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CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL

3º CURSO DE PÓS-LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM


ENFERMAGEM SAÚDE MATERNO- INFANTIL

UNIDADE CURRICULAR- ESTÁGIO III

AVALIAÇÃO DO PROJECTO SOBRE A


IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
EXCLUSIVO EM CRIANÇAS DOS ZEROS (0) AOS
SEIS MESES DE VIDA

DULCE VENITA MARTINS SAMBINDE

LUANDA, NOVEMBRO 2018


CENTRO DE FORMAÇÃO DE SAÚDE MULTIPERFIL

3º CURSO DE PÓS-LICENCIATURA DE ESPECIALIZAÇÃO EM


ENFERMAGEM SAÚDE MATERNO- INFANTIL

UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO III

AVALIAÇÃO DO PROJECTO SOBRE A


IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
EXCLUSIVO EM CRIANÇAS DOS ZEROS (0) AOS
SEIS MESES DE VIDA

DULCE VENITA MARTINS SAMBINDE

Orientadoras: Ana Paula Duarte Enfermeira Especialista em Saúde Infantil

Ariana Chávez Enfermeira Especialista em Emergência e


Urgências Pediátrica

LUANDA, NOVEMBRO 2018


ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4
CARACTÉRIZAÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL DA SAMBA E DA CLÍNICA
MULTIPERFIL .......................................................................................................................... 6
COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS NO HOSPITAL MUNICIPAL DA SAMBA........ 7
COMPETÊNCIAS DA RESPONSABILIDADE ÉTICA E LEGAL .......................................................... 8
COMPETÊNCIA DA MELHORIA CONTINUA DE QUALIDADE ..................................... 9
COMPETÊNCIAS NO DOMÍNIO DA GESTÃO DE CUIDADOS ..................................... 10
COMPETÊNCIAS NO DOMÍNIO DE APRENDIZAGEM PROFISSIONAL ..................... 11
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ESTAGIO III ................................................................ 13
ACTIVIDADES DESENVOLVIDA NO HOSPITAL MUNICIPAL DA SAMBA .............. 15
ACTIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO III ............................................. 16
INDICADORES ALCANÇADOS NO CENTRO DA SAMBA ............................................ 16
COMPETÉNCIAS DESENVOLVIDAS NA CLÍNICA MULTIPERFIL ............................. 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 19
INTRODUÇÃO

O presente projecto de avaliação enquadra-se no âmbito do estágio III de


enfermagem do 3º curso de especialização em enfermagem de saúde materno-infantil,
por meio do qual estabelece que o estudante seja capaz adquirir conhecimentos teórico e
práticos de maneira a desenvolver competências, capacidade crítica e reflexiva na
prática clínica centrada na pessoa, ser capaz de intervir para poder contribuir de maneira
eficaz no seu desenvolvimento profissional e pessoal. Neste contexto, surge o estágio III
de enfermagem infantil que decorrerá entre os dias 25 de Julho de 2018 e 23 de
Novembro de 2018 no Serviço de Pediatria do Hospital Municipal da Samba e Clínica
Multiperfil como preconiza o guia de orientação de estágio. O estágio está sob
orientação das professoras, Ana Paula Duarte e Ariana Chavez.
O estágio III tem como objectivo desenvolver competências transversais e
específicas para a promoção dos cuidados de enfermagem seguros centrados na criança
no âmbito do internamento hospitalar; prestar cuidados de enfermagem especializados e
seguro por intermédio de uma prática baseada na evidência científica.
O mesmo fará abordagem sobre a importância do aleitamento materno exclusivo
em crianças dos zeros (0) aos seis (6) meses de vida que frequentam o Hospital
Municipal da Samba e Clínica Multiperfil. Como objectivo geral, desenvolver
competências técnicas/científicas sobre a importância do aleitamento materno exclusivo
em crianças dos zeros (0) aos seis (6) meses de vida; ainda como objectivos específicos
avaliar os conhecimentos das mães sobre a importância do aleitamento materno
exclusivo dos zeros (0) aos seis meses de vida; Capacitar as mães de conhecimentos
sobre a importância de aleitamento materno exclusivo dos zeros (0) aos seis (6) meses
de vida; Incentivar as mães a amamentação exclusiva dos zeros (0) aos seis meses de
vida.
A opção pela realização deste estudo surgiu pela necessidade de adquirir maior
conhecimento na área de enfermagem Infantil com o intuito de demonstrar a aquisição
de competências, habilidades e atitudes essenciais à prestação de cuidados de
enfermagem dirigidos à criança para promoção de saúde. O estágio constituiu uma
sequência de formação essencial, uma vez que me proporcionou diversas oportunidades

