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16/10/2018 Lei Orgânica de Siderópolis - SC

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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SIDEROPOLIS/SC.

PREÂMBULO

O POVO SIDEROPOLITANO, através de seus representantes legais - os Senhores Vereadores -


fundamentado no que dispõe a Cons tuição da República Federa va do Brasil e na do Estado de Santa
Catarina, promulga sob a Proteção de Deus, a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SIDERÓPOLIS.

TÍTULO I
DO MUNICÍPIO

Capítulo I
DO MUNICÍPIO E SEUS PODERES

Art. 1º O Município de Siderópolis, unidade territorial da Federação Brasileira e do Estado de Santa


Catarina, criado pela lei Estadual nº 380, de 19 de dezembro de 1958, pessoa jurídica de direito público
interno, com autonomia polí ca, legisla va, administra va e financeira É ORGANIZADO E REGIDO POR
ESTA Lei Orgânica na forma das Cons tuições Federal e do Estado.

§ 1º O Município tem sua sede na cidade de Siderópolis.

§ 2º Qualquer alteração territorial do Município de Siderópolis só poderá ser feita na forma de Lei
Complementar Estadual e Federal, preservada a con nuidade e a unidade Histórico-Cultural do ambiente
urbano, dependente de consulta prévia às populações diretamente interessadas, mediante plebiscito.

§ 3º A criação, organização e supressão de distritos compete ao Município, observada a legislação


estadual.

Art. 2º São poderes do Município, independente e harmônicos entre si, o Legisla vo e o Execu vo.

Art. 3ºO Município, obje vando integrar-se à organização, ao planejamento e à execução de funções
públicas de interesse comum, pode associar-se aos demais municípios limitrofes - ou da região - e ao
Estado, formado ou não Associação Microrregionais.

São símbolos do Município, A bandeira e o Brasão, criados pela Lei nº 217, de 24/02/66 e Lei nº
Art. 4º
345, de 05/09/73, respec vamente e outros estabelecimentos em Lei Municipal.

Art. 5º É vedado ao Município:

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I - estabelecer cultos religiosos ou Igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter


com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da Lei, a
colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos,

III - criar dis nções entre brasileiros ou preferência entre si.

SEÇÃO II
DOS BENS MUNICIPAIS

Art. 6º Cons tuem patrimônio do Município:

I - Os bens de sua propriedade e os direitos de que é tular nos termos da Lei;

II - a dívida proveniente da receita não arrecadada.

§ 1º Os bens do domínio patrimonial compreendem:

a) os bens móveis, inclusive a dívida a va;


b) os bens imóveis;
c) os créditos tributários,
d) os direitos, tulos e ações.

§ 2º Os bens serão inventariados de acordo com a classificação da Lei civil e sua escrituração obedecerá
as normas expedidas pelo órgão competente municipal, observadas a Lei Federal e as instruções do
tribunal de Contas do Estado;

§ 3º O levantamento geral do patrimônio do Município terá por base inventário analí co em cada unidade
administra va dos dois Poderes, com escrituração sinté ca em seus órgãos próprios.

§ 4º Os bens serão avaliados pelos respec vos valores históricos ou de aquisição, quando conhecidos, ou,
então pelos valores dos inventários já existentes não podendo, nenhum deles, figurar sem valor.

§ 5º Os bens públicos serão inventariados, obrigatoriamente, ao final de cada legislatura.

Art. 7ºOs bens móveis serão administrados pelas unidades administra vas que os tenham ou por
aquelas em cuja posse se acharem.

Art. 8º Os bens imóveis serão administrados pelo órgão competente, sob a supervisão do Prefeito
Municipal sem prejuízo da competência que, para esse fim, venha a ser transferida às autoridades
responsáveis por sua u lização.

Art. 9º A desapropriação de bens do domínio par cular, quando reclamada para a execução de obras ou
serviços municipais, poderá ser feita em bene cio da própria administração, das suas en dades
descentralizadas ou de seus concessionários.

Parágrafo Único - A declaração de necessidade ou u lidade pública ou de interesse social, para efeito de

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desapropriação, será feita nos termos da Lei Federal.

Art. 10A divida a va cons tui-se dos valores dos tributos, multas, contribuições de melhoria e demais
rendas municipais de qualquer natureza e será incorporada, em tulo próprio de conta patrimonial, findo
o exercício financeiro e pelas quan as deixadas de arrecadar até 31 de dezembro.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Art. 11 Compete ao Município:

I - Legislar sobre assuntos de interesse local, cabendo-lhe, entre outras, suplementar a legislação federal e
estadual no que couber;

II - Ins tuir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar as suas rendas, sem prejuízo da
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em Lei;

III - Criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;

IV - Manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-
escolar e de ensino fundamental;

V - Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde
da população;

VI - Organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de


interesse local, incluído o de transporte cole vo que tem caráter essencial;

VII - Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de
uso, parcelamento e da ocupação do solo urbano;

VIII - Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural, observada a legislação e a ação fiscalizadora


federal e estadual;

IX - Elaborar e executar a polí ca de desenvolvimento urbano com o obje vo de ordenar as funções


sociais das áreas habitadas do Município e garan r o bem estar dos seus habitantes;

X - Elaborar e executar o plano diretor como instrumento básico da polí ca de desenvolvimento e


expansão urbana;

XI - Exigir do proprietário do solo urbano não edificado ou não u lizado, que promova o seu adequado
aproveitamento, na forma do plano diretor, sob pena, sucessivamente, de parcelamento ou edificação
compulsória, imposto sobre a propriedade urbana progressivo no tempo e a desapropriação com
pagamentos mediante tulos da dívida pública municipal, com prazo de resgate até vinte anos, em
parcelas anuais e sucessivas, assegurados o valor real de indenização e os juros legais;

XII - Cons tuir a guarda municipal des nada à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme
dispuser a Lei;

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XIII - Planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas,

XIV - Legislar sobre licitações e contratações em todas as modalidades, para a administração pública
municipal direta e indireta, inclusive as fundações públicas municipais e empresas sob o seu controle,
respeitadas as normas gerais da legislação federal.

Art. 12 É competência do Município, em comum com a União e o Estado:

I - Zelar pela guarda da Cons tuição Federal, da Cons tuição Estadual e das leis destas esferas de
governo, das ins tuições democrá cas e conservar o patrimônio público;

II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garan a das pessoas portadoras de deficiência;

III - Proteger os documentos, as obras e os outros bens de valor histórico, ar s co e cultural, os


monumentos, paisagens notáveis e os sí os arqueológicos;

IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor


histórico, ar s co ou cultural;

V - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - Proteger o meio ambiente e combater a sua poluição em qualquer de suas formas;

VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora;

VIII - Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - Promover programa de construção de moradias e melhoria das condições habitacionais e de


saneamento básico;

X - Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos


setores desfavorecidos,

XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos


minerais em seu território;

Parágrafo Único - A cooperação do Município com a União e o Estado, tendo em vista o equilíbrio, o
desenvolvimento e bem estar na sua área territorial, será feita na conformidade de Lei Complementar
Federal fixadora destas normas.

Capítulo III
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

O Poder Legisla vo Municipal é exercido pela Câmara Municipal que se compõe de Vereadores
Art. 13
representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional em todo o território municipal, obedecidos os
preceitos estabelecidos na legislação eleitoral em vigor na data da vigência da eleição.

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§ 1º Cada legislatura terá a duração de quatro anos;

§ 2º A eleição dos Vereadores dar-se-á noventa dias antes do término do seu respec vo mandato, em
pleito direto e simultâneo com demais Municípios;

§ 3º O número de Vereadores à Câmara Municipal será proporcional à população do Município de


Siderópolis, observados os limites estabelecidos nas cons tuições Federal e Estadual.

Art. 14 Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as matérias da
competência do Município, especialmente sobre:

I - Sistema Tributário Municipal, arrecadação e distribuição de suas rendas;

II - Plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito e dívida pública;

III - Planos e programas municipais de desenvolvimento, especialmente o Plano Diretor de


Desenvolvimento Integrado do Município;

IV - Bens do domínio do Município;

V - Transferência temporária da sede do Governo Municipal;

VI - Criação, transformação e ex nção de cargos, empregos e funções públicas do Poder Execu vo;

VII - Fixação e modificação de efeito da guarda municipal;

VIII - Normalização da cooperação das associações representa vas no planejamento municipal;

IX - Criação, organização e supressão de distritos, vilas e bairros;

X - Criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e outros órgãos da Administração


Pública,

XI - Criação, transformação, ex nção e estruturação de empresas públicas, sociedades de economia mista,


autarquias e fundações municipais.

Art. 15 É da competência exclusiva da Câmara Municipal;

I - Elaborar seu regimento interno;

II - Dispor sua organização, funcionamento, polí ca e sobre a criação, transformação e ex nção de cargos,
empregos e funções de seus serviços e a fixação dos seus respec vos vencimentos;

III - Dispor sobre a organização das funções fiscalizadoras da Câmara Municipal;

IV - Normalizar a inicia va popular de projetos de lei de interesse específico do município, da cidade, de


vilas ou de bairros, através de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

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V - Resolver, defini vamente, sobre convênios, consórcios ou acordos que acarretam encargos gravosos
para o patrimônio municipal, depois de assinados pelo Prefeito Municipal;

VI - Autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quando a ausência exceder a quinze dias;

VII - Sustar os atos norma vos do Poder Execu vo que exorbitem o Poder regulamentar ou os limites da
delegação legisla va;

VIII - Mudar, temporariamente, sua sede;

IX - Fixar a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, em cada legislatura, para a


subseqüente observado o que dispõem os arts. 29-V, 37-XI, 150-II, 153-§ 2º I da Cons tuição Federal, e o
que determina a Cons tuição do Estado, no seu art. 111-IV;

X - Julgar, anualmente as contas prestadas pelo Prefeito e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo;

XI - Proceder a tomada de contas do Prefeito, quando não apresentadas à Câmara Municipal até 31 de
maço de cada ano;

XII - Fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Execu vo, incluídos os da administração direta;

XIII - Zelar pela preservação de sua competência legisla va em face da atribuição do Poder Execu vo;

XIV - Referendar, por Decreto Legisla vo, os atos de concessão e/ou permissão, assim como, os de
renovação, e serviços de transportes cole vos ou de táxi;

XV - Representar ao Ministério Público, por dois terços de seus membros, a instauração de processo
contra o Prefeito e/ou Vice-Prefeito e/ou Secretários Municipais, pela prá ca de crime contra a
administração pública;

XVI - Aprovar, previamente, alienação, aquisição ou concessão a qualquer tulo de bens imóveis do e para
o Município;

XVII - Aprovar, previamente, por voto secreto, a convocação do Prefeito e/ou Vice-Prefeito e/ou
Secretários Municipais para prestarem informações ou esclarecimentos sobre matéria de sua
competência;

XVIII - Autorizar referendo e plebiscito.

Art. 16 A Câmara Municipal, pelo seu Presidente, bem como, qualquer de suas Comissões, pode
convocar Secretário Municipal para, no prazo de vinte dias, apresentar, pessoalmente, informações sobre
o assunto previamente determinado, importando crime contra a administração pública a ausência sem
jus fica va adequada ou a prestação de informações falsas.

§ 1º Os Secretários Municipais poderão comparecer à Câmara Municipal ou a qualquer de suas


Comissões, por sua inicia va e mediante entendimentos com o presidente respec vo, para expor assunto
de relevância de sua Secretaria.

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§ 2º A Mesa da Câmara Municipal pode encaminhar pedidos escritos de informações aos Secretários e/ou
Prefeito Municipal cuja recusa ou não atendimento no prazo de trinta dias, bem como informações falsas,
importação em crime contra a administração pública.

SEÇÃO II
DOS VEREADORES

Art. 17 Os Vereadores detentores da representação popular são invioláveis pelas suas opiniões, palavras
e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.

Art. 18 Os Vereadores não podem:

I - Desde a expedição dos seus diplomas:

a) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público municipal, salvo quando o
contrato obedecer cláusulas uniformes;
b) Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os que sejam demissíveis "ad-
nutum", nas en dades constantes na alínea anterior;

II - Desde a posse:

a) Ser proprietário, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrentes de contrato
com pessoa jurídica de direito público municipal ou nela exercer função remunerada;
b) Ocupar cargo ou função de que seja demissíveis "adnutum", nas en dades referidas no inciso I, alínea
a);
c) Patrocinar causas em que seja interessada qualquer das en dades a que se refere o inciso I, alínea a);
d) Ser tular de mais de um cargo ou mandato ele vo, salvo, no primeiro caso, as exceções previstas no
art.37, inciso XVI, da Cons tuição Federal.

Art. 19 Perde o mandato o Vereador:

a) Que infringir quaisquer das proibições estabelecidas no Art. anterior;


b) Cujo procedimento for declarado incompa vel com o decoro parlamentar;
c) Que deixar de comparecer em cada sessão legisla va, a terça parte das reuniões ordinárias, salvo
licença ou missão por esta autorizada;
d) Que perder ou ver suspensos os direitos polí cos;
e) Quando o decretar a jus ça eleitoral, nos casos previstos cons tucional ou legalmente;
f) Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado, desde que, acessoriamente, lhe
tenha imputado esta pena.

