Sei sulla pagina 1di 63

1

- INTRODUÇÃO AO METABOLISMO

• ISABEL SARAIVA DE CARVALHO


1
Organização celular

3
4
Organização celular

Unicelulares Pluricelulares

5
6
Organização celular

Unicelulares Pluricelulares

7
8
Os níveis de Organização dos Seres Vivos

CÉLULA

TECIDOS
ÓRGÃOS
SISTEMAS
ORGANISMO

9
10
Tecidos

11
Tecidos

12
13
Metabolismo

Reações químicas que ocorrem no interior das


células permitindo com que substâncias sejam
consumidas ou produzidas.

• Digestão

• Respiração

• Excreção
14
O que é Metabolismo?

15
Todos os organismos vivos tem capacidade para adquirir, armazenar e
utilizar energia para funcionar, a célula tem necessidades essenciais:

1) moléculas de substâncias que participam na constituição da célula

2) catalisadores (enzimas)

3) informação para gerir o funcionamento da célula (genes)

4) energia para suportar todos os processos celulares

16
ENERGIA = capacidade de produzir trabalho = capacidade de causar
mudanças específicas

1) trabalho de síntese – formação de ligações químicas – construção de novas moléculas

2) trabalho mecânico

3) trabalho de concentração – de substâncias contra um gradiente de concentrações

4) trabalho eléctrico – movimento iões através de membranas contra gradiente electroquímico

5) Produção de calor (2/3 da energia despendida em repouso é usada para manter a


temperatura corporal)

6) produção de luz - bioluminescência


17
Seres autotróficos

Alguns organismos, chamados de autotróficos (do


grego autós = “de si mesmo” e trophos = “alimentador”)
conseguem produzir seu alimento a partir de substâncias
inorgânicas, não necessitando, portanto, de ingerir
nenhum ser vivo.
Nesse caso, temos seres vivos capazes de realizar
processos como a fotossíntese e a quimiossíntese.

Os organismos fotossintetizantes, como algas e plantas,


são capazes de utilizar a energia luminosa para produzir
energia química e fixar o carbono em compostos
orgânicos.

Organismos quimiossintetizantes, por sua vez, são Como exemplo de organismos que possuem
capazes de oxidar substâncias químicas e sintetizar seus nutrição autotrófica, podemos citar alguns
compostos orgânicos. exemplos de bactérias, alguns protistas e as
18
plantas.
Seres heterotróficos

Organismos que possuem nutrição


heterotrófica (do grego heteros = “outro”
e trophos = “alimentador”) necessitam de
moléculas orgânicas retiradas de outros seres
vivos para a sua nutrição.
Os fungos apresentam nutrição heterotrófica

Esses organismos podem adquirir essas


moléculas por meio de processos de absorção
ou ingestão, como é o caso dos animais

19
A maior parte dos organismos obtém energia a partir da luz solar
ou de moléculas orgânicas:

organismos fototróficos (“comedores de luz”) ~ autotróficos


organismos quimiotróficos (“comedores de substâncias químicas”) ~ heterotróficos

20
21
A cadeia alimentar

Na CADEIA ALIMENTAR os organismos autotróficos ocupam o nível trófico dos


produtores.

Esses organismos são a base de todas as cadeias alimentares,


independentemente do ecossistema analisado.
Os organismos heterotróficos, por sua vez, podem ocupar diferentes níveis,
sendo chamados de consumidores ou decompositores.
Os consumidores ingerem outros seres vivos, e os decompositores conseguem
matéria orgânica retirando-as dos restos dos seres vivos.

Como exemplo de consumidores, podemos citar os animais; já de


decompositores, fungos e algumas bactérias.
22
23
24
25
26
Termodinâmica
Leis: “Termodinâmica é o conjunto de
1ª Lei: princípios que regem as transformações
Princípio da conservação da de energia”
energia:
A energia não pode ser criada Energia
nem destruída. Pode somente (Calor)
mudar a forma ou o local em que
ela se apresenta

