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CAMPUS DE SUMÉ
UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO - UATEC
Aluno(a):____________________________________________________________________
As palavras equação e diferencial sugerem certamente algum tipo de igualdade que envolve
derivadas! E como qualquer curso onde se aprende a encontrar soluções de equações, neste você estará
procurando a solução de uma equação que envolve derivadas, ou seja, você encontrará a função que foi
derivada e que satisfaz a igualdade.
Uma equação que contém as derivadas (ou diferenciais) de uma ou mais variáveis dependentes em relação a
uma ou mais variáveis independentes é chamada de equação diferencial (ED).
Se uma equação tiver somente derivadas de uma ou mais variáveis dependentes em relação a uma
única variável independente, ela será chamada de equação diferencial ordinária (EDO). Por exemplo
d 2 x dy
y y 6 y e x e 2x y 2
dt 2 dt
são equações diferenciais ordinárias. Uma equação que envolve as derivadas parciais de uma ou mais
variáveis dependentes de duas ou mais variáveis independentes é chamada de equação diferencial parcial
(EDP). Por exemplo,
2u 2u 2u v
0 yxt yt 6 yx e x e y2
x 2 y 2 y 2
t
Neste curso, serão tratadas as EDOs, as EDPs devem ser estuadas em um curso mais avançado!
A ordem de uma equação diferencial (EDO ou EDP) é a ordem da maior derivada na equação. Por
exemplo,
3
d2y dy
segunda 5 2x
dx
2
dx
ordem
primeira
ordem
Dizemos que uma equação diferencial é linear se a função (variável dependente) envolvida na
equação e suas derivadas aparecem linearmente na equação, ou seja, se a função f ( x) é de primeiro grau
em f ( x) e em suas derivadas. Por exemplo,
u 2u
y x dx 4 xdy 0 a 2 0 (equação da difusão) e y 2 x 2 y 6 y e x
t x
são equações diferenciais lineares. Uma equação diferencial não linear são aquelas cuja variável dependente
e suas derivadas estão em termos não lineares, por exemplo:
u 2u
2
d4y
1 y dy 4 xdx 0 3 et e y2 ex .
t x 2 4
dx
dy d2y dy
a) x5 b) 2 3 2 y 0 c) xy y 3
dx dx dx
z z
d ) y 2( y) 2 y cos x e)( y) 2 ( y)3 3 y x 2 f) zx
x y
2 z 2 z
g) 2 x2 y h) y( x) x 2 y ( x) 2 i ) y ( x ) x y ( x )
x 2
y
d 2u (t ) u (t )
j ) y( x) 1 y ( x) 2
y( x) y( x) 0 l) e f (t ) m)u (t ) g (u )
dt 2
Conforme dito anteriormente, este curso está preocupado em encontrar soluções de equações
diferenciais ordinárias, desta forma, será considerada a seguinte definição de solução:
Toda função f ( x) , definida em um intervalo I que tem pelo menos n derivadas contínuas em I, as quais
quando substituídas em uma equação diferencial ordinária de ordem n reduzem a equação a uma identidade
(ou satisfaz a igualdade), é denominada uma solução da equação diferencial no intervalo.
Por exemplo,
a. a função y( x) cos x é uma solução da EDO linear de segunda ordem y y 0 . (mostre!)
x4
b. a função g( x) é uma solução da EDO linear de segunda ordem g x g . (mostre!)
16
c. a função u (t ) te 2t não é uma solução da EDO linear de segunda ordem u u 2u . (mostre!)
x df ( x) x
f ( x) ou ainda
2 dx 2
x2
cuja solução geral é f ( x) C .(visualize as soluções no
4 C=4
gráfico ao lado) y
C=3
1. Se colocarmos no problema que f (0) 3 então C = 3.
2. Se colocarmos no problema que f (0) 2 então C = - 2.
C=0
O gráfico de uma solução f de uma EDO é chamado de
curva integral. Se toda solução de uma equação diferencial x
ordinária de ordem n em um intervalo I puder ser obtida de uma
família a n parâmetros por meio de uma escolha apropriada dos parâmetros Ci , i 1, 2,..., n , dizemos que a
família é a solução geral da equação diferencial.
