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Uberlândia/MG
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Uberlândia/MG
2018
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUBMETIDO AO COLEGIADO DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
UBERLÂNDIA COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA CONVALIDAÇÃO DA
DISCIPLINA ESTÁGIO SUPERVISIONADO.
BANCA EXAMINADORA:
______________________________________
Prof. Dr. Rubens Gedraite
Orientador (FEQUI/UFU)
_____________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Ataíde
(FEQUI/UFU)
_____________________________________
MSc. Vinícius Pimenta Barbosa
(PPGEQ/FEQUI/UFU)
SUMÁRIO
Motivação.................................................................................................................................p.5
Metodologia experimental.....................................................................................................p.10
Conclusões.............................................................................................................................p.16
Agradecimentos.....................................................................................................................p.17
Referências Bibliográficas.....................................................................................................p.18
MOTIVAÇÃO
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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peneira, o que proporciona certa resistência ao escoamento deste fluido após certo tempo de
operação. Esta resistência hidráulica é tanto maior quanto mais viscoso for o fluido de
trabalho, isto porque a depender das características reológicas do fluido de trabalho, esta será
um fator que irá agregar de forma a aumentar a resistência ao escoamento deste mesmo
fluido. Estas características proporcionam uma conexão aos estudos realizados neste projeto
de estágio supervisionado.
BARBOSA (2018) estudou a influência de diferentes condições de operação sobre a
eficiência do processo de deságue, utilizando métodos de análise de imagem para caracterizar
o comportamento do material retido sobre a tela da peneira. MENEZES (2018) utilizou vácuo
para melhorar o processo de deságue do material sólido retido, adaptando uma bomba de
vácuo em protótipo de peneira vibratória.
Ao longo do estágio tentou-se alcançar resultados que mostrassem de que forma o
escoamento em um determinado meio era afetado, pela natureza do fluido e de diferentes
alturas de leito para o mesmo meio poroso. O meio poroso utilizado como meio de trabalho
para gerar a resistência ao escoamento foi a areia padronizada, cuja granulometria foi
previamente determinada por BARBOSA (2018). Esta apresentou as seguintes características:
(i)- densidade absoluta de 2,67 kg/L, medida através de método de picnometria por gás Hélio
e (ii)- foi preparada a partir de uma mistura de três porções mássicas iguais de areia média
grossa (#30), areia média fina (#50) e areia fina (#100). A mistura final continha uma
granulometria variando entre 90 e 1400μm, medida em peneiramento vibratório com
utilização de peneiras da série mesh Tyler AS 300 control da Retsch.
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PROPRIEDADES REOLÓGICAS DOS FLUIDOS DE TRABALHO
A fim de se fazer possível a realização destes estudos, foi utilizada água e goma
xantana (0,1% em massa). Quando fluidos newtonianos (Ex.: Água) são deformados, a tensão
de cisalhamento gerada é diretamente proporcional à taxa de deformação. A resistência que o
fluido oferece ao escoamento é caracterizada como a sua viscosidade newtoniana (µ), como
mostrado na equação (2):
𝜎 = 𝜇𝛾̇ (2)
Os fluidos newtonianos, por definição, possuem uma relação estritamente linear entre
tensão de cisalhamento e taxa de deformação, com a reta passando pela origem do gráfico
TONELI et. al. (2005) apud STEEFE (1996).
Fonte:
http://www.proceedings.scielo.br/img/eventos/agrener/n4v1/018f02.gif,
Acesso em Agosto de 2018.
Onde:
𝜇 = 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑖𝑎𝑛𝑎 (𝑃𝑎. 𝑠)
𝜎 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝑃𝑎)
𝛾̇ = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 (𝑠 −1 )
É sabido que não existem, naturalmente, fluidos perfeitos, ou ideais (sem viscosidade),
mas somente fluidos cujo comportamento se aproxima do newtoniano, como é o caso de
líquidos puros, soluções verdadeiras diluídas e poucos sistemas coloidais. Todos os fluidos
cujo comportamento não pode ser descrito pela equação (2) podem ser chamados de não
newtonianos (Ex.: Dispersão de goma xantana em água). O coeficiente de viscosidade (µ)
para esses fluidos não-newtonianos é chamado de viscosidade aparente ().
