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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

FLÁVIO DANIEL COELHO SPÍNDOLA

POLÍMEROS

RECIFE
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2018

FLÁVIO DANIEL COELHO SPÍNDOLA

POLÍMEROS

Trabalho da disciplina de
Processamento de Materiais
requisito parcial à conclusão do
Curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Federal de
Pernambuco.

RECIFE
3

2018

SUMÁRIO

1. Introdução.......................... ................................................................. 4

2. Como são feitos os polímeros............................................................. 5

3. Tipos de polímeros.............................................................................. 6

3.1. Polímeros de Adição......................................................................6

3.2. Copolímeros..................................................................................11

3.3. Polímeros de Condensação..........................................................12

4. Processos de Polimerização...............................................................14

4.1. Polímeros Naturais........................................................................14

4.2. Polímeros de Adição......................................................................16

4.3. Polímeros de Condensação...........................................................16

5. Aplicações e Consequências................................................................18

5.1. Polímeros Condutores....................................................................18

5.2. Polímeros nos plásticos..................................................................21

5.3. Polímeros e a medicina..................................................................21

5.4. O PVC e o ambiente......................................................................22

6. Conclusão.............................................................................................26

1. Introdução
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Os polímeros são materiais orgânicos ou inorgânicos, naturais ou


sintéticos, de alto peso molecular, cuja estrutura molecular consiste na
repetição de pequenas unidades, chamadas meros. (Sua composição é
baseada em um conjunto de cadeias poliméricas; cada cadeia polimérica é
uma macromolécula constituída por união de moléculas simples ligadas por
covalência.)

Devido ao seu tamanho avantajado, a molécula de um polímero é


chamada macromolécula. A reação que produz o polímero é denominada
reação de polimerização. A molécula inicial (monômero) vai, sucessivamente,
se unindo a outras, dando o dímero, trímero, tetrâmero... até chegar ao
polímero.

Os Polímeros têm diversas aplicações desde a Medicina aos Plásticos. A


maioria dos objetos que nós utilizamos tem polímeros na sua constituição.
Como exemplo: plástico, borracha, etc.

No entanto, os polímeros também causam bastantes problemas ao


ambiente, pois são bastante poluidores. Por isso, temos que pensar em reciclá-
los, reutilizá-los, mas principalmente em reduzi-los tentando poupar o ambiente
ao máximo.

2. Como são feitos os polímeros


5

Toda a matéria é constituída por pequenas unidades a que chamamos


moléculas. Os polímeros são grandes moléculas.

A razão pela qual são tão grandes é porque são formadas por moléculas
menores e que estão todas ligadas como blocos numa construção de LEGO. A
palavra “poli” em “polímero” significa “muito”. Estas moléculas menores, que
formam o polímero, são chamadas monômeros. A palavra “mono” em
“monômero” significa “um”. A figura ao lado é o monômero que forma um
polímero.

Apesar de não podermos ver as moléculas de polímero individualmente,


podemos ver os polímeros, porque eles são constituídos por bilhões ou trilhões
destas moléculas juntas. Elas formam aquilo que são os materiais nossos
conhecidos, de que falamos no começo, como os plásticos e a borracha.

De fato, os polímeros são um dos materiais mais usados no nosso dia a dia.
Para qualquer lado que nos viremos encontramos um exemplo de um polímero.
E ouvimos chamar-lhes muitos nomes geralmente começados por “POLI”-.

Exemplos de polímeros são: o polietileno, dos sacos de plástico das compras e


dos brinquedos; o policarbonato, dos CD´s; o poliestireno, dos copos que
mantém as bebidas frias ou quentes; o polipropileno, das películas para
embrulhar os alimentos e dos cordéis, o Teflon, dos revestimentos
antiaderentes das frigideiras; o poliester, das roupas; o nylon, das roupas, das
cordas e dos tapetes; o spandex, dos fatos de banho e o Kevlar, das canoas e
dos coletes à prova de bala.

