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Tugendhat, Emst
!iç"es sobre #ti$a % Emst Tugendhat& tradução gru'o de douto
randos do $urso de 'sgraduação em Filoso*ia da +niersidade do
-io .rande do Sui/ reisão e organi0ação da tradução Emildo Stein
e -onai -o$ha Petr'oiis -1& 2o0es, 3445
3 @ti$a I T6tulo
\
2GHES
Petr'o6is
344>
Suhr8am' 2erlag Fran8*urt am main, 344< T6tulo do srcinal
alemão& Vorlesungen über Ethik Direitos de 'ubli$ação em l6ngua
'ortuguesa no Brasil& Editora 2o0es !ida
J -ua Frei !a6s, 3AA
=;5:44AA Pe*r'olis,
-I Brasil
E2ITOR:
!6dio Pere6t6
EDITG-L MN G&
Editoração e organi0ação literria& Enio .ia$hini -eisão gr*i$a& Revitec S%C Diagramação& Sheila -oQue
Su'eni são gr*i$a& 2ai deres -odrigues
Este liro *oi $om'osto e im'resso nas o*i$inas gr*i$as da Editora 2o0es
!tda -ua Frei !u6s 3AA Petr'olis -1 Brasil CEP =;5S44AA Tei&
(A=?=) <>;33=FaR& (A=?=) <3?5>5 CaiRa Postal 4AA=< em março de 344>
S.)3RIO
Advertência 'reliminar, 4
Primeira lição& L 'osição do 'roblema, 33
Segunda lição& Primeiro es$lare$imento $on$eituai& u60o morai,
obrigação moral <<
Ter$eira lição& BomU e VmauU ;3
Wuarta lição& Fundamentação na Xoral& $on$eitos tradi$iona listas e
naturais de Xoral, 54
Wuinta lição& +m $on$eito 'laus6el de moral :;
SeRta lição& L Fundamentação da meta*6si$a dos $ostumes de Yant&
L 'rimeira seção, 3A5
S#tima lição& L segunda seção da Fundamentação da metafísica
dos costumes de Yant, 3?A
Gitaa lição& L #ti$a do dis$urso, 3>=
9ona lição& L #ti$a da $om'aiRão/ animais, $rianças, ida 'r#
nata! 34A
D#$ima lição& G antiiluminismo #ti$o& Kegel e a es$ola de -itter/
After Virtue de Llasdair Xa$6ntZre, =3=
Décima 'rimeira lição& 2irtudes, =?=
D#$ima segunda lição& L Ética a Nicmaco de Lristteles& Ls
di*i$uldades do 'onto de 'artida, =;>
D#$ima ter$eira lição& L doutrina da irtude em
Lristtele s, =54
D#$ima Quarta lição& Feli$idade, amor e moral segundo Eri$h
Fromm/ o re$onhe$imento segundo Kegel/ o Que motia 'ara a
atitude moral[, =:<
D#$ima Quinta lição& L am'liação do $on$eito 8antiano em
$oneRão $om Ldam Smith& atitudes intersubetias uniersalmente
a'roadas, <A?
D#$ima seRta lição& Continuação dos 'roblemas da Quinta lição&
motiação e 'lausibili0ação/ o utilitarismo/ Quest"es de a'li$ação,
<<?
D#$ima s#tima lição& Direitos humanos, <5= D#$ima
oitaa lição& 1ustiça, <4< Bibliogra*ia, ?=3 6ndi$e
anal6ti$ o, ?=5 6ndi$e Gnomsti$o, ?=:
A Consuelo Montaiva
A24ERT56CIA $RELI)I6AR7
3A
P-IXEI-L !IMNG
A posição do problema _
33
Por outro lado, não 'odemos des$onsiderar Que, tanto no
mbito das relaç"es humanas Quanto no 'ol6ti$o, $onstanteme nte
ulgamos de *orma moral 9o Que di0 res'eito s relaç"es humanas,
basta*am6lia
na obserar
ou Que
no um grandeabrangem
trabalho es'aço nasaQueles
dis$uss"es entre amigos,
sentimentos Que
'ressu'"em u60os morais& ran$or e indignação, sentimentos de
$ul'a e de ergonha Tamb#m no dom6nio 'ol6t6$o ulgase
moralmente de *orma $ont6nua, e aleria a 'ena $onsid erar Que
a'ar]n$ia teria uma dis'uta 'ol6ti$a não $ondu0ida 'elo menos 'or
$ategorias morais G lugar de destaQue Que os $on$eitos de
demo$ra$ia e de direitos humanos assumiram nas dis$ uss"es
'ol6ti$as atuais tamb#m #, mesmo Que não eR$lusiamente, de
$arter moral L dis$u ssão sobre a ustiça so$ial sea em âmbito
na$ional ou mundial, # tamb#m uma dis$ussão moral Wuem reeita
a reiindi$ação de um $erto $on$eito de ustiça, Quase nem o 'ode
*a0er sem $eit tra'orlhe um outro $on$eito de ustiça Em
erdade `as relaç"e s de 'oder de *ato são determin antes , mas #
digno de nota Que elas ne$essitem do reestimento moral
Por *im, eRiste uma s#rie de dis$uss"es 'ol6ti$as relatias aos
direitos de gru'os 'arti$ulares ou marginali0ados, as Quais deem
ser istas $omo Quest"es #uramente morais& a Questão a$er$a de
uma lei de imigração limitada ou ilimitada, a Questão do asilo, os
direitos dos estrangeiros, a Questão sobre se e em Que medida nos
dee ser 'ermitida ou 'roibida a eutansia e o aborto/ os direitos
dos de*i$ientes/ a Questão de se tamb#m temos obrigaç"es morais
'erante os animais, e Quais L$res$entamse aQui as Quest"es da
e$ologia e da nossa res'onsabilidade moral 'ara $om as geraç"es
Que nos su$ederão +ma noa dimensão moralmente
des$on$ert ante # a da te$nologia gen#ti$a
i
te$nol gi$o , um lugar de destaQue at# agora não eRiste nte ('or
eRem'lo, a res'onsabilidade 'ara $om as geraç"es *uturas, e
algumas Quest"es da eutansia) Gutras Quest"es estaam desde
antigamente 'resentes, mas encontramse !ortemente $olo$adas na
$ons$i]n$ia geral e 'odemos nos 'erguntar 'or Que 'or eRem'lo,
'roblemas das minorias, aborto, animais 9ão se en$ontra aQui
'elo menos umna das ra0"es 'elas Quais a #ti$a noamente é
tomada de *orma im'ortante[ L maioria das #ti$as antigas 'or
eRem'lo, as 8antianas tinham em ista a'enas aQuelas normas
Que desem'enhaam "m 'a'el na ida intersubetia de adultos
$ontem'orâneos e situados em uma 'roR imidade es'açotem'oral/
e de re'ente sentimonos desorie ntados em $on*ronto $om 'or
eRem'lo, os 'roblemas do aborto, da 'obre0a no mundo, das
'rRimas geraç"es ou da te$nologia gen#ti$a
Gu então, na dis$ussão destas Quest"es, nos remontamos eR'l6$ita
ou implicitamente a tradiç"es religiosas Isso, 'or#m, # ainda
'oss6el 'ara ns[ L di*i$uldade não # a de Que estas Quest"es,
Que 'odem ser resolidas $om normas *undadas na religião,
enelhe$eram, mas sim a de Que se dee 'r em duida a
'ossibilida de de ainda hoe *undamentar, sobr etudo re
ligiosamente as normas morais +ma tal *undamentação
'ressu'"e Que se # $ren te Seria intele$tualmente desonesto
manterse ligado a res'ostas religiosas 'ara as Quest"es morais,
a'enas 'orQue elas 'ermitem soluç"es sim'les, o Que não
$orres'onderia nem seriedade das Quest"es, nem seriedade
eRigi da 'ela $rença religios a Entre tanto , tamb# m o $rent e não
'ode mais *undar suas normas morais em sua $ren ça religios a,
'elo menos se ele lea a s#rio o não $ren te e aQuele Que 'ossui
uma $ren$a di*erente da sua Pois a obserân$ia de normas morais
# algo Que 'odemos eRigir de todos (de QualQuer *orma, assim
'are$e ser), e, 'ara 'odermos *a0]lo, deemos tamb#m es'erar
Que isso 'ossa ser tomado $om'reens6el 'ara todos
<
Desta *orma $hegamos Questão *undamental destas liç"es, se
eRiste uma $om'reensibilidade de normas morais Que sea
inde'ende nte de tradiç"es religiosas Podese di0er Que esta # a
Questão da $om'reensibilidade de uma moral moderna Gu então
deem eRistir outras morais modernas[ Certamente Que isto
$ontradiria, então, a alidade uniersal, a'arentemente inerente
'retensão das normas morais
Podemos, naturalmente, ser 'artidrios da $on$e'ção de
9iet0s$he, segundo a Qual hoe a moral, em sentido $omum,
a$abou, de'ois Que a *undamentação religiosa *oi reeitada,
tamb#m de'ois Que outras tentatias de *undamentação não
religiosa $omo a 8antiana *ra$assaram
LQui nos de'ara mos $om uma outra ra0ão do interesse atual
'ela #ti$a, uma ra0ão Que $ertamente não # de agora, e remonta
aos s#$ulos c2III e at# c2II& a desorientação #ti$a Que resulta do
de$l6nio da *undamentação religiosa Como 'odemos $omo
deemos nos 'osi$ionar em relação #ti$a, de'ois Que a
*undam entaç ão relig iosa deiRou de eRist ir[ Esta ser a 'ergun ta
*undamental destas liç"es Se o ulgamento moral # um
ingrediente ineitel da nossa ida, então deeria resultar um
dilem a, no $aso de Que o ulga mento moral im'li$a sse, 'or um
lado, alidade uniersal e, 'or outro, deesse eiden$iarse $omo
histri$o e so$ialmente relatio @ 'oss6el ulgar moralmente
sem a$reditar Que o seu ulgamento est *undado[ Entretanto, uma
tal *undamentação absoluta, 'ara a Qual isto 'are$e $ondu0ir, nos
'are$er hoe ineros s6mil
@ 'oss6el tornar $om'reens6el esta in$redibilidade atra#s
de uma re*leRão sim'l es, Que $ertament e eRige um minimum de
a'arato $on$eitual *ilos*i$o 9ossos u60os normais 'ortanto,
u60os de Que isto e isto # o $aso, seam singulares ou uniersais
são em'6ri$os, no $aso de não se re*erirem a algo matemti$o ou
lgi$o, isto #, *undam a sua 'retensão de erdade na eR'eri]n$ia
Entretanto, um u60o moral, isto #, um u60o de Que um $erto ti'o
de agir # bom ou mau, e, neste sen tido de Que algo dee ser
'ermitido ou 'roibido não se deiRa *und amentar em'iri$amente
3?
L eR'eri]n$ia amais nos mostrar Que torturar um homem # algo
mau, nem seQuer 'oder 6amos di0er o Que signi*i $aria 'retender
*undamentar
Que 'odemos em'iri$amente algo assim
*undame ntar em'iri $omo
$amente istou60o
# um L ^ni$a
Que $oisa
di0 Que
homens deste ou daQuele $6r$ulo $ultural, desta ou daQuela $lasse
so$ial consideram (ou $onsideraram) um tal ti'o de ação $omo m
ou $ensurel 9o entanto, disto não se segue Que tal ação se&a m
ou $ensurel
Xas $omo então deemos nos $om'ortar udi$at6aemente, se
ns mesmos 'erten$emos 8 este $onteRto $ultural[ Su'onhamos
Que o$] e eu $onsideramos a tortura $ensurel 9este $aso,
'odemos $onstatar (outros ou ns mesmos) Que o'inamos assim/
isto # em'iri$amente $onstatel En$reiante, no Que nos di0
res'eito, não 'odemos nos dar 'or sarrsrei6os $om isto, Que não
'odemos nos $ontentar em *a0er ern$ia dos em'6ri$o s a 'artir de
algum ti'o de re*leRão 'si$ol$i$a ou so$iolgi$a sobre nosso
ulgamento moral, Que no $aso de não $ons iderarmos estes
u60os mora is $omo $orr eios, nos nem seQuer os ter6amos mais
Portanto, se $hegamos a nos emender sobre 9 humano na ter$eira
'essoa, não 'ode mos nos sa&&s6a0er em $onstatar o Que eles
o'inam (Vc $onsidera ta/ e ta $omo mauU), mas em ns
mesmos, na 'rimeira 'essoa, não '$aem$s eitar de enun$iar
u60os morais E isto tamb#m aie 'ara a segunda 'essoa, Quando
nos entendemos , ou dis$utimos$ om outros sobre a $orre ção de
u60os morais
Em 'rimeiro lugar , 'orta nto, a'arentem ente não 'odem os
eitar de enun$iar u60os morais e, em segundo lugar, at# 0uan to
se 'ode obserar, estes u60os não se a'oiam na eRoer ]n$ia/ não
são u60os em'6ri$os Filso*os $omo Yant, Que iram isto
$laramente, $on$lu6ram Que estes u60os deem aler na $on
$e'ção daQue le Que ulga de *orma não em'6r i$a, isto # inde
'endentemente de toda a eR'eri]n $ia, e $hamamos a isro de a
#riori'
lao r'ido 'are$e Que $a6mos numa a'oria *ilos* i$a& u60os
morais 'are$ em ser erdadeiros a #riori , no $aso de serem
erdadeiros (e naturalmente Que eles sem're o são a 'artir da
'ers'e$tia daQuele Que ulga), 'orQue eles não são em'6ri$amente
erdadeiros, Gra a'enas 'ara *ilso*os Que a$reditaam Que a
nossa $ons$i]n$ia 'ossu6a uma dimensão 'r# ou su'raem'6ri$a,
$omo Platão ou Yant, 'oderia a'are$ er $omo $om'reens 6el Que
'ud#ssemos $om'reender a #riori algo não em'6 ri$o 9ão #
sugestio Que Quando temos Que re$usar uma *undamentação
religiosa, tenhamos Que reeitar tamb#m uma *undame ntação a
#riori (Vmeta*6si$aU)[ Pare$e ser sugerido Que uma tal
*unda menta ção a #riori # uma *unda menta ção 'seud oreli giosa,
uma tentatia de se$ulari0ar a *undamentaçã o religiosa Xas se
re$usamos uma tal *undamentação, Que a a$eitação da su'osição
de uma dimensão trans$endental da nossa $ons$i]n$ia não # mais
es$lare$edora, e se ns não 'odemos mais 'ressu'la $omo algo
eidente entre todos os outros, 'or mais Que ns mesmos
tenhamos a$reditado nisso, e se ao mesmo tem'o # $orreto Que um
u60o moral não 'ode ser *und amentado em'iri$amente, então
'are$e Que $a6mos num 'ro*undo dilema L 'artir de seu 'r'rio
sentido os u60os morais deem ser sem sentido Xas o Que *a0er
se o ulgamento moral nos # ineitel[
Xais tarde eremos Que era a'ressada a $on$lusão 8antiana
de Que u60os morais, Que, $omo bem *oi isto 'or ele, não são
em'6r i$os, 'ossam ser *unda menta dos a'enas de *orma a #riori(
'or mais sugestio Que isto 'areça Para *inali0ar estas re*leR"es
a'or# ti$as 'r#i as eu gostaria de ainda retomar Questã o de se
não seria es$lare$edor , e tamb#m em ra0ão das di*i$uldades a$ima
men$i onadas , ter em ista uma teoria $r6ti$a da so$iedade, no
lugar de uma #ti$a
G Que deemos nos re'resentar 'or $r6ti$a numa teoria $r6ti$a
da so$iedade[ Tale0 sea 'oss6el indi$ar aQui dois as'e$tos&
;
'rimeiro, uma teoria $r6ti$a da so$iedade, tal $omo, 'or eRem'lo,
Ldorno e Kor8heimer tinham em ista, distinguese
de uma teoria socialemp#rica habitual 'elo *ato de Que ela coloca a
so$iedade em Questão normatiamente Xas isto s # 'oss6el, em
segundo lugar, 'elo *ato de Que ela Questiona ideologi$amente os
u60osmorais dos membros desta so$iedade, isto #, na direção de
suas $ondiç"es s$ioe$onmi$as
LQui se dee constatar, entretanto, uma $on*usão $on$eitual,
9o Que tange ao 'rimeiro 'onto, o Questionamento normatio de
"m sistema s$ioe$onmi$o 'or eRem'lo, o $a'italismo
'ressu'"e Que este sistema sea medido a 'artir de $ertos u60os
morais Que deem eles mesmos ser tidos 'or ns $omo $orretos
9ão se 'ode $olo$ar o sistema em Ques tão do 'onto de ista
normatio, na medida em Que sim'lesmente Questionamos os
u60os morais 'resentes no interior deste sistema $om base nas suas
$ondiç"es s$ioe$onmi$as
Isto lea ao segundo ponto$ 1amai s 'odem os Quest ionar
norma tiam ente um u60o moral atra#s da mera $onst atação de
suas $ondiç"es s$ioe $onmi$as +m u60o moral 'ode ser
$olo$ado em Questão a'enas normatiamente (isto #, moralmente)
Em si e #or si a mera $onstatação de uma $oneRão entre
determinados u60os morais ('or eRem'lo Que a ustiça $onsiste na
distr ibuiç ão segun do a 'roduç ão de $ada um) $om deter minada s
$ondiç"es s$ioe $onmi$as não 'ode $ondu0ir reeição ou
limitação destes u60os Isto # 'oss6el somente Quando *or
mostrado Que, no $aso de não se en$ontrar mais sob estas
$ondiç"es s$ioe$onmi$as, tais u60os morais não estariam mais
'resentes/ e isto 'ressu'"e Que se 'oss a mostrar Que, $aso estas
$ondiç"es deiRem de subsistir, uma outra 'ers'e$ tia moral,
eent ualme nte mais abrang ente ('or eRem'lo, Que não sea mais
abrangente e não basea da no $on$eito de ustiça re*erido ao
rendimento) dee ser normatia Isto signi*i$a Que a eRibição de
uma $oneRão em'6ri$a entre um determinado
3>
u60o moral e $ertas $ondiç"es e$onmi$as, em erdade, remete a
uma $r6ti$a normatia, mas Que em si e 'or s6 ela amais 'ode
$ont]la +m u60o moral 'ode ser $riti$ado normatiament e a'enas
'or outro u60o moral De todos os modos a Isto $hegamos a'en as
se 'odemos am'liar ou ariar o mar$o das condiç%es s$io
e$onmi$as =
Se Isto ] $orreto, então # errnea a $on$e'ção usual entre os
teri$os $r6ti$os da so$iedade, de Que eles 'ossam $riti$ar
normatiamente a 'r'ria so$iedade atra#s de uma anlise da
so$iedade L mistura de anlise em'6ri$a e $r6ti$a normatia
remonta em grande 'aite a XarR, a'esar de Que ele 'r'rio tenha
se lirado, desta mistura, ao deiRar o mais 'oss6el de lado, em sua
obra tardia, a sua 'r'ria $on$e'ção normatia, e não o*ere$endo
mais em sua anlise do sistema e$onmi$o atual uma a'ar]n$ ia
normatia Ele $onsideraa todas as o'ini"es a$er$a da Questão se
algo era $orreto ou in$orreto $omo Vsu'erestruturaU Para ele, tais
o'ini"es deeriam a'are$er a'enas ainda no obeto de sua
inestigação, elas não deeriam desem'enhar mais nenhum 'a'el
em seu 'r'rio ulgamento Disto resultou, entretanto, na tradição
marRista, uma du'la $ons$i]n$ia& de um lado, 'ensaase 'oder
'ro$eder de uma *orma 'uramente em'6ri$a, do outro, tinhase
determinadas re'resentaç"es de ustiça, sobre as Quais, entretanto,
não mais se re*letiu L eRtensa as$ese normatia no interior do
marRismo $ondu0iu a Que se 'ensasse 'oder reeitar $omo meras
ideologias burguesas im'ortantes temas normatios, $omo o da
demo$ra$ia e o dos direitos humanos
LQuelas *ormas de$r6ti$a da so$iedade Que não *i0eram isto e
admitiram u60os normatios obseraram tão 'ou$o
)' Sobre isso, er a segunda das VTr]s liç%es& no meu !roble mas da *ti ca'
3:
Quanto XarR a inde'end] n$ia do u60o normat io em *a$e dos
u60os em'6ri$os Eu $reio, 'ortanto, Que se dee $on$luir Que uma
teoria $r6ti$a da so$iedade, 'or mais im'ortante Que sea, não 'ode
entrar no lugar de uma #ti$a, senão Que dee 'ressu'or ema moral
-e*leR"es de $r6ti$a da ideol ogia 'odem Quest ionar 'rin$6'i os
morais na ter$eira 'ess oa, mas uma tal $r6ti$a 'ode obter um
sentido normatio a'enas Quando, 'or sua e0, 'rin$6'ios morais
*orem 'ressu'ostos na V'rimeira 'essoaU Xas de onde 'odemos
obt]los, se eles não 'odem ser em'6ri $os e não 'odemos nos
!ac"lt'los $om o re$urso da re*leRão a #riori( 'ara não *alar de
uma tradição religiosa[
G dilema diante do Qual nos en$ontra mos hoe em *a$e do
u60o moral 'are$e ser, 'ortanto, $om'leRo Xuitos t]m aQui
a'enas um $erto malestar Em relação ao n^$leo $entral do u60o
moral, nos en$ontramos no 'lano de um common sense+ uma aga
$on$ordân$ia $om os u60os morais da maioria dos outros nos
engana sobre a torturante insegurança de Que não $om'reendemos
o lugar de alor destes u60os Wuase todos ns ulgamos
moralmente de *orma absoluta, mas em relação alidade destes
u60os tendemos a $onsiderlos $omo relatios Em geral não nos
tomamos $ons$ientes de Que então seQuer 'oder6amos mais emitir
tais u60os 9o seu lugar deeriam a'are$er eR'li$itamente u60os
relatios Eu não 'oder ia mais di0er Va tortu ra # mU, e nem
mesmo Veu $onsidero a tortura mU, 'ois $om tal 'ro'osição
estaria dito a'enas Que eu não estou seguro da erdade deste
u60o, e não Que um u60o de tal ti'o não 'ode mais ter QualQuer
'retensão de erdade Lntes disto, eu somente 'oderia di0er algo
assim $omo i? a tortura não me agradaU ou então Va tortura me
re'ugnaU (.eralmente ale 'ara todo ulgar em geral sea no
âmbito teri$o ou 'rti$o Que ele # 'ensado em sentido
VabsolutoU, signi*i$ando Que ele 'ossui um sentido 'essoalmente
não relatio/ sem're # 'oss6el, então, ainda mostrarse $oma
*also , mas isto tam b#m 'ress u'"e Quer ele 'ossua um sentido
'essoalmente não relatio <)
34
<
< Ltra #s de (a)erm as s"rgi" a concepç ão de oe +"#os morais não poss"em -pretensão
de erdad e_ mas sim uma -preten são de correção. $ /areceme Que 'ar meie Jdeste
deslocame nto erbal o 'roblema # obs$ure$ido VCorreia`f dee ser u .preiea são de
alidade de normas, mas no Que $onsiste 'ois a V'retensão de alidade de normas, e o
Que signi*i$a então `$orreto [ 9o uso normai da lingu agem, em'regamos a 'ala ra
V$orretoU sea 'ara aç"es, a !im de di0er Que elas $orres'ondem a normas 'ressu'ostas,
sea de enun$iado s, no lugar de -verdadeiro&$ e este segundo $aso 'ode ser subssuinido
sob o 'rimeiro Da6 é 'oss 6e l $om 're end er *or ços ame nt e o dis $ur so a$e r$a da $or reç ão
de uma norma/ signi*i $aria meramente Que # erdadeiro Que se dee agir de tal maneira
Correção, assim entendida, redu0se 'ortanto erdade Por outro lado, em'regamos de
uma du'la maneira a 'ala ra ValidadeU& para o aler de leis 'ositias e 'ara a erdade
de enun$iados +ma norma # lida, Quando VaieU no interior de um sistema de normas,
'or tan to Qua ndo -s"bsis te.0, isto #, Quando est san$ionada 9o entanto, Quando estas
normas a'are$em em enun$iados, nos Quais # dito Que agir de tal *orma # bom ou mau 1o"
Que deemos agir assim, em um sentido es'e$ial da 'alara Vdee a ser es$lare$ido na
'r Rima liçã o), ou se a, de uma *or ma não rel ati a a um det erm ina do sis tema de normas,
estes enun$iados leantam tamb#m a mesma 'retensão de obetiidade $omo QualQuer
out ro enu n$i ado , e ist o sig ni* i$a a 're ten são de est ar *un dam ent ado s/ ist o est
sim'les mente no sentido de um enun$iado 2n"nciados3 morais leantam, 'ortanto, de
a$ordo $om sua *orma ling76sti$a, uma 'retensão de estar *undamentados, mas 'ode ser
Que esta 'retensão sea in$orreta Este # o dilema sim'les de Que se *ala no teRto a$ima, e
Que não 'ode ser a'agado $om pretensas distin ç"es erbais Gu estes u60os 'odem ser
*undam entado s, ou de a$ordo com seu 'r'rio sentido , não o 'odem 1e isto signi*i$aria
Que este ti'o de dis$urso dee ser abandonado), ou em ter$eiro lugar, $omo eremos, eles
'ode m ser *un dam ent ado s de uma *or ma 'ar $ia l, uma *or ma Que se tor nar $om' ree ns6 el
somente no de$orrer das liç"es (Quarta e Quinta liç"es)
=A
e ergonha Para todos os a*etos ale aQuilo Que Lristteles
mostrou em uma $lare0a determinante 'ara toda a tradição
,-et.rica( liro II), a saber, Que naQuilo Que $hamamos de a*etos
sem're se trata de sentimentos negati os ou 'ositios ('ra0er e
des'ra0er), Que em $on*ormidade $om seu 'r'rio sentido
$onst roems e sobre em u60o , e em erdade um u60o de alor
Lssim o temor #, 'or eRem'lo, o sentimento de des'ra0er Que
algu#m 'ossui, Quando tem $ons$i]n$ia de em a$ont e$imento
*uturo ameaçador do seu bemestar/ inea # o sentimento de
des'ra0er Que tenho em *a$e da $ir$unstân$ia de Que outrem
'ossui ou *a0 algo de alor, o Qual 'or minha e0 eu gostaria de
ter ou *a0er LQui os alores são alores 'ara 'essoas 'arti$ulares
(Vbom 'ara U), re*eri dos ao seu bemes tar Lo $ontrrio, os
sentimentos morais são de*inidos $omo sentimentos de des'ra0er
$onstru6dos sobre o u60o a$er$a do desalor moral+ sentimos
indignação Quand o reagi mosa* etia negatiamente diante da
ação de outros, aaliada $omo m segundo nosso u60o/ sentimos
raia Quando uma ação aaliada $omo m 'reudi$a a mim
mesmo/ e $ul'a, ou um determinado ti'o de ergonha, diante de
uma ação minha, e Que segundo meu u60o # m
Estes sentimentos deiRariam de eRistir, $aso não ulgssemos
mais moralmente 9ão ter6amos nenhum *unda mento 'ara nos
indignarmos $om a ação de um outro, ou inelo, at# nem
'oder6amos $om'reender estes sentimentos, $aso não aalissemos
seu agir $omo mau G *ilso*o ingl]s Peter Strason re*letiu sobre
a $oneRão interna destes sentimentos em um *amoso artigo,
Freedom and -esentmenf e *e0 nota r uma relação similar de
$ondi$ionamento, tal $omo a de Que se trata aQui&estes
sentimentos 'ressu'"em Que tomemos a ns
? Pro$eedi ngs o* the British L$ademZ , ?: (345=) ' 3:>=33 alemao in4 + /ot)ast$
Seminar Freies Kandeln und Determinismus Fran8*urt 34>: ' =A3=<<
=3
mesmos e a nosso s semelhant es $omoires (im'ut eis) 9s
a'resentamos estes sentimentos, mostra Strason, Quando emos
algu#m $omo não im'utel/ então não emos o outro $omo um
ser autnomo, mas $omo 'si$'ata de *orma 'assageira ou
duradoura No entanto, # di*6$il 'ensar Que 'ud#ssemos nos
$om'ortar assim diante de todos os semelhantes Com isto
5tra6son Quer mostrar o Quão 'ro*undamente a a$eitação da
+berdade 'enetra em nossas relaç"es intersubetias
Tais re*leR"es re*eremse tamb#m ao ulgamento moral Wue
ulguemos moralmente o 'r'rio agir e o agir do outro, / uma
'ressu'osição 'ara estes sentimentos, da mesma *orma Que a
a$eitação da $a'a$idade de im'utação Strason 'ressu'"e Que
aaliamos, 'ositiamente a 'ossibilidade de ter tais sentimentos
Em seminrios *i0 a eR'eri]n$ia de Que nem todos os leitores
de seu teRto $on$ordam $om ele, ao menos 'rimeira ista Todos
estes sentimentos são negatios Lssim, $aso não mais os
ti#ssem os, isto 'oderia ser isto como um al6io Wuem 'ensa
assim 'oderia desear 'ara si um tratamento 'si$otera']uti$o, no
Qual *osse liberado não a'enas dos sentimentos de $ul'a
irra$ionais, mas tamb#m da sua $a'a$idade de sentir $ul'a, e isto
signi*i$a tamb#m liberarse de sua $a'a$idade de indignarse
Podemos deiRar em aberto se isto # 'oss6el/ 'or Que em 'rin$6'io
isto não de eriaser[ Tratase aQui a'enas da Questão de se isto
seria deseel
LQui tamb#m deemos $onsiderar Que $om o desa'are$imen to
dos u60os morais tamb#m deiRaria de eRistir a 'ossibilidade de
re'reensão e de se *a0er $ensuras L 'rimeira ista tamb#m isto
'oderia a'are$er $omo 'ositio 9o entanto, tale0 Quem 'ense
assim não estea su*i$ientemente em $laro sobre o alor e a
==
moralmente, mas obetos, diante dos Quais ter6amos Que een
tualmente nos 're$a er Caso eamos isto negatiamente, $omo
Strason, ou não, em todos os $asos as 'ossibilidades de nossas
relaç"es inters"b+etivas m"dariam *undamentalmente& 'oder6amos
nos rela$ionar uns $om os outros a'enas instramentalmente,
Esta mudança *undamental em nossas relaç"es intersube
tivas # tale0 o 'onto mais 'ro*undo a "e $hegamos $om a
'ergunta sobre o Que mudaria, $aso não ulgssemos mais mo
ralmente 9o entanto, o$]s 'oderiam obetar, # esta uma 'er
gunta sobre a Qual ns mesmos 'odemos de$idir[ Como ainda
erem os& em 'rin$ 6'io, sim Lntes disto, não se trata da Questã o
de se 'odemos de$idir sobre isto, mas sim'lesmente das
$onse Q7]n$i as Que result ariam *orçosamente, se não 'ud#ssemos
mais ulgar moralmente 9ão 'oder6amos mais ulgar moralmente,
se não 'ud#ssemos`sustentara 'retensão obetia, isto #,
'essoalmente irreleante, inerente ao u60o moral e a todo u60o
Certamente dee ser nomeada aQui a outra $ondição& a saber, caso
ns não Queiramos nos enganar e 'ossa ser su*i$iente 'ara a
maioria $ontinuar ulgando moralmente, não obstante mantendo
se aga a usti*i$abi lidade destes u60os
2o$]s 'oderiam obetar& esta outra 'ressu'osição da dis
$ursiidade intele$tual, não # ela mesma uma eRig]n$ia moral e
nesta medida não estaria eu girando em $6r$ulos[ 9ão $reio Que a
id#ia de dis$ursiidade intele$tual obter $lare0a sobre si mesmo
e sobre o 'r'rio $om'ortamento sea uma eRig]n$ia moral Ela
in$ulase a'enas $om o deseo de não ser irra$ional
in$onsistente
Posso es$lare$er agora a 'osição do 'roblema destas liç"es
Em 'rimeiro lugar não abordarei a 'ergunta 'elo #ti$o de $erta
*orma direta, tal $omo usualmente o$orre na literatura #ti$a, ao
di0er 're$isa mente Quais $onte ^dos ou 'rin$6 'ios morais $on
sidero $omo usti*i$ados, ou o Que # isto, a$er$a do Que 'enso
=<
;
Que # tomado $omo moral 'or todos , 'ois um la re$u rso a Vtodos
nsU dee mostrarse $omo Questionel na situação histri$a atual
o $ontrrio, 'arto da nossa situação histri$a determinada, Que #
$ara$teri0ada 'elo *ato de ter se tomado ahistri$a, no sentido de
Que usti *i$aç" es religiosas (trans $ende ntes ou tradi$ionalistas de
al goma maneira), não 'odem mais ser lidas 'ara n7s3/or uma
!"ndamentação tradi$ionalista de uma moral, entendo uma tal $uia
base de !"ndamentação # uma autoridade(tal $omo nos Vde0
manda mentos`) ou uma autoridade im'l6$ita em uma tradição
9ossa situação # dete rminada 'elo *ato de Que ou $a6mos em um
relatiismo das $oni$ç"es morais, e isto signi*i$a, $omo 'ro$urei
mostrar anteriormente, Que deer6amos abandonar a moral em
sentido habitual, $aso não Quis#ssemos nos iludir, ou então
deemos 'ro$urar 'or uma $om'reensão nãotrans$endent al da
!"nda mentação de u60os morais
; G ii ro de B .ert s 0he %oral -ides( Kar'er 3455 (9oa ed inglesa& %o ru li í1 GR*ord,
34::), # a'enas a ersão eRtrema desse m#todo direto
=?
'rin$6'io su'erior +m tal ti'o de *undamentação # *a$ilmente
$om'reens6el,
damentação não Quando
#, então #, absoluta,
in$uladamas
a a'enas
uma autoridade
hi'ot#ti$a,L'ois
*una
'remissa su'erior, 'ortanto, este 'rin$6'io mesmo e res'e$
tiamente a autoridade Que $ont#m este 'rin$6'io, deem ser
'ressu'ostas $omo a$eitas 'eia $rença Xo entanto, esta # uma
$ir$unstân$i a Que *i$a o$ulta na 'r'ria $rença Caso tenhamos nos
liberado de um tai ti'o tradi$ionalista de *undamentação, 'are$e
sugestio em 'rimeiro lugar *unda menta r em 'rin$6'io os u60os
morais de *orma semelhante, Quer di0er, a 'artir de um 'rin$6'i o
su'erior, Que não 'ode mais ser agora do ti'o de ema autoridade/ e
tamb#m 'are$e sugestio não 'ensar mais a *undamentação $omo
hi'ot#ti$a, 'ois uma *undamentação hi'ot#ti$a não # su*i$iente,
Quando as 'remissas su'eriores não estão ligadas em uma $rença
Desta *orma, 'are$e surgir um dilema, 'ois se uma *undamentação
a ganir de baiRo *i$a inteiramente eR$lu6da, e uma *undamentação a
'artir de $ima dee 'ressu'or uma 'remissa Que dee 'or sua e0
ser a$reditada uma *undamentação de u60os morais 'are$e
eR$luida
a 'artir de ra0"es *ormais, isto signi*i$a Que o sentido de *un
damentaçãoU, 'or mais Que sea em'regado, 'are$e não 'ro
'or$ionar o Que se 're$isa
LQui Yant 'ensou 'oder solu$ionar o 'roblema $omo o oo de
Colombo, ao 'ro'or *undamentar o u60o moral em uma 'remissa
Que sim'lesmente re'resenta a 'r'ria id#ia do estar
*undamentado, a ra0ão Seria 'oss6el resumir sua id#ia do
seguinte modo, $aso seamos ra$iona is de um modo geral, então
deer6amos re$onhe$e r a alidade dos u60os morais,
res'e$tiam ente, daQueles u60os morais Que Yant $onsidera` $omo
$orretos 2eremos Que esta id#ia, Que tamb#m # re'resentada
atualmente e em uma *orma modi*i$ada 'e6a #ti$a do dis$urso, # em
erdade genial, mas # um eQu6o$o Da id#ia do estar
*undamentado enQuanto tal $aso se 'ossa imaginar algo 'or isto,
não 'ode deriar nada de $onte^do Ll#m disto, tamb#m eremos
Que # igualmente absurda não a'enas a id#ia de
=;
um estar *unda menta do Vde $imaU, não mais $ondi$ionado, mas
tamb#m a id#ia de Que o deer ou o terde mora 'ossua um
sentido não $ondi$ionado, Que 'esaria sobre ns de alguma *ornia
absoluta, $omo uma o0 se$ulari0ada de Deus 9aturali0ar Deus e
a id#ia de Yant de uma ra0ão não relatia $ondu0
a'roRimadam ente a isto não # 'oss6el
DaQui se 'ode $om're ender a $ir$u nstân $ia 'e$uliar na Qual
en$ontrase hoe a #ti$a a re*leRão *ilos*i$a sobre a moral
Llguns *ilso*os (sobretudo alguns *ilso*os alemães) $ontinuam
a$reditando res'e$tiamente em noas ariantes, Que h uma
*undamentação sim'les do u60o moral/ e Que, $omo eu
tentei`mostrar, # uma ne$essidade $om'reens6el o *undamentar a
moral de modo sim'les, e assim, 'ermane$ endo ligad o a ela de
uma *ornia indis$utida, tal $omo se nos en$ontrssemos ainda em
uma religião, eles des*rutam de grande 'o'ularidadek e nos emos
$gados `nesta
Que sem're situação
o$orre nosne$essidades
Quando mais sim'les so*ismas,
*ortes estão emuma tend]n$ia
ogo De
outro lado, grande 'arte dos *ilso*os da #ti$a atuais
(es'e$ialmente os anglosaR"es) são da $on$e'ção de Que a
'ergunta 'ela *undamentação dos nossos u60os morais não 'ossui
nenhum sentido Eles a$reditam 5, 'or isso, Que o neg$io do
*ilso*o moral reside a'enas em re*letir e ordenar as 'r'rias
Vintuiç"esU morais, $olo$an doas sob um 'rin$6'io, Que 'or sua
e0 'ode, então, ser deiRado sem *undamento ao lado de outros
'rin$6'ios morais sustentados 'or outros Com isto #
des$onsiderado Que estas intuiç"es deeriam se dissoler
enQuanto u60os Que leantam f uma 'retensão obetia, $aso se
renun$ie a sua 'retensão de *undamentação
=5
Toda a #ti$a atua me 'are$e $omete r dois erros *undame n
tais Primeiro, a$etase Que ou h a'enas uma *undamentação
sim'les (absoluta), 7u nenhuma ('or sua e0 a *undam entaçã o
hi'ot#ti$a não # uma *undamentação, 'ois ela signi*i$a Que o
'rin$6'io, 'or sua e0, não 'ode ser *undamentado) Segundo,
e in$uland ose nisto, o 'roblema da moral sem're # tratado
Vdire tamen te& o 3ode4 moral ou em QualQuer $aso o 'rin$ 6'io
mora 'are$e $orreto Este #, entretanto, um 'ro$edimento de
sa$onselhel, $aso seamos $ons$ientes da situação histri$a na
Qual nos en$ontramos, uma situação $ara$teri0ada 'ela abertura e
desori entaçã o/ haer iam muito s 'rin$ 6'ios tradi$ional istas, e a
re*leRão moderna sobre a moral $ondu0iu, 'or seu lado, a muitos
'rin$6'ios, Que em 'arte se sobre'"em, mas Que $omo tais
$on$orrem uns $om os outros
reação adeQ uada a esta situação não # a de Que $ada`um
re*lita sobre sua 'r'ria intuição, da Qual ele es'eraria ($omo
-als) Que muitos a 'artilhassem, mas sim Que, antes de uma
elu$idação direta de um $on$eito determinado de moral, ini$iemos
$om uma $onsideração 'r#ia *ormal, na Qual sea $ia ri *i$ado de
antem ão $omo dee ser enten dido um u60o moral e $om isto um
$on$eito de moral em geral Em uma situação histri$a $omo a
nossa, na Qual não estamos mais segur os de uma *undam entaç ão
determinada de moral, e, 'ortanto, tamb#m de uma $on$e'ção
determinada de moral, e na Qual muitas $on$e'ç"es de moral
$on$orrem entre si, deemos ante$i'adamente nos assegurar do
Que dee ser $om'reendido 'or uma moral'
@ uma *alha *undamental das #ti$as $orrentes, Que elas
sem're eam $omo o $on*li to moral *undam ental , aQuel e Que se
d entre Quem Quer se $om'reender moralmente e aQueles Que não
Querem assimnoseQual
*undamental $om'reender (o Vego6staU)
'ro'riamente G $on*lito
nos en$ontramos hoe moral
# o Que
subsis te entre as di*er entes $on$e'ç"e s de moral Funda menta r
uma $on$e'ção de moral não signi*i$a a'enas
=>
*undamentla diante do ego6sta, mas sobre tudo *undament la
diante de outras $on$e 'ç"es de moral Este # o 'roblem a moral
*undamental de nosso tem'o, e tamb#m dee ser, 'ortanto, a
tare*a 'rin$i'al destas liç"es
G 'ressu'osto 'ara Qee 'ossamos $om'arar di*erentes
$on$eitos de moral nas suas 'retens"es de !"ndamentação é de Que
tenhamos previamente es$lare$ido o Que em geral$ os *a0 a todos
$on$e'ç"es de moral G modo usual de tratamento direto de uma
concepção de moral (aQuela res'e$tiamente $onsidera da $omo
$orreta) tem 'or $onseQ7]n$ia Qee não se 'ode mais $ondu0ir a
dis$ussão entre dois $on$eitos de moral 2eremos Que ser
im'ortante , na de*inição do Que sea uma moral , $uidar 'ara Que
se 'ossa dis$utir $om as outras a 'artir de di*erentes 'osiç"es
morais, em e0 de $ontestar im'l6$ita e re$i'ro$amente de ser uma
s morai de$idindo assi m de antemão e de *orma de*in8oria i
=:
rior G in*erior # o do $ontratualismo moral 2eremos Que este
'lano in*erior # *ortemente usti*i$ado mas Que, entretanto, # de
'ou$o al$an$e e seQuer satis*a0 o sentido 'reiamente desta$ado
de +uma moralU A !"ndamentação !orte, 'oss6el aQui, não ser a
dos u60os, mas de motiosk Lo $ontrrio, o 'lano su'erior
al$ançar, de a$ordo $om a *orma, o sentido anteriormente
desta$ado de Vuma moralU, e de um 'oeto de ista do $onte^do, de
in6$io se ligar estreitamente ao $on$eito $ontra t"alista,
di*eren$iandose dele a'enas atra#s de Que as regras, Que tio
contrat"alismo estão !"ndadas a'enas instramental mente,
'erd em este $arter instr"mental Lssim, result a uma $on$e 'ção
de moral Que $on$orda em $onte^dos $om o $on$eito 8antiano de
moral em seu 'rin$6'io *undamental& ?Tu dees res'eitar
igualmente a $ada um e não instrumentali0ar ningu#mU
Posteriormente se mostrar Que $om isto estar obtido im
'rin$6'io de *undamentação Que ai al#m, em $onte^dos ao
$on$eito 8antiano
Entretanto, ele di*eren$iase da id#ia 8antiana ini$ialmente
'elo *ato de Que não se 'retende mais uma *undamenta ção
absolut a Eu $reio Que, do 'onto de ista dos $onte ^dos , o
$on$eito $orres'onde am'lamente $ons$i]n$ia morai eRistente,
dito mais 're$isamente, Quela Que, 'or um lado, renun$ia a
'ressu'osiç"es tradi$ionalistas, e, 'or outro, ai al#m do
$ontratualismo, G Que 'odemos *a0er na *iloso*ia nada mais # do
Que 're$i samen te tomar $om'reens6 el em suas 'ressu'os iç"es
esta $ons$i]n$ia moral habitual Ser mostrado Que estas são mais
$om'leRas do Que habitualmente # a$eito, e Que esta # a ra0ão 'or
Que *oi tão di*6$il at# agora eR'li$itlas L *iloso*ia não 'ode
*a0er nada mais do Que analisar adeQuadamente em suas
'ressu'osiç"es uma 'r#$om'reensão eRisten te/ ela não 'ossui
nenhum 'onto de re*er]n$ia eRtramundano _
=4
'r'rio : 9o entanto, esta eR'li$ação do 'reiamente dado não #
a'enas a re'rodução
sustentel de uma intuição
'or usti*i$aç"es, mas *e$hada
tratase em
de siuma
mesma e não
$ons$i]n$ia
moral Que 'oss ui bons *undamentos e motios, a *aor de se
distinguir tanto da 'osição do amoralista, Quanto das 'osiç"es de
outras $on$e'ç"es de moralk
Esta $ons$i]n$ia moral não se sustenta, portanto, em um
*undamento absolut o, mas sobre um te$ido $om'leRo de *un
damentos e motios, os Quais tentarei tomar um 'ou$o mais
eR'l6$itos L di*eren$iação entre, 'or um lado, motios e_ 'or
outro , *unda mentos # o 'rimeiro 'asso Fundam entos são *un
damentos 'ara a erdade de enun$iados/ motios são *undamentos
de outro ti'o, são *undamentos Que usti*i$am uma ação ou mais
gener i$ame nte, um modo de ação, ou de uma *orma mais geral
ainda, 'ela a$eitação de um sistema moral Como eremos, o
$ontratualista não *a0 nenhum u60o moral 'ara ele hã a'enas
*undamentos no senti do de motios Lo $ontr rio, no 'lano Que
$hamei de su'erior, são *eitos u60os morais, nos Quais # dito Que
algo # bom ou mau Como eremos, os di*erentes $on$eitos de
moral são $ara$teri0ados 'or di*erentes $on$eitos de bem, os
Quais 'ermitem, então, u60os de Que algo # bom ou mau Cada
um de tais $on$eitos de bem $ont#m um $on$eito do Que signi*i$a
ser um bom homem, e res'e$tiamente ser um 'ar$eiro so$ial,
signi*i$ando isto, algu#m Que # um bom membro desta ou de
alguma so$iedade
LQui resultar uma $erta inger]n$ia de motios e *unda
mentos, uns nos outros Wue em geral deseamos ser bons
membros da so$iedade, e isto signi*i$a Que deseamos 'erten$er a
uma $omunidade morai enQuanto tal (Que Queiramos *a0er u60os
morais em geral), # em ^ltima instân$ia um ato de
: 2er o me u !hü oso#íi isc he Auf süt ze (Ensaios *ilos*i$os), ', =>A
<A
nossa autonomia, 'ara o Qual 'ode haer a'enas bons motios,
mas nenhum *undamento Como eremos, temos os mais *ortes
motios 'enseis 'ara o 'lano do $ontratualismo um 'lano Que
ainda # o do amoral ista e 'ossu6mos *inal mente bons moti os
(mas não obrigatrios) 'ara assumir, 'ara al#m deste, tamb#m o
'iano da 'r'ria moral Portanto, a dis$ussão $om o amoralista
'ode ser $ondu0ida a'enas 'ela indi$ação de motiosk O
dis$ussão $om outras $on$e'ç"es da moral não 'ode ser $ondu0ida
assim LQui estão u60os $ontra u60o s LQui e somente aQui se
'ode *alar de *undamentos Xas neste dom6nio não 'ode haer
nenhuma *undamenta ção absoluta moral do res'eito uniersal e
igual, a moral da não instrumentali0ação, de *ato, de certa *orma
não tem sustentação 9ão # mais 'oss6el mostrar Que ela # o
$on$eito de bem 'laus6el (melhor *undamentado) , Quanto aos
$onte^dos, e isto 'ressu'"e 'or sua e0 Que se Queira 'oder ulgar
moralmente
Isto signi*i$a, 'ortanto, Que a obet iidade dos u60os 'er
ten$entes a esta moral 'ode 'retender meramente a 'lausibilidade
Isto # menos do Que o sim'les estar *undamentado Entretanto, #
mais do Que uma intuição sem *undamentação e sem dis$ussão
$om outros $on$eitos 2o$]s 'oderiam sentir isto $omo
desa'ontador, mas, $omo *ilso*o, não deem os nos des$u l'ar
diante da $ons$i]n$ia moral eRistente, 'or não 'odermos *a0er
isto mais *orte do Que #/ eremos, 'arti$ularmente, Que uma
*undam entaçã o mais *orte não a'enas não est dis'o n6el , senão
Que seria absurda Isto # $omo a a*irmação *eita 'or Freud $erta
e0, diante de um 'a$iente desa'ontado, Que se QueiRou da
maldade das mulheres& in*eli0mente não 'ossu6mos nada melhor
'ara o*ere$ er
Para Quem isto 'ossa aler $omo um $onsolo, 'ode re*letir
aQui Que tamb#m nas teorias em'6ri$as não se 'ode al$ançar mais
do Que 'lausibilidade @ meramente 'laus6el Que o sol nasça
amanhã, a'esar de Que *açamos tal 'ressu'osição $om $erte0a E
meramente 'laus6el $om'reender o dis$urso sobre
<3
VbemU e VmalU, a'esar de Que sea bastante 'ara reagir $oro toda
nossa seriedade a*etia, e isto Quer di0er $om indignação ou
sentimento de $ul'a, diante daQuilo Que se nos a'are$e
$omo mau $ensurel em um sentido pla"sivelmente *un
damentado
Lo te$ido de motios e *undamentos, Que $onstituem a
nossa $ons$i]n$ia morai tamb#m 'erten$ e o *ato de Que a 'ergunta
'elos motios não a'enas estea no 'rin$6'io Queremos 'erten$er
a uma $omunidade moral $omo tal[ mas tamb#m eo *inalk e aQui
ela o$orre em dois n6eis & 'rimeiro, temos bons moti os 'ara
Querer 'erten$er $omunidade mora, determinada 'or esta
$on$e'ção de $onte^do e, segundo, temos bons motios 'ara agir
moralmente em $on*ormidade $om este $on$eito[
Em es'e$ial na Quinta lição tentarei $lari*i$ar estas $oneR"es
Entre tanto, mesm o at# l ainda não terei $hegado ao *im 'or trs
ra0"es& 'rimeira, o $on$eito de moral Que resultar dee ser
es$lare$ido mais de 'erto, no Que to$a a seu $onte^do, al#m disto
deiRandose am'liar 4Segundo, atese da limitação do ser
*undamentado eRige& a) a 'roa de Que as tentatias de *unda
mentar absolutamente esta $on$e'ção deem ser istas $omo
*ra$assadas 3A, e b) a 'roa de Que outras $on$ e'ç"es modernas da
moral deem ser istas $omo não'iaus6eis 33 Ter$eiro, a
'ergunta 'elos motios eRige, $omo iram Platão e Lristteles,
um imbri$amento da moral na 'ergunta 'elo sentirse bem, ou,
$omo # hoe *reQ7entemente *ormulado, na 'ergunta 'ela ida
boa 3=
<=
SE.62A LIÇ=O Primeiro
es$lare$imento $on$eituai& u60o
moral, obrigação moral*
oga
erdadesde Lristteles, # o *ato de ser uma sentença Que 'ode ser
<<
deira ou *alsa G segundo 'asso # então a 'ergunta, o Que signi*i$a
$om'reender
deste $rit#rioasEnun$iados
sentenças assertri$as identi*i$
morais, nos Quais adas a'enasu60os
se eR'ressam atra#s
morais, são um ti'o de enun$iado
Perguntamos, 'or $onseguinte&*tiando um u60o # moral e
Quando não o #[ Isto sem're dee signi*i$ar& Quando ele # tal a
'artir da 'ers'e$tia de Quem ulga, 'ortanto& Quando ele #
entendido $omo moral[ (Para algu#m, num dado $onteRto $ultural
'ode ser moral um u60o Que não ] moral 'ara uma 'essoa de um
outro $onteRto $ultural) 9isto est $olo$ada desde logo a
'ergunta& era Que re$onhe$emos uma moral ou em $on$eito moral[
Podese $om'ree nder Vuma moralU $omo o $onunto de u60os
morais de Que algu#m ou um gru'o dis'"e A 'ergunta, o Que # um
u60o moral, ou o Que # neste sentido uma moral $orres'onde ao
$on$eito *ormai de moral do Quai *alei na lição anterior +m
so$i logo ou antro' logo tamb#m ne$essi ta de um tal $on$eit o,
'or eRem'lo, se Quiser eRaminar a moral de uma determinada
so$iedade ou de uma $ena tribo Llis, esta 'rimeira 'arte de
nossas inestigaç"es, Que tamb#m engloba o segundo 'asso na
direção do sentido dos u60os morais, não se distingue do $on$eito
de moral usado 'or um antro' logo
Dissemos h 'ou$o& deem os deiRar $laro, o Que 5ueremos
$om'reender $om um u60o moral, 'ois obiamente 'ode se
$om'reender o dis$urso da moral de maneira diersa, e ela de *ato
*oi $om'reendida de modo di*erente L 'alara VmoralU nada tem
de sagrado e nem mesmo # muito antiga 9a *iloso*ia deemos
sem're ter $omo 'onto de 'artida Que não *a0 sentido dis$utir
sobre o erdadeiro signi*i$ado das 'alaras G Que interessa #
distinguir os diersos signi*i$ados 'oss6eis de uma 'alara e ter
bem $laro 'ara si $om Que signi*i$ado se Quer em'regla L
res'eito disto 're$isase de *ato $uidar, no $aso de 'alaras
*iloso*i$a mente im'ortantes $omo # a 'alara VmoralU, 'ara Que se
atina $om elas o Que realmen
<?
