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ÍNDICE
Treinar com a base filosófica ou treinar somente para vencer outra pessoa, após anos de
dedicação, produz conseqüências bem diferenciadas. O primeiro proporcionará progresso
espiritual e o segundo, o desajuste social, problemas psicológicos e frustrações.
Competir contra a pessoa e obter bons resultados com relação ao outro, aferindo
habilidades, não serão metas finais das competições. A prática regular, ao longo da vida, gera a
compreensão dos fenômenos da vida social, do meio ambiente. Ensina a refletir a descobrir
mudanças constantes no destino da própria vida. A prática regular do Karate ajuda a adquirir e
obter a verdadeira finalidade na vida em sociedade.
Na procura da escola devemos estar atentos para certos pontos essenciais que nos
indicarão, na verdade, qual é a escola conveniente. Existem aquelas que olham para o lado das
demonstrações; outras se preocupam com o caráter competitivo; existem ainda aquelas que
valorizam o aspecto puramente comercial; enquanto outras primam pelo luxo e pelo lado material
das coisas. O importante, no entanto, é discernir qual é a escola que ensina os reais
caminhos daquele estado supremo que é a verdadeira senda do Karate. Somente alguns,
por conhecimento de causa, vão certos para a direção escolhida.
A escola digna é aquela aberta ao debate e que resiste a um exame bem profundo,
podendo resistir ao diálogo com raciocínios diversos sobre um mesmo tema e abertas às
conjunturas sobre todos os termos.
Os métodos, quando são sérios e bons, diferem entre si nesta ou naquela parte, mas no
seu núcleo são iguais, mas quando fazem parte de uma escola, possuirão, na verdade, as
colunas de base de um bom Karate.
Quando queremos escolher uma escola para nossos filhos, procuramos sempre o melhor
lugar especializado. Assim deve ser no caso da escolha de uma escola de Karate. Devemos
procurar uma academia especializada. Hoje em dia temos vários clubes, academias com várias
atividades, complexos escolares que têm seu departamento de Karate. A grande maioria destes
estabelecimentos tem sempre na direção dos deferidos departamentos homens especializados no
Karate. Agora , quando o aluno quer se dedicar e especializar realmente no Karate-Do, ele migra
para a Associação Resistência, que onde treinam os faixas pretas e atletas de competição.
Desde que seja graduado em Karate-Do, a pessoa pode abrir uma academia, portanto devemos
ter alguns cuidados na escolha de uma academia de Karate-Do.
UNIFORME
O nosso uniforme é o Kimono. Kimono NÂO! Ou melhor, Karate-gi, ou Do-gi
Vejamos as formas:
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As pontas das faixas após amarradas devem sempre ter a mesma medida nas
extremidades, isto demonstra equilíbrio segundo a tradição oriental.
CONHECENDO O DOJO:
O Dojô, e seus procedimentos:
O Dojô é o lugar onde se pratica o Karate-Do. Esta palavra é oriunda do Budismo e significa
“Lugar da Iluminação”. São de suma importância à hierarquia existente nos Dojôs e as normas e
procedimentos necessários para seguir um caminho de evolução dentro dele.
São eles:
DOJO KUN
CUMPRIMENTOS E SAUDAÇÕES
Ritsu-rei
Certa vez um aluno me questionou: ‘Sensei, porque fazemos essa saudação estranha e
simplesmente não damos a mão?’ Talvez a maioria dos professores fosse responder (como
acabei fazendo): ‘Ah, isso é costume de japonês.’ Mas não é bem por aí, esse movimento
característico surgiu no Japão apenas depois de 1200 d.C., com a solidificação de uma classe
social chamada Buke. O Buke era formado pelos Bushi (os guerreiros). Após diversos
acontecimentos importantes (um processo que levou alguns séculos) esta classe guerreira
tornou-se de longe a mais poderosa do país, tendo inclusive direitos assegurados pela lei como o
de matar qualquer um que desrespeitasse um de seus membros. Até aí tudo bem, todos sabemos
que os “samurai” (termo oriundo da expressão hira-zamourai que surgiu muito depois de Bushi e
não era muito usado) controlavam o Japão, então você pode perguntar: ‘o que isso tem a ver com
etiqueta?’ Tudo pequeno gafanhoto! Devido a esse poder ameaçador, garantido por lei, todas as
pessoas de outras classes deviam prostrar-se perante um Bushi, fazendo exatamente o mesmo
gesto que fazemos até hoje numa sessão de treinamento ou competição de arte marcial
japonesa. A flexão de coluna à frente, acompanhada por um olhar de recolhimento, era a forma
que os populares tinham de dizer ao guerreiro: ‘Confio-lhe minha vida, portanto se desejares
decapita minha cabeça.’ E ai de quem não se prostrasse diante de um guerreiro que tinha
conseguido uma lâmina nova e estava louco para testá-la...
Ritsu-rei é, portanto, uma alegoria que nos remete à repressão dos samurai (ou melhor, dos
Bushi, membros do Buke) à população, em especial aos heimin (camponeses).
Flexão de coluna à frente de 30º, mantendo a coluna ereta de forma harmônica, o movimento se
á apenas na base da coluna. O olhar tranquilo não se mantém a frente, o que causaria
movimento desarmônico na coluna cervical.
Após a saudação, ao receber o comando de preparação (Yoi!) o praticante se coloca em posição
natural/ de alerta (Shizen Tai).
Toda vez que um exercício é encerrado, o instrutor profere dois comandos: Yame (parar) e
Yasume (descansar)
Zazen e Mokuso.
Zazen: Deve ser feito em todo o início da aula. Serve para se desligar de todos os
pensamentos e torná-lo mais receptivo aos ensinamentos. Deve-se iniciar o Zazen após o término
da saudação inicial com a duração média de 1 minuto. Após a realização do ritual, o professor
comanda ‘Kiritsu’! (levantar-se). Depois de todos os alunos porem-se em pé, é feita uma última
vez uma saudação ritsu-rei.
Mokuso: O efeito é justamente o contrário, você deve se concentrar naquilo que lhe foi
ensinado para que aquilo seja guardado em sua mente em um estado mais profundo. É o
comando para a prática de meditação/internalização no Karate. Geralmente realizado junto ao
ritual de início e término da sessão de treinamento, é o momento onde se reflete sobre as ações
antes do treinamento (o dia-a-dia) e dentro do treinamento (keiko). É um exercício deveras
importante para acalmar o corpo e prepará-lo para iniciar uma nova prática. Numa prática mais
ostensiva da meditação, o seu real objetivo pode ser alcançado, e este é o estado mental
chamado Mushin (mente liberta).
A prática deve ser realizada de forma que busquemos esvaziar a mente de pensamentos,
(mesmo que isso seja difícil, o objetivo maior leva a sucesso em tarefas não menos importantes)
de imagens ou sons que circulem pela mente. No início deve-se colocar no ponto de vista do
observador (como se fôssemos realmente um observador externo, como se assistíssemos a um
programa de televisão), percebendo a gama de pensamentos que viajam pela mente. Com o
tempo, após reconhecer estes pensamentos devemos procurar 'deletar' aqueles que percebemos
inadequados, mantendo apenas os que servem para a tarefa a ser realizada a seguir. Apesar de
estarmos tratando de Karate-Do, e por isso mesmo no momento em que nos propomos a meditar
no início dos treinamentos buscamos preservar apenas os pensamentos relativos aos exercícios
que praticaremos, não é menos importante 'limpar' a mente de pensamentos inadequados em
qualquer tarefa do dia que estivermos realizando. É esta falta de habilidade em nos
concentrarmos e focalizarmos nossa atenção apenas no que é importante que diversas pessoas
sofrem de 'transtornos e atenção' e vários outros 'males' da 'vida moderna'.
Além disso, o ibuki (respiração) adequado é necessário. Assim, emprega-se em geral uma
regra para aprender o ritmo que depois torna-se natural. Neste ritmo, inspira-se pelas narinas por
quatro segundos, segura-se o ar por um segundo e expira-se pela boca por mais quatro,
mantendo-se mais um segundo ‘esvaziado’. Pessoas com mais prática chegam a ficar até 10
segundos (às vezes mais) realizando as fases de expiração/inspiração, devido a seu elevado
poder de ventilação pulmonar. Durante a prática, a atenção deve se voltar para o fluxo de energia
no hara (abdômen), e a postura deve ser a mais harmônica possível.
HIERARQUIA NO KARATE
O nosso Dojô segue um critério de hierarquia baseados em fatores que são internacionais e
fundamentais para o desenvolvimento da instituição. A nossa hierarquia (IKGA), passa pelos
níveis de graduação que englobam as faixas, coloridas e pretas, e os títulos, que são:
Para se ter uma hierarquia completa dentro de cada nível tem um critério estabelecido para
saber quem está posicionado melhor graduado no Dojo. O primeiro fator para avaliar o mais
graduado dentro de cada graduação é o tempo, é considerado o mais graduado aquele que
obteve há mais tempo aquela determinada graduação. Se a graduação foi obtida ao mesmo
tempo o segundo fator para avaliar o mais graduado é aquele que obtiver a nota mais alta nos
exames de kyu ou dan. Se persistir o empate o que obteve melhor nota no exame anterior, e se
isso ainda não resolver o fator que define o mais graduado será aquele que tiver mais idade.
NÚMEROS EM JAPONÊS
Os números em japonês seguem uma lógica muito simples. Eu diria que, pra uma pessoa que
não sabe nem japonês e nem português, aprender a contar até 9.999 em japonês é muito mais
fácil do que aprender a contar até 99 em português. Calma aí, já te explico o porquê! Antes disso,
vamos começar contando até 10 em japonês:
Daí você me pergunta: por que está escrito “chi” se é pra ler “ti”? Faço isso porque estou
seguindo o sistema hepburn, que é um do padrões que existem para a romanização das
palavras japonesas. Existem outros padrões, mas este é o que eu estou mais acostumado e
também é o mais utilizado no mundo (segundo o wikipedia). Agora, voltando à lógica dos
números. É muito simples. Agora você já sabe falar 2 (ni), certo? E você também sabe 10 (juu).
Parabéns, agora você já sabe falar 12 (juu ni)! E de brinde ainda leva o 20 (ni juu). Já consegue
imaginar como se fala 22? ni juu ni! É assim que funciona! Mais alguns exemplos:
Por que eu acho isso mais simples do que em português? Talvez você nunca tenha
pensado nisso porque já sabe contar em português desde criancinha. Em português, quando
chegamos na casa dos 1000, a lógica é a mesma da contagem em japonês. 2000 = “dois mil”,
3000 = “três mil”, e assim por diante. Mas 300 não podemos falar “três cem”. E nem 30, “três dez”.
