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DIREITO PENAL
Ramo do ordenamento jurídico que trata do direito de punir do Estado.
Finalidade proteger os bens jurídicos relevantes para a sociedade.
Objetividade jurídica Objeto jurídico ex: vida
1- Norma Penal
a. Incriminadora (Tipo Penal)
b. Não incriminadora
i. Permissiva
ii. Explicativa
Preceito secundário – sanção
Art. 37 CP
Ultima ratio- Ultima forma de controle
10/08/2016
1- Fontes do Direito Penal
a. Material = Estado
i. Poder Executivo (pode criar medida provisória)
ii. Poder judiciário
iii. Poder Legislativo (pode criar normas do direito penal)
b. Formas
i. Imediato (leis)
ii. Mediatas
1. Princípios
2. Costumes
3. Jurisprudência
Taxatividade A lei penal, quando elaborada, deve ser suficientemente clara e precisa na
formação do conteúdo do tipo legal e no estabelecimento da sanção.
Auterioridade Penal Compõe os princípios da reserva legal, ou seja, nenhuma pena poderá
ser aplicada se não houver sanção pré-existente e correspondente ao fato.
PRINCIPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL O direito penal só pode ser usado em desfavor daquele
que tem comportamento inadequado, proibido.
Quanto ao resultado:
3. crime de mera conduta - se o crime exige produção de resultado, é material. se não exige, mas
tem consumação, é formal. se não exige nem resultado nem consumação imediata, é crime de
mera conduta.
2. próprio - só pode ser praticado por determinada categoria. VG: crimes contra a administração
pública, infanticídio.
3. de mão própria - só pode ser realizado por pessoa definida. VG: falso testemunho, falsa
perícia. Só a testemunha de determinado crime pode cometer; ou só o perito em tal ação pode
cometer.
1. Unissubsistente - não tem como fragmentar essa conduta; ela ocorre em um único momento.
Por exemplo: injúria (art 140);
OUTROS:
Crimes Unissubsistente: É o que se perfaz com um único ato, como a injúria verbal.
Crimes Plurissubsistente: É aquele que exige mais de um ato para sua realização. Ex:
Estelionato (art. 171).
29/08/2016
1- Extra atividade
a. Retroatividade
b. Ultratividade
31/08/2016
Ex: Uma mulher tenta contra a vida o feto durante a gestação é o crime de aborto, mesmo que
ela não consiga a criança nasça e morra posteriormente, porque o feto só adquire direitos
após o nascimento e o respiro da vida.
PRINCIPIO DA ESPECIALIDADE
PRINCIPIO DA SUBSIDIARIEDADE
PRINCIPIO DA CONSUNÇÃO (Quando o crime consumado absorve o crime tentado)
TEORIA GERAL DO DELITO
14/09/2016
Art. 18 CP
1- Dolo
a. Direto (queria praticar o ato)
b. Eventual- dolo indireto. (Previsibilidade + aceitação. O agente assume o risco
de produzir o resultado.
2- Culpa (inobservância de um dever objetivo de cuidado)
a. Consciente. Previsibilidade + não aceitação do resultado (excesso de
confiança)
b. Inconsciente
19/10/2016
A infração penal pode ser materializada em 2 formas: Tentado e consumado.
Homicídio: é consumado com a morte da vitima
Todo tipo penal tem 2 preceitos:
Preceito primário: descrição do comportamento proibido
Preceito secundário: pena ou sanção
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Crime consumado
Crime tentado
Distinção entreatos de preparação e execução
Tentativa perfeita e imperfeita
Tentativa branca
Desistência voluntaria e arrependimento eficaz
Crime impossível (tentativa indenea)
Inter criminis: caminho do crime
O inter criminiss a gente só avalia quando de trata de infração dolosa em geral quando
praticado por dolo direto, o crime culposo não obedece essa disciplina.
Cogitação: Imaginar, cogitar internamente. É a fase puramente mental, quando
idealiza o crime. Não é punível no Direito penal, ou seja, não constitui um fato punível.
Pode gerar uma dúvida de praticar ou não o crime.
Preparação: O agente cria meios de condições para a execução do próximo passo art.