te # $ara$ter6sti$o e dis'on6el na $om'reen são humana, sendo
indi*erente em Que termos isto se eR'ressa nas diersas $ultura s
Lssim, ' eR, nao seria ra0oel (eu não digo V*alsoU, urna e0
Que aQui não se 'ode *alar em V*alsoU) designar $omo morais
a'enas aQueles u60os Que ns mesmos $onsideramos $omo
moral mente $orretos, 'orQue então não 'oder6amos dis$utir $om
outros sobre os u60os morais $orretos Pre$isamos de*inir a
'alara VmoralU de tal maneira Que 'ossamos distinguir e
$om'arar diersos $on$eitos de moral
Tale0 o$]s tenham se dado $onta Que na lição 're$edente
'rati$amente em'reguei os termos V#ti$aU e VmoralU $omo
inter $ambi ãeis ERist em $ontu do autore s $onte m'orân eos Que
*a0em uma di*erença entre V#ti$aU e VmoralU Xas tamb#m neste
$aso # 're$iso er $ertamente Que não se trata de uma distinção
ne$essria E $laro Que tamb#m então es'eramos ao
irtudes e 6$ios)
inestigaç"es era umado 'arte
L 'ro$ed]n$ia integrante
termo V#ti$aU, essen$ial
'ortanto, destas
nada tem
a er $om aQuilo Que entendemos 'or V#ti$aU 9o latim o termo
grego *thicos *oi entã o tradu 0ido 'or moralis' %ores signi*i$a&
usos e $ostumes Isto noamente não
<;
$orres'onde, nem nossa $om'reensão de #ti$a, nem de moral
Ll#m disso, o$orre aQui um erro de tradução Pois na *tica
aristot#li$a não a'enas o$orre o termo *thos ($om e longo), Que
signi*i$a #ro#riedade do car6ter, mas tamb#m o termo *thos ($om
$urto) Que signi*i$a costume , e # 'ara este segundo termo Que
sere a tradução latina
9a *iloso*ia es$rita em latim a 'alara moraiis eio então a
ser Quase um termo t*cnico , Que não 'ermite mais 'ensar muito
em $ostumes, mas Que *oi em'rega do eR$lusi amente em nosso
sentido de Vmora lU L 'artir da6 'odese $om're ender a estranha
tradução alem ã 'or -5itten& ($ostumes), $omo en$ontramos, 'or
eRem'lo, no t6tulo do liro de Yant, %etafísica dos 7ostumes( Yant
a6 nem seQuer 'ensou em $ostumes no sentido usual (usos), mas
sim'lesmente em'regou o termo $omotradução 'ara%no, Que,
por s"a e0, não era mais $om'reendido no seu sentido srcinal
<5
$i'ii na *ilos*i$a , os dois termos não são bem a'ro' riados $omo
elemento de orientação 'ara es$lare$imento daQuilo Que Queremos
di0er $om moral ou u60omoral LQui *a0 mais sentido re*erirse a
uma 'e$uliaridade do uso ling76sti$o, Que tem ra60es mais
'ro*undas e a 'artir da Qual 'odemos 'ressu'or Que algo
semelhante tamb#m se en$ontra em outras $ulturas (9aturalmente
*ilo dee $om isto ser a*irmado dogmati$ament e um uniersal
ling76 sti$o , 'elo $ontr rio, $omo em $odos os $asos anlog os na
Filoso*ia 3, a'enas dee ser dito& o Quanto eu 'osso er, isto ale
'ara as l6nguas 'or mim $onhe$idas& se *orem iden ti*i$adas
$ulturas Que não $onhe$em este ou algum uso semelhante de
linguagem, então a 'oss6el modi*i$ação do $on$eito dee ser
es$lare$ida $aso a $aso
2in$ulo este uso de linguagem a um determinado em'rego do
gru'o das 'alaras Vter ds [2pnão 'odef>p deeU e do gr u'o das
= Para bom' o melhr trabalho ainda e .K \right 0he Vurieties of : !ondres 345<
Para ;er de e derer $* 1!K Xa$8ie Et hi cs ' Penguin [ zz #'
<
<>
VDee rU # em'regado tanto no dis$urso teri$ o Quant o no
'rti$o $omo um .ter deU en*raQue$i do, um `ter de&:"e admite
eR$eç"es ; VDeeria $hoer amanhãU # um eRem'lo, ou no 'rti$o&
Vtu não tens de 'artir agora, mas deerias sair, seria
re$omend elU Xão # *eli0 (ou hom) o *ato de uma grande 'arte da
*iloso*ia, sobre tudo ;ant$ em'regar a 'alara -dever& 'ara as
normas ` morais L gente não a'enas dee mante r sua 'romes sa,
mas tem de mant]la
Em gerai *alamos de uma ne$essidade 'rti$a Quando a
'odemos estabele$er numa relação $om algo, $omo no meo
eRem'lo $om o trem, Se eu sim'l esmente digo a algu# m Vtu tens
de agir assimU, # bio, se ele não $om'reende o $onteRto, Que ele
deole a 'ergunta V'ara Qu][U (relati o0u[) ou Vo Que a$onte$e
se eu não o *i0er[U ERem'los& Ventão tu não al$ançars o trerr* ou
Ventão 'assars malU ou Ventão tu não $osen as as regras do ogoU,
ERiste $ontudo nm em'rego de Vier de em Que a deolução da
'ergunta # im 'oss 6el Di0emos, ' eR, a algu#m Que humilha um
outro& Visto tu não 'odes *a0erU não $om re*er]n$ia a algo, mas
sim'lesmente Vnão 'odesU/ ou Vtu tens de $um'rir tua 'romessaU,
não Quando tu Queres al$ançar isto ou aQuilo, mas Vtu sim'lesmente
tens deU, e este # o modo de em'rego moral
+m modo semelhante de em'rego distinto en$ontramos em
bom e ruim Estas 'alaras, Que ainda 're$isam ser es$la re$idas
$om mais 're$isão, são igualmente em'regadas em geral de
maneira relatia Por eRem'lo& algo # bom em ista de um
determinado obetio, ou # bom ou ruim 'ara algu#m ('ara o seu
bemestar), ou # um bom de tal e tal maneira, ' eR, um bom $arro,
um bom relgio, um bom $antor Xas tamb#m eRiste um em'rego
em Que a 'alara VbomU # em'regada gra
<4
u60os não se *a0 re*er]n$ia ao Que emite o u60o, $omo se *osse
dito Que (sendo eu Quem *a0 o u60o) algo me desagrada
G $rit#rio 'ro'osto 'are$e serir bem 'ara o Que na tradição,
*ilos*i$a # temati0ado 'or u60os morais, 9aturalmente m
$orres'ond]n$ia não 'ode ser eRata/ 'ara isto a tradição não est
su*i$ientemente determinada` L 'artir de agora 'assarei a
em'regar a 'alara VmoralU no sentido agora de*inido
Eu deeria agora tamb#m men$io nar uma 'ro'osição !eita
re$entemente 'or <emard =illiams$em seu liro Ethics and the
Limils of!hiloso#h1 (' Is) \illiams $om'reende a 'alara
VmoralU mais 9 menos $omo eu e distingue dela o V#ti$o ;f
$omo algo mais abrangente 9isto ele se re*ere a uma *ormulação
de Platão, segundo a Qual nas indagaç"es so$rti$as tra tase da
'ergunta& $omo se dee ier ( #os bioteon<' Este ?t ter deU #
eidentemente uma ariante gramati$al 'ara i? dee (VComo ns
deemos ier[U)/ e 'are$e agora eidente #mm
J \illiams e n isto l he d aremos r a0ão Q ue e sta 'e rgunta
dee ser $om'reendida não a'enas $omo moral Wuando algu#m,
numa situaçã o $on$reta, 'ergunta& Vo Que se dee *a0er [U i?o Que
eu deo *a0er agora[U, ser deolido 'ara ele a 'ergunta& VComo
tu entendes a 'ergunta[ Wual # teu 'onto de re*er]n$ia[ @ aQuilo
Que # bom ou ruim 'or si mesmo o Que # moralmente $orreto ou
in$orreto ou tu 'erguntas, o Que # melhor 'ara ti, re*erindose a
'ergunta ao teu bem estar[U 9o ^ltimo $aso ela #, 'or
$onseguinte, relatia, ainda Que de uma maneira 'arti$ular L
'ergunta u$omo eu deo ierU 'ode ser $om'reendida num e
noutro sentido Isto, 'or#m, signi*i$a Que a 'ergunta $omo a
entende $laramente \illiams tem em si e 'or si um sentido Que
abrange as duas inter'retaç"es Xas, Que 'onto de re*er]n$ia teria
então o deer[
@ erdade Que ns s e0es *ormulamos a 'ergunta de ma
neira inde*inida/ neste $aso ela então não tem um sentido mais
abrangente/ sim'lesmente não est $lara +m VdeerU Que não se
$om'reende de nenhuma maneira, Que não tem um 'onto de
?A
re*er]n$ia de*inido, não tem sentido, ao menos não um sentido
de*inido Qui 'ortan to sem're $abe a deolução da 'ergun ta/
V$omo to entendes a tua 'ergunta[U Podese na erdade 'ensar e
eu mesmo de*enderei esta $on$e'ção) Que as duas 'erguntas
aQuela Que tem $o mo 'ont o de re*er]n $ia o mora l e aQuela Que
tem $omo re*er]n$ia o bemestar 'r'rio estão rela$ionadas
entre si ; mas o sentido Imediato das 'erguntas # ini$ialmente
diersok Podemos, por conseg"inte, se o Quisermos, de*inir o #ti$o
di*erentemente do moral, mas não se 'ode de*ini lo $omo algo
mais abrangente Que o moral/ uma tal Questão não eRiste G Que
entretant o # 'oss6el, # de*inir a 'ergunta V$omo se dee ier[U
Quando ela não * $om'reendida $omo moral, mas, a t6tulo de
'rud]n$ia, re*erida ao 'r'rio bem estar $omo uma 'ergunta
#ti$a Isto então sere bem 'ara a 'ergunta V#ti$aU dos antigos
*ils o*os, Que se re*eri a s metas mais elead as da ida humana
(C6$ero denominou seu +ro $orres'ondente a isto =e Finibus>
sobre os *ies), conse>entemente, â 'ergunta 'elo bemestar, 'ela
*eli$idade (Lristteles& eiidaimonia<'
+ma outra de*inição terminolgi$a 'oss6el do termo V#ti$oU
#, di*e ren$iandoo do moral, $om'reend]lo $omo a re*leRão
*ilos*i$a sobre a VmoralU Foi neste sentido Que eu ente ndi o
termo no t6tulo destas liç"es, e # neste sentido Que o em'regarei
Tendo agora um $rit#rio de re$onhe$imento 'ara u60os
morais, e isto Quer di0er, 'ara uma moral, 'osso 'assar 'ara a
'ergunta& $omo estes u60os deem ser com#reendidos; G Que
signi*i$a, $olo$ar esta Questão est agora 'renun$iado 'or aQuilo
Que resultou da 'ergunta 're$edente 'elo $rit#rio de re
$onhe$imento Pois eu 'odia, na erdade, re*erirme a uma
$om'reensão 'reliminar do em'rego absoluto de Vter deU, VdeeU,
Vnão 'odeU,
estaa, bem $laro
'or#m, $omo Que
do em'rego
não se absoluto
dis'unhadedoVbomU e VruimU/
signi*i$ad o dos
termos nesta maneira de em'rego Isto o$orre de
?
modo semelhante em todas as 'alaras *iloso*i$amente im'or tan
?=
messaU, Vtu tens de ir, se Queres al$ançar o tremU), sem're a'onta
'ara uma sentença uniersal de Vter deU (Va gente tem de $um'rir
a 'romessaU, Vse a gente Quiser al$ançar o trem a 'artir daQui, tem
de 'artir de0 minutos antesU) 9isto disti nguem se as sentenças
Vter deU e VdeeU dos 'uros im'eratios, $omo Vide agoraU
Lmbos são $ono$aç"es 'ara a ação Xas deolução da
'ergunta V'or Qu][ f do interpelado, 'odese res'onder num
im'erati o gramati$al, ou $om uma sentença uniersal ler deU ou
-deve&, ou então a'ontando 'ara algo Que 'ode ser um motio
'ara o agente, ' eR, V'orQue senão eu te matoU ou então
sim'lesmente Veu QueroU (G Que Yant entretanto denominou
im'eratios, não *oram de modo algum im'eratios gramati$ais,
mas sentenças de deer ,?ollsãrze<( al#m disso ainda de um ti'o
es'e$ial)
Pode se agora di0er Que todas as senten ças uniersai s Vtem
?<
re*leRão Que se segue #, 'or isso, delimit ada nes6a 'ers'e$tia, a
?
Qual a'enas am'liarei nestas liç"es num momento 'osterior
Como uma regra ou norma sem're # a'resentada $omo
(relatia ou absol"tamente9 deida uma maneira de agir Dis
tingiiemse regras e%ou leis 1podese $om'reender as le6s $omo
regras sem eR$eção ) 'rti$as de teri $as, eRatam ente $omo o
imos 'ara as res'e$tias sentenças de ter de&, etc$ -egras e leis
teri$as (' e?$, -é urna lei, Que o vidrotem de $air , Quando tu o
soltasU) são $onstruidas a 'artir de regularidades obseradas/
*aiamos, inersame nte, no 'rti$o, Que # 're$iso seguir a regra/ na
medida Que a gent e não o 0er, 'ode ser criticado em relação a
ela ; Somen te as regras 'rti$a s 'odem os, $om senti do, tamb#m
designar $omo normas FreQ7entemente a 'alara VnormaU #
de*ini da mais restr itame nte/ eu $ontu do a Quero em'rega r $omo
sinnimo de Vregra 'rti$aU
Pre$i samos 'ois disti nguir diersos ti'os de regras 'rti $as
(sentenças 'rti$as ter de) 9isto senso pamc"larmeme
im'ortantes 'ara mim aQuelas regras Que eu Quero designar $omo
regras da ra0ão e aQuelas Que designarei $omo normas so$iais
Destes dois grandes gru'os eu ainda Quero distinguir regras de
ogo Esta diisão não tem a 'retensão de ser $om'leta/ ela
sim'lesmente basta 'ara meus obetios (G Que são, ' eRem'lo,
regras de *ala[)
+ma norma da ra0ão eu Quero de*inir de tal maneira, Que ela
sea uma regra Que 'ode ser introdu0ida, sea $om as 'alaras V#
ra0oelU, sea $om a eR'ressão V# bom (ou& o melhor)U Por
eRem'lo& Vseria ra0oel (ou bom) 'artir agora, se tu Quiseres
al$ançar o ^ltimo tremU ou Vseria ra0oel (ou bom bom 'ara ti)
se 'arasses de *umarU 9o 'rimeiro eRem
; C* K! L Kar t 0he 7once#t ofLa@' GR*ord 3453 ' >4s
??
'io uma ação # ista $omo 'rati$amente ne$essria 'ara al$ançar
uma meta estabele$ida (neste $aso& 'egar o ^ltimo trem)/ no
segundo eRem'lo o 'onto de re*er]n$ia # o bemestar da 'essoa
Podese agora di0er Que nos dois $asos, Quando a 'essoa não
age $omo neste sent ido ela de9e;tem de agir, então ela agiria
irra$ionalmente Esta # a ra0ão 'or Que 'are$e ter sentido designar
este ti'o de regras de ação $omo regras da ra0ão Desta eR'li$ação
'odemos ao mesmo tem'o tirar uma mRima, de $omo geralmente
se dee 'ergunt ar 'elo sentido de uma res'e$ti a ne$essidade
'rti$a Pois [ a eR'ressão Vtem deU, em seu uso 'rti$o 'oderia
'rimeiro 'are$er 'ro'riamente in$on$eb6el em seu signi*i$ado Lo
redu0ila agora Quilo Que a$onte$e, Quando a 'essoa não,age
assim, ns temos uma sentença Que se re*ere a aigo empiricamente
dis'o n6el Ao mesmo tem'o ã 'odemos agora ante$i 'ar Que a
$ada sentença .!ctem de_` 'erten$e uma sanção, algo Que seria
negatio
'ode er 'ara
Que aQuele
sentidoQue age, ter
'oderia $aso ele de
*alar nãouma
agisse assim 9ão
ne$essidade se
'rti$a
>
(do Vter deU ou do Vdee` ), se a gente não $olo$asse em sua base
esta sanção neste sentido am'lo Portanto, # de se es'erar Que o
Vter de das normas morai s, gramati$al mente absoluto, # relat io
no sentido de ser relatio a uma sanção
Sentenças de `ter de Que se re*erem a regras de ogo dis
tinguemse essen$ialmente de normas da ra0ão Se no Radre0 eu
*aço os mesmos moimentos $om a torre e o bis'o, então isto não
# irra$ional, mas $ontradi0 as regras do ogo Poder6amos nos
imaginar um outro ogo, o Qual *un$ionaria desta maneira Dirse
, $ontudo, logo Quele Que Quer ogar desta maneira& V`assim tu
não 'odesU Por Que não[U VPorQue então tu não ogas este ogo&
este ogo # de*inido 'or estas regras, estes moimentos 'oss6eisU
?;
nados im'erati os hi'ot#ti$os de Yant/ o segundo $orres'onde
5
mais ou menos ao Que ele denominou o im'eratio assertri $o
Então Yant 'ensou em ainda 'oder distinguir destes dois ti'os um
ter$eiro ti'o de normas da ra0ão, os assim denominad os
im'erati os $ategri$os , e a sua lese era Que as normas morais são
im'erati os $ategri$ os Entendese 'or im'eratio $ategri$o ema
regra da ra0ão sem 'oeto de re*er]n$ia/ seria então ra$iona *a0er
algo, não $om re*er]n$ia a um determinado obetio e tamb#m não
em ista do bemestar de Quem age (ou *a0) ou de um outro ser,
mas em s6 mesmo Yant a'roeitase nisto do *ato de normas
morais 'oderem ser *ormuladas $omo u60os de alor absolutos (VE
bom%ruim *a0er ?&9, e assim 'ensa em 'oder re*ormular estes, de
maneira bem anloga aos im'eratios hi'ot#ti$os e assertri$os& VE
ra$ional%i rra$ional *a0er ?0@
Contradi0, 'or#m, nossa`$om're ensão normal di0er Que
5 .rundlegung 0ur Xeia'hsi8 der Sitien, Edição L $ad]mi$a, I2 ' ?i?s
?5
Com isto 'are$e 'ortanto $erto Que Yant, Quando a*irma Que
?>
oltemonos agora Quelas regras 'rti$as Que eu $hamo de
normas so$iais L'resento este termo da seg76nte maneira& aQuele
B$ +ma e0 Que mostrarei Que as normas morais são um ti'o de normas so$iais, $on$ordo
nesta medida tamb#m $om a tese de P hiii''a Foot Que normas morais são
"m $erto ti'o de im'erati os )ipotéticos$ C* Foot , oraiit as a SZstem o* (po
theti$al Im'eraties in& !hü ts o#i uai l - e9i e@' :3 (34>=)
dades) Para a $on$e'ção $ient 6*i$o so$ia l a'ena s # signi*i$atio
Que ela d] uma res'osta ainda Que não satis*atria 'ergunta,
$omo dee ser $om'reendido o deer es'e$6*i$o em u60os morais
LQui naturalmente reside ara0ão de$isia, 'orQue não basta a
subsiinção nos im'eratios hi'ot#ti$os/ não se atingiri a desta
maneira o es'e$6*i$o da sanção so$ial
O $on$e'ção $ient6*i$oso$ial 're$isa ser di*eren$iada mais
am'lamente Pre$isaremos atender a dois as'e$tos Em 'rimeiro
lugar, 're$isase er Que aQui a sanção, di*erentem ente das normas
ur6di$as, # uma sanção interna G Que isto signi*i$a mostrarei
a'enas na 'rRima lição
Em segundo lugar, um 'onto *ra$o im'oitante da $on$e'ção
$ient6*i$a indi*eren$iada # Que ela não distingue entre $onenç"es
e normas morais, Podem eRistir $ulturas Que não *a0em esta
distinção, tam'ou$o 're$isam ter estabele$ida uma
regulamentação lega 'ara o $as*6go, Que sea distinta da 'ressão
so$ial di*usa Para as $ulturas 'rRimas a ns, entretanto, # dada a
distinção, tanto entre as regras $onen$ionais e morais Quanto
entre estas duas, de um lado, e as normas legais, de outro
(9aturalmente as normas $riminais 'odem, 'or sua e0, ser
ulgadas moralmente boas e ruins/ $ontudo as normas ur6di$as são
inde'endentes de tal ulgamento)
Como se dee $on$eber a di*erença entre o $onen$ional e o
moral[ Se eu tiesse indo nu aQui 'ara o auditrio, o$]s sem
d^ida teriam a$hado isto não a'enas estranho, mas tamb#m
inadeQuado Se então lhes tiesse 'erguntado 'orQue reagem desta
maneira, o$]s então 'oderiam ter res'ondido& VIsto não se *a0U
ou V$onos$o, nesta $ultura, isto não # $ostumeU Xas o$]s mal
'oderiam ter dito o Que haeriam de di0er, se eu tiesse
humilhado algu#m& VIsto # ruimU
Isto *i$a $laro $om a eR'li$ação da distinção Que segue
9uma $onenção so$ial a reeição de uma $onduta 'elo gru'o # a
^ltima (instân$ia) Wue entre ns não se age desta maneira
(isto #, não se di0 não se 'ode agir assim), isto sim'lesmente est
*undam entado no *ato desta $onduta ser reeitada 'or ns Esta
reeição # a *undamentação, e não tem a 'retensão de, 'or sua
e0, ain da ser !"ndamentada$ L reeição na in*ra ção de "ma
norma moral, ao $ontrrio, *undamentase obiamente, 'or sua
e0, no *ato de a gente a$har ruim um semelhante 'ro$edimento
Lssim a anlise do sentido de*inido, Que tem o 3er de&,
gramati$almente absol"to, reQuer agora, 'or si mesmo, tamb#m a
eR'li$ação do sentido de*inido do em'rego gramati$almente
absoluto do outro gru'o de 'alaras VbomU e VruimU
Deese di0er Que o $onen$ionai est rela$ionado $om o
moral, ao menos enQuanto ele,tamb#m im'li$a um Vter deU
absoluto[ Seu $arter de absoluto ser $ontudo retido ao se
relat6i0ar sua 'retensão reeição de determinados gru'os ,Bn.s
reeitamos isto&9$ 9a medida Que um rem de 'rti$o, $omo tal, não
# 'ensãel sem sanção, se 'ode ante$i'ar Que tamb#m no moral,
atrs da *orma da sanção, gramati$almente absoluta, est $ontido
um 'onto de ista relatii0ador
;A
TERCEIRA LIÇ=O
>Bom> e >mau>?
aQui a 'ala
subetio/ emrasegundo
bomU lugar,
est inseri da em umQuando
es'e$ialmente, $onteRto ling76 a sti$o
usamos
'alara isoladamente $omo res'osta a um $onit e Llgu #m me
di0, 'or eRem'lo& V2amos hoe noite ao $inemaU, e res'on do
VestbemU n 9este em'rego isol ado, a 'alara # sim'lesmente
enten dida $omo a eR'ressão V$om 'ra0e rU ,geme< ou $omo o
VsimU, entendido em sentido 'rti$o, e eR'ressa a'enas uma
atitude'r subetia& Vsou a *aorU Para a negação não
em'regamos neste $aso nenhuma 'alara anloga (VmauU), mas
di0emos sim'lesmente VnãoU 9o 'rimeiro $aso, a re*er]n$ia
subetia # eR'ressamente indi
;=
$ada, no segundo, ela $ons titui o $onteRto, 9ão se ít&íz e am
estadode$oi sas obeti o sobre $uo ulgamento $orreto ou in
> G artigo $lssi$o # iG +rmso n _fGn .rad ing`f in& Fie Logi c an d La ng ua ge ' =nd
series GR*ord, 34;< ' @8 ; D
maisU, mas Que # digno de 're*er]n$ia, Que h *undamentos
obetios 'ara 're*enlo
Como relatiam
senão se dee 'oder
ente a!"ndamenta Que
"m Querer ar al go,algo # digno
'ortan de 're*er]n$ia,
to, Que, 'or sua e0,
# um 're*erir ('reem inente)[ Teremos, 'ortanto, de es'erar Que,
onde temos a er $om o digno de 're*er]n$ia, sua obetiidade, ou
*ra$assa, ou $ont#m ainda outros *atores Que não o da
ra$ionalidade
Gs em'regos atributios de bomU a'ontam nesta direção
9o $aso do em'rego atributio, tratase sem're de ordenar obetos
a Que um 'redi$ado se a'li$a em uma es$ala de VmelhorU e V'iorU,
de tal modo Que, se algu#m tem um c a es$olher, 're*erir, baseado
em *undamentos obetios, o c melhor *rente ao 'ior Poder,
naturalment e, 're*erir b( embora
: Fund amen taç ão( I2 ?3<& Prati$amente bom #, 'or#m, o Que determina a ontade 'or
meio das re'resentaç"es da ra0ão, 'ortanto não 'or $ausas subetias, mas obetias, isto
#, 'or *undamentos lidos 'ara todo ser ra$ionai
;?
ulgue a melhor, mas então não 're*ere baseado em *undamen tos
obetios
;;
Temse tamb#m em ista este ti'o de 'ro$edimento Quando se
di0 Que um obet o art6sti $o # bom ou Que # melhor Que outro W
'r'rio
são Yani de*endia
obrigatrios ero geralaQui a $on$e' ção de Que) eu60o
( allgemein9erbindlich s est#ti$os
neste sentido
t]m um estatuto obrigatri o, embora não seam *undamenteis 3A/
aQui se tem, em lugar de uma *undamenta bilidade, a mera
igualdade do subetio, a igualdade no tomar $omoa grad el
:efallennehmen no 're*erir Isto não signi *i$aa 'ara Yant
Que todos os homens de *ato ulgam igualmente, no dom6nio
est#ti$o, mas Que o Que u1ga sustent a a 'retensão de Que todos
de9eriam (sollten) ulgar igualmente G Que signi*i$a este
Vdeeriam U, se não 'ode ser a'oiado em *undamentos [ Sem entrar
nas 'arti$ularida des da teoria 8antiana, isto signi*i$a 'ara Yant
Que tale0 se 'ossa *ormular assim todos t]m uma
re$e'tiidade ,Em#f6ngiichkeit<( igual em 'rin$6'io, 'ara o
esteti$am ente satis*atrio Este modo de eR'li$ar uma igualdade
no u60o $orres'onde a'roRimadamente ao Que disse antes Quanto
ao ulgamento das eR$el]n$ias humanas& G Que d o 'adrão
,massgeben< # o Que os eR'erimentados 're*erem Isto 'ermane$e
di*6$il, mas deiRa entreer a 'ossibilidade de uma eR$el]n$ia
lida em geral, Que, $ontudo, não se a'oia em *undamentos
9o $aso de u60os morais não nos # 'ermitido es'erai_ eRa
tamente este ti'o de eR$el]n$ia lida em geral e, $ontudo, não
*undamentada de modo em'6ri$oobetio, $omo se d no est#ti$o
e no Vt#$ni$oU Basta, 'or#m, em 'rimeiro lugar, Que o sentido de
tal 'ossibi lidade não sea eR$lu6do de antemão, e, em segundo
lugar, temse de insistir em Que aQui não se trata de um sim ou
não, mas de Que o sentido redu0ido de uma alid ade geral ,
eentualmente 'oss6el, tem de ser re$onhe$ida em $ada $aso em
seu sentido 're$iso
3A C* 7rítica do 2uízo( :s 9a erdade Yantem'rega, Quanto a u60os est#ti$os, a
'ala ra Vbe ioU e n ão a ' ala ra bom
Wue sentido 'oderla te r o em'rego gramati$a l mente absoluto
da 'alara -bonTH G signi*i$ado Que ;an# yhe atribuiu tem de ser
reei tado, 'orQue uma *unda menta $ao absol$ se $ho$a, tanto
contra o sentido de ra$ionalidade , Quanto $entra o sentido de
eR$el]n$ia& o digno de 're*er]n$ia não 'ode ser sim'lesmente
sobre'osto ao pre!erir, tem de ser ema 'ossibilidade
'reeminente&do 'r'rio're*erir Se não se segue sim'le sment e a
inter'retaç ão partic"lar de ;ant, "e tem de ser en$arada $omo
uma $onstru ção *ilos*i $a, então poderia parecer Que a 'alara
-bom& nesta 'osição gramati$al como um mero 'redi$ado não
relativo a 'rin$6'io não tem nenhum sentido $laro
Poderseia 'ro$u rlo em duas direç"e s Em 'rimeiro lugar
'oderseia di0er $omo Kume & bom, neste sentido, # o Que todos
os homens d e *ato 're*ere m e nesta med ida aoro am/
J mau o Que de modo $orres'ondente, $ensuram Esia
$on$e'ção teria uma $erta semelhanç a $om a $on$e'ção de Yani
a$er$a dos u60os est#ti$os, mas aQui não nos *a0 aançar
L 'ro'osta de Kume # boa at# aonde al$ança, mas temse de
*a0er a ela duas obeç"es& em 'rimeiro lugar a'resenta o Que na
#ti$a *oi$ ham ado *al$ia natural6sti$a& na #ti$a sim'lesmente
$onstatar6amos o Que os homens de *ato a'ro am, e temse de
'er$eber diante disto Que u60os sobre haer u60os morais são
em'6ri$os, mas Que a 'retensão dos 'r'rios u60os morais não #
em'6ri$a ($* a$ima 'rimeira lição) Gra, isto # 're$isamente
negado 'or Kume, e ele nos *aria re*letir Que não temos nenhuma
outra ia Que não a natural6sti$a, inus tamente denominada de
*al$ia Deese alis, $onsiderar Que Kume somente se 'de dar
'or satis*eito $om esta $on$e'ção, 'orQue admitia Que todos os
homens ulgam moralmente de modo id]nt i$o +m $on$eito de
moralidade Quenão deiRe aberta a 'ossibilidade de rios
$on$eitos morais tem, $ontudo, de 'are$ernos hoe ina$eitel
;>
L segunda $onsideração 'are$em e ainda mais $oer$itia e
tamb#m nos $ondu0 adiante& a*irmei ante$i'adamente, ao *im da
lição anterior,
$onen$iona is 'orQue
ser aasalo$ação
normas 'ositi
moraisa, no
se$aso
distinguem
de um u6da0o
s
moral, !"ndament'vel$ Esta !"ndamentação, assim o a*irmei,
re*erese eRatame nte ao ulgamento de um estadode $oisas (ou de
uma ação, ou tamb#m da norma) $omo bom%mau a'roação Que
Kume $om ra0ão ino$a não # sim'lesmente um assentimento
'rti$o, mas nele se *a0 re*er]n$ia a um ser bom a*irmado ,em
behau#tetes 7iitsein < a Que se re$orre $omo *undamentado W
a'roar $onsiste no ulgamento de um ato como obetiamente
eR$elente, e isto não 'ode ser inertido (o ato não # bom 'orQue
a'roado, 'ois então o a'roar 'erderia o sentido) Isto signi*i$a
Que estes u60os se a'iam em um $rit#rio, em um *undamento
G re$urso de Kuirte ao ulgamento subetio nae?plicação do
bom gramati$almente absoluto #, 'ortanto insu*i$iente Se o u60o
tem um $onte^do obetio, o bom $em de ser en$on tra do neste
Como então se dee entendêloH Em'reendi $erta e0 uma
tentatia de res'onder diretamente a esta Questão ; s , ulgando Que
este sentido gramati$almente absoluto de VbomU dee ser
entendido no sent ido de Vbom na mesma medida 'ara todosU
Xas abstraindo do resultado absurdo de Que então um
determinado $on$eito moral $om $onte^do se seguiria de um mero
sentido de VbomU, logo 'er$ebi Que era uma mera 'ostulação (uma
$onstrução *ilos*i$a), e Que VbomU aQui 'oderia ser entendido
assim, 'or eRem'lo, no sentido da moral utilitarista ou tamb#m no
senti do do hegeliani smo $omo Vbom 'ara o todoU 2isto assim,
em e0 de VbomU 'oderia at# mesmo estar um Voutro 'redi$ado de
*undamenta çãoU, 'or eRem'lo,
33 C* meu artigo S'ra$he und Ethi8`f v!inguagem e #ti$aw (34>:) re'rodu0id o em meus
Philoso'his$he Lu*sqt0e vEnsaios Filos*i$osw
;:
VsantoU 3 Este 'asso *oi im'ortante 'ara mim, 'orQue desee então
$om'reendi Que 're$isamos de um $on$eito moral *ormal Que
admita tomandose
lugar, di*erentes $on$eitos
'oss6eis$om $onte^d
tamb#m o Xas,
outros ern 'rimeiro
V'redi$a dos de
*undamentaçãoU, os 'redi$ados VbomU e VmauU 'erdera m o sen
legar de honra Que 'are$em ter nos u60os morais Em segundo
lugar, 'o r#m e esta # a di*i$uldade em Que agora estamos p
tomo"seme $om isso $laro Que ioda tentatia de determinar
diretamente o serbom desta maneira seria uma mera $onstrução
*ilos*i$a e, $omo tal, arbitrria
Desde minhas V-etrataç"esU de 34:< 3< de*endo, 'or isso, a
$on$e'ção de Que não h um signi*i$ado do emprego grama
ticalmente absoluto de VbomU 'ass6el de ser $om'reend ido
diretamente, mas Que este remete a um em'rego atributio
'reeminente m Que di0emos Que algu#m # bom não $omo
ioli nista ou $o0inheir o, mas $omo homem ou membro da $o
munidade como 'ar$eiroso$ial ou 'ar$eiro $oo'erador Isto
signi*i$aria Que VbomU neste sentido não est rela$ion ado 'ri
mariamente a aç"es, mas a 'essoas , l Lristtel es $on$ebia Que
`bomU no sentido mora dee ser entendido desta maneira 9ão
'osso 'roar este 'asso 2eremos, 'or#m, Que ele 'ermite um
es$lare$iment o e*etio da alor ação gramati$almente absoluta
+ma ação # boa, $omo o entende Lristteles, Quando # a a$ão de
um homem bom Com o $on$eito de homem bom temos o Que
*altaa em Kume, um 'onto de ista de *undamentação 'ara
a'roar e $ensurar, Que #, $ontudo, su*i$ien tement e *ormal 'ara
estar aberto a di*erentes $on$eitos de moral
+ma e0 Que se trata de um em'rego im'li$ itamente atri
butio de bomU, somente o 'odemos es$lare$er 'ondoo no
$onteRto de outros em'regos atributios Que se rela$ionam a
3= C* a 'ri meir a de mi nha s V Drei 2orle sunge nU v D0r/s liçGesDH em& !rob leme der
$robemas da F!i%aG
;4
seres humanos, 'ortanto no das $a'a$idades denomin adas 'or 2on
\right $omo eR$el]n$ia s t#$ni$as
5A
ção de ergonha Que . TaZlor o*ere$eu em seu liro !ride ,
?hame and :uilt (GR*ord, 34:;)& ergonha # o sent mento de 'erda
de
de autoestima
um modo aos olhos dos outros
es'e$ialmente agudo('$ss6eis
Quando Sentimos ergonha
outro s e!etivamente
estão 'resentes e Quando os $onsideramos $om'etentes, 'or
eRem'lo, um violinista, Quando lo$ a mai em iim concerto* Xas
tamb#m Quando se eRer$ita so0inho, se to$ar mal, se energonhar
p *a$e aos olhos, ou aos ouidos, de um '^bli$o #ossí9el
J di*erença destas $a'a$idades es'e$iais Que temos de de
senoler, em geral de um modo a'enas rudim entar e bem
a'enas se asso$iamos a elas nosso sentimento de autoestima
h uma $a'a$idade $entral 'ara a so$iali0ação, esta # a
$a'a$idade de ser um ente so$ialm ente trat el, $oo'erador, ou
em uma so$iedade 'rimitia, $orres'onder ao 'adrão 'ara ser
membro desta so$&edade e gostaria a'enas de a*irmar Que as
rtoniias morais de ma so$ie dade são eRatame nte aQuelas Que
*iRam tais 'adr"es, isto #, Que de*inem o Que signi*i$a ser um bom
ente $oo'erador 9os u60os em Que di0emos Que 'essoas e aç"es
são boas ou ms, ulgamos as 'essoas não relatiamente a
$a'a$idades es'e$ia is, mas $om res'eito a esta $a'a$idade $entral
Karmoni0ase bem $om tal $on$e'ção o *ato de Que 'odemos
nos energonhar não a'enas Quando *ra$assamos em uma
$a'a$idade determinada e im'ortante 'ara ns, mas ergonha #
tamb#m a reação emo$ional Quando *ra$assamos moralme nte (*a$e
a normas, 'ortanto, Que a 'artir da 'ers'e$tia da 'essoa em
Questão de*inem o seu serbom $omo ente $oo'erador) Lristteles
$onsiderara at# mesmo em sua dis$ussão da ergonha ,-et.rica B
5) a'enas a ergonha moral
Se, 'or um lado, a ergonha moral se insere no *enmeno
mais abrangente da ergonha tamb#m *a$e a outros *ra$assos (ou
su'ostos
$larament*ra$asso s), 'or
e da ergonha outro lado,
nãomoral Isto todaia, ela se distingue
# es'e$ialmente
is6el Quando nos 'erg untamos $omo # a reação emo$i onai de
5uem est6não
'^bli$o diante de n.semo$ionalmente,
'arti$i'a em ambos os $asos
ou, 9o $aso usual,
se sente ou o
uma emoção,
esta $onsiste em rirse da 'essoa em Questão Se, em
$ontra'artida, ema 'essoa *ra$assa moralmente, Quem est diante
dela n"nca permanece emo$i onalm ente neutr o, nem se dier te,
mas reage indignado e $om $ensura,
L $ens ura # o *enm eno estru tural mente mais sim'l es, en
Quanto o a*eto da indignação, do mesmo modo Que a ergonha, se
ergue, $omo imos ('rimeira lição), a'oiado no u60o moral
L'roar e $ensurar # o ulgamento aloratio a'arentemente ainda
des'roido de a*eto sobre uma 'essoa Que, res'e$tiamente,
$orres'onde ou não $orres'onde ao 'adrão de alor Tais
$om'ortamentos tamb#m não se dão no $aso das demais
$a'a$ idade s Wuanto a estas , 'odes e *alar de a'lau so e $r6ti $a,
sKo de a'roação e $ensura A di*erença *undase em Que 'ara 9
Que a'roa ou $ensura tratase da base normatia $omum 9o
$on6io $omo tal, 'arti$i'am igualmente o agente e aQuele Que
est diante dele LQuele Que se $ho$a $ontra esta base $omum, de
$erto modo 'uRa o ta'ete de sob os '#s do outro, e 'or isso a
indignação tamb#m est sem're $ontida na $ensura G Que
distingue a $ensura da $r6ti$a # este a*eto de indignação
im'li$itamente eRistente
L isso se liga imediatamente o *ato de Que os membros de uma
so$iedade e4igem uns dos outros não serem maus neste sentido
9o $aso das demais $a'a$idades se algu#m Quer ser um bom
$o0inheiro, um bom iolinista, et$ de'ende de Que *aça do bom
desenolimento destas $a'a$idades uma 'arte de seu sentimento
de autoestima, isto #, de sua identidade 9ingu#m eRige de
algu# m Que sea um $o0inheir o, um ioli nista, et$, e, 'orta nto,
não se lhe eRige tamb#m Que sea um bom iolinista, et$/
$riti$amos a'enas ou rimos de algu#m, se Quer ser um iolinista e
não logra bom ]Rito (9a erdade, o bom desem'enho dos 'a'#is
$ e se tem 'ode 'or sua e0 ser
5=
eleado a norma mora, e, ai#m disso, de a$ordo $om a *ormação
da so$iedade,
menos ter determinados
'reeminente/ em uma'a'#is 'ode sertradi$ional
so$iedade algo mais ou
o bom
desem 'enho de um 'a'el do serbom morai não se distingue tão
$laramente $omo o 'or mim des$rito)
G *alo de oiie todo s eRia m reciprocamente o $om'ort a
mento moral signi *i$a Que $ada um tem de ,miiss ) ser assim
$omo membr o da so$ie dade, independentemente de se Quer se r
assim G -tem deU gramati$al mente absoluto #, 'ortan to, 're
$isamente oeste sentido , tamb#m realmente (sachlich< um Vtem
deU in$on di$ion al/ V're$ isame nte neste senti do_f signi *i$a&
inde'endentemente de se Querer ser assim Isto não 'ode
signi*i$ar, naturalmente, Que este sentido # em si e 'or si in
$ondi$i onal, mas tamb# m esta eRig] n$ia re$6'ro$ a e o Vter deU
$orres'ondente $omo todo ter de somente 'ode ser entendido
$om base em ema sanção Que o$orre Quando se age $ontra ela
Lgora tomouse $lar o em Que $onsist e esta sanção& na 9er gonha
da 'essoa em Questão e na $orrelatia indignação dos outro s (e
mediante tal $orrelação 'odese distinguir $on$ei tualmente a
ergonha moral da nãomoral)
Com isto se es$lare$e agora o Que Queria di0er 'or sanção
interna' Somente # sens6el determinada sanção da indignação
Quem a internali0ou na ergonha Podese $hamar isto tamb#m de
*ormação da $ons$i]n$ia moral ,:e@issen<'
L *orma ção da $ons$i ]n$ia moral segun do eo a $oneRão ,
$onsi ste em Que o indi 6duo, de sua 'arte, se Queira en tende r
$omo membro da $omunidade Este Veu QueroU # naturalmente
di*erente daQuele de Que se *alaa no $aso das $a'a$i dade s
es'e$iais 9ele est im'li$ado, em 'rimeiro lugar, Que o
indi 6duo assume em sua identid ade (isto #, naQui lo $om o Qual
ele se Quer entender) este serassim ,?o$sein<' $omo membro da
so$iedade ou 'ar$eiro $oo'erador, a Que 'erten$e a es$ala do
VbomU e VmauU entendidos de modo gramati$almente absoluto/ e,
em segundo lugar, isto signi*i$a então Que
5<
ele se entende $omo pertencente a uma totalidade de 'essoas Que,
media nte a sanção inter na da indig nação e da ergonha, eRigem
re$i'ro$amente urnas das outras Que estas normas $onstitutiasda
identidade não seam *eridas
. indi6duo tem, 'ortanto, de ter assumid o em su a iden tidade
Me isto signi*i$a em seu "ererserassim9 o serassirn e o
ser*aom a ele asso$iado Coro este ato de ontade não se "er
di0er Que o indi6duo Queira diretamente ser bom, mas $er
tamente Que se Quer $onsiderar $omo 'erten$ente a este mundo
moral 1-a este mundo moralU Que se de*ine mediante o *ato de Que
todos eRigem de todos relativamente $ sanção interna serem
bons membros da so$iedade, em um determinad o sentid o de
bomU) Sem este "ererpertencer, ele não 'ode sentir ergonha
Quand o *ere as norma s $orres 'onden tes, nem indigna ção Quand o
outros as *erem Com este ato de ontade o ier de gramati$almente
absoluto é mais uma e0 relariviado$ 2le o *ora primeiramente (e
*orçosamente& sem isto r6o 'ode haer nenhum tem de< 'ela
sanção, e esta segunda re*atii0açâo a de Qu e a este tem de
're$ede um euQuer o, # ne$essria se a sanção dee ser interna, e
a sanção 'erten$ente ao $osmos mora tem de ser interna, Que a
indignação não 'ode o$orrer sem a intemaii0a ção atra#s da
ergonha
L $oneRão 'ode ser elu$idada $om o auR6lio de uma intuição
$orres'ondente de Freud Freud denominou a $ons$i]n$ia mora
de su'e rego e iu mais ou menos $laramente Que um su'e rego
somente se 'ode *ormar se se *orma (estruturalmente antes de,
*a$tualmente simultâneo a) o Que ele denominou de ideal do ego
Para o menino, o 'ai é, segundo Freud, o ideal do ego, isto #, a
$riança di0 'ara si mesma& Quero ser assim 6ntro etando em si
deste modo a imagem do 'ai, tem de ne$ess aria
is C* D \ \inni$ott The Xanirational Pro$esses and the Fa$ilitat ing Enironment,
!ondres v45; ' =;s
51
gonhar moralmen te nem se indig nar $om outrem Pode a'ena s
desenoler um $om'ortamento instrumental 'ara $om as normas
morais 2eremos Que esta 'ossibilidade $orres'onde *ilo
so*i$amente ao contrat"alismo moral
9o desenolimento de minhas re*leR"es morais, um 'asso
im'ortante *oi $on$e ber Que não se 'ode $onsiderar o lack of
moral sense a'ena s $omo um a$idente Com're enden do Que a
$ons $i]n$ia moral #somente o res"ltado de um ?t eu Quero >f
natural mente não imotivado su'eramos a su'osição *eita 'or
Quase todas as #ti$as tradi$ionais es'e$ialmente 'ela 8antiana
de Que a $ons$i]n$ia moral seria algo *iRado em nossa
$ons$i]n$ia 'ela nature0a, Foi esta su'osição Que leou a Querer
de algem modo dedu0ir a moral, sea da Vnature0aU humana, sea
de um as'e$to dela, $omo a Vra0ãoU Considero a id#ia de um tal
ser*iRado um res6duo teolgi$o Somos na realidade mais lires ,
nossaautonomia ai mais longe do Que
# isto 'or ta is abordagens, e eremo s Que e sta $ir$unstân$ia
tomar essen$ialmente mais $om'li$ada a Questão da *unda
mentação de uma $ons$i]n$ia moral em geral e de uma moral
moderna em 'arti$ular G Que se tem de $om'reender aQui
sobretudo, # Que um Veu tenho de`f não a'oiado em um Veu
QueroU sem're im'l6$ito #, en$arado logicamente( um absurdo
,Jnding<'
G 'rRimo 'asso ser $lari*i$ar o Que 'ode signi*i$ar *un
damentar uma determinada moral, e o Que isto 'ode signi*i$ar
es'e$ialmente 'ara ns hoe, Quando tal *undamentação não mais
se 'ode *iRar tradi$ionalisti$amente
Koe Quero ainda a'enas tratar ante$i'adamente de uma
obeção natural& uma inserção tão *undamental da $ons$i]n$ia
moral em eRig]n$ias re$6'ro$as não lea a urna $om'reensão
$onseradora da moral ou, antes, a uma moral da ada'tação
so$ial[
Su'on hãm$Qu e sea assim Somen te 'odem os $riti$ar um
ra$io$6nio :edankengang < *ilos*i$o em suas ra60es, não
55
a'ont ando 'ara suas $onseQ 7]n$ia s desag rade is Wuem Quise r
'r em Questão meu ra$io$6nio, leria, 'ortanto, de 'r em
Quest ão, minha tentati a de $lari *i$ar o senti do da obrig atori e
dade ( Verbindlichkeit ) morai/ teria de mostrar $omo se 'ode
entender de outr o modo o -tem deU s em'regado de maneira
gramati$almente absoluta, dos u60os morais
Xas a $onseQ7]n$ia temida não se segue M"lgar Que 'udesse
seguirse é, na erdade, uma reação $om'reens6el ao dito at#
aQui, não tendo eu ainda tratado da 'retens ão de serem
obetiamente *undamentados, $ontida eos u60os morais @ nesta
'retensão de serem !"ndamentados Que est $onti da a *orça
eR'losi a ( ?#rengkraft ) Que os u60o s morai s 'oten$ ialment e
$ont]m, e # nela Que 'odem $ondu0ir 'ara ai#m de um $on$eito
eRisten te de mora l 'ressu'o sto $omo dado
Linda não 'osso tratar disto agora Deseo, todaia, o*ere$er
dois eRem' les 'ara Que se tome $laro em Que senii do minha
$om'reensão de uma moral est so$ialmente in$ulada, e em Que
smtido não est Pensemos em um re*ormador moral, $omo, 'or
eRem'lo, 1esus de 9a0ar#, 1esus relatii0ou e $om'letou a moral
então eRist ente de seu 'oo Xas mesmo Que a ties se reei tado
inteiramente e 'osto outra em seu lugar, não teria 'odido *a0er o
Que *e0, e o Que todo re*ormador *a0, se tiesse retirado a noa
moral estruturalmente do so$ial& 'ois então a noa moral não
mais teria sido moral alguma G Que o re*ormador di0 # o
seguinte& os $onte^dos sobre os Quais os indignais e
energonhais não são aQueles Que mere$em estes sentimentos& os
noos $onte^dos Que eRio são aQueles $ua obseração de9eríeis
eRigir uns dos outros re$i'ro$amente
Isto 'ode tomars e a ,da mais $laro em um eRem'lo $on
tem'orâneo +m $onte^do sobre o Qual se dis$utiu antagni
$amente tanto na *iloso*ia Quanto na $ons$i]n$ia '^bli$a # o da
#ti$a animal Temos tamb#m diante dos animais uma obri gação
moral[ Isto # hoe mais ou menos negado 'or uma maioria e
a'aiRonadamente a*irmado 'or uma minoria Esta mi
noria Quer, 'ortanto, re*ormar on estender a moral eRistente K
'essoas Queeu,
Quiserem, di0em/ os outros
de minha 'odem
'arte, *a0er e deiR
não su'orto Quearanimais
de *a0e rsea
o Que
m
maltratados @ im'ortante er Que Quem *aia assim não de*ende
uma posição mora `Somente de*ende uma 'osição moral Quem
eRige Que os out ros a$ hem o mesmo ('ara isso ne$e ssita das
'alaras -bom& e -ma"&9 Tal 'essoa eRigir dos outros Que se
indignemNcontraos Que maltratam animais, e eRigir de todos Que
se indig nem do mesm o modo, isto #, Que tamb#m assumam o
noo $onte^do em sua $ons$i]n$ia moral 2, portanto, eRatamente
a Quem não $om'reende a moral estruturalmente de modo social
Que *alta um $om'onente essen$ial em sua $om'reensão da moral
se o Quis#ssem os assim *alsame nte designar Que toma 'oss6el
uma re*orma +ma re*orma 'ressu'"e esta estrutura +ma atitude
Que não se situ a na estrut ura intersu bet ia da eRig]n$ia não #
uma atitude moral Podese oeste $as/& a'enas di0er Que não se
su'ero, ai go mas não Que sea imoral
Poderia m ainda 'erguntarme agora se o Vdeeri aU ,solite<(
Que o re*orma dor usa Quando di0 Que nos Vdeer6 amosU indignar
$om o $onte^do 3 em e0 de $om o $onte^do Ia, não $ai
ne$essa riament e *ora do ter de ( miissen ), tal $omo o eR'liQuei
Este VdeeriaU não tem de *ato nada a er $om o Vter de Que se
en$ontr a, segundo minha eR'li $ação , eR'l6$ ita ou im'li$it amente
(no em'rego da 'alara VbomU) em um u60o moral, mas tamb#m
não reme te a outr a $om' reen são do mora l, inde'enden te do
so$ial 9este VdeeriaU não h nenhum mati0 es'e$i*i$amente
moral Ele tem o mesmo sent ido Que o Vde eria U, em'rega do
Quando algu#m # $orrigido em uma o'inião, 'rti$a ou teri$a&
Vele a$redita ' mas deeria a$red itar Q, 'orQu e Q # melho r
*undamentadoU
5:
M.ARTA LIÇ=O
#undamentação na )ora:
conceitos tradi%ionaistas e
naturais de )ora?
