útero com a margem cubital da mesma mão;
• Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino;
• Anote a medida (em centímetros) na ficha e no cartão e marque o ponto na curva da altura
uterina.

Exame ginecológico e coleta de material para colpocitologia oncótica

O exame ginecológico inclui a inspeção vulvar, o exame especular e o toque vaginal. Não se
deve perder a oportunidade para a realização do rastreamento do câncer do colo do útero nas
gestantes. Não está contraindicada a realização deste exame em mulheres grávidas, podendo ser
feito em qualquer período da gestação, preferencialmente até o 7º mês.
A água é uma substância neutra, tem índice 7 de PH. O Ph da vagina saudável é ácido, ou
seja, mais baixo do que 7. Seu grau normal varia de 3,8 a 4,2. É esta a condição ideal de
sobrevivência lactobacilos, representantes da flora microbiana que povoa o ambiente vaginal
saudável.

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Vacinação da gestante

A vacinação durante a gestação objetiva não somente a proteção da gestante, mas também a
proteção do feto.
Ø Vacina contra difteria/ tétano/ coqueluche (Tríplice Bacteriana Acelular do Adulto
/ dTpa)
Para as gestantes é recomendada uma dose em toda gestação, a partir da 20ª semana,
preferencialmente entre a 27ª e a 32ª semana. Na impossibilidade de vacinação da gestante com
a dTpa, pode ser utilizada a dTpa-VIP.(Tríplice Bacteriana Acelular do Adulto com vacina inativada
da poliomielite - difteria/ tétano/ coqueluche/Polio).
A vacina é indicada para a proteção da gestante contra o tétano acidental e a prevenção do
tétano neonatal.
Estudos mostram que os adultos, principalmente a mãe, têm importante papel na transmissão da
coqueluche. A vacinação de gestantes poderá contribuir tanto para a diminuição da transmissão
precoce para o lactente, como poderá oferecer proteção vacinal indireta nos primeiros meses de
vida (passagem de anticorpos maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança
ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal.
Vacinar mulheres grávidas durante o final do segundo trimestre e o terceiro é seguro pois, a dTpa
é vacina inativada e não representa risco para a gestante e para o feto. Mulheres não previamente
vacinadas com dTpa, se a mesma não for administrada durante a gravidez, devem recebê-la no
pós parto imediato.A vacina tríplice bacteriana acelular do adulto (dTpa) é segura e pode ser
administrada simultaneamente a outras vacinas indicadas para gestantes, tais como, vacina
contra hepatite B e influenza.

Esquema de aplicação na gestante:


1- Com esquema completo de 3 doses do componente tetânico:
• Há menos de 5 anos – uma dose de dTpa
• Há mais de 5 anos – uma dose de dTpa (entre a 27ª e 36ª semana) ou uma dose de dT (dar
preferência a dTPa)
2- Com esquema incompleto:
• com apenas uma dose de vacina com componente tetânico – fazer uma dose de dT e uma de
dTpa (entre a 27ª e a 36ª semana).
• com apenas duas doses de vacina com componente tetânico- fazer uma dose de dTpa (de
preferência) ou dT.

A vacina está contraindicada nas seguintes situações:


§ Ocorrência de hipersensibilidade após o recebimento de dose anterior;
§ História de hipersensibilidade aos componentes de qualquer um dos produtos
§ História de choque anafilático após administração da vacina;
§ Síndrome de Guillain-Barré nas seis semanas após a vacinação anterior contra difteria e/ou
tétano.

Eventos adversos
Manifestações locais:
Dor, vermelhidão e edema são frequentes.
Manifestação sistêmica:
Febre, cefaleia, irritabilidade, sonolência, perda do apetite e vômito. Com menos frequência
podem ocorrer anafilaxia e a síndrome de Guillan Barré, que são extremamente raras.

Ø Vacina contra hepatite B (recombinante)


O PNI reforça a importância de que a gestante receba a vacina contra a hepatite B após o
primeiro trimestre de gestação, independentemente da faixa etária.
• Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses): deve-se completar o esquema.
• Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-las.

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A vacinação são 3 doses sendo 30 o intervalo entre a primeira e a segunda, e 180 dias o
intervalo entre a terceira e a última.
Para a prevenção da transmissão vertical, no caso de recém-nascido de mãe sabidamente
positiva para a hepatite B, é fundamental a administração precoce da vacina contra hepatite B,
preferencialmente nas primeiras 12 horas, bem como da imunoglobulina humana específica (IGHB
- 0,5mL). A vacina deve ser utilizada mesmo que a imunoglobulina não esteja disponível.

Ø Vacina contra influenza (fragmentada)


A vacina contra a influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período
gestacional. O PNI disponibiliza esta vacina na rede pública de saúde a todas as gestantes
durante a campanha anual contra influenza sazonal. O esquema consta de uma dose no período
da campanha.
Esta recomendação se deve ao ocorrido anteriormente durante a epidemia de influenza sazonal,
no decorrer de pandemias anteriores e quando houve pandemia de influenza A (H1N1), em 2009,
ocasiões em que a gravidez representou um risco ampliado para as mulheres saudáveis, sendo
as gestantes consideradas de alto risco para a morbidade e a mortalidade, o que reforçou a
necessidade de vacinação.

Contraindicações:
A vacina contra influenza sazonal não deve ser administrada em:
• Pessoas com história de alergia severa à proteína do ovo e aos seus derivados, assim como a
qualquer componente da vacina;
• Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores da vacina.

OBS:
1) Na grávida, a utilização da vacina dTpa passa a ser recomendada em todas as gestações,
independentemente do intervalo entre elas, a fim de potencializar a transferência de anticorpos para o
bebê, idealmente entre a 26ª e 36ª semana gestacional.
2) Na falta da vacina dTpa, recomenda-se o uso da vacina dTpa-VPI, pela experiência de uso desta vacina
em outros países, especialmente o Reino Unido.
3) Em relação à vacinação para o HPV, a SBIm reforça a recomendação da imunização de mulheres mais
velhas, que se beneficiam também da proteção, mesmo após o início da vida sexual ou de já haver
contraído algum tipo de HPV.

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4) Em relação à vacina hepatite A, a SBIm reforça que a não contraindicação na gestação sugere que a
vacinação deva ser considerada para esse grupo, visto que no Brasil são frequentes as situações de risco
aumentado de exposição ao vírus.

Exames Pré – Natal

Na 1º consulta: Dosagem de hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht); Grupo sangüíneo e fator Rh;


Sorologia para sífilis (VDRL): repetir próximo à 30ª semana; Glicemia em jejum: repetir próximo à
30ª semana; Exame sumário de urina (Tipo I): repetir próximo à 30ª semana; Sorologia anti-HIV,
com consentimento da mulher após o “aconselhamento pré-teste”. Repetir próximo à 30ª semana,
sempre que possível; Sorologia para hepatite B (HBsAg), de preferência próximo à 30ª semana de
gestação, onde houver disponibilidade para realização; Sorologia para toxoplasmose, onde houver
disponibilidade.

