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DIREITO ADMINISTRATIVO

PROFª. GIOVANA GARCIA

Aula 1

Bibliografia – Maria Sílvia

Celso Antonio Bandeira de Mello

Madeira

Carvalhinho

PRINCÍPIOS

CRFB/88

Artigo. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

LEI 9784/99 - art.2º parágrafo único – traz os princípios

 Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos


princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório,
segurança jurídica, interesse público e eficiência.

 Parágrafo único. Nos processos administrativos serão


observados, entre outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito: Princípio da legalidade.

Histórico - O princípio da legalidade é fruto da separação clássica


dos Poderes do Estado, elaborada por MONTESQUIEU. Essa divisão
institui três poderes distintos, cabendo a cada um deles uma das
funções do Estado. Assim, temos que a administração fica a cargo do
Poder Executivo, poder incumbido de executar as leis; a legislação é
atribuição do Poder Legislativo, que deve elaborar as normas; e por
fim cabe ao Poder Judiciário, que deve zelar para o cumprimento da
ordem jurídica, a jurisdição.

A origem do princípio remonta à Magna Carta de 1215, documento


imposto pelos barões ingleses ao rei João Sem Terra, com a finalidade
de limitar o poder do monarca.
O seu sentido histórico decorreu da necessidade de se
subordinar o governante, absolutista, ao ordenamento
jurídico, eliminando-se favoritismos e desejos pessoais.
Substituiu-se a vontade individual do monarca pela vontade geral,
materializada na lei elaborada pelos representantes do povo, na
condução dos negócios públicos.

Na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, o


princípio da legalidade aparece expressamente enunciado, sendo
visto não mais como um meio de limitar o arbítrio do monarca, mas
sim como um meio de eliminá-lo, uma vez que este deveria se
submeter tão somente às normas elaboradas pelo Legislativo, o que
eliminaria a obrigatoriedade do cumprimento de suas ordens (do
Chefe do Executivo) enquanto não amparadas na lei.

Conceito e definições básicas

O princípio da legalidade é certamente a diretriz básica da conduta


dos agentes da Administração. Significa que toda e qualquer
atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Não o sendo, a
atividade é ilícita. Este postulado, consagrado após séculos de
evolução política, tem por origem mais próxima a criação do Estado
de Direito, ou seja, do Estado que deve respeitar as próprias leis que
edita.

Tem-se, pois, que dentre os princípios da Administração, o da


legalidade é o mais importante e do qual decorrem os demais, por ser
essencial ao Estado de Direito e ao Estado Democrático de Direito.
Significa, nas sábias palavras de HELY LOPES MEIRELLES, que o
administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito
aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não
se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-
se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.

Citando, ainda, HELY LOPES MEIRELLES: “Na Administração


Pública não há liberdade nem vontade pessoal. Enquanto na
administração particular é lícito fazer tudo que a lei não
proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a
lei autoriza. A lei para o particular significa “pode fazer
assim”; para o administrador público significa “dever fazer
assim”.

o adm só pode fazer o que a lei permite. Nós podemos fazer o que a
lei permite e Tb o que ela não proíbe. Já para o adm a lei é a vontade,
pq a adm pública é instituída para realizar os fins do Estado, pois a
vontade que está se manifestando quando pratica o ato não é ele e
sim o Estado.

Podemos controlar judicialmente a legalidade dos atos


administrativos. Ex: suponha que um fiscal de posturas do município
encontrou a infração x, aí a lei diz que para esse tipo de infração é
cabível multa de 01 a 10 salários mínimos. O fiscal aplica a multa de
10 salários mínimos, pq o dono do estabelecimento é flamenguista.
Desta forma, se a legalidade for tudo o que estiver na lei não se pode
fazer nada, não podemos considerar a legalidade tudo aquilo que
estiver na lei, pq não é isso, pois o princípio da legalidade vai além,
ou seja, alcança a idéia de legitimidade. De fato o ato do fiscal está
dentro do limite objetivo da lei, mas está totalmente afastado da
finalidade, pq isso não é motivo juridicamente relevante para valorar
a multa, violando vários princípios, cometendo uma ilegalidade.