É como se em português todos esses números dos grupos de 10 e de 100 fossem irregulares!
Imagina pra um estrangeiro aprender isso: é uma palavra nova pra “vinte”, outra palavra pra
“trinta”, outra pra “quarenta”, etc. Já em japonês esses números seguem a mesma lógica. Agora
Karate-Do Goju-Ryu para Iniciantes
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que você sabe contar até 10, sabe contar até 99. Falando em irregulares, infelizmente não é essa
maravilha toda. Existem alguns irregulares em japonês também. Para 100 (hyaku) e 1000 (sen –
curioso: se lê “cem”) a lógica é a mesma, porém fique atento nas linhas destacadas:
Números maiores
Mais alguns exemplos, agora com esses números maiores. Nos dois primeiros exemplos
coloquei uma ajudinha.
3785 = san zen (3000) nana hyaku (700) hachi juu (80) go (5)
1983 = sen (1000) kyuu hyaku (900) hachi juu (80) san (3)
359 = san byaku go juu kyuu
8888 = hassen happyaku hachi juu hachi (olhe os irregulares!)
127 = hyaku ni juu nana.
Branca/Mukyu (7º Kyu): A Pureza. Trata-se da cor que reflete todas as cores. Demostra a
ingenuidade do iniciante, e a mente limpa para receber todo o aprendizado que virá.
O branco reflete todas as cores. A própria cor dessa faixa indica que o seu portador ainda
possui a ingenuidade e deve procurar manter a mente limpa. Entretanto, ele tem em potencial,
todas as cores das demais faixas posteriores e, assim como o fogo está na pedra, cabe a ele,
fazê-lo brotar através da fricção do treino árduo.
Ela nos diz que devemos buscar a pureza, sinceridade e a verdade. Repelindo os
pensamentos negativos, procurando elevá-los, para que encontremos o equilíbrio interior,
segurança e desenvolvamos o instinto e a memória.
O branco simboliza uma espécie de coringa, para todos os propósitos, é o substituto para
qualquer cor, assim como uma tela em branco esperando para ser pintada.
MATÉRIA:
KATÁS:
DACHI (base).
• Heisoku Dachi (postura com os pés unidos)
• Musubi Dachi (postura com os dedos para fora)
• Heiko Dachi (postura com os pés pararelos)
• Soto Hachi Dachi (postura com as pernas separadas e pés para fora)
• Uchi Hachi Dachi (postura com as pernas separadas e pés para dentro)
• Shiko Dachi Heikaku (Postura para os lados)
• Shiko Dachi Shakaku ( Postura para frente à 45 °)
• Shiko Dachi Dyonkkaku ( Postura para frente à 90°)
• Sanchin Dachi (Postura da pequena meia-lua)
• Zenkutsu Dachi (Postura para frente)
• Hanzenkutsu Dachi (É um Zenkutsu Dachi menor)
Amarela (6º Kyu): O Sol. Da mesma forma que o sol nasce todos os dias, o seitôwa
(aluno) dessa graduação nasce para o Karate dando inicio a longa caminhada em seu
aprendizado.
Essa faixa, pela sua vibração, dá mais energia física, mostrando que agora, mais do que
nunca é necessária força de vontade para não desistir da conquista dos seus ideais. Persistência,
força física, estímulo e poder são seus traços típicos.
Assim como o sol nascente, o conhecimento começa a aflorar para o iniciante. Agora ele
pode vislumbrar um pouco da iluminação da descoberta e da realidade do que é o Karatê.
Entretanto, assim como o amarelo é uma cor primária, isto é, não pode ser formado pela mistura
de outras cores, ele também deve manter-se puro dentro da escola de Karatê que escolheu ainda
evitando misturar outras coisas aos conhecimentos que está recebendo para não se confundir
dentro do verdadeiro Karatê.
MATÉRIA:
KATÁS
DACHI
TE WAZA em deslocamento.
• Ura Uchi/Sanchin Dachi
• Shuto Uchi/Zenkutsu Dachi
• Gyaku Zuki/Zenkutsu Dachi (soco invertido)
• Kizami Tsuki/Zenkutsu Dachi (soco c/mão da frente)
• Para o lado direito Gedan Harai Otoshi Uke em Shiko Dachi Shakaku Migi
• Executar Mawate com o pé direito passando pela frente terminando em Kake Uke em
• Nekoashi Dachi Hidari
Karate-Do Goju-Ryu para Iniciantes
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• Executar Mawate com o pé esquerdo passando pela frente terminando em Kake Uke em
Nekoashi Dachi Migi
• Executar Mawate com o pé direito passando por trás terminando em Mawashi Uke em
Nekoashi Dachi Migi para trás
• Executar Mawate com o pé esquerdo passando por trás terminando em Mawashi Uke em
Nekoashi Dachi Hidari para trás.
• Terminar em Heiko Dachi na mesma direção que começou. SHIHO IDO
• Jodan Uke /Sanchin Dachi/Gyaku Tsuki
• Chudan Uke /Zenkutsu Dachi/Gyaku Tsuki
• Gedan Barai/Shiko Dachi Shakaku/Gyaku Tsuki
• Kake Uke/Nekoashi Dachi/Kizami Geri
Laranja (5ºKyu): Após o final da tarde, onde o Sol nasce o Sol deve se pôr.
Nesta Graduação nos mostra que com o despertar do amarelo (Sol) há o progresso e
ordem natural da natureza que tudo que se aflora como uma flor também murcha. Mostra
principalmente que o laranja seria o segundo passo numa longa jornada que depende de voce
continuar repeitando as regras da natureza. Mostra o convívio de todos e com todos ser sempre
vivo como sua cor significa, ativo e resplandecente é cor yang que provém do vermelho. A cor
laranja mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de vencer. A cor
laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das
características dos dois elementos. Também é uma cor Yang.
MATÉRIA:
KATÁS
DACHI (base).
• Suriashi Dachi (postura com os pés paralelos com movimento deslizante)
• Te no Ji Dachi (Postura em forma da letra T)
• Moto Dachi (Postura com os joelhos dobrados)
• Kokutsu Dachi (Postura de Zenkutsu invertido)
• Executar Mawate com o pé direito passando por trás terminando em Morote Tsuki em
Sanchin Dachi Migi para trás
• Executar Mawate com o pé esquerdo passando por trás terminando em Morote Tsuki em
Sanchin Dachi Hidari para trás
SHIHO IDO
• Jodan Uke Sanchin Dachi Hidari / Oi Tsuki Jodan Sanchin Dachi Migi
• Chudan Uke Zenkutsu Dachi Hidari / Oi Tsuki Chudan Zenkutsu Dachi Migi
• Gedan Barai Shiko Dachi Shakaku Hidari / Oi tsuki Chudan Shiko Dachi Shakaku Migi
• Kake Uke Sanchin Dachi Hidari / Mae Geri Chudan Sanchin Dachi Migi
• Mawashi Hiji Ate/Shiko Dachi Shakaku/Ura Ken Uchi/ Gedan Harai Othoshi Uke/ Gyaku Zuki
BUNKAI
• Guekisai ichi.
SHIAI KUMITE
Azul (4º Kyu): O Céu. Vasto e sem limites, ao mesmo tempo em que indica tranquilidade,
paz e segurança, mostra o quanto de conhecimento ainda se pode obter. Não há um limite.
Essa cor também simboliza aquilo que o praticante deve buscar: o encorajamento,
estimulação, robustez, atração, gentileza, cordialidade e tolerância, pois o azul traz calma e
paciência se olharmos ao horizonte um dia ensolarado.
A cor azul mostra ao praticante que ele deve fortalecer as energias e a sua vontade de
vencer. A cor azul está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, o céu divide estes
elementos, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Porém é uma cor
Yin.
MATÉRIA:
KATÁS
Saifa
Guekisai significa ataque e destruição. Estas katas, foram inicialmente introduzidas pelo Sensei
Chojun Miyagi em 1940. Este nome fica a dever-se à época em que foram criadas estas katas, o período
da 2ª Guerra Mundial, Dai Ichi - número um, Dai Ni - número dois, além de ser composto de técnicas
básicas que facilitam a aprendizagem posterior de técnicas mais complexas encontradas nos katas
clássicos, a partir de Saifa.
Saifa significa romper e esmagar ou destruir em várias partes. Esta kata é de origem
chinesa e foi trazida para Okinawa pelo Sensei Kanryo Higaonna. Ataques para os lados e técnicas
de libertação são realçados nesta kata. Os ataques são circulares com movimentos livres nas
articulações do pulso, cotovelo e ombro como um chicote aumentando a velocidade e força.
DACHI (base)
• Renoji Dachi
• Sagiashi Dachi (base da garça)
• Suriashi Dachi
• Shomi Nekoashi Dachi Irimi
• Shuto Uke
• Teisho Uke
• Kakuto Uke
• Haito Uke
• Morote Zuki
• Teisho Ate
• Tetsui Uchi
• Hiraken
• Age Zuki
• Heiko Tsuki
• Hiza Geri
• Kansetsu Geri
UKE KATA
KIHON IDO NI
YAKUSOKU KUMITE NI
HAPO IDO
• Jodan Uke Sanchin Dachi Hidari / Oi Tsuki Jodan Sanchin Dachi Migi
• Chudan Uke Zenkutsu Dachi Hidari / Oi Tsuki Chudan Zenkutsu Dachi Migi
• Gedan Barai Shiko Dachi Shakaku Hidari / Oi tsuki Chudan Shiko Dachi Shakaku Migi
• Kake Uke Sanchin Dachi Hidari / Mae Geri Chudan Sanchin Dachi Migi
• Kake Uke Nekoashi Dachi Hidari / Jodan Uke Sanchin Dachi Hidari / Gyaku Tsuki
• Chudan Sanchin Dachi Hidari / Mae Geri Zenkutsu Dachi Migi / Gyaku Tsuki Zenkutsu
• Dachi Migi / Kake Uke Nekoashi Dachi Migi
BUNKAI
• Guekisai Dai Ni
• Saifa
SHIAI KUMITE
O verde é uma cor que representa Esperança e a Fé. É a cor mais harmoniosa e calmante
de todas. Ela simboliza harmonia e equilíbrio.
Essa cor, que nos chega depois das cores quentes iniciais, nos dá a impressão de que
chegamos a um oásis, depois de atravessar um árduo deserto, mas devemos saber que ainda há
mais deserto a vencer.
Significa também a harmonia em que devemos estar com ela, junto com o ar, a água e o
fogo, elementos da vida que proporcionam bem-estar ao ser humano.
Essa cor simboliza uma vida nova, a energia, a fertilidade, o crescimento e a saúde. Por
outro lado, quando em mau aspecto, mostra um orgulho excessivo, superioridade e arrogância.
conhecimentos ainda não se encontram bem claros ou maduros para os praticantes. Ainda lhes
faltam amadurecer mais e delineá-los melhor.