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de aprendizagem e consolidação dos conhecimentos adquiridos ao longo da formação
teórica
A amamentação exclusiva é uma estratégia que mais previne mortes infantis,
além de promover a saúde física, mental e psíquica da criança.
Deste modo a elaboração deste projecto surgiu após reflexões quotidianas
durante a realização da prática clínica no Serviço de Pediatria do Hospital Municipal Da
Samba e da Clínica Multiperfil, por observar mães com déficit de conhecimento sobre a
importância de amamentarem exclusivamente os seus bebés dos zeros (0) aos seis meses
de vida.
O aleitamento materno exclusivo (AME) é uma prática fundamental para a saúde
das crianças, pois proporciona tudo o que ela precisa para crescer e se desenvolver. Sua
promoção deve ser incluída entre as várias acções prioritárias de saúde, uma vez que o
aleitamento materno funciona como uma verdadeira vacina (Oliveira, Chaves, Silva,
Fernandes & Santos 2013).
A Promoção do aleitamento materno é uma intervenção mais adequada para a
redução da mortalidade infantil no mundo (WHO, 2000 citado in Tamasia & Sanches
2016), pois evita mais de seis milhões de mortes por ano, essas mortes habitualmente
causadas por diarreias, doenças respiratórias e desnutrição (VITOLO, 2003;
LACERADA e tal 2002 citado in Tamasia & Sanches 2016).
A enfermagem é uma ciência que se fundamenta na investigação científica como
método rigoroso de aquisição de conhecimentos no sentido de construir saberes, tendo
por base a prática clínica baseada em evidências científicas para aumentar o nível de
qualidade dos serviços prestados (Mota, 2013).
A prática baseada em evidências é um paradigma que envolve a pesquisa
continua de conhecimento actualizado, ligado à experiencia profissional do enfermeiro,
de forma a promover a tomada de decisão nos cuidados prestados, tendo em conta a
aquisição de desenvolvimento das competências específicas do EESMO (Moreira,
2014).
Assim todo o percurso da prática clínica centrada na pessoa baseou-se na
melhoria contínua de qualidade para promoção e segurança dos cuidados prestados, não
só, o enfermeiro especialista de saúde materno infantil desempenha um papel
fundamental na promoção desses cuidados por intermédio de uma prática baseada na
evidência científica.

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CARACTÉRIZAÇÃO DO HOSPITAL MUNICIPAL DA SAMBA E DA
CLÍNICA MULTIPERFIL

O projecto está a ser desenvolvido no Hospital Municipal da Samba e Clínica


Multiperfil. O Hospital Municipal da Samba está composto por: área de internamento;
bloco operatório; bloco de partos; área administrativa; área de urgência; área de
Urgência; Comporta serviço de urgência em medicina interna; pediatria, Ginecologia;
obstetrícia, cirurgia geral; ortopedia e oftalmologia. Bloco de Partos Bloco Operatório,
área de Internamento.
De acordo com o plano de estudos do Curso de Pós – Licenciatura de
Especialização em Enfermagem de Saúde Materno – Infantil, a duração do Estágio III –
Enfermagem de Saúde Infantil, em contexto hospitalar é de 512 horas.
A Título de caracterização do Serviço de Pediatria da Clínica Multiperfil apraz-
me afirmar que este serviço é composto por seguintes compartimentos:
Área de apoio formado por: recepção; Sala de Espera; Box de Colheita;
Laboratório; Farmácia Satélite; WC.
Serviço de Urgência Pediátrico que funciona como Triagem/Acolhimento;
Estabilização/Emergência; Sutura e Gesso; Sala de Medicação; Consultório Médico e
WC.
Internamento1 – dispõe de dez (10) leitos; posto de enfermagem e WC.
Unidade de Cuidados Intensivo Pediátrico – dispõe de quatro (4) leitos; Posto de
enfermagem; posto médico; sala de osmose e expulgo.
Internamento2 – dispõe de seis (6) leitos; posto de enfermagem e WC
Posto multidisciplinar, coordenação; sala de estar expulgo hotelaria.