Assim, o princípio da legalidade é mais amplo, pois alcança a idéia


de legitimidade que é mais compatível com o ordenamento
brasileiro e o paradigma constitucional moderno brasileiro, ou seja, o
modelo da CF/88.

O princípio da legalidade é observado quando a atuação está sendo


observada na lei, só posso fazer aquilo que está na lei, Já o princípio
da reserva legal fica reservado a lei dizer certas coisas sobre a
atuação de forma específica. Ex: a lei reserva ao chefe do executivo a
iniciativa da criação de autarquia.

Previsão legal

O princípio da legalidade está previsto nos seguintes diplomas legais:

1) Art.5º, II, CF - "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer


alguma coisa senão em virtude de lei" – onde se exige do
administrador público que faça apenas o que a lei e o Direito permite
ou obriga;

2) Art. 5º, LXIX, CF - se refere ao mandado de segurança;

3) Art. 5º, IX e XI, CF – estão relacionados ao princípio da liberdade


democrática e ao da proteção da dignidade da pessoa humana, e
impõem limites à atividade estatal;

4) Art. 37, caput, CF – estabelece os princípios aos quais a


Administração Pública deve obediência – legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência;
5) Art. 37, VII – no caso da definição dos limites do direito de greve a
ser exercitado pelo servidor público civil;

6) Art. 37, XIX e XX, CF – impõem uma restrição à discricionariedade,


através da exigência constitucional de que somente por lei específica
possam ser criadas empresas públicas, sociedades de economia
mista, autarquias ou fundações públicas, assim como a criação de
subsidiárias.

7) Art. 70, in fine, CF – disciplina sobre a fiscalização contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da Administração direta e indireta, mediante controle
externo e por intermédio do sistema de controle interno de cada
poder. Trata de dar eficácia plena a dispositivos como os que definem
a função social da propriedade (art. 186), ou no caso da definição dos
limites do direito de greve a ser exercitado pelo servidor público civil
(art. 37, VII);

8) Art. 84, IV – quando se trata da competência do Presidente da


República para sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e expedir
decretos e regulamentos para a sua fiel execução;

9) Art. 186 – ao tratar de dar eficácia plena a dispositivos, como os


que definem a função social da propriedade.

10)Art. 2º, lei 9.784/99.

É importante frisar que o Estado Democrático de Direito está ligado à


legalidade, e o Estado democrático, á legitimidade, ou seja, deve-se
respeitar o limite do razoável. Hipoteticamente, o prefeito resolve
desapropriar visando a construir aeroporto para discos voadores a fim
de incentivar o turismo. A Lei Geral da Desapropriação, no art. 5 da
lei 3365/41. prevê a desapropriação para construção de pista de
pouso. Mas, no caso hipotético, o ato é legal, não sendo legítimo, por
ter ferido a razoabilidade.

Restrições ao princípio da legalidade

1) Medidas provisórias (art. 62, CF);

2) Estado de defesa (art. 136, CF);

3) Estado de sítio (arts. 137 a 139, CF).

Legalidade objetiva e subjetiva


Legalidade objetiva – a Administração Pública tem obrigação de ser
coerente com a lei, o que implica sentido objetivo,
independentemente de lesão a outro direito para que seja
considerado ilegal. Apenas o fato de desatender a lei, já é ilegal,
ferindo o interesse público, mesmo que não lese direito de alguém.
Exemplo: um excelente promotor de justiça, mas cujo diploma de
bacharel seja falsificado, será afastado, independentemente de
sempre ter exercido corretamente a função.

Legalidade subjetiva – é o que a Administração Pública exerce quando


à lesão de um direito individual. Nesse caso, o indivíduo se dirige à
Administração Pública, provocando a autotutela. A vantagem é que
não precisa ir ao Judiciário. Esse indivíduo estará exercendo seu
direito de petição, garantido pelo art. 5º, XXXIV, do texto
constitucional. Trata-se, então, do controle subjetivo da legalidade
que, além de estar em desconformidade com a lei, ainda causa lesão
a direito.

II - atendimento a fins de interesse geral (Princípio da finalidade),


vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências
(Princípio da indisponibilidade), salvo autorização em lei ;

Princípio da Finalidade - O agente ao praticar o ato administrativo


tem que estar voltado ao interesse público.