MATÉRIA:
KATÁS
Sanchin San significa três e Chin batalhas. Ele não se refere a batalhas reais, ou físicas,
mas a batalha interna que se aproveita do corpo, mente e espírito por meio da força de
vontade.
É um clássico do Kata rígido (GO), que envolve tensão muscular contínua por todo o
corpo, bem como a rigidez do (Ibuki), ou seja, respiração. Esta respiração é alta,
concentrada e intensa, e o kata é todo realizado na base Sanchin dachi.
Tensho Ten significa rodar e Sho significa mão aberta. Este kata foi desenvolvido pelo
Sensei Chojun Miyagi da kata Rokkishu do stilo chines garsa branca. Rokkishu significa
seis mãos e denota as diferentes posições de mãos neste kata. Tensho combina os
movimentos com suavidade.
É a combinação entre a tensão com uma forte respiração e movimentos de mãos
suaves e fluidos.
DACHI (base)
Te no Ji Dachi
• Tate Tsuki
• Nidan Geri
KERI KATA
• Defesa: Gedan Harai Otoshi Uke Migi nem Shiko Dachi Shakaku Mig
• Ataque: Shuto Uchi Hidari em Han Zenkutsu Dachi Migi em seguida Kizami Mawashi
• Chudan Migi
• Defesa: Yoko Uke Shita Barai em Sanchin Dachi Migi
• Ataque: Tetsui Migi em Han Zenkutsu Dachi Migi em seguida recua a perna Migi, aplicando
Mae Geri Hidari
• Defesa: Uwa Uke Shita Barai em Sanchin Dachi Migi
• Ataque: Seiken Tsuki Hidari em Shiko Dachi Cyokkaku Defesa: Kake Uke Hidari em Shomi
Nekoashi Dachi Irimi Ataque: Oi Zuki Jodan em Shuri Ashi Dachi Migi
• Defesa: Mawashi Uke em Nekoashi Dachi Hidari
SHIHO IDO (aumentar o grau de dificuldade dos movimentos em relação ao kyu anterior)
HAPO IDO (aumentar o grau de dificuldade dos movimentos em relação ao kyu anterior)
BUNKAI
• Saifa
• Seenchin
SHIAI KUMITE
• Depois de ter anuciado a área geral do seu alvo um dos parceiros ataca subitamente e com
muito vigor. O outro parceiro bloqueia e contra-ataca. Ambos podem demonstrar livremente
todas as técnicas que conhecem.
Roxa (2º Kyu): A Humildade. Mistura de vermelho e azul, os karate-kas que atingem esse
nível devem ter plena consciencia do significado da humildade, sinceridade e devoção ao
caminho do guerreiro. Devem ser capazes de dominar o ego.
Esta é uma cor metafísica. É também a cor da alquimia, das transformações e da magia. Ela
é vista como a cor da energia cósmica e da inspiração espiritual.
A cor violeta é excelente para purificação e cura dos níveis físico, emocional e mental.
Tendo isso tudo em mente, a cor desta graduação nos indica que devemos encontrar novos
caminhos e elevar nossa intuição espiritual.
MATÉRIA:
KATÁ
Sanseru Significa o número 36, calculado pela fórmula 6x6. O primeiro 6 representa a
vista, a orelha, o nariz, a língua, o corpo e o espírito e o segundo 6 representa a cor, a voz,
o paladar, o cheiro, o tacto e a justiça. O kata tem igualmente 36 movimentos. É
caracterizada por movimentos rápidos na defesa de ataques de curta distância. Foi
estudado por Miyagi Sensei junto a um aluno direto de Ryu Ryuko Sensei durante sua
estada em Fuzhou, China início em 1916, escrito em caracteres chineses, Sanseiru é o
número 36. Simbolicamente, é calculado a partir da fórmula 6×6. O primeiro 6 representa
olhos, orelha, nariz, língua, corpo e espírito. O segundo seis simboliza a cor, voz, olfato,
paladar, tato e justiça. Já outros atribuem sua designação numérica às raízes no budismo.
É importante salientar que os números tiveram um papel muito importante na linguagem
dos chineses mais antigos antes da invenção do kanji. A variação moderna para a
interpretação numérica do Kata, é a de que eles se referem a um método sistemático e
compreensão de determinados agrupamentos de pontos de pressão vital. A partir desta
ciência é que as artes marciais foram baseadas e desenvolvidas. Feng Yiquan, que viveu
durante a Dinastia Ming (1522-1567) desenvolveu este método particular de usar variações
dos 36 pontos proibidos para derrotar seus oponentes. Sanseiru pode ser encontrado em
alguns estilos de boxe Chinês.
DACHI (bases)
• Kokutsu Dachi
• - Shuri Ashi Mae Geri, Oi Tsuki, Gyaku Tsuki em Sanchin Dachi Moto Dachi Kumite No Kamae,
postura de transição
• - Shuri Ashi Kizami Tsuki, Gyaku Tsuki em Zenkutsu Dachi, avança a perna de trás
• - Shuri Ashi Oi Tsuki, Gyaku Tsuki em Zenkutsu Dachi
• - Kizami Geri, Oi Tsuki, Gyaku Tsuki em Zenkutsu, avança a perna de trás
• - Oi Tsuki em shiko Dachi Dyonkaku, Sokuto Geri com a perna da frente, e cai em Moto Dachi
• - Shuri Ashi em Heiko Dachi Hidari, Ura Ken Uchi, Gyaku Tsuki, Mae Geri
• - Kizami Mawashi Geri, Mae Geri, Oi Tsuki Shuri Ashi, Gyaku Tsuki Shuri Ashi, e cai em Moto
Dachi
Seenchin
Sanchin
Tensho
BUNKAI (obrigatório)
Seenchin
Sanchin Kote Awase
SHIAI KUMITE
JYU KUMITE
Marrom (1º Kyu): A terra. É a cor da solidificação. Onde o praticante finca as raízes de todo o
conhecimento adquirido até aqui e o torna sólido como uma rocha.
Para criar essa cor, você precisa misturar o vermelho com o preto e, portanto, ela tem alguns dos
seus atributos. Também representa a autocrítica e a dependência dos mestres para chegar até
aqui. Significa que se está completando o processo de amadurecimento, tanto nos
conhecimentos técnicos quanto no aspecto mental, neste caso simboliza a mistura do vermelho
(o sangue que voce dedicou seus treinamentos) com a cor preta que é a mistura de todas, nos diz
da necessidade de aprender sempre mesmo alcançando o objetivo neste caso a faixa preta, ou
seja ter sempre em mente a vontade de ser faixa preta como se voce fosse um eterno faixa
marron.
Essa faixa, pela sua cor, emana a impressão de algo maciço e denso, compacto.
Sugere segurança e isolamento. Representa também uma poluição que deve sempre ser limpa,
através da prática fiel aos princípios do Budô.
Uma pessoa que gosta de vestir-se com marrom por certo é extremamente dedicada e
comprometida com o seu trabalho, sua família e seus amigos.
MATÉRIA:
KATÁ
• Seiyunchin Significa Controlar e puxar ou ainsa longa marcha silenciosa. Este kata é caracterizado
pela respiração e movimentos lentos com muchimi. Todos os movimentos são técnicas de mãos,
sem pontapés. Este kata dá ênfase às posições fortes e estáveis e tal com o seu nome diz, existem
muitas técnicas de puxar e atacar.
É a junção de todas as cores. Enfim o corpo e a mente chegaram ao final de uma jornada e ao
início de outra mais elevada. A faixa na cor preta, representa humildade, autocontrole,
maturidade, serenidade, disciplina, responsabilidade, dignidade e conhecimento. É a cor do
poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está
dentro não sai.
Observa-se que na maioria das sociedades ocidentais, o preto quase sempre é a cor da
morte, do luto e da penitência, mostrando assim o estado mental de quem atingiu essa
graduação.
Em geral, essa cor é usada por pessoas que rejeitam as regras convencionais ou são regidos
por outras normas sociais, como é o caso dos padres ou dos guerreiros que seguem o Budô.
Essa cor também nos dá uma noção de tradição e responsabilidade. É a ausência de vibração
da “não cor” que dá a sensação de proteção ou afastamento.
Remove obstáculos, vícios e emoções não desejadas. O excesso traz melancolia, depressão,
tristeza, confusão, perdas e medo. A cor preta relaciona-se ao elemento água que adapta-se a
todas as formas e contorna todos os obstáculos. É o símbolo do máximo Yin.
Início de um novo ciclo na vida do karateca, fase de profundo aprimoramento e estudo para
poder então passar seus conhecimentos adiante.
Esta classe de katas, somente deve ser executados a partir do 6º dan. Por se tratar de
katas com significados muito profundos e que somente karatecas que após muitos anos de
prática conseguem decifrar o significado de sua aplicação.
Gen significa “profundo, escuro, negro, misterioso, obscuro”, e Kaku significa “garça”. Deste
modo, podemos traduzir o nome deste Kata como “Garça Negra” ou “Garça Misteriosa”.
Chi quer dizer “terra, solo”, e Kaku, assim como no kata acima, pode ser entendido como
“garça”. Portanto, a tradução deste Kata pode ser entendida como “Garça da terra”.
Ten significa “ar, celestial, Deus” e “Ryu”, neste contexto significa” dragão “. Desta maneira
Ten-ryu pode ser traduzido como “Dragão celestial” ou “Dragão Divino”.
CONHECIMENTOS GERAIS
Uma arte marcial antes praticada secretamente na Ilha de Okinawa (sul do Japão) por pessoas
comuns que estavam proibidas de portar armas, e por isso se defendiam de mãos vazias, fazendo uso
destas, dos cotovelos, joelhos e pés.
KARA TE DO
O KARATE é uma arte onde uma pessoa aprende a utilizar as suas mãos ou outros membros do
corpo (pés, joelhos, ...) para se defender. É desse facto que vem designação de "Mão vazia", ou "Nada
nas mãos" (KARATE).
Traduzindo:
TE: Significa Mão
KARA: Significa Vazio
DO: Sigifica O Caminho
Deste modo KARATE -DO= KARA + TE + DO significa então "O Caminho das Mãos Vazias".
Existem muitos outros estilos de Karatê. As diferenças entre os estilos são baseados nos
locais de origem.
Havia três principais núcleos de "Te" (mãos) em Okinawa. Estes núcleos eram as cidades
de Shuri, Tomari e Naha. Conseqüentemente os três estilos básicos antes de receberem os
nomes mencionados na tabela acima, tornaram-se conhecidos como Shuri-Te, Tomari-Te e
Naha-Te.