3. Tipos de polímeros
6

Os polímeros podem também ser classificados pelo tipo de reação que lhe deu
origem. Vamos tratar essa classificação separadamente e com mais detalhes,
por ser a mais importante delas.

3.1) Polímeros de Adição:

Esse tipo de polímero é formado pela adição de moléculas de um só


monômero.

a) Polímeros vinílicos - Quando o monômero inicial tem o esqueleto C=C,


que lembra o radical vinila.

Polietileno: É obtido a partir do etileno (eteno). Possui alta resistência à


umidade e ao ataque químico, mas tem baixa resistência mecânica. O
polietileno é um dos polímeros mais usados pela indústria, sendo muito
empregado na fabricação de folhas (toalhas, cortinas, envólucros, embalagens
etc), recipientes (sacos, garrafas, baldes etc), canos plásticos, brinquedos
infantis, no isolamento de fios elétricos etc.

Figura 1: Molécula do etileno e polietileno

Figura 2: Filme de polietileno


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Polipropileno: É obtido a partir do propileno (propeno), sendo mais duro e


resistente ao calor, quando comparado com o polietileno. É muito usado na
fabricação de artigos moldados e fibras.

Figura 3: Molécula do propileno e polipropileno

Figura 4: Aplicação de polipropileno

Poliisobuteno: É obtido a partir do isobuteno (isobutileno). Constitui um tipo de


borracha sintética denominada borracha butílica, muito usada na fabricação de
"câmaras de ar" para pneus.
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Figura 5: Aplicação de Poliisobuteno

Poliestireno: É obtido a partir do estireno (vinil-benzeno). Esse polímero


também se presta muito bem à fabricação de artigos moldados como pratos,
copos, xícaras etc. É bastante transparente, bom isolante elétrico e resistente a
ataques químicos, embora amoleça pela ação de hidrocarbonetos. Com a
injeção de gases no sistema, a quente, durante a produção do polímero, ele se
expande e dá origem ao isopor.

Figura 6: Molécula de Estireno e Poliestireno

Figura 7: Aplicação de Poliestireno


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Cloreto de Polivinila (PVC): É obtido a partir do cloreto de vinila. O PVC é duro


e tem boa resistência térmica e elétrica. Com ele são fabricadas caixas, telhas
etc. Com plastificantes, o PVC torna-se mais mole, prestando-se então para a
fabricação de tubos flexíveis, luvas, sapatos, "couro-plástico" (usado no
revestimento de estofados, automóveis etc), fitas de vedação etc.

Acetato de Polivinila (PVA): É obtido a partir do acetato de vinila. É muito usado


na produção de tintas à base de água (tintas vinílicas), de adesivos e de
gomas de mascar.

Politetrafluoretileno ou Teflon: É obtido a partir do tetrafluoretileno. É o plástico


que melhor resiste ao calor e à corrosão por agentes químicos; por isso,
apesar de ser caro, ele é muito utilizado em encanamentos, válvulas, registros,
panelas domésticas, próteses, isolamentos elétricos, antenas parabólicas,
revestimentos para equipamentos químicos etc. A pressão necessária para
produzir o teflon é de cerca de 50 000 atmosferas.

b) Polímeros acrílicos - Quando o monômero inicial tem o esqueleto do


ácido acrílico: H2C=C(CH3)-COOCH3.

Polimetacrilato: É obtido a partir do metacrilato de metila (metil-acrilato de


metila). Este plástico é muito resistente e possui ótimas qualidades óticas, e
por isso é muito usado como "vidro plástico", conhecido como plexiglas ou
lucite. É muito empregado na fabricação de lentes para óculos infantis, frente
às telas dos televisores, em parabrisas de aviões, nos "vidros-bolhas" de
automóveis etc. Normalmente o plexiglas é transparente, mas pode ser
colorido pela adição de outras substâncias.
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Poliacrilonitrila: É obtido a partir da nitrila do ácido acrílico (acrilonitrila). É


usado essencialmente como fibra têxtil - sua fiação com algodão, lã ou seda
produz vários tecidos conhecidos comercialmente como orlon, acrilan e dralon,
respectivamente, muito empregados especialmente para roupas de inverno.

c) Polímeros diênicos - Quando o monômero inicial tem o esqueleto


de um dieno conjugado, C=C-C=C. Esses polímeros constituem as
borrachas sintéticas.