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COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS NO HOSPITAL MUNICIPAL DA
SAMBA
Tendo em conta as competências que pretendia desenvolver sobre a importância
do aleitamento exclusivo dos zeros (0) aos seis (6) meses de vida primou-se antes em
ouvir as mulheres de forma individualizada sobre os conhecimentos que tinham acerca
da importância do aleitamento exclusivo dos zeros (0) aos seis (6) meses de vida.
Com base os objectivos traçados consegui desenvolver as seguintes
competências:

 Intervenção na minimização das causas de morbi-mortalidade infantil;


Baseando-se na competência acima referido foi possível desenvolve-las através
da realização de sessões de educação para saúde e ensinos individuais ás mães
sobre a importância do aleitamento exclusivo dos zeros (0) aos seis (6) meses de
idade durante a prática clínica

 Capacitar as mães de conhecimento técnico científico sobre a importância do


aleitamento materno exclusivo através da realização de sessões de educação
para saúde e ensinos individuais
Pensou-se em desenvolver estas competências porque o aleitamento materno
exclusivo é uma estratégia que visa a redução a morbilidade e mortalidade infantil.
Alem das competências que me propôs em desenvolver, foi possível desenvolver outras
competências como: competências no domínio da responsabilidade profissional, ética e
legal; competências do domínio da melhoria contínua da qualidade; competências do
domínio da gestão dos cuidados; competências do domínio das aprendizagens
profissionais e competências específicas
Na opinião de pinto (2014), competências comuns são aquelas compartilhadas por todos
os enfermeiros especialistas, independentemente da sua área de especialidade, reveladas
através da sua alta capacidade de concepção, gestão e supervisão de cuidados e através
de um suporte real ao exercício profissional especializado no âmbito da formação,
investigação e acessória.

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COMPETÊNCIAS DA RESPONSABILIDADE ÉTICA E LEGAL

Como profissionais de saúde temos a consciência que os princípios da bioética


tais como: princípio da beneficência, não maleficência, autonomia e justiça devem ser
utilizados como recursos do dia-a-dia nos serviços de saúde na nossa prática.
Durante o desenrolar do estágio no Hospital Municipal da Samba na sala do
berçário-1 cuidei com uma criança de nove (9) meses de idade que apresentava um
quadro clínico de dificuldade respiratória anorexia. Deste modo a mãe informou à
médica que o seu filho não tem apetite para comer, mas ele apresentava bom estado
geral e consegue brincar. Diante desta situação o que me chamou atenção foi atitude da
médica que respondeu: não te preocupes porque a criança pode somente alimentar-se de
leite materno até aos dois anos de vida ou mais. Com este tipo de comportamento
teremos como consequências um índice elevado de morbilidade e mortalidade infantil
por desnutrição, anemias e outras doenças que comprometem o aparelho respiratório e o
estado imunológico.
Porque depois dos seis meses de vida, o leite materno já não contém todos os
nutrientes que a criança precisa, especialmente o ferro, por isso, há necessidade de
introduzir novos alimentos para completar a dieta. Não só, a criança precisa de mais
energia, porque ele começa a movimentar-se mais, sentar-se, gatinhar e andar; desta
maneira ela gasta mais calorias e precisa de mais energia. Além disso ela precisa de
começar a se habituar aos novos sabores, outros cheiros, aprender a comer de tudo para
desenvolver e fortalecer a musculatura da face especialmente a musculatura da
mastigação.
Nesta situação destaco o princípio da beneficência que relaciona-se ao dever de
ajudar aos outros de fazer ou promover o bem a favor do cliente. Reconhecer o valor
moral do outro, isto significa que como profissional da saúde precisamos fazer o que é
benéfico do ponto de vista da saúde e o que é benéfico para os seres humanos em geral.
Para colocarmos em prática este princípio é necessário o desenvolvimento de
competências profissionais, pois só assim poderemos decidir quais são os riscos e os
benefícios aos quais estaremos expondo nossos clientes, quando decidirmos por
determinadas atitudes práticas e procedimentos.