2ª Lei:
Princípio da “desordem Trabalho
crescente” (movimento)
Nos processos espontâneos há
Máquina à vapor
uma tendência a aumentar o
grau de desordem. O universo
tende sempre para a desordem
crescente: em todos os
DG= DH -TDS
processos, naturais a entropia
do universo aumenta. 27
Os dois componentes de DG
A variação de energia livre (DG) depende da
DG= DH -TDS variação do conteúdo de calor (DH) e da variação
no grau de desordem
Energia livre de Gibbs, G:
Quantidade de energia associada a uma reação, capaz de realizar trabalho.
Quando a reação liberta energia a variação na energia livre de Gibbs tem sinal negativo
DG<0 (exergónica)
Quando a reação absorve energia a variação na energia livre de Gibbs tem sinal positivo
DG>0 (Endergónica)
Entalpia, H:
É o conteúdo de calor de um sistema.
Reflete o número e o tipo de ligações químicas nos reagentes e nos produtos
Quando uma ligação liberta calor DH tem, por convenção ,um sinal negativo.
DH< 0 (Exotérmica)
Quando uma ligação absorve calor DH tem, por convenção ,um sinal positivo
DH>0 (Endotérmica)
Entropia, S:
É uma expressão do grau de desordem de um sistema.
Quando os produtos de uma reação são menos complexos ou mais desordenados que os reagentes
a reação ocorre com ganho de entropia
DS>0 (Aumento da desordem)
DS<0 (Diminuição da desordem) 28
ENERGIA DE GIBBS E EQUILÍBRIO QUÍMICO

29
Em condições padrão, a variação de energia livre correspondente é:

Condições padrão (sobrescrito º) implicam:

pressão=1 atm,
temperatura = 298 K (25 ºC)
DG º’ = -RT ln K’eq concentrações 1 M para substratos e produtos (condições iniciais)

A pH 7.0, a constante de Keq é K’eq (“linha” quando pH=7,0)

A< > B Keq = [B]eq/[A]eq

DG º’ < 0, a reação prossegue para a direita; no equilíbrio predominam produtos


DG º’ > 0, a reação prossegue para a esquerda; no equilíbrio predominam substratos
DG º’ = 0, a reação está em equilíbrio sob condições padrão; produtos e substratos têm concentrações iguais
no equilíbrio
30
ENERGIA DE GIBBS E EQUILÍBRIO QUÍMICO

31
ENERGIA DE GIBBS E EQUILÍBRIO QUÍMICO

32
33
34
35
ENERGIA DE GIBBS E EQUILÍBRIO QUÍMICO

DG º’ = -RT ln K’eq

36
37
Os dois componentes de DG
Entalpia àQuanto mais calor
for libertado mais
(calor) favorável é a reação

DG= DH -T DS

Entropia àQuanto maior for o


aumento na
desordem, mais
s favorável é a reação

38
Variação da entropia na combustão da
glucose
C6H12O6 + 6O2 à 6CO2 + 6H2O
7 moléculas 12 moléculas

CO2
O2
(um gás)
(um gás)

Glicose H2O
(um sólido) (um líquido)

gelo água vapor 39


Variação da entropia na combustão da
glucose DG= DH -T DS
A vida nos organismos aeróbios existe simplesmente devido à energia
livre contida na glicose, por exemplo, através da oxidação onde a
entalpia é negativa favorecendo um valor negativo de variação de energia
livre, aumentando a entropia do ambiente quando estes libertam o CO2 e
H2O de acordo com a reação:

40
Introdução ao Metabolismo
Metabolismo – é o conjunto das reações
bioquímicas que ocorrem num organismo

Metabolismo energético
parte do metabolismo que diz respeito ao
armazenamento e utilização de energia
Metabolismo de lipídios v
diz respeito a síntese e degradação de lipídos
Metabolismo de açúcares
diz respeito a síntese e degradação açúcares

A unidade do metabolismo é a via metabólica:


üCada via metabólica tem uma função
Para que serve na célula?
üCada via metabólica tem sua regulação
v
Como é ligada e desligada?
üCada via metabólica tem suas conexões
Com que outras vias se liga?
Mapa metabólico
41
Vias do Glicogénio
Observações:

Seis delas se agrupam em pares


metabolismo

glicogenólise
Glicogênese (1) X glicogenólise (2)

glicogênese
1 2 Glicólise (3) X Gliconeogénese (4)
energético Síntese de ác. gordo (8) X Ox. ác. gordo (9)

5 Duas são cíclicas:


Glicose Ciclo de krebs (6)
Ciclo da uréia (11)
Ribose

gliconeogênese
glicólise
4 3 Ácido
Aminoácidos 10 gordo
11 8
Ciclo da
NH3 Piruvato Existem alguns
v

uréia
(amônia) intermediários-chave no
9 metabolismo energético
Acetil—CoA
uréia ADP O2
6 1) Glicogénio
7 2) Piruvato
Fosforilação
H Ciclo de 3) Acetil—CoA
v

oxidativa
Krebs 4) Ácido gordo
ATP HO
CO2 5) Aminoácidos 42
Catabolismo X Anabolismo
Macromoléculas Nutrientes
üNo anabolismo •Proteínas üCatabolismo é a fase de
•hidratos de
(biossintese) moléculas •Polissacarídeos carbono degradação do metabolismo
complexas (lipidos, •Lipídeos •Gorduras em que moléculas orgânicas
polissacarídeos, proteínas, •Ácidos nucléicos •Proteínas de nutrientes (hidratos de
ácidos nucléicos) são carbono,
produzidos a partir de gorduras e proteínas) são
precursores simples convertidos em moléculas
üAs reações anabólicas menores e mais simples