§ 1º É incompa vel com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimento Interno, o abuso
das prerroga vas asseguradas ao Vereador ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos das alíneas "a", "b" e "f", a perda do mandato é decidida pela Câmara Municipal, por voto
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de Par do Polí co representado na Casa,
assegurada ampla defesa.

§ 3º Nos casos previstos nas alíneas "c" e "e", a perda é declarada pela Mesa da Câmara, de o cio ou

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mediante provocação de qualquer de seus membros ou de Par do de Polí co representado na Casa,


assegurada ampla defesa.

Art. 20 Não perde o mandato o Vereador:

I - Inves do no cargo de Secretário ou Intendente Municipal, Secretário de Estado ou Ministro de Estado,


considerando-se automa camente licenciado;

II - Licenciado pela Câmara por mo vo de doença ou tratar, sem remuneração, de assunto de seu
interesse par cular desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse a cento e oitenta dias por sessão
legisla va.

§ 1º O Suplente será convocado:

a) Nas licenças para tratamento de saúde por período igual ou superior a trinta dias;
b) Nas licenças para tratamento de assunto par cular, por período igual ou superior a trinta dias e não
superior a cento e oitenta dias.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, se faltarem mais de doze meses para o término do
mandato, a Câmara representará à jus ça eleitoral para preenchê-lo.

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remuneração de vereança, com ônus para o
órgão no qual foi inves do.

SEÇÃO III
DAS REUNIÕES

A Câmara Municipal reunir-se-á ordinariamente, em sessão legisla va anual, de 15 de fevereiro a


Art. 21
15 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para 15 de fevereiro será transferida para o primeiro dia ú l subseqüente
quando caírem em sábado, domingo, feriado ou ponto faculta vo.

§ 2º A sessão legisla va não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e da proposta orçamentária para o exercício seguinte.

§ 3º A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão solene de instalação legisla va, a 1º de janeiro do ano
subseqüente às eleições, às 10:00 horas, para a posse de seus membros, do Prefeito, do Vice-Prefeito e
para a eleição da Mesa, e prestarão compromisso sob a Presidência do mais votado Vereador eleito.

§ 4º A Câmara Municipal reunir-se-á ordinariamente, todas as segundas feiras.

§ 5º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á pelo seu Presidente, pelo Prefeito ou a
requerimento da maioria absoluta dos vereadores, em caso de urgência ou de interesse público
relevante:

a) Se convocada pelo Presidente, ele o fará em reunião ordinária, constando da ata.


b) Se convocada pelo Prefeito, este o fará convocando um período de reuniões para ser tratada
determinada Ordem do Dia, sendo que deverá ser expedida convocação ao Presidente, com antecedência

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de três dias, determinando o dia da primeira reunião do período extraordinário, a pauta dos trabalhos e o
horário dessa primeira reunião. O Presidente, de posse da convocação do Prefeito, expedirá convocação
aos Vereadores de per si e através da imprensa.
c) Se convocada pela maioria absoluta dos Vereadores, estes entregarão o requerimento convocatório ao
Presidente que procederá de igual modo ao estabelecido na alínea "b".

§ 6º Na reunião extraordinária, a Câmara só deliberará sobre a matéria para a qual foi convocada.

§ 7º A ausência do Vereador a cada reunião ordinária, exceto quando em missão oficial, implicará na
reeducação da sua remuneração em vinte avos (1/20) por cada falta.

SEÇÃO IV
DA MESA E DAS COMISSÕES

Art. 22 A Mesa da Câmara Municipal será composta de um Presidente, um 1º Vice-Presidente, um 1º


Secretário e um 2º Secretário, eleitos para um mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo
cargo à eleição imediatamente subseqüente na mesma legislatura.

§ 1º A eleição da Mesa exigirá a presença da maioria absoluta dos Vereadores. Se não puder, por qualquer
mo vo, efe var-se na reunião de instalação legisla va, será realizada outra reunião subseqüente, até
efe vá-la.

§ 2º Enquanto não cons tuída a Mesa, serão os trabalhos da Câmara dirigidos pelo Vereador que, dentre
os presentes, houver sido o mais votado e secretariado pelos dois outros que lhe seguirem na votação.

§ 3º Não havendo número para a eleição até dois dias contados da sessão de instalação, serão
convocados os suplentes para completá-lo, os quais, se não empossados defini vamente, não poderão
ocupar cargos na Mesa.

§ 4º Se, por mo vo inescusável, o Presidente dos trabalhos não promover a eleição da Mesa, subs tui-lo-
á imediatamente o Vereador que es ver secretariando, mediante deliberação da Câmara.

§ 5º Qualquer componente da Mesa poderá ser des tuído pelo voto da maioria dos membros da Câmara,
quando faltoso, omisso ou negligente no desempenho de suas atribuições, elegendo-se outro Vereador
para completar o mandato.

Art. 23 Procede-se a eleição da Mesa obedecidas as seguintes formalidades:

I - A votação será secreta;

II - Os Vereadores votarão à medida que forem sendo chamados nominalmente, com cédula única da qual
farão parte todos os componentes da Câmara;

III - Será considerado eleito o candidato a qualquer cargo da Mesa, que ob ver a maioria dos sufrágios e,

IV - Proclamados os resultados, os eleitos são considerados automa camente empossados.

§ 1º No caso de vaga na Mesa, a Câmara, dentro de trinta dias, elegerá o seu subs tuto.

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§ 2º O afastamento do membro da Mesa por mais de seis meses, em qualquer hipótese, implicará na
vacância automá ca do cargo.

Art. 24 A competência dos membros da Mesa da Câmara será disciplinada no seu Regimento Interno.

Art. 25 As Comissões Permanentes da Câmara Municipal, previstas no Regimento Interno, serão


formadas por eleição secreta, ou por acordo das lideranças par dárias, pelo prazo de dois anos, sendo
permi da a reeleição de seus membros para os mesmos cargos nas mesmas Comissões:

I - Sempre que necessário, por inicia va da Mesa ou por decisão do Plenário, a Câmara cons tuirá
Comissão Temporária para o trato de assunto específico.

II - A Câmara cons tuirá Comissão Especial de Inquérito sobre ato determinado e prazo certo, mediante
requerimento de um terço de seus membros.

§ 1º Na formação das Comissões previstas neste ar go, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos Par dos que compõem a Câmara.

§ 2º Não haverá, concomitantemente, mais do que duas Comissões Especiais de Inquéritos em


funcionamento, na mesma sessão legisla va.

Art. 26 Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - Discu r e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento interno, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um quinto dos membros da Câmara.

II - Realizar audiência pública com en dades da comunidade.

III - Convocar Secretários Municipais para prestar informações sobre assunto inerentes às suas
atribuições.

IV - Exarar parecer sobre todas as matérias que lhes forem subme das com este obje vo.

V - Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.

VI - Apreciar programas de obras, planos municipais de desenvolvimento e sobre eles emi r parecer.

Parágrafo Único - As Comissões Especiais de Inquérito que terão poderes de inves gação próprias das
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão criadas de acordo com o
inciso II do art.25, para apuração do fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

Art. 27Na Cons tuição da Mesa e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos par dos representados na Câmara.

Parágrafo Único - Ocorrendo empate, na disputa dos cargos, será dado por vencedor o Vereador mais
votado no úl mo pleito municipal.

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Art. 28 Os membros da Mesa responderão pelo expediente do Poder Legisla vo durante os recessos.

SEÇÃO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 29 O processo legisla vo compreende a elaboração de:

I - Emendas á Lei Orgânica do Município;

II - Leis Complementares;

III - Leis Ordinárias;

IV - Leis Delegadas;

V - Medidas Provisórias;

VI - Decretos Legisla vos,

VII - Resoluções.

Parágrafo Único - A elaboração, a redação, as alterações e a consolidação do processo legisla vo, dar-se-
ão na conformidade desta Lei Orgânica.

SUBSEÇÃO II
DA EMENDA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO

Art. 30 Esta Lei Orgânica, poderá ser emendada mediante proposta de um terço, no mínimo, dos
membros da Câmara ou do Prefeito Municipal.

§ 1º A proposta será discu da e votada em dois turnos, com inters cio mínimo de dez dias, considerando-
se aprovada se ob ver, em cada uma, dois terços dos votos dos membros da Câmara.

§ 2º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legisla va.

§ 3º A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com o
respec vo número de ordem.

SUBSEÇÃO III
DAS LEIS

Art. 31 A inicia va das Leis Complementares e Ordinárias cabe a qualquer Vereador, Comissão da
Câmara, Prefeito Municipal e aos cidadãos na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

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Art. 32 São de inicia va priva va do Prefeito as Leis que:

I - Fixem ou modifiquem o efe vo da Guarda Municipal;

II - Disponham sobre:

a) Criação, transformação e ex nção de cargos, funções e empregos públicos do Poder Execu vo, suas
autarquias e fundações e sua remuneração;
b) Servidores públicos do Poder Execu vo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;
c) Criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e Órgãos da Administração Pública;
d) Concessão de subvenções e auxílios.

Art. 33 A inicia va popular pode ser exercida pela apresentação, à Câmara Municipal, de projeto de Lei
subscrito por no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.

Art. 34Em caso de relevância ou urgência, o Prefeito poderá adotar medidas provisórias com força de
Lei, devendo submetê-las, no prazo de vinte e quatro horas, à Câmara Municipal que, estando em
recesso, será convocada para se reunir extraordinariamente no prazo de cinco dias.

§ 1º As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem conver das em lei no prazo
de trinta dias, a par r de sua publicação, devendo, a Câmara Municipal, disciplinar as relações jurídicas
delas decorrentes.

§ 2º A medida provisória não apreciada pela Câmara Municipal e nem conver da em lei, não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legisla va.

§ 3º As medidas provisórias aprovadas, serão promulgadas, em forma de Lei pela Mesa da Câmara
Municipal.

Art. 35 Não será permi do aumento da despesa prevista:

I - Nos projetos de inicia va exclusiva do Prefeito, ressalvo o disposto no art..

II - Nos projetos sobre a organização da Secretaria da Câmara Municipal, de inicia va privada na Mesa da
Câmara.

Art. 36O Prefeito poderá solicitar urgência e votação em turno único para apreciação de projeto de sua
inicia va, desde que seja apresentado com requerimento subscrito por dois terços dos Vereadores
presentes a Sessão.

§ 1º Se a Câmara não se manifestar, em até quarenta e cinco dias sobre a proposição, será esta incluída na
Ordem do Dia da reunião que se seguir ao término deste prazo, sobrestando-se a deliberação quanto aos
demais assuntos, para que se ul me a votação, excetuando-se as medidas provisórias e os vetos, que são
preferenciais na ordem cronológica.

§ 2º O prazo previsto no parágrafo anterior não ocorre nos períodos de recesso nem se aplica a projetos
de código.

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Art. 37O projeto de Lei aprovado será enviado, como autógrafo, ao Prefeito que, aquiescendo. o
sancionará.

§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, incons tucional ou contrário ao interesse


público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis do recebimento e comunicará,
dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara, por escrito, os mo vos do veto.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de ar go, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito importará em sanção.

§ 4º O veto será apreciado pela Câmara, dentro de trinta dias a contar do seu recebimento, só podendo
ser rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, em escru nio secreto.

§ 5º Se o veto não for man do, será o texto enviado ao Prefeito para promulgação.

§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na Ordem do Dia da
reunião imediata, sobrestadas as demais posições até sua votação final, ressalvadas as matérias referidas
no art. 36, § 1º.

§ 7º Se a Lei não promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos termos dos §§ 3º e 5º, o
Presidente da Câmara o promulgará e, se não o fizer, caberá ao Vice-Prefeito fazê-lo, obrigatoriamente.

Art. 38 A matéria constante de projeto de Lei rejeitado somente poderá cons tuir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legisla va, mediante proposta da maioria da Câmara.

As Leis Delegadas serão elaboradas pelo Prefeito que deverá solicitar delegação à Câmara
Art. 39
Municipal.

§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Câmara Municipal, a matéria
reservada à Lei Complementar, nem a legislação sobre os planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e o
orçamento anual.

§ 2º A delegação ao Prefeito terá a forma de resolução da Câmara Municipal que especificará o conteúdo
e os termos de seu exercício.

§ 3º A discussão e a votação do projeto se farão pela Câmara Municipal, em sessão única, vedada
qualquer emenda.

SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E DAS RESOLUÇÕES

Art. 40 Terão forma de Decreto Legisla vo ou de Resolução, as deliberações da Câmara, tomadas em


Plenário, em turno único, e que independem de sanção do Prefeito Municipal.