Shuri-te
O primeiro deles, Shuri-Te, veio a ser ensinado por Sakugawa, que ensinou
Sokon "Bushi" Matsumura, e que por sua vez ensinou Anko Itosu.
Foi Itosu o responsável pela introdução da arte nas escolas públicas de Okinawa.
Shuri-te foi o precursor dos estilos japoneses que eventualmente vieram a se
chamar Shorin-Ryu, Shotokan, Shito-Ryu e Wado-Ryu.
Tomari-te
Naha-te
Miyagi também foi à China para estudar. Mais tarde ele desenvolveu o
estilo conhecido hoje por Goju-Ryu.
Este nome manteve-se, até por volta de 1936, até que, com o evento do
"conflito sino-nipônico" (Guerra entre a China e o Japão) foi criada a palavra
"Karatê" (mãos vazias) e um grande mestre da época, Gichin Funakoshi,
considerado o Pai do Karatê moderno, criador do estilo Shotokan, adotou esta
palavra para substituir a denominação do Okinawa-Te, permanecendo então até
nossos dias como Karatê.
Não existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto,
acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos atrás.
Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta organizada, chamada de
Vajramushti, que seria um sistema de luta de guerreiros indianos. .
A história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do século
VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidharma - 28º patriarca do
Budismo e fundador do Budismo Zen - deixou seu país e partiu numa longa jornada em busca da
iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no Japão como Daruma) viajou da Índia para a
China, pernoitando nos templos que encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina aos
monges ou a quem quer que fosse. .
Depois de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao
Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz a lenda que, ao penetrar no velho
mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos monges, fruto de sua
inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao
mesmo tempo em que lhes transmitia os fundamentos da filosofia Zen, com o objetivo de
reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente. .
Esta arte marcial em ascensão logo mostrava sua eficiência, primeiro com relação à
reestabelecida saúde dos monges, e segundo como método de defesa pessoal propriamente dito,
posto em prática contra bandoleiros que por vez ou outra saqueavam o templo, de quem os
monges em outros tempos eram considerados presas fáceis. .
A reputação dos monges lutadores logo se espalhou pela China, fazendo com que o
Shaolin Kung Fu se difundisse amplamente pelo país, principalmente durante a Dinastia Ming
(1368-1644), vindo mais tarde a conquistar outros países da Ásia e a dar origem a outros estilos
de artes marciais, como o Karate em Okinawa.
BUDÔ
A FILOSOFIA BUDÔ
O que significa Budô?
Vejamos: BU - quer dizer "guerreiro", "samurai"; DÔ - que dizer "caminho", o caminho do samurai. O
principal objetivo dos guerreiros era vencer as guerras. Rigoroso preparo físico, técnico e mental era
necessário, enfatizando ao que transcendia a matéria, afastando-os assim os desejos mais comuns.
Várias artes marciais faziam parte do Budô, embora tivessem técnicas diferentes, como o Judo, Karate-Do,
Sumo, Aikidô e outras. Como arte marcial o Karate se faz respeitar através das seguintes imposições, tais
como: as mãos e os pés do adversário não podem tocar o seu corpo; as técnicas defensivas devem ser
traumatizantes; se o inimigo cortar a sua carne, deve quebrar-lhe os ossos e se ele quebrar-lhe os ossos,
você deve matá-lo.
Segundo registros existentes, conta-se que o samurai transcende a "vida" e a "morte", pois ele
executa qualquer tarefa determinada, custe o que custar, esquecendo-se de si mesmo. Daí o rigor nos
exercícios, a fim de conseguir unificar corpo e mente. Aqueles temidos guerreiros tinham como princípios
básicos manter a mente tranquila para, em qualquer situação, não perder a autoconfiança e ser sobretudo,
útil à coletividade, cumprindo desta maneira sua missão e influenciando para que os outros, também, o
fizessem.
O Budô é também, o caminho das artes marciais cujas técnicas são usadas para desenvolver o
espírito, a mente e o corpo. Na prática, o respeito e as boas maneiras são fundamentais. Há o cumprimento
de respeito ao entrar e sair do Dojo (local de prática) e no início e ao término da prática. Este procedimento,
junto com a ajuda do professor, inspira amizade e compreensão. Assim, instintivamente, hábitos sociais
apropriados são desenvolvidos entre todos os praticantes e professores, através da liberdade controlada de
energias do dia-a-dia. Evita-se assim, agressões perigosas desnecessárias ao próximo, desenvolvendo o
espírito de cooperativismo.
A filosofia do Budô sempre deu muita importância à percepção a à sensibilidade, uma vez que as
técnicas que nela se baseia, visam essencialmente à conquista da estabilidade e da autoconfiança, através
de treino rigoroso e vida disciplinada; ao desenvolvimento da intuição, no sentido de perceber o ataque do
adversário antes mesmo do início do seu movimento e da capacidade de analisa o adversário, para
prevenir-se contra supressas e à formação de hábito de saúde, como o uso da meditação Zen e a
respiração com o diafragma.
A famosa expressão do mestre Funakoshi quando disse: "Karate Ni Sente Nashi", explica
claramente o objetivo do Karate, ou seja, conter, controlar o espírito de agressão. O Karate se
caracteriza por procedimentos de respeito e de etiqueta.
O fato é que com o passar do tempo as artes marciais foram se diversificando de tal forma
que muitas das vezes perderam o seu próprio motivo de existir.
O BUDO não veio a criar teses novas de essência marcial, ao contrário, o BUDO veio apenas
resgatar o valor das artes marciais para o desenvolvimento humano em seus diversos sentidos.
A teoria que nós do BUDO nos propomos a difundir e seguir é a de que não pode haver
uma arte marcial sem que esta seja intimamente ligada à essência espiritual do ser humano.
O espírito no BUDO tem uma posição de absoluto destaque, pois acreditamos que um
artista marcial que não educa o seu espírito irá tornar-se um elemento de alto risco,
perambulando pela cidade, levando a todos a reação descontrolada de seus medos e frustrações
interiores.
A ideia que passamos no BUDO é a aquela mesma proposta pelos romanos: "SE QUERES
A PAZ, PREPARA-TE PARA A GUERRA". Nesse raciocínio o BUDO não prepara os seus
praticantes para formar conflitos beligerantes, mas os torna preparados para evitá-los e inverter o
prisma da atitude agressiva para uma atitude pacificadora. Não querendo significar que o budoka
seja um absorto de apatia, mas que este seja um elemento capaz, destarte, de influenciar só
positivamente os elementos que possam estar no seu ciclo associativo.
O BUDO não é uma religião, ou crença de estilo, o BUDO é estilo de comportamento sob a
forma de arte marcial, onde quem o pratica conduz o seu corpo e o seu espírito a um modo de ser
pacífico e de profundo relacionamento amigável para os meios de convivência social.
Nunca haja sem que antes tenha refletido bem e, quando puder, use o diálogo para dirimir
conflitos, pois muitos conflitos, aparentemente insolúveis, já foram solucionados com palavras
sinceras e fraternas.
Faça da arte marcial um meio de purificação do seu espírito.
Faça com que o seu corpo obedeça a um caminho de harmonia interior.
Faça da arte marcial uma experiência bem sucedida de vida, aprendendo com ela como um corpo
pode adquirir precisão de alavancas impulsionadoras de força sem ferir nem a si mesmo nem os
que estão ao seu redor.
A convivência pacífica com a sociedade deve ser o maior fim marcial, mas uma paz que
resulte de conceitos e atitudes conscientes dentro do aspecto de transformar o errado só no
certo, o negativo só no positivo.
A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO
Este é um exemplo da vida diária. Você tem que lembrar de se manter limpo,
não só pó um certo momento, mas diariamente. Diariamente você lava seu rosto,
escova seus dentes e toma banho, mas você também tem que limpar o interior, o
espirito. Esta é a razão principal de se praticar Karatê.
Freqüentemente nós estamos feridos isso porque há algo errado com nossa
condição mental. Nós somos descuidados. Não devemos sentir o Karatê simplesmente
como condição física. Se fizer isto, será prejudicado facilmente e será logo
desencorajado e desestimulado. Há uma maior probabilidade de você abandonar o
Karatê. Seu treinamento é mais que treinamento físico, e isso são o que você
realmente tem que estudar.
Pôr outro lado, quando o espelho estiver limpo, o caminho certo estará claro. Dia
a dia, você poderá ver claramente mais coisas. Você estará mais contente e apreciará
muito mais a vida. Isto é o que significado duro treinando do Karatê.
Frequentemente nós pouco pensamos em lucros em longo prazo e só nos interessamos com
resultados imediatos. Isto pode nos impedir de alcançar nossos potenciais, e pode causar muita
infelicidade.
Karate-Do Goju-Ryu - é um estilo de Karatê que foi desenvolvido por Chojun Miyagi, tendo
sua origem em Naha, Okinawa. O estilo conjuga técnicas rígidas com fomas suaves. Daí seu
nome go (em japonês: duro), ju (em japonês: suave), ryu (em japonês: ryu, fluxo, escola), estilo de
fluxo forte e suave. A marioria das técnicas de sensei Miyagi foram-lhe ensinados pelo mestre
Kanryo Higashionna, do tradicional estilo Naha-te. O Goju-Ryu Karatê-Do foi fundado oficialmente
no ano de 1933 pelo Sensei Chojun Myiagi. Ele nasceu a 25 de Abril de 1888, em Naha, Okinawa,
tendo vindo a falecer em Outubro de 1953. O seu instrutor foi o Sensei Kanryo Higashionna
(também chamado Higaonna), o fundador do Naha-Te.
ele passou a ensinar os membros da família real. Mais tarde, ele abriu seu próprio dojo. Kanryo
Higaonna tornou-se especialmente conhecido por sua incrível velocidade, força e poder. Sua arte
tornou-se conhecida como Naha-te. Após a sua morte, o seu sucessor foi o Sensei Chojun
Myiagi.Por volta do ano 1899, quando contava onze anos de idade, Chojun Miyagi foi treinar artes
marciais com Ryuko Aragaki, cuja lições se concentraram em desenvolver o físico por meio do
treinamento com equipamentos como pesos de pedra (chishi), jarros de barro (nigiri-game) e
makiwara.
Em 1901, o aluno Miyagi foi apresentado ao mestre Kanryo Higashionna, quando aprende
todos os katas do estilo. Neste aspecto Miyagi diferencia-se de Higaonna, porque, para este
último, um carateca deveria concentra-se num único kata por anos a fio, até conhecê-lo
profundamente, mas Miyagi demonstra ser possível aprender todos os aspectos do Naha-te.
Contudo, com Miyagi, o treinamento é estremanente árduo e é dado especial foco no kata
Sanchin.