Catabolismo
exigem uma entrada Anabolismo produtos (como o ácido
de energia, geralmente sob a láctico, CO2, NH3).
forma : üAs vias Catabólicas
• das ligações libertam energia.
fosfoanidrido do ATP e üParte dessa energia é
•do poder redutor do aprisionada:
NADH, NADPH e FADH2 Energia •na molécula de ATP
química •nos transportadores
de eletrões (NADH,
Moléculas NADPH e FADH2),
Precurssoras Produtos •o restante é perdida
•Aminoácidos finais como calor
•Açúcares •CO2
•Ácidos gordos •H2O
•Bases nitrogenadas •NH3 43
10
Papel do ATP no metabolismo - porquê ATP e não outra molécula ?

1º A hidrólise do ATP (adenosina trifosfato) tem um DG´0 consideravelmente negativo

Em condições padrão:

ATP 4- + H2O à ADP 3- + Pi 2- + H +

K´eq = [ADP]eq [Pi]eq / [ATP]eq = 5.8 x 105 (M)

DG’o = -RT ln K’eq = -7,3 kcal mol-1 (-30,5 kJ mol-1)

A ligação entre os grupos fosfato é uma ligação fosfoanidrido. Porquê a hidrólise desta ligação
é tão exergónica ?

A estabilização de cargas negativas dos produtos de hidrólise, por ressonância, é favorável


energeticamente (mais do que acontece na hidrólise de ligações éster) 44
Ligações fosfoanidrido mais exergónicas do que
ligações fosfoéster, devido a maior estabilização
de produtos por ressonância

2º O ATP é uma molécula relativamente estável

3º A hidrólise do ATP não prossegue demasiado rapidamente

4º A hidrólise do ATP está acoplada a outras reacções na célula (possibilidade de ligação a enzimas de
forma específica; o ATP não é uma molécula de grandes dimensões, mas suficientemente grande para
proporcionar interacções favoráveis com enzimas)

5º Na célula, a energia de hidrólise do ATP é maior do que em condições padrão - concentrações estão
desequilibradas no sentido do ATP (maior concentração do que ADP) – grande desvio das concentrações de
equilíbrio, o que contribui para tonar o DG´ ainda mais negativo que DG´0 45
ATP
um transportador de grupos fosfato e de energia quimica

Vias exergónicas Vias endergónicas


(oxidações)
Glicose
Via glicolítica Biossínteses

Piruvato ATP Formação de gradientes (transporte)

O2 + H+ + e- Movimentação celular
Fosforilação ADP + Pi
oxidativa Fosforilações
H2O

Pensando simples
P

P Base

Ribose

Estrutura do Trifosfato de adenosina (ATP) ATP 46


Como sistema ATP—ADP funciona
Quando o fosfato se liga ao ADP absorve
grande quantidade de energia, que fica g P
armazenada na forma de uma ligação de
alta energia ( )
b P

a P Base

Ribose
Quantidade
de ATP
Energia
Contida na Energia
molécula

b P

a P Base
P Quando a ligação é
Ribose
quebrada essa energia é libertada
ADP fosfato
47
48
As variações de energia são aditivas

Soma:
üCada reação, (1) e (2), tem sua constante de equilíbrio
üComo são reações sequenciais B cancela-se durante a soma
üA reação total A à C tem sua própria variação de energia que é a soma das
variações de energia das reações parciais
üEsse princípio explica como uma reação termodinamicamente desfavorável
(endergónica) pode ser direcionada para a frente quando acoplada a uma
reação altamente exergónica através de um intermediário em comum

Ex:

Soma:

49
Energias livres padrão de hidrólise de alguns compostos
fosforilados e do acetil-CoA (um tioéster)
Obs. DG’o
(kJ/mol) (kcal/mol)

Fosfoenolpiruvato Intermediário da glicólise -61.9 -14.8


M-P + H2O à M + Pi
1,3-bisfosfoglicerato Intermediário da glicólise -49.3 -11.8
(à 3-fosfoglicerato + Pi)
Fosfocreatina -43.0 -10.3
ADP (àAMP + Pi) fosfoanidrido -32.8 -7.8
ATP (àADP + Pi) fosfoanidrido -30.5 -7.3
ATP (àAMP + PPi) fosfoanidrido -45.6 -10.9
Posição intermediária
PPi (à 2Pi) fosfoanidrido -19.2 -4.0
glicose 1-fosfato Intermediário da glicólise -20.9 -5.0
Frutose 6-fosfato Intermediário da glicólise -15.9 -3.8
Glicose-6-fosfato Intermediário da glicólise -13.8 -3.3
Glicerol 1-fosfato -9.2 -2.2
Acetil-CoA -31.4 -7.5 50
Compostos de alta e de baixa energia