A solução de uma equação diferencial que não dependa de parâmetros arbitrários é chamada solução
particular. Assim tem-se no exemplo acima que:
x2 x2 x2
f ( x) C f ( x) 3 f ( x) 2
4 4 4
Solução Geral Solução Particular Solução Particular
Seja f definida em [a, b], então se for dado o valor de f no ponto (a, f (a)) definida temos uma
condição inicial. Caso seja dado o valor e f em t [a, b] então tem-se uma condição de contorno.
Frequentemente o interesse é encontrar uma solução f ( x) para uma equação diferencial de modo
que f ( x) satisfaça determinadas condições iniciais ou de contorno, isto é, as condições impostas a f ( x) e
suas derivadas. A combinação da equação diferencial sujeita a uma condição é chamada de Problema de
Valor Inicial (PVI).
Vamos agora iniciar nosso estudo com as equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem. Essas
equações podem se apresentar de duas formas equivalentes:
Agora faremos uma descrição detalhada de alguns métodos de resolução para equações diferenciais
ordinárias de primeira ordem.
Exemplos:
4x 1
a) y , onde y 0 b)( x 2 4)dy 2 ydx 0 c) y(t ) et y (t ) d ) y ( x ) 2
9y x ln y
2. EDO Linear
ye
a ( x ) dx C b( x)e a ( x ) dx dx
(3)
onde C é uma constante arbitrária que será determinada quando for imposta à edo uma condição. A
expressão (3) engloba todas as soluções da edo (2), e por essa razão recebe o nome de solução geral da edo
(2).
Exemplos:
Obs.: A razão pela qual as equações diferenciais lineares de 1ª ordem são relativamente simples é a
existência de uma fórmula que dá a solução de uma tal equação em todos os casos. Já, no caso das não-
lineares, não há um método geral correspondente para a solução não linear de 1ª ordem. A determinação
analítica da solução é usualmente muito difícil e frequentemente impossível!
3. EDO Exata
Essa EDO é denominada exata quando existir uma função diferenciável ( x, y) tal que
d Pdx Qdy . Sob certas condições, a existência de uma tal é equivalente à condição:
P Q
, (4)
y x
por que a relação d Pdx Qdy é equivalente ao sistema de equações:
P ( x, y )
x
(5)
Q ( x, y )
y
e no domínio onde as derivadas mistas xy e yx coincidirem teremos válida a relação (4). Uma tal função
é denominada função potencial e o problema de encontrar uma função potencial se reduz a resolver o
sistema (5).
Desta forma, se uma função y( x) é definida implicitamente pela equação ( x, y( x)) cte , isso nos
motiva a denominar as curvas ( x, y) cte de curvas integrais ou soluções da EDO exata.
Exemplos:
A palavra homogênea é usada para qualificar algo que tenha estrutura uniforme.
Def.: Uma expressão em x e y é dita homogênea de grau n se, substituindo x por x e y por y obtemos
n vezes a expressão anterior. Isto é
A( x, y) n ( x, y)
Exemplo: A expressão x2 xy y 2 é homogênea, porém x2 x2 y y 2 ou x2 ln x2 não são expressões
homogêneas.
Consideremos a equação:
P( x, y)dx Q( x, y)dy 0
ela é dita homogênea quando P( x, y) e Q( x, y) forem homogêneas de mesmo grau. Para solucionar este
tipo de equação faremos a seguinte mudança de variável a fim de reduzi-la à uma equação de variáveis
separáveis.
y tx e dy tdx xdt
Exemplos:
a)2 xydy x 2 y 2 dx 0 b) xy 2 x 2 y dx x 2 y xy 2 dy 0
BIBLIOGRAFIAS
BOYCE, W. E.; DIPRIMA, R.C. Equações diferenciais elementares e problemas de valor de contorno. 7.ed.
Rio de Janeiro, LTC, 2002.
ZILL, D. G. Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem. 9ª edição. São Paulo: Ed. Cengage
Learning, 2011.
GUIDORIZZI, H. L. Um Curso de Cálculo. Vol. 4. 5.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002.
MATOS, Marivaldo P. Séries e Equações Diferenciais. São Paulo: Prentice Hall , 2001.
LEITHOLD, L. O Cálculo com geometria analítica. Vol. 2. 3ª ed. São Paulo: Harbra, 1994.