Por influência de seu mestre e, na companhia de seu amigo Yoshikawa, Chojun Miyagi faz
sua primeira viagem até a China, o que veio a influenciar indiretamente o estilo, fato que é visto
em alguns kata. Ficou lá por quatro anos, seguindo os passos do seu mestre, onde treinou os
estilos Pa Kua Chang e Shaolin Chuan. Voltou a Okinawa e, baseando-se no princípio do YIN-
YANG (as energias negativa e positiva que regem o universo), ele uniu a flexibilidade das artes
chinesas à rigidez do Naha-Te, criando o Goju-ryu - A Escola do Rígido e Flexível. Porém, as
bases do estilo já haviam sido estabelecidas pelo mestre Kanrio Higaonna, discípulo do mestre
Chinês Woo ("Ru", em japonês), ou Ryu Ryu Ko.
Características:
O GOJU RYU se caracteriza pelo uso de mãos abertas com agarramentos e arremessos e
bases não muito utilizadas por outros estilos, tais como o Santin Datchi e o Neko Ashi Datchi.
Goju-Ryu é uma escola de caratê, do estilo Goiu-Rvu, criada pelo mestre Gogen Yamaguchi,
"o gato", (10° dan); antes, chamava-se kai-Ha A linhagem teve origem na Universidade de
Ritsumeikan, na ilha principal do Japão.
É um estilo que mescla formas "rígidas, duras" (go) com formas "suaves" (ju), criado por
Chojun Miyagi. aluno do mestre Kanryo Higaonna, maior autoridade do estilo Naha-te em
Okinawa.
Mestre Miyagi após passar quatro anos na China, onde treinou os estilos pa kua chang e
shaolin chuan. voltou a Oquinaua e, baseando-se no princípio do Yin Yang (as energias negativa
e positiva que regem o universo), ele uniu a flexibilidade das artes chinesas à rigidez do naha-te.
criando o goju-ryu - a escola do rígido e flexível.
O significado de Goju-Ryu:
• GO = Rígido
• JU = Flexível
• RYU= Estilo
O Goju-Ryu é o estilo de caratê que busca o equilíbrio dos opostos, das energias antagónicas e
complementares. Ele ensina como agir: se com energia ou brandura, rapidez ou suavidade.
Praticar Goju-Ryu é aprender a ser como a água: fluída e sem forma, por isso pode assumir
todas as formas; calma e suave ou revolta, mas ambas com o poder de passar por quaisquer
obstáculos, mesmo os de aparência mais resistente.
Características:
O Goju-Ryu é o estilo de caratê que busca o equilíbrio dos opostos, das energias
antagónicas e complementares. Ele ensina como agir: se com energia ou brandura, rapidez ou
suavidade.
Praticar Goju-Ryu é aprender a ser como a água: fluída e sem forma, por isso pode assumir
todas as formas; calma e suave ou revolta, mas ambas com o poder de passar por quaisquer
obstáculos, mesmo os de aparência mais resistente.
Para terminar, deixamos aqui algumas frases do Mestre Miyagui que resumem alguns dos
princípios deste estilo:
Não agredir aos demais; não ser agredido pelos demais; o princípio é a paz sem incidentes.
Contração muscular Go e Ju
OS KATÁS GOJU-RYU
.
2 - A expansão e contração do corpo no menor espaço de tempo e a velocidade que as técnicas
são executadas (o somatório desses fundamentos é denominado Kime (explosão máxima do
golpe)).
O Kumite Goju Ryu teve sua origem na Província de Fuchien, na região Sul da China, a
grande maioria das técnicas utilizadas pressupunha-se um combate em um pequeno barco, desse
modo, a luta era realizada com golpes curtos e circulares em bases também curtas para dar maior
equilíbrio aos lutadores. Está forma de lutar era diametralmente oposta a forma de lutar das
escolas do Norte da China, onde a os golpes eram sempre longos e em bases longas.
O Mestre Miyagi Chojun criador de nosso estilo, deixou para todos os praticantes de Karate
Do Goju Ryu, dentre tantos, o seguinte ensinamento: Nunca seja golpeado, não bata nos outros e
evite problemas a todo custo essas palavras expressam sucintamente tudo que os praticantes de
Karate Do Goju Ryu deveriam saber. Não seja golpeado por ninguém? Significa ser forte, e nunca
ser derrotado, não bata nos outros significa que a força deve sempre ter cuidado com a fraqueza,
Evite problemas a todo custo significa buscar a paz interior, e ter consciência, que o nosso maior
inimigo, está dentro de nós mesmos. .
Antigamente no kumite não existam regras, a luta entre praticantes de Karate Do era
considerado o último recurso. Nos tempos modernos, foi introduzido o Karate Do nas academias
de esportes e nas universidades onde foram criadas regras para o kumite, tornando-o assim muito
popular. Hoje em dia, mesmo quando este tipo de kumite é desenvolvido plenamente em uma
competição com regras estabelecidas como em torneios, os ensinamentos do Mestre Miyagi
ainda são perfeitamente verdadeiros.
Kumite Goju-ryu é, como o nome diz, uma combinação infinita de elementos rígidos e
flexíveis. A mistura das linhas lisas e curvas produzem tanto forças fracas quanto fortes,
resultando na força máxima exercida usando uma quantidade de força limitada, assim usando a
força do oponente em seu favor. A técnica do kumite Goju Ryu pode ser conectada a aqueles da
física. Além disso, a idéia de macio é um estado mental assim como físico.
Goju-ryu kumite pode ser caracterizado também pela variedade de sucessivas técnicas de
luta. Por exemplo, uke não significa que você esta fugindo do oponente. A distancia para o uke é
igual para o ataque. A distinção entre ataque e defesa não esta claramente definida. A
proximidade dos movimentos requer que você exerça o Maximo de força, com o giro do seu
corpo, quadril e ombros.
Praticar Goju Ryu é aprender a ser como a água: fluída em sua forma, por isso pode
assumir todas as formas; calma e suave ou revolta, mas ambas com o poder de passar por
quaisquer obstáculo, mesmo os de aparência mais resistente.
Miyagi Chojun
KIHONS GOJU-RYU
Sanchin Dachi Chudan Uke No Kamae Hidari (postura inicial), fazer no mínimo 03 (três)
vezes cada técnica e depois todas juntas:
1 - Jodan Uke em Sanchin Dachi
2 - Chudan Uke em Zenkutsu Dachi
3 - Gedan Barai em Shiko Dachi Shakaku
4 - Yoko Uke Shita Barai em Sanchin Dachi
KIHON IDO NI
Seiken Tsuki No Kamae Sanchin Dachi Hidari, postura inicial (fazer no mínimo 03 (três)
vezes cada técnica, depois fazer todas juntas)
1 - Jodan Uke / Gyaku Zuki Chudan em Sanchin Dachi
2 - Chudan Uke / Gyaku Zuki Jodan em Zenkutsu Dachi
3 - Gedan Barai / Gyaku Zuki Chudan em Shiko Dachi Shakaku
4 - Yoko Uke Shitabarai / Morote Zuki em Sanchin Dachi
OYO IDO
Sanchin Dachi Kumite No Kamae Hidari, postura inicial (fazer no mínimo 03 (três) cada
técnica)
1 - Sanchin Dachi SanBon Renzoku Zuki
2 - Sanchin Dachi Jodan Uke / Chudan Zuki, Mae Geri
3 - Suriashi Dachi, Uchi Uke / Jodan Hiki Zuki (Ayumi ashi - avançando com o pé de trás)
4 - Suriashi Dachi, Ura Uchi / Chudan Hiki Zuki (Yoriashi - avançando com o pé da frente)
5 - Suriashi Dachi, Mae Geri / Renzuki (Oi Zuki, Gyaku Zuki)
Moto Dachi Kumite No Kamae (postura de transição)
6 - Moto Dachi / Tsugiashi Renzuki
7 - Moto Dachi / Ayumiashi Renzuki
8 - Moto Dachi / Tsugiashi Mae Geri / Renzuki
9 - Moto Dachi / Hiki Ayumiashi / Chokaku Seiken Zuki / Sokuto Geri
10 - Moto Dachi / Yoriashi Ura Uchi / Gyaku Zuki / Mae Geri
11 - Moto Dachi / Kizami Mawashi Geri / Mae Geri / Oiashi Renzuki
GRANDES MESTRES
KANRYO HIGAONNA
O Sensei Kanryo Higaonna nasceu a 10 de março de 1853 em Naha, cidade capital de
Okinawa. Seu pai, kanryo era um mercador que negociava entre as pequenas ilhas de Okinawa.
Desde muito novo Kanryo Higaonna ajudava o seu pai no trabalho que exigia grande
esforço físico, permitindo-lhe desenvolver um corpo forte.
Kanryo Higaonna ainda trabalhava com o seu pai quando este, subitamente, morreu.
Kanryo resolve então estudar artes marciais e para isso viaja para fuzhou, China. Chegou a
Fuzhou em 1869 com 16 anos de idade. Uma vez em Fuzhou, estudou artes marciais chinesas
com o Sensei Ryu Ryu Ko. Em breve ascendeu a "Uchi Deshi" (discípulo privado) permanecendo
na china subordinado à instrução severa do seu professor durante cerca de 13 anos. Além de
estudar artes marciais de mãos vazias, estudou também as técnicas de armas e medicamento
herbário chinês. O Sensei Ryu Ryu Ko estimulou largamente o seu aluno e autorizou-lhe o
domínio destas artes, uma honra raramente outorgada. Tal era a habilidade de kanryo Higaonna
nas artes marciais que a sua fama foi difundida ao longo de diversos anos.
Pelo ano de 1881 Kanryo Higaonna regressou a Okinawa. Aí ensinou estas artes marciais,
conhecidas como naha-te entre os jovens de Okinawa.
Sensei Chojun Miyagi (fundador do Goju Ryu e sucessor de Kanryo Higaonna) disse de
Kanryo Higaonna," o meu mestre possuí uma força incrível; a severidade do treino que ele sofreu
na china está além da compreensão... A velocidade e poder do Sensei Kanryo eram
verdadeiramente sobre-humanos; as mãos deles e pés moviam-se mais rapidamente que a luz".
No entanto, as palavras não podem expressar a sua real habilidade. Apenas podemos dizer que a
sua habilidade era incrível, o que mesmo assim não lhe faz justiça.
Quando ensinava, Sensei Kanryo Higaonna era extremamente duro. Porém, na sua vida
normal era um homem sereno, humilde e reconhecido pelo seu caráter virtuoso.
Levou uma vida simples e completamente dedicada ao estudo e prática das artes marciais.