Outros exames podem ser acrescidos a essa rotina mínima:


• Protoparasitológico: solicitado na primeira consulta;
• Colpocitologia oncótica: muitas mulheres freqüentam os serviços de saúde apenas para o
pré-natal. Assim, é imprescindível que, nessa oportunidade, seja realizado esse exame, que
pode ser feito em qualquer trimestre, embora sem a coleta endocervical, seguindo as
recomendações vigentes;
• Bacterioscopia da secreção vaginal: em torno da 30ª semana de gestação, particularmente
nas mulheres com antecedente de prematuridade;
• Sorologia para rubéola: quando houver sintomas sugestivos;
• Urocultura para o diagnóstico de bacteriúria assintomática;
• Eletroforese de hemoglobina: quando houver suspeita clínica de anemia falciforme;
• Ultra-sonografia obstétrica: onde houver disponibilidade.

Solicitação de exames de rotina

Roteiro para solicitação de exames no pré-natal de baixo risco (BRASIL, 2012)


1ª consulta ou 1º trimestre • Hemograma
• Tipagem sanguínea e fator Rh
• Coombs indireto (se dor Rh negativo)
• Glicemia em jejum
• Teste rápido para sífilis e/ou VDRL
• Teste rápido diagnóstico anti-HIV
• Anti-HIV
• Toxoplasmosae IgG e IgM
• Sorologia para Hepatite B (HbsAg)
• Urocultura + urina tipo I
• Ultrassonografia obstétrica
• Citopatologia de colo de útero (se for necessário)
• Exame de secreção vaginal (se houver indicação clínica)
• Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica)
2º trimestre • Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima
de 85mg ou se houver fator de risco (realize o exame
preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana)
• Coombs indireto (se Rh for negativo)
3º trimestre • Hemograma
• Glicemia em jejum
• Coombs indireto (se Rh for negativo)
• VDRL
• Anti-HIV
• Sorologia para Hepatite B (HbsAg)
• Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente
• Urocultura + urina tipo I
• Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de
gestação).
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Condutas nas queixas mais comuns na Gravidez

Náuseas, vômitos e tonturas:


• Explicar que são sintomas do início da gestação;
• Orientar a gestante para dieta fracionada, evitar frituras e alimentos com cheiros fortes, evitar
líquidos durante as refeições, ingerir alimentos sólidos pela manhã;

Pirose (azia)
• Orientar a gestante para dieta fracionada, evitar frituras, ingerir leite frio;
• Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo.

Sialorréia (salivação excessiva)


• Explicar que é um sintoma comum no início da gestação;
• Orientar dieta semelhante à indicada para náuseas e vômitos;
• Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância.

Fraquezas e desmaios:
• Orientar a gestante que não faça mudanças bruscas de posição e evite a inatividade;
• Indicar dieta fracionada, sugerir chá ou café se não forem contra-indicados;
• Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito lateral,
respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação.

Dor abdominal, cólicas, flatulência e obstipação intestinal:


l Certificar-se de que não sejam contrações uterinas;
l Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugerir o uso de cintas (com exceção
da elástica) e exercícios adequados;
l Se houver flatulências e ou obstipação, orientar dieta rica em resíduos (frutas cítricas, verduras,
mamão, ameixas e cereais integrais), aumento da ingestão de líquidos, evitar alimentos de alta
fermentação (repolho, couve, ovo, feijão, leite e açúcar e recomendar caminhadas,
movimentação e regularização do hábito intestinal.

Hemorroidas:
l Fazer dieta, afim de evitar a obstipação intestinal, se necessário, prescrever supositórios de
glicerina;
l Não usar papel higiênico colorido ou áspero e fazer higiene perianal com água e sabão neutro
após defecação;
l Fazer banhos de vapor ou compressas mornas;
l Agendar consulta médica, caso haja dor ou sangramento anal persistente

Corrimento Vaginal:
l Explicar que um aumento de fluxo vaginal é comum na gestação;
l Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção;
l Caso haja corrimento amarelado, esverdeado ou fétido, agendar consulta médica.

Queixas urinárias:
l Explicar que a polaciúria é comum no início e no final da gestação;
l Encaminhar para o médico se houver disúria ou hematúria.

Falta de ar e dispneia:
l Explicar que são sintomas comuns em decorrência do aumento do útero ou da ansiedade.
l Recomendar repouso em decúbito lateral;
l Ouvir a gestante;
l Estar atento para outros achados indicativos de doença cardiovascular. Agendar consulta
médica caso haja dúvida ou suspeita.

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Dor nas mamas:
l Recomendar o uso de sutiã, com boa sustentação, após descartar qualquer alteração no
exame das mamas.

Dor lombar:
l Recomendar a correção da postura ao sentar-se e ao andar;
l Uso de sapatos baixos e confortáveis;
l Aplicação de calor local;
l Eventualmente usar analgésico, por tempo limitado.

Cefaléia
l Afastar hipertensão arterial pré eclampsia;
l Conversar sobre tensões e conflitos;
l Referir à consulta médica, se persistir o sintoma.

Varizes:
l Recomendar à gestante que: não fique muito tempo em pé ou sentada; repousar 20 minutos
várias vezes ao dia com as pernas elevadas; não usar roupas muito justas e nem liga nas
pernas e, se possível, usar meias para gestantes.

Câimbras:
l Recomendar massagens no músculo contraído e aplicação de calor local;
l Evitar excesso de exercícios

Cloasma Gravídico:
l Explicar que é comum na gravidez e que costuma diminuir após o parto;
l Recomendar a não expor o rosto diretamente ao Sol.

Estrias
l Explicar que são o resultado da distensão dos tecidos e que não existe método eficaz de
prevenção. No início apresentam cor arroxeada, tendem com o tempo, a ficar de cor
semelhante à da pele.
l Ainda que controversas, podem ser utilizadas massagens locais, com substâncias oleosas, na
tentativa de preveni-las.

HIPERÊMESE GRAVÍDICA

Caracteriza-se por vômitos contínuos e intensos que impedem a alimentação da gestante,


ocasionando desidratação, oligúria, perda de peso e transtornos metabólicos, com alcalose (pela
perda maior de cloro, acarretando hipocloremia, perda de potássio e alterações no metabolismo
das gorduras e dos carboidratos). Nos casos graves, pode ocasionar insuficiência hepática, renal
e neurológica. Aspectos emocionais e adaptações hormonais são apontados como causadores do
citado transtorno. A hiperêmese gravídica pode, também, estar associada a questões como
gestação múltipla, mola hidatiforme, pré-eclâmpsia, diabetes e isoimunização Rh.
Há outros fatores que podem acarretar vômitos com a mesma gravidade e que devem ser
afastados, tais como: úlcera gástrica, cisto torcido de ovário, gravidez ectópica, insuficiência renal,
infecções intestinais. Os vômitos tardios da gravidez não devem ser confundidos com hiperêmese
gravídica.
Apoio psicológico e ações educativas desde o início da gravidez, bem como reorientação
alimentar, são as melhores maneiras de evitar os casos mais complicados. Nas situações de
êmese persistente, o profissional de saúde deve prescrever drogas antieméticas, por via oral ou
intravenosa, além de hidratação.

Antieméticos orais:
• Metoclopramida = 10mg de 4 em 4h;
• Dimenidrato = 50mg de 6 em 6h.

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Antieméticos injetáveis:
• Metoclopramida = 10mg (uma ampola = 10mg) de 4 em 4h;
• Dimenidrato = 50mg (uma ampola = 1ml) de 6 em 6h.