Polibutadieno ou Buna: É obtido a partir do 1,3-butadieno (eritreno), por


adições 1,4. Este polímero constitui uma borracha sintética não totalmente
satisfatória, e por esse motivo o 1,3-butadieno costuma ser copolimerizado
com outras substâncias, como veremos mais adiante.

Poliisopreno: É obtido a partir do metil-butadieno-1,3 (isopreno). Este polímero


possui a mesma fórmula da borracha natural (látex) e é muito empregado na
fabricação de carcaças de pneus.

Policloropreno ou Neopreno: É obtido a partir do 2-cloro-butadieno-1,3


(cloropreno). O neopreno é uma borracha sintética de ótima qualidade: resiste
muito bem a tensões mecânicas, aos agentes atmosféricos e aos solventes
orgânicos. É também empregado na fabricação de juntas, tubos flexíveis e no
revestimento de materiais elétricos.

3.2) Copolímeros:

Esses polímeros são formados a partir de dois ou mais monômeros


diferentes.
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Saran: É obtido a partir do cloroetano (cloreto de vinila) e do 1,1-dicloroeteno.


É um polímero muito resistente aos agentes atmosféricos e aos solventes
orgânicos, sendo empregado na fabricação de tubos plásticos para estofados
de automóveis, folhas para envólucros de alimentos etc.

Buna-S, Borracha GRS ou Borracha SBR: É obtido a partir do estireno e do


1,3-butadieno, tendo o sódio metálico como catalisador. Essa borracha é muito
resistente ao atrito, e por isso é muito usada nas "bandas de rodagem" dos
pneus.

Figura 8: Reação de formação do Buna-S

Buna-N ou Perbunam: É obtido a partir da acrilonitrila e do 1,3-butadieno. É


uma borracha muito resistente aos óleos minerais, e por isso é muito
empregada na fabricação de tubos para conduzir óleos lubrificantes em
máquinas, automóveis etc.

Figura 9: Reação de formação do Buna-N


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Poliuretana: É obtido a partir do diisocianato de parafenileno e do etilenoglicol


(1,2-etanodiol). Possui rersistência à abrasão e ao calor, sendo utilizado em
isolamentos revestimento interno de roupas, aglutinantes de combustível de
foguetes e em pranchas de surfe. Quando expandido a quente por meio de
injeção de gases, forma uma espuma cuja dureza pode ser controlada
conforme o uso que se quiser dar a ela. Veja o mecanismo da síntese da
poliuretana e como efetuar essa reação em laboratório.

3.3) Polímeros de Condensação:

Esses polímeros são formados a partir de monômeros iguais ou


diferentes, havendo eliminação de moléculas simples (H 2O, NH3 etc).

Polifenol ou Baquelite: É obtido pela condensação do fenol com o formaldeído


(metanal). No primeiro estágio da reação, forma-se um polímero
predominantemente linear, de massa molecular relativamente baixa, conhecido
como novolae. Ele é usado na fabricação de tintas, vernizes e colas para
madeira. A reação, no entanto, pode prosseguir, dando origem à baquelite, que
é um polímero tridimensional. A baquelite é o mais antigo polímero de uso
industrial (1909) e se presta muito bem à fabricação de objetos moldados, tais
como cabos de panelas, tomadas, plugues etc.

Polímero uréia-formaldeído: É um polímero tridimensional obtido a partir da


uréia e do formaldeído. Quando puro é transparente, e foi por isso usado como
o primeiro tipo de vidro plástico. No entanto, ele acaba se tornando opaco e
rachando com o tempo. Este defeito pode ser evitado pela adição de celulose,
mas ele perde sua transparência, sendo então utilizado na fabricação de
objetos translúcidos. Esse polímero é também usado em vernizes e resinas, na
impregnação de papéis. As resinas fenol-formaldeído e uréia-formaldeído são
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usadas na fabricação da fórmica.