Quandonão
ainda a $om'reen
gent t az dida)
$] aQuilo[U
Gs 'a6s(Quer
res'onsederão
di0er& a6# Por
indigna
Queção,
ns
somos *il hos de De"s e 'orQue Deu s nos 'roibiu agir desta
maneiraU Wue ns somos *ilhos de Deus $constit"i em s6ntese a
identidade da $omunidade $ristã E desta maneira Que se
$om're ende aQui o` bem Xal # o Que não agrada a Deus VPor
issoU, assim, 'or $onseguinte, 'oderseia 'rosseguir, -todos
eRigem de todos todos os $ristãos p Que seam, assim, e ns nos
es$andali0amos Quando se age $ontra a ontade de DeusU
Su'onhamos Que a $riança 'rossiga& VE $omo o$]s sabem
Que ns somos *ilhos de Deus e Que Deus eRiste, et$[U/ então se
dar a entender a ela Que isto # u ma blas*]mia Com
isto est 're$isamente $ara$teri0ado Qual o al$an$e da *unda
mentação na moral tradi$ionalista L 'r'ria tradição #& a 'alara
de Deus # o *undamento ultimo, não mais Questionel
Por isso, uma moral religiosa # em 'rin$6'io tamb#m in$a'a0
de dis$utir $om outros $on$eitos morais/ ela somente 'ode
a*irmar sua 'r'ria su'erioridade a 'artir da *#, 'ortanto,
dogmati$amente, ou *e$handose 'ara os outros
9isto reside, não a'en as uma delimitação do $arter da
*undamentação, mas tamb#m uma delimitação na $om'reensão da
're*er]n$ia obetia/ 'ortanto, uma delimitação no $on$eito de
bem Lt# onde mesmo os u60os morais 'ode m satis*a0er, no
interior desta tradição ou $omunidade, a 'retensão de alidade
uniersal, Que eles têm enQuanto u60os, se aQuilo Que # bom
somente 'ode ser *undamentado $om re$urso identidade
de*inida desta $omunidade (V'orQue ns somos *ilhos de DeusU)[
Bom então não # $omo ser melhor, na 'ers'e$tia de todos os
seres humanos, mas $omo ser melhor, ' eR, na 'ers'e$tia da *#
de todos os $ristãos 9as morais tradi$ionalistas houe reaç"es
diers as em relaçã o ao 'roble ma Que aQui se mostra G eRem' lo
do $ristianismo, na 'ers'e$tia do unier
>A
saiismo, sugerido 'elo 'r'rio $on$eito de bem, ainda # dos mais
*aoreis
diina 9a$omo
a'are$e isãobom,
$ristã, aQuilo
# bom 'araQue
todosnoosre$urso *ili a $ão
seres humanos,
nisto, 'or#m, est im'li$ado Que todos t]m Que a$reditar em
Deus
G uda6smo #, nesta 'ers'e$tia, mais ambivalente$ Como
outros $on$eitos morais tradi$ionalistas ]em o seu al$an$e, isto
're$isaria ser es$lare$ido em'iri$amen te 9ão # $onin$ente a
'osição de !essing p boe mais ou meno s re'resen tada 'or muitas
outras $renças es$lare$idas , segundo a Qual # 'oss6el
re$onhe$er o bem a 'artir de muitas 'ers'e$tias Pois, 'ara uma
*# ser essen$ial 'ara a moral, ela eR$lu6 outro a$esso religioso ou
nãoreligioso Se houesse um *undamen $omum a todas as
$rençask isto seri a de$isio, mas não sena usta ment e a *# 9a
'osição de !essing eRiste uma inde*inição entre moral religiosa e
moral es$lare$ida
L estas $onsideraç"es ligase a 'ergunta& at# Que 'onto #
*eita, nas die rsas mora is tradi$i onal isti $ame nte *tindamenta
das uma dist inçã o entr e norm as lidas 'ara todo s os sere s
humanos e aQuelas Que somente alem 'ara a 'r'ria $omuni
dade[ Isto # igualmente uma 'ergunta em'6ri$a, Que, $om relação
a diersas tradiç"es, deer $om $erte0a ser res'ondid a tamb#m
diersamente ERiste 'or#m um 'roblema $on$eituai, no Qual nos
deer6amos deter& Que $rit#rio de *undamentação tem uma moral
tradi$ionalista 'ara aQuelas normas Que eRtra'olam da
$omunid ade[ Tale0 'or *im a'enas sea um $rit#rio em'6ri$o/
eri*i$ase Que tamb#m em outras $ulturas são obseradas $ertas
normas/ este *ato 'or si s 'oderia darlhe s esta $ara$te r6sti$a
'arti$ular E e ste *ato e m'6ri$o 'oderia lear os Que meditam nas
tradiç"es religiosas a 'ro$urar 'or uma *undamentação
inde'endente
$ontratualismo da*orne$e
identi$de
em religiosa
'ane uma (2eremos Que o
*undamentação
inde'endente em relação s normas Que resultam da assim
den'minada regra de ouroU L regra de ouro a'are$e 'or isso
$omo um n^$leo $omum em todos os $on$eitos morais)
>3
/ara o resto temos Que sustent ar Que o 'oten$ia de *unda
mentação de urna
estabelecimento, 'elamoral
*# ou tradi$ionalista
'elo dogma, de# um
limitado atra#s
$on$eito do e
de bem,
Que est rela$ionado ao *ato de a idéia de bem de urna
're*er]n $ia obetia ser delimitada de tal maneira Que 'ro
'riamente entr a em $hoQue $oro o seu 'r'r io senti do e com o
sentido dos u60o s morais G *ato de Que a'es ar disso Ntambém
hoe ainda muit os seam da o'inião de Que urna mora somente
'ode ser *undamentad a 'ela religião 'ode 'roir da $ir$unstân$ia
de muitos de nos ierem sido so$iali0ados desta maneira, e
sobretodo da $ir$unstân$ia de at# hoe não eRistir uma *un
damentação não reli giosa da mora l Que tenha en$o ntra do um
re$onhe $imento uniersal Desta maneira, melhor do Que ne
nhum, 'are$e 'ara muitos o re$onhe$iment o de $on$eit os morais
religiosos, limitado $on*orme seu sentido
Como eu ã disse na 'rimeira lição, nossa situação histri$a
uma situação na Qual iemos, mais ou menos $ons $ien tes,
h mais de du0ent os anos # determinada de tal maneir a, Que
temos Que $olo$ ar na nossa mira uma mora l Que não sea mais
*und amentad a de modo tran s$enden te L ne$e ssid ade de se
$hegar a um a$ordo sobre um tal $on$eit o resulta, não a'enas do
*ato de hoe muitos não terem uma $rença religiosa e 'orQue $ada
e0 mais *orm amos uma $omunidade mundia 3 na Qual nos
're$isamos entend er moralmente 'ara al#m dos limites
religioso s, mas resulta da 'er$e'ção dos limites de $ada
'oten$ial de *undamentação tradi$ionalista e dos limites do
$on$eito de uma 're*er]n$ia obetia a6 $ontido, Que $ontradi0 ao
sentido do dis$urso de VbomU e VmauU em enun$iados morais
Poderia 'are$er eidente tamb#m res'onder 'reiamente e de
maneira gen#ri $a 'ergunta V$omo se dee $om'reender um ser
*und amentad o num $on$ eito moral nãotra di$i onal is ta[U da
mesma *orma $omo se resolia a Questão em relação aos
$on$eitos morais tradi$ionalistas 9ão 'osso *a0er isto
>=
'orQue, $om as diersas tentatias *ilos*i$as de *undamentar "m
$on$eito moral nãotradi$ionalista, o sentido de ser*onda
mentado tamb#m sem're era isto, eR'l6$ita 9 im'li$itamente,
de ottira maneira$ Poder6amos ante$i'ar ao menos isso4 a
*undament ação, agora Que ela não est mais ligada a uma 're
missa previamente dada 'or lima $rença Que 'or sua e0 não
're$isaria mais ser *undamentada teria Que ser uma *unda
mentação absoluta 9o entanto, imos Que unia *undamentação
absoluta de um ter de não 'ode de maneira alguma ser
compreendida, e, na 'resente 'ers'e$tia, isto ainda dee ser
tomado $laro a 'art ir de um outr o lado& na *undamentação re
ligi osa a 'remissa na Qual # deno minada a identidade moral ,
nat"ralmente não 'odi a, 'or sua e0, ser *undamenta da, mas
dedu0ila a 'artir de uma 'remissa su'erior, igualmente não teria
sen tido, 'orQue esta 'remissa ã 're$isada 'or sua e0 ser
*undamentada, etc$
Isto signi *i$a Que uma *undamen tação nãotra di$ional ista
're$isa retomar estruturalmente o modelo tradi$ionalista[ 2e
remos (a'enas na 'rRima lição) Que isto não # o $aso mas Que
os limites da *undamentação numa 'ers'e$tia nãotradi$ional
adQuirem um sentido bem dierso do Que tinham 'ara as morais
tradi$ionais
Isto $ontudo # um estado de $oisas Que at# aQui não *oi
isto Ele tem a er $om o *ato de a 'ergunta 'elo signi*i$ado do
ser*undamentado no âmbito moral nun$a ter sido radi$almente
$olo$ada, mas sem're res'ondida de uma ou de outra maneira,
ou tamb#m tida $omo im'oss6el de ser res'ondida E 'or isso,
realmente, a su'osição de Que agora somente 'oderia eRistir uma
*undamentação absoluta ou então absolutamente nenhuma tinha
de 'are$er eidente
Lgora Quero $itar as tentatias *eitas na modernidade, Que
me 'are$em mais im'ortantes L'enas mais tarde tratarei mais
detalhadamente algumas delas
9o Iluminismo moderno *oram trilhados sobretudo dois
$aminhos
c2II +m *oide oKume
! sobretudo da es$ola em'irista
& nela se tinha a es$o$esa
$on$e'çãodode s#$ulo
Que a
*iloso*ia a'enas 're$isa reunir sistematicamente aQuilo Que
su'ostamente iodos a'roam e $riti$am Com isto se abandonaa
toda a 'rete nsão de *undam entaç ão L *raQue0a desta $orrente
$itada na `^ltima lição, Que toma $omo bio "e a $ons$i]n$ia
moral sea unitria e Que absolutamente não eRistem $on$eitos
morais diersos, Que se 'udessem con!rontar memamente,
tamb#m a*eta as o"tras 'osiç"es modernas, Yan* entend e Que
somente eRiste uma $ons$i]n$ia moral p embora ele a
$om'ree nda di*erente do Que Kume s7 Que 'ara ele ela 'ode ser
*undame ntada Wue em Kume não o$orra, nem absolut a e nem
relati amente, algo $omo *undamentaçã o, $ontradi0 ao senrdo
dos u60os morais Que tem uma 'retensão obetia, e 'or
$onseguinte tamb#m $ontradi0 aos $en$eit$s a#ro9ação e
crítica z dos Quais Kume 'ane Wuanto ao $onten do, Kut$heson e
sobr etud o Kume 're' aram o util itarism o 2olt arei a isto mais
tarde`
G outro $aminho $onsiste em 'ro$urar uma *undamentação
nãorel igiosa Esta, em o'osiç ão *undame ntação trans$endente
da religião, 'are$ia agora ter de ser de alguma *orma natural E
isto 'are$ia signi*i$ar Que de uma ou de outra maneira se teria
Que re$orrer nature0a do ser humano ou a uma 'arte dela
Deiase obiamente di0er& se uma 'arte da nature0a do ser
humano dee *orne$er o *undamento 'ara a moral, então isto não
'ode ser uma 'arte QualQuer, mas ela 're$isa, 'or sua e0, ser
algo melhor , uma 'ane Que indiQue a direção& e aQui o re$u rso a
uma ra0ão $om V-U mai^s$ulo # o mais 'laus6el
>?
Este *oi o $aminho do ra$ionalismo moderno, o Qual tee o seu
maior desenolimento na #ti$a de Yant Eu disse 'or Que,
segun do minha $on$e'ção, este $aminho não 'ode ser trilhado
Darei mais tarde minha inter 'retaç ão mais detalhad a de Yâii*
LQui, inicialmente, interessa a'enas a importOncia estr"t"ral Que
tem 'ara Yant a *undamentação do elemento moral, Ele 'ro$ura
uma !"ndamentação não a'eoas relatia, mas absoluta Isto, na
erdade, não tem a *orma, anteriormente lembrada, de uma olta
a uma 'remissa su'erior, o Que teria cond"ido aum regresso 'or
demais notrio Lo $ontrrio, a moral, segundo Yant, est
$ontida em $onte^do e *orma ('or V*orma`f eu entendo o
im'eratio) no sentido do serra$ional ($om'reendido no sentido
absol uto) 2eladame nte, se a gente olha o elemento moral $omo
ordem 'ara a ontade, est 'ressu'osta aQui uma 'remissa Que
im'li$a na onta de, a Qual teria Que soar desta maneira/ -5e tu
Queres ser ra$i onal %f Xas Yant não iu isto $omo 'remissa/ o
im'eratio da ra0ão # 'ara ele sim'lesmente 'ressu'osto,
'er*eitamente anlogo ao mandamento de Deus 'ara o $ristão
Ltra#s do lan$e genial de Radre0 de in$ular a moral $om o ser
ra$ional $omo tal mesmo Que o Querer serra$ iona l ainda sea
$on$ebido $omo 'remissa, mesmo assim Yant eitou em todo
$aso o 'erigo de um regresso Xinha $r6ti$a tamb#m não est
aQui/ ela $onsi ste 'or#m nisso & 'rimeiro, Que não eRist e uma tal
ra0ão e seeundo (esta # a obeção mais *undamental e uniersal),
Que não 'ode eRistir um Vter deU absoluto Com isto alis tamb#m
est reeitada a id#ia de uma *und amentação absoluta $omo tal
G em'reendimento de Yant *oi $ertamente a tentatia mais mag
n6*i$ a de dar um sentid o id#ia de uma *undam entaç ão absoluta
do elemento moral
tamente
esta de lado
nature0a este re$urso,
de modo algar a nature0a do ser ehumano,
# algo natural, sim um 'orQue
'ostula do
meta*6si$o Dian te disto o retomo ra0ão *i$a mais ino$ente,
'orQue a*ina ns todo s, $omo seres em'6ri$os, somos ra$ionais
Yant de *aio vi" Que, ião logo se re$orra a esta ra0ão com *$? -U
mai^s$ulo, 're$isase igualmente 'ressu'or ago sobrenatural Gs
dois outros $aminhos, trilhados $om re$urso ao nat"ral,
a'rese ntam entr etant o apelos a dados reais 'r#ios, de nossa
eRist]n$ia emp#rica$ G 'rimeiro # o a'elo a um sentimento
natura l, a $om'a iRão, e este $aminho *oi es$ol hido de manei ra
mais de$isia 'or 5c)open)a"er*$
Tratarei mais tarde de S$ho'enhauer ? Xas agora eu P GSXG
adiantar& um sentimento natural a'enas al$ança eRata menie at#
onde ele al$ança/ em alguns, eie # mais *one e desenolido de
modo mais gerai& em outros são os sentimentos o'ostos de 'ra0er
na $rueldade e de satis*ação no mal alheio Que são mais
desenolidos E se a gente Quisesse estabele$er uma ordem, Que
a $om'aiRão dee ser re*erida a todos os seres humanos Que
so*rem, ou tamb#m a todos os animais, então este deer não
'oder ser eRtra6do do 'r'rio sentimento De modo a lgum 'ode
se es$lare$er o $arter de obrig ação da moral o ter de [f a
'artir de um sentimento natural Sign i*i$atiamente neste
$on$eito nem seQuer o$orre o $on$eito de bem Portanto, a
a*irmação Que aQui est *undada uma moral 're$isa ser re$usada
? 9on a lição
N
G segundo $aminho # essen$ialmente mais im'ortante E o do
contrat"alismo$ Wuando hoe na #ti$a se *ala de contrat"a 7smo,
'odese de *ato entender duas $oisas (e *reQ7entemente
con!"ndemse as doas) ERiste a $on$e'ção p de*endida sobretudo
'or Ra6ls segundo a "al se 'ode $om 'reender o ee mento
moral (ou es'e$ ialme nte o usto) $omo a Quilo Que resulta de um
$ontrato ideal, Que todos *ariam $om todos3"an do se
en$ontrassem numa situação ideal de igualdade e ignorân $ia& em
-als 'ress u'"es e a6, $om'l etame nte $ons$i ente, uma 'remissa
moral de$isia, e -als tamb#m não 'retende uma
*undamentação da mora! Somente 'odemos *alar de um $ontrato
$omo base de *undamentação 'ara a moral Quando se trata de um
'a$to im'l6$ito, Que # 'ressu'osto em noss a ida normal sem a
su'osição de $ondiç"es ideais G *ilso*o $ontem'orâneo da #ti$a
mais eminente Que de*endeu este ti'o de $on$eito *oi ML$($
Xa$8ieV 9esta $on$e'ção 'odese e*e^ a mente re*erir agora a
um estado de $oisas natural inQuestionel& oue todos os homens,
na medida em Que estão interessados na $oo'eração $om outros,
tem nisto um interesse, Que todos se entendam $om todos em
obserar um $erto sistema de normas
Wuais são essas normas[ Em grande 'arte elas $orres'ondem
Quelas normas Que resultam da $hamada regra de ouro , as Quais
en$ontramos em diersas $ulturas, entre outras tamb#m na
B6blia 5& $om'ortese de tal maneira em reiação aos outros $omo tu
deseas Que eles se $om'ortem em relação a ti Podemos diidir as
regras Que da6 resultam em tr]s gm'os& 'rimeiro, as regras de não
'reudi$ar os outros (as assim deno minadas obrigaç" es negatias,
isto #, as obrigaç"es de não *a
; Ethi$s& Inenti ng -ight and \rong (Penguin 34>;)/ $* tambem D$ .authier, Xoral
bZ Lgr ee men t, GR* ord 34: 5
5 C* 1 (r"sc)Pa$ Die Yon8urren0 on .oldener -ege und Prin0i' der 2erallgemei
nerung, 2u ris ten Kei tun g ?= (34:>3 ' 4? s
>:
0er $ertas $oisas)/ em segundo lugar, a regra de auda r ao_ outros
(obrigação 'ositia) (eentualmente sob $ertas $onoiç"es)/
em ter$e iro lugar, as regra s es'e$ i*i$a mente $oo'eratias, $omo
sobretudo as de não menti r e de não *altar $om suas 'romess as/
estas com"mente são in$lu6das nas regras n egatias
J+ma e0 Que $ada um tem mais a ganhar do Que a 'erder
$om `Gbserân$ia gerai destas regras, seria irra$ional não sub
meterse a elas, 'ressu'ondose Que os outros tamb#m o *açam/
'or isso # eidente $om' reender este`dom6nio nu$lear da moral
$omo tendo em sua base um 'a$to im'l6$ito o se mostrar Que
seria irra$ional não a$eitar um tal $on]nio, em'rega se
naturalmente agora o dis$urso da ra0ão no seu sentido habitual
Dela, 'or $onseguinte, nada 'ode ser eR$lu6do 9ão assumir tal
$ontrato signi*i$aria *erir mais os interesses 'r' rios do Que
*aore$]los, e isto seria no sentido $omum irra$ional
Xa$8ie mostra $om ra0ão, no 're*$io de seu liro como
tamb#m outros *i0eram Que este ti'o de regras # tão *unda
mental 'ara toda $oo'eração humana, Que in$lusie um bando de
ladr"es somente 'ode eRistir se eles *orem neste sentido morais
Tamb#m um gru'o Que eRteriormente não re$onhe$e estas
obrigaç"es 're$isa $ontudo a$eitlas interiormente, 'orQue sem
elas não 'ode eRistir $oo'eração Entretanto, re$onhe $emos
atra#s desta indi$ação tamb#m uma 'rimeira *raQue0a desta
'osição / sendo a moral $om' reendida $ontra tualisti$amente,
seria irra$ional obserlas não a'enas em relação Queles $om os
Quais se est interessado em $oo'erar 9em mesmo se mant#m a
'retensão de uniersalidade limitada Que en$ontramos nas morais
tradi$ionais
-e$onhe$emos mais $laramente os limites estruturais do
$ontratualismo $omo de um 'oss6el $on$eito moral, $onside
rando o seu $ontraargumento, dirigido 'or Platão, no segundo
liro da -e#blica, $ontra esta $on$e'ção/ $om'ortase mais
ra$ionalmente Quele Que obsera as regras morais se
gundo a a'ar]n$ia, iolandoas, 'or#m, onde lhe *or ^tile 'uder
*a0]lo sem ser identi*i$ado
L is to relacionase um 'rob lema, $om o "al o $on6ratua
iismo sem're tee de se en*re ntar& $omo # 'oss6 el garantir a
obser ân$ia das regra s[ Kobbes a$redita a somen te $onsegui lo
atra #s do Estad o, 'or onde então se introdu0 o direi to 'enal no
lugar da moral , o Que, ali's, na sua eRten são 'oss6 el tem um
sentido 'ositio Certamente um sistema $oo'eratio sob
$ondiç" es normais assegurase em boa 'arte a si mesmo O
grande 'arte das aç"es, # is6el e não 'ode ser es$ondida, e se
algu#m não observa as regras, breemente os outros não
$oo'erarão mais $om ele
Estranhamente Xa$8ie *e0 uma 'ro'osta de um al$an$e
maior& 'ara garantir a obserân$ia das regras morais, 'are$e bom
desenoler atitudes e%ou irtudes $orres'ondentes/ aQui oltando
se urna inter enção de Protãgoras no dilo go homnimo de
Platão, ele $ita sobretudo a ergonha Esta agora # eRatamente a
'assagem Que, $omo eremos na 'rRima lição, a'onta 'ar a al#m
do $ontratualismo $omo tal Sentir ergonha ao *erir as normas
signi*i$ aria ter desenol ido uma $ons$ i]n$ia e isto seria uma
sanção interna Eu então seria im'edido de iolar as regras , não
'elo interesse na $oo'er ação $omo tal ou 'or 'ressão eRterna ( no
$aso do direito 'enal), mas 'or mim mesmo Xas 'or Que eu
deo *a0er isto, se no n6el $ontratua l6sti$o isto # irra$ional[
9ão # 'oss6el *undamentar a 'ar tir da bas e $ontratual6s
ti$a a *ormação de uma $ons$i ]n$i a Em erdade tenho um
interesse nisto& Que os outros seam im'edidos de iolar as re
gras `atra#s de um *ator adi$ion al de uma $ons$i]n$ia/ e o
$ontratualista a$eitar naturalmente e agrade$ido um tal *ator
$om'lementar, $omo sendo 'ara ele uma $onseQ7]n$ia ^til desta
no seu sentido não es$lare$ida $ons$i]n$ia dos outros @
$ont udo im'oss6 el *undame ntar uma $ons$i] n$ia #r.#ria a
'ar tir de uma base $ontr atualista L $ons$i]n$ia n ão se
:A
deiRa inst rumenta li0a r Seria irra$ional no sentido da asi^o
ego6sti $a, re$usa r eent uais antagens , Quand o 'osso t]las sem
so*rer sanção eRterna E seria ao $ont rri o ra$ional dest ruiros
res6duos da $ons$i]n$ia Que en$ontramos em ns $omo *rutos de
uma edu$açã o neste senti do, ou então 'elo menos não se deiRa r
determinar 'or eles nas aç"es
+ma e0 Que o Quererter uma sanção interna não 'ode ser
*undamentado a 'artir do 'oetode ista $ontratualista não o
'odem igualmente todos os outros *atores rela$ionado s $om esta
sançã o& desa'are$ e a emoçã o da `indig nação tanto Quanto a da
ergonha (seri a maRimament e ra$io nal*i ngir indig nação num
$onteRto neste sentido não es$lare$ido), e a ergonha de
sa'are$eu, 'orQue não se $om'reende mais uma 'arte da 'r'ria
identidade a 'artir de um $on$eito de bem L isto se liga Que não
# 'oss6el *a0er u60os mora is& os termos Vborr* e mauV em seu
sentido gramati$almente absoluto não 'odem sdQuiri r sentido
algum a 'artir de uma base $ont ratuali sta Em outros termos&
desa'are$em todos os as'e$tos estruturais Que eu a'resentei na
lição anterior, no es$lare$imento daQuilo Que signi*i$a uma morai
G $ara$ter6sti$o determinante do $ontra tuaiismo # Que ele não
tem um $on$eito de VbemU/ $onstrise sim'lesmente na base do
$on$eito relatio Vbom 'ara_f
Por isso # eidente Que o $ontrat uali smo não desig na ab
solut ament e uma moral/ não se 'ode in$lui r a 'osiç ão do $on
tratual ismo na $lasse dos $on$eit os morais, Que de*in i na lição
anterior $omo uma moral e 'ara a Qual # essen$ial ter um $on
$eito de VbemU Wuem Quer, 'ode naturalmente seguir *alando de
uma mora l $ont ratu alista/ a 'ala ra, $omo sem're , não tem
im'ortân$ia alguma/ 're$isase 'or#m darse $onta de Que este
Que se 'osi$io na $onseQ7entem ente sobre o terreno desta Vmo
ral não 'ode mais em'regar as 'alaras VbomU e VmauU em seu
signi*i $ado gramati $al abso luto e Que não 'ode ter nenhuma
emoção moral Por isso eu Quero designar o $ontratualismo $omo
VQuasemoraiU
G $ontratualismo #, 'ortanto, urna 'osição minimalista,
'er*eitamente
al$ança rea eElaem
muito longe não$ondiç"es de se manter,
'ode ser $olo$ada so e Que
em d^ida sem nao
d^ida tamb#m a'resenta no interior de $ada aut]nti$o $on$eito
moral um $om'onente adi$ional ('or mais diersos Que seam os
resultados de $onte^do dos diersos $on$eitos morais, $om
relação regra de ouro, eles se sobre'"em, e em relação a ela o
'onto de ista $ontratualis6a $ont#m uma *undamentação
adi$ional) G $ontratualismo $ont#m tamb#m um sentido lido
de *undamentação $ada Qual *undamenta 'ara si, Que # ra$ional
'ar a ele submeter se a um tal sistema de normas ou ao menos
'ar e$er submeter se, $ontanto Que os outros tamb #m esteam
're'arados 'ara tal p mas isto não # a *undamentação de uma
morai
L'resentei de maneira mais 're$isa a 'osição $ontratua lista
do Que
não as outras
ne$essito tentatias
oltar a ela modernas
de'ois L de *undamentação,
'osição $ontratua 'orQue
lista
$ont udo segu ir nos a$om 'anhand o $omo 'oss ibilida de Para
aQuele Que tem um lack of moral sense (*alta de sentimento
moral), sea 'or motios 'atolg i$os, sea 'or de$isão 'r'ria, a
Quas e mora l $omratu alista 'erm ane$ e natural mente sem're
'oss6el e ne$essria, uma e0 Que ela não 'ressu'"e uma
$ons$i]n$ia Podese assim di0er Que ela # a moral daQuele Que
não tem um sentido moral
Poss o agora resumir o modo $omo as diersa s 'osi ç"es
*ilos*i$as modernas $om'reendem o ser*undamentado de um
u60o moral (3) Em Kume, e em todos os seus seguidores, a
'er gunta 'elo serbo m # res'on dida eR$lusiamente $om re$urso
e*etia a$eitação geral& isto $ontrad i0 ao sentido daQuela
a$eitaçã o da Qual se trata aQui e Que Kume mesmo $om'reendeu
$omo a'roação (=) Em Yant e em todos Que o seguem, o ser
bom dee ser *undamentado absolutamente $om re$urso a uma
ra0ão $om mai^s$ulo E eidente Que esta # a ^ni$a id#ia
$om'reens6el de uma *undamentação nãore
:=
latia, mas não eRiste uma ra0ão absoluta/ e inde'endente disto, #
um eontrasenso a id#ia de uma *undamentação absoluta de regras
'rti$as (<) S$ho'enhauer dã uma base #ti$a, Que a *undamenta
não $omo ela # $om'reendida $omo obrigação , e tratase aQui
tamb#m a'enas de um !"ndamento e não de uma *undamentação
(os u60os mora is não têm ero 5c)open)a"er uma 'retensão de
!"ndamentação a 'alara .bom& desa'are$e) 1Q9 G
$ontratuaiismo anun$ia uma *undamentação $om'reens6el e
$orreta, s Que aQuilo Que # *undamentado não # uma moral, mas
uma Quasemora! 9aturalmente tamb#m não 'ode ser uma moral
o Que # *undament ado em $aso 'arti $ular não 'odem eRis tir no
$ontratuaiismo, sendo eie $onseQ7ente 1u60os de alor $om
'retensão de *undamentação mas *undamentase (a'enas)
'orQue # bom 'ara o indi6duo seg"ir taisregras E *undamentado
"m serbom relatio 'ara $ada um
Como 'odemos eR'li$arnos esta situação[ E eidente Que o
signi*i$ado da *undamentação moral na *iloso*ia moderna $u não
*oi isto ou *oi mal $om'reendido ou ainda reinter'retado
L'rob lemt i$a não *oi ista em Kume e reinter' retada no $on
tratualismo e de outra maneira em S$ho'enhauer Ela somente
eRiste em Yant mas altamente estili0ada 'ara uma *undamentação
absoluta
+ma e0 Que Yant # o ^ni$o no Qual a 'retensão de *unda
mentação de u60os morais # ao menos ista $laramente, 're
$isar6amos 'oder sair do be$o no Qual eneredou a #ti$a moderna
$om a 'roblemti$a da *undamentação, $om'arando $omo Yant
] a *undamentação e $omo ela resultou 'ara ns nas morais
tradi$ionalistas 9uma moral tradi$ionalista a *undamentação era
uma *undamentação relatia, relatia a uma $erta id#ia de ser
bom de 'essoas , a Qual re'resenta a iden tidade desta determin ada
$omunidade Pre$isase agora er Que # ineitel a de'end]n$ia
da *undamentação de uma id#ia de se,r bom, Que deter mina a
identidade so$ial dos 'arti$i'antes
da $omunidade e a Qual estes 'arti$i'antes têm Que 'oder Querer
9ão se 'ode, 'or sua e0, *undamentar o serb om ainda numa
outra coisa, nem se 'ode elear a !"ndamentação relat ia a um
serbom$ G ser!iindamentado, "e era limitado nos $on$eitos
morais tradi$ionalistas, não 'ode ser am'liadode modo Que ainda
*osse ded"ido de outra $oisa o" "e, como env$;ant, os u60os
morais *ossem dedu0idos diretamente -da& ra0ão [ mas tão
somente ('ode ser am'lia do) de ta maneir a Que o serbom 'ossa
signi*i$ar a identidade so$ial, não mais ` aP enas de uma $erta
$omunidade, mas de todos osser es capa 0es de $oooera $ão
Somente assim 'ode, o dis$urso sobre o VbomU, adQuirir um
sentido uniersalmente lido
M.I6TA LIÇ=O .m %on%eito
(aus!/e de mora?
im'"e $omo
'lau s6el tendoemdesegundo
e Que, ser uniersalmente
lugar, todas re$onhe$ido, Que #
as outras 'ro'ostas
$onhe$idas não são 'laus6eis (ou então são menos 'laus6eis)
:5
Esta $on$e'ção eR$elente de ser VbomU 'are$e estar $ontida
no contedo da $on$e'ção 8antiana, @ 'ortanto releante
dist ingu ir na #ti$a de Yant entre o $on$eit o de ser Vbom U, do
'onto de ista do $onte^do, Que ele eRibe em seu Im'erati o
$ategr i$o e 'resumi da *undame ntação absol uta deste $on $eito
na id#ia da ra0ão , lã eRtern ei diersas e0es o *ato de esta
tentatia de *undamenta ção me 'are$er *alh a 'or ra0"es de
'rin$6'io, e 'osso adiar os detalhes at# a eR'o sição $om' leta da
'osição Pantiana Que *are i nas 'rR imas duas liç%es$ +ma e0
$on*essado o engano da *undamentação, $ontudo temos Que
'erguntar de Que modo a $on$e'ção do 'on to de ista do
$ont e^do e inde 'end ente de QualQue r *und amentação # ime
diat amente eidente, Quando a're sent amos esta $on$ e'çã o na
assim $hamada segunda *rmula do im'eratio $ategri$o& Vage
de tal modo Que uses a humanidade, taoio em tua 'essoa $omo na
'essoa de QualQuer outro, sem're &/mo *im nun$a a'en as $omo
meio_ 9ão nos *iRando em algum as 'arti $ulari dades dessa
*rmula, 'odemos di0er Que ela 'ode ser resumida no im'eratio
Vnão inst rume ntal i0es ningu#mU Pode mos tamb #m denominar
esta $on$e'ção $omo a moral do res'eito uniersal
Wual o motio 'ara esta $on$e'ção 'are$er a tantos sem
*undamentação eidente, 'rimeira ista[ 1 a'ontei na 'rimeira
lição 'ara o *ato de Que 'are$e ter sentido a su'osição de Que
eRiste uma $ons$i]n$ia moral V$omum` > , $omo Yant a denomina&
seria aQuela $om'reensã o de Vbon6 Que, se de *ato se Quiser ter
uma $ons$i]n$ia moral, 'ermane$e, Quando $adu$am todas as
'remissas trans$endentes e se, $ontudo, se Quiser sustentar o
$on$eito de bem e tudo o Que est $om ele im'li$ado , o Que
signi*i$a uma 'osição mais *orte Que aQuela Que o $ontratualismo
gostaria de assumir L tese seria, 'ois Que, $omo Yant mesmo
'ensou, abstraindo inteiramente de sua *undamentação da ra0ão,
::
absoluto e a ra0ão Que dã # a seguinte& 'orQue # bom Pelo *a6o de
Yant ter 'er$ebido Que se distingue eRatamente nisto do
$ontratualista, Que 'ensa de modo instrumental, ele trouRe a
segunda *rmela do im'eratio $ategri$o $itada a$ima& saa
$om'reensão da 'rimeira !7rm"la 'ressu'"eQue não se entendam
as regras de modo inst rumenta , o Que Quer di0er Que a gente
não as $um're 'or amor aos *ins 'essoais (ou então as manda
$um'r ir), mas 'or $ausa delas mesmas , $omo Yant em geral di0,
ou 'or $ausa dos outros, $omo ele eR'ressa na segun da *rmula&
os outros t]m a 'artir de si em direito de Que nos $om'ortemos
em *a$e deles de $erta manei ra, e, enQuant o re$on he$em os este
direito, os res'eitamos, na *ormulação de Yant, $omo *6es em si
L 'ro'osta de Yant, de $orno se de e entender o bem, $on
siste, 'ortan to, no *ato de ser bom (no sentido gramati$al ab
soluto isto #, $omo homem $omo ser $oo' eratio, aQue ie Que
$onsera a id#ia do bem, mas Que a $om'reende , de 'onto de
ista do $onte^do, eR$lusiamente a 'artir da regra Que est
$ontida tamb#m no $ontrat uali smo e isto Quer di0er na regra de
ouro Ser Que não 'odemos desde di0er Que 'are$e ao menos
'lau s6el designar $omo ser $oo'eratio bom, aQueie $um're as
regras da $oo'eração e eR$lusiamente estas[
Lntes de 'rosseguirmos na re*leRão sobre o as'e$to natural
desta 'ro'osta, temos Que 're$isla melhor Di ante da
$om'ree nsão $ont ratu alista das regr as Que seguem da regr a de
ouro , deem resulta r dois desl o$am entos im'orta ntes , tão logo
não mais se ente ndam estas regras de modo instru ment al Este s
desio$amentos a'are$em em Yant Primeiro& se não sigo as
regras 'ara minha antagem, mas 'or el as mesmas ou 'or amor
aos outros, não se'oae o6ais $om'ree nder $larament e 'or Que o
'rin$6'io destas regras # eR'resso no dis$urso da 'rimeira 'essoa
(do VeuU) do 'onto de ista moral, $omo ainda o$orre na 'rimeira
*rmula do im'eratio $ategri$o Yant ainda trouRe na
$ontinuação do teRto uma outra *rmula, Que
:4
em geral # denominada a ter$eira *rmula do im'eratio $ate
gri$o e Que di0 Que somente # 'ermitida aQuela *rmula Que #
o
4A
dade ser es$lare$ido $om mais detalhe na dis$ussão do $on$eito
de ustiça 3)
L $on$e'ção de bem, Que temos agora $omo resultado, não
#, portanto, de modo algum, $omo 'oder ia 'are$er 'rime ira
ista, um n^$leo residual Que 'ermane$e das $on$e'ç"es
tradi$ionais de bem lã $hamei a atenção de Que elementos Que
*a0em 'arte da regra de ouro $ertamente se en$ontram em
QualQuer $on$e'ção tradi$ionalista Entretanto não h nenhuma
ra0ão dentre os $on$eitos das $on$e'ç"es tradi$ionais 'ara Que as
regras alham uniersal e igualitariamente Elas alem
sim'lesmente do modo $omo a autoridade $om'etente mandou G
$on$eito de bem Que resulta da $om'reensão não instrumental da
regra de ouro #, 'ortanto, uma $on$e'ção moral *orte e
inde'endente Que 'ode ser distinguida das $on$e'ç"es
tradi$ionalistas, 'arti$ularmente atra#s de uma s#rie de 'roi
biç" es& a 'roibição de uma $om'reen são das regr as não uniersal
e não igualitria e tamb#m a 'roibição de não assumir normas no
$on$eito de bem, Que al$ançam 'ara al#m do im'er atio
$ategri$o, o Que Quer di0er Que 'arti$ularmente deem ser
eR$lu6das as normas tão $ara$ter6sti$as 'ara as $on$e'ç"es
tradi$iona listas de bem, Que se rela$ionam $om o modo de
$ondu0ir a ida ($omo 'or eRem'lo os $digos seRuais)
Lgora, no entanto, temos Que 'erguntarnos #or 5ue esta
$on$e'ção de bem não # sim'lesmente uma 'ro'osta e isto nos
lea Questão da *undamentaç ão, $omo agora temos de entend]
la Wue ra0"es temos 'ara ir 'ara al#m do $ontratualismo e
Quand o o *a0em os nos de'ar armos $om esta $on$e 'çã o[ E na
turalmente esta Questão Que toma ne$essria uma *undamentação
e Que leou Yant sua *undamentação absoluta na ra0ão Gnde
est a ra0ão, Quando reeitamos uma tal *undamentação
4=
Qual, 'ortanto, nem mesmo, então, 'oderia ser su'erada Quando
*osse 'oss6el 'roar Que a $on$e'ção enQuanto relatia ao
$on$eito de bem se reelasse anal6ti$a)
Xão eo, entretanto, $omo se Quer mostrar Que a $on$e'ção
8antiana 'ossa resultar anal6ti$amente do $on$eito de bem E
sim'les mente demasia do 'roel Que o dis$urso de bom (não
numa 'ers'e$tia determinada, mas) enQuanto membro da
so$iedade, $omo ser $oo'eratio, tenha Que ser $om'reendido
assimU LQui 'odem ser adu0idas diersas ra0"es de 'lau
sibilidade `+ma delas eu ã $itei& Em Que, de outr o modo, se
deeria bus$ar o ser bom, enQuanto ser $oo'eratio, a não ser nas
regras de $oo'eração e nelas, assim $omo elas são desea das a
'artir da 'ers'e$tia de QualQuer um[ Com'aremos al#m disso
esta $on$e'ção de bem ao menos $om as $on$e'ç"es
tradi$ionalistas e então eremos Que esta # a ^ni$a Que se 'ode
a'resentar $om 'reiens"es de alidade uniersa e ns / mos Que
a limitação das $on$e'ç"es tradi$i onal istas est sem're em
$ontradição $om o dis$urso de Vbom U Que 'retende alidade
uniersal
Temos, a 'artir da6, boas razGes de 're*erir a $on$e'ção
8antiana $ontra todas as $on$e'ç"es tradi$iona listas Estas se
mostram agora $omo $andidatas não 'laus6eis 'ara o bem Com
isto, no entanto, ainda não est a*irma do Que não 'ossam eRistir
outras $on$e'ç"es de bem não tradi$iona listas Que 'oderiam
'are$er do mesmo modo 'laus6eis 9ão # su*i$iente
sim'l esment e deiRa rse a $on$e 'ção 8anti ana a6 'lant ada $omo
'arti$ularmente 'laus6el E 're$ iso tamb#m 'roar Que todas as
outras $on$e'ç"es não são 'laus6eis ou são menos 'laus6eis
Xas isto não se 'ode *a0er de maneira global e eu irei eR'ornum
estgio 'osterior dessas liç"es esta 'arte negatia da
'lausibili0ação 2amos reter a'enas aQui Que um tal
Que signi*i$a,
ulgamento do anão
desde instrumentali0ar
'ers'e$tia e a um,
de QualQuer releân$ia
'are$e do
tão
$onin$ente e $lara 'ara uma $om'reensão $omum de moral
Llis , es'er ase de *ilso *os, Que dedu0 am de algum lugar este
elemento mani*esto e $laro de maneira semelhante $omo Yant
imaginou Xas 'or Que se deeria dedu0ir de algum outro lugar
algo Que # mani*esto e $laro, em lugar de a gente se es$lare$er
sobre as bases em Que re'ousa a 'lausibilidade[ Est amos
in$linados a isto 'or $ausa de nossa 'roeni]n$ia de morais
tradi $ionai s e 'orQu e, $omo $rianças, 'rimeiro , $res$ emos no
$onteRto de uma $om'r eensão de moral ao menos em 'arte
autoritria Lssim, terminamos es'erando de uma outra 'arte uma
sim'les *undamentação (da ra0ão) em analogia $om um a'oio
'ela autoridade
Xais uma Sltima indi$ação sobre a 'lausibili0ação da $on
$e'ção 8antiana& 'odemos diidir todas as $on$e'ç"es do ser
bom em 'reiamente dadas de mod$ Tn eerd gn$e, de um lado (a
$omun idade moral re$ebe da aur$rida $e aQuil o a Que se re*er em
r
as eRig]n$ias re$6'ro $as e aQuelas $ue esultam da 'r'ri a
$omun idade meraw'orta nto Quase imanente, de outro lado Ser
Que neste ^ltimo $aso não #eidente Que o Querer ou, $omo
tamb#m se di0, os interesses de todos os membros da
J$omun idade *orne$em a medida 'ara o bem e isto num $on
sideração im'ar$ial[ @ eRatamente isso o Que # *ormulado na
$on$e'ção do im'eratio $ategri$o Podemos tamb#m eR'ressar
isto da seguinte maneira& se o bem não # mais dad o 'reiamente
de modo trans$endente, 'are$e então Que # a'e nas o re$urso aos
membros da $omunid ade Que 'or sua e0 não 'ode ser limitada e
Que, 'ortanto, dee *orne$er o 'rin$6'io do ser bom 'ara todos os
outros e isto Quer di0er tamb#m 'ara seu Querer e seus
inter esses Formu lado de manei ra taRat ia a imersub /en idade
assim $om'reendida 'assa a o$u'ar o lugar do 'reiamente dado
de maneira trans$endente e 'are$e assim $onstituir o ^ni$o
sentido Que
eRig]n$ias ainda resta
re$6'ro$as de 're*er]n$ia
Que re'ousam na sançãoobe taeRig]n$ias
interna, 1 Que as
Que se eR'ressam na a'roação e na $r6ti$a, $onstituem a *orma
de uma moral $omo tal então tamb#m se 'ode di0er& na medida
em Que o $onte^do a Que se re*erem as eRig]n$ias não # outra
$oisa Que o lear em $onsideraç ão aQuilo Que todos Querem,
então, o $onte^do se adeQua $om a *orma Esta *ormulação não
'retende ser uma solução mgi$a idealis ta, mas 'retende a'enas
a'ontar 'ara um singular estado de $oisas
!embremos agora outro $om'onente Por mais 'laus6el Que
sea este $on$eito $omo $on$eito de bem, 'or Que nos deemos
$om'reender assim 4 LQui não se tra6a da 'ergunta se os u60os
morais estão melhor *undamentados do Que outros, na *orm a
$omo resultam da $on$e'ção 8antiana, e sim da 'ergunta se
en*rrn nos Queremos $om'reender, 'rimeiro, $omo mem bros de
uma $omunidade moral e, segundo, $omo membro s daQuela
$omunidade moral Que # determinada atra#s des te
4;
$on$eito de bem Esta Questão tãosomente ainda 'ode ter o
sentido de dagarnos se temos bons motios 'ara 'arti$i'ar desta
$omuni dade moral Formu lada diersame nte, # a 'ergu nta se
Queremos assumir em nossa identidade a 'arti$i'ação na
$omunidade moral E natural Que este Querer não sea
normalmente um Querer eR'l6$ito, mas na re*leRão *ilos*i$a
de'aramos ineitaelmente $om ele $omo o ^ltimo *undamento,
'ela sim'les ra0ão de Que não eRiste um terde absoluto& tamb#m
o gramati$almente absoluto tem deU não 'ode, $omo imos, estar
'or um `ler deff absoluto/ est de *ato 'or um ter de es'e$ial,
de*inido atra#s da sanção interna da $omunidade moral, a Qual,
'or#m, somente ingar Quando Quer ida
Chegamos a $onhe$er este Querer $omo um *undamento
ne$essrio de toda moral/ eie *oi $ontudo es$ondido na morai
tradi$ionalista atra#s da *undamentação autoritria do ter de, e
'ermane$e naturalmente tamb#m, o$ulto na a'resentação de Yant
na Qual a ra0ão a'are$e no lugar da autoridade, L autonomia do
indi6duo somente $hegar 'lena ig]n$ia Quando o $on$eito de
bem a'enas *or a'resentado $omo 'ossibilidade, $omo nos
'ode mos $om'reender G indi6duo, se ele re*letir sobre isto , tem
Que 'oder 'erguntarse agora, se ele Quer 'erten$er $omunidade
morai de agora em diante *undamentada uniersalmente e não
mais de modo trans$endente/ e todos os outros indi6duos 'odem
*a0erse eRatamente a mesma 'ergunta
9ão teria sentido, 'rimeiro , argumentar a moral $omo tal e,
segundo, argumentla na sua $om'reensão 8antiana, $om algu#m
Que realmente tiesse um lack of moral sense (*alta de sentimento
moral) ou Que es'ontaneamente estiesse de$idido a desistir e
oltarse ao $ontratualismo Somente 'odemos di0er ao nosso
amigo& take it or lea9e Mr' E Quando ele tier *eito o 'rimeiro
'asso 'ara a $omunidade rnorai $omo ta 'odemos de *ato di0er
Que no $aso não a'enas eRistem outros bons motios 'ara o
segundo 'asso (a $on$e'ção 8antiana), mas Que al#m disso esta
($on$e'ção 8antiana) se ele se $olo$ar no
45
n6el dos u60os morai s # a melhor *und ament ada (Vse tu en*im
Queres designar algo $omo mm , então istoU)_
9ão # 'oss6el eR$luir es6e momento da autonomia, mas
tamb#m não o 'odemos imaginar $omo um Querer decisionis ta,
num es'aç o aberto/ 'odemos cont"do nos em'enhar 'ara Que
nosso amig o tome boas ra0oes no senti do de bons motivos, J'ara
se $om'reender assim$ $onteRto para o Qual se a'ela na
'ergunta 'elo motio "e eu tenho 'ara me er $omo membro da
$omunidade moral ideai e eRatamente da $omunidade assim
$om'reendida, naturalmente s 'ode ser o conte?to da totalidade
dos meus motios , o mesmo Que estã em toda 'er g"nta V$omo eu
me Quero $om'reender[U Wuando nosso interlo$utor 'ergunta 'or
Que ele de9e se $om'ree nder moralme nte, este deeU # o assim
denominado pr"dencial, re*erido ao 'r'rio bemestar 2ste #
'ortanto o lugar onde a 'ergunta 'elo elemento moral tem Que
4>
sedistingue estruturalmente minha maneira de er daQuela de
Platã o e de Lristtel es Primeiro, os antig os *ilso*os não $o
n)eciam o problema da *undamentação dos u60os morais $omo
tal, e 'or isso não $onhe$ia m sobret"do o 'roblema da dis$ussão
entre diersas $on$e'ç"es morais Por esta ra0ão a 'ergunta 'ela
!"ndamentação redu0iase de antemão, 'ara eles, perg"nta 'ela
moti ação, de tal modo Que, em toda a #ti$a antiga, a 'ergunta
'elo assim $hamado summum bonum ,bomim era $om'reendido
$omo Vbom 'ara mimU), e isto signi*i$a, 'eios *ins mais eleados
de nosso Querer, a'are$ia ustamente no lugar da 'ergunta 'ela
morai
Em segundo lugar , eles não iram`o irredut6el *ator da
autonomia/ 'ensaam 'or isso 'oder a'resentar *orçosamente Que
$ada um de ns, desde Que estea $laro em seus motios, tem 5ue
$om'reenderse de $erta maneira (e isto sobretudo Jtamb#m
signi*i$a& moralmente)
Ter$eiro, 'enso Que`na 'er gunta 'ela motiação deese
*a0er uma distinção Que não era ista, nem na #ti$a antiga nem
naQuela Que de l segui u at# hoe& 'ara Plat ão e Lristt eles a
'ergunta 'ela motiação sem're signi*i$ aa (e assim isto
tamb#m # isto hoe)& Quais os motios Que temos 'ara ser e%ou
agir moralmente [ Por mais im'orta nte Que sea esta 'ergunta,
interessa em nosso $onteRto $ontudo uma 'ergunta 're$edente&
Que motios temos de $om'ree nderno s $omo membros da
$omu nida de mora l, isto #, Que motios eu tenho 'ara $om
'reenderme $omo um den tre todos, Que mutu amente se $olo $am
eRi g]n$ias re$6'ro$as $om re*er]n$ ia ao (ou a um) $on$eito de
bem[ Podese d i0er Que as duas 'erguntas t]m o sentido& 'or Que
a gente não se Quer $om'reender $omo ego6sta[ Xas, 'ara a
melhor $om'reensão, 'odemos sim'lesmente denominar $omo
ego6sta no sen tido $omum aQuele Que age imora lmente e o
ego6 sta $itado em segu ndo lugar, 'ro' riam ente na 'erg unta
're$ed ente, $omo o ego6sta radi$al G ego6sta radi$ai # aQuele
Que re'resenta o lack of moral sense' G ego6sta $o
4:
mum distinguese do ego6sta radi$al 'elo *ato de 'oder agir
moralmente a 'artir de sua 'r'ria 'ers'e$tia e então sentir
$ul'a E 'or $ons eguinte im'orta nte er Que a Questão da mo
tiação p ao menos $omo em 'rimeira linha a $om'reendo não
di0 res'eito 'ergunta, se a gente Quer agir ou ser moralmente,
mas somente se normas morais deem aler 'ara algu#m sea de
modo geral sea deste $on$eito
Porta nto, onde $omumen te a'enas se enRer ga uma 'ergunta,
temos Que distinguir tr]s& 3 Wuero en*im $om'reender me
moralmente, Quero Que a 'ers'e$tia do bem sea uma 'arte de
minha identidade [ = Wuero $om'ree nderme na 'ers 'e$tia
desta $on$e'çã o no $aso, a $on$e 'ção 8antiana [ < Wuero agir
moral mente [ Em todas as tr]s Quest "es 'odes e 'ergu ntar 'elos
motios
Xão darei uma res'osta a$abada e uni*orme s 'erguntas 'ela
motiação, e oltarei mais e0es a elas no $urso destas liç"es,
?