Nos casos de hiperêmese gravídica que não responderam à terapêutica inicialmente instituída ou
quando a unidade de saúde não tiver disponibilidade para essas medidas, a internação faz-se
necessária. Em tais situações, o profissional de saúde deve encaminhar a gestante imediatamente
para um hospital.
Deve-se orientar o uso de bebidas geladas para a melhoria dos sintomas, assim como se deve
evitar o uso de bebidas com gás e que contenham cafeína.

GESTAÇÃO DE ALTO RISCO


Toda Gestação traz em si mesma risco para a mãe ou para o feto. No entanto, em pequeno
número delas esse risco está muito aumentado e é incluído entre as chamadas gestações de
risco.

Conceito:
Gravidez de Alto Risco é aquela na qual a vida ou saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-
nascido, têm maiores chances de serem atingidas que comparadas com a média da população
considerada.
Os fatores geradores de risco podem ser agrupados em três grandes grupos:

1) Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis:


• Idade maior que 35 anos;
• Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos*;
• Altura menor que 1,45m;
• Peso pré-gestacional menor que 45 kg e maior que 75 kg (IMC<19 e IMC>30);
• Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos;
• Situação conjugal insegura;
• Conflitos familiares;
• Baixa escolaridade;
• Condições ambientais desfavoráveis;
• Dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
• Hábitos de vida – fumo e álcool;
• Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário,
exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse.

2) História reprodutiva anterior:


• Abortamento habitual;
• Morte perinatal explicada e inexplicada;
• História de recém-nascido com crescimento restrito ou malformado;
• Parto pré-termo anterior;
• Esterilidade/infertilidade;
• Intervalo interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos;
• Nuliparidade e grande multiparidade;
• Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;
• Diabetes gestacional;
• Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).

3) Condições clínicas preexistentes:


• Hipertensão arterial;
• Cardiopatias;
• Pneumopatias;
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• Nefropatias;
• Endocrinopatias (principalmente diabetes e tireoidopatias);
• Hemopatias;
• Epilepsia;
• Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local);
• Doenças autoimunes;
• Ginecopatias;
• Neoplasias.

Os outros grupos de fatores de risco referem-se a condições ou complicações que podem surgir
no decorrer da gestação transformando-a em uma gestação de alto risco:

1. Exposição indevida ou acidental a fatores teratogênicos.

2. Doença obstétrica na gravidez atual:


• Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico;
• Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada;
• Ganho ponderal inadequado;
• Pré-eclâmpsia e eclâmpsia;
• Diabetes gestacional;
• Amniorrexe prematura;
• Hemorragias da gestação;
• Insuficiência istmo-cervical;
• Aloimunização;
• Óbito fetal.

3. Intercorrências clínicas:
• Doenças infectocontagiosas vividas durante a presente gestação (ITU, doenças do trato
respiratório, rubéola, toxoplasmose etc.);
• Doenças clínicas diagnosticadas pela primeira vez nessa gestação (cardiopatias,
endocrinopatias).

No seguimento das gestações de alto risco levam-se em consideração:


a) Repercussões entre a doença e a gravidez;
b) Avaliação clínica;
c) Avaliação obstétrica;
d) Parto.
e) Aspectos emocionais

SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GRAVIDEZ


Classificação Clínica das Síndromes Hipertensivas da Gravidez (MS, 2012)

A definição de hipertensão na gravidez considera os valores absolutos de:


PA sistólica > 140 mmHg e/ou diastólica de > 90mmHg.

As alterações hipertensivas da gestação estão associadas a complicações graves fetais e


maternas e a um risco maior de mortalidade materna e perinatal. Nos países em desenvolvimento,
a hipertensão gestacional é a principal causa de mortalidade materna, sendo responsável por um
grande número de internações em centros de tratamento intensivo.

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Procedimentos recomendados para a medida da pressão arterial:

1- Preparo da paciente:
Explique o procedimento à gestante e a deixe em repouso por pelo menos 5 minutos em ambiente
calmo. Ela deve ser instruída a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser
esclarecidas antes ou após o procedimento.

2- Certifique-se de que ela não:


§ Está com a bexiga cheia; praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos;
§ Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos;
§ Fumou nos 30 minutos anteriores.

3- Posicionamento da gestante: ela deve estar na posição sentada, com as pernas


descruzadas, com os pés apoiados no chão e o dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço
deve estar na altura do coração (no nível do ponto médio do esterno ou no 4º espaço intercostal),
livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido.
A PA também pode ser medida no braço esquerdo, na posição de decúbito lateral esquerdo, em
repouso, e a gestante não deve diferir da posição sentada.

Tipos:
Ø Hipertensão crônica - Observada antes da gravidez, ou antes, de 20 semanas de gestação,
ou diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez e não se resolve ate 12 semanas apos o
parto.
Ø Hipertensão gestacional (sem proteinúria) - aumento da pressão arterial que ocorre após a
20ª semana de gestação, mais frequentemente perto do parto ou no puerpério imediato, sem
proteinúria. Normalmente, a PA se normaliza nas primeiras 12 semanas de puerpério,
podendo, por isso, ser definida como “transitória”.
Ø Pré-eclâmpsia - aparecimento de hipertensão e proteinúria (300mg ou mais de proteína em
urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente normotensa. É uma
desordem multissistêmica, idiopática, específica da gravidez humana e do puerpério,
relacionada a um distúrbio placentário que cursa com vasoconstricção aumentada e redução
da perfusão. O edema atualmente não faz mais parte dos critérios diagnósticos da síndrome,
embora frequentemente acompanhe o quadro clínico; Na ausência de proteinuria, a suspeita se
fortalece quando o aumento da pressão aparece acompanhado por cefaléia, distúrbios visuais,
dor abdominal, plaquetopenia e aumento de enzimas hepáticas.
Ø Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser
atribuídas a outras causas. Caracteriza-se pela presença de convulsões tônico-clônicas
generalizadas ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivo, que não estão
relacionadas a epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no
parto e no puerpério imediato.
Ø Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica: é definida pela elevação aguda da PA, à qual se
agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da função hepática em gestantes
portadoras de HAS crônica, com idade gestacional superior a 20 semanas.

Existem vários fatores que aumentam a chance de uma gestante ter hipertensão arterial:
primiparidade, diabetes mellitus, gestação gemelar, história familiar de pré-eclâmpsia e eclâmpsia,
hipertensão arterial crônica, pré-eclâmpsia sobreposta em gestação prévia, hidropsia fetal (não
imune), gestação molar, nova paternidade. Outros fatores com evidência mais fraca: IMC > 25,8;
idade materna maior do que 35 anos, uso de método anticoncepcional de barreira, aborto prévio,
ganho excessivo de peso.

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Anti-hipertensivos para uso em HC na gestante
Drogas Dose Comentários

Metildopa 0,5 – 2,0 g/dia O mais usado considerado


Em 2- 4 doses como 1ª linha
Nifedipina 30 -120 mg/dia Considerada de 2ª linha

Verapamil 120 – 320 mg/dia Considerada de 2ª linha

Pindolol 5-30 mg/dia Considerada de 2ª linha

Labetalol 200 -1,200 mg/dia Considerado como de 2ª linha


e até 1ª linha

Hidralazina 50 – 200 mg/ dia Considerado como de 2ª ou 3ª


linha para uso crônico.