Há muitas histórias relacionadas com a vida e o treino do Sensei Kanryo Higaonna. O
poder das perdas dele era lendário, tanto que, em Okinawa era frequentemente chamado de
"Ashi no Higaonna" (pernas de Higaonna). O seu caráter virtuoso era extremamente conhecido e
respeitado e a sua popularidade fez com que as pessoas de Naha o designassem de "Higaonna
Tanmei", situação que refletia o afeto e respeito que eles tinham para com este grande homem e
supremo artista marcial.
Além da habilidade inigualada de kanryo Higaonna nas artes marciais, o Sensei dedicou-se
a divulgar as artes marciais chinesas para as pessoas de Okinawa.
Para ensinar os jovens de okinawa desenvolveu um método pedagógico cujo objetivo era
desenvolver a mente e o corpo, isto é, alcançar o bem-estar físico e psicológico.
A primeira ocasião na qual a arte previamente reservada de Naha-Te se "abriu" para a
sociedade em geral, aconteceu em outubro de 1905, quando o Sensei Kanryo Higaonna começou
a ensinar na escola secundária e comercial de Naha.
O Sensei Kanryo Higaonna faleceu em dezembro de 1915 com 63 anos com um caminho
de vida totalmente dedicado ao Karate.
O Sensei Kanryo Higaonna é recordado com o título "kensei (punhos sagrados) Kanryo
Higaonna". O seu nome é sinónimo de Okinawa, artes marciais e Naha-Te. O seu espírito está
destinado a viver para sempre como um grande valor da cultura de Okinawa.
CHOJUN MIYAGI
O sensei Chojun Miyagi nasceu a 25 de Abril de 1888. Começou a treinar Karate com o
sensei Kanryo Higaonna com a idade de 14 anos. Tal como o seu professor e devido ao grande
talento natural e determinação feroz progrediu rapidamente. Apesar do seu treino ser severo
sempre praticou de forma árdua e com um entusiasmo incomparável, comparativamente a outros
estudantes. Chojun Miyagi tornou-se "uchi deschi" (o discípulo privado) do sensei Kanryo
Higaonna.
O sensei Chojun Miyagi, como sucessor da arte Naha-Te, levou aos limites da resistência o
seu desejo de igualar a habilidade extraordinária do seu professor. Para tal, em 1915 viajou para
Fuzhou, China, onde já o seu professor tinha estudado artes marciais. Esta foi a primeira de três
viagens à China que este sensei fez.
a ensinar Karate nas Universidades de Kyoto, Kansai e Ritsumei Kan. Em 1933, o Karate estava
registado no Butokukai, o centro de todas as artes marciais japonesas. O sensei Chojun Miyagi
dedicou toda a sua vida ao karaté, ele foi o responsável por estruturar Naha-Te (que nomeou
depois como Goju-Ryu) numa disciplina sistematizada para ensinar à sociedade em geral. Este
sistema de ensino habilitou o Karate para ser ensinado em escolas, de forma a que atingisse
numerosos praticantes pelo mundo. Porém, o ensino privado, na sua casa permanecia
estritamente ligado aos princípios e tradições do seu professor sensei Kanryo Higaonna e do
professor deste, o sensei Ryu Ryu Ko.
O nome de Goju Ryu surgiu mais por acidente que por designo. Em 1930, muitos mestres
perguntavam ao melhor estudante do sensei Chojun Miyagi, Shinzato Jin'an, que escola é que ele
praticava. Como Naha-Te não tinha nenhum nome formal ele não consegui responder à questão.
De regresso a Okinawa, deu conhecimento da situação ao sensei Chojun Miyagi. Depois de muito
pensar, o sensei Chojun Miyagi decidiu-se pelo nome Goju-Ryu (escola dura e suave) como o
nome mais adequado ao seu estilo. Este nome foi retirado de um texto de Bubishi (texto chinês
clássico nas artes marciais e outros assuntos). Esta linha, surge num poema que descreve os oito
preceitos das artes marciais, lê-se "Ho Goju Donto" (o modo de inalar e exalar é dureza e
suavidade).
Shinzato Jín'an, um aluno muito talento que o sensei Chojun Miyagi tinha escolhido como
seu sucessor foi tragicamente morto durante a II Guerra Mundial. Depois da guerra, o sensei
Chojun Miyagi escolheu o sensei An'ichi Miyagi para transmitir o Goju Ryu à próxima geração.
O sensei Chojun Miyagi faleceu a 8 de Outubro de 1953 e hoje em dia o Goju Ryu divide-
se por todo o mundo. O Karate já não pode ser só considerado como parte de Okinawa ou do
Japão, mas sim uma arte de todas as nações e de todos os povos do mundo.
GOGEN YAMAGUCHI
Antes de treinar o karate estudou Kendo Seu primeiro gosto não era o Karate Goju Ryu -
entretanto quando sua grande família mudou-se para Kyoto ele começou seu treinamento no
Karate com o Sensei Takeo Maruta no Maruta Dojo em Miyazai Kyushu. O Sr. Takeo Maruta era
um carpinteiro para o comércio e para os estudantes de Chojun Miyagi. O Sr. Yamaguchi estudou
mais tarde diretamente com Sr. Miyagi em 1929 depois que ele, seu professor e seu amigo Jitsuei
Yogi escreveram (1929) a Miyagi e o convidaram vir ao Japão. Chojun Miyagi foi visitar o Japão,
depois de uma longa espera Gogen Yamaguchi foi introduzido a Chojun Miyagi por Jitsuei Yogi
(27 de setembro de 1912 a novembro 1997). Em cima da visita de Chojun Miyagi ao Japão às
escolas de Kansai, de Osaka, de Ritsumei, de Kyoto e as universidades de Doshisha atenderam
Gogen quando estudou a lei na universidade de Ritsumei Kan. Em 1930 Sensei Yogi junto de
Gogen Yamaguchi fundaram o karate Kenkyu Kai de Ritsumei-Kan Dai-Gaku, primeiro clube do
karate da universidade de Ritsumei-Kan. O Ritsumei-Kan Karate- Kenkyu Kai era o primeiro clube
do karate universitário no Japão, e era famoso por seu treinamento duro do estilo e lutadores
ferozes do karate. Yogi e Yamaguchi atenderam à universidade de Ritsumei-Kan durante o tempo
Karate-Do Goju-Ryu para Iniciantes
80
que Chojun Miyagi visitou. Chojun Miyagi permaneceu no apartamento de Sensei Yogi. Até sua
morte, Yogi era um amigo e um conselheiro próximo de Morio Higaonna. Chojun Miyagi nomeou
mais tarde o Sr. Yamaguchi o líder do Goju Ryu no mainlan Japão. Sr Yamaguchi esboçou para
fora o que se transformaria no punho legendário do Goju Ryu. É modelado após o punho direito
da mão de Chojun Miyagi.
Após graduar-se para a universidade de Ritsumei Kan em Kyoto (1934) no mesmo ano
Sensei Yamaguchi inventou o Jiyu-Kumite que se tornou sabido hoje no esporte e nos
campeonatos de Kumite; Em 1935 deu forma oficialmente a toda a associação do Japão Goju Kai
Karate-Do (agora I.K.G.A.). Também em 1935: O Sr. Yamaguchi começou seus cursos com o
governo japonês como oficial da inteligência, o primeiro filho do Sr. Yamaguchi (Norimi Gosei
Yamaguchi) é carregado (25 de junho de1935). Durante sua excursão militar em Manchúria
Yamaguchi foi apreendido pelos militares russos (1942). Gogen Yamaguchi foi encaminhado para
o trabalho duro no acampamento russo dos PRISIONEIROS DE GUERRA. Mas um homem
comentou sobre o prisioneiro russo. E quando descobriram quem ele era, mandaram-no dar
aulas de karate às tropas russas. E assim os prisioneiros cativaram-se com o mestre, e se
transformaram seus estudantes. Em 1945 após ter saído do acampamento da guerra de
Manchurian e ter terminado sua excursão na II guerra mundial, retornou ao Japão onde reabriu
seu Dojo de karate e afixou um sinal fora de leitura Goju Ryu Kai. Muitos pensaram que sua
escola fecharia para sempre. Sua escola reabriu e começou uma expansão rápida através de
uma rede de escolas independentes de Goju Ryu que estavam sem liderança formal. Com esta
expansão é obvio que se estivesse em qualquer outro campo, teria que ser descrito como um
super homem. O Sr. Gogen Yamaguchi alastrou o Goju-Kai no império do karate em Tokyo,
Japão, ao lado do legendário instituto de judo Giho-Kai. Shihan Yamaguchi registrou formalmente
o Goju-Ryu no Butoku-Kai, governando as matrizes ' do governo ' para as artes Marciais
japonesas.
Embora uma pessoa calma e sensível, muitos disseram que se Gogen Yamaguchi não
tivesse Midori Yamaguchi ao seu lado durante todos estes anos não teria conseguido organizar
seu sistema. Alguns alunos sentiam maior afeição por Midori Yamaguchi do que por Gogen
Yamaguchi.
Em 1940 foi concedido ao Sr. Yamaguchi o Grau de Renshi embora não retornava a sua
residência no Japão até 1945. Em 1950 as matrizes oficiais da Goju-Kai era em Tokyo, Japão.
Cinco anos mais tarde fundou oficialmente o I.K.G.A. Mais tarde em 1964 o Sr. Yamaguchi
unificou todos os Dojos karate no Japão para formalizar a federação do karate do Japão que está
ainda na existência hoje como a Japan karate-do federation (JKF).
Antes de sua morte (em 1968), foi declarado pelo imperador do Japão como o Ranju-
Hosho (medalha da fita azul) e a quinta ordem do mérito para sua contribuição às artes marciais.
No inverno de 1965, em uma excursão ao ar livre ele apresentou as inclinações da TA Nagano
Ontake. A cada dia Yamaguchi e os seus seguidores derramavam água de gelo sobre se.
Durante uma de suas excursões de inverno na montanha dos mortos Yamaguchi e os seus
seguidores, somente com um Gi (Kimono) fino iam sem sapatos para a cachoeira praticar o
Kihon, Sanchin e Tensho ou SanchinTensho, utilizando o Yo na prática de Ibuki (pratica de
respiração). A potência da queda da água forçava os praticantes a manter-se perto quando a pele
era distribuída marcando-lhe a imagem de um praticante da Goju Ryu Kai sendo invencíveis
como era sua reputação. Em 1966 sua organização contava mais de 1.200 Dojo e clubes, e
600.000 membros reivindicados para o sistema do Goju Ryu. Antes de passar afastado por
causas naturais Yoshimi Gogen Yamaguchi tinha assentado bem em um advogado, em um oficial
militar, em um herói altamente decorado de guerra, em um praticante de Shinto e em um influente
praticante do yoga.
I.K.G.A. Caratê internacional faz Goju Kai e Todo o Caratê de Japão fazem Goju Kai é
Goshi Yamaguchi 8o Dan.