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Durante o estágio realizei as minhas actividades com responsabilidade e
respeito, reconhecendo os meus limites e tendo sempre em consideração a ética e
deontologia profissional. Procurei sempre respeitar a autonomia da cliente, tendo em
conta alguns dos deveres descritos no código da ética e deontologia dos enfermeiros de
Angola, que diz: respeitar e recorrer o direito do cliente decidir sobre a sua pessoa, seu
tratamento e bem-estar, cumprindo e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da
profissão, respeitar o natural pudor, privacidade e a intimidade do cliente Artigo 21, 28
da (ORDENFA). Sempre procurei preparar a cliente e sua família, antes de realizar
qualquer procedimento, informava o porquê fazer, como, e sua importância de forma
confidencial e segura respeitando sempre a sua autonomia, comunicando assertivamente
e fornecer informações solicitada, usando uma linguagem adequada, mostrar-se
disponível no que for necessário e procurar encontrar soluções dos problemas que
afectam a cliente, respeitando assim os seus direitos.
Deste modo é necessário que os profissionais de saúde tenham uma assistência
de qualidade baseado no respeito pelo ser humano e seus direitos á dignidade. Agir para
o bem de alguém é prevenir o mal ou dano; remover o mal ou dano e promover o bem.
Este princípio é um exercício contínuo de maximizar benefícios e minimizar riscos,
vincula-se com a responsabilidade e com a solidariedade.

COMPETÊNCIA DA MELHORIA CONTINUA DE QUALIDADE

Falar da melhoria contínua de qualidade enfatizo a actuação da enfermeira


inglesa Florence Nightingale (1820-1910), que implementou o primeiro modelo de
melhoria contínua em saúde, em 1854, durante a guerra da Crimeia, baseando-se em
dados estatísticos do Hospital de Scutari, os resultados das suas intervenções rígidas
padrões sanitárias e de cuidados de enfermagem, proporcionaram a uma maior redução
da taxa de mortalidade de 40% para 2% (Nogueira, 1996).
De referir ainda, que no desenrolar do estágio, antes de começar a prestação de
cuidados a primeira actividade sempre é a lavagem das mãos porque é a melhor medida
de prevenir a propagação de infecções relacionada a assistência (Mota, et al 2013).
Contudo, a falta de adesão dos profissionais de saúde desta prática constitui perigo para
uma assistência de qualidade. Neste contexto o enfermeiro especialista de saúde
materno-infantil incentiva a lavagem das mãos com água e sabão antes e após a
realização de qualquer procedimento, entre um cliente e outro, após o uso de luvas, após

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contacto com sangue, fluidos corporais, ao tocar em qualquer artigo ou equipamentos
contaminados com o objectivo de proporcionar uma assistência de qualidade. Agora que
tenho a consciência no que se refere a importância da lavagem das mãos, prometo
praticar todos os dias no meu local de trabalho porque se eu não o fazer serei uma fonte
de transmissão de doença aos doentes. Agora posso afirmar que já mais realizarei
procedimentos de enfermagem sem efectuar a lavagem das mãos.
Relativamente administração de medicamentos tive sempre o cuidado da
observação dos nove certos para proporcionar a segurança ao cliente. Tive a
oportunidade de aprender sobre cálculos de dosagem com o propósito de administrar
dose certa á criança e não provocar danos. Também antes e depois da administração de
medicamentos por via endovenosa tive sempre o cuidado de fazer a lavagem com soro
fisiológico, com o objectivo de diminuir risco de flebite e prevenir infecção bem como a
interacção medicamentosa. Assim é necessária a colaboração de forma consciente de
toda equipa de saúde para que a intervenção seja de maneira efectiva e de qualidade no
atendimento e da assistência humanizada.
Tive a responsabilidade de conhecer os fármacos prescritos: o princípio activo,
grupos e subgrupos farmacológicos, indicações acção esperada, farmacocinética,
interacções, reacções adversas, contra-indicações, precauções e implicações para
enfermagem com o objectivo de não causar danos aos cliente/familia.