Classificação da Pré-eclâmpsia

Considera-se grave quando presente um ou mais dos seguintes critérios:


• Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmhg;
• Proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou 2+ em fita urinária;
• Oligúria (menor que 500 ml/dia, ou 25 ml/hora);
• Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2 mg/dL;
• Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais);
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito;
• Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia;
• Plaquetopenia (<100.000/mm3);
• Aumento de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de bilirrubinas;
• Presença de esquizócitos em esfregaço de sangue periférico.

Outros sinais que podem sugerir o diagnóstico são:


• Acidente vascular cerebral;
• Sinais de insuficiência cardíaca, ou cianose;
• Presença de RCIU (restrição de crescimento intrauterino) e/ou oligohidrâmnio

ECLÂMPSIA
A ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclâmpsia caracteriza o quadro de
eclâmpsia.
A conduta clinica visa ao tratamento das convulsões, da hipertensão e dos distúrbios
metabólicos, além de cuidados e controles gerais.

Tratamento anticonvulsivante - Sulfato de Magnésio (MgSO4).

Cuidados com o uso do sulfato de magnésio • A administração da dose de manutenção deverá


ser suspensa caso a frequência respiratória tenha menos de 16 incursões por minuto, os reflexos
patelares estejam completamente abolidos ou a diurese seja inferior a 100ml durante as 4 horas
precedentes. • Deve-se utilizar agulha longa e técnica em zigue-zague para a administração
intramuscular. • O gluconato de cálcio a 10% atua como antídoto. É indispensável manter sempre
à mão uma ampola de 10ml, para aplicação imediata no caso de eventual parada respiratória,
apesar desta raramente ocorrer quando são devidamente observadas as normas de aplicação e
vigilância do sulfato de magnésio. • Na recorrência de convulsões, utiliza-se mais 2g IV e

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aumenta-se a velocidade de infusão do sulfato de magnésio. Na persistência delas, com crises
subentrantes, pode-se optar pela fenil-hidantoína.

Obs: Pode ser utilizado durante o Trabalho de Parto, Parto e Puerpério, devendo ser mantido
por 24 horas.

Deve-se utilizar agulha longa e técnica em zigue-zague para administrar IM;


l Intoxicação: Gluconato de cálcio à 10% como antídoto.
l Como diagnosticar essa intoxicação?
l Reflexo patelar ausente, depressão respiratória (menor que 16 rpm) e diurese inferior a 100 ml
durante as 4 horas precedentes.

Eclâmpsia
Cuidados gerais:
l Decúbito elevado a 30º e face lateralizada;
l Cateter nasal com oxigênio (5l/min);
l Sonda vesical de demora contínua;
l Punção de veia calibrosa;
l Manter o ambiente tranquilo.
l Sinais vitais.

Síndromes Hemorrágicas
Entre 10% a 15% das gestações apresentam hemorragias. São divididas em primeira metade e
segunda metade da gestação.

Primeira metade:
l Abortamento;
l Gravidez ectópica;
l Mola Hidatiforme;
l Descolamento córioamniótico;

Segunda metade:
l Placenta prévia;
l Descolamento prematuro da placenta;
l Rotura uterina;
l Vasa prévia

Outras causas menos frequentes de sangramento por via vaginal durante toda a gestação,
são:
• Cervicites,
• Pólipo endocervical e ectrópio,
• Câncer de colo uterino,
• Trauma vaginal e o
• Sangramento do colo durante o trabalho de parto na segunda metade da gestação.

Ø Abortamento
Interrupção da gravidez ocorrida antes da 22ª semana de gestação. O produto da concepção
eliminado no processo de abortamento é chamado aborto.
• Abortamento precoce: até 13 semanas;
• Abortamento tardio: entre 13 e 22 semanas;

Diagnóstico: clinicamente e através da ultra-sonografia.

Classificação:
l Abortamento espontâneo: e a perda involuntária da gestação.

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l Ameaça de abortamento: e a ocorrência de sangramento uterino com a cérvix fechada sem
eliminação de tecidos ovulares.
l Abortamento completo: quando a totalidade do conteúdo uterino foi eliminada.
l Abortamento incompleto: quando apenas parte do conteúdo uterino foi eliminado.
l Abortamento inevitável: quando ha sangramento e dilatação cervical mas ainda não ocorreu
eliminação de conteúdo uterino.
l Abortamento retido: quando ocorre a morte do embrião ou feto e o mesmo permanece na
cavidade uterina, sem ser eliminado. De uma maneira geral o colo se encontra fechado,
podendo ocorrer leve sangramento.
l Abortamento infectado: e o processo de abortamento acompanhado de infecção genital, tais
como endometrite, parametrite e peritonite.
l Abortamento habitual: perdas espontâneas e sucessivas de três ou mais gestações.
Possíveis causas: Malformações uterinas (útero bicorno, útero septado, útero didelfo);
Miomatose uterina; Insuficiência istmo cervical; Insuficiência do corpo lúteo; Fatores
imunológicos; Fatores infecciosos; Síndrome antifosfolipide; Fatores genéticos.

Ø Gravidez ectópica
l Corresponde à nidação do ovo fora da cavidade uterina.
l Fatores de risco: História prévia, cirurgia tubária prévia, infecções tubárias anteriores,
contracepção por DIU.
l Diagnóstico utilizam-se dados ultrassonográficos e dados clínicos: dor e sangramento vaginal;
ao exame ginecológico: presença de sangue no canal vaginal, útero menor que o esperado
para a idade gestacional, amolecimento do colo e dor pélvica;
l Em casos de rotura – sinais de hemoperitônio e choque, com dor de forte intensidade,
associada abdome distendido e silencioso, dor no ombro e abaulamento de fundo de saco
vaginal. (OBS: culdocentese – punção do fundo de saco vaginal posterior).
l Beta HCG – se não duplicar em 48 horas – pode ser gravidez ectópica ou aborto.
l O tipo mais comum é a gravidez tubária;
l Conduta, geralmente, é cirúrgica (laparotomia ou laparoscopia). Mas existe a conduta
conservadora em casos de poucos sintomas, regressão dos níveis de Beta HCG, massa menor
que 3 cm ou indetectável, ausência de BCF e nenhuma evidência de rotura tubária.
l Tratamento clínico com Metotrexato.

Ø Mola Hidatiforme (Neoplasia trofoblástica gestacional benigna)


É um tumor benigno que se desenvolve a partir de tecido placentário (células trofoblásticas)
em fases precoces de uma gravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente.
Sangramento indolor de intensidade progressiva – com eliminação de vesículas (cachos de uva).
Pode ocorrer anemia e exarcebação dos sintomas de gravidez.
A frequência é de 1 caso para 2.000 gestações.

Ao exame físico: tamanho uterino maior do que o esperado para IG, colo e útero amolecidos e
aumento do volume ovariano (cistos tecaluteínicos – hiperestimulação pelo HCG)

A dosagem do hormônio gonadotrófico coriônico (βHCG) geralmente demonstra níveis


elevados para a idade gestacional correspondente. A ultrassonografia é o método mais preciso
para diferenciar gestação normal da prenhez molar. As imagens são típicas de mola, anecoicas,
no interior do útero, em “flocos de neve”. Em cerca de 40% são visualizados à ultrassonografia
cistos tecaluteínicos.

Conduta:
Esvaziamento uterino por aspiração manual intrauterina ou histerectomia (procedimento de
exceção).

Obs: Uso de ocitocina durante o procedimento.