Princípio da indisponibilidade – O agente não pode dispor dos


meus poderes e competências. Esse princípio opera sobre a função
pública, bens públicos e interesse público.

A indisponibilidade dos bens públicos consiste que os bens


públicos gozam de algumas características e atributos, quais sejam,
INDISPONÍVEIS, IMPRESCRITÍVEIS, IMPENHORÁVEIS e NÃO ONEROSOS.

IMPRESCRITÍVEL – não pode ser objeto de usucapião, a propriedade


não prescreve pelo tempo; a ação de ressarcimento ao erário é,
portanto, imprescritível.

IMPENHORÁVEL- não pode ser objeto de penhora, ou seja, quando


processar a adm ou executá-la, não poderei fazer por execução de
quantia certa contra devedor solvente, terei que fazer execução por
quantia certa contra a fazenda pública, pq se o bem é impenhorável,
não posso citar o réu para nomear bens em 48 horas, eu tenho que
citar a adm para embargar.

INDISPONÍVEL – significa que ele não pode ser alienado, porém isso é
relativo, pois existem bens que podem ser negociados, que são os
BENS DISPONÍVEIS que é o BEM DOMINICAL que é o bem que não está
sendo utilizado para nada, ou seja, é um bem completamente
desafetado.

Bem público pode ser quanto ao uso: de uso especial; de uso comum
do povo ou dominical. O bem de uso comum do povo e o de uso
especial estão afetados (pq estão sendo utilizados). O bem dominical
está completamente desafetado, ou seja, não está sendo utilizado
para nada. Os bens de uso especial e de uso comum do povo são
COMPLETAMENTE INDISPONÍVEIS enquanto mantiverem essa
característica. Já os bens dominicais são disponíveis pq estão
completamente desafetados, porém para dispor deles tem critérios,
conforme a lei 8666/93, art. 17, I, que precisa de autorização
administrativa, avaliação prévia e licitação na modalidade
concorrência.

A indisponibilidade da função pública é indisponível, o agente


não pode dela dispor, ou seja, não pode negociar, extrair vantagem,
entregar a outrem, deixar de agir, pq a função não é dele, pois ele
exerce a função em razão do cargo que ele ocupa. Não é como um
atributo pessoal, onde vc faz o que quiser. Se não quiser = exercer a
função deve entregar o cargo.

A lei prevê 2 hipóteses de exceção, quais sejam: DELEGAÇÃO e


AVOCAÇÃO DE COMPETENCIA – art. 12 e 15 da lei 9784/99.

DELEGAÇÃO – delegar é atribuir competência a outro órgão ou


autoridade, que não precisa ser necessariamente um subordinado,
pois pode ser para o subordinado e para aquele que tenha o mesmo
nível hierárquico que o meu. Pode ser PARTE da competência e nunca
toda, por razões de índole social, econômica, jurídica, técnica ou
territorial. Não é qualquer competência que se pode delegar,
conforme art. 13 (edição de atos, competência exclusiva e decisão de
recursos). CUIDADO – delegação de decisão de 1ª instância
PODE!!!
A delegação precisa ser por ato formal, devidamente publicado, e o
agente quando pratica o ato com competência delegada precisa
consignar que aquele ato é por delegação.

AVOCAR – chamar para si, só tem um problema, pois vc só pode


chamar para si competência do seu inferior hierárquico, NUNCA DO
SEU SUPERIOR OU IGUAL. Para que seja possível a avocação é
necessária uma relação vertical de subordinação. É entre a
autoridade que vai avocar e a autoridade avocada. Art. 15. Não pode
avocar em qualquer circunstância e sim em caráter excepcional em
razão de relevantes interesse público devidamente justificado.
Quando se avoca ela é em caráter temporário, ou seja, sempre
transitório e NUNCA PERMANENTE.

OBS: quando eu delego competência a um agente eu não deixo de


ser competente e o que foi delegado que passa a ser, não é isso, pq
eu continuo competente e delego para que ele seja competente tb,
eu não transfiro!!!