sobretudo na dis$ussão da Questão da *eli$idade , e de'ois na
a'resentação da Questão da motiação assim $omo ela # $olo$ada
'or Ldam Smit1r LQui Quero a'enas dar uma res'osta 'ar$ial
'ara 'oder eRem'li* i$ar $omo estas 'erguntas 'ela motiação, de
modo geral, deem ser $om'reendidas
L uma 'rimeira res'osta eidente 'ara a 'rimeira das tr]s
'erguntas, eu aludi na 'rimeira lição& se não nos $om' reen
demos $omo membr os da $omun idade moral (de QualQ uer Que
sea) desa'are$e a 'ossibilidade da a'roação e da $r6ti$a,e $om
isto tamb#m dos jemi mentos morais 1 mostrei na 'rimeira
lição Que isto 'ode ser isto, tanto 'ositia Quanto negatiamente
Para aQuele Que o ] negatiamente, assim $omo S6ra son , #
de$isio Que a 'artir disso nossas relaç"es $om
44
nossos semelhantes seam a'enas inst rume ntai s Então não 'o
deremos mais lear Vs#rioU, num determinado sentido do termo,
tanto a ns 'r'rios Quanto os outros Gs outros então não serão
mais sueitos, $om os Quais 'odemos dis$utir moralmente, mas
tãosomente obetos de nosso $om'ortamento
Esta $ons ider ação mostra Qual a im'ortâ n$ia Que t]m as
ra0"e s (no sentido de moti os), Que 'odem os $itar& $hega mos a
ema $lare0a sobre aQuilo Que de'ende da de$isão, e se o nosso
interlo$utor disser Que ele tamb#m renun$ia a estes outros
as'e$tos da ida, então o dilogo a$abou
9isto *i$a $laro at# Que 'onto a autonomia # um Sltimo
argumento 9ão eRiste nada Que *aça 'arte da minha ida, Que me
obrigue a me $om'reenderdesta maneira L'enas eRiste esta
obrigação relatia& se eu Quero uma $oisa e se ela est in$ulada
outra, então tamb#m tenho Que Querer aQuela outra $oisa
Como 'oder6am os, em segun do lugar, argument ar, desde a
'ers'e$tia da motiação, em *aor da a$eitação de uma de
terminada $on$e'ção moral, isto #, 'ara a segunda das Quest"es
antes $olo$adas[ 9este $aso # eidente $itar um motio Que se
re*ere simultaneamente 'rimeira e segunda 'ergunta (e isto
Quer di0er& Quais as ra0"es 'ara mani*estarse $omo membro de
uma $omunidade moral e ao mesmo tem'o ustamente 'or uma
$omunidade entendi da desta maneira[) 9ão $reio Que esta
Questão 'ossa ser leantada no interior de uma $on$e'ção
tradi$ ionali sta, na Qual o 'ergu ntar $omo tal # muito di*6$il/
'ois nesta $on$e'ção sem're $onstitui um elemento 'r#io Que
a gente se $om'reenda $omo *ilho de Deus Xas esta Questão
'ode ser 'osta $om sentido no Que se r e*ere $on$e'ção 8antiana
LQui 'oder6amo s 'edir ao nosso interlo$ utor 'ara re*letir
mais ou menos sobre o seguinte& VImagine Que o$] se en$ontre
numa bi*ur$ação de estrada +m $aminho # o ego6smo G ego6sta
iGG
Veu *aço a'enas aQuilo Que me agradaU L alternatia o outro
$amin ho eRata mente $orres 'onden te # Que tamb#m tenha mos
$onsideração $om os outros, e não a'enas Quando nos agrada
(Va6tni6smoU{_A ego6sta não tem QualQuer relação $ora seiis
semelha ntes eR$et o o rela$ion amento merame nte instrume ntal&
os outros a'enas lhe serem $omo meio 'ara satis*ação de
ne$essidades/ isto Quer di0er Qiie ele se $om'reende, na relação
$om #s outros, eR$lusiamente $omo ser humano de 'oder Foi
sobr emdo este 'onto de ista no Qua Platão, no :.rgias e em
outros dilogos, atra#s de um eRem'lo eRtremo do grande
tirano, *e0 er a alternatia& moralidade 9ersus amo ralidade Tu
a'enas dees $uidar 'ara Que a alternatia altru6s ta não sea
'retensios a demais, 'ois na medida em Que tu #s aQuele Que
determ ina Quais dos teus semelhante s tu 6rãs res'eit ar e Quais
não, tu estabele$es ao bel'ra0er, a 'artir de tua 'ers'e$tia
ego6sta,
deem sera 'artir
res'eida tado
'lenitude
Pordoisso
teu 'oder, o $6r$ulo'ara
a alternatia o ego6 smomt
daQueles
somenie 'ode ser *ormulada assim& res'eito 'ara $om QualQuer
outro Isto, 'or#m, # eRatamente o $onte^do do im'eratio
$ategri$oU
G Que aQui nos # dado 'onderar #, num sentido *ormal muito
semelhante ao isto anteriormente, na $onsideração sobre aQuilo
Que me d ra0ão 'ara me Querer $om'reender $omo membro de
uma $omunidade moral L'enas se 'ode $olaborar 'ara $larear a
situação de de$isão Chamamos a atenção 'ara as im'li$aç"es Se
nosso interlo$utor então res'onde& Tu tens 'lena ra0ão, Que os
dois $aminhos t]m este as'e$to, e # 'ois o $aminho da ontade de
'ode r Que eu es$o lho`f Então não se 'ode di0er mais nada $ontra
isto 2eremos mais tarde Que ainda h mais im'li$aç"es nesta
alternatia mas estruturalmente nada mudar
3A=
L$eitemos, 'ortanto, ini$ialmente, Que se Quer di0er Que os
u60os morais $orreto s são a #riori , isto #, são a #riori er
u
dadeiros Lgora 'or#m se sabe Que 'or a #rioriI somente 'ode
ser $om' reendido o Va #riori anal6ti$oU e o Va #riori sint#ti$oU
Em Que sent ido os u60 os morai s alem a #riori [ Se no sentido
sint#ti$o, então o *ato de Que # bom ãg6r assim ou assado deeria
ser *undame ntad o atra#s de uma ter$eira inst an$ia, a Qual 'or
sua e0 aie a #riori / # im'oss6el des$obrir Que instân$ia seria
esta Contrariamente, a tese de Que eles são anal6ti$os teria um
sentido $om'reens6el, a saber, aQuilo Que $onside ramo s bom
Quanto ao $onte^do segue analiti$amente do $on$eito da
're*er]n$ia obetia Isto $ontudo 'are$e antes de mais nada
*also Em segundo lugar, 'odem os es$lare$e r 'ara ns mesmos
Que # um $ontrasenso Querer $onseguir uma determinada
$on$e'ção moral a 'artir da elu$idação de 'alaras Ter$eiro,
nosso interlo$utor não se mostraria im'ressionado 'or este
resultado& VPode ser Que esta sea a ^ni$a moral 'en sel mas o
Que isto tem a er $omigo[U
Yant iu 'er*eita mente o ^ltimo 'onto, e este # o motio de
ele não ter dado $om o a #riori os u60os morais, mas a obri
gatoriedade das 'r'rias normas (sua `alidade`) 2oltarei a isto
na inter'retação de Yant De *ato, # im'oss6el des$obrir o Que se
dee aQui ainda entender 'or Da#riorF' Por#m, 'ara onde a'onta
este es$lare$imento de Yant, se 'or alidade se Quer di0er a
im'ortân$ia Que as normas t]m 'ara o nosso Querer, # Que a
alidade das normas não # em'6ri$a, não 'or eRistirem de *orma a
#riori , mas 'orQue de'endem de meu Veu QueroU
Durante muito tem'o a 'ol]mi$a $ontra a $hamada *al$ia
natura lista ,natiiralistic fallac1< re'resentou um to#os na #ti$a
`Esta *al$ia $onsistia em se 'retender *undamentar em'iri$a
mente os u60os morais L isso *oi obetado, desde Kume (e
atual mente noament e natra dição de .E Xoore at# - Kare)&
do ser não segue 5ual5uer de9ei+ Xas o Que signi*i$a
9P
isto[ Pois o de9er não 'ode ter um sentidoabsoluto $om'reens6el
(todo o deer e todo o ter de # re*erido a "ma sanção) -etomar a
re$usa da *al$ia naturalista adQuire um sentido $om'reens6el se
o re!orm"lamos desta maneira& do ser não segue um 5uerer' O
'artir das $ir$unstân$ ias de Que algo # assim $omo # (tamb#m e"
mesmoi nun$a seguese ne$essariamente Que eu Quero isto e
aQuilo De'ende de mim, se eu o Quero G Querer nun$a 'oder
ser [ 'ara aQuel e mesmo Que Quer , "m su'orte *ti$o 'r#io e
em'6ri$o 1"m ser)
Est 'ortanto $orreta a re$usa da *al$ia naturalista e isto Quer
di0er, de Que a a$eitação de u60os morais e a alidade das normas
morais seam em'6ri$as Estabele$ido este *ato, surge, 'or#m, a
'ergunta& o Que então # o ^ltimo *undamento da va lidade Que
tem 'ara n7s as normas morais[ S eRistem as duas
'ossibilidades& o a #riori ou o Querer Tinido o a #riori' s. resta
ainda o `eu QueroU/ 'ara di0]lo novamente, não se trata na
erdade de um Veu QueroU de$isionista, 'airando no ar, mas
a'oiado 'or meio de motios& 'or estes a'oiado, mas não *or
çado
Wuem se $olo$a a 'ergunta VQuero eu *a0er 'arte da $omu
nidade moral[U, tem de 'erguntarse& VQuem a*inal eu Quero ser,
em Que reside 'ara mim a ida e o Que de'ende 'ara mim disto,
Que eu me $om'reenda $omo 'erten$ente $omunidade moral[U
Por isso , o momento de$isi onis ta tem Que ser sim'lesment e
desta$ado, 'orQue tudo Que 'odemos nomear em motios 'ara
nosso interlo$utor e 'ara ns mesmos a'enas 'ode mostrar $om
base em nosso saber antro'olgi$o, some nte 'ode mostrar Quanta
outra $oisa seria ogada *ora unto $om nosso 'erten$imento a
uma $omunidade moral Desta maneira a de$isão deiRase a'oiar
ra$ionalmente, mas não substituir G $itado take it or lea9e it
não 'ode ser $ontornado
3A?
ça[ E a mesma ne$es sidade Que nos im'ele a 'ensar a *und a
mentação $omo absoluta, Quando ela não mais de'ende de uma
autoridade, e a 'ensar igualmente $omo absoluto o ter de Podese
$onsiderar esta ne$essidade $omo res6duo da mora l religiosa,
onde o ler de a'are$ia $omo uma realidade trans$endente
'reiamente dada, ou tamb#m $omo um res6duo da $ons $i]n $ia
moral in*antil onde a autoridade paterna aparecia de modo
semelhante L re*leRão sobre o Veu Quero` Que est na base do
?i
eu tenho 5ue $ondu0 nos no senti do de assum ir a autonomia
Que *a0 'arte do ser humano adulto Po6s s 'oder6amos nsQuerer
Que um tal ter de absoluto su'ondo Que 'or si não sea um
$ontrasenso *osse $raado em ns[ Eu 'osso Querer Que uma
'arte do meu Querer sea subtra6da de mim mesmo[
L ida tale0 *osse mais sim'les , mas tamb#m menos s#ria,
se a moral *osse uma 'arte de mim [ assim $omo meu $oração ou
minha es'inha Pensar 'ara si a moral de maneira tão heternoma
# 'roa de uma *alta de $on*iança, 'rimeiro, no 'r'rio Querer
serassim e tamb#m no Quererserassim dos outros Da mesma
*orma # 'roa da *alta de $on*iança na $ongru]n$ia dos $on$eitos
mora is, Que resultam 'ara mim e 'ara os outros Por#m , o Que
Quer Que sea aQuilo Que deseamos, sua base # muito *rgil e na
histri a se mostrou muitas e0es Que tentatia alguma de *a0]la
a'are$er arti*i$ialmente mais *orte moeu os homens a serem
moralmente melhores
SEKTA LIÇ=O Q #undamentação
da meta-!si%ados cost"mes de
Yant& a primeira seção*
3A5
anos mais tarde, Yan6 de6Rase $ondu0ir aQui iiremen6e 'ela
riQue0a de seu genio, igualmente $heio de *antasia, $omo ar
gumentando $om rigor 9uma obra deste n6ei a'rendese
tamb#m dos se"s enos
G !ref6cio do lirinho tem sobretodo d"as tare*as Primeiro
ele es$lare$e o titulo do es$rito, de'ois ele di0 o essen$ial sobre o
m#todo 9o 'ertinente ao t6tulo # 'ara tratar se Va' enas de uma
-!"ndamentação&, e isto Quer di0er Que ;ant aQui se 'ro's
a'enas Va 'ro$ura e o estabele$imento do #rinci#io su#remo da
moralidade* ,Cerke I <4=) O eRe$ução ele 'retend6a aQui
reserar 'ara urna %etafísica dos 7ostumes, tamb#m es$rita mais
tarde (<43) L 'ala ra V$ost umesU Yant não es$lare$e , 'orQue ,
$omo mostra a $itação anterior, ele a em'rega sim'iesmente
$omo eQui alent e a VmoralU ($* a$ima segun da lição) G Que no
entanto se entende 'or urna meta*6si$a dos $ostumes[ Lesra
'ergunta Yan& dedi$a a maior 'arte do 're*$io Por meta*6si$aU,
di0 X de se entender a eR'osição de urn a es*era dos 'rin$i'ios a
ne$essidade 'rti$a
$essidade 'rti$a e*etiamente
absoluta absoluta,desde
não *a0 sentido, 'ostoQue
Que
se uma
$onsine
dere mais de 'erto Yant no entanto insiste sem ulter ior es$la
re$imento nesta a'arente Vne$essidade absolutaf ;
Wue sentido 'oderia ter uma ne$essidade 'rti$a absoluta, se
realmente eRistisse[ isto ;ant nos res'onde $omo se *osse
eidente& Que ela dee valer a 'riori Xas i sto nã o # de modo
alg"m tão $laro, $omo *a0 de $onta, mesmo desde a 'r'ria
'ers'e$tia de Yant Pois Yant mostrou na 7rítica da razão #ura
a'enas Que uma 'ro'osição teri$a !#, uma 'ro'osição na Qual
se eR'ressa um u60o), Quando # absolutamente ne$essria, e isto
Quer sem're di0er, Quando sua erdade # absol"tamente
necess'ria, tem de ser erda deira a #riori Xas Que sentido 'ode
ter trans'or este $on$eito do #rioriI de*inido em *unçã o da
ne$essidade teor#ti$a 'ara a ne$essidade 'rti$a de um
mandamento (no Qual $omo tal nem se trata de erdade), e se eie
então ainda tem sentido em geral sobre isto Yant não di0 nada
um iate sobremodo notel aere seu 'r'rio 'rograma
Como igualme nte note terã de nos 'are$e r Que Yant, Que
es$lare$eu na 'rimeira 7rítica tão ineQuio$amente Que u60os s
'ode m ser a #riori $om base em sua analiti$idade ou então aler
$omo sint#ti$os a #riori , aQui não se dedi$a de modo aigu m a esta
di*erença Deer 'ois, assim temos de nos 'erguntar, a su'osta
a'riori dade de manda mentos 'rti $os ser anal6ti$a ou sint# ti$a,
ou esta distinção não h de aler aQui de modo algum[ 2eremos
mais tarde Que Yant era de o'inião Que uma grande 'arte do Que
se 'ode di0e r na #ti$a # de *ato anal6 ti$o a #riori( mas Que ele
estaa $onen$ido de Que ao mandamento moral mesmo suba0
um u60 o sint#ti$o a #riori+ mas isto lhe resultar de uma
'rob iemati0ação tão 'e$uliar Que se dee a$res$en tar um 'onto
de interrogação obiedade $om Que ele re$orre aQui no
're*$io ao $arter a'rior6sti$o dos mand amentos morais O
ra0ãof mais 'roel 'or Que Yant assumiu aQui $omo eidente
Que u60os morais t]m de aler a #riori * a Que ele d em gerai& a
ra0ão 'or mim men$ionada
9
anteriormente, de Que eles não 'odem ser em'6ri$os/ ir / eu
mostrei Que a su'osição de Que isto sea uma alternatia eR$iu
dente # eQuio$ada (a$ima "inta lição9$
+ma outra 'e$uliaridade Que se dee obserar, e Que tamb#m
resulta da 'r'ria isão de Yant, # ele assumir $omo eidente, ea
'assagem $itada, Que, se os mandamentos t]m va lidade a #ríori(
eles se devem *undar na Vra0ão 'ura Em $ontra'osição tinha
sido a tese da 7rítica da razão #ura Que os u60os sint#t i$os a
#ríori em se"sentido não 'odem, de modo algum, *undar se em
algo assim $omo uma ra0ão 'ura, mas tãosomente em nossa
$ons$i]n$ia humana real& os u60os da 'ura geometria ' e?$,
alem a #ríori( não 'orQue, $omo di0em, em *unção dos $on$eitos
não 'oderem ser de outro modo, mas 'orQue ns humanos não
'odemos nos re'resentar de outra *orma S 'orQue eRis tem
u60os Que, na o'in ião de Yant, alem e*etiamente,
inde' endent emente da eR'er i]n$i a, 'ortanto a #ríori , sem no
entanto teR esta alidade a'enas em ra0ão de *undamentos da
3A4
!
9o *inal do 're*$io Yant d um im'ortante es$lare$imento
sobre "aV o m#todo Que 'retende seguir na 'rimeira e "al, oa
segun da seção L ter$e ira seção o$u'a "m lugar especial, sobre o
Qual 6rela !alar mais tarde Yant re$orre a"i a urna distinção,
$orrente na #'o$a e 'roeniente da matemti$a, entre m#todo
anal6 ti$o e sint# ti$o Esta disti nção não tem nada a er com a
di*erença entre u60os anal6ti$os e sintéticos$ X#todo anal6ti$o
Quer di0erQue se tem diante de si uma *or mação ç om 'leRa, da
Qual se "er saber os *undamentos ou 'rin$ i'ios/ re toma se a
estes, e ueste sentido -analisase&$ 5intético ao $ontr rio # o
'ro$edimento, Quando, 'artindo de detemiinados
'rin$i' ios, :esclarecese um dado $om'leRo constr"tivamente
(sinteti$amente) a 'artir dos elementos De modo semelhante Yant
distinguiu no 're*$io dos !role gomena o m#todo, ali seguido
$omo send o analítico( do m #todo sint*tico da 7rítica da razão
#ura'
9a 3 seção da Fundamentação o m#todo # 'ara ser anal6ti$o
no sentido de Que
'artirioQual a $ons$i]n$ia
Yantomo di0 nomorai $omum
*im da 3 seção,$onstitui o dado
Quer $hegar 'or
anli se at# seu 'rin$ 6'io U (?A<) Este 'rin$ 6'io re elar se
$omo o im'eratio $ategri$o Lgora, se o m#todo sint#ti$o
$onsis tisse na eRata iners ão da ordem de id#ia s anal6t i$a, então
Yant teria de 'artir, na = seção, do im'eratio $ategri$o e
mostrar $omo dele resulta a $ons$i]n$ia moral $omum Xas Yant
não 'ensa tão esQuemati$amente +ma sim'les inersão deste ti'o
seria tamb#m im'rodutia 9a erdade Yant assume na = seção
um noo 'onto de 'artida, a saber, a *a$uldade da ra0ão
'rti$aU$omQ a (?3=), e 'ro$ura mostrar $omo tamb#miela se
$hegaao|
9
Fa0 sentido $ara$teri0ar este $aminho $omo sint#ti$o, 'orQue ele
de *ato 'arte de algo $om $arter de 'rin$6'io, Que no entanto não
# bio 'ara a $ons$i]n$ia moral $omum, reQuer endo ema
uma tese Xas no 'argra*o : (<4>) di0 Yant "e este $on$eito
se $encontra rto bom senso natural e não 're$isa tanto ser
ensinado Quanto a'enas es$lare$idoU/ e, de'ois do Que o"vimos
sobre o m#todo a ser seguido nesta I seção, sabemos tamb#m Que
a 'ro'osição nem 'ode ser isada de outra maneira E eu a*irmo
agora& a 'retensão de Yant, de ler *iRado nesta 'ro'osição um
as'e$to essen$ial da $om'reensão $omum de moral, *
'er*eitamente usti*i$ada L 'ro'osição $orr es'onde tamb#m
eRata mente re*er ]n$ia Que eu mesmo *i0 no $omeç o de minhas
$onsideraç"es ao sentido de um u60o moral& assim $omo a
re*er ]n$ia , *eita 'or Yant no 're* $io, singul ar `ne$e ssidad eU,
isada $om um mandamento moral # em 'rin$6'io id]nti$a
minha re*er]n$ia ao sentido gramati $alment e absolut o do tem
de`U moral assim o 'resente es$lare$imento, de Que em u60os
morais se trata do ^ni$ o bem Que # tal sem VrestriçãoU, # em
'rin$6'io id]nti$o minha re*er]n$ia ao sentido gramati$almente
absol uto $om Que ns *alamo s, em u60os morais, de `bomU e de
VmauU
Pode rse ia, $ontudo, Querer obetar Que eu a'liQuei este
VbomU a'enas a aç"es e 'esso as, enQuanto Yant di0 Que soment e
Vuma boa ontade # boa sem restrição Xas ambas resultam no
mesmo, e a *ormulação de Yant # a mais eRata Wuando ulgamos
uma ação de modo mo ral # a on tade det erminador a da ação o Que
n7s ulgamos mo ra l Se somos *orçados a uma ação, ou se ela lea
a $onse Q7]n$ ias im'reis6 eis, sobre as Quais nossa onta de não
tinha in*lu]n$ia, não somos moralmente res'onseis 'or ela
Wuando ulgamos uma 'es soa $omo 'essoa e não em *unção desta
ou daQuela reali0ação ($omo $o0inheiro, iolinista et$), # sem're
sua ontade o Que ns ulgamos Platão e Lristteles
eR'ressaram isto $om a seguinte obseração& Quando um homem #
bom $om res'eito a uma determinada $a'a$idade, ele sem' re tem
tamb#m a $a
'a$idade do $ontrrio G Que 'eR tonta um m#di$o a'to a $urar,
tomao tamb#m a'to a matar E` 'ode ema ou outra $oisa, de
a$ordo $om o Que ele Quer LQui ião # a ontade Que # ulgada
33?
'odem ser iris, mas sem $^ida Va *eli$idadeU LQui, 'ortanto,
Yant tamb#m a$aba es$lare$endo Que o bem moral # a'enas uma
'arte, mesmo Que im'ortan te, de um bem mais abrangente 9este
335
Gs 'argra*os 3 e = serem enao 'ara o e $ e$irre$ da
id#ia de "e s da orrade 'odemos di0er "e sea boa sim
'lesmente L'enas no 'arlgra*o < dado um outro 'asse, Que
agora analisa esta id#ia *undame ntal um po"co ma8 Qu/ Yant
insiste em "e ns s. ulgamos mo ralmente o Querer eus
determina ema ação e Que nosso +"#o não de'end e de a ação ter
su$esso} E bem erdade Que ele salienta, 'ara eitar mal
$entendidos, Que $om a boa vontade não se Quer a"i a'enas di0er
-simples dese+o&, mas a ontade -sob rec"rso a todos os meios, na
medid a em "e esteam sob meu 'oderU (<4?) Se mesmo assim a
ontade, entendida desta *orma, não $onseguisse nada, Vassim ela
ainda brilharia em si mesmaU $omo di0 a *amosa 'ro'osição
V$omo uma ia, $omo algo Que en$ontra seu inteiro alor em si
mesmoU 2eremos Que ;ant, baseado numa determinada
$onsi deraçã o, a$ent uar esta $on$e' ção no 'arg ra*o 3?& a'enas
ali serã dada a onosição ao anliiunsme A $on$e'ção de*endida no
'resente 'argra*o #, em $ontra'artida, 'atr imnio $omum de
iodos os 'rogramas morais em geral ($om eR$eção daQueles
'rimitios Que aind a seQu er entender am o alor da intenção e
a'enas ulgam 'elas $onseQ7]n$ias) Xesmo o utilitar ista
deeria $on$ordar $om o 'argra*o <& mesmo uma #ti$a relatia s
$onseQ7]n$ias, $omo o utilitarismo, s 'ode ulgar a ontade 'or
isto& se ele *e0 tudo Que estaa em seu 'oder
Gs 'argra*os ? at# > $onstituem uma obseração Que não
'erten$e argumentação Yant 'ressu'"e aQui Que todas as
dis'osiç"es da nature0a são $onenientes, o Que 'ara ele # mais
uma su'o siçã o bi a do Que uma 'rem issa *undam enta da, e
a*irma então, seguindo re'resentaç"es 'essimist as de seu tem'o ,
Que a ra0ão, em seu uso 'rti$o instrumental, 'rodu0
i$i Les ug em ems mo ra les $he 0 l `en *am $aris 8P, = %a(!tuo
em gera mais danos do Que bene*6$ios e Que o sim'les instinto
lernosia guiado melhor/ uma e0 assumidas ambas as 'remissas,
seria eidente Que Va nature0aU
V$em outro *im enQuanto meioU, mas $omo *im em si mesmo
'ara a '$ssibi66ta$ão da morai, G 'ensamento # ante s abstruso e
não $ons ^mi 'arte integrante da arg"mentação da seção, mas #
interessante Que Yant introdu0 aQui, $omo eidente, a ra0ão, e
ainda 'or $ima num uso absoluto, a'esar de uio se tratar de um ta
uso nem na argumentação 're$edente nem na ulterior da Iseção,
9o 'argra*o : Yant se 're'ara 'ara o 'ro$edimento anal6ti$o
'ro'riamente dito Para ta ele $olo$ a o $on$e ito do deer no
lugai!d o$on$eit o da boa onta de 'rime ira ist a este 'asso
'ode sur'reender/ mas # im'e$el 'orQue o $on$eito do dee r,
$omo Yant di0 $om ra0ão, -contém 1o de* uma boa ontad e, se
bem Que sob $enas restriç"es e barreiras subetias Cont#mp
Quer di0er im'li$a logi$amente Dee_f re'resenta a
ne$es sidade 'rti$ a 1obrigação9 abordada no 're*$io G Que
@ este re'ulsio
Que 'are$e VrigorismoU
'arademuitos
Yant, $omo # muitas e0es
Xas $ontra'or $hamado,
intuiç"es
ser 6arob#m de se 'erguntar se eRiste, $omo 'retendia S$hiller
uma alternam a dentro da 'osição de 'rin$6'io de Yant Eu
VG Que Quer di0er Que ele o *a0 'or $ausa do outro[ Duas
res'ostas 'are$em 'oss6eis Gu& V'orQue euu} tamente
sim'a ti0o $om ele ou 'or ele tenho $om'aiRão_ Gu& V'orQue ele
# um ser humanof Lgora, Quando *ala de -Xinclinação&, Yaiit se
re*ere a'enas 'rimeira res'osta Temse então uma in$linação
es'e$ial 'or esta 'essoa
L segunda res'osta, 'or outro lado, não a'res enta uma tese
$ontr ria $on$e 'ção de Yant Pois at# aQui ainda não !oi dito
nada sobre aQuilo em Que $onsiste o bem o" o deer, e eremos
mais tarde Que uma determinada $on$e'ção do im'er atio
$ategri$o (a segunda *rmula de Yant) 'ode ser entendi da
ustamente de tal *orma Que, se ns *a0emos alguma $oisa 'or
$ausa do im'eratio ('elo deen, ns o *a0emosk 'orotie o outro
# um ser humano ' Lnte$i'ando (mas tamb#m na base do dito na
^ltima lição) 'odemos di0er& # esta uniersalidad e Que Yant Quer
assegurar $om sua insist]n$ia sobre o dee r $omo moti o
Xas $om esta argumentação, o adersrio não se dar 'or
satis *eito ERist em, obet ar ele, duas 'ossibili dades distintas de
se $om'ortar moralmente *rente a um outro, inde 'end ente das
'r'ria s in$linaç"es 'arti$ulares e a'enas 'orQue ele # um ser
humano & ou 'orQue eu o deo V'or deerU ou 'or *ilantr o'ia,
Quer di0er, 'or a*eição, $om'aiRão, in$linação, Que agora $ontudo
seria uma es'#$ ie de in$li nação uniersal, tamb#m inten$ ionada
no $ristão Vama teu 'rRimo, 'orQue ele # $omo tuU G
sing ularmente *rio e rigons6 a da #ti$a de Yant 'rosseguir o
adersrio, 'are$e $onsistir no *ato de Yant reeitar não s as
a*eiç" es 'ar$iais , no Que tem toda ra0ão, mas a a*etii dade em
geral
Com isto $hegamos ao $entro da $ontro#rsia, o Que se ]
tamb#m no *ato de eu não 'oder adu0ir nenhuma res'osta
dialogo$ YN$$c pa/ ,a i r Que a Zr4dca cegamente [Zange oe//&n 'io
de Yant (re*erer6e bene*i$]n$ia` $am*$#rn a '$slçlo } $ Yant em
gerak masnela
'assagem Que mesma,
ela nao 'oe
u ma atingir
e0 Quea argumentaçãe deem
ela ainda deiRa Yant nesta se o
aberto,
bem não # inten$ionado da *orma a*etiamente determinada,
eRigida 'elo adersrio G Que em todo $aso r assim obetar nosso
amigo, 'ode ser dito a !avor de Yant # Que ns temos de insistir no
deer na obrigação $omo motio, 'orQue este 'erten$e ao
$on$eito de mora l 1do V6rres *ritamente bom&9$ G Que em tod o
$aso deeria *i$ar da reeição da in$linação 'or 'arte de Yant, se a
`id#ia de moral dee ser 'reser ada de algum modo # Que o ser
bom # algo e4igido 'ela ontade Xesmo Que $onsideremos $omo
moralmente su'erior aQuele Que não 'ode agir senão moralmente, e
'ara o Qual o agir moral (Quer di0er& o eRigido) # algo eidente e
es'ontâneo, a es'ontaneida de não 'oderia $omo tal ser o motio do
agir L es'ont aneida de não 'oderi a ela mesma tornarse o 'rin
$i'io da ação G Que teria de ser reti do in$ondi$ionalmente da
reeição de Yant seria Que no agir moral não 'oderia ser a in
$linação $omo tal o Que nos determina Pois ao Que Yant se
re*eriria $om in$linação, seria o a*eto imediato, natural, Que temos
no moment o, e ele 'ode ser assim ou assado e não tem $omo tal
em 'arti$ular, o eRigido $arter uniersal
L ^ni$a 'ossibilidade de diergir de Yant #, 'ortanto, não
$olo$ar o a*eto no lugar do deer, $omo S$ho'enhauer então *ar,
mas entender o 'r'rio agir 'or deer $omo um a*etio L
in$linação não 'ode $omo tal ser determinante, mas a'enas na
medida em Que ela # uma in$linação moralmente *ormada e,
nesta medida, tamb#m uniersali0ada E esta 'ossibilidade Que
tinha de 'are$er $ontraditria a Yant, 'or $ausa de sua su'osição
antro'olgi$a de uma se'aração insu'erel entre uma *a$uldade
a'etitia sensitia e uma su'erior (Vra$ionalf`)
Para ainda assim aaliar o al$an$e desta 'ossi bilidade, de
emos nos tornar eR'l6$ito o Que em ^ltima instân$ia se en$on
di0er ate s C& r& &s t) $//p $o& s %_&rnG` / o agir <A rai
a*eiiame& ts es/ ariarieo a aeao_ ja / /, re /e a $on$a'ção
8anti ana Que deer mos aiora e[ re$rias e$r a uma inter'retação
o Que _he resultou / o see &o araaa$a,
G Que os $r6ti $os $ontem'orâneos $ensur aram na $on$e'ção
Pantiana, sobretudo S$hi6ler s então tamb#m o oem Ke gel, #
Que ;ant teria diidido a nature0a humana em duas 'artes, e isto
não # a'enas um 'roblema *ilos*i$o, mas signi*i$a isto
moralmente, Que não # ma is o homem $omo um todo Que age
moralment e Se eu ao a'enas assim, 'orQue me # ordenado, então
ainda sou eu de todo, este ser a*etio, Quem age[
Xas 'odes e ir ainda mais longe na d^ida sobre a$on$ e'
ção 8antiana Se estimarmos a tese de Kume Que em geral a'enas
sentimentos ($omo in$linaç"esw 'edem ser determinantes de aç"es,
então a su'osição de Yant Que o mandamento, enQuanto lire de
a*eto, 'ode ser determinante de ação, reelarseia $omo *i$ção, e
deerseia *a0er ale r Que de QualQuer modo s 'ode ser um a*eto
'oder6amos $ara$teri0lo $omo o a*eto es'e$i*i$amente moral
o Que nos d uma $ons$i]n$i a do bem determinante de aç"es Para
eR'li$ar isto na *ormulação Que dei na lição anterior 'ara o
im'erati o $ategri$o $onsideração de outros QuaisQuer ou então
res'eitar uma 'essoa sim'lesmente 'orQue ela # um ser humano
esta seria uma mRima Que deer6amos ou sentir afeti9amente , de
ta modo Que nos sent6ssemos bem soment e Quando nos enten
d]ssemos assim , ou $aso $ontrrio ela não seria nada 'ara ns&
lack of moral sense ,sensel<'
L 'artir daQui a inter'retação do 'r'rio Yant, disto Que
signi*i$a Querer agir 'or deer, Quando lhe # subtra6da a base
a*etia, deeri a 'are$ernos desane$erse em uma es*era 6aap
gularmente rare*eita G Que ainda daria uma *orça meta a&&o nal
3=5
$aso, a $on$e'ção aristot#l i$a se deiRa en$aiRar na 'ergunta& V'or
Que Quero eu 'erten$er a urna moral e ustamente a esta moral[U,
$omo a desenol6
De $erta *orma entre Lristteles e Yant en$ontrase S$hiller,
$om a $on$e'ção Que desenoleu no liro Anmiií und Ciirde
5c)iller se $om'reende $omo Pantiano e tam b#m o # em todas
as` su'osiç"es essen$iais, $omo o 'r'rio Yant I)e $on$edeu < L
'osição de S$hiller 'ode 'or isto mostrar, se ela *or $onsistente,
Que mesmo 'ara o 8antiano *i$ara em aberto uma o'ção Que Yant
não 'er$e beu Lo $ontr rio de Kume e de Lristteles, a$redita
S$hiller, $om Yant, Que eRiste uma ra0ão 'rti$a 'ura , Que tanto
de$ide sobre o Que # bom, Quanto # de$isia tamb#m $omo
motio 'ara a boa ontade Wue 'ortanto o 'rin$6'io da boa
onta de não a'enas não 'ode ser a*irm ado 'elas in$linaç "es, o
Que # eidente, mas Que ele tamb#m não 'ode ser entendido $omo
uma in$linação eR$e'$ionai (dis'osição de a*eto), tal Qual
'retend e o aristot#li$o, tudo isto S$hiller $on$ede a Yant Ele
a'enas não entende 'or Que a ra0ão não dee 'oder *ormar nossa
a*e6i idade de tal modo Que, tanto Quanto 'oss6 el, V-a0ão e
sensibilidade deer e in$linação se $onuguemU A , de ma neira
Que então o homem Vest em harmonia $ onsigo me smo U (:>)
9atu ralmente ter de se 'erguntar a S$hiller, 'or sua e0, 'or
Que isto dee ser assim L este res'eito 'odese, a 'artir do teRto
de S$hiller, dar duas 'oss6eis res'ostas Gu se su'"e Que 'ara
S$hiller eRista, ao lado do 'rin$6'io moral, um segundo
mandamento, a saber, o re$#m$itado& Vestar em harmoni a
$onsigo mesmoU, e # sem d^ida este 'rin$6'io Que *oi de'ois
a'roeitado 'or Kegel Xas não se dee entender isto $omo
; \er8ecl=<
5 F S$ hill er Cerke (ed 'or ! Beliermann) :
"m segundo 'rin$6'io 5c)iller es$ree& VTão $erto Quanto estou
$onen$ido Que a 'arti$i'ação da in$linação em uma ação lire
não demonstra nada sobre a 'ura $on$ordân$ia ao deer destaação,
assim eu a$redito 'oder $on$luir > usto da6 Que a 'er*eição moral
do se r )"mano tãosomente 'ode resultar desta, 'arti$i'ação da
in$linação em seu agir moral Pois o homem não # determinado a
eRe$utar aç"es morais indii duais, mas a ser um ser moral&$ Com
esta Sltima 'ro'osição ;ant teria naturalmente $on$ordado, mas
'ara S$hiller esta 'ro'osição se $om'reende a 'artir da anterior, e
isto Quer dier4 o im'ortante ] ser moral $om todo seu ser a*etio
G homem dee ser moral, e não a'enas algo nele$
9a medida em Que o moral (a Vra0ãoU) 'ermeia a a!etivi dade
natural, a 'essoa agir es#ontaneamente $omo moral, e, na medida
em Que a 'essoa age moralm ente de #er se este lire ogo das
*orças $ausa a im'ressão de NXgraçaN$ Xas liã tamb#m situaç"es em
Que o moral *orçosamente eRige sa$ri*6$ io de nossa a!etividade
natural, 'arti$ularmente l onde 'reudi$a nosso `instinto de
'reseraçãoff K, 'ois, sentimentos sens6eis Que não s não
'odem harmoni0ar $om o moral, $omo tem de lhe 'ermane$er
o'ostos G Que a 'essoa 'ode aQui atingir # o autodom6nio (3A<),
`tranQ7i lidade no so*rimentoU, Quer di0er, -dignidade&$ VGnde,
'ois, o deer moral ordena uma ação Que ne$essariamente *a0
so*rer o sens6el, ali se en$ontra seriedade e não ogo, ali a
desenoltura na eRe$ução nos indignaria mais do Que satis*aria / ali
não 'ode, 'ortanto, a graça, mas a dignidade, ser a eR'ressão Em
geral ale aQui a lei de Que o ser humano dea *a0er $om graça
tudo o Que 'ossa *a0er nos limites de sua humanid ade , e $om
dignidade tudo aQuilo, 'ara $ua eRe$ução ele dee ir al# m de sua
huma
> Wue isto resu6te usto da* natu ralmente não $on*ere/ a *undamen tação da $onseQ7ente
a*irmação # Que o homem (determinado a*etiamente) dee agir moralmente
3=:
nidadeU (3A>) De'endendo das 'ossibilidades Que seguem das
diersas
dignidadesituaç"es,
($on* lito)/indi$ase,
$omo dee'ortanto, ou graça
nos reoltar uma (harmonia) ou
atitude ligeira
numa situa ção Que $ont#m em si mesma um $on*lito, assim aQuele
Que reali0a algo morai $om dignidade, onde seria 'oss6el $om
es'ontaneidade, 'assa 'or Vrid6$uloU e Vdes're06elU
O mRima de 5c)iller # 'ortanto& tanta graça Quanto 'os
s#vel, tanta dignidade Quanto ne$essria L'osição 'are$e $on
in$e nte, 'orQue a ação o$or re em ambos os $asos -por dever&,
Quer di0er& o motio determinante # sem're o moral, na es*er a da
dignidade eR$lusi amente, $omo em Yant, na es*era da gra ça não
eR$lusiamente, mas ainda assim de tal modo Que a motiação
su'lementar do a*eto não deter mina o Que, mas a'enas $om o
Xas o Que 're$isamente ns ganhamos $om S$hiller[ S$hiller
introdu0iu na Questão da motivação uma di*eren$iação Que não se
8
a agir assim 'ela ra0ão, # simultaneamente assim determinado 'or
'orQue
$om o Quer
V'orser# um tal Que age
ustamente 'or res'eito
designado ao ser não
o motio/ humano, 'ois
se 'ode
$ontudo ter o motio (L) de ser algu#m Que age 'or um outro
motio 1<9 determinado, a não ser n^m 'ro$esso de
3<A
autoedu$ação, no Qual algu#m Queira (L) edu$arse $omo um Que
ir6 agir 'elo motio B, e esta # natur almen te uma 'ossib ilidade
Que *a0 sentido$ Senão s se 'oderia ter o motio L, ser algu#m
Queage como algu#m Que age 'elo outro motio B
L insist]n$ia de Yant, em Que s age moralmente aQuele Que
age 'or deer, 'oderia *a$ilmente 'are$er $omo se ele entendesse
a motiação moral no sentido de (I) Xas isto seria um mal
entendido $om'leto De a$ordo $om Yant não age moralmente
aQuele Que Quer agir 'or deer, mas somente aQuele Que age 'or
dee r 1]a terminolog ia Que Yant usar mais tarde, # bom somente
aQuele, 'ara Quem a ra0ão ou a lei # imedi atame nte o 'rin$ 6'io
determinante de seu agir)
Lssim $omo eu mesmo eR'us o $on$eito de moral, resulta
ainda uma outra $om'li$ação 2imos Que o bem # algo Que de
a$ordo $om seu $on$ei to #eRigido mutuame nte e Que esm eRi
g]n$ia a ne$essidade 'rti$a # sustentada 'ela sanção interior
da indignação e da ergonha Isio não 'ode ser isto 'or Yant,
'orQue ele deiRou ineR'li$ado o $on$eito do deer da
ne$essidade 'rti$a Xas não me meto, assim 'oderiam obetar
me, $om esta $on$e'ção em uma $om'li$ação adi$ional[ Pois
agora surge uma outra bi*ur$ação na motiação morai& asir o
agente moral assim, 'orQue isto # bom ou 'ara eitar a sanção
interior[ L$ho di*6$il de$idir esta Questão Tamb#m 'ara
Lristteles algu#m se mostra $omo moralmente motiado nisto
Que ele # $a'a0 de sentir ergonha moral Por outro lado 'oder
seia di0e r& 'ro'riamente bem s age aQuel e Que a'enas age
assim, 'orQue # bom (ou, no $aso es'e$6*i$o da moral do
im'eratio $ategri$o, 'orQue ele res'eita os seres humanos), sem
Que a 'oss6el sanção sea im'ortante Gbserem, 'or outro lado,
Que a sanção # interior, Que ela # 'ortanto e*i$iente somente
naQuele, 'ara Quem agir assim # ruim, Que 'ortanto assumiu em
suaidentidadenãoagirassim `
Deo admitir Que a 'robl emti $a, $omo a eo, $ont#m uma
$om'li$ação adi$ional, mas isto se dee ao 'r'rio obe
3<3
to& não 'odemos tomlo mais sim'les do Que ele # Ldam Smith
a'ontou $om ra0ã o 'ara o *ato de Que o bom não age $omo age,
'orQue do $ontrrio seria $ensurado e $on*rontar seia $om a
indignação a $ensura *a$tual e a indig nação *a$tual não t]m
im'ortân$ia 'ara o bom mas $ertamente 'erten$e motiação
moral Que, em $aso $ontrrio, ele mesmo $onsidera seu agir
censur69el e re9oltante Xas mesmo se nos 'are$e $omo o mais
'uro aQuele agir moral, no Qual a sanção interior não tem
im'ortân$ia 'ara o res'e$tio, se ele portanto age assim
sim'lesmente 'or $ansa do bem e s por conseg"inte, somente 'or
res'eito 'elos outros, ainda assim a sanção interior 'erten$e ao
$on$eito do bem moral/ ao $ontrrio das outras *ormas do bom
atributio (um bom $antor, et$), sim'lesmente não # 'oss6 el
de*inir este distin to bom atributi o (uma boa 'essoa) de outra
*orma Que não 'ela in$lusão das eRig]n$ias mSt"as$ `9o mais este
resultado $orres'onde 'roaelmente a realidade 'si$olgi$a& não
'are$e 'oss6el se'araras duas mo tivaç%es$ Cum'ro minha
'romessa, 'orQue res'eito a 'essoa, ou 'orQue, $aso $ontrrio, eu
me energonharia ou des're0aria[ Poderse ia di0er Que ambos
são 'rati$amente id]nti$os
De'ois desta longa digressão sobre a motiação moral (Que
naturalmente dee ser di*eren$iada da motiação moral)
'odemos 'rosseguir $om a inter'retação do teRto 8amia no 9o
'argra*o 3? Yant $olo$a a = 'ro'osição Que em sua o'inião
segue analiti$amente da *unda mental 'rimeira 'ro'osiçã o da 3
seção L 'ro'osição di0& +ma ação 'or deer não tem seu alor
moral no obetio a ser ati ngido 'or el a, mas na mRima, de
a$ordo $om a Qual ela # de$idida 9ão de'ende P or t an to , da
realidade do obeto da ação, mas somente do ' rin$6'io do Querer,
3<=
Se Yant di0 aQu6 Vnão no obetioU, então # inten$ionado $om
VobetioU naturalmente o obetiado, o *im Lgora, 'o derseia
ser de o'inião Que todo agir # re*erido a um *im (e Yanl ir mais
tarde admitir 6sto ele mesmo, ?=>) L ra0ão 'ela Qual Yant tero de
negar isto aQu6, 'ara a ação moral # algo Que ele não eR'li$ita de
todo, mas de *ato 'are$e seguir de modo logi$amente $on$ludente
da *undamental 'rimeira 'ro'o sição da I seção Po is se a ontade
mesma # a ^ni$a $oi sa Que 'o de ser Vboa sero restriçãoU, então ser
ela boa ou nã o não 'ode de'ender do *ato de ela reali0ar um
determinado *im, 'ois en tão este *im o Vobeto da açãoU teria
de ser bom num sentido 're$edente e então em todo $aso
tamb#m Vsem restriç ãoU e isto $ontrad iria a 'ro'osição, Que não
'ode eRistir nada Que sea bom sem restrição, Va não ser tão
somente uma boa ontadeU
Esta # tamb#m a ra0ão 'or Que` Yant tem de introdu0ir nesta
'ro'osição o $on$eito da m64ima' Em tomo deste $on$eito
leantaramse na literatura muitas su'osiç"es, mas nem seu
signi*i$ado # di*6$il de entender nem a ne$essidade de sua in
trodução neste 'onto
Tanto numa nota ao 'argra*o 3;, Que 'ro'riame nte deeria
en$ontrarse neste tre$ho, Quanto numa nota $orres'ondente na =
seção (?=3), es$lare$e Yant Queele entende oo r mRima a regra
Que determina o Querer (o u agir) Se dee ser 'oss6el Que o Quere r
não sea determinado 'or um *im, a ^ni$a alternatia 'are$e ser
Que ele sea determinado 'or uma regra, e se a regra # a do
im'eratio $ategri$o, então 'odese muito bem $om'reender isto
Deese então di0er& s e0es a ontade # determinada 'or *ins e
s e0es 'or uma regra, e esta seria então a do im'eratio
$ategri$o[ Xas Yant a'resenta ao leitor da Fundamentação todo
agir $omo se o$orresse de a$ordo $om regras 9isto # men$ionado
$omo eRem'lo a'roRimadamente& tomo $omo mRima es$a'ar de
um embaraço 'or uma *alsa 'romessa (?.=s) Tamb#m o agir
imoral, a'arentemente
todo o agir em geral # 'ara estar agora submetido a mRimas Isto 'ode
ini$ialmente $on*undir o leitor Perguntarseã $omo a relação do Querer
os *ins est 'ara sua relação s mRimas
L'enas em sua obra tard iak A religião nos limites da sim#les
razão( Yant es$lare$eu o assunto LQui ele di0& Va liberdade do arb6trio
# da 'e$uliar nature0a, Que ela não 'ode ser determinada a uma ação
'or nenhum motio, a não ser na medida em Que a 'essoa o tenha
assumido em suas mRimas (tenhase *eito $omo regra geral, de a$ordo
$om a Qual ele Quer se $om'ortar)U 4 Wuer di0er& mesmo Quem se
deiRedetermina r 'or *ins (obetios) QuaisQuer, e isto Quer di0er, 'elo
*ato de ele Querer agor a usto isto( ainda assim deiRase determinar
antes 'ela regra geral de Querer sem're usto aQuilo Que ele Quer n o
momento, e isto Quer di0er, 'ela mRima do Vamor'r'rio U3A (do
ego6smo i Yant atingiu, 'ortanto , 'or $ausa da 'arti$ular di*i$ul dade
Que Ibe resultou ini$ialmente do *ato de Que a ontade moral não 'ode
ser 'rimariamente determinada 'or um *im, uma noa $om'reensão da
Vnature0a de todo 'e$uliar f do Querer humano, Que todo Querer humano,
antes mesmo de Querer QuaisQuer *ins determinados, e serindo de base
a este res'e$tio Querer, sem're se de$idiu 'or uma ou outra mRim a
*undamental no Que 'ara Yant estas mRimas *undamen tais s 'odem
ser duas& a da moral e ado amor'r'ri o Por isto Yant ainda mostra no
tratado sobre a religião Que tamb#m o agir 'or deer, mesmo não
'odendo ser determinado 'or um *im ('or seu turno determinado 'ela
in$linação), sem're se re*ere a *ins, V'ois sem QualQuer re*er]n$ia a *ins
não 'ode o$orrer uma determinação da ontade no ser humanoUf 3
3<?