§ 1º Des nam-se os Decretos Legisla vos a regular as matérias que tenham efeito externo, tais como:

1) concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo e/ou do Estado e/ou do País, nestes casos
quando for período igual ou superior a quinze dias;

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2) aprovação ou rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas do Município;
3) fixação dos subsídios e verba de representação dos Agentes Polí cos do Município;
4) representação à Assembléia Legisla va sobre a mudança dos limites territoriais ou de nome da sede do
Município e dos Distritos;
5) mudança de local de funcionamento da Câmara;
6) cassação do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e dos Vereadores, na forma prevista na legislação
federal;
7) aprovação de convênios, ajustes ou consórcios firmados pelo Município;
8) concessão de honrarias.

§ 2º Des nam-se as Resoluções a regular matérias de caráter polí co ou administra vo, de sua economia
ou administração interna, tais como:

1) concessão de licença a Vereador para desempenhar missão temporária de caráter cultural, de interesse
da edilidade ou de interesse do Município;
2) criação de comissões temporárias ou de inquérito;
3) seu regimento interno;
4) qualquer matéria de natureza regimental;
5) todo e qualquer assunto de sua economia interna de caráter geral ou norma vo que não
compreendido nos limites dos atos administra vos.

SEÇÃO VI
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 41 A fiscalização contábil, financeira e orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das


en dades da Administração direta e indireta, quanto à legalidade, legi midade, economicidade, aplicação
das convenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo,
e pelo controle interno de cada Poder.

Parágrafo Único - Prestará contas qualquer pessoa sica e/ou jurídica de direito privado ou en dade
pública ou privada que u lize, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens, valores públicos ou pelos
quais o Município responda, ou que, em seu nome, assuma obrigações da natureza pecuniária.

O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Art. 42
Contas do Estado ao qual compete, no que couber, o estatuído, no art. 58 da Cons tuição do Estado, e a
emissão de parecer prévio sobre as contas que o Município prestará anualmente, esta até o dia 31 de
março.

§ 1º O parecer prévio do Tribunal de Contas, emi do sobre as contas de que fala este ar go, só deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º As contas do Município farão, anualmente, de 31 de março a 5 de abril, à disposição de qualquer


contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá ques onar-lhes a legi midade, na forma da Lei.

§ 3º Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas, este será encaminhado à Comissão Permanente do
Poder Legisla vo incumbida do exame de matéria orçamentária-financeira, que, sobre ele, dará parecer
em quinze dias.

Art. 43 A Comissão de que fala o § 3º do art.42, diante de indícios de despesa não autorizados, ainda que

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sob a forma de inves mentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar da
autoridade responsável, que no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao


Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo, no prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo, o Tribunal, irregular a despesa, a Comissão se entender que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Câmara a sua sustação.

Art. 44 Os Poderes Legisla vo e Execu vo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:

I - Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo
e dos orçamentos do Município.

II - Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária,


financeira e patrimonial nos órgãos e en dades da administração municipal bem como de aplicação de
recursos municipais por en dades de direito privado.

III - Exercer o controle das operações de crédito, avais e garan as, bem como dos direitos e haveres do
Município.

IV - Apoiar o controle externo no exercício de sua missão ins tucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou


ilegalidade, dela darão ciência à Comissão Permanente de que fala o § 3º, do art.42, sob pena de
responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, Par do Polí co, Associação ou Sindicato é parte legí ma para, na forma da Lei,
denunciar irregularidades perante à Comissão Permanente de que fala o § 3º, do art.42.

§ 3º A Comissão Permanente, tomando conhecimento da denúncia de que fala o parágrafo anterior,


solicitará à autoridade responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários,
agindo na forma do § 1º, do ar go anterior.

§ 4º Entendendo, o Tribunal de contas, pela irregularidade e ilegalidade, a Comissão proporá, à Câmara


Municipal, as medidas que julgar convenientes à situação.

Capítulo IV
DO PODER EXECUTIVO

Art. 45 O Poder Execu vo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado por Secretários Municipais.

Art. 46A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, dar-se-á mediante pleito
direto e simultâneo, realizado em todo o país, até noventa dias antes do término do mandato dos que
devem suceder.

§ 1º A eleição do Prefeito importará na do Vice com ele registrado.

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§ 2º Será considerado eleito Prefeito o que conseguir a maioria dos votos, segundo o que dispõe a
legislação federal per nente.

Art. 47 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em sessão solene da Câmara Municipal, no dia 1º de
Janeiro do ano subseqüente ao da eleição, às 10:00 horas, prestando o seguinte compromisso:

"POR MINHA HONRA E PELA PÁTRIA, PROMETO SOLENEMENTE, MANTER, DEFENDER, CUMPRIR E FAZER
CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SANTA CATARINA E A LEI
ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, OBSERVAR AS LEIS E PROMOVER O BEM GERAL DO MUNICÍPIO".

Parágrafo Único - Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito e/ou o Vice-Prefeito, salvo
mo vo de força maior aceito pela Câmara Municipal, não ver assumido o cargo, este será declarado
vago.

Subs tuirá o Prefeito, no caso e impedimento e suceder-lhe-á, no caso de vaga, o Vice-Prefeito, e


Art. 48
no impedimento deste ou vacância do cargo, será chamado ao exercício do cargo o Presidente da Câmara
Municipal.

Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
Art. 49
úl ma vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos úl mos dois anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será feita
trinta dias depois de aberta a úl ma vaga, pela Câmara Municipal, na forma da Lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos antecessores.

O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão ausentar-se do Município por período superior a quinze
Art. 50
dias, sem autorização da Câmara Municipal, sob pena de perda do mandato.

Parágrafo Único - O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão residir, obrigatoriamente, no Município.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 51 Ao Prefeito Municipal, entre outras atribuições, compete:

I - nomear e exonerar Secretários Municipais.

II - nomear e exonerar o Intendente Distrital.

III - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da administração municipal.

IV - iniciar o processo legisla vo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

V - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como, expedir decretos, portarias e regulamentos
para sua fiel execução.

VI - vetar, total ou parcialmente, projetos de Lei.

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VII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da Lei.

VIII - conceder, permi r ou autorizar o uso de bens municipais, por terceiros, após receber a autorização
da Câmara Municipal necessária, quando for o caso.

IX - comparecer à Câmara Municipal, por ocasião da abertura da sessão legisla va, prestando-lhe conta
do exercício anterior e cien ficando sobre o plano de governo para o exercício corrente.

X - nomear, exonerar e demi r servidores, segundo a Lei.

XI - enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o projeto de diretrizes orçamentárias e as propostas do


orçamento prevista nesta lei Orgânica e em Lei Complementar ou específica sobre a matéria econômica
financeira.

XII - prestar, anualmente, à Câmara Municipal, no mês de março, as contas referentes ao exercício
anterior;

XIII - prover e desprover os cargos públicos municipais na forma da Lei, expedindo e publicando os atos
referentes à situação funcional;

XIV - SUPRIMIDO.(Suprimido pela Emenda nº 001/90, de 29 de novembro de 1990)

XV - editar medidas provisórias com força de Lei;

XVI - representar o Município, em juízo e fora dele, podendo, através de legislação especial, transferir ou
se fazer representar por intermédio do Procurador Geral do Município;

XVII - decretar desapropriação e ins tuir servidões administra vas;

XVIII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado e Câmara Municipal, até o dia 31 de março de cada
ano, a prestação de contas do Município, bem como os Balanços de Encerramento do exercício findo;

XIX - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas exigidas na
forma da Lei;

XX - publicar todos os atos oficiais;

XXI - prestar à Câmara, dentro de trinta dias, as informações requeridas na forma regimental;

XXII - superintender a arrecadação dos tributos e preços, bem como a guarda e aplicação da receita,
autorizando os pagamentos de conformidade com as disponibilidades orçamentárias ou dos créditos
votados e aprovados pela Câmara;

XXIII - aplicar multas previstas em Lei e contratos, bem como, relevá-las quando impostas irregularmente
ou que represente elevado interesse público;

XXIV - resolver, deferindo ou indeferindo, os requerimentos, reclamações ou representações que lhe


forem dirigidos, num prazo máximo de trinta dias;

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XXV - oficializar, obedecidas as normas urbanís cas aplicáveis, os logradouros e vias públicas;

XXVI - dar denominação a próprios públicos, logradouros e vias públicas;

XXVII - aprovar projetos de edificação, planos de loteamentos, arruamentos, desmembramentos e


parcelamentos do solo urbano, além de desdobros de lotes;

XXVIII - convocar e presidir o Conselho do Município;

XXIX - decretar o estado de emergência quando for necessário, preservar ou prontamente restabelecer,
em locais determinados e restritos do Município de Siderópolis, a ordem pública ou a paz social;

XXX - elaborar o Plano Diretor;

XXXI - conferir condecorações e dis nções honoríficas;

XXXII - editar medidas provisórias, nos termos e na hipótese prevista no § 3º do art.167 da Cons tuição
Federal;

XXXIII - solicitar o auxílio da Polícia do Estado para garan r o cumprimento dos atos do Poder Execu vo,
bem como, fazer uso da Guarda Municipal no que couber;

XXXIV - exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica, na Cons tuição do Estado de Santa
Catarina e na Cons tuição da República, e inerentes ao cargo.

Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos Secretários Municipais e Intendente Distrital
funções administra vas que não sejam de competência exclusiva do Execu vo Municipal.

SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Os crimes que o Prefeito pra car, no exercício do mandato ou em decorrência dele, por infrações
Art. 52
penais comuns ou por crime de responsabilidade, serão julgadas perante o Tribunal de Jus ça do Estado.

§ 1º A Câmara Municipal tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa configurar como
crime de responsabilidade, nomeará comissão especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias,
deverão ser apreciados pelo Plenário.

§ 2º Se o Plenário entender procedentes as acusações, determinará o envio do apurado à Procuradoria


Geral da Jus ça do Estado para as providências; se não, determinará o seu arquivamento, publicando as
conclusões de ambas as decisões.

Art. 53 O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa crime pelo Tribunal de Jus ça do
Estado;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração de processo pelo Tribunal de Jus ça.

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§ 1º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não es ver concluído, cessará o
afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 2º Enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns, o Prefeito não estará sujeito a
prisão.

§ 3º O Prefeito, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.

SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS E INTENDENTES DISTRITAIS

Os Secretários e Intendentes Distritais, são auxiliares do Prefeito, escolhidos entre os brasileiros


Art. 54
maiores de vinte e um anos e no exercício de seus direitos polí cos.

§ 1º Compete aos Secretários Municipais, além de outras atribuições estabelecidas nesta Lei Orgânica e
na Lei Complementar que disporá sobre a criação, estruturação e atribuição de Secretarias Municipais:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e en dades da administração municipal na


área de sua competência e referendar:

a) as Leis;
b) os Decretos de sua área;
c) os demais atos rela vos à sua Secretaria;

II - expedir instruções para o cumprimento das Leis, decretos e regulamentos;

III - pra car os atos a nentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;

IV - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados na sua Secretaria;

§ 2º Competente ao Intendente distrital:

I - no que couber, as atribuições havidas aos Secretários Municipais;

II - representar, no território distrital, a administração municipal especialmente quando:

a) executar as Leis, posturas e atos de acordo com as instruções recebidas do prefeito Municipal;
b) arrecadar os tributos e rendas municipais;
c) administrar o serviço público, em toda a sua abrangência;
d) coordenar as a vidades locais executadas pelos diferentes órgãos da Municipalidade;

§ 3º A competência dos Secretários Municipais e dos Intendentes Distritais, abrangerá todo o território do
Município e do Distrito, respec vamente, nos assuntos per nentes às suas respec vas áreas de
Secretarias e Intendência.

Art. 55 Os Secretários Municipais e os Intendentes Distritais serão sempre nomeados para cargos em
comissão, farão declaração pública de bens no ato da posse e no término do exercício do cargo, e terão os
mesmos impedimentos dos Vereadores e do Prefeito, enquanto nele permanecerem.

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SEÇÃO V
DO CONSELHO DO MUNICÍPIO

Art. 56O Prefeito Municipal poderá convocar cidadãos ou representantes de en dades, associações,
sindicatos, par dos polí cos que formam a sociedade comunitária local para comporem o Conselho do
Município.

§ 1º O Conselho do Município será convocado pelo Prefeito Municipal sempre que entender necessário,
principalmente, quando houver sido decretado estado de emergência.

§ 2º Compete ao Conselho do Município pronunciar-se sobre questão de relevante interesse para o


Município.

§ 3º O Conselho do Município funcionará sem qualquer ônus aos cofres do Município, auxiliando a
administração na solução de problemas graves e naqueles que visam o desenvolvimento.

§ 4º O Prefeito poderá convocar Secretários Municipais e Intendente Distrital para par cipar da reunião
do Conselho, quando constar da pauta questão relacionada com as Secretarias ou Intendência.

SEÇÃO VI
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Art. 57 A Procuradoria Geral do Município, é a ins tuição que representa o Município, judicial ou
extrajudicialmente, cabendo-lhe, ainda, nos termos de Lei Especial, as a vidades de consultoria e
assessoramento do Poder Execu vo, e, priva vamente, a execução da dívida a va de natureza tributária.