Polímero melamina-fomaldeído ou Melmae: É de estrutura semelhante à


anterior, porém, trocando-se a uréia pela melamina (veja a estrutura abaixo).
Foi muito utilizada na fabricação dos discos musicais antigos.

Poliésteres: Resultam da condensação de poliácidos (ou também seus


anidridos e ésteres) com poliálcoois. Um dos poliésteres mais simples e mais
importantes é obtido pela reação do éster metílico do ácido tereftálico com
etileno-glicol. É usado como fibra têxtil e recebe os nomes de terilene ou
dacron. Em mistura com outras fibras (algodão, lã, seda etc) constitui o tergal.

Outro poliéster importante é o gliptal, obtido pela reação entre o anidrido


ftálico e a glicerina e muito usado na fabricação de tintas secativas ou não. Os
poliésteres também são utilizados na fabricação de linhas de pesca, massas
para reparos, laminados, filmes etc.

Poliamidas ou Nylons: Estes polímeros são obtidos pela polimerização de


diaminas com ácidos dicarboxílicos. Os nylons são plásticos duros e têm
grande resistência mecânica. São moldados em forma de engrenagens e
outras peças de máquinas, em forma de fios e também se prestam à
fabricação de cordas, tecidos, garrafas, linhas de pesca etc. O mais comum é o
nylon-66, resultante da reação entre a hexametilenodiamina (1,6-diamino-
hexano) com o ácido adípico (ácido hexanodióico).
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Outros importantes são o nylon-6 ou perlon, obtido por aquecimento da


caprolactama, e o nylon-10, obtido pela condensação de um aminoácido, o
ácido 11-amino undecanóico.

4. Processos de polimerização

4.1. Polímeros Naturais

Os polímeros naturais são: a borracha; os polissacarídeos, como celulose,


amido e glicogênio; e as proteínas.

A borracha natural é um polímero de adição, ao passo que os polissacarídeos e


as proteínas são polímeros de condensação, obtidos, respectivamente, a partir
de monossacarídeos e aminoácidos.

A borracha natural é obtida da seringueira através de incisão feita em seu


caule, obtendo-se um líquido branco de aspecto leitoso, conhecido atualmente
por látex.

As cadeias que constituem a borracha natural apresentam um arranjo


desordenado e, quando submetidas a uma tensão, podem ser espichadas,
formando estruturas com comprimento maior que o original.

Vulcanização

O látex obtido da seringueira é precipitado, dando origem a uma massa viscosa


que é a borracha natural. Essa borracha é prensada com o auxílio de cilindros,
originando lâminas moles de pequena resistência e elasticidade. A utilização
desse tipo de borracha é limitada, pois ela se torna quebradiça em dias frios e
extremamente gosmenta em dias quentes.
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Em 1839, Charles Goodyear descobriu que o aquecimento dessa massa


viscosa com enxofre produzia um material bastante elástico, que praticamente
não se alterava com pequenas variações de temperatura. A esse processo foi
dado nome de vulcanização (Vulcano = Deus do fogo).

Na vulcanização, as moléculas de enxofre são rompidas, interagindo com as


duplas ligações das cadeias que compõem a borracha.

O enxofre tem a propriedade de unir as várias cadeias que compõem o


polímero, através das chamadas pontes de enxofre, diminuindo o número de
insaturações. As pontes de enxofre também têm a propriedade de alinhar as
cadeias de tal maneira que, quando o material é tencionado, ele não se
deforma. Esquematicamente, temos:

Se a tensão for muito grande, poderá provocar a ruptura das cadeias. mesmo
se tratando de borrachas vulcanizadas.

Aproximadamente 70% de toda borracha vulcanizada é utilizada para a


produção de pneus, devido ao fato de ela ser elástica, praticamente
indeformável e mais resistente às variações de temperatura e ao atrito. Os
pneus de automóveis e caminhões são uma mistura de borrachas natural e
sintética vulcanizadas, enquanto os pneus de aviões são constituídos de
borracha natural vulcanizada.