Com isto *i$a es$lare$ida a $oneRão entre o modo $omo a
ontade se re'orta a mRimas e $omo ela se re'orta a *ins Wue
todo Querer em geral antes de QualQu er Querer disto ou da"i 1o [
sea "m"erer da maneira $omo eu mesmo Quero me $om
'reende r, pareceme ser uma da s int"içoes mais 'ro*undas da
*iloso*ia moral 8antiana 9isto 'odese deiRar em aberto, se se
dee enten der a mRima !"ndamental do Vamor'r'rioU sem're
$omo uma de$isão contra a moral, $omo *a0 Yant 3= Se se admite a
'ossibilidade do lack of moral sense , não se 'ode ]lo assim, mas
a tese de ;ant, " e s 'odem eRistir estas duas mRimas
*undamentais, de $omo se Quer $om'reender sua ida, pareceme
ter um alto grau de 'lausibilida de
2oltemos tese do 'argra*o 3?[ 9a #ti$a anglosa?^nica das
^ltimas d#$adas *oi de 'raRe diidir os sistemas morais modernos
Que 'artem de um ^ni$o 'rin$6'io em deontolgi$os e
teleol7gicosVX@ Por "m sistema moral teleol7gico (do gre go t*los ,
*im) entendese "m Qiie $onsidera um a ação boa ou $or reta
eRatamente então, Quando 'romoe um determinado *im Isto
'ressu'"e Que o *im sea isto 'or seu lado $omo o ^ni$o bem sem
restrição (ra0ão 'ela Qual se $hama então a boa ação de $orreta e
não de boa, 'ara eitar ambig7idades) G 'rotti'o de um sistema
moral assim # o utilitarismo Por um sistema moral deontolg$io
(do grego d/on' deer) entendese uma #ti$a Que não *a0 de'ender
a bondad e da ontade de uma 'res su'osta alori0ação de um *im
Como 'rotti'o de um tal sistema ]se 'or isto em geral o
8antiano, e # no 'argra*o 3? Que Yant estabele$e eRatamente este
'rograma Esta 'osição aQui de*endida 'or Yant 'odese designar
$omo seu singular formalismo' Yant mesmo di0& se o 'rin$6'io da
boa ontade não reside em seu obetio, então ele s 'ode ser
determinad o 'elo 'rin$6'io *ormal da ontade em geral& (?AA)
3<;
Tamb#m a este res'eito 'oderia a 'osição de Yan $ausar
ini$ialmente re'ulsa, enQuanto um 'rin$6'io teleo6gi$o 'ode
'are$er $omo o ma6s natural G Que 'oderia ser mais eidente do
Que o ser uma ação boa ($orreta) na eRata medida em Que ela eita
danos e 'romoe o *aem[ Xas o bem 'ara Quero[ Esta Questão se
insinua imediatamente na $on$e'ção teleolgi$a Deemos
entender esta de tal *orma Que o bem moral é red"i d o a om bem
relatio ou Que o bem in$ondi$ional agora # de*inido de urna noa
maneira[ G utilitarismo *a0 ambos& o !im, 'elo "al de e ser
medido o Querer mora , é, em 'rimeiro lugar, aQuilo Que # o
melhor #ara a maioria, e, em segundo lugar, o bem absoluto # 'ara
ser de*ini do assim Xas at# Que 'onto ambos os 'assos não serão
arbitrrios [ Wuero deiRar de lado a Questão muito dis$utida, se isto
'ode $on$ordar $om o modo 'elo Qual ns ulgamos aç"es
indiiduais $omo boas o" ruinsf e 'erguntar a'enas, $omo Yant
terseia 'osi$ionado ame esta 'ro'osta 6 'ois ser outra $oisa Que
não umaum
de bom 'ro'osta[) Yant teriadonaturalmente
estado QualQuer mundo, istodito/
nemse'ode alg"ém
ter outro$hama
sentido Que não o de ele se $olo$ar isto $omo *im, Quer di0er Que
sua in$linação a'onta 'ara sua reali0ação Wuem ulga $omo utili
tarista di0 'ois sim'l esmente Que # bom 'ara ele, se todos estão
melhor Este argumento e eu não eo o Que se 'oderia lhe obetar
di0 Que a $on$e'ção utilit arista não tem estrut uralm ente nada a
er $om moral, mesmo Que sea de$larada $omo tal e $on$orde em
seus resultados 'ar$ialmente $om nossas intuiç"es morais
Contra o deontologismo 'or seu tumo adu0se em geral Que ele
$ondu0 a um *eti$his mo da regra Como eRem'lo$h a e serem
deeres tais Que de *ato desem'enham um grande 'a'el em Yant,
$omo o deer de manter sua 'romessa L'osi
3? C* ' eR B =illiams$ -A $ritiQue o! utilitarianismU, in4 iiC Smart • B \II V
iams$$ Jtilitarianism for and against Cambridge 34><
3<5
ção de Yant 'are$e resultar era Que, Quem *e0 uma 'romessa a um
outro dee mante r esta 'romes sa não 'or $onsideração 'ela outra
'essoa, mas some nte 'or $ausa da regra Xas nema tal orientação
'or regras 'arti$ulares não se 'ode $hegar ao n^$leo da
$ontro#rsia 'osição de Yant, bern entendida, resulta na
mRima do altruismo Esta mRima di0& $onsidera os interesses dos
outros, res'eita os direitos de $ada um Se 'or tanto não se segue
regras 'arti$ulares, mas o 'rin$i'io moral $omo tai o Que Yant
tamb#m $hama logo no 'argra*o seguinte de Va leiU então *i$a
eidente Que a mRima # sem d^ida re*erida a um *im, $omo
imos usto $om base no tratado sobre a religião Yant então
a$olher isto de *orma adi0er Que o 'rin$i'io moral 'res$ree
tratar $ada ser humano $om o *im em si mesm o, u ma *ormulação
Que sem d^ida ainda teremos de es$lare$er no seu deido lugar
2isto assim desa'are$e, 'ois a a'arente o'osição entre
re*er]n$ia a uma regra e re*er]n$ia aos seres humanos em Questão,
e a re*er]n$ia a uma regra, o assim $hamado *orma lismo a'enas
garante o uniersalismo inteiramente ne$essrio Em minha
o'inião deese, 'ois, dar ra0ão a Yant em Que sua ?6 segunda
'ro'osiçãoU segue analiti$amente da 'ro'osição ini$ial da 3
seção e Que um 'rograma moral teleolgi$o dee ser reeitado
Posto isto, temos $ontudo de obserar ainda Que o modo $omo
Yant a$redita 'oder desenoler sua alterna tia ao 'rograma
teleolgi$o a 'artir do $on$eito do Querer não # eidente, sim,
nem seQuer # intelig6el G alor da ação moral, assim re0a a
tentatia de Yant em dar um sentido em termos de $onte^do sua
intuição de 'rin$6'io, s 'oderia Vser determinado 'elo 'rin$6'io
*ormal do Querer em geralU 9ão se ], $ontudo, de modo algum,
em Que medida t?o Quere r em ger alU tem um 'rin$6'io * orma lU G
Que Yant em'reende aQui # $ertamente muito engenhoso, 'ois esta
'ro'osta 'are$e ser a ^ni$a $oisa Que 'ode resultar sem 'remissas
adi$ionais da 'ro'osição ini$ial da 3 seção, mas o resultado #
a0io
3<>
Estaraos aQu6 ante um 'asso da argumentação de Yant Que de
e ser obserado $om eRatidão em sua 'osição metdi$a, Eu
'resumo Que Yant mesmo teria admitido Que o 'asso, $omo #
dado aQui, ainda não # $onin$ent e em si, 'ois do $ontrrio ele
não 're$isada ter es$rito a = seção da Fundamentação' So mente
o $on$ei to de ra0ão, aQui $om'let amente 'osto de lado 'or Yant,
'orQue não $ontido de modo algum na $om'reensão moral
$omum 'ermitir a Yant *alar de um 'rin$i'io *ormal/ ser o da'
9ontade racionalO não o da o ntade em geraL Wue a 'retensa
deri ação do im'eratio $ategr i$o na \ seção, $omo reali 0ada
$om base no 'argra*o 3? S não # bem su$edid a, a6nda não # 'ois
um argumento de$isi o Yant mesmo 'oderi a ter dito Que neste
tre$ho ele s 'odia ante$i'ar Tanto mais $uriosos deemos estar
em saber se a *undam entaç ão na = seção, entã o a Snica decisiva,
ser'$convincente$ Todo 'eso re$ai agora sobre o $on$eito de ra0ão
Com esta resera 'odemos aançar 'ara a ter$eira 'ro'o
siçãoU, Que Yant $olo$a no 'argra*o 3; Ele di0& Deer #
ne$es sidade de uma ação 'or res'e ito leiU (?AA) EnQua nto as
duas 'rimeiras 'ro'osiç"es resultaam $ada e0 analiti$amente da
'rimeira 'ro'osição da 3 seçã o, a ter$eira 'ro'osição resultar
de noo analiti$amente, mas desta e0 $omo $on$lusão das duas
anterioresU Isto tamb#m # *$il de se enRergar L 'rimeira
'ro'osição di0ia& uma ação s # moralment e boa, se ela #
motiada 'elo 'r'rio dee r (o ordenado, $omo o ne$essrio
'rati$amente) Esta motiação 'ura 'elo moral mesmo agora #
assumida no $on$eito do res'eito L segunda 'ro'osição di0ia& o
moral $onsis te eR$lusia mente no 'rin$6'io da ontade U Este
'rin$6'io *ormalU agora # retido na eR'ressão leiU +m agir #,
'ois moral, se e somente se o$orre 'or res'eito leiU L
'retens ão de Yant de Que a ter$eira 'ro'osição não tra0
'ro'riamente nada de noo, mas a'enas liga as duas 'rimeiras,
est 'ois em ordem Para uma melhor $om'reens ão da ter$e ira
'ro'osição s se 're$isa aind a a'ontar 'ara o *ato de Que Yant
não $om'reende aQui deer Quase ob
3<:
+etivamente $omo o ordenado, mas "ase subetiamente $omo a
ação 'or deer Do di*6$il $on$eito do res'eito, Que ;ant
eRtraordinariamente re'orta não 'rimariamente a 'essoas, mas lei
mesma, o Que ele es$lare$e na 'ers'i$a0 = nota da 'gina ?A=, não
're$iso me o$u'ar mais em nosso $onteRto Basta tratar a 'alara
$omo $i*ra 'ara a motiação moral
9o 'argra*o 3> a argumentação da \ seção $heg a ao !im$
Yant a$redita 'oder mostrar agora "e o dito at # aQui e # no
essen$ial o dis$urso, introdu0ido no 'argra*o 3?, sobre um
'rin$6'io !ormai (de uma lei, $omo $om'lementado no 'argra*o
\U9 da ontade $omo ta basta 'ara demonstrar o im'eratio
$ategri$o $omo o $onte^do do moral Como, $om base no
'argra*o 3?, nãoresto" Vnada senão a uniersal lega lidade das
aç"es em geral&, o mandament o moral s 'oderi a re0ar, VQue eu
tamb#m 'ossa Querer Que minha mRima dea tomarse uma lei
"niversal& (?A=)
3?A
ter seu *undamento dado em'iri$amente e $onseQ7entemente tão
ra$iona
das leis,tem *a$uldade
! é,a de a$ordo de$om
agir'rin$6'ios,
de a$ordo $$rr&
Quera di0er,
re'resentação
tem urna
ontade Como 'ara a deriação de aç"es a 'artir de leis # eRigido
ra0ão, assim a ontade não # nada mais Que ra0ão 'rti$af
9ão # tão grae Que Yant não se atenha eQui'aração eR
'ressa na ^ltima 'ro'osição entre ontade e ra0ão 'rti$a E*e
tiamente ele em'rega na Fundamentação o termo ontadeU $om
uma ambig7idade Que ele resoleu mais tarde na %etafísica dos
costumes( na medida em Que resera o termo onta deU 'ara esta
id#ia da ra0ão 'rti$a, e isto Quer di0er 'ara a ontade
determinada 'ela ra0ão, e em'rega o termo arb6 trioU no sentido
$omum do Querer, Que 'ode tanto ser ra$ional Quanto não 3
3 n| 2I ==5
3?3
Xais di*6$il # entender eRatamente o Que Yant Quer di0er,
Quando di0 Que seres ra$ionais 'odem Vagir de a$ord o $om a
re'resentaç ão das leis U Isco soa $omo se *ossem as mesmas leis, e
na mesma *ormulação, $onstatadas na nature0a 'elo entendimento
teri$o, e V'or $ua re'resentaçãoU então se 'ode agir Isto est
eR$lu6do 'elo sim'les *ato de Que então o im'eratio $ategri$o,
"e não tera eQuialente numa lei natural, não seria um $aso de
um 'rin$6'io 'rti$o, o Que, no entantok $omo *i$a 'atente no Que
segue, é claramente inten$ionado
Los assim $hamados Im'eratios hi'ot#ti $os $orres'onde ema
lei natural, mas nun$a na mesma *ormulação Ls leis naturais t]m
em sua *orma mais sim'les a *rmula VSem're Que R, então 0@ '
eR Vsem're Que uma 'edra (de determinado tamanho) bate $ontra
(R) uma idraça (de uma determinada es'#$ie) 6$om uma
determinada elo$idade, et$), a idraça Quebra ,1P Somente
$om base numa re*ormu lação resulta daii o 'rin$i 'io 'r*i o de
um im'erat io hi'ot#t i$o pse Queres Quebr ar a idraça (Z), atira
ema 'edra desta es'#$ ie, et$) $ontra ela (R)f Da 'ro'o sição
teri$a VSem're Que R, então ZU resulta 'ortanto a 'ro'osição
'rti$a VSem're Que Quer es Z, *a0 RU Ls leis, de a$ordo $om
V$ua re'resentaçãoU 'odese agir não são 'ois leis naturais nem
seQuer no $aso dos im'eratios hi'ot#ti$os, a'esar de se
*undamentarem em tais 9o 'argra*o seguinte Yant designa estes
'rin $6'ios 'rti$os $omo mandamento s da ra0ão e suas
V*rmulasU 'ortanto a eR'ressão ling76sti$a $omo im'eratios
Por Vim'eratiosU $omo 'or VmandamentosU Yant entende, 'ois,
eR$lu siam ente tais Que *undam na ra0ão 9atura lment e não se
'ens a no $on$eito ulterior do im'eratio gramati$al ou em ordens
so$iais
Xas o Que Quer então di0er, Que estas regras elas $orres
'ondem Quelas Que eu designei na segunda lição $omo regras da
ra0ão são Vmandamentos da ra0ãoU[ 9o < = 'argra*o desta s#rie
di0 Yant& estes mandamentos Vdi0em Que seria bom *a0er ou
deiRar de *a0er algoU (?3<), e de *ato& sem're 'ode
3?=
mos tamb#m re*orm ular a *rmula VSe Queres Z, *a0 assim& VSe
Queres Z, # bom *a0er RU (Podemos aQui abstrair $$m Yant da
$om'li$ação, Que eRistem em geral mais meios de armgir Z, ra0ão
'eia Qual tamb#m o$orre a *ormulação Vo melhorU em e0 de
VbomU)
Yant $ont6nua então es$reendo nesta altura& Prat i$ame nte
bom, $ontudo, # o Que determin a a ontade 'or &r&erm# dio das
re'res entaç "es da ra0ão , 'orta nto não 'or $ausas sube tias , mas
obetiamente, ! #, 'or ra0"es Que são lidas 'ara todo ser
ra$io nal $omo talU (?3<) Lo $ontr rio, r& in6$i o desta 'arte toda
do teRto, Yant tinha sugerido Que esta s leis se $hamam leis da
ra0ão, 'orQue V'ara a deriação de n$"es a 'artir de leis # eRigido
ra0ãoU (?3=) Para 'oder 'osten`$ imente aui0ar a 'ro'osta de Yant
a res'eito do $onte^do $& im'era tio $ategri$o # im'ortante
tomarse eR'l6$ita a di*erença entre estas duas eR'li$aç"es
L isto ligase nat"ralmente a Questão, o Que se dee entender
3??
Yant introdu0 aQu6 sua 'ro'osta $autelosamente no sub
untio, mas a'enas 'orQue deiRa em aberto, se 'ode haer uma
'ro'osição desta *orma Para o leitor Que ainda não *oi edu$ado
$om Yant, $olo$ase naturalmente de in6$io não a Questão, se ser
en$ontrado era $onte^d o 'ara esta *orma 're'osi$i onal, mas ele
'erguntar at# Que 'onto, 'ois, esta *orma 're'osi$ional 'odeter
um sentido em g#rai Con*rontamonos noamente $om a Questão
Que abordei na Segunda lição Yant estabele$e aQui, sem
mesmo men$ionar outras alternatias, Que seu dis$urso sobre um
Vbem irrestritoU, abordado na 'rimeira 'ro'osição da 3p seção da
Fundamentação , tem o sentido de orde nado ra$ionalmenteU,
mesmo Que a isto se 'ossa obetar Que este dis$urso sobre uma
ação Que # 'ara ser ra$ional em si mesma, e não s relatiamente
a algo, nem tem sentido
En$ontramonos aQui no 'onto de$isio, em Que Yant
a$red ita, 'oder mostrar Qiie o bem Irrestrito do moral dee s er
*undamentado e isto Quer di0er *undamentado absolutament e Eu
disse na Segunda lição Que aQui deemos ser toleran tes e dar a
Yant a $han$e de mostrar Que ele 'ode dar um sentido a esta
'ro'osição, a#arentemente sem sentido G 'r'rio Yant ] a
situação metodolgi$a naturalmente de outro modo& ele a$ha Que
a 'ro'osição # intelig6el e Que a Questão seria a'enas re*erente
'ossibilida de de lhe dar um determinado $onte^do intelig6el e
da6 naturalmente tamb#m ne$essrio ,
L esta Questão Yant se dedi$a algumas 'ginas adiante e
a$redita 'oder res'ond]la $om uma sim'les $onsideração
(?f=As)& i? Se me re'resento um im'eratio $ategri$o, então sei
de imediato o Que ele $ont#m Pois $omo o im'eratio s $ont#m
al#m da lei a ne$essidade da mRima de ser $on*orme a esta lei e
a lei não tra0 em si nenhuma $ondição, Qual ela seria restrita,
assim não resta senão a uniersal idade de uma lei em geral, $om
Que dee $on$ordar a mRima da ação G im'eratio $ategri$o
#, 'ois, um ^ni$o e 're$isamente este& age
?;
somente de a$ordo $om aQuela mRima, 'ela Qual 'odes ao mesmo
tem'o Querer Que ela se tome uma lei uniersalU
O res'osta Que Yant d, 'ois, aQui # id]nt i$a em termos de
$onte^do $om a Que deu no 'argra*o 3> da 3 seção S Que ali
ele tee de re$orrer id#ia em si mesma inintelig6el de ema lei do
VQuerer em geralU, enQuanto ele 'ode agora se a'oiar no $on$eito
de uma lei 'rti$a da ra0ão, $uo senti do era incontest'vel pelo
menos nos im'eratios hi'ot#ti$os Ass"mamos a'enas agora $om
Yant Que ema tal lei tamb#m # intelig6el no $aso de um
im'eratio $ate gri$o no Qual 'ois , a lei Vnão tra0 em si
nenhuma $ondição, Qual ela seria restritaU L $on$lusão Que
Yant tira na segunda 'ro'osição da $itação` anterior, de Que, se a
$ondição ('ortanto a 'ro'osição $ondi$io nal) deiRa de eRistir,
somente resta Va uniersalidade de uma lei em gerarf, # então
$laramente um non se5uitur' Pois seria eidentemente 'ense! se
tais im'eratios não hi'ot#ti$os *i0essem sentido de algum medo,
Que eles re'resenias sem dhers as leis materi ais, $omo se 'ode
*a$ilmente tomar $laro na signi*i$atia e 'retensamente
eQuialente *orma das 'ro'osiç"es de alor& Vagir (ou ser) assim e
assado # bomU Para uma #ti$a da irtude # mesmo eidente Que
eRistam rias 'ro'osiç"es deste ti'o
G argumento Que Yant de *ato d #, 'ortanto, $ertamente *also
Proaelmente, no entanto, toma 'arte em Yant tamb#m a
re'resenta ção de Que, segundo um dos signi*i$ados de ra0ão a$ima
men$ionados $omo *a$uldade de $on$luir e segundo o
'ensamento, 'ara ele estreitamente asso$iado a isto, de Que a ra0ão
# a *a$uldade dos 'rin $6'ios =, d a sim'le s ra$ionalid ade resu lta algo
assim $omo Va sim'les legali dadeemgeraF (?A=) Esta eR'ressão
#, no entanto, em si mesma tão indet erminada Que 'oderia
signi*i$a r toda e QualQuer $oisa, e ganha
3?5
um sentido determinado a'enas na *ormulação do im'erati o
$ategri$o mesmo, Que Yant d no *im da $itação a$ima, uma
*ormulação Que, 'ortant o, $ertamente não segue do 'ensamento
anterior
!embremonos agora dos dois signi*i$ados de Vra0ãoU, Que
distinguimos anteriormente Yant 'are$e aterse em sua
*tind ament ação do im'eratio $ategri$o a um dos signi*i$ados
Como no entanto se dee tratar de uma fundamentação( teria sido
muito mais natural ele ter seguido o mitro signi*i$ado 9este $aso
poderseia ter !"ndamentado o im'eratio $ategri$o em algo
$omo segue& V+ma ação seria irrestriiamente boa se ela 'udesse
ser *undamentada *rente a QualQuer um, e isto signi*i$aria& se
QualQuer um 'udesse $om ela $on$ordarU +ma tal ersão do
im'eratio $ategri$o est muito 'rRima da < *rmula do
im'eratio $ategri$o de Yant Xas idealme nte a id#ia de se
*undamentar o im'eratio $ategri$o desta maneira (estaria
*undamentado absolutamente o Que *osse 'oss6el *undamentar
*rente a QualQuer um), *a0 'arte da #ti$a do dis$urs o G 'r'rio
Yant não tee a id#ia de *undamentar o im'eratio $ategri$o
atra#s de um tal $on$eito V$omuni$ati oU de ra0ão, e eremos na
dis$ussão da #ti$a do dis$urso na 'rRima lição Que tamb#m esta
id#ia # irreali0 el
Se *i$armos 'or ora $om o 'r'rio Yant, 'oderemos obserar
agora Que *ra$assou sua tentatia de dar um determinado $onte^do
id#ia de um im'eratio $ategri$o no sentido de um im'eratio
de 'ura (não relatia) ra0ão, Que não era mui ` to intelig6el em
si mesma, e $om isto *ra$assou tamb#m abstração *eita da
sugerida sombra de es'erança da #ti$a do dis$urso a id#ia de
Yant de *undamentar a moral de modo absoluto ($omo resultado
da id#ia de uma ra0ão 'ura 'rti$a)
Isto não Quer di0er naturalmente Que o im'eratio $ategri$o,
tal $omo *ormulado 'or Yant na assim $hamada 'rimeira *rmula
no *inal do teRto $itado, não *aça sentido Tentamos mostrar na
Quinta lição Que ele de *ato a'resenta o sentido mais
3?>
eidente Que se 'ode dar ao $on$eito do bem moral da eR$e
l]n$ia obeti a do ser humano $omo ser $oo'er atio So Que ele
não se deiRa *undamentar assim $omo Yant 'ensa a, e $om isto
*e$ho use a la$un a Que tie Que deiRar em abert o em minha tese
de Que ele não 'ode ser *undamentado de modo algum, a saber, a
la$una Que se re*eria ao $on$eito de ra0ão
Linda tenho de a'ont ar 'ara uma signi *i$at ia 'e$ul iarida de
na *ormulaçã o do im'erati o $ateg ri$o, Que em todo $aso não #
deriei do teRto anterior Yant di0 $om ra0ão Que
eu teria de #oder 5uerer Que a mRima , de a$ordo $om a Qua6 eu
ao, se tome urna lei uniersal Claro est naturalmente Que o
Quere r de Que se trata aQu6 # o Querer 'lenamen te $omum ainda
'r# moral, ego6sta, 'ois o Querer somente # moral na medida em
Que se deiRa determinar 'elo im'eratio $ategri$o G Querer Que
o$orre dentro da *ormulação do im'eratio ainda não jz 'ois, o
moral ‚ oQue
Quere mos $om# base
'retendido
em nossotamb#m
intere est $laro P Que
sse 'r'rio eR,outros
não
nos *açam mal, e disto segue Que não V'odem os QuererU Que a
mRim a (' eR, seguida ou 'onde rada 'or mim no momento ) de
*a0er mal a um outro, sem'r e Que me $on#m, tornese Vurna lei
unie rsalU , 'ois isto signi *i$ari a usta mente Que todos me *aria m
mal $ontinuamente, sem're Que lhes $onenha
Para Yant esta ne$essria re*er]n$ ia no im'er atio $ateg
ri$oRue 'retende ser 'uramente a'rior6sti$o, ao Querer em'6ri$o
era eidentemente um in$modo, ra0ão 'ela Qual ele at# mesmo a
deiRou de lad o na crítica da r a0ão #r6tica' Lli ele *ormu la o
im'eratio $ategri$o assim& VLge de tal *orma Que a mRima de
tua ontade 'ossa sem're ao mesmo tem'o aler $omo 'rin$6'io
de uma legislação uniersalU ( >) 9a Fundamentação ele
'ro$edeu de *orma mais a'ro'riada LQui ele es$lare$e Que
eRistem muitas mRimas, ' eR, não manter sua 'romessa, Que
$omo leis uniersais não 'odem seQuer ser #ensadas
VQuanto mais Que se 'ossa ainda 5uerer Que se tor
3?:
ne uma taU (?=?) Xas no $aso de outras # inteiramen te 'os s6el
'ensar Que
$ausem isto o$orra
mutuamente geralmente
danos), ('assim
mas Vainda eR, Que seres humanos
im'oss6el 5uerersef
Que isto a$onteça Wue Yan tamb#m 'ensasse na Fundamentação
Que Queles mandamentos morais Que se *undam sobre a
im'ensabilidade de sua uniersali0ação, $om'ete uma rrta6or
dignidade, dee estar ligado ao *alo de 'are$er nao estar
im'li$ada neles uma re*er]n$ia ontade ego6sta em'6ri$a ('ois,
Que os mandamentos assim *unda menta dos de*ina m a $lasse dos
assim $hamados deeres V'er*eitosU`f, este *oi seu erro, $omo
ainda eremos ) L *ormul ação de Yant V'or muito eQui o$ado
Que se 'ossa ainda Querer U # notel Pois, 'or Que não
deer6amos 'oder ao menos Querer (desear) algo irreali0el[ G
Que im'orta realmente , assim se ter ustame nte Que 'ergu ntar,
na aaliação moral das mRimas morais ar# mesmo da 'rimeira
$lasse& Que não se 'ossa 'ensar sua uniersali0ação ou Que não se
'ossa Quer]la[
L isto então Yant 'are$e nos dar no 'argra* o segui nte uma
res'osta Que a'onta $laramente 'ara o não 'oder Querer E a
'assagem a Que me re*eri na Quin ta lição Yant di0 aQui Que
ns sem distinção de Qual das duas *ormas de deer antes
men$ionadas se trata realmente não QueremosU Que urna
mRima imoral se tome lei uniersal E agora 'odese di0er,
$omo *i0 na Quinta lição, Que a5ui Yant nomeia o *undam ento
real do im'era tio $ategri$ o, enQua nto a 'rete nsa deri ação da
ra0ão 'ura 'rti$a *oi uma *undamentação *i$t6$ia Este
*undamento real $onsiste, $omo eu disse, 'ara Yant em 'ro 'or
uma moral Que $orr es'onde, em ter mos de $onte^d o, s regras do
$ontratualismo, mas dele se distingue 'or serem as regrs agora
seguida s'or $aus a delas mesma s ou 'or aus a
3?4
dos atingidos, e isto uniersalment e Isto se baseia 'or seu turno,
'rimeiro,
tratu alism oem
'or Que
interestodos ns a$eitamos
se 'r'rio, e, segundo,e*etiamente o $on
em Que # eidente
Que, Quando nos $om'reendemos de uma maneira VnaturalU $omo
morais, ns nos $om'reendemos em *unção de um ser bom Que #
determinado assim Wue o im'erati o $ategri$ o ainda 'ermita
estender tamb#m sua base material 'ara al#m dos $onte^dos
$ontratua7stas, eremos mais tarde na seQ7]n$ia de Ldam Smith ?
Com isto $heguei ao *im do $on*ronto 'ro'riamente dito $om
a #ti$a de Yant, Que 'are$ia ne$essrio $omo a'oio de minha
'r'ria $on$e'ção, e eu 'oderia $on$luir a inter'retação de Yant,
se a ulterior argumentação da = seção da Fundamentação não
trouR esse ainda 'ensamentos im'or tante s, s e0es 'ro*undos e
sem're, mesmo Que não se 'ossa $on$ordar, instrutios
Pro$e derei 'or tr]s 'assos Primeiro tratarei das duas outras
3;A
G $on$eito *ondamental, sobre o Qua Yanl $onstri esta
segunda
mesmo U*rmula
2eremose Que
Que não
esteo$orre nela
$on$eito # mesma, # oinstân$ia
em iltima do *im um em si
não
$on$eito, mas Que ainda assim não resulta disto nenhu ma
desantage m 'ara a segunda *rmula
L grande0a de um *ilso*o mostrase muitas e0es em ele não
eR'or um obeto da maneira mais *$il poss#vel e tamb#m não
temer $ontradiç"es a'arente s De'ois de Yant ter es$lare$ido na I
seção da Fundamentação Que Vuma ação 'or deer (não 'ode ter)
seu alor moral no obet io a ser atingido 'or istoU, 'ortanto não
no *im, mas a'enas no 'rin$6'io *ormal da onta de mesma, ele
sur'reende o leitor, no enrolado 'argra*o Que 're'ara a =
*rmula (?=>), $om a de$laração de Que um *im 'ode tamb#m de
todo ser Vdado atra#s de sim'les ra0ãoU e Que 'or isto ns
deemos distin guir entre Tins Que um ser ra$iona se 'ro'"e a
bel'ra0er, $omo e*eitos de sua ação (*ios materiais)U e *ins
obetiosU, VQue alem 'ara QualQuer ser racional&$ Ele
'ressu'"e aQui, 'ortanto, o Que ele *ormula eR'li$itamente no
tratado sobre a religião, de tal *orma Que Vsem nenhuma re*er]n$ia
a *ins não 'ode o$orrer nenhuma determinação da ontade no
homemU
Xas o Que temos de nos re'resentar sob um tal V*im obetioU
em geral[ L eR'li$ação $ostumeira Que Yant d de V*inrƒ resulta
em um *im s 'oder ser, de a$ordo $om seu sentido, o Que ele
$hama aQui de *im subetio, o Que Vum ser ra$ional se 'ro'"e a
bel'ra0er $omo e*eito de sua açãoU De*rontamo nos, 'ortanto,
$om duas Quest "es& 'rimeir o o Que temos de nos re'resentar sob
um *im obetio em geral[ E segundo, mesmo eRist indo um tal
*im, 'or Que Yant se iu obrigado, tanto na 3 seção da
Fundamentação Quanto em uma $onsideração anloga nos
'rimeiros 'argra*os da crítica da razão #r6tica , a re
Vmat#ria
releante[f (ao obeto do Querer), $omo a ^ni$a $oisa moralmente
L isto Yant res'onde no 'argra*o seguinte& VPosto, $ontudo,
haer algo, $ua eRist]n$ia tenha um alor absoluto em s6 mesmo,
Que $omo *im em si mesmo 'udesse ser um *undamento de
determinada s leis V (?=:), e ele $ontinua isto no 'argra*o seg"inte
na mesma *orma tética $om a a!irmação4 VLgora,eu digo& o ser
humano, e em geral todo ser ra$ional, eRiste $omo *im em si
mesmoU Ele o eR'li$a então, retomando sua *amosa distinção
entre pessoas e $oisas, de tal modo Que $oisas são seres Que s t]m
um alor relatio, a saber, 'ara nosso Querer, enQuanto 'essoas
são seres, $ua eRist]n$ia tem um Valor absolutoU Yant *ala mais
tarde tamb#m do Valor interior, i #, da dignidadeU (?<;)
@ notel Que Yao$ a'aren lemenie se sentiu in$a'a0 de
$ondu0ir esta argumentação de outro modo Que não 'or uma s#rie
de a*irmaç"es G Que deerse 'erguntar o ieitor # 'ara serum
*im em si, um *im Que não # 'ensado essen$ialmente relatio a
um Querer, e o Que um alor absoluto Que igualmente não # 'ara
ser entendido $omo relatio a um Querer ou uma aloração[ 9ão
$ontradi0em ambos o sentido de V*imU e `alorU[
Somente no 'argra*o seguinte Yant *a0 uma tentatia de
tomar intelig6el o 'ensamento e, ao mesmo tem'o, de dar
tamb#m a *undamentação do 'rin$6'io Que dee resultar dali,
VLssimU, ele es$ree ustamente $omo V*im em si mesmoU Vo
ser humano se re'resenta ne$essariamente sua 'r'ria eRist]n$ia
9esta medida ele #, 'ois, um 'rin$6' io sub&eti9o de aç"es
humanas Xas assim tamb#m QualQuer outro ser ra$ional se
re'resenta sua eRist]n$ia segundo este mesmo *undamento da
ra0ão, Que tamb#m ale 'ara mim Por $onse guinte, ele # ao
mesmo tem'o um 'rin$6'io obetioU (?=4)
Este argument o # natur aimente um grandi oso so*isma Do
*ato de $ada Qual re'resentar sua 'r'ria eRist]n$ia de uma
3;=
determinada mane ira e de QualQuer outro ter o mesmo _f$rin$6 '6o
subetioU, naturalmente nun$a resulta um V'rin$i'ie obetioU no
sentido de Yant, Que deeria $onsis tir em $ada Qual ter de então
re'resentar assim a eRist]n$ia de QualQuer um (e não a'enas sua
'r'ria) Ll#m disto, $omo Yant $hega su'o sição de Que $ada um
se re'resenta sua 'r'ria eRist]n$ia $omo *im emsi[ Se *im em si,
$omo Yant *e0 at# aQui *oi de*inido desde o in6$io $omo V*im
obetio Que ale 'ara QualQuer ser ra$ionaU, então ningu#m 'ode
re'resentarse desta maneira sua 'r'ria eRist]n$ia antes Que a de
todos os outros Basead o em Que, deem os 'ergu ntar, $om ra0ão
Yan& 'de re$orrer a uma es'#$ie 'arti$ular de relação de um
indi6duo sua 'r'ria eRist]n$ia[ G Que Yant tinha em ista aQui
$e *orma obs$ura $ontudo, era Que 'ara todo ser humano ofin lti$
mo # sua 'r'ria eRist]n$ia G *enmeno a Que Yant a'onta aQui #
o Que Keidegger (e Lristteles antes dele) tinha em mente Quando
disse tratarse 'ara um ser human o em ^ltima instân$ia de seu
'r'rio ser Xas este *im ^ltimo, 'or mais Que se distinga de outros
*ms,
ra0ãosem're ainda
'or Yant # um
$omo *im subetio
V'rin$6'io e # 'oreleisto
subetioU& designado
# obeto $om
de nosso
Querer Lgora, do *ato de Que 'ara $ada ser humano seu *im ^ltimo
(subetio) sea sua 'r'ria eRist]n$ia não resulta em si mesmo
QualQuer 'rin$6 'io rbie6i o, e $om *im ^ltimo ustame nte não #
isado o Que Yan& Quer di0er, Quando *ala de V*im em siU
Por mais detalhadas Que seam as a*irmaç"es de Yann ainda
não sabemos o Que # um *im em si e 'or Que dele resu i&a um
'rin$6'io 'rti$o da ra0ão Lssim teremos de trilhar um outro
$aminho 'ara a $om'reensão, suger ido 'or Yant tanto r 1 *im do
'rimeiro 'argra*o desta s#rie (' ?=: em $ima/ Quanto tamb#m no
*im do ter$eiro 'arg ra*o (?=:) e *inal mente mais uma e0 ainda
no in6$io do Quarto LQui Yant argumenta sem're de tal modo Que
termina di0endo& temos de 'ressu'or um *im em si, temo s de
'ressu'or Que o ser humano tenha um alor absoluto, 'orQue, $aso
$ontrrio, o im'eratio $ategri$o
e sem d^ida 'odemos aQui $om'lementar& o im'eratio $a
tegri$o em sua 'rimeira *rmula não 'oderia aler 2isto assim,
tomase intelig 6el 'or Que as tentatias de Yant de *unda mentar
diretamente a = *rmula do im'eratio $ategri$o mantieram
tanto o $arterde tese L *undam entaç ão 'ro'riamente dita da = a
*rmula # Que e6a est im'l6$ita na 3 *rmulak Isto Yant di0
eR'li$itamente em uma 'assagem 'osterior (?<:)& VPois Que eu
dea, no uso dos meios 'ara QualQuer *im, restringir minhas
mRimas $ondição de sua uniersalidade $omo ema lei (3
*rmula), di0 o eQuialente a& o sueito dos *ins,
i #, o ser ra$ ional mes mo, nun $a dee se r toma do 'or base de
todas as mRima s das aç"es soment e $omo meio, mas $omo su
'rema $ondição restritia, no uso de todos os meios, ! #, sem're
ao mesmo tem'o $omo *im`f (= a *rmula) (?<:)
Yant $hama, 'ois a atenção 'ara o *ato de Que, se não se
$om'reende o im'eratio $ategri$o em sua 'rimeira *rmula de
modo $ontratualista, mas $omo 'rin$6'io moral, nele est
im'li$ado Que os outros são ultimamente determinantes 'ara ns,
Que ns agimos 'or sua $ausa (= *rmula)
9o entanto, o dis$urso sobre um *im em si ainda 'are$e
enigmti$o Yant d, 'or#m, uma indi$ação na mesma seção em
Que se en$ontra a 'ro'osição re$#m$itada& um *im em si não dee
Vser 'ensad o`f $omo um V*im a ser reali0 adoU, mas $omo V*im
inde'endent e, 'ortanto a'enas negatiamente` > (?<>) Tamb#m isto
$ontinua, sem d^ida, ainda obs$uro 9ão $ontradi0 a id#ia de um
*im inde'endente, o $on$eito de um *im[ G es$lare$imento de Que
o *im dee aQui Vser 'ensado a'enas negatiamenteU 'ode,
$ontudo, audarnos a ir adiante Basta agora deiRar de lado a
eR'ressão V*im em siU, em si mesma dis'ensel, e 'odemos
limitarnos a *ormular negatiamente o im'eratio na = *rmula&
Vnun$a use o ser humano a'enas$omo meioU G Que Yant Quer
'ois di0er, Quando di0 Que o im'eratio na 3 *rmula im'li$a a =
*rmula, # Que, Quando nos rela$ionamos $om outros no modo da
3 *rmula, isto im'li$a Que ns não os instrumentali0a mos Como
mostrei
3;?
tamb#m em minha 'r'ria eR'osição na Quinta lição, o im'eratio
ning"émV 9m desembo$ar
$ategri$o /odeseN tamb#mno erter
mandamento& não instr"mentalies
isto 'ositiamente, di0endo&
$respeitao $omo sueito de direi to Gu $om ;ant 'odese di0er&
respeitao$ em sua ?? dignidadeU
Xas não 'odemos então di0er igualmente& res'eitao $omo
em *im em si, ou $omo "m ser Que tem um alor absoluto[ Com
estas eR'ress"es, $ontudo, aQuilo Que nos # ordenado #
a'arentemen te *undamentado 'or uma 'retensa "a iidade, Que
$oniria aos seres )"manos +ã em si mesmos, e $om isto o
mandamento # *alsamente ontologiado$ 9ão *a0 sentido di0er& #
'r'rio aos homens em si mesmos serem !im em si ou terem um
alor absoluto e isto Quer di0er dignidade São 'alaras a0ias,
$uo sentido não 'ode ser mostrado Podese di0er ao $ontrrio&
na medida em Que ns res'ei tamos "m ser humano $om o "m
sueito de direito e isto Quer di0er $omo um ser, 'ara $om o Qual
temos deeres absol utos, ns PQz conferimos dignidade e "m
alor absolut o 2ntão alor absoluto e dignidade são de*inidos
desta maneira e não 'ressu'ostos $omo algo eRistente E agora se
'ode naturalmente de*inir assim tamb#m a eR'ressão *im em siU
Xas $ertamente # melhor deiRlo inteiramente *ora DaQuilo Que
Yant Quer di0er não se 'erde nada $om isto
DediQuemonos agora = *rmula do im'eratio $ategri$o
em sua enun$iação 'arti$ular Por Que Yant di0 Que deemos agir
de tal *ornia Que usemos os outros (dos deeres 'ara $onsigo
mesmo, Quero 'or enQuant o abstrair) sem' re ao mesmo tem#o
$omo *im, nun$a sim#lesmente $omo meio__ 3[ 9ão se $on$ede
aQui demais, na medida em Que est im'li$ado Que ns $ertamente
'odemos tratar os outros $omo meio desde Que o $onsideremos
ao mesmo tem'o $omo *im[ Eu sou de o'inião, no entanto, Que
Yant
modologrou
algum aQui
$omouma magistral
meio *ormulação
seria uma eRig]n$ia 9ão usarWuando,
absurda algu#m de
'
eR, *irmo um $ontrat o $om um outro ou dele $om'ro algo, eu o
uso $omo meio 'ara meus
3;;
*ins Por Que deeria isto ser 'roibido, desde Que eu o use ao
mesmo tem'o $omo sim, $omo o Qu][ LQui se insinua noamente
a *ormulação im'r'ria V$omo *im em siU Xas ela # em si mesma
sem alor, 'orQue não indi$a nenhum$rit#rio de $omo eu deo
então agi r Apenas nos eRem 'los Que Yant d *i$a $laro o Que
temos de inserir aQui 9o segundo gru'o de eRem'los Yant di0 Que
o outro dee 'oder V$on$ordar $om meu modo de me$om'ortar
$om relação a ele`U (?<A), e # esta *ormulação Que 'odemos inserir
a$ima Posso usar algu#m $omo meio 'ara meus *ins se ele 'or
sua e0 'ode $on$ordar $om a ação, assim, ' eR, Quando o
$ontrato e honesto 9o Quarto eRem'lo Yant di0& Vo sueito, Que #
*im em si mesmo, seus *ins deem tamb#m ser o mais 'oss6el
meus *insU (?<A) Podemos inerter isto de modo a de*inir& ns nos
$om'reendemos *rente a um ser humano $omo *im em si, 're$isa
mente então, Quando leamos em $onsideração seus *ins
`certamente Fi$a em abeno& em Que medida) Wuer di0er então Que
a eR'ress *im
're$isamos maisemem'regar
sr 'ode agora
agora *i$ar
a'enasde olado, e tamb#mago
mandamento não e
negatio Vnão instrumentali0es o outroU, mas ele tem agora o
sentido 'ositio& lea em $onsideração os *ins dos outros Lssim
resulta& todos os *ins são a $ada e0 *ins subetios, os meus ou os
de um outro, mas tamb#m o im'eratio $ategri$o se re*ere a *ins,
não *i$ção de *ins em si, mas aos *ins subetios bem $omuns dos
outros, e agora se trata do V*im obetio (moralmente ordenado)U,
Que $onsiste em le9ar em consideração os fins dos outros' Este *im
# de *ato, $omo 'retende Yant, V*ormalU, 'orQue resulta do
'rin$6'io *ormal do im'eratio $ategri$o na 3 *rmula
L < *rmula do im'eratio $ategri$o a'resentase de duas
*orma s, Que K1 Paton designou d t f.rmula R e f.rmula Rci 9a
'rimeira destas duas *rmulas # en*ati0ado o as'e$to
5 K1 Paton The 7ategorical Mm#erati9e !ondres 34?> $a'6tulos 3> e 3:
3;5
da Vautonomia da ontadeU (?<<), e ela di0& VFa0er tudo 'ela
mRima de s"a ontade, $omo uma (ontade) Que 'udesse ao
mesmo tem'o terse 'or obeto enQuanto "niversalmente le
gisladoraf (?<=) Esta é 'ro'riamente a'enas uma ariante da 3
*rmula, mas agora $om a 'arti$ular ]n*ase de um as'e$to,
estabele$ido desde o 'argra*o 3? da \seção, de Que o im'e ratio
$ategri$o Tesalta da *ormada 'r'ria ontade (Quer di0er, da
vontade ra$ional) ;ant ressalta agora o 'arti$ular detalhe de Que a
ontade ra$ional não obede$e a uma instân$ia estranha, mas tão
somente a si mesma Xas se Yant *ala aQui da a"tonomia da
ontade, deemos lembrarnos de Que Yant tem dois $on$eitos de
ontade Wuando destaQuei na Wuinta iição a im'ortân$ia da
autonomia do indi6 duo frente moral, era isada naturalmente
a'enas a inde'end]n$ia do Querer no sentido $omum, 'ortanto
daQuele Querer, Que Yant $hama de arb6trio G dis$urso de Yant
sobre uma a"tonomia 1a"tolegis lação9 da ontade re*erese,
$ontudo, ao Querer no outro sentido, em Que é inten$ionada a
ontade -racional&$ Lssim não é 'ro'riamente o homem Que #
autnomo neste sentido , mas a'enas algo no homem/ $ertament e,
se este algo # d e *ato Va ra0ão U, $omo 'ensaa Yan t, 'ode se tale0
di0er ser ele Vnossa melhor 'arteU Xas esta $on$e'ção de
liberdade, Que s se # lire Quando se satis*a0 determinadas
$ondiç"es, a assim $hamada liberdade 'ositia, 'ode muito
*a$ilment e obs$ure$er o sentido 'r'rio de liberdade e autonomia
Portanto a *rmula < não me 'are$e tra0er nada de essen
$ialmente noo, e ao dis$urso es'e$i*i$amente 8antiano sobre
autonomia deese a$res$entar um 'onto de interrogação Xuito
mais im'ortante 'are$e a *ormula <a, Que Yant trata um tanto
desorientadoramente $omo uma ariante da *rmula < Ele
introdu0 aQui o $on$eito de um Vreino dos *insU, 'elo Que ele
entende o Videa U de uma Vasso$iaç ão sistemti$aU de todos
os seres ra$ ionais, na medid a em Que est es Vnun $a se tratam
a'enas $omo meio, mas sem're ao mesmo tem'o $omo *im em si
mesmoU (?<<) Isto toma 'oss6el a Yant uma re*ormulação do
im'erati o $ategri$o, de a$ordo $om a Qual V$ada
3;>
ser ra$ional (dee) agir $omo se ele *osse atra#s de suas mRimas
sem're um membro legislador no reino uniersaldos *insU (?<:)
Até Que 'onto se ganha $om isto um noo as'e$to, tomase $laro,
Quando se 'resta atenção na eR'li$ação Que Yant d, di0endo Que
o im'eratio $ategri$o assim entendido ordena ter de tomar sea
mRima sem'r e do seu 'r'r io 'ont o de ista, mas ao mesmo
tem'o tamb#m do de QualQuer outro ser ra$ional enQuanto
legisladorU (?<:) @ esta *ormulação Que $ondu0 imediatamente
$on$e'ção Que 'ro'us na Wuinta lição& VLge $om relação a
$ada um do modo $omo uma 'essoa QualQuer haeria de Querer
Que todos agissemU Podese di0er Que isto # a'enas uma
re*ormulação da 3*rmula, 'or#m agora de *orma a ser a Questão
sobre $omo eu 'osso Querer Que todos aam, substit u6da 'ela
Questão sobre $omo QualQuer um 'ode Querer Que todos aam
Certamente se 'ode di0er Que ;ant Queria er tamb#m a 3
*rmula entendida 'ro'riamente assim, de modo a *i$arem
su'rimidas as 'arti$ulares armadilhas Que se armaa, insis tindo
es'e$ialmente neste euU
Em resumo 'odese di0er Que as *rmulas < e <a a'enas
sublinham $ertas nuanças da 3 *rmula, assim Que as ^ni$as duas
*rmulas realmente distintas são a 'rimeira e a segunda, as Quais,
$ontudo, Yant mostrou de *orma $onin$ente serem eQuialentes
Xesmo assim Yant en*ati0ou Que se *a0 bem em 'ro$eder no
a&uizamento moral sem're 'elo m#todo mais rigorosoU e isto Quer
di0er 'ela 3 *rmula (ou então <a) (?<5) Isto se toma
'arti$ularmente $laro, Quando se $onsider a um 'rob lema, Que
Yant 'or $ertas ra0"es 'rati$amente deiRou de lado, a saber, o das
$olis"es de deeres Por eRem'lo, ordenase salar a ida de
algu# m, Quando em 'erig o, e# igualment e orden ado não mentir
G Que eu *aço, se 'osso salar a ida de algu#m somente se eu
mentir[ L isto -X Kare deu uma res'osta de 'rin$6'io, a meu
>
er $onin$ente & ao in#s de a'li$ar
> -X Kare Fr eed om and -ea son , GR*ord 345<, 3<
3;:
a Questão, $omo uma 'esso a QualQuer haeria de Querer Que se
agisse geralmente, a $ada uma das mRimas, deese agora aplic'
la a ambas em seu $onunto Kare *e0 aQui a im'ortante distinção
entre uniersalidade e generalidade Toda Questão moral, 'or mais
$on$reta Que sea, # uniersal no sentido Que se 'ergunta& $omo
haeria QualQu er um de Querer Que se agisse n"ma sit"ação deste
ti'o[ Xa edu$ação e eR'eri]n$ia moral ns $omeçamos, $omo di0
Kare $om ra0ão, $om ordens sim'le s das mais gerais , e, Quanto
maiseR'e rient es nos tomamos, tanto mais teremos a'rendido a
a'li$ar o 'rin$6'io da uniersalidade a situaç"es Que não são mais
gerais no sentido de abstratas, mas ainda assim uniersais no
sentido de Que se trata sem're do ti'o de situação, Que sem're dee
ser ulgada da 'ers'e$tia de QualQuer um 9isto, 'ortanto, #
*undamental sem're a 3 *rmula, enQuanto a = *rmula, mesmo
indi$ando uma $ondição *undamental não *orne$e nenhum $rit#rio
de a'li$ação G assassino 'oten$ ial Que 'ro$ura sua 6tima # tra
tado 'or
'ode ns a'enas$om
V$on$ordarU $omo meio,
nossa Quando
ação), lhemeio
$omo mentimos (ele onão
de salar outro, e
Que se dea 'ro$eder eRatamente assim e não $ontrariamente, s
se 'ode de$idir atra#s da 3 *ormulai
$ Sem d^ida o 'r'rio Yant resoleu a Questão men$ionada eRatamente ao $ontrrio, $om
uma argumentação bastante $uriosa, $* seu 'eQueno tratado „ber ein er meintes -e$ht
aus Xens$henliebe 0u liigenU Cerke 2II! ?=<?<A L ra0ão de 'rin$6'io, 'or Que 'ara
Yant $olis"es de deer es Quas e não tinham im'ortâ n$ia, era a 'ress u'os ição de Que
deeres negatios sem're t]m 'rima0ia sobre deeres 'ositios Desta maneira não 'ode
surgi r nenh uma $olisão , a não ser entre deer es 'ositi os $on*lita ntes, uma e0 Que o
dee r negatio # sem're tamb #m $um'ri do& Quan do a 'essoa não *a0 nad a Ent re
deer es negati os não 'odem 'or isto surgir $olis"es, e toda $olisão entre um deer
nega ti o e um 'os iti o est 'ara Yant de$id ida em *a or do negati o Wue aos
dee res na
resultar,
nega ti os dea
'ers'e$ti$a
em geral
de Yant
ser'rin$6'io
'artir em
dada mais im'ort ân$ia
do im'eratio
Que aos somente
$ategri$o,
'ositios
da , 'ode
a'li $ação (indi $ada 'or Kare) do im'eratio $ategri$o em sua 3 *rmu la a toda a
$om'leRa situação, mas deste mesmo im'eratio $ategri$o 'ode resultar tamb#m Que um
deer 'ositio tem 'rima0ia sobre um negatio, $omo mostra o eRem'lo do assassino, se
entendido $orretamente 2oltarei a esta 'roblemti$a na d#$ima seRta lição
3;4
Chego agora aos Quatro eRem'los de Yant Ele os dis$utiu
duas e0es, uma e0 segundo a 3 *rmula e de'ois ainda uma e0
segundo a = *rmula do im'eratio $ategri$o O *unção desta
dis$ussão dos eRem'los # Que Yant Quer $om eles mostrar Que do
'rin$i'io ^ni$o do im'eratio $ategri$o resultam e*etiamente
todos os mandamentos Que são re$onhe$idos 'ela $ons$i]n$ia
moral $omum Esta 'arte #, 'ortanto, $onseradora em sua
intenção/ ela 'ressu'"e Que os deeres re$onhe$idos`'ela
$ons$i]n$ia $omum tamb#m alem realmente Deese, no entanto,
di0er Que o sentido do im'eratio $ategri$ o tamb#m # $r6ti$o e
'rogressio& nem todos os mandamentos Que a $ons$i]n$ia $omum
do tem'o de Yant ou $omo Yant a registrou, tinha 'or lidos, se
sustentam *rente ao im'eratio $ategri$o
Yant diide todos os deeres, 'or um lado, em negatios e
'ositios (assim $hamados 'er*eitos e im'er*eitos) e, poro" &ro
em deeres 'ara $onsigo mesmo e 'ara $om outros, Da6 resultam
Quatro $lasses de deeres, e $ada eRem'lo re'resenta uma destas
$lasses 9a segunda dis$ussão do segundo eRem'lo Yant se re*ere
eR'li$itamente a uma $iasse inteira de eRem'los
Eu $omeço $om os deeres 'ara $om os outros G segundo
eRem'lo # dedi$ ado aos deere s negat ios 'ara $om os outros, o
Quarto, ao deer 'ositio (Yant $onhe$e aQui a'enas um ^ni$o) G
segundo eRem'lo # aQuele em Que o m#todo de Yant en$ontra
menor di*i$uldade Ele toma $omo eRem'lo a mRima VWuando
a$redi to en$on trarm e em di*i$ uldade *inan$ei ra, então Quero
em're star dinheiro e 'rome ter deol ]lo, mesmo sabend o Que
isto nun$a a$onte$era` (?==) Yant a*irma então Que a
uniersali 0ação desta mRima deeria se `$ontradi0e rU,
W$ e+a$ al#m da nota 'gina ?=3 da Fun dam ent açã o es'e$ialmente a `introdução
do"trina da virt"de& na %et afí sic a d os cos tum es( Cer ke #$ <>4s
35A
$omo ele o eR'ressa 9ão se 'ode *alar 'ro'riamente de ema
$ontradição, e Yant se eR'ressa mais $laramente Quando di0 Que
isto tomaria as 'romessas im'oss6eis, 'orQue, se a mRima *osse
seguida uniersalmente, ningu#m mais a$reditaria na 'romessa de
algu#m Yant 'ensaa, portanto, Que oeste $aso a uniersali0ação
satis*ari a mesmo o $rit#rio mais restri to, de Que n7s não s7 não
'oder6amos "erêla, mas Que ela não seria mesmo 'oss6el Isto
não 'are$e muito 'laus6el A instit"ição da 'romessa não 'oderia
mais eRistir a'enas então, Quando $ada um ao bel'ra0er ora
manti esse sua 'romessa, ora a Quebra sse Se ao $ontrrio sua
mRima re0a Que ele a Quer Quebrar s7 Quando a$redita en$ontrar
se em 'arti$ular ne$essidade, $ua eRtensão o outro eentualmente
não $onhe$e, então a uniersali0ação desta mRima não le9aria a
Que não mais se a$reditasse em geral em 'romessas, mas tão
somente a Que nelas se a$reditasse a'enas $om $autela Xas
eRata mente isto # o Que a$onte$e, e não obstante a insti tuiçã o da
'ro'riedade de outrosU
'or mais eRagera (?<A)
da Que 9estes
*osse $asos, # $laro,
a *ormulação da $ontudo
mRima, Que,
do
mal*eitor, nun$a resultaria algo im'ensel $om a
uniersali0ação +ma guerra de todos $ontra todos não # dese
;
el, mas # inteiramente 'ense6 G Que Yant deiRou de er aQui #
Que seu $rit#rio da im'ensabilidade s 'ode *un$ionar $om aQueles
deeres Que se re*erem a instituiç"es Isto são 'arti $ularm ente os
deeres de manter sua 'romessa, de não mentir e de não roubar São
estas instituiç"es Que sem're im'li$am uma $on*i ança m^tua , Que
desa'are$eria, se *ossem uniersalmente lesadas
G Quarto eRem'lo # dedi$ ado ao deer 'osit io da auda em
$aso de ne$essidade LQui a tese de Yant di0 Que eu não 'osso
Querer Que a mRima do não audar sea uniersali0ada, 'orQue
então não se audaria tamb#m a mim, se alguma e0 a$abasse em
ne$essidade Contra este argumento h duas obe ç"es G
'rimeiro di0 Que Yant argumenta de *orma $ontratua lista, e
neste $aso não seria uma regra moral, mas uma regra da
'rud ]n$ia Xas isto # um malentendidoal & Yant ustamen te não
di0 ser a$onselhel audar outros Que se en$ontram em
ne$essidade, 'orQue eles então 'roa elme nte tamb#m, auda
riam a mim em situa ç"es semelha ntes& mas, Que sea orden ado
$om ne$essidade morai audlos, resu8aria de *i$ar $iaro 'ara
mim Que em situaç"es semelhantes eu não haeria de Querer ser
des$urado desta *orma
9o entanto a segu nda obeção # ante s a$ertada Poderse ia
*a0er aler Que muitos, Que se sabem em situação segura, não
're$ isam temer a uniersali0ação da mRima do não audar Gu, se
isto ainda soa demasiado 'ragmti$o& eRiste gente Que #
orgul hosa demais 'ara a$eita r auda , mesmo Quand o ai muito
mal 9ão ale então 'ara eles o mandamento[
Este # o 'onto, onde 'odemos tomar $laro Quão im'ortante #
a $orreção *eita 'or Yant $om a *rmula < Lre$#mmen
\$ G Que *oi elu$idado 'arti$ul arment e 'or 1 Ebbi nghau s em seu artigo VDeutu ng und
Xissdeutung des 8ategoris$hen Im'eratisU ($* seus :esammelte Aufsaetze( 345:, '
:A45)
35=
$ionada obeção aleria somente 'ara alguns indi6duos, Quando se
'erguntam& Vhaeria eu de Querer Que esta mRima se tomasse uma
lei uniersal[U Ela deiRa de ser lida, se se 'ergunta& VKaeria
QualQuer um de Quer]lo[U
… 'rimeiro e o ter$eiro eRem'lo são dedi$ados aos 'retensos
deeres 'ara $onsigo G 'rimeiro se re*ere 'roibição de se matar
a si mesmo LQui o argumento de Yant di0 VQue uma natu re0a,
$ua 6ei *osse destruir a 'r'ria ida atra#s do mesmo sentimento
Que tem 'or *inalidade in$itar 'romoção da ida, $ontradirseia
e não 'oderia 'ortanto subsistir $omo nature0aU (?==) Este
argumento não s # obiamente inli do 33/ 'ara al#m disto 'odese
es$lare$er em 'rin$6'io Que r do im'eratio $ategri$ o, 'elo menos
na 3 *rmula, não se deiRam de modo algum deriar deeres 'ara
$onsigo mesmo, 'ois # ustamente o sentido do im'eratio ordenar
aç"es e omiss"es 'ara $om outros, $om base na $onsideração de
Qee não se 'oderia Querer Que outros se $om'ortassem assim 'ara
$om a gente Isto *i$a 'arti$ularmente $laro $om a eR'li$ação,
a'oiada no $ontra6ualismo, Que Yant d na ' ?=? e Que *oi
dis$utida a$ima
G ter$eiro eRem'lo de Yant dee ser reeitado 'or ser
igualment e so*6sti$o G resultado # Que do modo $omo Yant
33 Causa estranhe 0a o uso en*ti $o do $on$ eito da nature0 a neste argument o Paton *oi de
o'inião "0he 7ateg .rica; Mm#era ti9e , $a'6tu lo 3;) Que um det ermina do $on $eito
teleolgi$o de nature0a *oi de$isi o 'ara Yant e ele inter'reta desta maneira
a assim $hama da *rm ula I _ as Yant intro du0i u esta *rmul a (Lg e de tal !orma,
$omo se a mRi ma de tuas aç" es deess e se tomar atra#s da tua ontade lei natural
uniersal` > ) $omo sim'les ariante da \ *rmula e a$enas 'ara melhor il"str'la$ Ele se
ale aQui da $on$e'ção de*endida em seus escritos teor#ti$os, de Que 'or nature0a no
sentido V*ormal se dea entender legalidade uniersal -e'resentarse "e a mRima se
torne lei nat"ral "niversal # pois$ apenas "ma ariante de s"a representação como lei
"niversal $ "al"er o"tra interpret ação im'u ta ria a ;ant o err o $ra sso de ter
in*i ltra do na 'assage m da 'rimeira 'ara a segu nda ariant e da 6 â !7rm"la "m !ator
adicionai, em parte alg"ma men$ionado
35<
entende o im'eratio $ategri$ o, não 'odem eRistir deeres 'ara
sobre a 'osição
de moral dos Xuitos
em geral deer es 'ara $onsi
estudiosos da go mesmo,
#ti$a dentro
de hoe entredaeles,
id#ia
' eR, Xa$8ie e Kabermas, definem `moralU de *orma tal, Que ela
em termos de $onte^do se re*ere a'enas a rela
35?