III - objetividade no atendimento do interesse público (princípio da


eficiência), vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades
(princípio da impessoalidade);

O princípio da eficiência no direito público engloba a idéia de


eficiência e de eficácia. Já a efetividade é a análise do resultado.
Eficiência diz respeito a escolha do método, já efetividade diz respeito
ao resultado daquilo. Eficiência seria o equivalente a jogar futebol
arte e eficácia seria ganhar a partida. No direito adm pode até ser
eficiente sem ser efetivo, + não posso ser efetivo sem ser eficiente,
pq o fim não pode justificar os meios, ou seja, na adm eu preciso me
preocupar com os métodos adequados ao fim que pretendo atingir.

OBS: Eficiência se difere de eficácia que se difere de efetividade –


EFICIÊNCIA diz respeito a atuação do agente, ou seja, voltada em
desempenhar o melhor. EFICÁCIA – diz respeito aos instrumentos
empregados, ou seja, é a parte material da atuação.. EFETIVIDADE –
diz respeito aos resultados obtidos.

No âmbito da administração não podemos considerar eficiente pq


simplesmente atingiu o resultado, pq a adm só pode agir de acordo
com a lei, então não posso ignorar os métodos e atuação em prol do
resultado. Agora, na hora da atuação e pelos instrumentos
empregados, deve se buscar aquele que atinge da melhor maneira e
mais adequada o fim pretendido.
O princípio da impessoalidade – A própria CF no art. 37, parag 1º
diz que as propagandas não pode se vincular a pessoa pq o ato é do
Estado que o agente integra. Outros aspectos que podemos destacar
no princípio da impessoalidade, são 3, quais sejam:

Finalidade – sob o foco do agente,

Isonomia – sob o foco do administrado

Princípio da imputação volitiva - O ato é da pessoa jurídica que ele


integra e não a vontade pessoal do agente – longa manus da
Administração Pública. Teoria do órgão.

Exceção: cargos de confiança, tem a pessoalidade pois o sujeito deve


ser tecnicamente capaz e ser de confiança, não podendo ser parente
de até 3º grau, por causa da súmula vinculante 13. Essa limitação da
súmula vinculante NÃO SE APLICA aos cargos de natureza política. Ex:
O prefeito pode ter um secretário que é o seu irmão. Interpretação do
STF.

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-


fé; (Princípio da moralidade e princípio da probidade)

São princípios correlatos + independentes, pq probidade é um


princípio autônomo.

Princípio da Moralidade – a moralidade adm é muito + restrita do


que a moralidade do homem médio. Quando estudamos a moral em
sociologia vimos que a lei decorre da moral, ou seja, é aquela coisa
do sendo comum, ou seja, é a moralidade do homem médio que é
considerada aceita ou reprovada pela sociedade. A moralidade adm é
mais restrita do que essa moralidade do homem médio, pq ela não
decorre diretamente dos costumes e sim da disciplina interna da
adm. Nem tudo o que é moral para o homem médio será moral para o
adm público. Ex; vc tem um estabelecimento comercial e vc coloca
alguém de sua confiança para contratar e vc contrata seu irmão. Essa
conduta é aceita. Já se vc for um agente público e contrata seu irmão
para exercer um cargo de confiança é imoral pq está vetado por
súmula vinculante.

Princípio da Probidade – seria uma moralidade qualificada + a


gente não tem uma referencia legal que diga o que é probidade,
porém temos a lei 8429/92 que é a lei de improbidade, art, 9, 10 e 11,
nos diz que é improbidade, qualificando 3 tipos: Enriquecimento
ilícito, prejuízo ao erário e atentar contra princípios da administração
pública.
A probidade será o inverso: não se valer da função para se extrair
vantagem patrimonial indevida, tratar o erário sem prejuízo, agir de
acordo com os princípios da adm pública

V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as


hipóteses de sigilo previstas na Constituição; (Princípio da
Publicidade)

O princípio da publicidade não se confunde com a publicação do ato


administrativo, já que este é uma maneira de atingir a publicidade,
porém ele não é exigido em todos os atos adm, por ex: se o ato não é
capaz de gerar efeitos externos ele não precisa ser publicado.

Publicidade tem o sentido de transparência dos atos e não a


publicação dos atos.

É possível o sigilo, desde que constitucionalmente permitido.

VI - adequação entre meios e fins (princípio da proporcionalidade),


vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida
superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público (Princípio da razoabilidade);

Trás 2 princípios históricos que ampliaram a possibilidade de controle


dos atos administrativos.

PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE - adequação entre meios


e fins – significa que eu tenho que escolher o meio adequado para
atingir o fim que eu pretendo, pois na adm pública os fins não
justificam os meios. Ainda que tenha 2 caminhos para o mesmo
resultado, eu tenho sempre 1 que é o mais adequado, podendo ser do
ponto de vista legal ou do ponto de vista da eficiência. Ex: aqui no RJ
o governador afastou policiais que estavam sob a alegação de
integrar a banda podre da polícia civil e ele os colocou em
disponibilidade. Só que disponibilidade é um direito do servidor
quando o seu cargo for extinto ou declarada a sua desnecessidade. A
conseqüência da disponibilidade é que o disponível fica em casa
recebendo os proporcionais do tempo de serviço aguardando uma
vaga no seu cargo. O governador não poderia ter usado a
disponibilidade pq não dá para sustentar o argumento da
desnecessidade de policiais no RJ em tempo algum. Ele deveria ter
feito o afastamento preventivo da lei 8112 art. 147. Desta forma,
quando se utilizou da disponibilidade usou o meio inadequado e
gerou para o servidor uma penalidade antecipada, pois o processo
adm não foi concluído e estava reduzindo o salário do servidor,
apesar do governador poder fazer isso, não foi proporcional pq não
era o meio adequado ao fim que ele pretendia agir.

OBS: A disponibilidade não tem prazo. Jurisprudencialmente é prazo


não superior a 2 anos dependendo do caso concreto.

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE- vedada a imposição de


obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse
público – Razoável é a atividade na medida da necessidade, ou seja,
é claro que eu tenho competência para praticar os atos, porém só
posso praticá-lo se ele for necessário, pois se não for necessário eu
não posso praticar o ato. Assim, só agir se tiver interesse público e
necessidade.

Ex: o STJ reconhece a competência dos prefeitos para determinarem


o horário de funcionamento do estabelecimento local. Ocorre que o
Prefeito proíbe as farmácias de funcionarem no regime de 24 horas.
Assim, ele tem a competência + não precisa disso, pois ao limitar o
horário de funcionamento das farmácias ele está prejudicando a
população. Desta forma, apesar de ele ter competência para fazer ele
não pode fazer pq não é razoável, pois a atuação dele vai além da
necessidade.

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que


determinarem a decisão; (princípio da motivação)

PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO - Toda vez que se tomar uma decisão


no âmbito da administração eu preciso indicar os pressupostos de
fato e de direito que determinarem a decisão. O pressuposto de fato e
de direito são o MOTIVO. O motivo é o fato juridicamente relevante
que justifica a prática do ato adm.

Assim, se motivo é o fato juridicamente relevante que justifica a


prática do ato adm, motivo é elemento do ato, que não se confunde
com a MOTIVAÇÃO que é reduzir esse motivo a termo, ou seja, é
expressar o motivo. Todo ato precisa de motivo + nem todo motivo
precisa de motivação.

O art.50 da lei 9784 trás um elenco de atos que precisam ser


motivados. Desta forma, para a lei 9784 só é necessário motivar
aqueles atos descritos no art. 50. Para a doutrina em geral, como o
STJ, entende que se o ato é vinculado eu posso motivar depois, pois
não vai fazer diferença pq o ato está todo na lei, Já se o ato é
discricionário tem que se motivar na hora, pq se deixar passar pode
se mudar a motivação de acordo com a sua vontade, ou seja, a
interpretação pode ficar viciada. No ato discricionário se não motivar
a pessoa não tem como controlar. Lembrar do ex do fiscal que multou
em 10 salários mínimos, pois se ele não motivar não terá como
provar que o ato foi abusivo. Diferente dele dizer o pq que aplicou 10
salários, aí dá para comprovar que o que ele falou era mentira, pq o
motivo que eu alegar não será verdadeiro.

O art. 50 tem + uma peculiaridade, ele diz que a motivação pode ser
uma declaração de concordância com outro ato, como por ex: uma
deliberação, um parecer. Nesse caso a minha motivação está distante
(motivação aliunde (se fala aliendi). Ex: suponhamos que
estamos tratando de um processo adm disciplinar. A decisão cabe
para a autoridade adm superior. Ele recebe o processo com o
relatório da comissão que é um relatório descritivo e opinativo. Ele
pode concordar ou não. Se ele não concordar ele terá que motivar
dizendo o pq. Agora se ele concordar, a motivação daquilo já está no
relatório, não precisando dizer tudo de novo, bastando concordar com
aquele relatório que passará a integrar a decisão. – Art. 50 parágrafo
1º da lei 9784/99.