51
Identificando o estado redox dos átomos
O H Função
de carbono
química
- 3 Alcano
Totalmente Muita
reduzido energia

1 3 Alcool
Quando examinamos
uma molécula ou grupo
químico:
1 1 Aldeído üOxigénio é um
(0) (cetona) indicador de oxidação
üHidrogénio é um
indicador de redução
2 1 Ácido
carboxílico

2 - Gás
carbônico Totalmente Nenhuma
oxidado energia
52
Moléculas importantes como combustíveis
energéticos

Glucose Ácido gordo

Qual é mais reduzida e qual é mais oxidada?

Qual vai libertar mais energia após sua oxidação total?

Qual tem potencial para produzir mais ATP?

53
Um exemplo de reação redox

Lactato Piruvato
(álcool) (cetona)
Lactato desidrogenase

üOxidação do lactato a piruvato


üDesidrogenação:
dois eletrões e dois iões de hidrogénio (o equivalente a dois átomos de
hidrogénio) são removidos do C-2 de lactato, um álcool, para formar piruvato,
uma cetona.
üNas células a reação é catalisada pela enzima lactato desidrogenase e os eletrões
são transferidos para um cofator chamado nicotinamida adenina dinucleotídeo
(NAD+).

54
55
NADH e NADPH
transportadores solúveis de eletrões
NAD+ NADH
(NAD oxidado) (NAD reduzido)

nicotinamida

üCapacidade de se oxidar e se reduzir


üA nicotinamida é o grupamento funcional
üIncorpora um íon hidreto (H2-) Base
+
Ribose
P

adenina P Base
Ribose

P
No NADP este grupo hidroxila Fórmula esquemática
56
é esterificado com fosfato do NAD(P)+
Funções do NAD e do NADP
Vias Catabólicas
Via glicolítica

Oxidação de NADH
ácidos gordos Cadeia de H2O
transporte de
Ciclo de Krebs
NAD+ eletrões O2
Outras vias
oxidativas

Vias Anabólicas
Biossíntese NADP+
de lipídeos Via das Pentose (C5)
pentoses
Outras Glicose (C6)
biossínteses NADPH

NAD à oxidação de combustíveis


57
NADP à biossíntese
58
Deficiência em niacina causa a Pelagra
üPelagra – do italiano “pele áspera”
üSintomas (3 Ds)
•Dermatite
•Diarreia
•Demência
üNos EUA entre 1912 e 1916, 100.000
pessoas foram afligidas pela pelagra,
ocorreram 10.000 mortes Nicotina
üEm 1920 Joseph Goldberguer
mostrou que a pelagra era dívida à
uma deficiência nutricional
üEm 1937 um grupo de pesquisadores
identificou a niacina como agente
curativo para essa doença
üO ácido nicotínico foi produzido pela Niacina Nicotinamida
primeira vez em laboratório a partir da (ácido nicotínico)
nicotina, daí seu nome. Mas a ingestão
de nicotina não tem nenhum efeito
59
curativo sobre a pelagra
FAD e FMN
transportadores de eletrões associados à proteínas
Isoaloxazina (flavina)

FMN FADH• (FMNH• ) FADH2 (FMNH2)


(Semiquinona) (Totalmente reduzido)

FAD Pensando simples


üCapacidade de Base Base
oxirredução
üFlavina é o

Ribose

Ribose
grupamento
funcional
üIncorpora H2 P P

P Base FMN
Flavina adenina dinucleotídeo (FAD) e Ribose
mononucleótido de flavina (FMN)
60
FAD
Variações de energia
nas reações químicas
A B
DG Lê-se: variação na energia livre de Gibbs
D= variação
G = energia livre de Gibbs

DG é usada como medida na variação de energia das reações


DG serve como uma medida da espontaneidade da reação

Quando DG é negativo Quando DG é igual a Quando DG é positivo


significa que a reação zero significa que a significa que a reação
libera energia e reação se equilibra com absorve energia. Isso
portanto é espontânea concentrações iguais de significa que a reação
reagentes e produtos inversa é espontânea

A B A B A B
DG negativo DG = 0 DG positivo
61
62
63

Potrebbero piacerti anche