ç"es intersubetias, 'ortanto a deeres 'ara $om os outros
9atu ralmente $ada um 'ode em 'rin$6'io de*inir uma 'alara
$omo Quer Xas Quem de*in e o $on$eito da moral de *orma a
eR$luir deeres 'ara $onsigo mesmo toma $om isto im'oss 6el
argumentar $ontra as morais Que, $omo, ' e?$, a $ristã, $ont#m,
mesmo $omo um elementoessen$ial, os deeres 'ara $onsigo
mesmo Tentei mostra r na lição Que o 'rograma 'laus6el do
ser`bom, reclamado 'or uma moral não trans$endente, eR$lui
deeres 'ara $onsigo mesmo, mas isto re'ousa sobre uma
argumentaç ão morai Se se de*ine mesmo o $on$eito de uma moral
de *orma a serem eR$lu6dos deeres 'ara $onsigo mesmo, tomase
im'oss6el uma dis$ussão $om todos aQueles Que $onsideram
imorais determinadas maneiras de se rela$ionar $onsigo mesmo$
Con$luindo, Quero agora ainda tomar intelig6el o sentido da
Questão Que Yant '"e na R$ seção da FimSamttitação' 9a = seção
tinha ele ini$ialmente es$lare$ido o $on$eito de um im'eratio
$ategri$o Quer di0er de um mandamento 'uro da ra0ão e
então tamb#m, nas tr]s *rmulas, o $onte^do Que somente 'ode
ter o im'er atio $ateg ri$o Xas mesmo antes da 'assagem 3
*rmula, ele haia a'ontado 'ara o *ato de ainda ser
$om'letamente obs$uro, se e $omo este im'eratio # #ossí9el'
G Que isa Yant $om esta Questão sobre a 'ossibilidade[ Ele
a introdu0 ' ?3> e dedi$ase ini$ialmente Questão de $omo #
'oss6el um im'eratio hi'o t#ti$o Tratase, di0, da Questão de
V$omo 'oderia ser 'ensada a obrigação da ontade, eR'ressa 'elo
im'eratioU L Questão de Yant #, 'ortanto, ligeiramente
eQu6o$a, 'ois a 'ergunta não #, $omo o im'eratio 'oderia ser
'ensado $omo mand amento, mas $omo ele 'odena ser entendido
'ara Que se tome de$isio 'ara a ontade
De a$ordo $om Yant esta Questão não $ausa di*i$uldade no
$aso de im'eratios hi'ot#ti$os P€is VQuem Quer o *im Quer
35;
(na medida em Que a ra0ão tem in*lu ]n$ia de$is ia sobre suas
aç"es) tamb#m o meio, 'ara tanto im'res$indielmente ne$essrio,
Que se en$ontra em seu 'oder Esta 'ro'o sição #, no Que di0
res'eito ao Querer, anal6ti$aU (?3>) Para de'ois 'oder
$om'reender melhor 'or Que a Questão $orres'ondente no im
'era tio $ategri$o $ausa, de a$ordo $om Yant, tanta di*i$uldad e,
é importante Que nos tomemos bem $iara a estrutura da
'ro'osiç ão Que Yant di0 ser anal6ti$a Se $hamamos de P a
'essoa, R a ação ordenada e o *im, então resulta& ?T (se ele se
deiRa determinar eR$lusiam ente 'ela ra0ão) Quer n e$essariamente
R, se ele Quer $& (Dos outros a$r#s$imos aQui ne$essrios, Que
sea 'ressu'osto não ter P ra0"es 'ara não Querer R, e Que sea
abstra6do ao mesmo tem'o de todas as demais intenç"es de E
'odemos abstrair $om Yant) 9aturalmente, a $ondiçã o Que Yant
*ormula na 'ro'osição entre 'ar]nteses # obrigatoriamente
ne$essri a/ isto di*eren$ia eRatament e uma ação ra$ion al de uma
irra$ional, Que a 'essoa t abstraindose sem're de outras
$ondiç"es su'lementares), se ela Quer o *im, tamb#m Quer o meio
ne$essrio, se ela se deiRa determinar 'ela ra0ão
2emos, 'ois, Que Yant retoma, $om a Questão sobre a
V'ossi bilida deU dos im'eratios, a Questã o sobre a motiação da
ontade, tratada na 3 seção, a'enas Que ali ela *oi es$lare$ida tão
s em termos de $onte^do, enQuanto Que agora ele 'ergunta 'ela
'ossibilidade de uma tal motiação E esta Questão Que não $ausa
di*i$uldade no $aso de im'eratios hi'ot#ti$os, 'ois um ser
ra$ional # eRatamente de*inido 'or Querer, em Querendo um *im e
em se deiRando determinar 'or sua ra$iona lidade, tamb#m o
meio 9aturalmente ele não 're$isa deiRarse determinar 'ela
ra$ionalidade/ *alase então de V*raQue0a da ontadeU
Xas 'or Que então a Quest ão, assim $olo$ada, $ausa 'arti
$ular di*i$uldade no $aso do im'eratio $ategri$o[ Podemos
aQui, $omo na introdução do im'eratio $ategri$o, deiRar de
355
lado a 'ro'osição $ondi$ional (Vse ele Quer ZU) da $ara$teri0ação
a$ima men$ionada da situação nos im'eratios hi'ot#ti$os, e
$hegamos assim 'ro'osição& VP se ele se deiRar determinar
e?cl"sivamente pela raão, Quer ne$essariamente ?0@ Por Que esta
'ro'osição não # 'ara ser anal6ti$a do mesmo modo Que a Que ale
'ara os im'eratios hi'ot#ti$os[ Certamen te ente ndese 'or ra0ão,
nesta 'ro'osição, a ra0ão 'ura 'rti$a,enQuanto antes a ra0ão era
entendida no sentido $omum, mas esta di*erença tamb#m não tee
im'ortân$ia na introdução de ambos os ti'os de im'eratios, e )'
Que se es'antar antes de mais 'or Que Yant en$ont ra di*i$ulda de
em di0er& se o ho mem # determinado 'or 'ura ra0ão, ele age assim
$omo ordena a ra0ão 'ura, 'ortanto moralmente
!ogo eremos Que a < seção tamb#m não tra0 maior $lare0a
aQui E eR$lusiamente de uma nota, Que Yant a$res$enta ao
tre$ho ea = seção, Que`se 'ode er onde ele en$ontra a
35>
sentimentos 'odem ser determinantes de aç"es Kume tirou dali a
$onseQ7]n$ia natural, Que a ra0ão $omo tal nun$a 'ode ser
determinante de aç"es Xas Yant 5uer Que a ra0ão $omo tal 'ossa
ser determinante de aç"es, e assim ele logra, $omo ã na 7rítica da
razão #ura com relação ao 'rin$6'io de $ausalidade, ema a'arente
su'eração de Kume $om o simultâneo re$onhe$imento da intuição
deste, a'enas atra#s de um salto mortale , e na erdade em ambos
os $a sos com o re$urso a uma 'ret ensa 'ro'osição sint#ti$a a
#riori
Se $onsideramos agora uma e0 mais a 'ro'osição *orma
li0ada, $omo a a'resentei h 'ou$o & ??- se se deiRa determina r
eR$lusiamente 'ela ra0ão, Quer ne$essariamente RU, então 'o
demos er agora Que Yant nem $ontesta esta 'ro'osição, mas Que
ele a'enas Questiona 'eia 'ossibilidade de P deiRarse determinar
eR$lusiamente 'ela ra0ão sem in$linaç"es Wue o ser humano,
Quando se deiRa determinar 'ela ra0ão 'ura ne$essariamente ai
Quere r R # de *ato anal6ti$o, o Que *oi ustamente mestra do na =
seção Xas Que ele 'ode deiRarse determinar 'ela ra0ão 'ura, isto
dee 'are$er um 'rod6gio, em irtude da $on$e'ção de Kume (e
não 'oder6amos $om'letar& em irtude da ^ni$a intelig6el[) sobre
a motiação humana 2emos $om Que in$r6el nus argumentatio
teor#ti$o Yant se sobre$arregou $om a id#ia de um agir 'ela ra0ão
'ura 'rti$a, um nus, Que os atuais re'r esen tantes de uma moral
da ra0ão nem enRergam mais& não s, Que # tão di*6$il (e na minha
o'iniã o& im'os s6el ) tomar intelig 6el uma 'ro'o sição Que 're
tende Que *a0er algo sea ra$ional em si e não a'enas
relatiamente, mas ainda tamb#m Que a motiação $orres'ondente
ai $ontra o antro'olgi$amente $om'reens6el e *a0 Yant a'elar
a uma 'ro'o sição sint#t i$a a #riori( Que o obrigar 'or sua e0
35:
ra0ão (abstração *eita de ser esta id#ia al#m do mais absurda) dee
'ressu'or
L 'ro'osição 'rti$a sint# ti$a a #riori( da Qual Yant *ala
duas e0es na = seção da Fundamentação (?=A e ??A), dee 'ois
$onsi stire m mostrar, do ser sens6el homem, Que ele 'ode ainda
assim ser determinado 'or 'ura ra0ão E a esta tare*a Que Yant se
olta na < seção Xas no in6$io do ter$eiro 'argra*o da <seção
esta tare*a $omeça 'or ser des$rita de *ornia $om'let amente
errnea (??>)& VEnQuanto Que o Sltimo # sem're uma 'ro'osição
sint# ti$a& uma onta de sim'lesmente boa # aQuel a, $ua mRima
'ode sem're $onter a si mesma, $onsiderada $omo lei uniersal/
'ois 'or anlise do $on$eito de uma ontade sim'lesmente boa,
não 'ode ser en$ontra da aQuela 'ro'r iedad e da mRimaU Esta
'ro'osição mostra Quão inseguro Yant estaa $om relação a esta
Questão, em ^ltima instân$ia $entr al 'ara ele 'ois 're$isamente
isto Que ele nesta $itação di0 não ser 'oss6el, ele *e0 na lp
seção& 'ela anlise do $on$eito de uma ontade sim'lesmente
boa, ele tentou *undamentar aQuela 'ro'riedade da mRima de Vse
$onsi derar a si mesma $omo lei unie rsalU Esta eRatamente era
'ara ser a 'arte anal6ti$a do em'reendimento #ti$o, abrangendo
in$lusie a =seção
Feli0mente este la'so não tem in*lu]n$ia sobre o resto do
teRto 9a 'ro'osição seguinte Yant a'onta 'ara o *ato de Que o
'r'rio de uma 'ro'osição sint#ti$a # deer eRistir um ter$eiro,
atra#s do Qual o $on$eito do sueito e o do 'redi$ado t]m de ser
ligados G $on$eito do sueito e o do 'redi$ado são em nosso
$aso o ser humano, 'or um lado, e a ra0ão 'ura 'rti$a, 'or outro,
e agora Yant es$lare$e ser o V$on$eito 'ositio da liberdadeU o
Que re'resenta este ter$eiro e toma 'oss6el a ligação eRigida
9os dois 'rimeiros 'argra*os da < seção Yant es$lare$ eu ser a
ontade negatiamente lire, Quando ela V'ode ser atuante
inde'endente de $ausas estranhas a determinlaU, e ser esta
liberdade então ao mesmo tem'o 'ositia,
354
Quando $ontiesse uma legalidade 'r'ria, sendo, 'ortanto, neste
sentido autnoma L ontade #, 'ois, lire neste sentido, Quando
ela # lire da sensibilidade (das in$linaç"es) e ao mesmo tem'o #
determinada 'or uma legalidade 'r'ria da ra0ão 'ura
G resultado # 'ois& s se o homem *or 'ensado $omo lire
neste sentido um tanto *antsti$o, 'oderia ele ser determinado 'or
'ura ra0ão, Como não eRiste no mundo da eR'eri]n$ia uma
liberdade deste ti'o, deese então su'or Que o homem, na medida
em Que dee 'ode r agir moralmente, # membro de um mundo
su'rasens6e! e Yant a$redita ter mostrado na 7rítica da razão
#ura a #ossibilidade Que isto sea assim
Xas ter Yant $om isto mostrado 'ro'riamente o Que ele
a$reditaa ter de mostrar[ Lt# mesmo nos im'eratios hi'ot#ti$os
o ser humano era lire de se deiRar determinar 'ela ra0ão ou não
G Que deeria ter sido mostrado 'ara o im'erati o, $ategri$o era
Que o ser humano #ode ser determinado 'or 'ura ra0ão Xas o Que
Yant rnosirou agora #& se o ser humano # lire (no sentido
'arti$ular de Yant, 'ortanto lire de in*lu]n$ias dos sentidos), ele
# determinado 'or 'ura ra0ão, ele tem de ser determinado 'or ela
L'arenteme nte 'odese então a'enas a$res$entar& e se ele não o #,
ele não #ode ser determinado 'or 'ura ra0ão G ser humano diide
se agora em duas 'artes, ser ra$ionai e ser sens6el
9ão se 'erde $om isto aQuele V'ode, aQuela liberdade Que #
uma liberdade de ser moral ou não moral[ G $on$eito de liberdade
em'regado 'or Yant na < seção da Fundamentação # a liberdade
da assim $hamada ontade, não do assim $hamado arb6trio, e isto
não # o Que nos entendemos $omumerite 'or liberdade, uma
liberdade do simnão, mas um ser iire de (da / sensibilidade), Que
# ao mesmo tem'o um ser lire 'ara ('ara`` a ra0ão) 9ão 'erten$e
mais ao $onteRto de nossa 'roblemti$a Que Yant tenha $om isto
tamb#m obstr u6do o 'r'rio 'roblem a da liberdade , Que não di0
res'eito (em sua terminologia)
3>A
2ontadeU, mas ao Varb6trioU 9o tratado sobre a religião Yant iu
o 'roblema Que ele $om'rou aQui, de $omo ele 'ode in$luir a
liberdade, eo sentido $omum, em soa liberdade Vintele$tualU, mas
sem resol ]lo ($* tamb#m a 7rítica da razão #ura , B ;>A:;) G
Quanto se 'ode abusar do $on$eito V'ositioU de liberdade,
mostrouse então sobretudo em Kegel , 'ara Quem a erdadeira
liberdade`t omouse a erdadeira ne$essidade 3`, um 'ensamento Que
est 're'aradoeo 'rograma de Yant Xas antes de tudo deese
ter $laro Que toda esta 'roblemti$a de uma liberdade da ra0ão
$omo um estar lire das in$lina$"es #
_
um 'roblema Que # $onseQ7ente eR$lusiamente (e então sem
d^ida uma $onseQ7]n$ia ne$essria) da id#ia de se, 'ensar o
'rograma moral desta$ado 'or Yant $omo *undamentado em uma
ra0ão ura
absoluto
Que sea a9a lição
id#ia doanterior 'ro$urei
im'eratio mostrara Que
$ategri$o, 'or mais
tentatia aliosa
de Yant de
$om'reend]lo $omo um 'rin$6'io da ra0ão e lhe dar uma
*undamentação ra$ional absoluta dee ser ista $omo *ra$assada
Com isto, naturalmente, não est eR$lu6do Que se 'ossam 'roar as
regras morais $omo *undadas na ra0ão , de um outro modo Que o de
Yant, ainda Que isso se mostre im'roel *a$e as restriç"es de
'rin$6'io a'resentadas antes
ERistem atualmente algumas tentatia s deste ti'o +ma # a de
L .eirth_ Que, no entanto, est $onstru6da sobre uma *al$ia
'arti$ularmente *$il de ser des$oberta e Qual 'or isto, autores
anglosaR"es Que Querem desa$redita r o 'onto de
3>=
'artida da ra0ão se re*erem $om 'arti$ular 'ra0er O tentatia
$ontem'orânea mais interessante de uma *undamentação ra$ional
= 2er, ' eR , B \illi ams Ei ínc s an d th e Li mit s of! hi los o#h 1' ' ;;s e L Xa$lntre,
L*6er 2ir6ue ' 55
< Em aneiro de 34>A reali0o use em Erlangen um en$ontro, em Que tom aram 'ane
al#m dos erlangianos Kabrmas, L'el \ellmer Yambar6ei e alguns outros (tamb#m eu),
no Qual nos $on*irmamos $onsensualmente no modo *undamental de er Eu tamb#m, em
minha 'nmeira aula sobre #ti$a (em Keidelberg no semestre de
inerno de 345>%5:) de*endi um $on$eito $omuni$atio de *undamentação, $uos e*eitos
ainda se podem notar na terceira de min)as $on*er]n$ias em Pr obl ema s sob re ét ica .
P
re$esadas 'or Kabermas Ls anlises de Kabermas me 'are$em
mais $laras e de $ontornos mais de*inidos
? Da mane ira mais eRt ensi a em meu ensaio Li ngu age m e *ti ca( es$rito em 34>:, mas
'ub li$ ado no ori gin al ale mão a'e na s em meu s Ens aio s fil os. fic os (344=) 2ide ' =4;
<3?, `
H
aQuele $onsenso Que se estabele$e sob $ondiç"es ideais Que
Kabermas designa $ondiç"es da Vsituação ideal de *alaU L ra0ão
3>;
$han$es iguais 'ara eR'ressar suas atitudes, sentimentos e
intenç"esf De$isia # 'or#m a Quarta $ondição, de a$ordo com a
6?
Qual são a'ena s admitidos ao dis$urso *alant es Que tenham as
mesmas $han$es enQuanto agentes () 'ara dar ordens e se o'or,
'ermitir e 'roibirU, et$ +m dilogo sobre Quest"es morais entre
senhores e es$raos,, em'regadores e em'regadas, 'ai e !il)o,
iolaria, 'ortanto, as $ondiç"es da si tiiaelo ideal de !ala$
Xas tais dis$ursos, 'oderseia obetar, a$onte$em $erta
mente 9o entanto, eles não seriam, assim eos res'onderiam,
dis$ursos aut]nti$os (em uma Vsituação ideai de *alaU) +ma tal
de*inição de dis$urso aut]nti$o 'ossui, naturalmente, um bom
sentido, s Que ela termina 'or de*inir& ns Queremos a'enas
denominar dis$urso aut]nti$o aQuele dis$urso Que o$orr e entre
'essoas em situação igual, sob $ondiç"es igualitrias Ls
$ondi ç"es são agora não a'enas igualit rias do 'onto de 6sta da
'arti$i'ação no dis$urso, mas 'ressu'"ese Que as 'essoas seam
'ostas em situação igual na ida 'rti$a Xas isto Quer di0er Que
seam 'ressu'ostas regras morais bem determinadas, a saber,
regras igualitrias uniersal6sti$as Podemos ns, entretanto,
'ressu'or uma determinada morai $omo $ondição 'ara dis$ursos
em geral e 'ara dis$ursos morais em 'arti$ular[ Podemos
naturalmente *a0er isto, mas então # triial Que aQuele 'rin$6'io
moral, Que resulta de um dis$urso assim institu$ionali 0ado, 'or sua
e0 dee ser igualitrio, et$ Se Quisermos designar $omo
ra$ionais, de a$ordo $om a de*inição da ra0ão atra#s da situação
ideal de *ala aQueles resultados morais a Que assim $hegamos,
temos uma $ir$ularidade G Que dee ser $om'reendido 'or ra0ão #
neste $aso #osto 'elas $ondiç"es da situação ideal de *ala
Kabemias 'ensou 'oderdeste modo *undame ntar uma #ti$a no
sentido do $on$eito 8antiano, 'ara o Qual o 'rin$6'io da
3>5
a mesma $ondiçã o Que Kaber mas 'ostula 'ara o seu Vaut]n ti$o
dis$ursoU 'oderia ser 'rete ndida 'ara VQualQuer argumentação
de #ti$ade do
morais dis$urso,
$onte^do de de a$ordo $om o Qual todas as Quest"es
> Esta $on$ e'çã o sob re o Que se Quer di0e r $om 'rin$6 'io de uni ersa li0 ação não #
eidente -X Kare $olo$ou um tal 'rin$6'io num sentido m"ito mais *ra$o, segundo o
Qual algu#m Que emite um u60o moral dee aui0ar situaç"es morais iguais de modo
igual Este 'rin$6'io baseado sobre a 'ura semânti$a das eR'ress"es normatias $omo
em geral todos os 'redi$ado s, ale, $ontudo , 'ara QualQue r moral $omo tai Ele não
eR$ 6ui de mod o algum Que ser es hum ano s de dier sos ti'o s se am +"V gados
desigualme nte ou Que a norma, neste sentido, não sea a'li$el uniersalmente, Que as
re gras mora is estea m a' en as re*e rida s ao gru' o Ka re cont"do , s"p^ s
eQuio$ad amente Que este 'rin$6'io, Que a'enas garante $onsisten$i a, lea a uma
moral igualitria e uniersal no sentido do im'eratio categ7rico, eidenteme nte $om
uma maior di*eren$iação Que aQui o mato$ Esta moral $ont#m um 'rin$6'io substan$ia l
Que tam'ou$o 'ode ser *undamentado 'or regras ling76sti$as p"ramente semânti$as,
Quanto os de*ensores da eti$a do dis$urso 'odem *undamentar 'elas assim $hamadas
regras 'ragmti$as ling76sti$a s Sobre a $riti$a a Kare ease meu ensaio V!inguag em
e ética&, in& Ens aio s Fi los .fi cos ' =4=4 +ma $lara distinção entre os dois modos de
uniersalidade se en$ontra em Xa$8ie, Etí iic s' I ?
em ser resolidas na base de um $onsenso Que dee reali0arse
nura dis$urso real dos enolidos :
3>:
Que isto sea uma $ontradição, 'er*ormatia ou não Isto, no
entanto, de'ende de $omo eRatamente se $om'reende a 'alara
V$on, en$er
nisso entãoseU Se adiçã
a $ontr 'or#mo, a$eitarmos QueseKaber
naturalmente, d domas tem modo
mesmo ra0ão
Quando re'rodu0imos a 'resumida situação 'ragmti$ a de um
dis$urso na *ornia de uma sim'les argumentação& VDe'ois Que
e" $e?cl"# de minhas anlises as ra0"es de L, B, , 'ede *inalmente
$onen$erme do *ato de Que 9 se sustenta $om ra0ãoU L
$ontradição, $aso 'ersista, de'ende, 'ortanto, sim'lesmente do
signi*i$ado da 'alara Vse $onen$erU, ela # uma sim'les
$ontradição semânti$a e não de'ende de nada es'e$i*i$amente
'ragmti$o
DeiRemos no entanto estas 'onderaç"es de lado L tese
'ro'riamente dita de L'el e Kabermas # Que as $ondiç"es da
situação ideal de *ala 'ortanto, do modo $omo eram deno
minados emVTeorias da erdadeU, 'ossuem a dignidade de regras
Que, Quando *eridas, dão $omo resultado uma $ontradição
'er*ormatia Su'osto Que se 'ossa mostrar isto, então estaria
eR'osto de modo mais radi$al do Que o$orreu no ensaio anterior,
em Que medid a um dis$urs o Que *ere estas regras # irra$ ional
Seria do mesmo modo irra$ional $omo seria irra$ional
$ontraditria e in$onsistente minha 'ro'osição VChoe, mas eu
não a$red itoU +ma e0 a$eito isto, então o 'rin$6'io +, se
resultasse obrigatoriamente destas regras, deeria aler de *ato
$omo *undamentado de maneira absoluta, 'ois isto signi*i$aria
Que QualQuer 'essoa Que *osse negar o 'rin$6'io em meio ao
dis$urso se $ontradiria 'ragmati$amente Se *osse 'oss6el
mostrar isto, então o im'eratio $ategri$o estaria *undamentado
de um modo ainda mais $oer$itio do Que o 'r'rio Yant teria
sonhado, 'ois, então, estaria demonstrado Que este 'rin$6'io
moral 'ro$ede do 'r'rio 'rin$6'io da não $ontradição
(naturalmente $om'reendido 'ragmati$amente)
Este 'ortanto # o 'rograma 2amos agora dar uma olhada na
sua reali0ação Kabermas enumera noamente as diersas
8
regras do dis$urso, res'e$tiamente $ondiç"es do dis$urso, Que
*oram enumeradas 'ara a $ara$teri0ação da situação ideal de !ala
(' 4>44)
'r'ria Xisto, Qual
'osição, alis,-ele se Zat#m
LieR haiaa a'resen
uma re'rodução
tado num de sua e
ensaio
isto 'roae lmente leou Kaber mas a abandonar aQuela 'osição
Que tinha sido a mais im'ortante em Teorias da erdadeU Xas
tamb#m # 'oss6el Que Kabermas agora tenha tido $ons$i]n$ia
Que esta $ondição seria tão *orte Que se tomaria ineitel a
obeção de $ir$ularidade $omo a 'or mim a'resentada,
^ni$a regra releante 'ara o elemento moral # agora assim
*ormulada& VL $ada um # 'ermitido eRteriori0ar suas atitudes,
deseos e ne$essidadesU (' 44) Esta $ondição $orres'onde
a'enas ter$eira $ondição enumerada em Teorias da
erdade Ser "e a gente dee realmente di0er Que num dis$urso
no Qual esta regra # iolada se pratica "ma $ontradição
('ragmti$a)[
Que não eRiste nenhu m 'oten tado, mas Quea s norma s deer iam
ser estabele$idas $oletiamente 'or todos os 'arti$i
3:A
'antes Que mani*estaram seus deseos Xas então se leanta a
Questão a$er$a de $omo se diidem as relaç"es de 'oder nesta
*iRação[
temos Se *or $ondição
a Quarta 'ressu'osto Que essasdarelaç"es
de VTeorias sãoe,iguais,
erdadeU então
neste $aso, de
*ato, res"lta a moral ig"alit'ria$
Deste modo se toma $laro o dilem a diante do Qua se situa a
'resumida !"ndamentação #ti$odis$ursia da moral ig"alit'ria$
Tu # deiRada de lado a Quarta $ondição de VTeorias da erdadeU e,
então, não resulta nada de normatio/ ou ela # assumida -e?pl#cita
o" im'li$itamente de nooU Então o argumento # um $6r$ulo +ma
ter$eira 'ossibilidade não eRiste
2eam os, no entan to, $omo Kaberm as mesmo 'ro$ede Ele
$hega seguinte in*er]n$ia& VSe $ada um Que entra no unierso da
argume ntação *or obrig ado a *a0er , entre outras, 'ress u'osiç"es,
$uo $onte^do 'ode ser re'resentado na *orma de
regras do dis$urso de <3 at# RR+ e se al*m disso ligamos a normas
&ustificadas o sentido
sentido coleti9o de todosdeos 5ue elas regulcun
#ossi9elmente mat*rias
atingidos( então,sociais no
$ada um
Que em'reende uma tentatia s#ria de dar $onta dis$ursiamente
de 'retens"es normati as de alidade se $olo$ a em $ondiç"es de
'ro$edimento Que são iguais a um im'l6$ito re$onhe$imento de +U
(' 3A<)
Como 'remissa s não deem, 'ortanto, aler agora a'ena s as
regras de dis$urso de <3 a <<, mas # in*iltrada $omo mais uma
'remissa a 'ro'osição Que eu destaQu ei Xas esta 'ro'osição #
sim'lesmente uma re*ormulação de + mesmo L in*er]n$ia Que
Kabermas *a0 tem, 'ortanto, a seguinte *orma lgi$a& VDe
'rimeiro <3 at# << e de segundo + segue +` Se ris$armos a
'ro'osição gri*ada, não segue nada Se ns a deiRarmos, então
result a uma tautologi a $om a *orma de Vse ', então 'U, e nisto as
'ressu'osiç"es tomadas $omo ineitaelmente 'ragmti$as <3 at#
<< não re'resentam mais 'a'el algum
Desta argumentação Kabermas se olta imediatamente 'ara
seu 'rin$6'io D 9ão eo bem $laro se ele 'ensa 'oder
3:3
dedu0ir este 'rin$6'io do dis$urso real de $ondiç"es Que ele
$onsidera $oro semelhante 'oder de $oerção $omo as $ondiç"es
Que, s egundo
destas s"a] o'inião,
$ondi ç"es leam mas
$itada Kaber ao 'rin$6'io + Xas,VTodos
a'enas $onstata& nenhumosa
$onte^dos , mesmo Que toQuem a normas de ação absolutam ente
*undamentais, deem ser a*irmados $omo de'endentes de
dis$ursos reais (ou dis$ursos assumidos $omo substitutos e
reali 0ados ado$ato riame nte) +ma teoria moral Que se esten de a
es*era s de $onte ^do dee ser entendi da $omo uma $ontribui ção a
um dis$urso leado a $abo entre $idadãos (' 3A?)
1 a'ontei em meu ensaio V!inguagem e #ti$aU Que Kabermas
mismra aQui duas es*eras Que deem ser se'aradas& a es*era moral
ea es*era 'ol6ti$a Se ele *aia de Vum dis$urso leado a $abo entre
$idadãos, iratase sem d^id a de um dis$u rso demo$rti $o $omo
n.s o eRigimos, e isto sem d^ida nenhuma na base de $oni$ç"es
morai s, sem'r e onde diersos seres humanos deem $hegar a um
a$ordo sobre regras atinentes a seu agir $oletio LQui domina o
'rin$6' io da maioria G $onsenso 'leno em geral não # 'oss6el e o
resultado tem o $arter de uma de$isão $oletia 'ara a Qual ale o
'rin$6' io moralmente *undado de Que os oto s de todos os
'arti$i'antes alem o mesmo
Seria estranho Que este 'ro$edime nto dees se aler tamb# m
'ara as normas morais Sem d^ida nenhuma emonos muitas
e0es *orçados a de$idir 'or otação sobre Quest"es morais
naturalmente onde estas deem 'assar a ter um alor 'ol6ti$o ou
ur6di$o, $omo 'or eRem'lo a Questão do aborto ‚, naturalmente,
'ode tamb#m ser de$idido sobre a $onstituição de um estado
a'enas atra#s de uma otação V'or $ausa de sua im'ortân$ia
eentualmente Quali*i$adaf Todas estas de$is"es t]m assim,
'or#m, o sentido de um $om'romisso, e $om'romisso s tamb#m
são eRig6eis no $on6io $otidiano Xas isto Quer então di0er Que
os 'arti$i'antes de*inam as Quest"es ou
3:=
$omo não morais ou tenham re$onhe$ido Que do 'onto de ista
moral não $onseguem $hegar a um a$ordo Xas Kabermas 'are$e
ser da o'inião
de$ididas atra#s de Que$onsenso
de um Quest"esQue
morais
de um'odem ou deem
lado 'ossui a *ormaser
de um $onsenso 'ol6ti$o, mas de outro lado não dee re'resentar
um $om'romisso e uma de$isão $oletia, mas um $onsenso
'er*eito Considero Isto um absurdo,
L su'osição de Que Quest"es morais $on$retas 'odem ser
de$ididas ou mesmo deem ser de$ididas atra#s de um dis$urso
real não a'enas 'are$e in*undada, mas tamb#m sem sentido
Certamente # im'ortante eRaminar as 'r'rias $oni$ç"es morais
'ondoas em dis$ussão eRatamente $omo se *a0 $om suas
$oni$ç"es teri$as LQui ale o sim'les 'rin$6'io de Que outros
'odem me *a0er notar erros e eentualmente 'ers'e$tias Que eu
não i Xas Kaberm as 'ensa Que o dis$urso dee ser reali0 ado
$om aQueles Que são atingidos 'ela de$isão moral, Quando
ustamente # o inerso Que estã em` Questão Pois aQueles Que são
atingidos 'ela de$isão moral são inen$ielmente 'artidri os,
enQuanto ns deemos estar interessa dos num es$lare$imento
im'ar$ial
Wuero dar agora dois eRem'los Su'onhamos Que entre um
$asai eRiste um deer de *idelidade re$6'ro$a e um deles a'esar
disso se tomou in*iel ao outro Surg e então 'ara aQuele Que
'rati$ou a in*idelidade o dilema moral, se 'or res'eito dee di0]
lo ao outro ou se 'ara 'ou'lo dee silen$iar sobre o *ato Irã ele
agora num Vdis$urso realU dis$utir $om o outro Qual o $aminho a
seguir[ 2]se Que neste $aso num dis$urso real # at# im'oss6 el
'orQue, $om a de$isão de in$luir o outro na re*leRão moral o
dilema est de$idido a *aor de uma das duas alternatias
Para o segundo eRem'lo 'ode serir uma situação imaginria
Que muitas
$l6ni$a e0es # $in$o
en$ontramse utili0ada 'ara e$riti$
'a$ientes todosareles
o utilitari smo$om
ne$essitam 9uma
urg]n$ia do trans'lante de um rgão 'ara 'oder so
3:<
breier, e um 'a$iente, *a0endo seu check$u#( Que 'ossu6 Iodos os
rgãos eRigidos/ o m#di$o est im'ossibilitado de $onseguir os
rgãos deosoutro
interessad lugarse Ser
a Questão Que sesadio
o 'a$iente deedee
dis$utir com os em
ser sa$ri*i$ado seis
*aor dos outros $in$o [ LQui se mostra $oroo ] 'roblemti$a a
de$isão moral $om a 'arti$i'ação dos a*etados Cada um dos seis
Quer $ontinuar iendo e se $ada um 'artir de seus interesses dar
se uma de$isão de maioria Que # eidentemente imoral Lgora #
naturalmente 'oss6el Que os $in$o Que ne$essitam dos
trans'lantes tamb#m 'ensem de modo tão morai Que renun$iem
de$isão imoral da maioria Xas a este resultado tamb#m se
'oderia $hegar de modo muito usais indis$ut6el so0inho, ou, se
ainda estiesse em d^ida, ele teria 're*erido $ono$ar outros Que
não estiessem a*etados 'ara se a$onselhar
Ser Que eRistem situaç"es nas Quais 'odem ser tomadas, num
dis$urso real melhores de$is"es morais $om os enolidos[ Pare$e
Que eRiste uma ra0ão realmente im'ortante, mas tamb#m # a
^ni$a, a saber, Que *reQ7entemente toma ne$essrio o a'elo aos
enolidos, a saber, Quando não $onhe$emos seus deseos e
ne$essidades Este # o as'e$to Que # $itado 'or Kabermas na
regra << no segundo ensaio ERiste uma ra0ão moral, Que não
'ode ser analisada 'or sua e0 dis$ursiamente, mas Que resulta
do im'eratio $ategri$o Que nos obriga a deiRar Que os 'r'rios
a*etados em $aso de 'restação de auR6lio de$idam o Que Querem e
a $om'reender al#m disso o auR6lio $omo auR6lio autoauda& #
o im'eratio do re$onhe$imento da autonomia Xas se estou
'osto diante de um dilema moral, estou $ertamente obrigado, na
medida em Que estão em Questão deseos e ne$essidades
'arti$ulares de outros, a in*ormarme sobre eles $om os outros (na
medida em Que isto # 'oss6el/ no $aso do meu eRem'lo do $asal
isto não # 'oss6el), mas a de$is ão moral dee ser tomada 'or
mim Somente no $aso de um em'reendimento $omum $om
im'li$aç"es morais (e o estado # o $aso eRem'lar de um tal)
nenhum 'arti$ular
3:?