A vulcanização da borracha é feita pela adição de 3% a 8% de enxofre à


borracha. Aumentando a percentagem de enxofre, ocorrerá um aumento do
número de pontes de enxofre, diminuindo a sua elasticidade. Quando essa
percentagem atinge valores próximos a 30%, obtém-se uma borracha
denominada ebonite, que é rígida e apresenta grande resistência mecânica,
sendo empregada como isolante eléctrico e na produção de vários objectos,
como pentes. vasos etc.
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4.2. Polímeros de Adição

Os polímeros de adição obtêm-se a partir


de monômeros que contêm uma ou várias
duplas ligações.

O resultado da polimerização de uma só


classe de monômeros é um homopolímero.
Se polimerizam juntos dois monômeros
distintos obtém-se um copolímero.

O cloreto de vinilo utiliza-se para obter o


policloreto de vinilo, que é um dos polímeros de adição de maior consumo. O
metacrilato de metilo polimeriza-se originando um polímero com excelentes
propriedades ópticas, que se utiliza para fabricar lâminas transparentes e
lentes de contacto. Para obter as lâminas de plexiglass controla-se a
polimerização até que tenha a consistência de um xarope e verte-se a massa
num molde ou entre duas lâminas de vidro verticais.

O estireno ou vinilbenzeno copolimeriza-se com o butadieno para se obter a


borracha sintética. O copolímero obtido consome-se em grandes quantidades
na fabricação de pneus.

O acrilonitrilo polimeriza-se em soluções aquosas. O homopolímero obtido


pode-se utilizar como fio nas fibras na fabricação de tecidos.

4.3. Polímeros de Condensação

Entre os polímeros de condensação destacam-se as poliamidas, como o


nylon. A etapa que controla a polimerização é a eliminação de água entre um
ácido e uma amina para formar uma ligação amídica. Para preparar o nylon 6,6
aquece-se a 270ºC uma mistura de ácido adípico e hexametilenodiamina sob
uma pressão de 10 atm. A operação prossegue com o aquecimento, a pressão
reduzida, para eliminar os últimos resíduos de água e por último extrai-se o
polímero fundido e esfria-se.
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De modo análogo obtêm-se os poliésteres, condensando um ácido com um


éster ou também mediante reações de transesterificação. Na fabricação desta
classe de polímeros empregam-se frequentemente o ácido terftálico e os seus
ésteres, que se fazem reagir com etilenoglicol eliminando-se um álcool de
baixo peso molecular. Inicialmente produz-se um monómero que contém duas
unidades de etilenoglicol, o qual por aquecimento a 280ºC, perde etilenoglicol e
leva o éster final a polimerizar-se. O polímero obtido utiliza-se como fio na
indústria têxtil como Dacron ou Terylene.

Outros polímeros de condensação importantes são os poliuretanos,


empregados para fabricar espumas de almofadas e almofadões. O grupo
uretano obtém-se por reação de um isocianato com um álcool. As espumas de
poliuretano formam-se a partir de um polímero inicial com grupos hidroxilo
terminais aos quais se acrescenta diisocianato para formar as uniões
poliuretano. Durante a reação efetua-se uma adição controlada e água para
produzir dióxido de carbono que atua como agente espumante.

5. Aplicações/consequências

5.1 Polímeros Condutores


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Polímeros condutores são materiais orgânicos do tipo plásticos, geralmente