Art. 58 A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, atendendo-se, com relação aos seus
integrantes, o disposto nos Arts. 37, inciso XII, ar go 39, § 1º e ar go 135 da Cons tuição Federal.

Parágrafo Único - O ingresso inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á mediante concurso
público de provas e tulos.

Art. 59 A Procuradoria do Município tem por chefe o Procurador Geral do Município, de livre designação
pelo Prefeito, dentre integrantes da carreira de Procurador Municipal, de reconhecido saber jurídico,
reputação ilibada e preferentemente com experiências em áreas diversas da Administração Pública, na
forma da legislação específica.

SEÇÃO VIII
DA GUARDA MUNICIPAL

A Guarda Municipal des na-se à proteção dos bens, serviços e instalações do Município e terá
Art. 60
organização, funcionamento e comando na forma de Lei Complementar.

Parágrafo Único - A inicia va dos projetos de Lei que criem, estruturem e fixem o efe vo da Guarda
Municipal é do Prefeito Municipal.

Capítulo V
DA ORGANIZAÇÃO DO GOVERNO MUNICIPAL

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SEÇÃO I
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

O Município deverá organizar a sua administração, exercer sua a vidades e promover sua polí ca
Art. 61
de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento permanente, atendendo aos
obje vos e diretrizes estabelecidas no Plano Diretor e mediante adequado Sistema de Planejamento.

§ 1º O Plano Diretor é o instrumento orientador e básico dos processos de transformação do espaço


urbano e sua estrutura territorial, servindo de referência para todos os agentes públicos e privados que
atuam no Município.

§ 2º Sistema de planejamento é o conjunto de órgãos, recursos humanos e técnicos voltados à


coordenação da meta planejada pela Administração Municipal.

§ 3º Será assegurada, pela par cipação, em órgão componente do sistema de Planejamento, a


coordenação de associações representa vas, legalmente organizadas, mediante a indicação de um
membro por associação, com o Planejamento Municipal.

Art. 62 A delimitação da zona urbana será definida por Lei, observado o estabelecido no Plano Diretor.

SEÇÃO II
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Art. 63 A Administração Municipal compreende:

I - ADMINISTRAÇÃO DIRETA: Secretarias, Intendências ou órgãos equiparados;

II - ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ou FUNDACIONAL: En dades dotadas de personalidade jurídica própria.

Parágrafo Único - As en dades compreendidas na Administração Indireta serão criadas por Lei Específica
e vinculadas às Secretarias ou órgãos equiparados, em cuja área de competência es ver enquadrada sua
principal a vidade.

Art. 64A Administração Municipal, Direta ou Indireta, obedecerá, dentre outros princípios de direito
público, os da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

Art. 65 A publicação das Leis, Decretos e demais Atos oficiais municipais, será feita pela imprensa oficial
do Município e, na ausência desta, em órgão da imprensa microrregional, em circulação diária no
Município, além de sua afixação no mural da municipalidade.

§ 1º A publicação dos atos não norma vos poderá ser feita de forma resumida.

§ 2º Os atos de efeito externo só produzirão efeito após a sua publicação.

Capítulo VI
DA ATRIBUIÇÃO E DO ORÇAMENTO

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SEÇÃO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

SUBSEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 66Nenhuma operação de crédito, interna ou externa, poderá ser contratada pela administração
direta e/ou indireta, inclusive fundações man das pelo Município, sem prévia autorização da Câmara
Municipal.

§ 1º A lei que autorizar operação de crédito cuja liquidação ocorra em exercício financeiro subseqüente
deverá fixar, desde logo, as dotações que hajam de ser incluídas nos orçamentos anuais, para os
respec vos serviços de juros, amor zações e resgate, durante o prazo para sua liquidação.

§ 2º Na administração da dívida pública, o Município observará a competência do Senado Federal para:

I - autorizar operações externas de natureza financeira;

II - fixar limites globais para o montante da dívida consolidada.

As disponibilidades financeiras de todos os órgãos e en dades da administração direta e indireta


Art. 67
municipal, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo Município, serão, obrigatoriamente,
depositadas em ins tuições financeiras cujo controle seja, direta ou indiretamente, de do pela União
e/ou o Estado, assim como, somente através delas, poderão ser aplicadas.

Parágrafo Único - A lei poderá, quando assim o recomendar o interesse público, excepcionar depósitos e
aplicações da obrigatoriedade de que trata este ar go.

As dívidas de responsabilidades dos órgãos e en dades da administração direta e indireta e das


Art. 68
fundações ins tuídas e man das pelo Município, serão, independentemente de sua natureza, quando
inadimplidas, monetariamente atualizadas, a par r do dia do vencimento e até o da sua liquidação,
segundo os mesmos critérios para atualização de obrigações tributárias.

SUBSEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Art. 69 O Município poderá ins tuir os seguintes tributos:

I - IMPOSTOS - sobre propriedade Predial e Territorial;

II - IMPOSTO sobre a Transmissão "INTERVIVOS", a qualquer tulo por ato oneroso;

a) de bens imóveis por natureza ou acessão sica;


b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garan a;
c) cessão de direitos à aquisição de imóvel;

III - IMPOSTO sobre "VENDAS A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS", exceto óleo diesel;

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IV - IMPOSTO sobre "SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA", não incluídos na competência estadual,


compreendida no

Art. 155 , inciso I, alínea "b", do mesmo ar go da Cons tuição Federal, definidos em Lei Complementar;

V - TAXAS em razão do exercício do Poder de Polícia ou pela u lização efe va ou potencial de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ou postos à sua disposição;

VI - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA decorrente de obra pública;

VII - CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DE SISTEMA DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES


MUNICIPAIS:

a) a cobrança desta contribuição será efetuada dos servidores municipais, para custeio, em bene cio
destes, de sistema de previdência e assistência social;
b) o exercício da faculdade de que trata este item implica na obrigação do Município concorrer com a
mesma importância, para o mesmo fim.

§ 1º A função social dos tributos cons tui princípio a ser observado na legislação que sobre ele dispuser.

§ 2º Salvo reconhecida impossibilidade, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade contribu va do contribuinte, sendo facultado a administração tributária, especificamente
para conferir efe vidade a esses obje vos, iden ficar, respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei específica, o patrimônio, os rendimentos e as a vidades econômicas do contribuinte.

§ 3º As Taxas não poderão ser cobradas por valor superior ao custo dos seus fatos geradores, assim como
também não poderão ter base de cálculo própria de impostos lançados pela mesma ou por outra pessoa
de direito público.

§ 4º O imposto previsto no Inciso II, não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao
patrimônio de pessoas jurídicas em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou ex nção de pessoa jurídica, salvo se nesses casos, a
a vidade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens
imóveis ou arrendamento mercan l; incidindo sobre imóveis situados na zona territorial do Município.

§ 5º O lançamento da contribuição de melhoria observará, além de outras definidas em Lei, as seguintes


condições:

I - terá como limite a despesa havida com a realização da obra pública que cons tuir fato gerador e, como
limite individual, a valorização que da obra resultar para cada imóvel por ele beneficiado;

II - não alcançará o proprietário de um único imóvel ocupado para sua própria residência, desde que o
enriquecimento por ele ganho seja igual ou inferior a um décimo do valor venal do imóvel valorizado,
apurado antes da ocorrência de tal evento.

§ 6º A legislação municipal sobre matéria tributária, obedecidos os preceitos aqui estatuídos, respeitará
as disposições da Lei Complementar Federal:

I - sobre conflitos de competência;

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II - regulamentação às limitações cons tucionais do poder de tributar;

III - as normas gerais sobre:

a) definição de tributos e sua espécie, bem como fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes de
impostos;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência de tributos;
c) adequado tratamento tributário ao ato coopera vo pelas sociedades coopera vas.

Art. 70 Mediante convênio celebrado com a União e o Estado, o Município poderá delegar àqueles,
atribuições fazendárias e de coordenação ou unificação dos serviços de fiscalização e arrecadação de
tributos, vedada, contudo, a delegação de competência legisla va.

SUBSEÇÃO III
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 71 Sem prejuízos de outras garan as, asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município:

I - exigir ou aumentar tributos sem que a Lei o estabeleça;

II - ins tuir tratamento desigual de contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer dis nção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente
de denominação jurídica dos rendimentos, tulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os houver ins tuído ou
aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicado a Lei que os ins tuiu ou aumentou;

IV - u lizar tributos com efeitos de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos intermunicipais, ressalvada
a cobrança de pedágio pela u lização de vias conservadas pelo Município;

VI - ins tuir imposto sobre:

a) patrimônio, renda ou serviço da União ou do Estado;


b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviço de par dos polí cos, inclusive suas fundações, das en dades judiciais dos
trabalhadores, as ins tuições de educação e de assistência social sem fins lucra vos atendidos os
requisitos da Lei;
d) livros, jornais e periódicos;

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou des no.

§ 1º A vedação do inciso VI, alínea "a", é extensiva às autarquias e às fundações ins tuídas e man das

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pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados à sua finalidade
essencial ou às dela decorrentes.

§ 2º As vedações do inciso VI, alínea "a", e a do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda
e aos serviços relacionados com exploração de a vidades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados ou que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonere o promitente comprador da obrigação de pagar imposto rela vo ao bem imóvel.

§ 3º As vedações do inciso VI, alínea "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços
relacionados com as finalidades essenciais das en dades nelas relacionadas.

§ 4º A Lei determinará mediadas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que
incidam sobre mercadorias e serviços.

§ 5º Qualquer anis a ou remissão que envolva matéria tributária só poderá ser concedida através de lei
municipal específica.

SUBSEÇÃO IV
DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS

Art. 72 Pertence ao Município:

I - o produto da arrecadação do IMPOSTO DA UNIÃO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER


NATUREZA incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer tulo, por eles, suas autarquias e
pelas fundações que ins tuir ou man ver;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União, sobre a propriedade territorial
rural rela vamente aos imóveis situados no Município;

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de
veículos automotores licenciados em seu território;

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do estado sobre operações rela vas à
Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação.

Parágrafo Único - O Município acompanhará o cálculo das quotas e a liberação de sua par cipação nas
receitas tributárias a serem repar das pela União e pelo Estado, na forma da Lei Complementar Federal e
Estadual.

Art. 73 O Município divulgará, até o úl mo dia do mês subseqüente ao da arrecadação, o montante de


cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos, discriminados por Distritos.

SEÇÃO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

SUBSEÇÃO I
DOS ORÇAMENTOS

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Art. 74 Leis de inicia va do Poder Execu vo estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º A Lei que ins tuir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada por distritos, bairros, vilas e
regiões, as diretrizes, obje vos e metas da administração pública municipal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes, bem como as rela vas ao programa de duração con nuada.

§ 2º A Lei de diretrizes compreenderá as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de


capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a orientação da Lei orçamentária anual e
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a polí ca de fomento.

§ 3º O Poder Execu vo publicará, até trinta dias após encerramento cada trimestre, relatórios resumidos
da execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais serão elaborados em


consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

§ 5º A Lei orçamentária anual compreenderá, o orçamento fiscal referente aos Poderes Execu vo e
Legisla vo, seus fundos, órgãos e en dades da administração direta e indireta, inclusive fundações
ins tuídas e man das pelo Poder Público Municipal.

§ 6º A Lei orçamentária anual não conterá disposi vo estranho à previsão da receita e a fixação da
despesa, não se incluindo, na proibição, a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operação de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da Lei.

§ 7º Obedecerão às disposições de Lei Complementar Federal específica a legislação municipal referente


a:

I - exercício financeiro;

II - vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias


anual;

III - normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como ins tuição de
fundos.

Art. 75 Os projetos de lei rela vos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e à proposta do
orçamento anual serão apreciados pela Câmara Municipal na forma de seu Regimento Interno,
respeitados os disposi vos desta Lei Orgânica.

§ 1º Caberá a uma Comissão Especialmente designada:

I - examinar e emi r parecer sobre os projetos e propostas referidas neste ar go e sobre as contas

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apresentadas anualmente pelo Prefeito;

II - examinar e emi r parecer sobre planos e programas municipais, distritais, bairros e vilas, regionais e
setoriais previstos nesta Lei Orgânica;

III - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.

§ 2º AS EMENDAS de Vereador e/ou de Comissões só serão apresentadas à Comissão, que sobre elas
emi rá parecer por escrito, e serão apreciadas pela Câmara Municipal.

§ 3º As Emendas ao projeto de lei de orçamento anual ou, de créditos adicionais somente poderão ser
aprovadas quando:

I - forem compa veis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indicarem os recursos necessários, admi dos apenas os provenientes de anulação de despesas,


excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida municipal;

III - es verem relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões;


b) com os disposi vos do texto da proposta ou do projeto de Lei.

§ 4º As Emendas ao projeto de Lei de diretrizes orçamentárias, somente poderão ser aprovadas quando
compa veis com o plano plurianual.