Depois que ele voltou para o Japão, ele ensinou em vário dojo de Goju-ryu. Ele se formou
de Universidade em 1969, quando ele se tornou um tempo integral Shihan (o Mestre) no dojo de
cabeça com uma visão Caratê-fazem promover e desenvolver Goju-ryu. Ele visitou e ensinou
assim longe em mais de 60 países no mundo como instrutor autorizado de kai de Goju e o IKGA,
como também o Todo o Japão Caratê-faz Federação, a Tóquio Caratê Federação, e como um
árbitro internacional. Em 1990 ele foi designado a presidente de Todo o Japão Caratê-faça
Hirofumi Goshi Yamaguchi é um do mais dinâmico de todos os mestres de Caratê no mundo hoje.
Agora envelheça 67 anos (2009) a técnica boa de Goshi Shihan e habilidade pedagógica
excelente o marca como Mestre de habilidades sem igual mental e físico. Em um mundo de
caratê moderno arruinado por promoção de ego, egotismo, e lucros monetários a todo o custo,
Goshi Yamaguchi estava aparte desses que buscam usar o ensino de Budo para glorificação de
ego. O horário castigando dele de visitas anuais para a Filial dele Dojo de sócios de IKGA ao
longo do mundo é um tributo à tenacidade dele em contining o trabalho que o pai dele começou
nos 1930. Isso é promover a expansão de Goju Ryu a todas as nações, e promover paz e
benevolência onde quer que possível.
Saiko Shihan Goshi Yamaguchi nunca deixa de pasmar esses que assistem aos
seminários Internacionais dele, não só executando tudo o que ele pergunta de outros, mas
deixando para as pessoas meio a idade dele na esteira dele, muito poucos pode manter o ritmo
dele! A um recente seminário de Nacional australiano em Sydney New Sul Gales durante outubro
começo 2003, ele demonstrou movimentos de Kumite que fizeram virtualmente todos os
participantes presentes cessar a atividade deles/delas e mesmorised de posto, enquanto o
assistindo, como ele era virtualmente a única pessoa que poderia executar o footwork complicado
equivoque livre.
Um ponto alto desta visita era o desempenho de Goshi Shihan do kata de mestre Genkaku
para música que ele demonstrou o partidário os finais do Campeonato de Caratê de
Universidades Nacional australiano no sábado 4 o 2003 de outubro por Paul Starling na
Universidade de Macquarie em Sydney. Este kata era aprovado por Grandmaster Gogen
Yamaguchi Hanshi (antes do transcurso dele fora em 1989), e só é ensinado a Shihan ou
instrutores de Classe de Mestre. O nome vem do GEN de Gogen e KAKU do Guindaste, e este
Kata não será executado em competição, só para demonstrações. O desempenho tirou uma
ovação parada de todos os competidores e funcionários apresente, e era uma própria conclusão
a um torneio maravilhoso para o qual Saiko Shihan era o convidado de honra.
Watanabe recebeu a determinação de tomar o cargo de diretor da sucursal por nomeação direta
do grande mestre Gogen Yamaguchi do Japão.
Foi assim que, em 1.963, Sensei Watanabe se tornava diretor da associação brasileira de
karatê, em 1964, vice-presidente e em 1965 tomava posse na presidência da associação cultural
de karatê. Sensei Watanabe foi também presidente da u.k.g.b. (união de Karatê-Dô Goju-Ryu do
Brasil) e U.S.K.G. (União Sul-Americana de Karatê-Dô Goju-Ryu) e vice-presidente da I.K.G.A.
(International Karate-Do Goju-Kai Association).
A Goju-Ryu, entretanto, começou definitivamente em São Paulo a 1 5 de setembro de
1.975, quando o Hanshi Watanabe, foi oficialmente nomeado pelo mestre Gogen Yamaguchi. A
partir desta data, começou a sua dedicação ao estilo goju ryu, criando pólos de desenvolvimentos
em todos os estados brasileiros e vários países da América do Sul.
O Hanshi Ryuzo Watanabe, a partir de então, dedicou praticamente toda sua vida ao
Karatê Goju Ryu da (I.K.G.A.) promovendo eventos ou tarefas que beneficiassem seu estilo, seja
com sua técnica apurada, portador de um carisma invejável, por onde passava conquistava
seguidores, a extrema sensibilidade mais a imaginação e a intuição, juntaram-se a motivação,
simplicidade e a amizade para romper os laços que uniram o espírito à realidade. Mesmo com
idade avançada e doente (sem que a maioria de seus filiados soubesse), sempre dava o
exemplo, sendo o primeiro a chegar aos eventos e em seus compromissos.
Sensei Luiz Kotsubo, recebeu das mãos do Saiko Shiran Goshi Yamaguchi a
representação oficial da IKGA (International Karate Do Goju kai Association) no Brasil, para a
qual foi encarregado da missão de reconstruir a escola Goju kai no país ao dar continuidade ao
trabalho de Ryuzo Watanabe Sensei, resgatar os valores, e atualizar continuamente as
especificidades técnicas do estilo. O legado recebido por Kotsubo Sensei aconteceu após um
longo período em que nosso país ficou sem representantes do estilo Goju kai, mais precisamente,
desde 2000, ou seja, dois anos após o falecimento de Watanabe Sense. Renshi Kotsubo, é o
fundador e presidente da IKGA Brasil.
GICHIN FUNAKOSHI
Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em 1868, o mesmo ano da Restauração Meiji.
Funakoshi era filho único, e logo após o seu nascimento fora levado para a casa dos seus avós maternos,
com quem foi educado e aprendeu poesias clássicas chinesas. Aos 11 anos de idade iniciou seus estudos,
com o mestre Asato, no duro sistema Naha-Te (força e contração), e com o mestre Itosu no sistema Shuri-
Te (velocidade e elasticidade). Foi perto do fim do ano de 1921, mestre Funakoshi, numa exposição de
educação física promovida pelo governo Japonês em Tokyo, foi escolhido como representante da ilha, para
fazer oficialmente a primeira demonstração pública do Okinawa-te à capital japonesa. Mestre Funakoshi
reestruturou e codificou as técnicas de luta passando a chamá-las de Karate Do. Funakoshi sempre
enfatizava o desenvolvimento do caráter e autodisciplina nas suas narrações. "Assim como um vale vazio
pode ecoar o som da voz, do mesmo modo a pessoa que segue o Caminho do Karate Do deve esvaziar-se
livrando-se de todo egoísmo e ambição. Tornar-se vazio interiormente, mas reto por fora. Este é o
significado verdadeiro de vazio no Karate Do."
O Mestre Gichin Funakoshi além de Mestre de Karate era também, exímio poeta e quando
escrevia os seus poemas usava o pseudónimo de SHOTO (que significa: ondas de pinheiro). Ele
usava este nome porque a cidade nativa de Shuri, local do seu nascimento, era rodeada por
colinas com florestas de pinheiros RYUKYU e vegetação subtropical; entre elas estava o Monte
Torao. A palavra torao significa: cauda de tigre; e era particularmente adequada porque a
montanha era estreita e tão densamente arborizada que realmente tinha a aparência de uma
cauda de tigre quando vista de longe.
Por volta de 1933, Funakoshi desenvolveu exercícios básicos para prática das técnicas em
duplas. Tanto o ataque de cinco passos (Gohon Kumite) como o de um (Ippon Kumite) foram
usados. Em 1934, um método de praticar esses ataques e defesas com colegas de um modo
levemente mais irrestrito, semi-livre (Ju Ippon Kumite), foi adicionado ao treinamento. Em 1935,
foi publicado seu livro: "Karate Do Kyohan". Este livro trata basicamente dos Kata. Funakoshi era
Taoísta, e ele ensinava Clássicos Chineses, como o Tao Te Ching de Lao Tzu, enquanto ele
estava vivendo em Okinawa. Funakoshi era profundamente religioso. Ele tinha muito medo de
que o Karate se tornasse um instrumento de destruição, e provavelmente queria eliminar do
treinamento algumas aplicações mortais dos Kata. Então, ele parou de fazer essas aplicações.
Ele também começou a desenvolver estilos de luta que fossem menos perigosos. Funakoshi teve
sucesso ao remover do Karate técnicas de quebras de juntas, de ossos, dedos nos olhos, chaves
de cotovelo, esmagamento de testículos, criando um novo mundo de desafios e luta em equipe
onde somente umas poucas técnicas seriam legais. Ele fez isso baseado nos seus propósitos e
com total conhecimento dos resultados.
Em 1936, Funakoshi mudou os caracteres Kanji utilizados para escrever a palavra Karate.
O caracter "Kara" significava "China", e o caracter "Te" significava "Mão". Para popularizar mais a
arte no Japão, ele mudou o caracter "Kara" por outro, que significa "Vazio". De "Mãos Chinesas" o
Karate passou a significar "Mãos Vazias", e como os dois caracteres são lidos exatamente do
mesmo jeito, então a pronúncia da palavra continuou a mesma. Além disso, Funakoshi defendia
que o termo "Mãos Vazias" seria o mais apropriado, pois representa não só o fato de o Karate ser
um método de defesa sem armas, mas também representa o espírito do Karate, que é esvaziar o
corpo de todos os desejos e vaidades terrenos. No mesmo ano (1936), foi fundado o primeiro
DOJO Oficial de Karate, pelo Comité Nacional e devido aos feitos do mestre Funakoshi, foi
batizado com o nome de SHOTO-KAN. Daí surgiu o nome de uma escola (estilo) que até hoje é
cultivada em várias partes do mundo. SHOTO (pseudónimo de Funakoshi) + KAN (escola,
classe...) = Escola de Funakoshi. Funakoshi tinha 71 anos em 1939, e foi quando ele deu o
primeiro passo dentro de um Dojo de Karate em 29 de Janeiro. O prédio foi feito de doações
particulares, e uma placa foi pendurada sobre a entrada e dizia: "Shotokan". "Sho" significa
pinheiro. "To" significa ondas ou o som que as árvores fazem quando o vento bate nelas. "Kan"
significa edificação ou salão. "Shoto" era o pseudónimo que Funakoshi usava para assinar suas
caligrafias quando jovem, pois quando ele ia escrevê-las se recolhia em um lugar mais afastado,
onde pudesse buscar inspiração, ouvindo apenas o barulho do pinheiros ondulando ao vento.
Esse nome dado ao Shotokan Karate Dojo foi uma homenagem de seus alunos.