derivados do petróleo, que conduzem eletricidade. Estes materiais são tão
importantes que garantiram aos principais pesquisadores da área o Prêmio
Nobel da Química de 2000. Sabe-se que os plásticos e os polímeros orgânicos,
em geral, são isolantes elétricos. Mas os polímeros condutores são diferentes.
Uma corrente elétrica é um fluxo de elétrons, isto é, pequenas partículas
subatômicas carregadas, deslocando-se dentro de um material. Estes elétrons
que se podem deslocar são pertencentes às camadas mais externas de cada
átomo, e por isso são os elétrons envolvidos nas ligações entre os átomos. O
tipo de ligação química determina a disponibilidade de deslocamento destes
elétrons. A ligação metálica permite o fácil deslocamento deles e os metais são
usados como condutores elétricos há mais de um século. As ligações
covalentes que ocorrem nos polímeros são feitas através de pares de elétrons
localizados entre os dois átomos e com barreiras de energia potencial que
impedem o seu deslocamento pelo material. Há, entretanto, várias exceções. O
grafite, por exemplo, é um material composto apenas por átomos de carbono
ligados entre si por ligações covalentes simples e duplas, alternadas. Um
átomo pode desfazer a ligação dupla com um vizinho e refazê-la com outro.
Assim, ele recolhe o elétron que era compartilhado com um vizinho e
compartilha-o com outro. Ou seja, a carga elétrica desloca-se dentro do
material. A grafite é um condutor elétrico, mas tem o inconveniente de ser frágil
e quebradiça. A indústria deseja condutores de baixo custo, não poluentes, de
baixa densidade, que possam ser moldados em vários formatos ou obtidos na
forma de fios e principalmente com alta condutividade elétrica. Os polímeros
condutores apresentam sequências de átomos de carbono ligados a átomos de
hidrogênio e também entre si por ligações simples e duplas.

Figura 10: Ligações simples e duplas entre átomos de carbono e hidrogênio.


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As ligações duplas implicam que cada átomo de carbono tenha um orbital não
híbrido do tipo p. Estas orbitais formam a segunda ligação da dupla, que pode
ser feita com um ou outro vizinho. O elétron deste orbital pode então deslocar-
se ao longo da sequência de átomos de carbono, isto é, ao longo da molécula,
colaborando para a corrente elétrica. Vários destes polímeros já estão a ser
usados. Um dos mais famosos é a polianilina (fig.2), derivada da mesma
substância usada como corante em

Figura 11:Molécula de polianilina

doces. Ela pode ser usada em cabos coaxiais, em baterias recarregáveis, na


forma de lâminas (filmes) finas e em telas de televisores e de monitores de
computador.

Outro polímero condutor eficiente é o polipirrol que contém átomos de


nitrogénio contribuindo para a condutividade. Ele é usado em "janelas
inteligentes" pois, sob luz de sol forte, pode passar de amarelo-esverdeado
transparente para azul escuro opaco. O polipirrol (fig.3) não reflecte
microondas e por isso é usado em roupas de camuflagem para evitar a
detecção por radares.
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Figura 12: Molécula de polipirrol.

Filmes finos de poli-p-fenilenovinileno (PPV), (fig.4) emitem luz quando


expostos de um campo eléctrico. Variando a composição do polímero, as
emissões de luz ocorrem em várias cores.

Figura 13: Molécula de PPV.

Provavelmente no futuro, o jornal do dia não será mais um pacote de papel,


mas um filme de polianilina enrolado como um canudinho, que será ativado por
um microprocessador, para ser lido e recarregado com as notícias do dia
seguinte, evitando o lixo e o corte de árvores usadas na produção da celulose.

5.2. Polímeros nos plásticos


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Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos na área de embalagens


plásticas levaram ao aparecimento de polímeros barreira, plásticos resistentes
a altas temperaturas e novos processos de conversão e transformação, o que
resultou em embalagens plásticas com excelente desempenho e baixo custo.
Ao mesmo tempo, os consumidores têm buscado melhor qualidade, maior
frescor, mais segurança e conveniência dos alimentos acondicionados. A
indústria de alimentos e aquelas ligadas ao sector de embalagens não podem
ficar alheias a essas inovações tecnológicas e às preferências dos
consumidores.

5.3. Polímeros e o ambiente

O plástico é responsável por grandes volumes de lixo de degradação lenta


mas, ao substituir materiais de origem vegetal, reduz a destruição de florestas
e , por ser leve, o seu transporte economiza combustível, A sua combustão
gera mais energia do que a do carvão, embora cause poluição. A reciclagem
avança, mas tem custo elevado, devido à tributação, entre outros motivos.