'ossu6 naturalmente odireito de desQuali*i$ar os outros e de$idir
'or eles/ a de$isão # então 'ol6ti$a e dee ser tomada
$oletiamente e em $ertos $asos atra#s de um $om'romisso, Isto
# ustamente a $onseQ7]n$ia de uma norma mora Que 'or saa e0
est tão 'ou$o *undam entad a dis$ur si ãmente Quanto QualQuer
outra norma morai
Com Isto estão re*eadas as doas a*irmaç"es de Kabermas&
'rimeiro, Que o im'eratio $ategri$o 'ode ser *undamentado a
'artir de uma ra0ão $om'reensia es'e$i*i$amente dis$ursia ($aso
tal ra0ão eRistisse)/ segundok Que tamb#m aa'li$ação do
im'eratio $ategri$o dee resultar no dis$urso $om os a*etados,
não a'enas $omo ele a'resentou *ati$amente estas a*irmaç"es, mas
tamb#m *i$a demonstrado de 'rin$6'io Que uma tal *undamentação
# im'oss6el e Que as mRimas de a'li$ação dis$ursia são de
modo geral *alsas
ERistek $ontudo, ainda, um argumento 'ara ema moral
'reu60o
tão Todoo oenolido
bem $omo Wue as'ode
nãoenvolvido re$onhe$]lo
inustiças $omo Inusto
$hamam 'rimeiro e
$om mais sensibilidade a atenção dos a*etados, mesmo
faticamente (mas não sem're), # eidentemente um *ato em'6ri$o
e tem a mesma ra0ão 'orQue os a*etados, no $aso antes
dis$utido,estio menos adeQuados 'ara a aaliação Ba de$isão dos
dilemas morais em Que eles mesmos estão enredados& nos dois
$asos # im'ortante Que o a*etado sea 'arte interes sada e 'are$e
tio eidente Que um 'reu60o $hame mais ra'idament e e $om mais
sensibilidade a atenção e Que el e é menos adeQuado $omo não
a*etado 'ara aaliar seu 'reu60o em *a$e do 'reu60o de um outro
G *aio de os 'reudi$ados re$onhe $erem mais *a$ilm ente a
inustiça em $om'aração $om os *aore$idos, 'orQue eles
mesmos a sentem, nos *a0 $om'reender Que # a'areniemente
'laus6el di0er Que um $om'ortamento # inusto se o a*etado não
'uder $on$ordar $om ele Xas # tamb#m inteiramente ra0oel
di0er Que então ns somos in$a'a0es de *undamentar o
$om'ortamento em face dele' Xas isto 'erdeu agora o signi*i$ado
bsi$o Que 'rimeiro 'are$ia ter Pois as eQuial]n$ias de*inidoras
não mais ão na direção $omo o argumento as $olo$ou mas na
direção o'osta Con*orme o argumento, uma ação es6ã
*undamentada em *a$e de c eRatamente então, Quando c 'ode
$on$ordar $om ela, a 'ossibilidade da $on$ordân$ia de$ide,
'ortanto, sobre a ustiça 9a realidade, 'or#m, a $on$ordân$ia
leg6tima # de*ini da, 'or sua e0, 'ela ustiç a e esta de*i ne então
tamb#m Quando a ação 'ode ser *undamentada em *a$e de c
Posso eR'rimir isso tamb#m da seguinte maneira& +ma ação
se deiRã *undamentar em *a$e de c (de a$ordo $om um
determinado $on$eito moral) eRatamente então Quando a ação se
re*ere (# atinente) ãe ('araeste $on$eito moral)est *un
(lamentada L es'erança de Que atra#s do $on$eito de *unda
menta rem* a$ed ec $ontudo sea 'oss6 ei uma *undam entaçã o
'rti$a
'or sua absoluta,
e0, Quer*ra$assa, 'ortanto,
direta Quer no *ato de
indiretamente Que esteatra#s
'ressu'"e $on$eito,
de
uma $on$ordân$ia Quali*i$ada uni conceito de ustiça
2ale tamb#m 'ena atentar 'ara o *alo de Que mesmo o
re$urso $on$ordân$ia nem mesmo dã 're*er]n$ia ao $on$eito
igualitrio de ustiça em *a$e dos outros 9uma so$iedade na Qual
um $on$eito igualitrio de ustiça não # a'enas 'rati$ado
*ati$amente, mas em Que # mesmo $onsiderado $orreto 'elos
a*etados (est an$orado no $on$eito de bem em Que $r]em),
mesmo aQuele Que medido num $on$eito igualitrio de ustiça #
'reudi$ado $on$ordar $om esta situ ação G *ato de Que 'are$e
tão natural Que o a*etado ustam ente então não 'ossa $on$orda r
moralmente , Quando ele se $onsidera ulgado inustamente $om
base em um $on$eito igualitr io de ustiça, não de'ende, 'ortanto ,
desta situação
$onseQ7]n$ia $omuni$atia
do *ato de o $on$eito$omo tal, de
igualitrio masustiça
segue
*a0er$omo
'arte daQu ele $on$eito de bem Que 'elas ra0" es a'ontadas na
Quinta lição 'are$e tão natural Ll#m disso ainda eremos no
es$lare$imento do $on$eito de ustiça Que se dee atribuir
igualdade (ao igualitrio) um 'rimado, de Que o $on$eito
igualitrio de ustiça #, 'ortanto, aQuilo Que resta, Quando todos
os outros 'ont os de ista (mesmo trans$endentes) $a'a0es de
*undamentar uma desigualdade desa'are$em Isto nada tem a er
$om a situação es'e$i*i$amente $omuni$atia
L ra0ão 'or Que o argumento 'or uma *undamentação es
'e$i*i$a mente $omuni$atia, Que na su'er*6$ie 'are$e tão
'laus6el, tamb#m *ra$assa, reside na ambig7id ade do $on$eito de
$on$ordân$ia Isto tale0 sea a ra0ão 'or Que este argumento não
$onsenso Quali*i $ado +ma e0 re$onhe$i do isso, e Querendo
a'esar disso al$ançar uma *undamentação es'e$i*i$amente
a'elo
a$ordo Vra0ãoU,
$om Yantsem're diersamente
e $om a @ti$a do$om'reendido Eu estou
dis$urso a$er$a de
de $omo
deemos 'ensar a mora na re'resentação do $onte^do/ aQui
a'enas me distingo destes *ilso *os no sentido de Que eles *alam
da moral $omo de algo bio, enQuanto eu 'enso Que se trata
daQuela moral Que se mostra $omo a mais 'laus6el, se a gente
eita 'remissas tradi$ionais e $ontudo não se Quer dar 'or
satis*eito $om o $ontratualismo, Que não # uma moral no
erdadeiro sentido
Dee se natura lment e disti nguir entre a $r6ti $a das *alsa s
tentatias de *undamentar aQuele $on$eito moral Que eu $onsidero
o mais 'laus6el e a $r6ti$a dos $on$eitos de moral Que eu não
$onsidero 'laus6eis Das diersas tentatias modernas, Que $itei
na Quarta lição, eu a'enas re*eri breemente tanto a
_ Tradução de L - uedeil
89
#ti$a da $om'aiRão de S$ho'enhauer $omo tamb#m o utilitarismo
'roeniente de ("me$ Xostrei na Quinta lição Que uma 'arte
essen$ial, de uma argumentação Que tome 'laus6el o 'rin$6'io de
conteSdo Que eu ulgo de*ens el, e Que se ident i*i$a $om o de
Yant, $onsiste em mostrar Que e 'or Que outras 'ro'ostas
modernas não são 'laus6eis 9a lição de hoe dis$utirei a #ti$a de
5c)open)a"er, uma e0 Que ela, 'artindo de uma emoção (**e8t)
nat"ral, # diametralmente o'osta #ti$a 8antiana, e isto tamb#m
ale 'ara a sua 'retensão de !"ndamentação, se nela a!inal se 'ode
*alar em *undamentação Embora eu v' de*ender a 'osição Que o
$on$eito de S$ho'enhauer não a'enas não # 'laus6el, mas Que de
*orma alguma # um $on$eito moral, sua insist]n$ia $om a
$om'aiRão $ont#m uma $ontribuição im'ortante Tamb#m o
utilitarismo 'ode ser $om'r eendido a 'artir deste *unda mento,
ainda Que histori$amente ele tenha se srcinado de outra maneira
i$* abaiRo ' RXYZ[' E $omum s duas #ti$as a orientação
eR$iu*ia a 'arti r dos sentime ntos daQuel es em relação aos Quais
eRistem obrigaç"es morais, e $om isto est rela$ionado Que as duas
#ti$as tamb#m in$luem a6 os animais
Lo *in al de sua !reisschrift iiber die :rundlage der %oral
S$ho'enhauer a'resenta ao leitor um eRem'lo $omo
Be4#erimentam crucisI ( 34) Llgu#m Queria matar um outro, mas
no ^ltimo momento ele desiste de seu intento, não 'or motios
'ruden$iais, mas 'or motios morais L 'ergunta Que
S$ho'enhaue r $olo$a 'ara o leitor #& Que motiação moral ele a$ha
$onin$ente Pare$eria $onin$ente se ele nos dissesse Que ele não
o teria *eito 'orQue então a mRima de seu $om'ortamento não se
deiRaria uniersali0ar[ Gu 'orQue então não teria tratado o outro
igualment e $omo *im em si[ S$ho'enhauer ainda $ita uma s#rie de
outros motios Que se re*erem a outros $on$eitos morais, e então
$ontra'"e a todos a res'osta& eu não o *i0, 'orQue V*ui tomado de
$om'aiRão ele $ausame d70@ VLgora 'ergunto a todo leitor ho
nesto e desembaraçado& Wual # o ser humano melhor 4
8
'or um motio mais 'uro[ Gnde reside, segundo isto, o *un
damento da moral[U
Con*orme S$ho'enhauer, o *undamento eR$lusio da moral éa
$om'aiRão Pre$isaremos es$lare$er se a*inal ainda 'odemos
designar $omo moral o Que da6 resulta/ # era todo $aso, em
o'osição ao $ontratual6smo e anlogo a Yant, uma 'osição do
altr"#smo desinteressado S$ho'enhauer, a seme lhança do Que en
*i0 na Quinta lição, ] no ego6smo e no altru6smo as duas
'ossibilidades $ontraditrias da ação do ser humano ( 3? \U9$
5c)open)a"er sem d^ida tamb#m de*ende uma 'osição
iluminista , es'e$i *i$am ente moder na& ele $onde na toda *unda
mentação trans$ende nte e as obrig aç"es 'ara $onsi go mesmo
Pare$e eidente 'ara ele Que, Quanto ao $onte^do o Que ele
denomina o V'rin$6'ioU da #ti$a os dois ^ni$os 'rin$6'ios da
moral são $s dois im'eratios estreitamente interligados& Ne$
minem laed$++ immo cmnes' 5uantum #otes( &ii9a (V9ão pre+" di$a
ningu#m, mas siuda a todos, Quanto tu 'ode sU) Com ra0ão ele os
estabele$e em relação estreita $om a regra de uro ( >) Ele
$on$orda $om Yant, Que # 're$iso distinguir entre agir 'or
obrigação e agir 'or motios morais mais e0es seguimos os
dois im'eratios, sea 'or moti o da ?ordem legal U, sea V'or
$ausa do bom nomeU ( 3<)& e assim a 'ergunta 'ara ele de$isia
#& $omo dee ser $om'reendida a motiação moral
Como ra0ão, di0ia Yant/ $omo $om'aiRão, di0 S$ho'enhauer
9a $r6ti$a a Yant, Que # a maior 'arte de seus es$rito s, ele
$ondena, mais ou menos $omo eu o *i0, tanto a id#ia de uma 'ura
ra0ão 'rti$a aQui ele igualmente se $olo$a no 'onto de ista de
Kume, $omo eu o *i0 Quant o tamb#m o dis$ur so de um deer
absolut o, Que ele designa $omo uma Bcontradictio in ad&ecto U,
$ua Vsrcem se en$ontraria na moral teolgi$aU ( <) 9este $aso
ele então tamb#m $ondena Quanto ao $onte^d o o im'eratio
$ategri$ o, 'orQue este residi ria 'rete nsamen te sobre o ego6sm o
Esta 'arte de sua $r6ti$a est indubitael
8
mente errada/ ela est baseada naQuela $on*usão noamente
des*eita 'or Ebbinghaus
` -esulta em todo $aso Que S$ho'enhau er, no Que di0 res
'eito ao $onte^do da moral, somente $on$orda em 'arte $om
;ant$ Isto 'ode ser isto em 'rimeiro lugar no *ato de o im'e
ratio $ategr i$o ter em al$an$ e maior do Que o 'rin$i'io BNe$
mínern laede( eleU Isto se mostrasobretudo naQuelas normas Que
eu designei em sentido mais restrito $omo regras de$oo'eração&
deese c"mprir a 'romessa, não se dee mentir /o derseia
argumentar aQui a *aor de 5c)open)a"er g $ontra Yant, Que estas
normas de` *ato s alem, se concretamente 'reudi$am algu#m
Isto $ontu do # Quest ionel L$aso não # imoral ' eR, sonega r
*urtiame nte im'ostos[
Permaneçamos $ontudo nas aç"es e omiss"es re*eridas a uma
determinada 'essoa L$aso não lesamos a algu#m, Quando o
logramos e ele não o 'er$ebe, e al#m disso de *ato não lhe
sobre]m um 'reu60o real[ Em todo $aso não, se bemestar e
'reu60o são $om'reendidos no sentido de Vbem ,Cohl< e dor
,Cehe<I ( 35, 'onto <)/ 'orta nto, se # 'reu60o s # $on$ebido
$omo so*ri mento Como # ($omo *i$a), ' eR, Quando eu 'asso
algu#m 'ara trs sem Que ele o 'er$eba[ 9ão 'ode satis*a0er a6 a
in*ormação, Que ele haeria de so*rer se o soubesse Isto 'or#m
não # o de$isi o Por Que então ele haeria de so*rer[ Deese
eidentemente di0er 'orQue não se sentiria res'eitado Isto, 'ois,
tamb#m # a ra0ão, 'orQue ainda # mais di*6$il 'ara o outro, Quando
ele se tem Que imaginar& eu o 'assei 'ara trs e ele não o
'er$ebeu 9este $aso 'or#m so*re o outro, 'orQue ele não tem sido
res'eitado, e isto Quer di0er, 'orQue tem sido lesado em seus
direitos Portanto, este so*rimento e o $orres'ondente 'reu60o
'ressu'"em a norma mora, e não a *undamentam L norma de
res'eitar os outros tem um al$an$e maior do Que não 'reudi$los
e não lhes $ausar dor
Tamb#m di0 res'eito, ' eR, obrigação de $um'rir uma
'romessa *eita no leito de morte
8P
Se em tais $om'araç"es de *ato não Queremos a'oiar em
'ressu'osiç"es intuitias o Que # isto $omo imoral, 'oderse ia
di0er& a $om'aração somente mostra Que os dois 'rin$6'ios
$ondu0em em 'arte a normas distintas Então 'oderse ia *a0er
aler $omo s$ho'enhauerianas aQuelas regras Que se dão a 'artir
do im'eratio $ategri$o (ou da regra de ouro)/ na medida Que
eRtra'olam o 'rin$6'io de não deiRar ningu#m so*rer, elas não são
VerdadeirosU 'rin$6'ios morais Ter6amos sim'lesmente duas
inter'retaç"es distintas do altru6smo
G 'rin$6'io moral de S$ho'enhauer enredase $ontudo em
outras di*i$uldades, tão logo deiRamos de nos ater a normas
'arti$ulares e 'ensemos uma situação $om'leRa de ação, onde
estão em ogo diersas normas sim'les, e sem're Que se trata dos
interesses de mais (rias) 'essoas LQui ns imos Que o
im'eratio $ategri$o *orne$e o $rit#rio 'ara Que se de$ida de $al
maneira $omo QualQuer um haeria de Querer Que se agisse numa
situação deste ti'o E neste $onteRto Que se mostram as *orças do
'rin$6'io 8antiano, Que 'or $onseguinte, de nenhuma maneira
$omo entendia S$ho'enhauer se deiRa redu0ir a um *ormalismo
a0io, Que resultaria do 'rin$6'io da ra0ão G 'rin$6'io de
S$ho'enhauer, BNeminem laede , et$U, ao $ontrrio, absolutamente
não o*ere$e um $rit#rio de 'onderação 9esta relação, o seu
al$an$e não # maior do Que a = Frmul a de Yant ($* su'ra '
3;4)
Ls duas di*i$uldades tamb#m mostram Que o 'rin$6'io de
S$ho'enhauer ($omo então naturalmente tamb#m sua $on$e'ção
de motiação) # $om'letamente sem serent ia 'ara uma #ti$a
'ol6ti$a 9a #ti$a 'ol6ti$a tratase Quase sem're de ter Qu e
'onderar entre os interesses de muitos (rios)/ tratase al#m disso
de direitos, os Quais noamente são 'ressu'ostos, ao se a*irmar
Que algu#m so*re Quando estes não lhe são garantidos/ assim, '
eR, no direito 'arti$i'ação 'ol6ti$a
G mais tardar aQui teremos Que nos 'erguntar o Que então ao
$ontrrio *aore$e ao 'rin$6'io de $onte^do de S$ho'e
8H
nhauer sua $on$e'ção de*inida de altru6smo 'ois de in6$io a'enas
o introdu0iu
Que maneira
'ro$eder, Quando de uma tese
*ormos (Semelhantemente
$om'arar a $on$e'çãoteremos
8antiana de
altru6smo $om a de utilitarismo) L res'osta naturalmente s 'ode
ser *ormulada de tal modo Que se ea no Be4#erimentam crucis I
aQuilo Que alegue i no in6$io Se ulgamos $omo moral uma ação
boa, ou a abstenção de uma m, somente Quando ela o$orre 'or
$om'aiRão, então 'are$e resultar da6 Que somente 'odem ser
morais, Quanto ao $onte^do, aQueles ti'os de aç"es Que o$orrem
'or este motio
Se $om o 'rin$6'io de S$ho'enhauer *osse 'oss6el eiden$iar
o *undamento da moral $om o a'elo $om'aiRão, então seria
'oss6el di0er Que o seu 'rin$6'io, não obstante todas as
di*i$uldades Quanto ao $onte^do, sobre'ua o de Yant, 'ois então
estaria encontrada uma base VnaturalU da moral
Seria de
'rin$6'io naturalmente sim'les
S$ho'enhauer ao demais
de Yantse$omo
a gente
seQuisesse
o'uses seo'or
aQuio um
'rin$6'io de base ra$ional a outro baseado no sen timento 2imos
Que o 'rin$6'io 8antiano mant#m seu sentido Quando se omite seu
*unda mento 'retensa mente ra$ional e de outro lado, o 'rin$ 6'io
de S$ho'enhauer não est su*i$ientemente $ara$teri0ado Quando o
des$reemos $omo sentimental LQui se reQuerem duas
distinç"es Primeiramente aQueia Que # de*inida entre um
'rin$6'io moral Que nos motia sentimentalmen te e um 'rin$6'io
moral Que # mesmo de*inido a 'artir de determinado sentimento
9o 'rimeiro $aso, o sentimento moral, do Qual se trata, #
eRatamente aQuele Que # a*irmado 'elo 'rin$6'io moral& assim *oi
em Lristteles, assim em Kut $heson o Qual Yant tinha em ista
ao 'olemi0ar $ontra a id#ia de um sentimento moral, e assim
tamb#m $omigo& Llgu#m trata de `umaU moral 'or motios
morai s, $on*orme minha $on$e'ção geral, se o senti mento Que o
$ondu0 # o sentimento 'ara o bem no sentido desta moral e,
$on*orme minha $on$e'ção es'e$ial, se age 'or res'eito aos seres
humanos Para
8@
S$ho'enhauer desa'are$e o $on$eito do bem ,des :uien<\ o
sentimento, 'ara o Qual ele a'ela não # nem um sentimento 'elo
elemento moral, nem um sentimento mora 'elos seres humanos @
um sentimento Que, inde'en dente da moral, # em'iri $amen te 'r#
dado e determina, 'or sua e0, o Que dee ser isto $omo moral
Se um sentimento 'ode assumir esta !"nção, 'are$e eidente Que
sea a $om'aiRão, ainda Que isto não sea $om'ulsrio/ em Ldam
Smith a $om'a iRão # a'ena s um sentime nto sim'ti$ o es'e$ ial
S$ho'enhauer tem $ons$i]n$ia desta restrição ao negatio
$omiseração 'elo so*rimento e ela 'are$e ser 'laus6el, se o
sentimento de $om'aiRão natural $omo tal # o *undamento da
moral (o Que não ser o $aso em Ldam S mith)
L erdadeira di*i$uldade deste 'rin$6'io # Que, $omo
disse na Quarta lição, a $om'aiRão, enQuanto sentimento natural
somente eRiste mais ou menos ERistem, na erdade seres humanos
Que, diante de QualQuer so*rimento, reagem es'ontaneamente $om
$om'aiRão, mas a maioria *a0 isto a'enas 'ar$ialmente, e em
alguns eRist e, mais *orte do Que a $om'aiRão, o seu sentimen to
$ontrrio, a satis*ação 'elo mal alheio e o 'ra0er na $rueldade
(desumanidade)
Pode a*inal um tal sent imento, naturalmente 'r#dado e
eRistente em graus diersos, ser *undamento 'ara uma obrigação[
Somos ns obriga dos 'or $om'a iRão[ Podese sem d^id a di0er
Que deemos desenoler esta emoção ,Affekt< $omo generali0ada
Xas, o Que nos motiaria 'ara tal, se não 'ressu'omos uma
isão moral[
9este 'onto S$ho'enhauer não # bem $onsistente Ele *ala,
sobretudo no 3> de uma mRima e de um 'rin$6'io/ tamb#m
em'rega aQui os termos Vdireito`f e Vobrigação, e o seu 'rin$6'io
Bneminem laede( et$` 3 # de *ato um 'rin$6'io *ormulado
im'eratiamente De outro lado, es$ree ele no 3<& VTale0
algu#m me Queira $riti$ar, Que a #ti$a não trata $omo os seres
humanos e*etiamente agem mas Que ela # a $i]n$ia
8;
Que indi$a $omo eles de9em agir Este, 'or#m , # eRatamente o
8
de um 'rin$6'io, mas Que seguem es'ontaneamente da 'arti$i
'ação direta[
Isto nos re$ondu0 ao 'roblema Que imos em Yant, na seRta
lição Lgora sabemos Que, Quando $om'aramos S$ho'e
nhauer e Yant, não se trata de uma sim'les o'osição entre ra0ão e
emoção ,Affekt<' Em Yant eu tinha Que $ondenar a ra0ão tanto
$omo $onte^do Quanto $omo motio do elemento moral/
'ermane$ia $ontudo o deiRarse determinar 'elo ser bom e 'elo
'rin$6'io moral, uma 'ers'e$tia Que na erdade tinha Que ser
$om'reendi da $omo emo$ional ,a&fekti9e< e Que ao mesmo tem'o,
$on*orme a segunda *rmula do im'eratio $ategri$o, 'odia ser
$om'reendida $omo res'eito aos seres humanos -es'eito
signi*i$a re$onhe$imento $omo sueito de direitos/ mas o 'r'rio
res'eito # algo a*etio, e lelo a s#rio # algo Que se d a
enten der ao outro a*etiamente (mais $larament e $om're ens6 el
na atitude o'osta, Quando rebaiRamos o outro e tamb#m lhe
$iamos a entender isto) Se a jora a 'reo$u'ação # es'e$ialmente
de abrandar ou de eitar um so*rimento do outro, então o res'eito
im'li$a Que, ao menos normalmente, assumamos uma atitude
a*etia em relação a este so*rimento, i #, uma atitude de
$om'aiRão
LQui est 'ortanto a base 'ara a 'lausibilidade do eRem'lo de
S$ho'enhaue r uma 'essoa sem $om'aiRão não 'ode ser boa mas
tamb#m 'ara os limites de sua 'lausibilidade Pois, se a
$om'aiRão $omo tal # determinante e se ela não # a'oiada no
res'eito a*etio 'elo ser humano Que # ao mesmo tem'o um
res'eito 'ara $om todos os seres humanos, e nesta medida uma
'ostura de 'rin $6'io então ela somente # um sentimento mais ou
menos *orte, Que eRiste naturalmente e Que $omo tal est
moral mente desnort eado G 'robl ema não # s de a $om'ai Rão
nos abandon ar a6 onde temos a er $om direitos morais Que não
se *undamentam no so*rimento, mas sobre os Quais, Quando
muito, 'odese 'or sua e0 *undamentar o so*rimento/ ela
tamb#m não 'ode dar nenhum ti'o de orientação onde
8
mesmo em meio ao seu 'r'ri o dom6nio , temos a er $om rias
(muitas) 'essoas E assim naturalmente tamb#m é 'oss6el Que 'or
$om'aiRão 'ro$edamos moralmente errados se nos deiRamos
$ondu0ir eR$lusia mente 'elo so*rime nto do outro, 'odemos ir
$ontra os seus outros direitos e 'odemos sobretudo ir $ontra os
direitos dos outros
L re$usa das `Vtend]n$iasU, 'or ;ant, tamb#m *undamentaa
se no *ato de Que a 'ers'e$ tia da a*eti idade natura l, Que não #
determinada di*erentemente a 'artir de QualQuer outro lugar, não
$ont#m em si uma medida Por isso, naQueles ti'os de
$om'ortamento moral, Que a*inal 'odem ser de$ididamente
determinados 'or $om'aiRão, teremos Que es'erar Que não se trate
de uma $om'aiRão QualQuer, mas de $om'aiRão $omo uma
dis'osição geral, eRatamente aQuela, segundo a Qual di0emos de
algu#m Que ele * um ser humano $om 'assio, uma #essoa
com#assi9a ,a com#assionate #erson<' E aQuela dis'osição da Qual
se 'ode di0er Que *a0 'arte da edu$ação moral e $om esta dee ser
desenolida
+ma 'ro'osta estreitamente ligada a S$ho'enhauer, mas
a*astandose $ontudo dele signi*i$atiamente, *oi *eita re$en
temente 'or +rsula \ol* Ela Quer $om'reender o 'onto de ista
moral $omo o da V$om'aiRão generali0ada_` 3 Permane$e $ontudo,
sem medida, tamb#m uma $om'aiRão generali0ada 'ara todas as
Quest"es morais Que não são a'enas, 'elo menos não em 'rimeira
linha, rela$ionadas $om o so*rimento, mas tamb#m 'ara aQuelas
Quest"es Que di0em res'eito a muitos ou diersos (indi6duos)
LQui a'enas retomamse as mesmas di*i $uldades $omo em
S$ho'enhauer
Como a*inal # 'oss6el $hega r a de$larar a id#ia de uma
$om'aiRão generali0 ada $omo 'onto de ista moral[ L $om
88
'aiRão, enQu anto emoção ,Affekt< natura, não 'rodu0 a uni
ersali0ação, Qual \ol6* se re*ere aQui, embora naturalmente
eRistam seres humanos Que a 'artir de sua dis'osição natural são de
modo geral $om'assios, da mesma *orma $omo outros são de
modo geral sem $om'aiRão Xas o Que \ol* Quer # eidente& não
satis*a0erse $om a $on$e'ção de S$ho'enhauer, Que no mundo de
fato eRiste uma $er ta medi da ,%ass< de $om'a iRão e da mesm a
*orma uma $eita medida de indi*erença e de $rueldade/ ela Quer Que
o ter $om'aiRão sea um 'onto de ista mora l ?i general i0adoU&
de9emos mu 'or $om'aiRão, Ea ; 'or#m, somente $hega a esta
'ers'e$tia uniersalista 'orQue, 'rimeiro na 'rimeira 'arte do
$a' < ela 'arte de 'rin$6'ios () eRistentes 'ara uma moral do
res'eito uniersal, 'ara então, em 'rosseguim ento a argumentaç "es
de 1 Sh8lar, $onsiderar a $a'a$idade do so*rimento V$omo a ^ni$a
$oisa Que realmente 'artilhamos $om todos os seres humanosU ('
><) L 'ergunta, 'or#m não #, o Que temos de $omum $om todos
os seres'eio
a"ilo humanos (a6 eRiste
"al "ma moraltudo
nosQue # 'ossibilidade),
obriga em relação amas o Que
todos os #seres
human os 9uma moral do res'eito uni ersal o Que nos obriga # a
id#ia do bem não mais limitada 'or 'remi ssas trans$ende ntes
Esta (moral do res'eito uniersal) # em si re*erida
uniersalidade, a $om'aiRão ao $ontrrio, não/ e não se 'ode
demonstrar de maneira tão sim'les a uniersalidade 'ara a
$om'aiRão Por isso, o $on$eito de S$ho'enhauer # mais $on
sistente do Que a 'osição de \ol* L $om'aiRão tem um alor
muito grande, se temos um 'onto de ista normatiouniersa
(um $rit#rio uniersal), mas dela mesma não 'odemos eRtrair
magi$amente nada de uniersal e de normatio
L orientação a 'artir da $om'aiRão $ondu0iu, tanto em
S$ho'enhauer $omo tamb#m em \ol*, a uma situação em Que
tamb#m os animais são in$lu6dos na moral Em \ol* isto se d de
tal maneira, Que ela desenole a 'ro'osição na Qual ela di0 Que a
$a'a$idade de so*rimento # aQuilo Que diidimos $om todos os
seres humanos, de modo Que tamb#m diidimos esta
99
mesma $a'a$idade $om todos os animais Isto natur almente # o
$aso Xas, uma e0 Que a su'osição de \ol*, de Que o *ato da
$a'a$idade do so*rimento # era e 'or si moralmente de$isio, #
*alsa, e uma e0 Que a $om'aiRão de modo algum tem a 'artir de
si uma 'ers'e$tia Que se uniersali0a normatiamente, 'odendo
sua unier sali0ação a'ena s ser eRigid a a 'artir de um 'onto de
vista moral, ter6amos Que re'ensar noamente a Questão da
in$lusão dos animais no unierso da moral, sem Querer de$idila
dogmaticamente a 'artir de nossas instituiç"es Estas, 'ois, ão
neste 'onto, em muitos $asos, sem $om'romisso 'ara uma ou 'ara
outra direção
Pro$uramos mostrar na Quinta lição Que, $om a 'erda das
'remissas trans$endentes, uniersali0ase a $om'reensão daQuilo
Que signi*i$a ser bom Esta uniersali0ação, 'or#m, 're$isa
naturalment e estar rela$ionada $om um 'redi$ado& não 'odemos
di0er, Que somos moralmente obrigados em relação a todos (isto,
então, signi*i$aria em relação a todos os seres em geral), mas
somente em relação a todos Que são de taletal maneira Signi*i$a
isto, em relação a todos os seres humanos[ E moralmente de$isi o
*a0er 'arte de uma es'#$ie biolgi$a[ Isto s 'odia o$orrer $om
base em determinadas 'remissas trans$endentes, $omo a da
histria b6bli$a da $riação (o homem *oi $riado num ^ni$o dia& ele
não era uma es'# $ie) e da tese, nela $ontida, da imageme
semeihanç adeDeus Do $urso do 'ensamento na Quinta lição
resultou& esta obrigação uniersal eRiste 'ara $om todos os seres
$a'a0es de $oo'eraç ão Isto tamb#m $ondu0 a di*i$uldades, das
Quais ainda *alarei em bree& 'are$e $ontudo $orreto $omo
'rimeiro 'asso Lssim, $om base no *undamento do $onte^do da
regra de ouro, a moral 'odia ser $om'reendi da $omo o $on$eito de
bem, e neste sentido eu 'oderia di0er Que na moral uniersal assim
$om'reendida *orma e $onte^do $oin$idem& a totalidade daQueles
Que mutuamente 'odem $obra rse eRig]n$ias um ao outro os
sue itosU da moral # id]nti$a totalidade daQueles *a$e aos
Quais somos moralmente obrigados os VobetosU da morai G
9"
res#eito somente # 'oss6el em relação a estes seres @ tautolgi$o
di0er& a morai do res'eito uniersal estende se a todos os seres Que
'odemos res'eitar Tamb#m Yant de*endeu Quase esta mesma
$on$e'ção, ema e0 Que 'ara ele são V*im em siU aQueles seres Que
'odem (ou 'oderiam) agir moralmente/ 'or isso a moral, 'ara ele,
re*erese, tanto subetia Quanto obetiamente, a todos os -seres
deraão&, e estendese nesta medida em 'rin$6'io 'ara al#m da
$lasse dos seres )"manos$1ele J'ensaa em anos/ hoe *alase de
mar$ianos ou assemelhados), Wue ela então tamb#m 'udesse ser
ista mais restrita do Que a $lasse dos seres humanos ( Qual
tamb#m 'erten$em $rianças v'eQuenasw, idiotas, *etos) # ura
agraante do 'roblema, Que Yant não se $olo$a
DeiRemos 'rimeiro de lado os seres humanos Que não são
$a'a0es de $oo'eração e Que, portanto, tamb#m não são sueitos de
moral, e $on$e ntrem on$s no $aso dos animais, $on$eitua i mente
mais sim'les G utilitarismo, 5c)open)a"er e *ils o*os atuai s
$omo \ol* di0em& os animais deem ser in$lu6dos, 'orQue
tamb#m eles são $a'a0es de so*rimento = Isto, 'or#m , 'erma ne$e
'uramente $omo uma tese eR$eto em S$ho'enhauer, Que não
Quer desenoler uma moral em seu
= G utilitarismo , ao menos no a'er*e içoamen to de Bentham *oi aQui ainda mais $l aro do Que
a moral da $om'aiRão, 'orQue ele de*ine diretamente o elemento moral de tal maneira Que
ele $onsiste da maior redução 'oss6el do so*rimento, donde Bentham 'odia di0er& The
Que stion is not , Can theZ reason^ Y nor, Ca n the Z talL but Ca n 6h e suf fer 0^ _ ,An
Mn tro duc tio n to the !r inc i#i es of %or ais and Leg isl ati on' $a' 3>) 9ão me 'are$e
eidente, Que em todos os $asos onde, a 'artir de ra0"es teri$as, 'odemos admitir Que um
animai so*re, tamb#m 'ossamos so*rer (x ter $om'aiRão) $om ele e a norma então não se
estabele$eria 'or $om'aiRão Ter $om'aiRão 'are$e somente 'oss6el em animais Que
t]m uma reação diante da dor ( ?ciimerz9erhalten ) a Qual sea identi*i$el 'ara ns
'or tant o, em ani mai s er tebr ados e sobr etud o m am6* ero s 1 $om inse tos se r mais di*6 $il&
$* $ontudo - Xusil Das Fliegen'a'ierU, em& Nac hla ssz u Leb zei tei h Kamburg, 4;> [ '
iP Pare$e me Questio nel a am'l iação sem *ront eiras da moral da $om'aiR ão em
\ol* estendendose a todos os animais, dos Quais, $om base no $onhe$imento teri$o do
seu sistema neroso, somente 'odemos adnudr Que são $a'a0es de so*rer
9
erdadeiro sentido L 'artir da minha 'osição deerse ia ar
gumentar, num 'rimeiro 'asso& a moral do res'eito uniersal eRige
Que nos $om'ortemos uniersalm ente de modo $om'as sio 9o
segundo 'asso& se desen olemos a $om'aiRão uniersalmente,
temos Que re*erila a todos osseres dos Quais a*inal # 'oss6el
$om'ade$erse G segundo 'asso 'are$e lire de obeç"es& se
desenolemos, a $om'aiRão uniersalmente, então tamb#m
're$isamos re*erila aos animais (ou em todo $aso Queles $om os
Quais 'odemos sentir/ $* a ^ltima nota) 9o entanto, do 'rimeiro
'asso *orçosamente somente se $on$lui Que ns am'liamos tanto a
dis'osição 'ara a $om'aiRão Quanto o eRige o unierso do res'eito
uniersal
Se 'or#m a dis'osição 'ara a $om'aiRão # 'rimeiro desen
olida uniersalmente no interior do mundo do res'eito, 'odese
di0er Que # somente natural não manterse nos limites deste mundo,
mas estend]la (a dis'osição 'ara a $om'aiRão) a todos os seres
$a'a0es de so*rer Por isso tamb#m 'are$e Quase eidente não
limitar aos seres humanos a eRig]n$ia de não ser $ruel/ um ser
humano Que não tem $om'aiRão 'ara $om o animais *um ser
humano sem$om'aiRão Esta eRten
são # 'ortanto eRtremamente eidente,, mas temos Que er (dis
tinguir) Que ela # uma eRtensão, e ela não segue do im'eratio
$ategri$o Eu não eo $omo se 'ode di0er mais do Que di0er Que
ela # bem eidente 9ão se 'ode mostrar, a 'artir de uma moral do
res'eito, Que ela # $om'ulsria
Pare$eme Que estas $onsidera ç"es mostram tanto em Que
sentido (at# Que 'onto) muitos seres humanos tendem a estender a
moral sem *ronteiras aos animais, $omo tamb#m 'orQue muitos
outros o negam L 'ro'osição *reQ7ente dos *ilso*os da #ti$a dos
animais, Que a resist]n$ia a esta eRtensão sea anloga antiga
re$usa da su'ressão da es$raidão ou ao ra$ismo e ao seRismo,
somente teria um 'eso se 'udesse ser mostrado, a 'artir da Questão,
Que uma tal eRtensão # $om'ulsria / isto somente # 'oss6el a 'artir
dos duidosos 'rin$6'ios do utiii
9P
tarismo e da moral da $om'aiRão, e não a 'artir da moral do
res'eito uniersal, Quanto ao $onte^do, estreitamente rela$ionada
$om a regra de ouro e $om o $ontratualismo
Da re*leRão hã 'ou$o a'resentada resulta um es$lare$imento
natural, Que e $omo se dis$ute sobre a #ti$a dos animais
(-e$a'itulando eremos mais tarde Que a moral do res'eito
uniersal tem de *ato um n^$leo indisc"t#vel, mas Que seria
ing]nuo es'erarse Que todas as Quest"es morais 'udessem ser
resolidas de uma o" de outra maneira, $omo se *osse 'oss6el
en$on trar sim'le sment e a res'osta 'ronta no cé"$9 E em 'ri
meiro lugar eidente Que a *ormação geral 'ara a dis'osição 'ara a
$om'aiRão no interior do mundo moral estendese 'ara al#m dele
mesmo, mas não se 'ode usti*i$ar Que tenha Que ser assim
Segundo, # eidente Que seres humanos, Que 'or nature0a são
geralmente $om'assios, tamb#m Queiram in$luiros animais na
moral En*im, em ler$eiro lugar, deemos lembrar oiie $ertos seres
humanos, sobretudo $ertas $rianças, at# t]m mais $om'aiRão $om
os animais do Que $om seres humanos (em muitas outras $rianças
eri*i$ase eRatamente o $ontrrio& uma desen*reada brutalidade
'ara $om os animais) Tale0 sea 'orQue se identi*i$am
'arti$ularmente $om a $riatura inde*esa Então # $om'reens6el
Que nos seres humanos geralmente $om'assios sura o deseo de
Querer $onen$er atodos os outros seres humanos Que não
'artilham $om tal *orça este sentimento, Que eles não #odem deiRar
animais so*rer, e isto de agora em diante 'or motios morais, i é,
$om a sanção moral
9o entanto, o Que nos im'ede de deiRar animais so*rer 'are$e
ser real e eRatamente a sanção deste sentimento (natu
< Lss im rela ta ! ;o)lberg (From Is,to GughtV, em& T isc)el$ 7ogniti9e =e9elo#ment
ami E#istemol og1' 9oa IorQue 34>3) de se" !il )o de Quatro anos de idade& Gne
nigh t I read to him a boo8 o* Es8imo li!e inoling a seal8illing e?pedition$ Ke got
angrZ during t)e storZ and said& `ou 8no, t)ere is one 8ind o* meat I ould eat
Es8imo meat ItNs bad to 8ill animals, so i*s a( $rig)t to eat them_`
9H
ral), e não a sanção es'e$i*i$amente moral Esta somente 'ode ser
deseada $omo $om'lemento, eRatamente $omo 'odem ser
deseados $om'lementarmente outras 'roibiç"es e $omo de modo
gera estaam $ontidos nos $on$eitos morais tradi $ionais muitos
$onte^dos (e obetos morais) Que eR$ediam ao dom6nio nu$lear da
moral EnQuanto isto, naQuela moral Que mant#m um $on$eito de
bem, o Qual somente se re*ere ao Querer igual ($om o mesmo 'eso)
daQueles Que 'erten$em $omunidade moral, 'ode 'are$er $omo
arbitrrio introdu0ir $onte^dos (e obetos morais) $om'lementares
Isto #, do meu 'onto de ista, o argumento de$isio +ma
moral tradi$ionalista 'odia legitimar, a 'artir de suas res'e$tias
*ontes *undadoras trans$endentes, QuaisQuer $onte^dos
$om'lementares 9a moral Que s a'ela ainda ao $on$eito natural
de bem, a $oadmissão de seres Que de nenhuma maneira 'odem
er $om'ree ndidos $omo membros de uma $omunid ade mora #
$om'reens6el $omo obeto de obrigaç"es, mas não 'ode ser
*orçada E eRatamente da6 Que resulta a situação Que temos na
$ons$i]n$ia moral de nosso tem'o& alguns o deseam ($onsiderar
os animais na obrigação moral), outros não o re$onhe$em Se
*orem eRigidos estes $onte^dos $om'lement ares, ser dilu6do, sem
d^ida, todo o sentido de uma id#ia natural ('laus6el) de bem, a
Qual seria uniersalm ente $om'reensia, se não se tem um lack of
moral sense e nem se *a0em su'osiç"es trans$endentes Da6 a'enas
'oderia resultar um noo relatiismo/ este 'ode ser eitado, se
aQueles Que eRigem a admissão dos animais 'ara a moral $omo
obetos de obrigação deiRam bem $laro 'ara si o *unda mento de
sua eRig]n$ia e do estatuto desta eRig]n$ia& embora a $om'aiRão
*aça 'arte da moral não 'ode ela $omo tal $omo tente i mostrar,
ser o *undamento da moral, a não ser Que mudemos de tal maneira
o sentido da VmoralU, de *orma Que a admissão dos animais 'ara Va
9@
G ser humano $om'assio não se dar 'or satis*eito $om esta
argumentação e eu tamb#m não a$redito Que ela sea o su*i$iente
Pare$e eident e Que a brutalidade # um *enmeno unitri o e Que
$omo tal ($omo Vi$ioU) dee ser moralmente 'ros$rito L relação
homemanimal teria Que re$eber um noo es$lare$imento
Perten$emos a uma $omunidade mais abrangente de $riaturas
$a'a0es de so*rimento e tamb#m da nature0a em geral Esta
'arti$i'ação não # mora, mas 'ode ter $onseQ7]n$ias 'ara a
nossa $om'reensão da morah as Quais não 'oderão ser
su*i$ientemente es$lare$idas antes Que sea su*i$ie ntemente
es$lare$ido o $arter desta 'arti$i'ação LQui aind a estamos
diante de um enigma da nossa auto$om'reensão/ não deer6amos
tentar resol]lo atra#s de um ato de iol]n$ia 'ara uma ou outra
direção, 'orQue isto igualmente s 'ode $onen$er aQueles Que
'ensam da mesma *orma
Em seu artigo VPre$isamo s de uma #ti$a e$ol gi$a[ ;`, +rsula
\gI6 eR'li$ a Que a $onsideração da nature0a em sentido mais
am'lo s 'ode ser $om'reendida instrumentalmente, e não
moralmente, 'orQue o Vdom6nio do obetoU da moral Vsão os seres
$a'a0es de so*rerU Com isto de'aramos $om a mesma tese
a'od6ti$a Que \ol* de*ende em seu liro Desta maneira, se o'"e
aQui sim'lesmente intuição $ontra intuição Llbert S$heit0er
de*en deu $om o seu $on$e ito do Vres' eito 'ela idaU ; ,BAchtung
9or d em LebenI< uma tese mais abrangente e *undada \ol* não
] Que ela se en$ontra na mesma ne$essidade de *undamentação
Que aQuel as teses Que Quere m am'liar o dom6nio do obeto da
moral ainda 'ara al#m dos animais Wue a $om'aiRão sea o
*undamento da moral, isto não # a'enas irre$on$iliel $om o
im'eratio $ategri$o o
9;
$on$eito V'laus6elU de bem, Ela tamb#m não se deiRa es$lare$er
a 'artir de nenhum outro $on$eito de moral diersamente
de*inido, apnão ser Que se de*ina o elemento mora diretamente
atra#s da $om'aiRão 2imos em S$ho'enhauer o Que da6 resulta
Por *im 're$iso oltarme 'ergunta& Qual o status moral Que
temos Que admiti r 'ara aQuel es seres humanos Que não são ou
ainda não são, $a'a0es de $oo'eração, e nesta medida ainda não
são 'oss6eis sueitos no interior da $omunida de moral Wuero
nisto restringirme a $rianças 'eQuenas e a *etos Conenhamos
Que # este o $aso mais sim'les
9a #ti$a $ontem'orânea, Que se o$u'a $om as Quest"es dos
animais, das $rianças 'eQuena s e dos *etos, sobressaise uma
$on$e'ção segundo a Qual a Questão ; se um ser dee ser isto
$omo obeto de obrigaç"es morais e, no $aso de Que obrigaç"es,
de'ende de $ertas #ro#riedades de modo Que então resultem
determinadas $lasses& a $lasse dos seres Que 'odem sentir, a $lasse
daQueles Que não 'odem sentir, a $lasse daQue les Que são
ra$ionais e autnomos L$reditase Que este re$ur
$om'reende a in$lusão na
$a'a0es de $oo'eração moraldedaQueles
a 'artir seres hu 'ar$ial
sua 'arti$i'ação manos não
desta
$omunidade L $a'a$idade 'ara a $oo'eraç ão # naturalmente
tamb#m uma 'ro'riedade, ela $ontudo se distingue daQuelas h
'ou$o $itadas, no sentido de Que ela sim'les
9
mente men$iona a $ondição 'ara 'erten$er a uma $omunidade, no
$aso, $omunidade moral
Entretanto, tamb#m *oi uma 'ro'riedade (não rela$ionada $om
uma $omu nidade) a 'ertença es'#$ie em $ontraste com a
sim'les 'ertença ou 'ertença 'ar$i al a um a ou $omunidade
9esta orientação $om base nas Qualidades, a Questão, se somos
'oss6eis obetos de obrigaç"es morais, # $onsiderada se'arada da
Questão, se somos 'oss6eis sueitos de obrigaç"es Este 'rin$6'io
nos teri a Que lea r a um be$o sem sa6d a, sobretudo $om as
$rianças Pois, neste $aso, nos er6amos diante da alternat ia&
eR$luir $rianças 'eQuenas $omo obetos da moral 'orQue ainda não
'odem $oo'erar, ou, se deem ser in$lu6das, isso teria um ^ni$o
*undamento& 'orQue 'erten$em es'#$ie serhumano, ou& 'orQue
são seres $a'a0es de so*rer
G outro 'rin$6'io, tão mais eidente, ligado $omuoida de no
sentido de uma mora, e sobretudo de uma mora não trans
$endente, 'ermite $on$eber de maneiri bem diersa o siat'is moral
das $rianças Pois # eidente Que agora se diga $ada $omunidade,
na base do estado de $oisas biolgi$o e $ultural, d$ gradual
$res$imento e da a$ulturação dos des$endentes, $onsiste em 'arte
de membros e em 'arte daQueles Que ao se
9
es'e$6*i$as de $omuni$ação, $omo o sorrir, morrem Quando *alta
esta $omuni$aç ão 5 Por isso, $rian$as são sueitos da $omunidade
moral Que se desenolem gradualmente desde o nas$imento, e
'or este motio deem ser istas desde o in6$io como ob+etos
'lenamente lidos da obrigação moral L id#ia $omum, de Que o
nas$imento # o $orte de$isio, # tão eidente, por"e a6 de *ato
$omeça imediatamente o 'ro$esso de $omuni$ação
(Vimediatamente, não em seguidaU, 'oderseia di0er, 'orQue Vem
seguidaU ainda deiRaria aberto o in*anti$6dio Que segue ao
nas$imento),
L di*erença entre $rianças nas$idas e não nas$idas 'are$e
$onsistir no *ato de a $riança não nas$ida e*etiamente se
en$ontrar num 'ro$esso de $res$imento, o Qual ao *inal $hegar
$a'a$idade de $oo'eração, mas Que este 'ro$esso ainda não tem
um $arter $omuni$ atio/ a $riança ainda não V*a0 'arte f_, no
sentido de ser so$iali0ada Ela est a $aminho 'ara nas$er, e nesta
> oime obetado, Que (ainda) tomandose mãe a gente +' se $omuni$a $om a $riança
não nas$ida Eu 'ens o Que então $omuni$ ação j em'regado meta* ori$a mente , um
ogo de açã o e rea ção, Que 'ar e$e *u nd ame nt alm en te di er so da man ei ra $omo a mãe
se $omuni$a $om o *ilho a's o nas$imento
=A4
0er, V$omeçaa minha idaU 9a $ontinuidade es'açotem'o ral
eu naturalmente sou id]nti$o ao *eto 're$ede nte, mas Vminh a
historiaU $omeçou $om o nas$imento Eunão 'osso Querer, Que eu
t?