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Ø Descolamento cório- amniótico
Caracteriza-se por sangramento genital de pequena intensidade e é diagnosticado por exame
ecográfico. A evolução é boa, não representando quadro grave de risco materno e/ou ovular. A
conduta é conservadora e, basicamente, consiste no esclarecimento à gestante, com as mesmas
orientações da ameaça de abortamento.

Ø Placenta prévia (inserção baixa de placenta)


É a implantação da placenta, inteira ou parcialmente, no segmento inferior do útero, a partir da
22ª semana.
Classificação:
• Baixa: está localizada próxima ao colo do útero, sem atingi-lo
• Marginal: atinge o orifício interno do colo do útero, sem recobri-lo
• Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo do útero

Quadro clínico:
l Sangramento indolor;
l Autolimitado;
l Final do segundo e início do terceiro trimestre;
l Presença de sangramento sentinela.

Obs: Sangramento sentinela: É um sangramento que ocorre entre a 26º e 28º semana de
gestação – sangramento intermitente e abundante, de coloração vermelho vivo, com necessidade
de internações e transfusões frequentes.

Cuidados:
l Sinais vitais;
l Palpação abdominal;
l Medida da altura uterina;
l Ausculta dos batimentos cardíacos fetais;
l Exame especular cuidadoso;
l Não realizar toque vaginal até se conhecer a localização exata da placenta.

Ø Descolamento prematuro de placenta (DPP)


É a separação da placenta antes do nascimento do feto, em gestação de 22 ou mais semanas.
Pode ser parcial ou total. O DPP é descrito como a principal causa de óbito perinatal.

Principais fatores de risco para o DPP:


l Hipertensão (gestacional ou preexistente);
l Rotura prematura de membranas ovulares;
l Cesariana prévia;
l Tabagismo;
l Idade materna avançada;
l Uso de drogas (álcool, cocaína e crack);
l Condições que causem sobredistensão uterina;

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l Trauma (trauma abdominal direto, automobilístico);
l DPP em gestação anterior;
l Amniocentese, cordocentese.

A hipertensão é responsável por até 50% dos casos de DPP não traumáticos. Tanto a pré-
eclâmpsia quanto a hipertensão arterial crônica são fatores de risco importantes para o
DPP.

Característica do sangramento da DPP


l Hemorragia exteriorizada,
l Hemoâmnio;
l Sangramento retroplacentário.

Quadro clínico:
l Dor abdominal;
l Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto;
l Sangramento genital de quantidade variável;
l História de hipertensão;
l Pesquisar presença de outros fatores de risco.

Exame físico no DPP:


l ABC da reanimação: vias aéreas pérvias, padrões de respiração e circulação;
l Sinais vitais: observar taquicardia e alterações posturais da pressão;
l Exame obstétrico: medida de altura uterina, BCF, hipertonia uterina;
l Monitoração fetal: padrão não tranqüilizador;
l Palpação abdominal: contrações tetânicas.

Ø Rotura uterina
Rotura completa ou incompleta da parede uterina, que ocorre sobretudo além da 28a semana
gestacional e durante o trabalho de parto, precedida, em sua maioria, por quadro clínico de
iminência de rotura uterina, o que facilita sua prevenção.

Classificação:
Completa – rotura total
Incompleta – peritônio parietal permanece intacto podendo permanecer assintomática após um
parto vaginal.

Maior fator de risco: cicatriz uterina


Obs: o uso de prostaglandinas para amadurecimento cervical não é recomendado em presença
de cesárea anterior

Conduta
l Estabilidade hemodinâmica
l Laparotomia e histerectomia

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Ø Incompetência istmo-cervical
É a causa mais importante e freqüente de abortamento habitual, e se caracteriza pela
incompetência do sistema oclusivo do útero grávido, com a abertura do orifício interno.
O diagnóstico se faz pela anamnese (antecedentes obstétricos: manobras traumáticas de
dilatação cervical, perdas fetais precoces anteriores, partos vaginais traumáticos ou
instrumentados, cirurgia cervical prévia, etc.).
Exame pélvico (especular e toque vaginal). Ultrassonografia obstétrica (avaliar o comprimento
do colo e determinação de seu diâmetro antero-posterior ao nível do orifício interno do colo).
A conduta é cirúrgica sendo realizada durante a gestação, idealmente entre a 12ª e 16ª
semanas, podendo estender-se até a 20ª semana.

As condições para a realização da cerclagem são:


• Dilatação cervical menor que 4 cm;
• Apagamento cervical inferior a 60%;
• Ausência de protrusão avançada da bolsa das águas;
• Bolsa íntegra;
• Tratamento de infecções vaginais.
• Recomenda-se a restrição relativa a esforços físicos.

Ø Trabalho de parto prematuro (TPP)


Conceitua-se gravidez pré-termo aquela cuja idade gestacional encontra-se entre 22 (ou 154
dias) e 37 (ou 259 dias) semanas;
O trabalho de parto é caracterizado pela presença de contrações freqüentes (uma a cada 5 a 8
minutos) acompanhadas de modificações cervicais caracterizadas por dilatação maior que 2,0 cm
e/ou esvaecimento maior que 50%;

Exame físico – avaliar dinâmica uterina; ausculta de BCF e avaliar possibilidade de rotura das
membranas e possibilidade de placenta prévia e DPP.

A inibição do trabalho de parto: repouso, hidratação e uso de uterolíticos como os beta-


adrenérgicos (salbutamol, terbutalina e ritodrina) e inibidores da protaglandina (indometacina e
nifedipina – primeira escolha). Além dos antagonoistas de ocitocina (Atosibano)
Uso de corticosteroides (amadurecimento pulmonar)– entre 24 e 34 semanas - Betametasona
12mg IM de 24 em 24 h ou ;
Dexametasona 6mg IM de 12 em 12 h X 4 doses.

Ø ISO imunização materno-fetal


Mãe – Rh negativo
Pai – Rh positivo
Bebê – Rh positivo

A mãe desenvolve anticorpos anti-Rh positivo e provoca na segunda gestação a eritroblastose


fetal; Acontece em 5 a cada1000 gestações.
Diagnóstico: teste de coombs indireto
Prevenção: imunoglobulina anti-D dentro das primeiras 72 horas de pós-parto da primeira
gestação, evitar amniocentese em gestantes não sensibilizadas,

l Após procedimentos invasivos: amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo corial;


l Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;
l Após o parto de mães com Coombs indireto negativo e recém-nascidos Rh positivo;
l Entre a 28ª e a 34ª semana de gestação de todas as mulheres com Coombs indireto negativo e
com parceiros Rh positivos;
l Após sangramento obstétrico (placenta prévia, por exemplo) com risco de hemorragia feto-
materna significativa.

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Ø Amniorrexe prematura
Conceitua-se amniorrexe prematura quando a rotura da bolsa amniótica se dá antes de
instalado o trabalho de parto;
l Rotura prematura de membranas pré-termo – se antes de 37 semanas;
l Rotura prematura de membranas no termo – se maior ou igual à 37 semanas.

Diagnóstico basicamente clínico


• Perda de líquido súbita e habitualmente indolor
• Este líquido pode ser transparente, seminal esverdeado ou purulento.

