MATERIAL DE APOIO

EXAME DE ORDEM

Curso: Intensivo Semanal| Disciplina: Direito do trabalho

Aula: 02

ANOTAÇÃO DE AULA

EMENTA DA AULA

1) CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO

- 2 TERCEIRIZAÇÃO
- 3 FÉRIAS

GUIA DE ESTUDO

1) CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO

1.1) Conceito
Artigo 442, CLT.

É o acordo tácito ou expresso correspondente a relação de emprego.

Artigo 443, CLT – se for expresso ele pode ser verbal ou escrito.

No contrato tácito as partes nunca conversaram, mas o empregado começa a trabalhar com todos os
requisitos de trabalho. SHOPP – subordinação, habitualidade, onerosidade, pessoa física, pessoalidade.

1.2) Elementos essenciais do contrato de trabalho

1° Partes capazes;

2° Forma

3° Consenso

4° Objeto ilícito

1° Partes capazes

A pessoa pode começar a trabalhar aos 16 anos, salvo na condição de aprendiz que começa aos 14 anos.

(aprendiz é dos 14 aos 24 anos).

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Artigo 7, XXXIII, CF.

2° Forma

Como regra o contrato não depende de forma.

Exceção: alguns contratos de trabalho obrigatoriamente têm que ser escrito: aprendiz, temporário...

3° Consenso

Trabalho escravo não é trabalho.

4° Objeto lícito

Ilícito x proibido. Nos dois casos o contrato de trabalho vai ser nulo.

Objeto ilícito: é aquele que contraria a lei, a moral e os bons costumes, portanto gera nulidade ex tunc.
Já o objeto proibido contraria apenas a lei, por uma opção legislativa, por isso gera nulidade ex nunc,
pois a intuito de proteção ao trabalhador.
Ex. de objeto ilícito, associe com crime ou contravenção penal, trafico de drogas, jogo do bicho (OJ SDI 1
199, TST).
Ex. de objeto proibido, trabalho da criança, menor, contrato da administração pública sem concurso,
Súmula 363, TST.
No contrato da administração sem concurso público, o empregado terá direito apenas a salários e
depósitos do FGTS.

1.3) Contrato de trabalho a prazo Tem

várias espécies.
É o contrato com prazo determinado.

Ex. aprendiz, o contrato pode durar 2 anos salvo pessoa com deficiência.

Temporário: é uma espécie de terceirização, lei 6019/74.

Safrista: é quem trabalha na safra, artigo 14, Lei 5889/73.

Artigo 443, §2, CLT, serviço transitório, atividade empresarial transitória e experiência.

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Serviço transitório: contrato empregado por tempo transitório. Duração máxima de 2 anos. Ex.
contratar professor por 6 meses.
Atividade empresarial transitória: a empresa tem prazo de duração. Duração máxima de 2 anos. Ex. lojas
que vendem coisas natalinas.

Experiência: é o contrato de prova, 90 dias é a duração máxima.

Pode haver prorrogação dentro do prazo máximo? Pode, por exemplo dividir o que não pode é
ultrapassar o limite máximo de 2 anos nos 2 primeiros e 90 dias no último.
Se tiver alteração superior do prazo máximo, o contrato se converte em contrato com prazo
indeterminado.
Artigo 451, CLT.

Entre 2 contratos a prazo com o mesmo empregado, deverá ser respeitado intervalo mínimo de 6
meses, sob pena de conversão em contrato sem prazo, salvo no caso de serviços especializado ou
certos acontecimentos.

2) TERCEIRIZAÇÃO

Não tem lei, é baseada em súmulas.

Súmula 331, TST.

Empresa prestadora de serviços

Trabalho especializado Empresa tomadora dos serviços

A tomadora celebra contrato com a prestadora que se compromete a colocar empregado na tomadora.

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O vínculo está com a prestadora.

Súmula 331, TST, a terceirização só é admitida em 4 hipóteses: temporário (lei 6019/74), serviço de
limpeza e conservação, vigilância e qualquer atividade meio.

2.1) Atividade meio

É o oposto da atividade fim.

Atividade fim é a atividade principal da empresa, todas as outras atividades são meio.

Não pode existir pessoalidade e ou subordinação nos serviços de limpeza e conservação, serviço de
vigilância e qualquer atividade meio.

2.1) Responsabilidade da empresa tomadora

Terceirização regular: responsabilidade subsidiária.

Terceirização irregular: ex. terceirizar atividade fim, tem pessoalidade... – responsabilidade direta
porque vai se formar com o vínculo.

Responsabilidade da administração enquanto empresa tomadora: administração pública quer

terceirização, ela faz a licitação.
Terceirização regular: responsabilidade subsidiaria se provada a culpa na fixação da prestadora.

Terceirização irregular: não há vínculo de emprego porque não houve concurso.

OBS: trabalho temporário lei 6019/74, é uma espécie de terceirização.

Empresa de trabalho temporário – especializada na colocação de mão de obra.

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Trabalhadores temporários Empresa tomadora dos serviços

É possível terceirizar atividade fim:

1° hipótese: substituição eventual de empregado permanente. Ex. empregado sai de licença

maternidade, contrato temporário para ficar no lugar.
2° hipótese: acréscimo extraordinário de serviços. Ex. páscoa, fábrica de chocolate.

Prazo máximo: 3 meses prorrogados por mais 3 meses, mediante autorização do ministério do trabalho
e do emprego.
OBS: a portaria 789/2014 do ministério do trabalho autoriza a prorrogação por mais 3 meses, no caso de
substituição de empregado. (3 + 3 + 3).
A responsabilidade é tudo igual.

No caso de falência da empresa de trabalho temporário a responsabilidade da tomadora será solidária.

3) FÉRIAS

Artigos 129 a 153, CLT.

A pessoa trabalha 12 meses e tem direito a férias, período aquisitivo. E tem 12 meses para sair de férias,
período concessivo.
Artigo 130
Faltas injustificadas N° de dias de férias

Até 5 30

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6 a 14 24

15 a 23 18

24 a 32 12

32 0

Ler o artigo 131 e 473, CLT.

3.1) Perda do direito a férias

Decorar o artigo 133, CLT.

• Mais de 32 faltas;
• Ficar mais de 6 meses em gozo de auxílio doença;
• Ficar mais de 30 dias em licença remunerada;
• Ficar mais de 30 dias parado, sem trabalhar em virtude de paralização de serviços pelo
empregador;

• Deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias.

3.2) Abono pecuniário de férias

É o pedaço das férias que o empregado pode vender, 143 e 144, CLT.

Você pode vender 1/3 das férias.

3.3) Remuneração das férias

O empregado recebe a remuneração mais 1/3, terço constitucional de férias, artigo 7, XVII, CF.

Prazo: é até 2 dias antes do gozo, artigo 145, CLT.

Se o empregador não respeitar esse prazo, ele tem que pagar as férias em dobro, Súmula 450, TST.

O empregador paga em dobro quando as férias forem gozadas após o período concessivo, o
empregador também vai ter que pagar em dobro.

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Artigo 134 – férias serão gozadas em 1 só período.

§1 – em casos excepcionais as férias deverão ser fracionadas em 2 períodos. Um dos períodos não pode
ser inferior a 10 dias.
Doméstico: um dos períodos não pode ser inferior a 14 dias, artigo 17, LC 150/15.

O empregador jamais pode obrigar o empregado a vender férias.

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