150
Execução: Quando ele não consegue chegar a consumação dolo, início: teoria da
hostilidade do bem jurídico
Consumação: Quando alcança o resultado integraliza comportamento típico
Exaurimento: Ocorre depois da consumação existe em alguns crimes quando houver o
esgotamento potencial lesivo. Crime exaurido é aquele no qual o agente, após atingir o
resultado consumativo, continua a agredir o bem jurídico, procura dar-lhe uma nova
destinação ou tenta tirar novo proveito, fazendo com que sua conduta continue a
produzir efeitos no mundo concreto, mesmo após a realização integral do
tipo.Ex:Homicidio não ocorre exaurimento.
Quando se consuma a extorsão mediante sequestro? Ocorre no mesmo momento do
sequestro, quando a vítima sofre privação da liberdade por tempo relevante, quando a
privação da liberdade se estabiliza
O que é crime? fato tipo + anti jurídico + culpado
Como sei que um fato é típico? Conduta, resultado, nexo causal e tipicidade
Qual é a função do nexo causal no fato típico? Une a conduta do sujeito ao resultado
Crime de mera conduta não tem resultado.
O nexo causal se presta a que? Dizer que um determinado comportamento é fruto da conduta
daquele sujeito que está sendo avaliado se praticou ou não o crime.
Quando um crime é tentado? Quando iniciado a execução não se consuma por circunstancias
alheias, a vontade do agente.
O que é um crime consumado? É aquele o qual o agente integraliza o comportamento típico,
ou seja, faz tudo aquilo que está descrito na norma penal incriminadora.
Quando será uma tentativa? Quando iniciado a execução o crime não se consuma.
O que é o crime unissubsistente? É aquele crime de ato único. Não admitem tentativa.
O que é crime culposo? O agente não quer o resultado que ele acaba produzindo
O que é crime omissivo? É aquele que se caracteriza por uma obstenção, o agente deixa de
fazer algo que a lei manda. Não existe tentativa
O que é o crime preterdoloso? Dolo consequente de culpa inconsequente. caracteriza-se
quando o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado
danoso mais grave do que o pretendido, na forma culposa. Explicando: um sujeito pretendia
praticar um roubo, porém, por erro ao manusear a arma, acaba atirando e matando a vítima.
Nesse caso o agente agiu com a intenção de roubar (conduta dolosa) e por imprudência acaba
matando a vítima (conduta culposa), respondendo ele por ambos, desde que caracterize-se
pelos menos a culpa no resultado. Porém o latrocínio, que é o roubo seguido de morte, ou seja
o indivíduo mata para concretizar seu roubo, não é um crime preterdoloso, pois o delinquente
tinha a intenção, dolo, no roubo e no homicídio.EX: lesão corporal seguida de morte. Não
admite tentativa
Teoria da hostilidade do bem jurídico: início da execução, quando o ato põe em risco o bem
jurídico
O que pode ser o ato da execução de um crime? É aquele ato que cria um risco relevante de
lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal.
24/10/2016
Crime putativo. Delito inexistente, isto é, o indivíduo supõe ser uma conduta
delituosa, entretanto não há lei que a defina como infração penal. O crime
putativo por erro de direito exclui a criminalidade.
Crime impossível. é aquele ato que jamais poderia ser consumado em razão da
ineficácia absoluta do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto.
o Ineficácia absoluta. se traduz na impossibilidade do instrumento utilizado
consumar o delito de qualquer forma. São frequentemente citados como
exemplos deste tipo: usar um alfinete ou palito de dente para matar uma
pessoa adulta ou querer produzir lesões corporais mediante o mero arremesso
de um travesseiro de pluma. Dentro desta categoria está também a hipótese
chamada tentativa irreal ou supersticiosa, onde o sujeito deseja matar a vítima
através de ato de magia ou bruxaria.
o Impropriedade do objeto. ocorre quando a conduta do agente não é capaz
provocar qualquer resultado lesivo à vítima. Outro exemplo bastante utilizado
neste caso, é a ação destinada a matar um cadáver.
07/11/2016
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Superveniência de causa independente(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Relevância da omissão(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever
de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
- Teoria do “Sine qua non” (sem a qual não pode ser) é adotada pelo nosso CP
No direito penal brasileiro, conditio sine qua non é a condição sem a qual não existe o
crime. É visto no estudo do nexo de causalidade, sendo uma forma de resolvê-lo. Não
havendo o conditio sine qua non, não há nexo de causalidade, e nem há crime, como diz o
Art. 13 do CP: "o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido."
O que é causa? Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria
ocorrido
Ex: um personagem em quadrinhos está correndo atrás do outro quando um passa direto
na curva e cai no penhasco, só que fica pendurado na arvore, e o outro fica observando
sem fazer nada e o galho quebra e o outro cai e morre.