"Assim como um vale vazio pode ecoar o som da voz, do mesmo modo a pessoa que segue o
Caminho do Karate deve esvaziar-se livrando-se de todo egoísmo e ambição. Tornarse vazio
interiormente mas reto por fora. Este é o significado verdadeiro de "vazio" no karate. Quando a
pessoa percebe a infinidade de formas e de elementos no universo, ele se volta para o vazio,
para o vácuo. Em outras palavras, o vazio não é outra coisa senão a verdadeira forma do
universo"
"Tenha cuidado", escrevi num dos meus primeiros livros, "com as palavras que fala, pois,
se você for arrogante, fará muitos inimigos. Nunca se esqueça do antigo ditado que diz que um
vento forte pode destruir uma árvore robusta, mas o salgueiro verga-se, e o vento passa sobre
ele. As grandes virtudes do caratê são a prudência e a humildade"
"...o karatê não é, nem jamais foi, meramente, uma forma bruta de autodefesa. Pelo
contrário, quem quer que realmente domine a arte do caratê tomará cuidado para não aventurar-
se em situações ou lugares perigosos, onde possa ser forçado a usar a arte ".
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Kihon:
O kihon constitui um conjunto de movimentos básicos do karate, que podem ser organizados
de maneira simples ou complexa(sequencias), cuja finalizade é:
O kihon deve ser treinado como forma unificada de movimentos técnicos, ou seja,
obedecer padrões a serem seguidos.
• Kihon kotei shiki: seu treinamento é realizado sem que haja unsoku (deslocamento
rorizontal do corpo), ou seja, são praticados no mesmo lugar. Seus movomentos básicos
são: chudan tsuki, nidan tsuki, sandan tsuki, mae gueri, yoku gueri, neko ashi gueri e
mawashi gueri.
Katá:
• Kumite:
Significa luta, combate. É a aplicação das técnicas do karate diante de um adversário real. Seu
objetivo é demonstrar a efetividade, tanto das técnicas de ataque como de defesa. Os pontos
importantes a se observar num trabalho de kumite são: distância, velocidade, deslocamento,
reação, antecipação, controle e correto de ataque e defesa.
• Ippon kumite: ataque e defesa em um passo, (com ataques, defesas e zona de ataque
definidas);
• Nihon kumite: ataque e defesa em dois passos, (com ataques, defesas e zona de ataque
definidas);
• Sambom kumite: ataque e defesa em três passos, (com ataques, defesas e zona de
ataque definidas);
• Gohon kumite: ataque e defesa em cinco passos, (com ataques, defesas e zona de
ataque definidas);
• Jyu ippon kumite: combate básico com liberdade de movimentos, porém, apenas com
zonas de ataque definidas;
• Jyu kumite: combate livre, esta modalidade permite o uso livre de técnicas de kumite, no
entanto, esta forma de combate é desprovida de regras de competição ou de qualquer
outra natureza, de forma que o praticante procure aplicar golpes que efetivamente
derrubem seu adversário;
• Shiai kumite: combate com regras oficiais e tempo definido, esta forma de combate visa a
parte esportiva da arte, onde dois oponentes se encontram em disputa visando uma vitória
por pntos, estes distribuídos de acordo com o grau de dificuldade e execução;
• Kenkyu kumite: sombra, é uma modalidade praticada entre karatecas que, de comum
acordo estabelecem um controle de seus golpes que os permitem estudar sua técnica
mais avançada. Podem ainda, estudar arriscar a aplicação dos golpes livres e, repeti-los
como forma de expecialização individual. Estratégias de Luta:
• Deai:
• Go-no-sem:
• Tai-sabaki:
Não é escapar ou fugir, você simplesmente gira fazendo um eixo em uma das pernas para
evitar um ataque e ao mesmo tempo um contra ataca. " Na aplicação do tai-sabaki, você
deverá esperar até o último momento e então girando uma das pernas em tomo do oponente,
imediatamente executa o contra ataque. O imprtante é girar no momento certo e mudar a
direção do seu corpo".
• Rensoku Wasa:
Constitui de uma sequencia livre de golpes, em que o karateca demonstra o que foi
aprendido com a pratica do kihon. O Rensoku Wasa divide-se em três formas;
• Firmesa do golpe;
• Equilíbrio;
• Velocidade;
• Criatividade;
• Zanchin (final completo do golpe: olhar, equilíbrio, base e atenção).
• Bunkai
Significa aplicação de determinado movimento de uma Kata. No entanto Bun pode significar,
partir ou separar e Kai pode significar compreender. Perante estas palavras poderemos deduzir
que Bunkai poderá ter o significado de separar para compreender.
Existem:
Kiai
O kiai ou “grito de força” – KI: força e AI: grito – é uma energia que nasce a partir do baixo
ventre (saika tanden – aproximadamente cinco centímetros abaixo do umbigo). Todos têm um
grito de força, principalmente os grandes felinos. Geralmente, esses animais paralisam suas
presas com o seu kiai antes de atacá-las. O kiai pode ser aplicado em três momentos.
3-Final de um trabalho;
OSS
(cuja a transcrição exata do japonês é OSU) é uma expressão fonética formada pordois
caracteres. O primeiro caracter "osu" significa literalmente "pressionar", e determina a pronúncia
de todo o termo. O segundo caracter "shinobu" significa literalmente "suportar".
A espressão OSS foi criada na Escola Naval Japonesa, e é usada universalmente para
expressões do dia-a-dia como "sim", "por favor", "obrigado", "entendi", "desculpe-me", para
cumprimentar alguém, etc., bem como no mundo do Karate para quase qualquer situação onde
uma resposta seja requerida. Para um karateka, OSS é a palavra mais importante.
OSS não deve ser dito de forma relaxada, usando apenas a garganta, mas, como tudo no
Karate, deve ser pronunciado usando o "hara" (tanden). Pronunciado durante o cumprimento,
OSS expressa respeito, simpatia e confiança no colega. OSS também diz ao Sensei que as
intruções foram compreendidas, e que o estudante irá fazer o melhor para seguí-las.
Gashuku
O significado do, etimologicamente em japonês, é unir a hospedagem de cada praticante a fim
de aperfeiçoar-se técnica e mentalmente, isolando-se do seu meio de vida cotidiano, facilitando a
concentração de suas mentes. “Portanto, quem participa do “Gashuku” precisa treinar e
aperfeiçoar-se, compreendendo bem o significado dele e exigindo de si a máxima rigidez para
aproveitá-lo, pois a vantagem, finalmente, retorna a cada um.”.
REIGISAHO
1º. – Ao entrarmos para uma Escola, para aprender Artes Marciais, não devemos
suspender o estudo sem uma razão válida;
2º. – Devemo-nos conduzir de maneira a nunca manchar a Tradição e a Honra da Escola;
3º. – Em caso de acidente, não devemos culpar, seja quem for, a não ser nós próprios, e
assim, libertaremos a Escola ou os seus membros de qualquer responsabilidade;
4º. – Não devemos fazer qualquer exibição em público, para ganho pessoal;
5º. – Sem permissão dos Mestres, não devemos ensinar, nem divulgar, qualquer segredo a
ninguém;
6º. – Não devemos abusar, nem fazer uso dos nossos conhecimentos, em Artes Marciais,
seja a que pretexto fôr;
7º. – Sempre que se entra, ou sai, de um Dojo, devemos saudá-lo, com uma ligeira vénia;
8º. – Devemos respeitar os praticantes mais graduados, e ajudar os de menor graduação;
9º. – Quando não estivermos a treinar, devemos tomar uma atitude correcta, mesmo
quando fatigados, ou ainda, em momentos de explicações ou de demonstrações, mais
prolongadas, por parte do Sensei. As posições de amolecimento ou de enfraquecimento
não fazem parte da Ética. Devemos adoptar sempre uma posição altiva e de respeito.
10º. – Devemo-nos conservar em silêncio, sem falar durante as aulas, excepto, quando
formos interpelados directamente pelo Sensei, e ao fazê-lo, que seja em tom baixo e
respeitoso, numa breve intervenção. As dúvidas surgidas ao longo do treino, só devem ser
colocadas no final da aula, ou, quando o Sensei criar pausas para repouso ou explicações;
11º. – Devemos ter cuidado constante com a limpeza corporal, não trazer qualquer peça
de vestuário por de baixo do Kimono (Gi), salvo truces, cortando as unhas das mãos e dos
pés;
12º. – Devemos manter o «Gi» vestido correctamente, com a calça ajustada à cintura, e o
casaco bem composto, devendo ter sempre presente a divisa, (o cinto = Obi);
13º. – Antes de cada treino, devemos despojarmo-nos de todos os adornos e enfeites,
como sejam anéis, pulseiras, fios, brincos, relógios, etc.;
14º. – Devemos respeitar os horários das aulas. As entradas tardias, ou as saídas
antecipadas, são consideradas manifestações de menos respeito e falta de auto-disciplina,
pelo que devem ser evitadas, no entanto, é preferível participar durante meia-aula, do que
não treinar. Igualmente, devem ser evitadas as saídas temporárias, para satisfação de
necessidades fisiológicas. Estas, devem ser prevenidas antes de se entrar no Dojo;
15º. – Sempre que se treinar com um companheiro de treino, devemos saudá-lo, antes e
depois, e sempre com o «Gi» apresentável;
16º. – Não devemos procurar ser fortes, mas justos, nem procurar a vitória sobre os
nossos companheiros de treino, mas sim a vitória sobre nós mesmos, através de princípios
correctos;
17º. – Devemos possuir inteligência, para compreender aquilo que nos ensinam, paciência,
para ensinar o que aprendemos aos nossos semelhantes, e fé, para acreditar naquilo que
ainda não sabemos;
18º. – Devemos cultivar a máxima concentração durante o treino, de modo a obtermos
uma melhor assimilação, por parte da instrução;
19º. – Devemos aprender e, a saber, cada dia, um pouco mais, e usar esses
conhecimentos todos os dias para o Bem.
20º. – Devemos cuidar da nossa atitude no Dojo, permanecendo calmos e serenos, o que
não exclui o bom-humor.
DICIONÁRIO
PONTOS VULNERÁVEIS
Um dos mais importantes aspectos do karate consiste em desfechar golpes com a máxima
energia e velocidade, golpes precisos e vigorosos sobre pontos vulneráveis do oponente.
Deve-se atentar e tomar muito cuidado com tais pontos, pois a execução de golpes
poderosos em tais pontos pode vir a causar traumas permanentes ou temporários, e podendo em
alguns desses pontos levar a vítima até mesmo à morte.
Figura A Figura B
1. Olhos
2. Nariz (ponta)
3. Maxilar (parte inferior)
4. Têmporas
5. Pomo de Adão (região hidóica/gogó)
6. Carótida
7. Plexo solar
8. Estômago
9. Região pélvica
10. Articulação do ombro
11 .Articulação do braço(cotovelo)
12. Órgãos genitais
13. Articulação do joelho
14. Tíbia (canela)
15. Peito do pé
16. Articulação da mão
DIVISÃO DO CORPO