Exame físico
l Temperatura axilar e pulso materno;
l Dinâmica uterina;
l Altura uterina;
l Estado fetal;
l Exame Especular
l Evitar toque vaginal

QUESTÕES DE CONCURSOS

1- (Agente de Políticas Sociais - Técnico em Enfermagem / BIORIO-2016)


No atendimento pré-natal a equipe de enfermagem precisa estar atenta às solicitações e
principais queixas da gestante, de modo a prestar os cuidados e o acolhimento necessário nesta
fase da vida da mulher. Nos casos em que não há patologias clínicas mais complexas, o técnico
de enfermagem deve dar algumas orientações quando se depara com algumas queixas
frequentes da gestante. Sobre tais queixas e condutas, analise as afirmativas a seguir:

I. Em caso de pirose, a gestante deve evitar ingerir café, chá preto, mates, doces e bebida
alcoólica.
II. Em caso de sialorréia, a gestante deve fazer repouso e diminuir a ingestão de líquidos.
III. Sentar com a cabeça abaixada ou deitar em decúbito lateral, respirando profunda e
pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio.
Marque a alternativa correta:

a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.


b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
d) Apenas a afirmativa I está correta.
e) Apenas a afirmativa III está correta.

2- (Agente de Políticas Sociais - Técnico em Enfermagem / BIORIO-2016)


São orientações de enfermagem apropriadas para as gestantes em pré-natal de baixo risco,
EXCETO:
a) O repouso em decúbito lateral esquerdo melhora o sintoma de falta de ar.
b) Em caso de mastalgia, recomenda-se o uso constante de sutiã, com boa sustentação, após
descartar qualquer intercorrência mamária.
c) O aumento do número de micções é frequente no início da gestação, portanto, deve-se orientar
a gestante a diminuir a ingestão de líquidos.
d) Aplicação de calor local é recomendada em caso de lombalgia.
e) Usar protetor solar ajuda na prevenção do cloasma gravídico.

3- (Técnico Nível Superior - Enfermeiro Obstetra / NUCEPE/UESPI -2016 )


Analise as assertivas abaixo, colocando V para verdadeiro e F para falso. Logo em seguida,
marque a alternativa CORRETA:
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I - As consultas de pré-natal deverão ser mensais até a 28ª semana, quinzenais entre 28ª e 36ª
semana e a partir da 36ª até a 41ª semana deverão ser semanais, até a sua alta.
II - Quando o parto não ocorre até a 42ª semana, é necessário encaminhar a gestante para a
avaliação do bem-estar fetal.
III - A avaliação do bem-estar fetal inclui o exame do índice do líquido amniótico e monitoramento
cardíaco fetal.
IV - O acompanhamento do pré-natal tem o objetivo assegurar o desenvolvimento da gestação,
permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna.
V - Um dos principais indicadores do prognóstico ao nascimento é o acesso à assistência pré-
natal, tendo os cuidados do primeiro trimestre como um indicador de maior qualidade dos
cuidados maternos.
a) F – V – V – V – V.
b) F – F – V – V – V.
c) V – V – F – V – F.
d) V – F – V – V – F.
e) F – V – V – F – V.

4- (Técnico Nível Superior - Enfermeiro Obstetra / NUCEPE/UESPI -2016 )


Analise as afirmativas abaixo. Todas estão corretas, EXCETO,
a) Se o atraso menstrual for superior a 12 semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito
pelo exame clínico e torna-se desnecessária a solicitação do teste imunológico de gravidez (TIG).
b) São sinais de presunção de gravidez: atraso menstrual, saída de colostro pelo mamilo,
coloração violácea vulvar, náuseas, vômitos, salivação excessiva e sonolência.
c) O saco gestacional pode ser observado por via transvaginal a partir da primeira semana
gestacional e atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 4 semanas
gestacionais.
d) Os batimentos cardíacos fetais (BCF) são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo
pinard a partir de 20 semanas.
e) Duas informações essenciais que devem constar explicitamente no cartão da gestante são as
relacionadas ao nome do hospital de referência para o parto e as relativas às intercorrências
durante a gestação.

5- (Técnico Nível Superior - Enfermeiro Obstetra / NUCEPE/UESPI -2016 )


Carlota procurou a unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal, sendo encaminhada para
consulta de enfermagem e relatou que sua última menstruação teve 5 dias de duração, tendo o
último dia em 10/03/2015. A data provável em que o parto ocorreu, baseado na regra de Naegele:
a) 17/12/2015.
b) 19/12/2015.
c) 11/12/2015.
d) 13/12/2015.
f) 15/11/2015.

6- (Prefeitura Niterói – Técnico de Enfermagem) Para avaliação e classificação do estado


nutricional da gestante acima de 19 anos, utilizam-se dois parâmetros, que são a idade
gestacional é:

a) Índice de massa corporal;


b) Valor de circunferência abdominal;
c) Medida de prega cutânea;
d) Altura de fundo de útero.

7- (UFRJ-06) Uma gestante comparece ao Posto de Saúde, trazendo um cartão de vacinação


onde constam três doses de vacina antitetânica, aplicadas há 7 anos. Nesse caso, a orientação
quanto à vacinação é:
a) Aplicar uma dose na hora, e agendar a outra dose em 30 dias;
b) Reiniciar o esquema de três doses, com intervalos de dois meses;
c) Aplicar uma dose de reforço, e agendar outra para depois do parto
d) Aplicar uma dose de reforço, sem agendar outra;
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e) Não aplicar nenhuma dose mais.

8- (UFRJ – Técnico de Enfermagem / 2006) o cartão da gestante é um instrumento de registro


que contém os principais dados referentes ao acompanhamento da gestação, devendo portanto
permanecer:
a) No prontuário do pré-natal;
b) Com a equipe de saúde;
c) No hospital de referência;
d) Com a gestante;
e) Com a família da gestante.

9- (Assistente Técnico de Saúde - Técnico em Enfermagem - NUCEPE/UESPI/ 2016) A vacina


contra difteria e tétano faz parte do calendário de vacinas das gestantes. Pode ser dispensada
desta vacina no pré-natal a gestante que:
a) Recebeu a última dose de reforço dessa vacina há menos de dez anos.
b) Já teve tétano anteriormente e recebeu vacina há mais de três anos.
c) Recebeu a última dose de reforço dessa vacina há menos de cinco anos.
d) Recebeu o esquema completo de DPT na infância.
e) Recebeu a vacina tetraviral poucos meses antes de engravidar.

10- (Técnico Nível Superior - Enfermeiro Obstetra/ NUCEPE/UESPI – 2016) De acordo com as
condutas diante dos resultados do exame de tipagem sanguínea da gestante, avalie os itens
abaixo e marque a alternativa CORRETA:
a) A gestante é Rh+ e o seu parceiro é Rh+, a conduta é solicitar o teste de coombs indireto. Se
esse for negativo, repetir a cada três meses e, se positivo, referenciar a gestante ao pré-natal de
alto risco.
b) A gestante Rh- e o seu parceiro sendo Rh-, a conduta é solicitar o teste de coombs indireto e,
independente do resultado, repetir o exame com 4 semanas.
c) A gestante Rh+ e o seu parceiro sendo Rh-, a conduta é solicitar o teste de coombs direto e
repeti-lo, após o segundo trimestre da gravidez.
d) A gestante Rh- e o parceiro Rh+ ou fator Rh desconhecido, a conduta é solicitar o teste de
coombs indireto. Se o resultado for negativo, deve-se repeti-lo a cada 4 semanas, a partir da 24ª
semana e, se for positivo, referenciar a gestante ao pré-natal de alto risco.
e) A gestante Rh- e o parceiro Rh+ ou fator Rh desconhecido, a conduta é solicitar o teste de
coombs direto. Se o resultado for positivo, deve-se repeti-lo a cada 4 semanas, a partir da 24ª
semana e, se for negativo, referenciar a gestante ao pré-natal de alto risco.