̇
𝜎 = 𝜂(𝛾̇ )𝛾̇ (3)
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CLASSIFICAÇÃO GERAL DO COMPORTAMENTO REOLÓGICO DE
FLUIDOS
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METODOLOGIA EXPERIMENTAL
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trabalho que era o leito ser previamente umedecido com o fluido de trabalho. Na sequência, o
líquido era transferido ao protótipo até certa altura do trecho reto acima da tela de separação
que compunha o sistema e fazia-se uma marcação na parede do trecho, adotada como sendo a
altura de referência da coluna de fluido, garantindo assim a pressão constante. De modo que
fosse possível determinar a vazão o tempo que o fluido levava a escoar pelo leito era
cronometrado, foi ainda possível verificar que não houve passagem de sólidos ao longo de
todo esse processo.
Embora o sistema projetado fosse constituído de uma tela e do funil de Büchner,
realizou-se um teste em branco (sem o uso do leito), de forma a verificar se tais constituintes
do sistema poderiam causar alguma resistência ao escoamento do fluido, verificando-se que a
resistência da tela era desprezível em relação à resistência do leito. Assim foi possível
verificar que a resistência ao deságue do fluido era devida às características reológicas do
fluido e também à altura do leito, visto que a viscosidade pode também ser entendida como
uma resistência em virtude das características do meio em que esse fluido escoa.
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das peneiras vibratórias, nas quais o material depositado sobre a tela da peneira encontra-se
bem disperso e com altura típica não superior a 1 cm.
30
Resist. Hidráulica (cm H 2O/g.s-1)
25
20
15 sem vácuo
10 com vácuo
0
0 1 2 3 4 5
Altura do Leito (cm)
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A altura de coluna de líquido aplicada sobre o leito de material retido sobre a tela de
separação foi escolhida de maneira a permitir a aplicação de uma pressão hidrostática
considerada satisfatória para fins de avaliação da vazão de passante, haja vista o fato de não se
dispor de um sistema adequado de monitoração eletrônica e controle do comportamento do
nível de liquido no período de realização dos experimentos.
Os valores encontrados para a resistência hidráulica oferecida ao escoamento
apresentaram comportamento não linear com relação aos valores de altura de leito testados,
apesar do fato de que a altura total da coluna de líquido foi mantida constante e igual a 11,3
cm durante a realização dos mesmos. Deve ser destacado que como a altura do leito foi
variável, a altura efetiva da coluna de líquido também foi variável de uma condição testada
para a outra, podendo ser atribuído a isto o comportamento não linear da vazão de passante.
No gráfico 3 são apresentados os comportamentos citados para a altura efetiva da coluna de
líquido e para a vazão de passante.
Uma possível fonte de incertezas nos resultados obtidos e que não foi possível avaliar
de maneira conclusiva foi o fato de que a fase liquida não continha sólidos em suspensão,
estando estes já depositados sobre a tela de separação do protótipo. Este comportamento é
diferente daquele encontrado no processo de peneiramento vibratório típico, no qual a
suspensão com concentração mais uniforme é alimentada sobre a tela de separação.
45
Altura coluna de líquido
40
vazão de passante
35
30
25
20
15
10
5
0
0 1 2 3 4 5
Altura do leito (cm)
13
Onde:
Gráfico 4 – Comportamento do nível de líquido para altura de leito igual a 4,60 cm.
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Altura de líquido (cm)
15
14
13
Hs…
12 Hc…
11
10
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
tempo (segundos)
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Tabela 2: Resultados experimentais do teste em branco verso testes com leito
15
CONCLUSÃO
16
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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