§ 5º O Poder Execu vo poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificações nos projetos a que
se refere este ar go enquanto não iniciada a votação, na Comissão Especial, da parte cuja alteração é
proposta;

§ 6º REVOGADO.(Revogado pela Emenda nº 02/2001, de 24 de abril de 2001)

§ 7º Aplicam-se aos projetos e propostas mencionadas neste ar go, no que contrariar os disposi vos
desta subseção, as demais normas rela vas ao processo legisla vo.

§ 8º Os recursos que em decorrência de veto, emenda ou rejeição da proposta de orçamento anual,


ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser u lizados, conforme o caso, mediante créditos
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legisla va.

Art. 76 São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou


adicionais;

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III - a realização de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos especiais com a finalidade precisa, aprovadas pela Câmara Municipal, por maioria
absoluta;

IV - a vinculação de receitas de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalva a des nação de recursos
para a manutenção e desenvolvimento do ensino e prestação de garan as para as operações de crédito
por antecipação da receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legisla va e sem indicação dos
recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência dos recursos de uma categoria de programação


para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legisla va, por maioria absoluta dos
integrantes da Câmara Municipal;

VII - a concessão ou a u lização de crédito ilimitado;

VIII - a u lização, sem autorização legisla va específica, por maioria absoluta, de recursos do orçamento
anual para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresa, fundação ou fundo do Município;

IX - a ins tuição de fundos de qualquer natureza sem prévia autorização legisla va, votada pela maioria
absoluta de seus membros.

§ 1º Nenhum inves mento cuja a execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá ser iniciado sem
prévia inclusão no plano plurianual ou sem que a lei autorize a inclusão, sob pena de crime contra a
administração.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem


autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos úl mos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subseqüente.

§ 3º a abertura de crédito extraordinário somente será admi da para atender as despesas imprevisíveis e
urgentes, decorrentes de calamidade pública e urgentes, pelo Prefeito.

Art. 77Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, inclusive créditos suplementares e


especiais, des nados à Câmara Municipal, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, na forma da
Lei Complementar.

A despesa com pessoal a vo e ina vo do Município não poderá exceder os limites estabelecidos
Art. 78
em Lei Complementar Federal.

Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos


ou alteração de estrutura de carreira, bem como a administração de pessoal, a qualquer tulo, pelos
órgãos e en dades da administração direta e indireta, inclusive fundações ins tuídas e man das pelo
Poder Público Municipal, só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoa e
aos acréscimos delas decorrentes;

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II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e


as sociedades de economia mista.

Art. 79As alterações do orçamento da Câmara Municipal serão feitas através de Decreto Legisla vo
baixo pela Mesa, salvo quando resultarem na criação de itens orçamentários os quais dependerão de Lei
cujo projeto será de competência da Mesa.

Capítulo VII
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA E SOCIAL

Art. 80 O Município, na sua circunscrição territorial e dentro de sua competência cons tucional, assegura
a todos, dentro dos princípios da ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre inicia va, existência digna, observados os seguintes princípios:

I - autonomia municipal;

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente;

VII - redução das desigualdades regionais;

VIII - busca de pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as coopera vas e empresas brasileiras de pequeno porte e


microempresas.

§ 1º É assegurado a todos o livre exercício de qualquer a vidade econômica independentemente de


autorização dos órgãos públicos municipais, salvo nos casos previstos em Lei.

§ 2º Na aquisição de bens e serviços, o Município dará preferência, na forma da lei e conforme determina
as normas de licitações, às empresas brasileiras de capital nacional.

§ 3º A preferência primeira, na aquisição de bens e de serviços, o Município determinará que as mesmas


sejam efetuadas no comércio e na indústria e/ou empresa prestadora de serviço local, sendo somente
permi das aquisições fora do município quando não houver produto e/ou serviço igual ou similar.

§ 4º A exploração de a vidade econômica pelo Município, será permi da em caso de relevante interesse
público, na forma da Lei Complementar que, dentre outras, especificará as seguintes exigências para as

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empresas públicas e sociedade de economia mista ou en dade que criar e manter:

I - regime jurídico das empresas privadas inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias;

II - proibição de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado;

III - subordinação a uma Secretaria Municipal;

IV - adequação da a vidade ao plano diretor, ao plano plurianual e as diretrizes orçamentárias;

V - orçamento anual aprovado pela Câmara Municipal.

A prestação de serviços públicos pelo Município, diretamente ou sob regime de concessão ou


Art. 81
permissão, será regulada em Lei Complementar que assegurará:

I - a exigência de licitação, em todos os casos;

II - definição do caráter especial dos contratos de concessão ou permissão, casos de prorrogação,


condições de caducidade, forma de fiscalização e rescisão;

III - os direitos dos usuários;

IV - a polí ca tarifária;

V - a obrigação de manter serviço adequado.

O Município promoverá e incen vará o turismo como fator de desenvolvimento social


Art. 82
econômico.

Art. 83 Sem prejuízo, da legislação federal per nente, nenhuma indústria de extração de carvão mineral
ou qualquer outro minério ou, ainda, qualquer indústria que cause impacto ambiental, abrirá unidades
extra vas ou industriais no território municipal, sem submeter seus projetos ao exame e aprovação da
Câmara Municipal e posterior sanção do Execu vo Municipal.

Parágrafo Único - Do projeto deverão constar, obrigatoriamente, entre outros, os seguintes itens:

I - tratamento a ser dado aos fluentes líquidos e sólidos e demais resultantes da extração mineral;

II - a infra-estrutura que ficará à disposição dos empregados, no tocante ao social, a saber:

a) os meios de transporte;
b) refeitórios e sanitários, junto à indústria;
c) assistência médico-ambulatorial junto à industrial;
d) educação aos dependentes;
e) preservação aos nascentes e jusantes da fonte de água, riachos, córregos e rios, conforme legislação de
proteção ao meio ambiente;
f) recuperação de áreas que possam ser afetadas na instalação da indústria;
g) reflorestamento da área desmatada para a instalação da indústria.

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SEÇÃO II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 84A polí ca de desenvolvimento urbano, executada pelo Município, conforme diretrizes gerais
fixadas em Lei, atenderá ao pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e ao bem estar dos seus
habitantes.

No estabelecimento de normas e diretrizes rela vas ao desenvolvimento urbano, o Município


Art. 85
assegurará:

I - polí ca de uso e ocupação do solo que garanta:

a) controle de expansão urbana;


b) controle dos vazios urbanos;
c) proteção e recuperação ao ambiente cultural;
d) manutenção de caracterís ca do ambiente natural;

II - criação de áreas de especial interesse social, ambiental, turís co ou de u lização pública;

III - par cipação de en dades comunitárias na elaboração de planos, programas e projetos e no


encaminhamento de soluções para os problemas urbanos;

IV - eliminação de obstáculos arquitetônicos às pessoas portadoras de deficiência sica;

V - atendimento aos problemas decorrentes da áreas ocupadas por população de baixa renda.

Art. 86 O Poder Público Municipal poderá exigir nos termos da Cons tuição Federal e Legislação
acessória, o adequado aproveitamento do solo urbano não edificado, sub-u lizado ou não u lizado, sob
pena sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsória;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante tulos da dívida pública municipal, de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até cinco anos, em parcelas anuais e
sucessivas, assegurando o valor real da indenização e os juros legais.

§ 1º As terras públicas não u lizadas ou sub-u lizadas serão prioritariamente des nadas a assentamentos
urbanos a população de baixa renda, obedecidas as diretrizes fixadas no Plano Diretor.

§ 2º Nos assentamentos urbanos em terras públicas, a concessão de uso será concedida ao homem ou à
mulher ou a ambos, independentemente de seu estado civil.

§ 3º Não se incluem como área de terras de domínio público, as das como áreas verdes de loteamento,
inegociáveis pelo poder público e somente u lizáveis como área de lazer ou para equipamentos de que se
u lize toda a população daquele loteamento.

Art. 87 No processo de uso e ocupação de território municipal serão reconhecidos os caminhos e

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servidões como logradouros de uso da população, não importando, portanto, em transmissão de posse
ou propriedade para o município, nem gerando direito à indenização.

Art. 88 Plano Diretor é o instrumento básico na polí ca de desenvolvimento e de expansão urbana,


aprovado pela Câmara Municipal e expressará as exigências de ordenação do Município, explicitará os
critérios para que se cumpra a função social da propriedade urbana e deverá ser elaborado,
implementado e atualizado, sob a responsabilidade do Poder Público Municipal com a cooperação de
representantes de en dades da comunidade através do Conselho de Desenvolvimento a ser criado por Lei
Municipal após a vigência desta Lei Orgânica.

Art. 89 A expansão urbana, sem prejuízo de outros, obedecerá os seguintes critérios:

I - os loteamentos com área superior a dez hectares dependerão, para aprovação, do prévio diagnós co
de estudo do impacto ambiental e deverão preservar, no mínimo, quarenta por cento de área livre, sendo
vinte por cento de área verde e o restante para espaço livres de uso comum;

II - não poderão sofrer urbanização ou qualquer outro po de interferência que impliquem em alteração
de suas caracterís cas ambientais, por serem áreas de preservação permanente, de relevante interesse
ecológico, e de saúde pública e de segurança da população:

a) áreas que possuam caracterís cas naturais extraordinárias ou abrigarem exemplares de flora e da
fauna raros ou ameaçados de ex nção;
b) as faixas marginais ao longo dos cursos d`água.

III - A denominação das vias públicas, ruas, avenidas ou servidões,delimitadas pelas zonas urbanas, será
acolhida pelos moradores dos referidos logradouros, maiores de dezesseis anos, portadores de tulo de
eleitor, em documento encaminhado a Câmara dos Vereadores que transformará a solicitação em projeto
de lei e, após a aprovação será encaminhado ao Execu vo Municipal para sanção;

IV - Não poderá ser concedido nome de pessoa viva como denominação de via pública ou mesmo
qualquer po de próprio público.

Art. 90 Compete ao Município, por proposta do Poder Execu vo, a execução de um Plano Diretor de
Transportes Cole vos do Município e o gerenciamento do sistema, o qual deverá ser aprovado pela
Câmara Municipal.

§ 1º Fica assegurada às en dades representa vas da sociedade, a par cipação no plano e na fiscalização
da operação dos serviços de transportes cole vos, bem como o acesso às informações sobre o sistema de
transporte local.

§ 2º Fica assegurado aos usuários e acesso às informações sobre o sistema de transporte local.

Art. 91 Fica ins tuído o Conselho Municipal de Transporte Cole vo, que será regulamentado em lei
Complementar, de maneira a garan r a par cipação em sua composição das organizações e en dades
envolvidas com a questão.

SUB
SEÇÃO ÚNICA
DA POLÍTICA HABITACIONAL

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Art. 92 A Polí ca Habitacional, será tratada como parte da Polí ca de Desenvolvimento Urbano, deverá
estar compa bilizada com as diretrizes dos planos setorial e municipal, obje vando a solução do déficit
habitacional e dos problemas de sub-habitação, priorizando atendimento às famílias de baixa renda.

Art. 93 Incumbe ao Município a par cipação na execução de planos e programas de construção de


habitação e a garan a à moradia digna para todos.

Na elaboração dos respec vos orçamentos e do plano plurianual, o Município deverá prever as
Art. 94
dotações necessárias à efe vação da Polí ca Habitacional.

Art. 95 O Município apoiará e es mulará a pesquisa que vise a melhoria das condições habitacionais.

SEÇÃO III
DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Art. 96 O desenvolvimento rural do Município terá por base a preservação ambiental e a produção de
alimentos e demais produtos hor grangeiros des nados ao abastecimento do mercado interno e da
microrregião, visando a melhoria das condições da vida da população.

Art. 97 O Município assegurará a par cipação das en dades representa vas dos segmentos sociais
relacionados à produção, no processo de planejamento e desenvolvimento rural.

Lei especial criará o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, des nado a formalizar,
Art. 98
incen var e fiscalizar a execução da polí ca agrária e agrícola do Município.

§ 1º O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural elaborará o Plano de Desenvolvimento Rural


Plurianual.

§ 2º O Conselho de que trata o "caput" deste ar go, será formado por representantes do Município, das
en dades de trabalhadores, dos produtores, pela organização de sua coopera vas, sindicatos e por
representantes das en dades de profissionais ligados diretamente à população agropecuária.

Art. 99A ação dos órgãos oficiais direcionar-se-á, prioritariamente, aos proprietários de imóveis rurais
classificados como pequenos e médios agricultores, nos termos da legislação federal.

Art. 100 A Lei disporá sobre a execução dos órgãos agropecuários em a vidade no Município.

SEÇÃO IV
DA ORDEM SOCIAL

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 101 O Município adotará, em seu território, o primado do trabalho e assegurará os direitos sociais e
polí cos garan dos pela Cons tuição Federal, visando o estabelecimento de uma Ordem Social justa e
igualitária.

Art. 102 O Município, no âmbito de sua competência, combaterá as causas da pobreza e os fatores de

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marginalização, priorizando em sua polí ca, a integração e a par cipação social e econômica dos
segmentos marginalizados.

SUBSEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

A assistência social é um direito do cidadão e dever do Município, assegurada mediante polí cas
Art. 103
que visem garan r o acesso da população ao atendimento de suas necessidades sociais.

Art. 104 O Município, através de seu órgão de assistência social, par cipará concorrentemente com a
União e o Estado, das a vidades que tenham os seguintes obje vos:

I - proteção à família, à maternidade, à influência, à adolescência, à velhice e ao deficiente;

II - amparo à criança, ao adolescente e ao idoso carente;

III - promoção de integração ao mercado de trabalho;

IV - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e à promoção de sua integração à


vida comunitária;

V - atendimento gratuito, através de programas especiais, à mulher que trabalho em regime de economia
familiar e sem empregos permanentes para proteção à maternidade, na forma da Lei;

VI - atendimento e amparo ao migrante;

VII - combater o uso do tóxico e drogas em geral, assim como, incen var qualquer en dade que deseja
combatê-lo.

SUBSEÇÃO III
DA SAÚDE

Art. 105 A saúde é direito de todos e dever do Município, assegurada mediante polí cas sociais e
econômicas que visem a redução do risco de doenças e outros agravos e o acesso universal e igualitário às
ações para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 106 O direito à saúde implica os seguintes direitos fundamentais:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, transporte, lazer e educação;

II - proteção ao meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

III - garan a aos usuários no acesso ao conjunto das informações referentes às a vidades desenvolvidas
pelo sistema, assim como sobre os agravos cole vos ou individuais iden ficados;

IV - garan a à assistência integral à saúde;

V - proibição de cobrança ao usuário pela prestação de serviços e assistência à saúde pública ou


contratados;

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VI - opção quanto ao trabalho de prole.

Art. 107 As ações e serviços de saúde são de relevância pública, devendo a execução ser feita,
preferencialmente, através de serviços oficiais, suple vamente através de serviços de terceiros.

As ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e cons tuem o
Art. 108
Sistema de Saúde, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização polí ca, administra va e financeira com direção única no âmbito municipal;

II - atendimento integral com prioridade para as ações preven vas e cole vas, sem prejuízo das
assistências e individuais adequadas à realidade epidemiológica;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município às ações de serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação;

IV - par cipação da comunidade na gestação e formulação das polí cas de saúde.

Art. 109 Par cipação em nível de decisão de en dades representa vas de usuários e profissionais da
saúde na formulação, gestação e controle da polí ca municipal e das ações de saúde, através da
Cons tuição do Conselho Municipal de Saúde de caráter delibera vo e paritário.

Parágrafo Único - O Conselho Municipal de saúde tem o obje vo de formular e controlar a execução da
polí ca municipal de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, sendo composto por
representante do Execu vo e Legisla vo Municipal, representantes de en dades prestadoras de serviços
de saúde, en dade a fins, usuários e trabalhadores do Sistema Único de Saúde, devendo a Lei dispor
sobre sua organização e funcionamento.

Art. 110 O Sistema Único de Saúde será financiado com recursos da Seguridade Social, da União, do
Estado e do Município, além de outras fontes.

Parágrafo Único - Os recursos financeiros do Sistema Único de Saúde cons tuíram o Fundo Municipal de
Saúde, gerenciado pelo órgão próprio do Município.

Art. 111As ins tuições privadas poderão par cipar, de forma suplementar, do sistema Municipal de
Saúde, mediante contrato público ou convênio, tendo preferência as en dades filantrópicas e as sem fins
lucra vos.

As ins tuições privadas de saúde ficarão sob controle do setor público nas questões de controle
Art. 112
de qualidade e de informações de registros de atendimento, conforme os códigos sanitários (Nacional,
Estadual e Municipal e as normas do Sistema Único de Saúde).

A assistência à saúde é livre à inicia va privada, que também poderá par cipar do Sistema Único
Art. 113
de Saúde, de forma complementar nos termos da Cons tuição Federal.

Parágrafo Único - É vedada a des nação de recursos ou subvenções à ins tuições privadas com fins
lucra vos.

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Capítulo VIII
DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO

Art. 114A educação, direito de todos, dever do Município e da Família, será promovida e inspirada nos
ideais de igualdade, da liberdade, da solidariedade humana, do bem estar social e da democracia, visando
o pleno exercício da cidadania.

A organização da educação do Município atenderá à formação social, cultural, técnica e cien fica
Art. 115
da população.

Art. 116 O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de convenções pedagógicas e coexistência de ins tuições públicas e privadas de
ensino;

IV - gratuidade de ensino público nos estabelecimentos municipais;

V - gestão democrá ca do ensino público, adotado o sistema ele vo, mediante voto direto e secreto, para
escolha dos dirigentes dos estabelecimentos de ensino nos termos da Lei;

VI - garan a de padrão de qualidade.

Art. 117 É dever do Município o provimento de vagas nas escolas públicas, em número suficiente para
atender a demanda.

Art. 118 É dever do Município:

I - oferta de creches e pré-escola para crianças de zero a seis anos de idade;

II - ensino fundamental, da 1ª à 8ª séries, gratuito e obrigatório para todos na rede municipal;

III - auxiliar o ensino noturno regular, adequado às condições de convênio com o colégio;

IV - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência sica, bem como os que
revelarem vocação excepcional em qualquer ramo do conhecimento, na rede municipal;

V - garan a das condições para o funcionamento das escolas;

VI - implantação de programas suplementares de alimentação, assistência individual e cole va, material e


transporte;

VII - recenseamento período dos educandos, em conjunto com o Estado, promovendo sua chamada e
zelando pela freqüência à escola na forma da Lei;

VIII - garan a de profissionais na educação em número suficiente para atender à demanda escolar;

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IX - lutar a favor da erradicação do analfabe smo no Município, estabelecendo cursos e condições de


alfabe zação das pessoas em geral;

X - estabelecer e implantar a polí ca da educação para a proteção ao meio ambiente e combate a


poluição em geral;

XI - estabelecer e implantar a polí ca da educação para a segurança do trânsito;

XII - estabelecer e implantar nos programas das Escolas Municipais, aulas sobre o coopera vismo rural e a
produção agropecuária em geral;

XIII - implantação de programas suplementares que visem os ensinamentos da consciência sanitária


animal;

XIV - O orçamento municipal consignará, anualmente, dotação para a manutenção de ensino da


CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE CNEC, na forma de convênio;

O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos,
Art. 119
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e no desenvolvimento do sistema de
ensino no Município.

O Município des nará recursos, através de bolsas de estudo, auxílios, convênios e outros meios,
Art. 120
aos Sistema de Ensino existente no Município e para estudantes que frequentam ensino superior em
faculdades ou universidades pagas.

O Município prestará, anualmente, assistência financeira às fundações educacionais de ensino


Art. 121
superior que atenda estudantes do Município de Siderópolis.

§ 1º Não serão inferiores a dois por cento do mínimo cons tucional que o Município tem o dever de
aplicar na manutenção e no desenvolvimento do ensino.

§ 2º Serão repar dos entre as fundações, proporcionalmente ao número de alunos, de acordo com os
critérios fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 122 O ensino é livre à inicia va privada, atendidas as seguintes condições:

I - observância das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de sua qualidade pelo Poder Público;

III - avaliação da qualificação do corpo docente e técnicoadministra vo;

IV - condições sicas de funcionamento.

O Estatuto e os Planos de Carreira do magistério e pessoal técnico-administra vo da rede


Art. 123
Municipal de Ensino, serão elaborados através de lei ordinária, obedecidos os termos do art.206 da
Cons tuição Federal, assegurado:

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I - piso salarial único para todo o magistério, de acordo com o grau de formação;

II - condições de reciclagem e atualização permanentes, com direito regulamentado em Lei, afastamento


das a vidades docentes sem perda da remuneração;

III - progressão funcional na carreira, baseada na tulação independente do nível em que trabalha;

IV - concurso público de provas e tulos para ingresso na carreira;

V - ao Professor da Rede Par cular de Ensino que ingressar por concurso público da Rede Municipal, o
direito de computar o tempo adicional para tempo de serviço, licença-prêmio, aposentadoria e outras
vantagens inerentes à função, desde que comprovado nos termos da Lei;

VI - credenciamento de professora da educação religiosa escolar, feito pela autoridade religiosa


respec va, obedecidas, em tudo o mais, as disposições gerais do ensino no País e no Estado.

Art. 124O Conselho Municipal de Educação, incumbido de definir as polí cas municipais de Educação e
fiscalizar suas implementações, deverá ter garan do na sua composição a representa vidade de todas as
ins tuições e organizações envolvidas com o ensino no Município, serem regulamentadas em Lei
Complementar.

Art. 125 Na rede municipal de ensino o desenvolvimento do currículo escolar se fará tendo por base a
defesa do meio ambiente, a defesa civil, e a história do Município.

É vedado ao Município assumir a responsabilidade administra va financeira e educacional das


Art. 126
escolas da rede estadual de ensino.

SEÇÃO II
DA CULTURA

Art. 127 O Município deverá guiar-se pela concepção da cultura como a expressão de valores e símbolos
sociais, que perpassam as diferentes a vidades humanas, incluindo as expressões ar s cas como forma
de manifestação cultural do povo.

Art. 128 Ao Poder Público Municipal caberá elevar a cultura da sociedade, garan ndo a todos o pleno
exercício dos direitos culturais, especialmente:

I - liberdade na criação e expressão ar s ca;

II - livre acesso à educação ar s ca e desenvolvimento da cria vidade;

III - amplo acesso a todas as formas de expressão cultural, visando a ampliar a consciência crí ca do
cidadão, fortalecendo-o enquanto agente cultural transformador da sociedade;

IV - acesso às informações e memória cultural do povo.

Art. 129 Serão considerados patrimônio cultural do Município, passíveis de tombamento e proteção, as
obras, objetos, documentos, edificações e monumentos naturais que contenham memória cultural dos
diferentes segmentos culturais.

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Art. 130 O Município es mulará o desenvolvimento das ciências, letras e artes, subvencionando
pesquisas de relevante interesse e premiando obras e trabalhos apresentados em concursos promovidos
pelo Governo, em colaboração com as en dades representa vas do meio ar sitco-cultural.

Parágrafo Único - A Lei estabelecerá incen vos para a produção e o conhecimento de bens e valores
culturais, garan ndo as tradições e costumes das diferentes origens da população.

SEÇÃO III
DO DESPORTO

Art. 131 É dever do Município fomentar a prá ca despor va formal e não formal, como direito de todos,
observados:

I - autonomia das en dades despor vas quanto à sua organização e funcionamento;

II - a des nação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos
específicos, para o desporto de alto rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional;

IV - a proteção e o incen vo as manifestações espor vas de criação estadual e nacional;

V - a educação sica como disciplina de matrícula obrigatória;

VI - o fomento e o incen vo à pesquisa no campo da educação sica.

Art. 132 Dentro dos obje vos previstos no ar go anterior, o Município promoverá:

I - o desenvolvimento e o incen vo às compe ções despor vas locais, regionais, estaduais e nacionais;

II - a prá ca da a vidade despor va pelas comunidades, facilitando acesso às áreas públicas des nadas à
prá ca do desporto;

III - o desenvolvimento de prá cas despor vas voltadas à par cipação das pessoas portadoras de
deficiências.

Capítulo IX
DO MEIO AMBIENTE

Art. 133 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público
e à cole vidade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Fica ins tuído o CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, o qual será regulamentado por Lei
Art. 134
Complementar.

Art. 135 Incumbe ao Município, através de seus órgãos de administração direta e indireta e do Conselho
Municipal do Meio Ambiente o seguinte:

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I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas e, principalmente:

a) recuperar o meio ambiente, prioritariamente, nas áreas crí cas;


b) definir critérios para reflorestamento, com prioridade ao povoamento com espécies na vas;

II - proteger a flora e a fauna, reprimindo prá cas que coloquem em risco sua função ecológica, ameacem
ex nção de espécie ou submetam animais a tratamento cruel;

III - exigir, na forma da Lei, para instalação da obra ou a vidade potencialmente causadora de significa va
degradação ambiental, estudos prévios de impacto ambiental, cabendo:

a) ins tuir, sob a coordenação do órgão competente, equipe técnico-mul disciplinar para definição dos
critérios e prazos destes estudos com a par cipação de outras ins tuições oficiais na questão ambiental,
que o analisarão e aprovarão de forma integrada;
b) definir formas de par cipação das comunidades interessadas;
c) dar ampla publicidade, inclusive através de audiências públicas, de todas as fases do empreendimento
e dos estudos de impacto ambiental de interesse da cole vidade;

IV - realizar, periodicamente, auditorias nos sistemas de controle de poluição e prevenção de riscos de


acidentes das instalações e a vidades de significa vo potencial poluidor, incluindo avaliação detalhada
dos efeitos de sua operação sobre a qualidade sica, química e biológica dos recursos ambientais, sobre a
saúde de seus trabalhadores e da população afetada;

V - informar, sistema camente, a população, sobre os níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, a
situação dos riscos de acidentes e a presença de substâncias potencialmente danosas à saúde na água, no
ar, no solo e nos alimentos;

VI - promover medidas judiciais e administra vas, proporcionais aos danos causados ou ao valor de
mercado dos bens em questão, aos causadores de poluição ou de degradação ambiental, sem prejuízo
das inicia vas individuais ou cole vas populares;

VII - estabelecer polí ca fiscal visando a efe va prevenção de danos ambientais e o es mulo ao
desenvolvimento e implantação de tecnologias de controle e recuperação ambiental, vedada a concessão
de es mulos fiscais às instalações que desrespeitem as normas e padrões de preservação ambiental;

VIII - fomentar a produção industrial e agropecuária dentro dos padrões adequados de conservação
ambiental;

IX - proteger e recuperar os documentos e outros bens de valor histórico, ar s co e cultural, os


monumentos e paisagens naturais notáveis, bem como os sistemas arqueológicos;

X - proteger o "COSTÃO DA SERRA" e demais áreas definidas em Lei;

XI - promover a educação ambiental, formal e informal, a qual deverá dar atenção especial ao estudo dos
ecossistemas locais, seus aspectos faunís cos e florís cos;

XII - acompanhar e fiscalizar as concessões e direitos de pesquisa e exploração de recursos naturais


efetuados pela União ou pelo Estado no território do Município, especialmente os hídricos e minerais.