COMPETÊNCIAS NO DOMÍNIO DA GESTÃO DE CUIDADOS


Neste domínio o enfermeiro age de forma fundamentada, mobilizando e
aplicando técnicas e conhecimentos adequados e procura utilizar as melhores práticas
assentes em resultados de investigação e outras evidências (Ordem dos Enfermeiros,
2011).
Relativamente a gestão dos recursos para garantir a qualidade dos cuidados de
enfermagem, durante o estágio procurava gerir os recursos materiais de maneira a
optimizar a prestação de cuidados. Para economizar o material e garantir os princípios
da assepsia, organizava o material a disposição de forma a beneficiar todas as clientes
sob meus cuidados de acordo com os valores e princípios orientadores da profissão,
garantindo o direito, o bem-estar e a equidade da pessoa.
No Hospital Municipal da Samba de modo a organizar melhor os cuidados
estabelecíamos um plano de actividade. Logo que chegássemos realizávamos a lavagem
das mãos, conferíamos e colocávamos todo material necessário para a realização de

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procedimentos como, avaliação dos sinais vitais, cuidados de higiene do recém/nascido
cateterização periférica, injecções intra-muscular, injecção endovenosa no tabuleiro e
colocávamos no carro de medicação, depois fazíamos a distribuição do material de
protecção individual como luvas, para melhor gerir o material e evitar desperdício.
No Serviço de Pediátrica da Clínica Multiperfil especificamente na sala de
internamento de modo a organizar melhor os cuidados estabelecia um plano de
actividade. Logo que chegasse realizávamos a lavagem das mãos, verificava a condição
do meu doente com quem cuidava se está cateterizado, caso tivesse verificava o local se
está inflamado a data que foi puncionado o cateter, para que a medicação seja
administrada com segurança. Quando trouxessem a medicação vindo da farmácia,
conferia os medicamentos, para certificar se a medicação está completa e evitar
interrupção na hora da medicação caso tenha em falta. Na hora da medicação tirava o
medicamento da gaveta, colocava no armário, conferia tendo sempre o cuidado de
verificar o rótulo, o nome, a data, a via de administração do medicamento e depois
colocava no carro de medicação, preparava a medicação e não me esquecia de colocar
rótulos nas seringas, contendo o nome do medicamento, a quantidade em todas as
medicações que eu preparava, com o objectivo de evitar erros que possam colocar em
risco a vida do cliente. Ao aspirar o medicamento tive sempre o cuidado de manter a
agulha da seringa protegida, para evitar entrar em contacto com o meio ambiente, pós o
meio está contaminado de microrganismo capazes de causar doença. Desta maneira
estarei a prestar cuidados seguro ao cliente.

COMPETÊNCIAS NO DOMÍNIO DE APRENDIZAGEM PROFISSIONAL


Durante o percurso do meu estágio desenvolvi e adquiri um conjunto de
competências transversais apropriado á obtenção do título de enfermeira especialista.
Para tal foi necessário reunir um conjunto de conhecimentos e habilidades durante a
prática clínica.
Aprendi a importância do conto durante a hospitalização de uma criança. A
hospitalização causa medo e sofrimento, muitas vezes intensas, que podem afectar a
integridade emocional dos clientes e dos familiares. O enfadonho tempo de
internamento é um dos piores acontecimentos para uma criança, pós além de afastá-la
de sua família e escola, também torna distante o contacto com o seu intimo imaginário.
Os clientes internados ficam muito tempo ansiosos com o tratamento. As histórias