O princípio da motivação está totalmente coligado com a idéia de


idéia de TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES – por essa teoria
o motivo alegado determina o ato praticado, isto é, o ato alegado
está ligado ao motivo alegado, se prendendo a ele. Uma vez que o
agente tenha dito o motivo e tenha expressado isso, ele não pode +
trocar. Ex: em razão de uma infração o servidor foi punido, certo que
toda vez que o servidor é punido a decisão deve ser motivada. O
servidor foi demitido por inassuidade habitual pq ele tem + de 60
faltas injustificadas nos 12 meses, ou seja, tem 72 faltas. Só que ele
entra na justiça e alega que tem só 12 faltas injustificadas e as outras
60 foram justificadas inclusive com perícia. Assim, o ato merece ser
anulado pq o motivo não é verdadeiro e pela teoria dos motivos
determinantes uma vez que eu tenha alegado o motivo ele “cola” no
ato, e se desconstituir o motivo o ato vem junto, pois não se pode
trocar o motivo, não pode dizer que errou que ele faltou 30 dias
injustificadamente.

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos


dos administrados; (Princípio do devido processo legal)

Princípio do devido processo legal – Parece com o inciso IX + não


é pq aqui a lei está preocupada em dizer que eu preciso de
formalidade no proc. adm para garantir os direitos dos administrados.
Já no inciso IX essa formalidade não é como no processo judicial,
sendo menos estrita, pois no processo judicial se não tiver forma
prevista em lei não tem processo, já no adm tem, pq no processo
adm é regido pelo Princípio do formalismo moderado que não é
muito utilizada certo que a palavra mais utilizada é PRINCÍPIO DO
INFORMALISMO para definir o princípio.

IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado


grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;
(Princípio do Informalismo)

X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações


finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos
processos de que possam resultar sanções e nas situações de
litígio; (Princípio da Ampla defesa e Contraditório). A lei garante
aos administrados, nestes casos, direito de fazer alegações finais,
fazer provas,...

Só que esse princípio é só para os casos em que o processo possam


resultar sanções ou situações de litígio.

Salienta-se que nem todo processo com a administração é litigioso,


pois se vc tem uma pretensão e a adm acata, não há litígio e nem
pretensão resistida. Diferentemente se a adm não acata, aí ela deve
motivar, e vc terá direito ao contraditório e ampla defesa.

Súmula Vinculante 3 do STF - Nos processos perante o Tribunal de


Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação
da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma e pensão.

Súmula Vinculante 5 do STF - A falta de defesa técnica por


advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a
Constituição.

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as


previstas em lei;

(Princípio da Gratuidade)

SÚMULA VINCULANTE Nº 21 - É inconstitucional a exigência de


depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para
admissibilidade de recurso administrativo.

A adm pode cobrar se a lei assim exigir, o problema é que depois que
o STF editou a súmula vinculante considerasse que todas as leis que
exigem o pagamento deverão ser declaradas inconstitucionais, pq o
processo administrativo é em decorrência do direito constitucional de
peticionar aos órgãos públicos que é considerado gratuito, art. 5º,
XXXIV CF/88.

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da


atuação dos interessados;

Princípio da Oficialidade ou Impulso oficial - Diferente do


princípio da inércia do juiz

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor


garanta o atendimento do fim público (Princípio da Supremacia do
Interesse Público) a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação (Princípio da Segurança Jurídica).

Princípio da Supremacia do Interesse Público –

Princípio da Segurança Jurídica – além da irretroatividade o que


mais se relaciona com esse princípio é a IRREVOGABILIDADE DOS
ATOS PRATICADOS, PRESCRIÇÃO e DECADENCIA, PREVISIBILIDADE DA
CONDUTA, RESPEITO AO DIREITO ADQUIRIDO.

Princípio da Auto tutela - Súmula 473 do STF - A Administração


pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

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