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Art. 136 Fica criado o FUNDO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL (FMPA), des nado a implantação
de programas e projetos de recuperação e educação ambiental, vedada sua u lização para o pagamento
de pessoal da administração pública direta e indireta, ou de despesa de custeio diversas de sua finalidade.

§ 1º Cons tuem-se recursos para o FUNDO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL (FMPA), aqueles
que forem determinados pela Lei Complementar.

§ 2º A administração do FUNDO MUNICIPAL DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL (FMPA), caberá ao Conselho


Municipal do Meio Ambiente.

Art. 137 O Poder Público aplicará, anualmente, nunca menos que três por cento de suas receitas
orçamentárias efe vas na manutenção e desenvolvimento das ações do meio ambiente.

O Município aplicará quinze por cento das receitas das a vidades de mineração do carvão ou de
Art. 138
a vidades que degradam o meio ambiente nas Comunidades de origem das mesmas.

Parágrafo Único - Os recursos só poderão ser u lizados na recuperação do meio ambiente e das vias
públicas também degradadas pelo transporte pesado e igualmente poluidor das empresas mineradoras.

Art. 139O Município criará a licença ambiental para analisar e decidir sobre as a vidades e obras que
significa vamente puderem afetar o meio ambiente e a saúde da população, podendo coexis r com as
licenças federal e estadual, prevalecendo a mais restri va.

Em caso de acidente que provocar a perda das águas subterrâneas e superficiais pela a vidade
Art. 140
mineradora ou industrial, fica o infrator obrigatoriamente responsável pela reposição de água nas
propriedades para uso domés co, irrigação agrícola e uso primário.

Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degrado, de
Art. 141
acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da Lei, além de:

I - adaptar-se ao disposto no ar go 83 desta Lei Orgânica;

II - submeter ao órgão competente do Município os prazos e etapas do projeto de recuperação ambiental


anteriormente à liberação da lavra;

III - depositar caução, na forma da Lei, que será liberada de acordo com o cumprimento do I e II.

Art. 142 As condutas e a vidades lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores às sanções penais e
administra vas, definidas em Lei.

A par cipação voluntária em programas e projetos de fiscalização ambiental será considerada


Art. 143
como relevante serviço prestado ao Município.

Capítulo X
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I
DOS ÓRGÃOS E ENTIDADES PÚBLICAS

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Art. 144 A Administração Pública do Município é integrada:

I - pelos órgãos despersonalizados da Administração Direta;

II - pelos órgãos despersonalizados da Administração Indireta, cons tuída por:

a) autarquias;
b) empresas públicas;
c) sociedade de empresa mista;
d) fundações públicas;

§ 1º Somente por Lei específica poderá ser criada autarquia, autorizada a cons tuição de empresa pública
e sociedade de economia mista e a ins tuição de fundação interna, bem como sua transformação ou
ex nção.

§ 2º Depende de autorização legisla va, em cada caso, a criação, transformação ou ex nção de


subsidiária de qualquer grau das en dades mencionadas no inciso II, assim como a par cipação de
qualquer delas em empresa privada.

§ 3º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadora de serviços públicos,


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado do direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

SEÇÃO II
DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os atos da Administração Pública obedecerão aos princípios da legalidade, impessoalidade,


Art. 145
moralidade e publicidade.

§ 1º Os atos administra vos serão públicos, salvo quando a Lei, no interesse da administração, impuser
sigilo.

§ 2º As Leis e os Atos administra vos externos alcançam a sua eficácia com a publicação no órgão oficial e
de comunicação do Município, conforme dispuser a Lei e de acordo com as disposições do Art. 66, § 1º e
§ 2º, desta Lei Orgânica.

A administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado, cer dão ou cópia auten cada, no
Art. 146
prazo máximo de trinta dias, de atos, contratos e convênios administra vos que não tenham sido
previamente declarados sigilosos, sob pena de responsabilização de autoridade ou de servidor que negar
ou retardar a expedição. No mesmo prazo deverá atender às requisições das autoridades judiciárias, se
outro não for o prazo fixado pelo juiz.

Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão


Art. 147
contratadas mediante prévio processo formal de licitação pública que assegure igualdade de condições a
todos os par cipantes, com cláusula estabeleçam obrigações de pagamento, man das as condições
efe vas da proposta, nos termos da Lei, o qual, somente permi rá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensável à garan a do cumprimento das obrigações.

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§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços de campanha dos órgãos e en dades públicas
deverão ter caráter educa vo, informa vo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos.

§ 2º As reclamações rela vas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em Lei.

§ 3º Os atos de improbidade administra va importarão a perda da função pública, a indisponibilidade dos


bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em Lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

As Leis, exceto as previstas no art.30 desta Lei Orgânica, serão numeradas pelo Poder Execu vo
Art. 148
em ordem crescente e sucessiva.

Art. 149 Os Decretos, os Decretos Legisla vos, Resoluções e portarias terão numeração própria, anual,
seguida da menção do ano e da data em que são baixadas.

O Poder Execu vo comunicar-se-á com o legisla vo através de mensagens que serão numeradas
Art. 150
anualmente em ordem crescente e assinada pelo Prefeito Municipal.

Art. 151 Os papéis da Administração Pública Municipal terão impressas as armas do Município e a
designação do respec vo poder, vedado o uso de logomarcas e outras citações que não as aqui
determinadas.

Parágrafo Único - O descumprimento dos disposi vos do "caput" deste ar go, implicará em crime de
responsabilidade punível nos termos da Lei.

SEÇÃO III
DOS CARGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS

Art. 152 Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em Lei e na forma dos incisos I, II, III, IV, V, VIII e IX, do ar go 37 da Cons tuição
Federal.

§ 1º A inves dura no cargo ou emprego público da administração direta ou indireta, sem limite de idade,
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e tulos, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão, declarado em Lei, de livre nomeação e exoneração.

§ 2º O prazo de validade do concurso público será de, até, dois anos, prorrogável uma vez por igual
período.

§ 3º Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e tulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira.

§ 4º Os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por servidores


ocupantes de cargos de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstas em Lei.

§ 5º A Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência
e definirá os critérios de sua admissão.

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§ 6º A Lei definirá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.

§ 7º A não observância do disposto nos §§ 1º e 2º, implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da Lei.

SEÇÃO IV
DA REMUNERAÇÃO

Art. 153Os vencimentos, salários e vantagens decorrentes do exercício de cargo, função ou emprego
público na administração direta, autárquica ou fundacional, serão fixadas por Lei.

§ 1º Aos servidores públicos designados para o exercício de cargos em comissão serão agregados a cada
no de efe vo e con nuo exercício, dez por cento dos vencimentos ou da gra ficação paga pelo exercício
do cargo, aos vencimentos ou salários de origem.

§ 2º A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem dis nção de índice, far-se-á sempre na
mesma data.

§ 3º Nenhum servidor público do Município perceberá, de vencimentos ou salário, importância igual a


percebida, em espécie, pelo Prefeito Municipal.

§ 4º É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, salários e gra ficações para efeito de


remuneração de pessoal do servidor público, ressalvo o disposto no § 1º deste ar go e no art. 39, § 1º da
Cons tuição Federal.

§ 5º Os vencimentos e os salários dos servidores públicos, são irredu veis e a remuneração observará o
que dispõem os §§ 1º e 3º e os arts. 150, II, 153, III, § 2º, inciso I da Cons tuição Federal.

§ 6º Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional serão assegurados, na


subs tuição, ou quando designados para responder expediente, a remuneração e vantagens do cargo do
tular.

§ 7º A cada triênio de efe vo exercício, o servidor público fará jus a uma gra ficação igual a cinco por
cento sobre seus vencimentos ou salários.

§ 8º Ao membro do magistério, a cada três anos de efe vo exercício, será acrescido o percentual de cinco
por cento sobre seus vencimentos.

§ 9º Os proventos dos aposentados no serviço público serão iguais aos dos a vos, recebendo, aqueles, os
mesmos aumentos e nas mesmas datas destes.

§ 10 O vencimento ou remuneração do aposentado será sempre equivalente a tantos quantos forem os


salários mínimos da época do seu aposento.

Art. 154 É proibida acumulação remunerada de cargos os de empregos públicos exceto quando houver
disponibilidade de horário nos casos:

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I - a de dois cargos de professor;

II - a de um cargo de professor com outro técnico com cien fico;

III - a de dois cargos privados de médico.

Parágrafo Único - A proibição de acumular cargos ou empregos estende-se as funções e abrangem


autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações man das pelo Poder Público.

SEÇÃO V
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

SUBSEÇÃO I
DO REGIME JURÍDICO E DOS PLANOS DE CARREIRA

Art. 155 O Município ins tuirá, por inicia va do Prefeito Municipal, para os servidores na administração
direta, do Poder Execu vo, das autarquias e das fundações públicas:

I - regime jurídico único;

II - planos de carreira voltados a profissionalização.

Parágrafo Único - A aplicação dos disposi vos deste ar go, para os servidores do Poder Legisla vo, será
baixada por Resolução, nos termos desta Lei Orgânica.

SUBSEÇÃO II
DOS DIREITOS ESPECÍFICOS

Art. 156 São direitos específicos todos servidores públicos além de outros estabelecidos em Lei:

I - vencimento ou salário não inferior ao piso de vencimentos do Município fixado em Lei, capaz de
atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhes
preservem o poder aquisi vo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

II - piso de vencimento ou de salário proporcional a extensão e complexidade do trabalho, assegurada aos


servidores ocupantes de cargos ou empregos de nível superior, remuneração não inferior ao salário
mínimo profissional estabelecido em Lei;

III - irredu bilidade real de vencimento e de salário, salvo o disposi vo em convenção ou acordo cole vo;

IV - garan a de vencimento ou de salário nunca inferior ao piso salarial, inclusive para os que percebem
remuneração variável;

V - décimo terceiro vencimento ou salário, com base na remuneração integral ou no valor da


aposentadoria;

VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

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VII - salário-família para os seus dependentes;

VIII - percepção dos vencimentos, salários ou proventos, até o décimo dia ú l do mês imediatamente
posterior ao trabalhado;

IX - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta horas semanais, facultada a
compensação de horário e a redução de jornada, mediante acordo ou convenção cole va de trabalho;

X - repouso semanal remunerado. Preferencialmente aos domingos;

XI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;

XII - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos, um terço a mais do que o vencimento ou salário
normal;

XIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego, do vencimento ou do salário, com duração de cento e
vinte dias;

XIV - é garan do ao servidor público o direito à livre associação sindical;

XV - o direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em Lei Complementar;

XVI - licença-paternidade, nos termos fixados em Lei;

XVII - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incen vos específicos, nos termos da Lei;

XVIII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XIX - adicional de remuneração para as a vidades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da Lei;

XX - proibição de diferença de salário e de critério de admissão por mo vo de sexo, idade, cor ou estado
civil;

XXI - vale transporte, conforme Lei Complementar;

XXII - manutenção de vantagem financeira, quando o tular do cargo ou emprego público, decorrente do
exercício de cargo de provimento em comissão, função de confiança ou mandato ele vo, exceto de
Prefeito e de Governador de Estado, devida pelo maior nível ocupado em período con nuo não inferior a
três anos, na forma da Lei.

SUBSEÇÃO III
DA ESTABILIDADE

Art. 157São estáveis, após dois anos de efe vo exercício, os servidores nomeados em virtude de
concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado
ou mediante processo administra vo, em que lhe seja assegurada ampla defesa.

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§ 2º Invalidada por sentença judicial, a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo
ou posta em disponibilidade.