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inseridas neste contexto têm como objectivo aliviar a ansiedade do período de
internamento, além de incentivar a reflexão da realidade por meio da leitura.
A história também tem papel de educar, por exemplo a história do porquinho To
ensina que as crianças não devem dormir tarde, porque terão dificuldade de acordar
cedo no dia seguinte para ir a escola;
A história da Camila vai ao médico, incentiva os pais á levarem os seus filhos ao
hospital sempre que tiverem doente e encoraja as crianças a aceitarem ir ao hospital.
Destaco aqui um facto real que criou em mim grande impacto:
No Hospital Municipal da Samba tive a oportunidade de interagir com várias
crianças com diversas patologias que demonstravam um semblante triste e não
conseguiam se levantar após termos estimulado a brincadeira terapêutica como conto,
colorir imagem brincar verifiquei que as crianças já não eram as mesmas, porque as
crianças começaram a brincar, sorrir, e demonstravam semblantes alegre.
O mesmo aconteceu na clínica multiperfil havia uma criança na sala de
internamento muito apática, apresentava muitas dores e chorava muito. Após termos
contado história e fazer a entrega dos desenhos para colorir, verifiquei que a criança já
não era a mesma porque apresentava-se alegre começou a comunicar, interagia com a
mãe/acompanhante, com outras crianças e com os enfermeiros.
Estes factos deixaram-me bastante admirada porque para mim é uma experiência
nova, nunca soube que um conto traria grandes benefícios numa criança internada.
Confesso que em todos os hospitais que já frequentámos aqui em Angola nunca vi
terem implementado esta intervenção. Antes eu, dava muita importância a assistência
médica medicamentosa, hoje, penso diferente, e sei que assistência médica
medicamentosa não é tudo para a cura do doente.
Acredito que esta intervenção criou em mim grande aprendizagem e prometo
implementa-la no meu local de serviço, porque percebi que o conto durante a
hospitalização de uma criança alivia ansiedade, incentiva a criança a brincar, sorrir, a
viajar no seu mundo imaginário e ajuda na recuperação rápida do seu estágio de doença.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS ESTAGIO III

Segundo a Ordem do Enfermeiro (2010) citado em Gomes, 2012 definem


competências específicas, aquelas que decorrem das respostas humanas aos processos
da vida e aos problemas de saúde e do campo de intervenção definido para cada área de
especialidade demonstradas através de um elevado grau de adequação dos cuidados às
necessidades de saúde das pessoas.
No Hospital Municipal da Samba durante a minha permanência na sala do
berçário-2 tive o privilégio de cuidar com uma criança de oito (8) dias de vida que
apresentava dificuldade respiratória, astenia, sonolência coloração amarelada na face e
dificuldade na sucção a qual foi submetida alimentação por sonda nasogástrica (leite
materno 65ml 3/3h). Deste modo chegou a hora da alimentação da criança, tive a
responsabilidade de verificar o posicionamento da sonda nasogástrica, para a prevenção
da broncoaspiração, assim levantei a cabeça da criança conectei a seringa á extremidade
da sonda e aspirei, porém não vinha o conteúdo gástrico. Fui pedir o estetoscópio à
professora para auscultação da entrada do ar na região epigástrica e não ouvi a entrada
do ar que confirmasse o posicionamento correcto da sonda.
Então decidi chamar a professora para a verificação do posicionamento correcto
da sonda. A professora auscultou e também não ouviu a entrada do ar na região
epigástrica que confirmasse o posicionamento correcto da sonda, porém a professora
verificou que a sonda estava enrolada na orofaringe.
Perante esta situação fiquei muito preocupada porque a mãe relatou que as 6
horas não conseguiram alimentar a criança porque vomitou.
Nesta situação após ter constatado que a sonda estava enrolada na orofaringe, a
professora retirou a sonda imediatamente com o objectivo de prevenir complicações
como broncoaspiração, náuseas, vómitos obstipação intestinal e até mesmo morte. A
seguir a professora pediu outra sonda para entubação gástrica, entubou, logo a seguir foi
dada a alimentação (leite materno 65ml) para fornecer nutrientes, promoção do
desenvolvimento do sistema nervoso central como a cognição e o comportamento,
estimulação do trânsito intestinal, maior tolerância da alimentação favorecendo o ganho
de peso. A ausência da alimentação pode ocasionar atrofia da mucosa intestinal e