11- (Técnico Nível Superior - Enfermeiro Obstetra/ NUCEPE/UESPI – 2016) Intercorrência


obstétrica que se caracteriza por vômitos contínuos e intensos, ocasionando desidratação,
oligúria, perda de peso e transtornos metabólicos com alcalose. Tendo como causas desse
transtorno aspectos emocionais e adaptações hormonais:
a) Hiperêmese gravídica.
b) Mola hidatiforme.
c) Amniorrexe prematura.
d) Placenta prévia.
e) Descolamento cório-amniótico.

12- (MOURA MELO – SP / 2010) Com auxílio de um estetoscópio de Pinard, é possível ouvir
os batimentos cardíacos fetais, desde que a mulher esteja com quantas semanas de gestação?
a) 13 semanas
b) 16 semanas
c) 20 semanas
d) 25 semanas

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13- (VUNESP – SP / 2010) Gestante relatou a Data da Última Menstruação (DUM) foi
29.05.2010. em 15.08.2010, a data provável do parto (DPP) e a idade gestacional (IG) são,
respectivamente:
a) DPP = 05.03.2011 e IG = 11 1/7 semanas.
b) DPP = 29.02.2011 e IG = 13 semanas
c) DPP = 05.02.2011 e IG = 12 4/7 semanas
d) DPP = 29.03.2011 e IG = 13 2/7 semanas

14- (FJG – 2010) O sinal clínico que diferencia pré-eclâmpsia de eclâmpsia é:


a) Encefalopatia
b) Dor epigástrica
c) Convulsão
d) Dor em hipocôndrio direito

15- (Fundação João Pinheiro - FJP / Pref. Rio de Janeiro /RJ – SMA- 2015) Para a realização
do Teste Imunológico de Gravidez (TIG) o técnico de enfermagem precisa orientar que a mulher
deve ter o atraso menstrual, em dias, de no mínimo:
a) 7 b) 10 c) 15 d) 20

16- (FEPESE / Pref. Balneário Camboriú/SC -2013) A dosagem de gonadotrofina coriônica


humana (βHCG) para o diagnóstico precoce da gravidez, com a utilização de medidas
quantitativas precisas e rápidas, tornou este teste mundialmente reconhecido para confirmar a
ocorrência de gravidez. O βHCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre
oito a onze dias após a concepção. Entretanto, se o atraso menstrual for superior a doze
semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser feito pelo exame clínico, sendo que o diagnóstico
da gravidez pode ser efetuado em 90% das pacientes por intermédio dos sinais clínicos, dos
sintomas e do exame físico em gestações mais avançadas. Em relação aos sinais de presunção,
probabilidade e certeza de gravidez, é correto afirmar:
a). ( ) O atraso menstrual é sinal de probabilidade de gravidez.
b). ( ) Ultrassonografia demonstrando saco gestacional é um sinal de probabilidade de gravidez.
c). ( ) O amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume, é um sinal de
certeza de gravidez.
d). ( ) Manifestações clínicas como náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de
apetite, aumento da frequência urinária e sonolência são considerados sinais de presunção de
gravidez.
e). ( ) O aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de
Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e
cervical e aumento do volume abdominal são sinais de certeza de gravidez.

17- (UPENET/IAUPE- HEMOPE/ 2013) Placenta prévia é definida como a placenta, que se
implanta total ou parcialmente, no segmento inferior do útero. Dentre os fatores de risco
apresentados abaixo, qual o que representa o maior risco para ocorrência desse distúrbio
hemorrágico?
a) Multiparidade
b) Tabagismo
c) Gemelaridade
d) Apresentações anômalas
e) Cesárea anterior

18- (VUNESP/ IMESC-2013) Após a perícia em uma gestante, as orientações quanto à


proteção e prevenção de doenças transmissíveis, de acordo com a Secretaria de Estado da
Saúde do Estado de São Paulo, incluem a indicação das seguintes vacinas:
a) Dupla adulto, febre amarela e influenza.
b) Sarampo-caxumba-rubéola, hepatite B e febre amarela.
c) Dupla adulto, hepatite B e influenza.
d) BCG, hepatite B e influenza.
e) Meningocócica C, hepatite B e dupla adulto.
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19- (DOM CINTRA/ Pref. Itaboraí/RJ- 2012) A placenta prévia é uma intercorrência obstétrica
de risco caracterizada pela implantação da placenta na parte inferior do útero. Na fase crítica, a
internação é imediata, devendo ser observado o seguinte cuidado em relação à gestante:
a) Estimular a deambulação durante o dia
b) Oferecer dietas hipoproteicas e hipocalóricas
c) Registrar as características dos lóquios serosos a cada eliminação
d) Verificar a pressão venosa central a intervalos de quatro horas
e) Manter repouso no leito com as pernas ligeiramente elevadas

20- (FUNRIO / Corpo de Bombeiros Militar/RJ -2008) A doença hipertensiva específica da


gravidez é uma complicação que ocorre após a 20ª semana de gestação, cuja sintomatologia
inclui a hipertensão arterial, a proteinúria e o edema. Tanto no tratamento profilático como no
curativo, é indicado o seguinte cuidado:
a) Estimular a aceitação da dieta especialmente a hipoproteica.
b) Incentivar a deambulação sempre que possível.
c) Verificar o peso corporal pelo menos uma vez na semana.
d) Manter repouso de preferência em decúbito lateral esquerdo.
e) Aferir a pressão arterial pela manhã e à noite.

21- (BIORIO/ SPDM/RJ- 2016) De acordo com o Manual Técnico Gestação de Alto Risco, do
Ministério da Saúde (2010), as gestantes com pré-eclampsia leve devem ser de preferência
hospitalizadas para avaliação diagnóstica inicial e mantidas com dieta normossódica e repouso
relativo. Vários cuidados a essas pacientes devem ser aplicados. Avalie se tais cuidados incluem:
I.Verificar PA de 4/4h durante o dia.
II.Fazer pesagem diária.
III. Verificar presença de distúrbios visuais e dor epigástrica.

Assinale a afirmativa correta:


a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas a afirmativa III está correta.
e) As afirmativas I, II e III estão corretas.

22- (BIORIO / SPDM/RJ- 2016) Sobre o planejamento familiar, analise se são verdadeiras
(V) ou falsas (F) as afirmativas a seguir:
• De acordo com a Resolução nº192, de 27 de maio de 2009, planejamento familiar é o conjunto
de ações de regulação da fecundidade que garante direitos iguais de constituição, limitação ou
aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
• Planejamento familiar é o mesmo que controle de natalidade.
• Dentre as ações de planejamento familiar estão as de educação em saúde, que podem ser
realizadas em grupo ou individualmente.
As afirmativas são respectivamente:
a) V, F e V.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e F.
e) V, V e V.