§ 3º Ex nto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável inclusive o da administração


indireta, ficará em disponibilidade remunerada até seu enquadramento em outro cargo.

SUBSEÇÃO IV
DO EXERCÍCIO DO MANDATO ELETIVO

Art. 158Ao servidor público em exercício de mandato ele vo aplicam-se, no que couber, as disposições
do art. 38 da Cons tuição Federal.

Parágrafo Único - Aplica-se ao servidor eleito Vice-Prefeito e inves do em funções execu vas municipais,
o disposto neste ar go.

SUBSEÇÃO V
DA APOSENTADORIA

Ressalvados os casos especiais estabelecidos em Lei, a aposentadoria do servidor público dar-se-


Art. 159
á nos termos do art. 40 da Cons tuição Federal e conforme dispuser a legislação municipal.

Capítulo XI
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO E DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS

SEÇÃO I
DA FAMÍLIA

Art. 160 Elemento natural e fundamental da sociedade, a família goza de proteção do Município que, no
seu território, garante os direitos assegurados pela Cons tuição Federal e pela Cons tuição Estadual.

SEÇÃO II
DO IDOSO

Art. 161 Ao idoso o Município assegurará todos os direitos e garan as fundamentais da pessoa humana,
estabelecidos na Cons tuição Federal e na legislação federal complementar.

Parágrafo Único - A polí ca do idoso preconizará como diretriz básica que o amparo e assistência sejam
realizados no âmbito familiar.

Art. 162 Será garan da, através de lei específica, isenção de encargos tributários em favor das
ins tuições beneficentes declarada de u lidade pública estadual e municipal e com registro no Conselho
Regional do Idoso.

Art. 163 Na reversão e eliminação do quadro de marginalização social, o Município facilitará os


procedimentos fiscais, legais e burocrá cos, em favor do associa vismo de trabalho das pessoas idosas
que visem o aproveitamento de suas habilidades profissionais e complementação da renda para a sua
sobrevivência.

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Art. 164 Aos maiores de sessenta e cinco anos é garan da a gratuidade dos transportes cole vos
urbanos, mediante a apresentação de seu documento de iden dade.

Art. 165 O Município incen vará e es mulará a criação da casa de proteção e amparo ao idoso.

SEÇÃO III
DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Art. 166 O Município garan rá todos os direitos fundamentais a uma vida digna e humana ao
adolescente, nos termos da Cons tuição Federal e Leis Federais e da Cons tuição Estadual, prestando-
lhes ainda, proteção especial através de legislação ordinária.

O Município criará condições para a defesa da criança e do adolescente, visando o controle de


Art. 167
todas as ações a nentes a uma polí ca municipal de atendimento à criança e ao adolescente, conforme
estabelecerá legislação própria.

Art. 168O Município deverá, obrigatoriamente, prever dotações orçamentárias para atendimento de
crianças e adolescentes em situação de risco ou envolvidas em atos infracionários.

SEÇÃO IV
DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA

O Município garan rá a todos os direitos fundamentais a uma vida digna e humana à pessoa
Art. 169
portadora de deficiência nos termos da Cons tuição Federal e nas Leis Federais, bem como, no
relacionamento à família, da sociedade e do Município com pessoas portadoras de deficiências.

Art. 170O Município, na sua competência e na forma da Lei, promoverá a criação do Conselho de
Assistência e Proteção à Pessoa Portadora de Deficiência Física para fins de consulta, deliberação e
controle de todas as ações concernentes a polí ca do atendimento a esta faixa populacional.

Ao Portador de Deficiência Física será garan do o livre acesso a logradouros, edi cios públicos e
Art. 171
par culares de freqüência aberta à população e ao transporte cole vo, mediante a eliminação de
barreiras arquitetônico e ambientais, bem como ao lazer, que inclui a oferta de programas de esportes e
meios de acesso aos bens culturais em todas as suas manifestações.

TÍTULO II
ATO DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

O Prefeito Municipal e os membros da Câmara Municipal prestarão o compromisso de manter,


Art. 1º
defender e cumprir a Lei Orgânica do Município de Siderópolis no ato e na data de sua promulgação.

Art. 2º Os Servidores Públicos do Município, das administrações direta e indireta, inclusive os admi dos
em caráter temporário, em exercício na data da promulgação desta Lei Orgânica, que contarem, pelo
menos, cinco anos con nuos, são considerados estáveis no serviço público.

§ 1º O disposi vo neste ar go não se aplica aos ocupantes de cargos, funções ou empregos de confiança
ou em comissão, nem aos que a Lei declare de livre exoneração cujo tempo de serviço não será contado
para fins do "caput" deste ar go, exceto se tratar de servidor público.

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§ 2º O tempo de serviço destes servidores e dos ocupantes de cargo em comissão, será contado como
tulo quando se submeterem a concurso para fins de efe vação, na forma da Lei.

Até que seja editada a Lei Complementar, o Município deverá limitar seus dispêndios com pessoal
Art. 3º
a sessenta e cinco por cento das receitas correntes.

Art. 4º A Mesa da Câmara Municipal baixará, no prazo de sessenta dias, os atos necessários a:

I - adoção de regime único para os servidores;

II - realização de concurso público para regularização de servidores declarados estáveis ou ainda em


situação que requeira correção administra va ou funcional;

III - criação das, carreiras para os serviços de assessoramento jurídico e legisla vo aos Vereadores;

IV - criação do serviço de auditoria para controle interno e apoio técnico à Comissão Permanente da
Câmara Municipal;

V - reorganização dos serviços da Câmara Municipal e reclassificação de seu pessoal técnico e


administra vo de acordo com suas respec vas habilitações, para adequá-los às novas atribuições
decorrentes das Cons tuições Federal e do Estado e desta Lei Orgânica.

Art. 5º Até cento e vinte dias após a promulgação desta Lei Orgânica, o Prefeito Municipal encaminhará à
Câmara Municipal, para deliberação, projeto de lei ins tuindo regime jurídico único para os servidores do
Município.

Art. 6º SUPRIMIDO.

§ 1º SUPRIMIDO.

§ 2º SUPRIMIDO.(Art. e §§ suprimidos pela Emenda à Lei Orgânica nº 001/90, de 29 de novembro de


1990)

Art. 7º Ficam assegurados, aos concessionários e/ou permissionários de serviços públicos, concedidos ou
permi dos até a data de promulgação desta Lei Orgânica, os direitos às concessões e/ou permissões.

Parágrafo Único - As concessões e/ou permissões de que trata este Art. são intransferíveis e, no caso de
sua renúncia, serão levadas à licitação de que fala esta Lei Orgânica, pelo Poder Execu vo Municipal.

Art. 8º Os convênios celebrados até 05 de outubro de 1967, com a redação que lhe deu a Emenda
Cons tucional nº 01, de 17 de outubro de 1968, são considerados revogados:

I - após decorridos dois anos da data de promulgação da Cons tuição Federal, no rela vo a incen vo
fiscal de natureza setorial que se tem por confirmado durante todo o citado período;

II - após decorridos cento e vinte dias do mesmo termo inicial, no rela vo a outras matérias.

§ 1º Excluem-se da revogação as disposições conveniadas sob condição e com prazo certo. Neste caso

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16/10/2018 Lei Orgânica de Siderópolis - SC

serão man das os direitos que aquela data já veram sido adquiridos.

§ 2º O Poder Execu vo promoverá a reavaliação dos incen vos de que trata este ar go, propondo ao
Poder Legisla vo as medidas cabíveis, inclusive sua confirmação.

Art. 9º O disposto no art.66 entrará em vigor, paula namente, a par r da vigência desta Lei Orgânica e,
defini vamente, a par r de 1º de janeiro de 1991.

Enquanto não regulamentada a publicação dos atos oficiais, os mesmos deverão ser publicados
Art. 10
em jornal de circulação da microrregião e em circulação na cidade:

I - havendo mais de um jornal de circulação na cidade, será feita licitação entre os existentes.

Art. 11 Até que a legislação aplicável seja editada:

I - o projeto do plano plurianual será encaminhado à Câmara Municipal de Siderópolis pelo Poder
Execu vo Municipal até 31 de julho do primeiro ano do mandato;

II - A lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhada à Câmara Municipal de Siderópolis pelo Execu vo
Municipal até 20 de setembro de cada exercício;

III - A Lei Orçamentária Anual será encaminhada à Câmara Municipal de Siderópolis pelo Poder Execu vo
até 15 de novembro de cada exercício.

§ 1º A Câmara Municipal apreciará, votará e devolverá ao Execu vo Municipal os instrumentos de


planejamento referidos nos incisos deste ar go:

I - O Plano Plurianual, até 31 de agosto do primeiro ano de mandato;

II - A Lei de Diretrizes Orçamentária, até 20 de outubro de cada exercício;

III - A Lei Orçamentária Anual, até 15 de dezembro de cada exercício.

§ 2º Vencidos quaisquer dos prazos estabelecidos no § 1º deste ar go sem que tenha concluído a
votação, a Câmara passará a realizar sessões diárias até concluir a votação da matéria objeto da
discussão, sobrestando todas as outras matérias em tramitação.(Redação dada pela Emenda nº
001/2001, de 24/04/2001)

Art. 12 O Execu vo Municipal deverá encaminhar à Câmara Municipal, para apreciação e aprovação,
projeto de lei dispondo sobre o novo Código Tributário Municipal, o qual deverá entrar em vigência ainda
no corrente exercício.

Art. 13 O Poder Execu vo reavaliará todos os incen vos fiscais de natureza setorial ora me vigor,
propondo ao Poder Legisla vo as medidas cabíveis.

§ 1º Serão considerados revogados os incen vos concedidos e não confirmados por ato do Legisla vo.

§ 2º A revogação não prejudicará os direitos que já verem sido adquiridos àquela data, em relação a
incen vos concedidos sob condição a prazo.

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Art. 14 Os feriados municipais, de acordo com as tradições e os costumes do povo sideropolitano, serão
comemorados conforme as disposições da Lei Complementar.

Parágrafo Único - O feriado referente ao DIA DO MUNICÍPIO 19 DE DEZEMBRO, será transferido,


automa camente, para o dia 26 de dezembro de cada ano.

Art. 15 O Município providenciará consulta prévia, mediante plebiscito, em data a ser determinada por
Lei Complementar, visando consultar o povo se deseja con nuar com o nome de SIDERÓPOLIS ou trocar e
passar a usar um dos nomes conhecidos anteriormente: NOVA BELLUNO ou BELLUNO, nomes tradicionais
da data de sua fundação.

O Município criará, através de legislação complementar, o PROCOM PROGRAMA MUNICIPAL DE


Art. 16
DEFESA DO CONSUMIDOR, visando assegurar os direitos e interesses do consumidor, que será integrado a
o Sistema Estadual de Proteção ao Consumidor, mediante Convênio com o Estado.

O Poder Execu vo providenciará, no máximo em cento e oitenta dias após a promulgação desta
Art. 17
Lei Orgânica, a elaboração do projeto de Lei do Plano Diretor Urbano.

Art. 18 O Município repassará até o 25º dia do mês subseqüente os recursos financeiros des nados aos
órgãos conveniados e que dispõem de créditos a receber dos cofres municipais.

É garan da a par cipação popular, através de Emendas ou Sugestões, na elaboração das Leis
Art. 19
Complementares, de acordo com o processo de par cipação ocorrido durante a elaboração da Lei
Orgânica do Município.

É estabelecido o prazo máximo de seis meses a contar da promulgação da Lei Orgânica do


Art. 20
Município para que os Poderes Execu vo e Legisla vo iniciem, nas matérias de sua competência, o
processo legisla vo das leis previstas na Lei Orgânica, para que os projetos possam ser discu dos e
aprovados, no prazo também máximo de doze meses da referida promulgação.

Art. 21 Salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica e o Regimento Interno da Câmara Municipal
disciplinará as matérias que devam ser subme das a duas discussões e votações, as que sofrerão apenas
uma discussão e aquelas que serão votadas nas comissões.

Os agentes polí cos do Município, no exercício de seus mandatos e os funcionários públicos


Art. 22
municipais, quando acome dos e molés a que os inabilitem para o desempenho de suas funções, terão
as despesas de tratamento médico-hospitalar pagas pelo Município.

PROMULGADA EM 27 DE ABRIL DE 1990.

VEREADORES CONSTITUINTES:

Vereador LUCIO UBIALLI


Presidente da Mesa Específica

Vereador ADEMIR MOTA DA SILVA


Presidente da Câmara de Vereadores

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Vereador ANTONIO OSCAR ROBERGE


Relator Geral

Vereador CLESIO SALVARO


Relator Adjunto

Vereador VALMIR FRANCISCO COMIN


Presidente da Sistema zação

Vereador JOÃO ANTONIO ALESSIO

Vereador JONAS LAURENTINO DA SILVA

Vereador GILSON CONSONI

Vereador VITORIO GHELLERE

Vereador JOÃO BATISTA REUS VIEIRA


Suplente

Esse conteúdo não subs tui o publicado no Diário Oficial do Município.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/07/2014

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