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aumenta a vulnerabilidade do crescimento de organismos patológicos no intestino e
pode levar a morte.
Neste contexto penso que os enfermeiros precisam colocar-se em pensamento no
lugar dos outros e julgar a sua conduta e os seus feitos sobre os outros. Por outro lado
constatei que os enfermeiros não passam nenhuma informação às mães sobre os
cuidados a ter com os seus filhos. As mães ficam na sala abandonadas sem nenhuma
enfermeira.
Dizer que é da responsabilidade do enfermeiro instruir a mãe sobre os cuidados a
ter com os seus filhos antes e depois da alimentação feita por sonda nasogástrica para a
prevenção da broncoaspiração com a elevação da cabeceira, aspiração do conteúdo
gástrico para a confirmação do posicionamento correcto da sonda.
Também durante o estágio III na Clínica Multiperfil Serviço de Pediatria na UCI
prestei cuidados de enfermagem a uma criança de dez (10) anos de idade que
apresentava os seguintes sinais e sintomas; febre, sonolência, obstipação intestinal,
dificuldade respiratória, estava entubada com o objectivo de facilitar a respiração ou
seja correcção da hipoxemia e da acidose respiratória; foi colocada uma sonda
nasogástrica para alimentar a criança e para prevenção da broncoaspiração. Deste modo
colocou-se a criança na posição de fowler para facilitar a respiração, trocou-se a fixação
da sonda nasogástrica da face para diminuir risco de úlcera por pressão e proporcionar o
conforto. Realizou-se a higiene das narinas tendo o cuidado de não tracionar as asas do
nariz causando lesões, esticou-se os lençóis e colocou-se pequenas almofadas sob
regiões aquilianas, deixando o calcanhar para a prevenção de úlcera por pressão.
Manteu-se a criança com a mascara de oxigénio para garantir a perfusão.
O que me chamou atenção foi o episódio de vómitos que a criança apresentou,
após o enfermeiro ter alimentado a criança através da sonda nasogástrica. Esta situação
fez-me reflectir sobre a importância da aquisição de conhecimentos teórico-práticos
acerca da administração de alimentos por sonda nasogástrica. Porque a maneira como o
enfermeiro administrou a alimentação por sonda nasogástrica não foi adequada,
correcta, visto que ele administrou de uma forma muito rápida o que originou o vómito.
Esta situação deveria ser evitada pela administração de alimentação por sonda
nasogástrica de forma lenta, ou deveria ter usado a seringa infusora.
Sendo uma Clínica privada e com todas as condições necessárias para a
realização de procedimentos adequados, o enfermeiro deve reflectir sobre as suas acções
antes de realizar qualquer procedimento.

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ACTIVIDADES DESENVOLVIDA NO HOSPITAL MUNICIPAL DA SAMBA

Durante a minha permanência na sala do berçário-2 observei como as mães


amamentavam os seus filhos;
Questionei as mães sobre até que idades a crianças devem mamar só leite
materno;
Expliquei que o leite materno é um leite completo que contém água, vitaminas,
minerais, gorduras açúcar e proteínas e protege contra infecções e alergias, está sempre
pronto e á temperatura adequada; favorece o vínculo afectivo entre o bebé e a mãe;
ajuda para um bom desenvolvimento e crescimento da criança.
Expliquei sobre a posição da amamentação, informei que a mãe é que escolhe a
posição ideal para amamentar a criança; pode ficar sentada ou deitada; o importante é
que a mãe e o bebé se sintam bem e confortáveis;
Falei sobre a importância da boa pega que a boca deve estar bem aberta e
apanhar maior parte da aréola, o queixo do bebé deve tocar a mama e o seu lábio
inferior está virado para fora porque se pega da criança estiver errada ela não consegue
sugar o leite de maneira eficiente podendo causar problemas como: dor ao amamentar,
fissuras nos mamilos, ingurgitamento até mastite, diminuição da produção do leite,
baixo peso da criança, desmame precoce. Assim a boa pega é essencial para uma
amamentação bem sucedida.
Orientação do horário das mamadas: as mães foram informadas que o bebé é que
escolhe a hora e que o choro do bebé não significa sempre fome. Antes de dar de mamar
deve-se averiguar a causa do choro;
Orientação sobre o número em que as mamadas não devem ser inferior a seis (6)
em 24 horas e o intervalo entre as mamadas não devem exceder três horas;
Orientação sobre a higiene das mamas, em que durante a amamentação devem
ser realizadas apenas com água, sem sabão ou qualquer outras substâncias de limpeza
porque essas substâncias possuem PH que pode provocar secura da aréola porque
remove uma secreção oleosa produzida por glândulas chamadas montgomery, que
mantém a aréola hidratada, evitando fissuras do mamilo ou lesões.