Até a década de 60, a indústria de plásticos era associada apenas com


problemas ambientais relacionados ao processo de produção, que em princípio
podem ser controlados com manutenção eficiente e tecnologias adequadas.
Entretanto, o grande crescimento do consumo de plásticos, acelerado pelo seu
crescente uso em produtos de curta duração, acabou por transformar os
próprios produtos plásticos num problema ambiental, ao gerar enormes
volumes de lixo que se degradam muito lentamente, têm um impacto visual
muito negativo e cuja gradual decomposição, em certos casos, origina
substâncias nocivas e muito duradouras. Em países como os Estados-Unidos o
consumo de plásticos chega aos 85 kg por habitante e Japão onde chega aos
100Kg ainda se torna ainda mais preocupante.

Por outro lado, os plásticos, ao substituírem materiais mais pesados (metais,


vidro, cerâmica…) podem contribuir para economizar energia e reduzir a
queima de combustíveis ao reduzirem o peso de veículos ou da sua carga; ao
substituir papel e madeira, podem reduzir a destruição de florestas. A isso se
soma a conveniência prática e económica e, por vezes, também higiénica e
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sanitária do uso de plásticos descartáveis (como em seringas hipodérmicas).


Tudo isso contribui para matizar as críticas aos plásticos e incentivar a busca
de meios para conciliar seu uso com as exigências ambientais.

Apesar das embalagens plásticas representarem uma pequena fracção do lixo


sólido (7%), chama, no entanto a atenção, mais do que outros materiais
,resumidamente ,devido aos seguintes factores

a) Descartabilidade, que leva os produtos acondicionados em


embalagens plásticas serem preferidos pelo consumo fora do ambiente
residencial, ou seja, em lugares públicos;

b) Resistência à degradação;

c) Leveza, que os faz flutuar em lagos ou cursos de água;

d) Densidade baixa, gerando grandes volumes.

5.4. O PVC e o ambiente

Dos plásticos comuns, o PVC é o maior problema ambiental. É o mais


resistente à degradação (em condições normais, pode durar 400 a 500 anos ) e
a sua combustão ou lenta decomposição – como a de qualquer outro produto
orgânico clorado – pode gerar dioxinas e milhares de outras substâncias de
propriedades mal conhecidas, mas capazes de permanecer décadas ou
séculos no ambiente, o que também ocorre como plastificantes que tornam o
PVC utilizável

5.4. Polímeros e a medicida.

Devido a possuírem grande estabilidade química, física e bioquímica e não


apresentarem efeitos cancerígenos, os polímeros, como em outras áreas,
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tiveram grande sucesso na medicina, principalmente na cirurgia reconstrutiva e


plástica.

Antes da Primeira Guerra Mundial, a madeira era considerada a melhor


substância para fazer pernas artificiais. As próteses feitas de couro reforçadas
com tiras de metal tendiam a perder a forma, e por consequência causar
desconforto. Finalmente, o uso de uma liga de alumínio designada por
Duraluminium, e mais tarde os materiais de fibra, tornaram possível a
manufatura de próteses que ao mesmo tempo eram leves e fortes.

Apenas, nos últimos anos, como resultado das duas guerras mundiais, a
fabrico de próteses desenvolveu-se. As pernas artificiais, com junções no
joelho e nos tornozelos conseguem simular uma maneira natural de andar.
Porém, os braços artificiais apresentam maiores dificuldades de feitura que
uma perna artificial, já que têm um complexo sistema mecânico que faz com
que uso de metal seja imperativo. Os braços artificiais são fixos às articulações
do cotovelo com capacidade de rotação.

As modernas técnicas de prótese e cirurgia plástica teriam sido impossíveis


sem os materiais plásticos. Os tecidos do corpo aceitam muitos plásticos que
possuem grande estabilidade química, física e bioquímica e não apresentam
efeitos cancerígenos.

