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Considerações Gerais.
A operacionalização da escola inclusiva é focalizada em termos da transferência de recursos
e de serviços de apoio especializados para o ensino regular. Neste sentido, a educação especial é
concebida como modalidade de educação escolar complementar e necessária para que alunos com
necessidades educacionais especiais alcancem os fins da educação geral. Este é o viés que
permeia as proposições contidas no documento lançado pelo MEC para orientar a ação pedagógica
dos educadores quanto às adaptações curriculares que visam a inserção, no sistema escolar, de
alunos com deficiências física, sensorial, mental, altas habilidades, condutas típicas e outras
peculiaridades.
Tal viés é justificado na afirmação de que:
"A análise de diversas pesquisas brasileiras identifica tendências que evitam considerar a
educação especial como um subsistema à parte e reforçam o seu caráter interativo na educação
geral. Sua ação transversal permeia todos os níveis - educação infantil, ensino fundamental, ensino
médio e educação superior, bem como as demais modalidades- educação de jovens e adultos e
educação profissional".
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares MEC/SEF/SEESP 1998: 21)
Em contraposição, outras correntes teóricas sustentam que:
"O que define o especial da educação não é a dicotomização e a fragmentação dos sistemas
escolares em modalidades diferentes, mas a capacidade de a escola atender às diferenças nas
salas de aula, sem discriminar, sem trabalhar à parte com alguns, sem estabelecer regras
específicas para se planejar, para aprender, para avaliar (currículos, atividades, avaliação da
aprendizagem especiais). (...) Em outras palavras, este especial qualifica as escolas que são
capazes de incluir os alunos excluídos, indistintamente, descentrando os problemas relativos à
inserção total dos alunos com deficiência e focando o que realmente produz essa situação
lamentável de nossas escolas".
(Mantoan: http://www.lerparaver.com/bancodeescola.)
Consideremos a complexidade do tema cujo antagonismo de análises e tendências anima um
efervescente embate teórico e político acerca da educação especial e inclusiva. Esse é um embate
que interessa sobretudo aos educadores que não deveriam se omitir, pois são os interlocutores
privilegiados e protagonistas da ação pedagógica. Esperamos que exercitem o questionamento e a
crítica, numa atitude pro ativa e que sejam capazes de identificar concepções subjacentes ao texto e
o contexto de possíveis paradoxos, contradições e paradigmas fundantes das políticas educacionais.
SÁ, Elizabet Dias de. Adaptações Curriculares: diretrizes nacionais para a educação especial.
Disponível em: http://www.bancodeescola.com/verbete5.htm