O cara que ficou contemplando pacificamente deu causa ao resultado? Não, mas se ele
pegasse uma serra e cortasse o galho deu causa ao resultado. Pode ser responsabilizado
por omissão de socorro.
Ex2: um cara ficou cogitando de matar seu vizinho, pega uma arma emprestada com um
amigo, vai para casa e espera a vítima sair do trabalho, saca a arma e da dois tiros. Qual o
resultado? Morte. O tiro é a causa do resultado? Sim, porque sem esse ato o resultado
não aconteceria da forma que aconteceu. pegar a arma emprestada com o amigo é causa
do resultado? Sim.
09/11/2016
CONCURSO DE PESSOAS
Implica na concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de um
ilícito penal.
Requisitos:
I- Pluralidade de agentes e condutas. A própria idéia de concurso é de pluralidade,
portanto impossível falar em concurso de pessoas sem que exista coletividade
(dois ou mais) de agentes e, conseqüentemente, de condutas.
II- Relevancia causal de conduta. Não basta a multiplicidade de agentes e
condutas para que se tenha configurado o concurso de pessoas; necessário se
faz que em meio a todas essas condutas seja possível vislumbrar nexo de
causalidade entre elas e o resultado ocorrido. Diz-se, nesse sentido, que a
conduta de cada autor ou partícipe deve concorrer objetivamente (ou seja, sob
o ponto de vista causal) para a produção do resultado. Ou, ainda, que cada
ação ou omissão humana (conduta) deve gozar de importância (relevância), à
luz do encadeamento causal de eventos, para a verificação daquele crime,
contribuindo objetivamente para tanto.
III- Liame subjetivo ( mesma coisa que vinculo subjetivo, tem consciência que está
cometendo crime). Necessário, também, que exista vínculo psicológico ou
normativo entre os diversos "atores criminosos", de maneira a fornecer uma
idéia de todo, isto é, de unidade na empreitada delitiva. Exige-se, por
conseguinte, que o sujeito manifeste, com a sua conduta, consciência e
vontade de atuar em obra delitiva comum.
IV- Identidade de infração penal. representa, na verdade, assim como o primeiro,
mera obviedade. Aliás, Damásio afirma tratar-se a "identidade de infração para
todos os participantes" não propriamente de um requisito, mas sim de
verdadeira "conseqüência jurídica diante das outras condições"
Especies
o Co-autoria. é a reunião de dois ou mais autores para a prática de um
mesmo crime. Exp.: Coautoria no crime de Peculato – dois funcionários
públicos praticam o crime.
o Participação: é quem ajuda. Por exemplo, quem, sabendo das intenções do
autor, o leva ao local onde a vitima para que ele possa matá-lo, ou quem ajuda
o autor a fugir.
Conceito de autor
I- Teoria restritiva. Para essa teoria é autor aquele que reúne caracteres ônticos e típicos
para sê-lo, ao passo que a cumplicidade e a instigação são formas de extensão da
punibilidade, de vez que, por não integrar a figura típica, constituiria comportamento
impunível.
II- Teoria extensiva. é autor todo aquele que contribui com alguma causa para o resultado.
Assim, instigador e cúmplice são igualmente autores, já que essa teoria não distingue a
importância da contribuição causal de cada um no evento.
III- Teoria do domínio final do fato. é o fato de que o autor domina a realização do fato
típico controlando a continuidade ou a paralisação da ação delituosa, enquanto que o
partícipe não dispõe de poderes sobre a continuidade ou paralisação da ação típica.
Formas de participação
I- Induzimento. é a pessoa que cria a ideia do crime no autor. Este executa a
Participação moral.
II- Instigação. é aquele que reforça a ideia do crime já existente no autor. Este
executa a Participação moral também.
III- Prestação de auxilio. ato de fornecer utensílios para o crime. Exp:. emprestar
a arma do crime, é chamado de Participação material.
Da punibilidade da participação:
I- Autoria mediata. quando o autor se utiliza de outra pessoa para praticar o delito.
II- Autoria Colateral. quando dois ou mais indivíduos, agindo isoladamente e por si próprios,
praticam condutas visando ao cometimento do mesmo crime e na mesma situação fática.
Difere a autoria colateral da coautoria, vez que nesta existe, entre os participantes da
empreitada criminosa, o liame subjetivo de cometer o crime em conjunto.
III- Desvio objetivo de conduta
IV- Circunstancias incomunicáveis