A córnea do olho pode ser substituída por uma lâmina cartilaginosa do próprio
corpo do doente, na qual se faz um orifício que é preenchido de plástico acrílico
transparente. Com plástico acrílicos confeccionam-se e dentes postiços e com
plásticos epoxídicos, próteses de extremidades. É possível até colocar orelhas
e narizes postiços. O decron ( poliéster ) emprega-se com êxito para substituir
vasos sanguíneos e válvula artificiais do coração. As articulações lesadas da
pele ou do joelho podem ser reparadas perfeitamente com polietileno

A introdução de materiais de implante biodegradáveis e de procedimentos


cirúrgicos minimamente invasivos representou um grande avanço na medicina
nas últimas décadas. Agora, um novo polímero promete revolucionar os centros
cirúrgicos.
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Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e da Universidade


de Tecnologia (EUA) de Aachen (Alemanha) criaram um material plástico
elástico biodegradável e biocompatível, ou seja é absorvido pela natureza e
seguro para uso em seres vivos.

O novo material pode ser usado como sutura. Não uma sutura comum, que
obriga o paciente a enfrentar sessões dolorosas de retirada dos pontos após
uma cirurgia. A nova sutura é inteligente. Ela se amarra sozinha em nós
perfeitos e é absorvida pelo corpo quando o tecido está cicatrizado.

Eles podem ser modelados como um fio, por exemplo, e quando aquecidos
podem mudar para uma folha (para impedir a adesão entre dois tecidos
internos após uma cirurgia), um parafuso (para, digamos, ligar ossos), um stent
(dispositivo colocado em estruturas do corpo, como uma veia, com o objetivo
de dar suporte e manter a estrutura aberta) ou uma sutura.

Alguns materiais podem ser "ensinados" a ter uma forma em uma


temperatura (ou sob determinada tensão), e outra forma em uma segunda
temperatura. Por exemplo, muito trabalho foi dedicado às ligas metálicas com
"memória de forma", que são utilizadas em aplicações como stents para a
manutenção dos vasos sanguíneos abertos. Polímeros com memória de forma
também têm sido estudados, mas nenhum resultou em aplicações médicas.
"Nenhum material com memória de forma era biodegradável", diz Langer.

Para a criação de seu novo material, os dois desenvolveram um


"multiblockcopolymer" biodegradável, no qual segmentos em blocos se ligam
em cadeias lineares. Mais especificamente, o polímero criado por eles contém
um segmento sólido e um segmento "mutável", ambos com diferentes
propriedades térmicas. Um segmento derrete, ou sofre outro tipo de transição,
em uma temperatura mais alta que o outro.

Ao manipular a temperatura e a tensão aplicada sobre o material em um todo,


Langer e Leindlin obtiveram um material que assume uma forma temporária em
uma temperatura, e uma forma permanente em outra mais elevada. Eles
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demonstraram isto criando a primeira sutura degradável "inteligente".

Os pesquisadores também demonstraram outra aplicação potencial para os


novos polímeros: fazer uma longa fibra de material assumir a forma de um
saca-rolhas, típica de um stent.

Para além da cirurgia plástica e reconstrutiva, os polímeros ainda estão


presentes nas incubadoras, e nos nossos colchões.

6. Conclusão:

Os polímeros são compostos químicos de elevada massa molecular,


resultantes de reações químicas de polimerização.

Eles são macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores


(os monômeros). O número de unidades estruturais repetidas numa
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macromolécula é chamado grau de polimerização. Em geral, os polímeros


contêm os mesmos elementos nas mesmas proporções relativas que seus
monômeros, mas em maior quantidade absoluta.

Através da discussão em grupo podemos observar que os polímeros são muito


importantes no nosso cotidiano, e que apesar de serem bastante poluentes
eles podem ser recicláveis. Além disso eles são mais leves e assim gastam
menos combustível no seu transporte, o que diminui a poluição. São divididos
em 3 grupos: polímeros de adição, copolímeros e polímeros de condensação;
cada grupo formado pelo tipo de formação do polímero.

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