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Caso exista algum resíduo dessas substâncias no mamilo da mãe, a criança em
contacto com o sabor, muitas vezes desagradável, pode não querer continuar
amamentar. Além disso, o cheiro dessas substâncias pode causar rejeição pela criança.
Lavar sempre as mãos antes de amamentar a criança para a prevenção de
infecção.

ACTIVIDADES REALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO III


Para alcançar os objectivos preconizados será necessário realizar as seguintes
actividades:
Realização de sessões de educação para saúde
Realização de ensinos de forma individual.

INDICADORES ALCANÇADOS NO CENTRO DA SAMBA

 Indicadores de saúde são números representativos de um dado problema ou


situação que decorreu num determinado período de tempo dentro de uma
região ou comunidade.
 Identificação do nível de conhecimentos das mães que participaram nas
sessões de educação para saúde sobre a importância do aleitamento
exclusivo dos zeros (0) aos seis (6) meses de idade;
 Elevado número de mães com conhecimentos sobre a importância de
aleitamento materno exclusivo dos zeros (0) aos seis meses de vida
 Redução de números de crianças que fazem a introdução de novos alimentos
antes de completar seis meses de vida;
 Redução do índice elevado de morbilidade e mortalidade infantil.

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COMPETÉNCIAS DESENVOLVIDAS NA CLÍNICA MULTIPERFIL

Baseando-se na competência acima mencionada não foi possível desenvolve-las porque


as mães das crianças com quem cuidei nenhuma criança encontrava-se na faixa etária
dos zeros (0) aos seis (6) meses de vida.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização do projecto da avaliação do estágio III, conclui-se que os


objectivos traçados foram possíveis alcança-los somente no Hospital Municipal da
Samba. Porque consegui realizar sessões de educação para saúde de forma colectivas e
ensinos individuais ás mães com filhos em idades compreendidas dos zeros (0) aos seis
(6) meses de vida.
Penso que este estágio constituiu melhor oportunidade de integração e
desenvolvimento de conhecimentos adquiridos quanto ao exercício profissional do
enfermeiro especialista de forma a aumentar competências específicas na vigilância de
cuidados prestado á criança.
Logo foi possível desenvolver outras competências como: transversais no
domínio da responsabilidade profissional ética e legal, melhoria contínua de qualidade,
gestão dos cuidados, aprendizagem profissional, e competências específicas.
Deste modo foi essencial capacitar as mães de conhecimentos sobre a
importância de amamentação exclusiva dos zeros aos seis meses de vida através de
sessões de educação para saúde e ensinos individuais com o objectivo da redução da
morbilidade e mortalidade infantil.
Julgo que os objectivos preconizados foram alcançados, pois, o estágio
contribuiu bastante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional e fortaleceu a
progressão académica no âmbito de aquisição de competências como enfermeira
especialista em enfermagem de Saúde Materno-infantil. Através das experiencia
obtidas, foi possível articular e conciliar os conhecimentos teóricos e de forma
sustentada, foi possível adquirir competências específicas de acordo os objectivos
estabelecidos.
Durante o percurso, algumas dificuldades foram sentidas, mas com a dedicação,
empenho e apoio da orientadora do estágio foram ultrapassadas.
Para atingir com sucesso os meus objectivos, contei com apoio e incentivo da
minhas orientadoras de estágio que ao longo deste percurso orientaram-me e
proporcionaram-me oportunidades que permitiram atingir os requisitos exigidos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Imperatori, E. & Giraldes, M. R.(1993) Metodologia do planeamento de saúde: manual


para uso em serviços regionais e locais. Lisboa: Escola Nacional de Saúde
Pública
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