23- (RIOSAÚDE/ Pref. Rio de Janeiro/RJ – 2016) Dentre os sinais e sintomas gestacionais
mais comuns e que auxiliam o diagnóstico da gravidez, constitui sinal de probabilidade:
a) Amenorreia
b) Polaciúria
c) Mudança da coloração da região vulvar
d) Alteração nas mamas

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24- (IBEG / Pref. Resende/RJ – 2016) No esquema de controle pré-natal em uma gravidez
normal, correlacione à primeira coluna em conformidade com a segunda no que tange a atividade
ao período gestacional.
( ) Avaliação da idade gestacional.
( ) Diagnóstico de gravidez.
( ) Determinação da hemoglobina e do hematócrito.
( ) Localizar batimentos cardíacos fetais.
( ) Detecção de fatores de risco obstétrico.
(1) Menos de 20 semanas ou na primeira consulta.
(2) Nas 32ª, 36ª, 38ª e 40ª semanas.
(3) Menos de 20 semanas ou na primeira consulta, e nas 32ª, 36ª, 38ª e 40ª semanas.
(4) Menos de 20 semanas ou na primeira consulta, e nas 36ª e 40ª semanas.
(5) Menos de 20 semanas ou na primeira consulta, e na 36ª semana.

a) 4 – 5 – 1 – 2 – 3.
b) 3 – 1 – 5 – 2 – 4.
c) 4 – 1 – 5 – 2 – 3.
d) 4 – 2 – 5 – 1 – 3.
e) 2 – 1 – 5 – 4 – 3.

25- (BIORIO/ Fundação Saúde/RJ- 2014) Segundo o Caderno de Atenção ao Pré-Natal de


Baixo Risco (2012) são sinais de probabilidade da gravidez:
a) Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização e pulsação da artéria vaginal
nos fundos de sacos laterais
b) Aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery e
saída de colostro pelo mamilo.
c) Náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência
urinária e sonolência.
d) Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF) e percepção dos movimentos fetais.
e) Coloração violácea vulvar, Sinal de Halban, aumento do volume abdominal, cianose vaginal e
cervical.

26- (CEPUERJ/UERJ/ Pref. Queimados/RJ- 2013) A placenta prévia (PP) é uma intercorrência
obstétrica de risco, caracterizada pela implantação da placenta na parte inferior do útero. Com o
desenvolvimento da gravidez, a placenta evolui para o orifício do canal de parto e oferece risco de
vida materna e fetal, em vista da hemorragia. O sangramento decorrente da PP é, de cor:
a) vermelho vivo, indolor e constante
b) vermelho escuro, indolor e constante
c) vermelho vivo, associado a dor em baixo ventre
d) vermelho escuro, associado a dor em baixo ventre

27- (FUNCAB/ Pref. Armação dos Búzios/RJ -2012) O Sistema Único de Saúde (SUS), em
todos os seus níveis, tem a obrigação de garantir a atenção integral à saúde, que inclui a
assistência à concepção e à contracepção, num contexto de respeito aos direitos sexuais e aos
direitos reprodutivos. São considerados métodos anticoncepcionais reversíveis para serem
oferecidos à rede de serviços do SUS, EXCETO:
a) Diafragma.
b) Vasectomia.
c) Preservativo masculino.
d) DIU T de cobre.
e) Pílula anticoncepcional de emergência.

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28- (FUNCAB/ Pref. Armação dos Búzios/RJ -2012) Uma gestante comparece a uma unidade
de saúde para realizar a última dose de vacina contra difteria e tétano a fim de completar seu
calendário vacinal. O Técnico de Enfermagem irá administrar a vacina em tecido:
a) Intradérmico.
b) Subcutâneo.
c) Intramuscular profundo.
d) Mucosa oral.
e) Ósseo
.
29- (CESGRANRIO- 2009) Quando não se dispõe da data e do período do mês da última
menstruação de uma gestante, pode-se conhecer a idade gestacional e a data provável do parto
por aproximação, utilizando-se a avaliação da medida do fundo do útero e do toque vaginal, com
base no seguinte parâmetro:
a) Na 8ª semana, não ocorre alteração do tamanho do útero.
b) Na 10ª semana, o útero corresponde ao dobro do tamanho habitual.
c) Na 20ª semana, o fundo do útero encontra-se abaixo da cicatriz umbilical.
d) Na 16ª semana, o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical.

30- (Analista de Saúde/ IBFC-2016) Considerando os objetivos específicos e estratégias


da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM), analise as sentenças
abaixo e assinale aquela que contém apenas os objetivos corretos em relação à PNAISM.
I. Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para
homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde.
II. Reduzir a morbimortalidade por câncer na população feminina.
III. Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de prisão, incluindo a promoção
das ações de prevenção e controle de doenças sexualmente transmissíveis e da infecção
pelo HIV/AIDS nessa população.
a) I, II e II
b) I e II apenas
c) II apenas.
d) I apenas
e) I e IIl apenas.

31- (Professor - Enfermagem IF-PA-2015) São objetivos específicos adotados na Política


Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, exceto.
a) Estimular a implantação e implementação da assistência em planejamento familiar, para
homens e mulheres, adultos e adolescentes;
b) Promover a atenção à saúde da mulher negra:
c) Promover a atenção à saúde da mulher indígena;
d) Implementar a politica de aquisição de insumos, equipamentos, materiais educativos e
implementar a rede de laboratórios clínicos apenas para municípios de maior complexidade;
e) Promover a atenção à saúde das trabalhadoras do campo e da cidade;

32- (Técnico de enfermagem-FUNCAB/ 2010) Em relação às Diretrizes da Política


Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, podemos afirmar que:
a) A Atenção Integral à Saúde da Mulher implica, para os prestadores de serviço, no
estabelecimento de relações com pessoas iguais, com realidades econômicas, culturais, religiosas
e raciais idênticas.
b) A Política de Atenção à Saúde da Mulher deverá atingiras mulheres apenas nos ciclos de vida
iniciais, não fazendo distinção entre os grupos populacionais de diferentes faixas etárias.
c) A gestão da Política de Atenção à Saúde deverá estabelecer uma dinâmica inclusiva, para
atender às demandas emergentes ou demandas antigas, em todos os níveis assistenciais
d) A elaboração, a execução e a avaliação das políticas de saúde da mulher não deverão nortear-
se pela perspectiva de gênero, de raça e de etnia.
e) A Atenção Integral à Saúde da Mulher compreende o atendimento à mulher a partir de uma
percepção fora de seu contexto de vida.

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33- (Analista Judiciário - Enfermagem TRT - 3ª Região (MG) FCC-2009) Com a progressiva
antecipação do início da puberdade e o consequente decréscimo na idade da menarca, a
capacidade reprodutiva se instala mais cedo, com maior exposição à maternidade precoce,
considerada pela OMS como aquela que ocorre antes dos 20 anos. De acordo com a
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, a gravidez na adolescência pode
ser efetivamente prevenida por meio de:
Planejamento familiar.
a) Aumento do nível socioeconômico
b) Redução do número de parceiros
c) Incentivo ao trabalho.
d) Aumento do grau de escolaridade

GABARITO
1. A 2. C 3. B 4. C 5. D 6. A 7. D 8. D 9. C 10. D
11. A 12. C 13. B 14. C 15. C 16. D 17. E 18. C 19. E 20. D
21. E 22. A 23. C 24. C 25. A 26. A 27. B 28. C 29. D 30. A
31. D 32. C 33. A 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40.

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