tiesse sido morto Quando estaa no mundoU / tam'ou$o eu
'osso Querer Que eu tiesse sido morto ontem ou no ano 'assado
(sem're 'ressu'ondo Que agora eu Queria ier) E $onsiderando
Que isto (e agora sem a restrição *eita h 'ou$o entre 'ar]nteses)
$omumente ale, segue do im'eratio $ategri$o, segundo o Qual
nenhuma ida nas$ida 'ode ser morta Se o *eto, ao $ontrrio,
tiesse sido abortado, 'are$eria estranho di0er& então eu teria
estado morto Pare$e mais $orreto di0er& então se teria im'edido
Que esta $riança, desde então em $ontinuidade $om minha 'essoa,
tiesse nas$ido
Por isso 'are$e $orreto Que ulgu emos a eliminação de um
*eto di*erentemente da morte de um beb] E igualmente eidente
Que isto 'or sua e0 resulta em graduaç"es, 'orQue o *eto
a'roRimase gradualmente daQuele do Qua ns 'odemos di0er& #
um de ns
Este mod o de *alar V# um de nsU # de$isio 'ara a maneira
de re*leRão moral, se *or $orreto Que moral # algo essen$ialmente
rela$ ionado $om a $omunidade E *also $onside rar este dis$urso
$omo sendo em 'rin$6'io 'ar$ial Ele # 'ar$ial, se a $omunidade #
'ressu'osta $omo uma $omunidade 'arti$ular, e não #, se *or
uniersali0ada, i #, englobando todos os seres $a'a0es de
$oo'eração/ e isto então tamb#m $om'reende os diersos gru'os
marginais daQueles Que ão se tomando, ou são membros
lesados Tamb#m estes são membros Este dis ` $urso 'or#m não
'ode ser abandonado, 'orQue moral , a 'artir do seu $on$eito, #
um kosmos de #Rig]n$i as re$6'ro$as , de modo Que então se *ale de
todos os seres $om uma determinada 'ro'riedade E não obstante,
tenha sentido *alar da $omunidade de todos os seres $a'a0es de
so*rer, ou de todos os seres io s ,Lebe@esen<( ou de todos os
seres naturais, e aos Quais
9
neste sentido, ns 'odemos 'er*eitamente nos sentir V'erten
$entesU, isto não # uma $omunidade moral, ou sea, uma $o
munidade Que se'oderia $om'reender $omo moral
Fa0em 'arte da $omunidade moral não a'enas os seres hu
manos mas tamb#m, o"tros seres $a'a0es de $oo'eração, se é Que
estes eRistem_ Xo entanto, est sem're 'ressu'osto Que eles
*ariam 'arte da $omunidade num sentido Que 'ossibilit aria, a eles e
a ns, nos $om'reendermos como 'erten$entes a urna $omunidade
de $oo'eração
2UCI)A LIÇ=O O antiiuminismo
Fti%o: Wege e a es%oa de RitterV
After Virtue( de Aasdair )a%nt<re
X
$ionais Isto leou, num segundo momento, a uma 'luralidade de
noas tentatias de *undamentação, Que 'odem ser denominadas
todas de #ti$as iluministas Em ter$eiro lugar, isto tinha de
$ondu0ir, 'or sua e0, a ema litera tura #ti$a Que re*lete sobre as
*alhas (su'ostas ou reais) das #ti$as iluministas e sobre as
antagens (su'ostas ou reais) daQuelas morais Que eram dadas
$omo tradi$ionais aos homens, e nas Quais o signi*i$ado do sueito
singular $omo indi6duo ainda não o$u'aa o 'rimeiro 'lano
L sustentação $r6ti$a 'ro'osta 'or mim a'resentada $omo
'rograma moderno 'laus6el ou tamb#m sim'lesment e $omo o
#rograma #lausí9el [ Que eR'us na Quinta lição, dee ter lugar, 'or
$onseguinte, $ontra toda uma s#rie de 'roetos distintos entre si
Como ressa ltei mais e0es, a im'lausib6 ii0ação de todas as
alternat ias # um momento essen$ial do tomar $om'reens 6el a
'lausibilidade de uma moral Que não re$orre sim'lesmente a uma
eid]n$ia a'rior6sti$a
São dadas as seguintes linhas de $r6ti$as a serem $laramente
distintas entre si&
+m lugar es'e$ial o$u'a o $on*ronto $om as diersas ten
tatias Que $omo Yant e a #ti$a do dis$ur so não se satis*a0em
$om a 'lausibilidade do im'eratio $ategri$o, mas Que rem
re$or rer 'or ele a uma *unda mentação absoluta ainda 'or $ima
$om a auda de um singular $on$eito de ra0ão Nesie n6el do
$on*ronto, o 'rograma das outras 'osiç"es não # reeitado em
termos de $onte^do, mas a'enas as eRageradas re'resentaç"es de
*undamentação
Todos os outros $on*rontos, ao $ontrrio, resultam numa
re*utação em termos de $onte^do dos outros ti'os de 'osição em
mostrlos $omo im'laus6eis LQui são dados então tr]s
di*erentes n6eis&
3 Ls morais tradi$ional6sti$as se mostraram $omo de
sa$reditada s .omo elas s 'odem re$orrer entre seus 'oss6
eis re$urso s de *undamentação a uma autoridad e, limit ase sua
eRtensão es*era de alidade daQueles Que a$reditam nesta
autoridade Isto $ontradi0 o al$an$e do dis$urso de VbemU, o Qual
segundo seu senti do # ilimitado L l#m disto 'ar e$e irr a $6onal (no
sentido normal da 'alara) deiRar a uma autoridade o 'oder
de$retar $omo $onte^do moral tudo o Que ela Quer (e se ainda
assimdees sem aler limites 'ara a autoridade , estes teriam de ser
determinados de outro lugar) Isto não # um argumento $ontra a f*
$omo tal mas 'are$e mesmo assim ser um argumento $on$ludente,
não 'oder a'oiar as eRig]n$ias m^tuas, Que ns *a0emos na moral
sobre uma *# Constitui um s#rio 'roblema, do Qual eu não tratarei
nestas liç"es, a Questão a$er$a de $omo deemos nos $om'ort ar
$om relação a 'essoas Que mesmo assim 'ensam de maneira
moral, ainda Que tmdi $iona listi $ameni e em ^ltima instân$i a #
um 'roblema da edu$ação adeQuada, na Qual # 're$iso Questionar
H
$hamar a atenção 'ara *alhas Que 'are$em dadas em uma moral
es'e$6*i$amente moderna, iluminista [ $omo tal em relação a uma
moral tradi$ional6s6i$a Designarei as 'osiç"es #ti$as deste ti'o de
$onseradoras, ainda Que a 'alara Vrea$ionrioU $oubess e melhor
ao obeto em Questão, mas esta maneira de *alar teria uma
$onotação 'eoratia ino'ortuna& 'erten$e ao sentido destas
'osiç"es não tanto $onserar (conser9are ) 'rogramas
tradi$i onal*s ti$os ou tom los, 'or sua e0, *ortes, mas $riti$ar os
'roetos iluministas em *unção de *alhas Que ele s têm ou 'are$em
ter $om rela ção aos 'r ogramas mora is trad i cional#sticos$
@ im'ortante tornarse $lara a di*erença entre o Que $hamo de
'osiç"es tradi$ional6sti$as e o Que Quero di0er $om 'osiç"es
$onseradoras Wuem tem uma moral tradi$ional6sti$a acred ita na
amondade paraela igente L ' osição $ onseradora , ao $ontrr io,
# 'or sua e0 um *enmeno es'e$i*i$amente moderno, 'orQue ela,
tam'ou$o Quanto as 'osiç "es iluminis tas, não acreana em uma
autoridade mas a'enas re*lete sobre as an tagens do autoritrio /
da6 ser ela ou instrumentalista ou nostlgi$a Ls 'osiç"es
$onseradoras não são 'r#iluministas $omo as rrad6dona *sti$as
masintiluminist 'or elas a'ontadas se en$ontram no
enQuadramento em u ma mor al e 'ressu' "em 'or seu turno a *# , #
di*6$ il er o Que elas t]m em ista 'osit iame nte, na medida em
Que não Querem sim'lesmente oltar *#
9a Llemanha eRis te uma trad ição ininterru' ta deste ti'o
desde Kegel, e ela *oi retomada em sua ariante es'e$i*i$amente
hegel iana 'arti $ularm ente 'or 1oa$hi m -itter e seus dis$6'ulos
6sobretudo G XarQuard e K !6ibbe) 9a #ti$a anglo saRni$a
orientaç"es deste ti'o não tieram muita re'resentação dos anos
;A aos >A, tendo a #ti$a em grande 'arte ou sido utilitarista ou
re'resentada 'or autores 'rRimos a Yant $omo Kare, -als,
Dor8in e L$8erman, mas nos anos :A *e0se aler uma $orrente
Que tamb#m dee ser $ara$teri0ada
$omo $onseradora e $ua 'alara$hae # Bcommunitaria$ nisinI'
Ela se mant#m em estreita dis$ussão $om a tradição liberal de
-als e outros e não tomou a 'e$uliar direção ins
tramentali0adora, $onstatel 'arti$ularmente na Es$ola de -itter
Como re'resentantes, bastante di*erentes entre si, 'ode se nomear
es'e$i*i$amente $ Sande i, Ch Talor e tale0 $omo a *igur a de
maior destaQue L aelntre$
Es$lareçamos de sa6da no Que $onsistem as $om'reens6eis
di*i$ uldad es em Que se en$ontra m o $on$e ito 8antiano e tamb#m
as demais 'osiç"es iluministas *rente a uma moral tra
di$ional6sti$a 9uma moral tradi$ional6sti$a o indi6duo en
$ontrase 'rotegido $omo a $riança na *am6lia Ele não se ]
entregue a si mesmo $omo indi6duo Ele não 're$isa re*letir
sobre as normas morais, mas elas lhe são dadas Isto eR'li$a 'or
Que 'ara todos os $r6ti$os do iluminismo #ti$o estes tr]s 'ontos de
ista o$u'am o 'rimeiro 'lano& ! G indi6dim 'are$e 'erten$er de
uma *orma VnaturalU $omunidade )' L autonomia do indi6duo
não o$u'a uma 'osição de destaQue < W Que # bom # dado de
antemão Ll#m disto autores $omo XaelntZre *arão aler Que o
indi 6duo nem tem re$ursos de *unda menta ção 'ara um $on$ei to
de moral/ e a de'lorel situação relatiista em Que nos
en$ontramos hoe não mostra, assim se 'ode 'erguntar, Que o
'roeto ilummista de *ato *ra$assou[
Dedi$ arme ei a esta 'ergunta segui ndo XaelntZre -e*li
tamos $ontudo ini$ialmente sobre os tr]s 'ontos re$#mmen
$ionados Todos eles 'are$em resultar em Que uma moral
tradi$ional6sti$a # mais *$il e in$ontestada 'ara o *iel 9ão
teremos de $ontra'or a isto Que, embora isto sea erdade, $on
tradiria ainda assim o sentido tanto do dis$urso de Vbom`_ Quanto
de todas as a*irmaç"es $om 'retensão uniersalidade, não estar
dis'osto a Questionlas[ Lt# 'ode ser de *ato, e sob rios
as'e$ tos, uma eRist ]n$ia mais in$on testa da, ier em uma moral
Quase in*antil, em Que 'odemos a$reditar ser
;
'res$rito $omo se dee ser, mas nos somos a6nda assim seres
autnomos, e tanto no 'ro$esso histri$o Quanto no desenol
imento indiidual atingim os um estgio no Quai nos de*rontamos
$om a es$olha de assumir nossa situação, $omo ela #, ou de
regredir Xesmo Que *osse iel mostrar Qee no iluminis mo
seria 'oss6el ainda a'enas o $ontetiialismo e nen)"ma mora no
sentido 'r'rio [ seria então esta nossa situação A *# não se deiRa
instrumentali0ar
7omo *i$a agora a $r6ti$a $onseradora, $omo *eita 'or
(egel, mas tamb#m no com"nitarismo, de "e a moral il"mi nista
# indiidualista[ K autores Que '"em em Questão a 'res
su'os ição indiid ualist a do 'onto de ista so$io histr i$o, e é
naturalmente $erto Que o indiidualismo # um *enmeno moderno
e est ligado ao sistema s$ioe$onomieo do $a'italismo Se
'or#m, $o m esta indi$ação, s e Quer $olo$ar em Questão o 'onto de
'artida 'rin$i'al baseado no Querer dos indi6duos na moral
il"minista a obeção soaria igual $ontra todas estas morais,
inde'endent emente de se 'ensar de modo `8antiano, utilitarista ou
sc)open)a"eriano $ometese um so*isma gen#ti$o Da mesma
maneira # erdade Que determinadas $ondiç"es s$ioe$oemi$as
'odem ser 'ressu'ostos em'6ri$os 'ara Que 'ossamos $olo$ar
*unda menta lmente as Quest"es #ti$as, assim $omo deem estar
satis*eitas determinadas $ondiç"es gen#ti$as, se um indi6duo, '
eR, de e 'oder a'ren der a $ontar G *ato Que uma $ria nça
're$isa ter urna $erta idad e, 'ara 'oder $ontar, não relatii0a o
$on$eito de n^mero Tam'ou$o relatii0ase o dis$urso de
VbomU, urna e0 entendido Que a isto est ligado não so um eRigir
mutuo, mas uma 'retensão uniersal, e Que o re$urso ^ltimo de
todos os $on*r ontos morais somente 'ode re'or tarse onta de
dos indi6duos
L obeção de Que se 'ressu'"e uma determinada, een
tualmente modi*i$ada, imagem de homem, Quando se $olo$a a
Questão #ti$a *undamentalme nte sem 'remissas trans$endentes
'are$e $orreta, se se tem ante os olhos $omo ^ni$o
resol tado 'ensel o $ontr atual ismo (este 'ress u'"e de *ato Que
$ada um se interesse a'enas 'or si mesmo) obeção não ale,
'or#m, se o re$urso ontade e em ^ltima instân$ia autonomia
do indi6duo tem aQuele sentido metodolgi$o sem o Qual normas
dadas não 'odem de maneira alguma ser Questionada s Em geral se
im'uta aQui *alsamente Que o re$urso autonomia do indi6duo
im'li$a assumirse ser o indi6duo um ser 'r#pso$ial e $omo se o
so$ia l então s *osse 'ensel, $omo # o $aso no $ontrat ualismo,
$omo uma $oo'eração instr ument al G sentido metodol gi$o do
re$urso ontade dos indi6duos todos os indi6duos e sua
autonomia # a'enas, de Que não se a$eite nada $omo sim'lesment e
dado& o indi6duo dee 'oder a'ro'riarse $ons$ientemente de seu
ser so$ial, do Qual # admitido inteiramente 'erten$er
essen$ ialme nte a ele, mas ele dee tamb #m 'oder re$uslo na
medida mesmo em Que o re$onhe$e $omo ileg6timo ou não 'ode
mos, a Que se a'elarla, mas Que 'or sua e0 não serialegitimado
Com isto não se Quer negar as $onsidereis di*i$uldades Que
o iluminismo a$arreta, sobretodo Quando ele determina a
$ons$i]n$ia geral e a $ultura $omo um lodo, di*i$uldades Que
'oderiam tomarse tão grandes, a 'oeto de 'oder destruir a $ultura
Xas não se 'odeanular o iluminismo, a6nda menos $om
argumentos instrumentis, Que são 'or sua e0 iluminis tas, mas
não mais morais Como, 'or#m, o iluminismo a$arreta estas
di*i$uldades, e um eQuil6brio do indi6duo em sua relação $onsigo
e $om as normas na *ase da autonomia, s # 'oss6el num n6el
mais eleado da re*le Rão, os argum entos $onserad ores oltam
sem're de noo $omo ondas e en$ontram uma $om'ree ns6el
ressonân$ia
Lntes de me dedi$ar ao liro de Xa$lntZre, a'resentarei
ra'idamente, $om base em algumas 'alaras$hae, as 'osiç"es de
Kegel e da Es$ola de -itter, 'orQue uma real inter'retação no
$aso de Kegel nos learia demasiado longe e $om relação Es$ola
de -itter não 'are$e su*i$ientemente 'rodutia 3
Lgrande 'alara$hae de Kegel # Veti$idade U L 'alara
VmoralidadeU ele a reserou 'ara o $on$eito moral 8antian o, $ua
$ara$ter6sti$a 'arti$ular ele ia no *ato dela ter seu 'onto de
'artida na sim'les subetiidad eU Em $ontra'osição, a eti
$idade re'resenta 'ara Kegel uma moralidade, $uas normas são
istas 'elos membros da $omunidade, essen$ialmente $omo dadas
em sua alidade 9a Fenomenología do es#írito
3 Com relação a Kegel, $* minhas eR'osiç" es em ?eíbsbe@usst sein and ?c^'b$^+best im$ mung(
' <?; s Eu eR' us det alh ada men te e $ri tiQ uei as $on $e 'ç" es #ti $a s $e Keg el, dos seu s
'ri mei ro s es$ rit os at# a Fil oso fia do_ dir eit o( em uma 'releção reriinense Die Ethi8 bei
Kegel und XarRU (semestre de inerno 34:A%:3{
=34
Kegel ainda 6a a eti$idade ligandose $ons$i]n$ia moral grega
'r#so* 6sti$a, a'roRimadamente no sentido daQuilo Que $hamei de
moral tradi$ioeal6sti$a Xas em suas obras tardias, a Filosofia do
direito e a Enciclo#*dia , a Veti$idade ; se en$ontra
sistemati$amente atrs da VmoralidadeU, $om o Que ele Quer di0er
ao mesmo tem'o Que 'ode eRistir uma eti$idade su'erior
moralidade no sentido 8antiano e Que ela 'assou 'ara al#m, L
id#ia de Kegel # Que a eti$idade assim entendida, de a$ordo $om
seu 'roe to teri$o, une a subetiida de da l6 ber dade $om a
-ob+etividade& (ser dado) dos $ostumes Xas ele entende o
obetio, então o Estado, $omo o Vsubstan$ialU ,Filosofia do
direito , =;>s) e os indi6duos $omo seus Va$identesU ( 3?;)
Ls Vinstituiç"esU do Estado são Vas leis eRistentes em e 'ara siU,
Quer di0er, elas alem in$on di$iona lment e& elas 'ossuem Vuma
absoluta autori dade e 'oder in*init amente mais slidos do Que o
ser da nature0aU
liberdade, Kegel ( 3?5) Ge assim&
es$lare$ Que se V9o
dee deer
então oentender ainda
indi6duo se 'or
liberta
'ara a liberdade substan$iaiU ( 3?4) VL erdadeira atitude
moralU # Va $on*iançaU (no Estado e suas instituiç"es)
(Enciclo#*dia , ;3;) Lssim a 'essoa Vreali0a sem a re*leRão
seletia ([) seu deer ,Enciclo#*dia' ;3?) L VirtudeU # Va
sim'les adeQuação do indi6duo s obrigaç"es do $onteRto so$ial
de Que *a0 'arte, lealdadeU ,Filosofia do direito' 3;A)
Das id#ias h 'ou$o desta$adas da #ti$a $onseradora, Kegel
de*ende, 'ois, 'rimeiro em seu $on$eito de eti$idade e nas
$ara$teri0aç"es da6 resultantes de irtude, deer, et$ o ser dado
das normas Em segundo lugar, ele de*ende uma tese eRtrema da
'rioridade do so$ial sobre o indiidual, a Que não se at]m mais os
atuais neohegelianos& a) Que o dado (2orge gebene) não # s os
$ostumes, et$, mas Vo Estado, e b) Que o Estado # o todo
substan$ial, Que os indi6duos deem ser $on$ ebidos $omo
a$identes VQue o indi6duo sea, # indi*erente eti$idade
obet ia, sendo soment e esta o 'erma nente e o 'oderU ,Filosofia
do direito , 3?; adendo), $) ao $ontrrio dos
hegelianos alemães $ontem'orâneos, Kegel nun$a *undamenta sua
'osição, ao menos eR'li$itamente, $om o ganho instrumental Que
dela resultaria 'ara os indi6duos ER'li$ita mente ele a *undamenta
a 'artir desen sistema& unidade de subeti idade e obetiida de
Sem d^id a, na $ir$unstân$ia de a dita obetiidade de *ato se
impor "nivocamente,, $omo se 'ode er nas $itaç "es, 'odese
veri!icar certamente uma admiração adi$ional 'or 'oder e
realidade, e # di*6$i l er $omo seria a este n6el um erdadeiro
eQuil6bri o entre subetiidad e e obetiid ade (num outr o n#vel,
mais adiantado, a6nd a o en$ontraremos mais tarde em Kegel),
Kegel estaa, $ontudo, desde o ini$io de seu *iloso*ar, $onen$ido
Que o mundo moderno seria determinado 'or uma i*$ ra'turaU entre
o subetio e o obetio e Que se trataria de re$on$iliarf estes =
Gs $on$eitos de ru'tura e re$on$iliação *oram então reto
mados em uma noa e 'e$uli ar ersão 'or Moaç)im Ritter$ Sua
'alara$hae di0ia -reconciliacão de 'roeni]n$ia e *uturoU
EnQuanto os o'ostos Que Kegel a$ha se'arados e Quer uni*i$ar se
en$ontram bem *undamentado s em seu 'roeto sistemti$o, a
'osição sistemti$a dos $on$eitos de 'roeni]n$ia e *uturo # ainda
'ou$o $lara Deese er aQui Que -itiere sua es$ola não 'ensam
mais, em absoluto, sistemati$amente, mas a'enas ainda
histori$ame nte, $aso ainda se 'ossa *a0er isto, de algum modo, em
*iloso*ia VProeni]n$ia est 'ara tradição, V*uturoU 'ara
'rogresso, e o 'rogresso não # mais, $omo no ilumi nismo
entendido moralmente, $omo 'rogresso de uma $ons $i]n$ia
moral es$lare$ida e do bemestar dos seres humanos, mas a'enas
ainda $omo 'rogresso da e$onomia moderna/ s id#ias 'ol6ti$as e
so$iais da modernidade a'enas são entendidas ainda $omo aneRo
da e$onomia moderna e não são mais
= C* Di**eren0 des ic)tesc)en and 5c)ellingsc)en 5stems der Philoso'hie \er8e
(Suhr8am'k ‡! ' =A==
$onsideradas 'or sua e0 aloratiamente Isto $orres'onde a uma
$om'reensão, $omum hoe em dia, de V'rogressoU, $omo Quando
se *ala de 'a6ses VdesenolidosU e VsubdesenolidosU Xas o
$ara$ter6sti$o do 'rograma de -itter e de sua es$ola # terem
*e$hado os olhos 'ara a 'roblemti$a moral es'e$i*i$amente
moderna, o Que tem $omo $onseQ7]n$ia Que agora o alioso mo
todo # deslo$ado 'ara a V'roeni]n$iaU Este #, 'ortanto, o sentido
do dis$urso sobre ema Vre$on$ilia_ ção de 'roeni]n$ia e *uturoU
L 'arte da relação $om a 'roeni]n$ia # 'ara $onsistir 99 $ultio
das tradiç"es G $ultio das tradiç"es # entendido $omo
V$om'ensação U das * alhas do 'rogresso t#$ni$oeeonmi$o <
Esta $on$e'ç ão natur almen te nas$eu morta Pois 'or mais
im'ortante Que sea a mediação das muitas tradi ç"es $ulturais
'arti$ulares $om a $ultura uniersal da modernidade, ela # ainda
assim ustamente im'ossibilitada, se se ignora 'rimeiro o
$om'onente moral da modernidade $omo tal e segundo, se não se
] Que a tare*a moral 'rimria da modernidade $onsiste na
substituição, a ser entendida 'or sua e0 moralmente, não de
tradiç"es, mas de seu $arter de alidade tradi$ion al6s ti$a Pois
$omo 'odem as diersas $ulturas se entender moralmente entre si,
se tierem $omo ^ni$a *onte moral sua tradição 'arti$ular[
Xas, em nosso $onteRto, o im'ortante # o $om'leto esa
0iamento de $onte^do do elemento moral, im'li$ado 'or esta
< C* a"i es' G ar"ard$ V„ber die fnvermeidiic)Peit der .eistesissens$ha*ten
(3 4:5) e min)a $r6t i$a em meu artigo -Die .eistesiss ens$ha*ten als Lu*8lq
rung sis sens$ ha*t en !hi los o#h isc heA ufs ae tze ' ?;<s L 'ro'sit o do conceito de
$om 'en saç ão em -it ter Xar Quard e L>bbe, $* . Lo)mann$ .]eoPonse rvative
Ant6orten au* moderne 5innverl"ster!a)r"ngenN@ in& - Faber 1ed$9$ 3o nse nat is$ mus in
:eschichte und :egen@art' \7r0burg 3443
$on$e'ção Este esa0iamento est esboçado no $on$eito
hegeliano da eti$idade, de a$ordo $om a Qual a irtude $onsiste na
Vsim'les adeQuaç ão do indi6duo aos deeres dasituação a Que
'erten$eU 2irtude não $onsiste 'ortanto numa 'ostura de
'rin$6'io, inde'endente da situação G ^ni$o re$urso 'ara de
terminar uma tal 'ostura $onsistia 'ara Kegel na moralidade
8antiana sobre a Qual ainda deerseia $onstruir a eti$idade
Faltando este re$urso, resta somente o Que $itei h 'ou$o de
Kege! 9a medida então em Que na Es$ola de -itter o elemento
moral ou #ti$o não # mais de modo algum um tema sistemti$o
em si, mas sim' lesmente est 'ara o Que nos # dado 'ela 'ro
eni]n$ia 'elas tradiç"es não se $ontra'"e s morais ihi
minis tas uma moral $onser adora , mas se trans *igur a o dado em
si, não 'or ser isto ou aQuilo (ou 'or se a$reditar numa autoridade
$orres'ondente), mas #or5ue # dado' Como *oi 'oss6el *iloso*ar
assim naKermann
autores Llemanha
!7bbe'sna0ista,
es$la re$e 'ermane$e o segredo
no mani*e sto destes
'edag gi$o V4
Teses& Corag em de Edu$arUf& V2oltam o nos $ontra o eQu6 o$o
de Que a es$ola 'oderia tomar $rianças V$a'a0es de $r6ti$aU, na
medida em Que ela as edu$a 'ara não deiRarem aler sem
Questionar nenhum dadoU ?
Como não h, tanto Quanto sei, nenhuma tentatia no âmbito
da Es$ola de -itter de submeter a #ti$a iluminista sea na
es'e$6*i$a ersão 8antiana, sea num sentido mais am'lo a uma
$r6ti$a, muito menos de desenoler uma alternatia, ela não
o*ere$e nenhum 'onto de re*er]n$ia 'ara uma dis$ussão
sistemti$a Lo $ontrrio, en$ontrase uma $r6ti$a abrangente
Y Y ZZZZ
Y Y Y Z
Y Y
Q$ C* minha $r6ti$a detahada em Eií k @id !ol iti k , #ra&-urt 344=, ' 3>=5
P
são minu$iosa L dis$ussão $om Xa$lntZre $ondu0ir histori
$amente a Lri stteles 5 e sistemati$amente ao $on$eito de irtude`
Finalmente eremos Que a #ti$a iluminista mesma dee ser
am'liada $om o re$urso ao $on$eito de irtude, de um modo $omo
ela *oi a'ro*undada 'or Ldam Smith_
Xetodologi$amente Xa$lntZre se en$on tra mais 'rRi mo da
tradição alemã Que da #ti$a anglosaRoni$a& ele # da o'inião,
'rimeiro, Que toda moral dee ser entendida histori$ amente e
segundo, Que se dee er Ioda moral a'ena s $omo a moral de seu
tem'o e isto Quer di0er so$iologi$amente $omo moral e uma
$onstela$ão so$ial determinada& duas 'ressu'osiç"es bastante
Questioneis
De $erta *orma eu tamb#m abordo a 'roblemti$a #ti$a $omo
histri$a e tamb#m $on$ordo $om a $ara$teri0ação mais geral
*eita 'or Xa$lntZre da situação histri$a em Que nos en$ontramos &
nosso 'resente $ara$teri 0ase 'or não sermos mais isto Xa$lntZre
] $orretamente $ontra Kegel e os neohege lianos alemães
determinados 'elo dado e nos $om'reendermos em ^ltima
instâ n$ia indi iduali sti$am ente Xinha aali ação desta situa ção,
$ontudo, $ontra'"ese de Xa$lntZre, e assim tamb#m #
$ontra'osta a $onseQ7]n$ia Que resulta 'ara a re*leRão #ti$a
Lalio 'ositiamente a situação da autonomia indiidual, e
're$isamente s 'ela 'ro*undidad e Que a 'rob le mti$a da
*undamentação da moral adQuire $om isto& ela nos obrig a a
$olo$ar o 'roblema da moral inde'endente de 'remis sas
tradi$ionalmente dadas Xa$lntZre a aalia negatiamente, 'orQue
ele # da o'inião Que não eRiste um $on$eito do bem moral
inde'endente de tradiç"es e *unç"es dadas
H
Este enQuadra mento so$ial do elemento moral a'are $e no
in6$io do liro $omo sim'les tese, sua *undamentação # dada 'or
Xa$IntZre mais tarde Ela se baseia em uma inter'retação
es'e$6*i$a da tradição aristot#li$a e num $on$eito *un$ional do
bem Linda teremos de oltar a isto
Xa$IntZre $riti$a, 'ortanto, os modernos $on$eitos morais
indiiduai6sti$os, elo sim'lesmente a 'artir de um 'rograma
di*erente, a ser então 'ressu'osto $omo dogma, mas a $r6ti$a
resulta 'ara ele internamente, segundo a 'retensão& as res'e$tias
#ti$as atoais e então tamb#m as #ti$as iluministas 'assadas
mostramse, assim 'ensa ele, não a'enas $omo in$oerentes em si,
mas $omo restos de 'osiç"es anteriores, Que leam em ultima
anlise tradição aristot#li$a L isão de Xa$IntZre da histria da
#ti$a #, 'ois, uma isão es'e$i*i$amente teri$ode $adentista,
semelhante em 'rin$6'io isão de Keidegger da histria do ser
somente
Pois, $omono ele
$onte^do,
se at#m,mas em 'rin$6'io
ao menos e metodologi$amente
no eR'l6$ito, tese histri$a,
este ^ltimo 'asso # dado sem a $orres'onde nte re*leRão e eR'"ese
'or isto obeção de Que # arbitrrio
Xas # ustamente a arbitrariedade dos 'ontos de ista Que
Xa$IntZre a$redita 'oder desta$ar $omo $ara$ter6sti$a da
$ons$i]n$i a moral atualmente eRistente L atual $ons$i]n$ia morai
e seu re*leRo na *iloso*ia # 'ara ele a eta'a *inal da histria da
de$ad]n$ia 9ão temos mais, 'ensa ele, um 'rograma moral
unitrio, a 'artir do Qual 'ud#ssemos argumentar Xa$IntZre
'ro$ura re*orçar esta`tese em tr]s n6eis 9o 'rimeiro, ele d
eRem'los de res'ostas $ontraditrias a Quest"es morais de nosso
tem'o, Que ele $onsidera sem solução Esta insolubilidade dos
'ontos de ista morais tem este # o segundo n6el sua
$orres'ond]n$ia *ilos*i$a no emotiismo, e da6 tamb#m no
eRisten$ialismo 9um ter$eiro n6el, esta desorientação #
ali$erçada numa inter'retação da realidade so$ial, na Qual, segundo
Xa$IntZre` não stodas as relaç"es humanasse redu0em
mani'ulação, mas at# mesmo a$aba esQue$ida a di
;
*erença entre uma relação instrumental entre seres humanos e uma
nãoins6ramental, em Que seres humanos seriam res'eitados $omo
*ins (R =<)
Wuero o$u'a rme ra'idam ente de $ada uma destas tr]s ob
eç"es Gs eRem'los Que Xa$lntZre dã $omo 'ontos de ista
morais $ontraditrios re*eremse a 'a$i*ismo, aborto e crité rios
o'ostos de ustiça Su'onhamos Que estas $ontro#rsias seam de
*ato tio insol^e is $omo 'retende Xa$ln tZre& o Que estari a com
isto demonstrado[ L tese *orte da arbitrariedade dos 'ontos de
ista morais, Xa$lntZre não 'oder ia ter demons tradocom a
$onstataç ão de Que algumas Quest"es na dis$ussão $ontem'orân ea
são $ontroersas, mas de Que todas o sãok ou todas as im'ortantes
Xostrarei mais tarde Que aQuelas $on$e'ç"es o'ostas de ustiça,
na modernidade, men$ionadas 'or Xa$lntZre, re'ousam 'or seu
lado sobre uma su'osição de direitos iguais, Que lhes # $omum (
4
di*er ença de $on$ei tos tradi$ ional istas de usti ça) Em geral
'odese di0er& um 'rin $6'io $omo o 8antiano do res'eito
uniersal im'li$a Que uma s#rie de 'ossibilidades são eliminadas
$omo imorais/ ele não 're$isa, no entanto, $onter um
'ro$edimento 'ositio de de$isão $om'leto Isto signi*i$aria
então Que 'ode eRistir uma $om'reensão moral moderna
inteiramente unitria , Que em suas margens deiRa ria, 'or#m, em
abert o Quest" es im'or tante s L$redi to Que isto $orres'on de
realidade da $ons$i]n$ia moral moderna Wue eRista na
modernidade um n^$leo essen$ial da moral Que em todo $aso #
in$ontroerso antes mesmo da muito di*undida su'osição *orte
8antiana 'are$eme alis eidente& # o do $ontratualismo @
t6'i$o Xa$lntZre não se o$u'ar no liro inteiro da moral
$ontratualista Como ela $onstitui um n^$leo essen$ial $omum de
todas as morais, a tese de Xa$lntZre da histori$idade *undamental
de toda moral *i$aria
*a$e eRtensa instrumental i0ação de nossa ida e $om'ortament o,
se ele não deiRa de ser *ilho do sen tem'o[ Em soma, 'or Que ele
mesmo o entende[ 9ão se de e antes di0er Que o Que # isado na
abreiada *rmula 8antiana do homem $omo m em si #
're$isamente tim 'rograma es'e$i*i$amente moderno[ Seria
a'enas 'or a$aso Que ns nos entendemos a este res'eito $om uma
*rmula 'roeniente de Yant[ Se isto # assim, então ã se 'ode
ante$i'ar agora, Que Xa$lntZre na realidade *a0 uso de um
'oten$ial moral es'e$i*i$a mente moderno, Que ele não 'oder mais
eliminar no retomo tradição aristot#li$ a
G emotiismo, de Que Xa$lntZre trata no segundo n6el de
sua $r6ti$a, $onsiste na tese, desenolida 'arti$ularmente 'or
LZer e Steenson, de Que, Quando desig namos algo de bo'i e
es'e$ial de moralmente bom,Queremos $om isto di0er& VE' o
a'roo/ *a0eo tamb#mU 1u60os de alor deem eR'ressar, de
a$ordo $om o emotiismo, 'or um lado, o 'r'rio sentimento
*aorel e, 'or outro, indu0ilo naQueles a Quem se *ala 3A
LQui Xa$lntZre obeta $om ra0ão (' 3<) Que na a'roação #
$olo$ada uma 'retensão obetia de ser *undamentada e Que
aQuele Que ulga moralmente nun$a se $om'reende $omo estando
a eR'ressar uma 're*er]n$ia subetia Inusta, ao $ontrrio, # a
obeçã o ulterior sem're *eita ao emotiism o de negar o *ato de
argume ntaç"e s e *undam entaç "es morai s L tese subetia do
emoti ismo se re*er e somen te aos 'rin$6'i os de um deter minado
'rograma moral, e a Questão a$er$a de $omo se 'ode argumen tar
entre os 'rin$6'ios de diersos 'rogramas morais # uma Questão
Que eu $onsidero, sem d^ida, $omo de *undamental im'ortân$ia,
mas Que em outras #ti$as Quase não # $onsiderada, e nas morais
tradi$ionalistas a Que Xa$lntZre re$orre, de *orma alguma
3A C* em es'e$ial o *undamental artigo de Ch Steenson The Emotie Xeaning
o* Ethi$a6 TernisU )ind 8P re'rodu0ido em: Ste/enson #a%rs and Values' 8;P, ( \
\$
==4
Xa$IntZre 'ro$ura então in$or'orar sua $r6ti$a ao emoti
ismo sua $r6ti$a $om'reensão moral $ontem'orânea, de tal
maneira Que ele a*irma deer o emotiismo ser entendido $omo
re*leRo da $om'reensão moral arbitrria de hoe Ele se teria, oo
entanto, entendido mal a si mesmo, na medida em Que $onsidera
sua tese 'or uma inter'retação adeQuada de u60os morais em geral,
mesmo de outros tem'os, em Que eles ainda não teriam tido sua
'retensão normal *undamentação Isto não # $a'a0 de $onen$er,
'ois da 'ers'e$tia do emotiismo se 'oderia obetar eRatamente
Que todos os 'rogramas morais mais antigos tinham a'enas uma
'retensão 'ar$ial *undamentação e 'ressu'unham seu 'rin$6'io
sem *undamento Xas tamb#m obeção anteriormente
men$ionada, e $orreta, de Que o emotiismo inter'rete
erroneamente o sentido dos u60os morais, 'oderia ser res'ondido
$om um a Berror$theor1I no sentido de Xa$8ie& os Que ulgam
determinada E se em
Xa$IntZre *osse ^ltima eanlise
mostrars a $on$e'ção
arbitrri a, então moral do 'r'rioteria
o emotiismo
atingido tamb#m o 'r'rio Xa$IntZre
P9
Xas mesmo assim se dee lear a s#rio o emoti ismo Ele
est $orreto naeRata medida em Que não se $onsegue dar $onta da
'retensão 3 *undamentação, $ontida nos u60os de alor Para
u60os est#ti$os ele 'are$e em todo $aso eidente, e, $aso se
$on*irmasse Que a $om'reensão moral moder na # indeterminada
em sua margens, as $ontro#rsias morais nestas 0onas deem
'are$er emotias Isto não # algo Que se 'ossa relatli 0ar
histori$amente
G desnorteamento e a arbitrariedade da atual $ons$i]n$ia
moral e da atual *iloso*ia moral $ondu0 então Xa$IntZre, em seu
'rimeiro 'asso 'ara trs na histria, de olta ao su'osto
VdesmoronamentoU da *iloso*ia il"minista$ Ele $omeça $om
Yier8egaard (<4s) Lo a'resentarem Tit`Tu o salto da eRist]n$i a
est#ti$a 'ara a #ti$a $omo uma de$isão, Yier8egaard abandonaria
o $arter ra$ional da moral e então, na medida em Que a
eRist]n$ia #ti$a se entende $omo ra$ional, ele se $ontr adiri a a si
mesmo Lmbas as obeç"es deem ser reeitadas Com
Yier8egaard de *ato 'assa ao 'rimeiro 'lano o momento o
luntarista da #ti$a Xas não # nenhuma $ontradição tratar a #ti$a
imanentemente $omo ra$ional e ainda assim 'retender Que o
'asso #ara o ra$ional (se então se Quiser entender assim o #ti$o)
dea ser tratado $omo oluntari sta e 'or sua e0 não mais $omo
*undamentel Seria mais um 'asso na ]n*ase do momento
oluntarista tamb#m não mais tratar imanentemente o #ti$o $omo
ra$ional Esta seria a $on$e'ção Que eu mesmo de*endo
Xa$IntZre ] $orretamente Que o 'rograma #ti$o de Yier
8egaard a'onta 'ara Yant, e se dedi$a em seguida a este
Xa$In tZre sim'ati0 a sem d^ida $om a *rmula 8antiana do *im
em si do im'eratio $ategri$o, mas a*irma Que Yant não *orne$e
boas ra0"es 'ara este 'rin$6' io (?5) Ele enumera então rias das
$onhe $idas armadilha s $ontr a a 'rime ira *rmul a do im'er atio
$ategri$o, Que estão 'ro'riamente abaiRo do n6el deste liro
L'enas no $a'6tulo seguinte tenta Xa$IntZre
mostrar, numa $r6ti$a a L .eirth, Que não se 'ode *undamentar
a moral a 'artir da ra0ão (55s) Com esta tese eu estou
naturalmente de a$ordo Xas ema $oisa # mostrar Que não se 'ode
*undamentar o 'rograma Pantiano em termos de $onte^do a 'artir
da ra0ão, e outra bem di*erente # reeitar o 'rograma em termos de
$onte^do $omo tal$ Para mim *oi de$isio Que o 'rograma de Yant
em lermos de $onte^do tem seu 'eso inde'endente da
*undamentação E uma das *raQue0as essen$iais do liro de
Xa$lntZre não dis$utir em absoluto o 'rograma de Yant em
termos de $onte^do
Em ve disto Xa$ln tZre em'reen de no = $a'6tulo, a's uma
$r6ti$a tambémdo"tilitarismo, um ataQue geral $ontra os
$on$ei tos dos direitos e dos bens , Que ele identi*i$a $orretamente
$omo $on$eitos bsi$os da #ti$a moderna Ele Quali*i$a ambos os
$on$eitos sim'lesmente de -!icç%es&$ Com relação aos direitos
Xa$lntZre sim'lesmente retoma a elha obeção de Bentham De
*ato não eRistem direitos naturais, mas direitos são 'ostos, e nem
'or isto eles se tomam !icç%es, a não ser Que se de$lare ser uma
*i$ção tudo o Que não # dado 'or nature0a Tam'ou$o segue da
a$erta da $r6ti$ a a um $on$e ito ^ni$o dos bens, $omo 'ressu'osto
no utilitarismo 'arti$ularmente de Bentham, Que na #ti$a se dea
desistir de todo do dis$urso sobre bens e males Tamb#m Yant
'ressu'"e, $laro Que im'li$itamente, um $on$eito daQu ilo Que #
bom e es'e$ialmente do Que # mau 'ara seres humanos 33
Coni$to de ter demonstrado a in$onsist]n$ia de todos os
'rogramas #ti$os do iluminismo, Xa$lntZre se 're'ara 'ara seu
'asso seguinte e de$isio em sua histria da de$ad]n$ia& os
$onte^dos, 'elos Quais se orientaam as diersas #ti$as do
\\$ C- aui em part ic"l ar tambFm a (osição de B eri em Moral Rides. Gert (arte
diretament e de uma lista dos maies
P
ilumi nismo, seriam , em sua srcem, e 'or $onseg uinte em seu
sentido, restos irre*letidos da tradição aristot#li$a, enriQue$ida
'elo $ristianismo Eles remeteriam 'or isso, 'or si mesmos, 'ara l
e s se deiRam entender em seu sentido ^ltimo 'elo retomo a esta
tradição (;3 s) Esta tese, $entral 'ara a argumentação histri$a de
Xa$IntZre sua hist ria da de$ad]n$ia # $ertamente a mais
*ra$amente *undamentada de todo o liro, e Xa$IntZre tamb#m se
$ontradi0 a si mesmo, Quando admite mais tarde Que a 'osição
antiga, a Que re$o rreram os iluminis tas, *oi sobretudo a do
estoi$ismo Se Xa$IntZre se tiesse $on*rontado, de algum modo,
$om o $onte^do em es'e$ial da 'osição de Yant, ele deeria ter
isto Que seu *undo não # de modo algum um *undo histri$o,
mas, $omo imos, o $ontr a tualismo Isto # no 'r'r io Yant tão
$laramente tang6el Que # di*6$il entender $omo se 'ode deiRar de
]lo
Xa$In tZre não d 'ontos de re*er] n$ia $on$reto s 'ara sua
notel tese de Que a tradição aristot#li$a $onstitu6 o reseratrio
material 'ara os 'rogra mas das #ti$a s ilumi nistas , e $ertam ente
tamb#m não eRistem Por mais grae Que dea 'are$er este 'onto
*ra$o da 'ers' e$ti a histri$od e$ade nte do 'r'r io Xa$In tZre,
'odese ainda assim lear a s#rio o retomo de Xa$IntZre ao
arislotelismo, inde'endente desta tese Poderia ser Que *osse
'oss6el mostrar, não obstante toda s as ligaç"es histri$as mal
anali sadas, Que, $omo 'ensa Xa$In tZre, o 'rogr ama da tradi ção
aristo t#li$ a sea mais *orte do Que os 'rogram as do iluminism o
Sem d^ida, as remis s"es histri$ as imane ntes não 'odem então
$ontinuar sendo de$isias Deer seia então re$orrer a um
$rit#rio obetio Linda eremos Qual # este $rit#rio 'ara
Xa$IntZre
PH
temos $rit#rios de ordem Que nos seam dados tradi$ionalmente, e
'or isto a moral dos mais nobres s 'ode se tornar tamb#m ema
moral dos mais *ortes,
'osição de 9iet0 s$he # uma 're$ur sora do *as$i smo, mas
mesmo $omo 'roeto, ela *( Quando se Quer tomla, $omo
Xa$lntZre *a0, 'or alternatia, tãosomente uma alternatia 'ara
uma morai ornamentada moralmente L alternatia não #
V9iet0s$he ou LristtelesU, mas V'ode r ou moralU, $omo tentei
mostrar ligeiramente na Quinta lição L o'ção 'elo,'oder # a
o'ção` 'elo lack of moral sense'
G re$urso de Xa$lntZre a 9iet0s$he não signi*i$a natural
mente Que esta 'osição lhe sea sim'ti$a, mas ele 'de re*orçar
'arti$ularmente sua $on$e'ção de Que o V'roetoU do iluminismo
VdesmoronouU, na medida em Que a*irma ser 9iet0s$he a ^ni$a
'osição honesta Que ainda resta ao indiidualismo Entr e
Lrist tele s e 9iet0s $he não haeri a Vuma ter$e ira alternatiaU
(33:) Então a Questão$hae seria& VLinda 'ode ser reiindi$ada
a #ti$a de Lristteles ou algo semelhante a ela[U Este # o tema da
segunda 'arte do liro de Xa$lntZre
9a Questão a$ima $itada deese sublinhar a restrição Vou
algo semelhante a elaU Pois ini$ialmente Xa$lntZre tem agora
uma s#rie de reseras 'ara $om o 'rograma es'e$6*i$o de Lris
tteles (;=,35=s), sendo amais *orte delas a teleolog6a 'reten
samen te meta* 6si$a de Lrist tele s (erem os na d#$im a segunda
lição Que isto # um eQu6o$o e Que as reais d^idas *rente a
Lrist tele s deem ser entendida s de outra *orma ) E ainda, ele
gostaria de er a #ti$a aristot#li$a a'enas $omo o entron$amento
$entral de uma tradição das irtudes, Que Xa$lntZre a*irma
$omeçar no 'er6odo hom#ri$o ou em geral nos diersos 'er6odos
heri$os ($a'6tulo 3A) e Que $ondu0, atra#s da moral de Ltenas
($a'6tulo 33), do 'r'rio Lristteles ($a'6tulo 3=) e das
modi* i$aç"e s da Idade X#dia ($a'6tul o 3<), at# o iluminism o
Este a'anhado histri$o mere$edor de uma leitura em seus
detalhes tem $omo resultado, no entanto, 'ara Xa$lntZre
a'enas eRistirem (3:<) 'elo menos $in$o #ti$as da irtude,
'ar$ialmente sobre'ostas entre si, mas no todo $ontraditrias @
estasituação $on*usa Que lea Xa$IntZre no $a'6tulo 3? a ora
'asso Que dee 'are$er, desde sua 'ers'e$tia histri$a, $omo tour
de force+ ele desenole um $on$eito 'r'rio da Vnature0a das
irtudesU, 'retensamente a'oiado em Lristteles, mas
histri$ame nte sus'enso no an
Este 'rograma # então tamb#m em termos de $onte^do
bastante $enoso, Xa$IntZre não de*ine as irtudes , tal Qual
Lrist tele s e toda a tradi ção 'osterior , $omo aQuel as dis'o siç"es
Que nos tomam a'tos a bem real i0ar o ser hom em $omo tal no
$oniio de uns $om os $etros, mas $omo as dis'osiç"e s Que nos
tomam a'tos a bem reali0ar determinadas ati9idades( Que ele
$hama de #ractices' Por #ractices ele entende uma at iidade
$oo'eratia , não oltada instrumentalmenie 'ara um bem eRterior
a ela, mas reali0ada 'or $ausa dela mesma Como eRem'los são
men$ionados ogos $omo Radre0 e *utebol, al#m disto artes,
$i]n$ias e tamb#m a ida *amiliar, *inalmente V'ol6ti$a no sentido
arist ot#li $oU Xas es'e$ ialme nte ogos estão em 'rime iro 'lano
9um ogo # 'arti$ularmente *$il tomar $laro Que # ne$essria em
es'e$ial a irtude do não tra'a$e ar, Quando se oga 'or $ausa do
ogo e não 'or outros *ms, Que 'oderiam ser atingidos 'ela it ria
(3::) G $art er $oo'e ratio , su'os tamen te $omum a todas estas
#ractices( # mais di*6$il de re$on he$er nas atiida des do artis ta e
do $ientista E no $aso da V'ol6ti$a no sentido aristot#li$oU dee
se 'erguntar se não entra uma outra dimensão, dado Que se trata
agora de uma maneira de ier uns $om os outros no todo e não
mais de atiidades $oo'eratias delimitadas $omo ogos Xas o
es'e$6*i$o desta dimensão não # a'resentado
P;
te (3;)& 'rimeiro, as #ractices deem inserirse no todo de urna
ida, e, segundo, se dee er Que as instituiç"es, em Que se
eRer$em os #ractices , seriam 'ortadoras de tradiç"es (===) Xas
estas $om'6ementaç"es $olo$am mais Quest"es noas do Que
resolem as in$erte0as anteriores Por o6ais eidentes Que seam as
$onsideraç"es de Xa$lntZre, de Que se deam er todas as aç"es
)"manas sem're no $onteRto do todo de "rna ida (*a Que
$on$ordar $om a $r6ti$a de aclntre s usuais teorias
atom6sti$asda ação), ainda assim esta orientação 'ela ida
indiidual noament e $oedu0 'ara *ora do conte4to do uns $om os
outros da V'ol6 ti$a no sent ido aristotélico& , e, se Xa$lntZre
en*at i0a Que se trata , nas atiid ades $omun s, de um bem $omum
,ihe common good< e Que as irtudes deem ser entendidas a 'artir
da6 (=34), então isto não 'assa de uma sim'les tese, e o dis$urso
do bem $omum não # detal hado ulteri ormente G resul tado # um
$atlogo de $om'lementado
sendo a'enas irtudes, 'rimariamente orientado 'elas
em 'ontos es'e$6*i$os #ractices ,
nas demais
dimens"es
Com isto a $on$e'ção de Xa$lntZre 'are$e 'ermane$er
de$ididamente atrs da 'r'r ia $on$e 'ção de Lrist teles , $omo
eremos nas d#$ima segunda e d#$ima ter$eira liç"es G Que
im'orta agora # $om'reender o Que leou Xa$lntZre 'ara essa
estranha direção Dois 'ont os de ista 'are$emme ter sido
de$isios neste sentido
2imos Que Xa$lntZre inter'retou a $ultura atual $omo sendo
a'enas ainda instrumental Isto o leou a'arentemente a 'ro$urar
'or uma $lassede atiidades Que eRe$utamos 'or $ausa delas
mesmas Lssim terminou 'or 'artir das #ractices' Xas aQui, uma
ambig7idade na distinção entre o instrumental e o não
instr umenta l tee $onse Q7]n$i as *atai s 9atur almen te 'odem os
distin guir, 'or um lado, as a$"es Que reali 0amos so mente $omo
meio 'ara outra $oisa$ daQuelas Que reali0amo s 'or elas mesmas,
ou então, onde 'ersegui mos *ins de tal modo Que Queremos ao
mesmo tem'o os meios 'or eles mesmos (o adersrio ' eR oga
'ara se tomar melhor, mas ele oga ao
mesmo tem'o sim'lesmente 'or ogar) Isto # naturalmente uma
distinção im'o rtante, s Que ela não # distinção moralmente
im'ortante Esta se re*ere ao uns$omosoutros [ e aQui temos de
distinguir entre tratar outros homem a'enas $omo meio e [ na
*ormulaçã o 8antiana, ao mesmo tem'o $omo V*im em si&$ 9esta
segunda distinção, não se reporta sim'lesm ente a 'rimeira
distinção ao uns$omosoutros, 'ois, no $aso da 'rimeira, não se
trata de modo algum de V*ins em si&, mas sim'lesmente de *ins&
estes são de*inidos $omo aQuilo Que um indi6duo Quer 'or sua
$ausa 'r'ria, ainda Que se $om'reenda no $onteRto de unseom
osoutros Linda Que então nas #rac$ tices outros homens tamb#m
tenham 'aralelamente im'ortân cia e assim não seam
sim'l esmen te instrum entali 0ados , a id#ia de res'eitar outros
homens $omo *ins em si # uma id#ia mais abrangente e
*undamentai Que não se 'ode de modo algum $om'reender a
'artir das #ractices' Para esta id#ia #, sem duida, *unda menta l o
$on$eito dos direitos, Que aclntre a$reditaa 'oder dis'ensar
em sua $r6ti$a do i!aiminismo$ Para aQuilo Que Xa$lntZre tinha em
mente, o ilummismo o*ere$eu, 'ortanto, de *ato um
es$lare$imento de*initio, e o re$urso a uma doutrina aristot#li$a
das irtudes, sem *alar de sua limitação a #ractices , não *orne$ e
$on$eitos Que 'udessem al$ançar esta id#ia
L segunda ra0ão 'or Que Xa$lntZre a$reditaa ter de se
a'ro*undar nas #ractices 'ode ser en$ontrada num outro as'e$to
de sua $r6ti$a da $ultura atual +m 'onto de ista $entral de sua
$r6ti$a ao indiidualismo # Que os homens não se de*inem mais
'ela s *unç"es determinadas Que t]m na so$iedade Xa$lntZre não
] Que tenha sido um 'rogresso de$isio no helenismo e então
em Lristtel es, $omo ele mesmo eR'"e estas 'osiç "es, Que eles
não iam mais as irtudes çomo es'e$6 *i$as de *unç"es, mas $omo
irtudes do homem enQuanto homem (3<=s) Pelo *ato de o ser
humano, na modernidade não se de*inir mais relatiamente a
*unç "es não Quer di0 er Que ele não se com#reenda a 'artir de
*unç"es
r[
Xa$IntZre, no entanto, era de o'inião Que *a0 'arte do $on$eito
de bem em geral Que eie dea ser entendido $omo es'e$6*i$o de
*unç"es (' ;:) G Que 'ode Querer di0er Que um homem # bom,
deeria resultar de sua res'e$tia *unção, de modo tão natural
$omo o Que 'ode Querer di0er Que um relgio # bom, resulta da
*unç ão de um relgio (Vmanf stands to good manf as at$hf
stands to good at$hfU, ' ;>) 2eremos Que aQui Xa$IntZre
re$orre eQuio$adamente a Lristteles Lristteles iu
$orretamente Que as irtudes do homem 're$isamente não 'odem
ser entendidas em analogia $om as irtudes de obetos ou
atiidades, Que são entendidos em *unçã o de determinados *ins
Este era 'or#m o motio 'or Que Xa$IntZre a$reditaa ter de
re$orrer ainda 'ara trs de Lristteles moral da $ultura hom#ri$a
($* em 'arti$ular 3=5s) Pare$em e eRagerada sua inter'retação
*un$ionalista at# mesmo desta moral E erdade Que o rei guerreiro
hom#ri$o desem'enhaa uma determinada *unção e Que se trataa
do bom desem'enho desta *unção , mas esta não era uma *unção
QualQuer, e 'or isso Komero se re*ere eR$lusiamente s irtudes
dos reis guerrei ros e suas mulhere s, eRatamente 'orQue estes,
$ertamente ainda nesta *unção, mesmo assim re'resentaam
eRem'larme nte o serhomem $omo tal Foi esta *alsa orientação no
$on$eito de *unçã o e 'a'el Que leou Xa$IntZre a 'ro$urar o ser
bom do homem em #ractices es'e$i*i$am ente de*inidos
Por#m seria $om'reender mal o 'oten$ial do $on$eito 8antiano
'ensar Que ele não $ont#m o deer do bom desem'e nho das
res'e$tias *unç"es Embora sea erdade Que isto não a'are$e em
Yant mesmo, ainda assim en$ontramolo na elaboração de B .ert
sobre o $on$eito de dun de todo muito 'rRima a Yant .ert
entende aQui 'or Vdeer` não o deer moral $omo tal mas o deer
de reali0ar bem a res'e$tia tare*a Que algu#m assumiu em um
$onteRto $oo'eratio Deerse
P8
mesmo di0er Que $um'rimento do deer neste sentido # uma
$om'onente ne$essria da Quasemoral (tamb#m num bando de
ladr"es eRigese de $ada um Que desem'enhe bem a *unção 'or ele
assumida ou a ele delegada) Este $on$eito do deer # re*erente a
*unç" es, mas não es'e$6 *i$o de *unç"es Ele se re*ere res#ecti9a
*unção e 'ode 'or isso ser *ormul ado de *orma uniersa l Deer
neste sentido tem naturalmente em 'a'el de$isio em todo sistema
buro$rti$o Cada $idadão es'era de a$ordo $om o im'eratio
$ategri$o , moralmente de todos os *un$ionrios do estado Que eles
desem'enhe m bem suas res'e$tias *unç"es
Lo $ontrrio do otimismo ing]nuo da Es$ola de -itter,
Xa$IntZre a$aba em um 'ro*undo 'essimismo, mesmo 'rotestando
$ontra esta inter'retação (=5=) L ida moral, $omo lhe resultou,
não 'oderia ser reali0ada numa so$ied ade moderna , e assi m s
restaria a retirada 'ara 'eQuenas communities , e assim a ^ltima
'ro'osição do liro ns deemos Ves'erar 'or um noo
$ertamente bem di*erente São BentoU (=5<) G *ato de
Xa$IntZre $hegar a um tal resultado não deeria, $ontudo, ser 'or
si s ema obeçã o, a'esa r de uma tal obeção ser sugerid a 'ela
'r'ria 'ers'e$tia de Xa$IntZre, de a$ordo $om a Qual a realidade
so$ial de uma #'o$a e sua $ons$i]n$ia mora $onstituiriam uma
unidade Pois # 'lenamente imaginel Que tamb#m a $ons$i]n$ia
moral Que, na minha $on$e'ção, # a es'e$6*i$a da modernidade, a
Que en$ontra sua eR'ressão no im'eratio $ategri $o, *ra$asse
igualmente ante a realidade $a'italista, buro$rti$oestatal e
interna$i onalmente *ragmentada da atualidade b L $on$e'ção a Que
tende o hegelianismo, de Que uma moral sea Vseu tem'o
a'reendido em 'ensamentosU e Que tudo o mais sea Vmero deerf,
não 'ode ser 'or sua
P C- meu artigo \$ers(e&ti/en au- den 2ntten et&rieg: *ur1-ristige und ang-ristige
Interessen] +80, in: Nachdenken über, dieH tomkriesefahr und warum man
sie nicht sieh!. Tedição Berin i 7 :: ( @s
H9
e0 uma moral LdeQuação # *alta de 'rin$6'ios e não 'ode ser um
$rit#rio 'ara tim 'rograma moral $orreto
Portanto s 'odemos $riti$a r o 'rograma de Xa$lntZre de
*orma imanente Sua argum entaç ão $ontra as #ti$as iluminis tas
em geral e $ontra o 'rograma 8antiano em es'e$ial mos trouse
insustentel, $om eR$eção do Que se re*ere I su'osta
ra$ionalidade do programa de Yant Pude mostrar tamb#m Que
a'arenteme nte # uma re'resentação do nãoinstrum ental 'rRima
a Yant aQuilo Que est di*us amente 'or trs da 'r'ria id#ia de
Xa$lntZre, de modo Que sua 'r'ria 'osição se dee em Sltima
instan$ia e de *orma in$ons$iente ao iluminismo Xas a
$ontra'osiçãodesenolida 'or Xa$lntZre dee ser reeitada de
todo, $omo 'roet o genuinamente moral, deido ao seu 'onto de
'artida *un$ionalista Por seu sentido a moral tem a er $om a
obetia eR$el]n$ia do homem enQuanto ser $oo'eratio em geral,
não $om a eR$el]n$ia de determinadas *unç"es ou 'a'#is& urna
moral tradi$ional6sti$a 'ode sem d^ida se re'resentar esta
eR$el]n$ia, enQuanto ser humano, di*eren$iada em *unç"es, mas
isto # im'oss6el 'ara urna moral moderna, 'orQue ela não dis'"e
de nenhum 'oten$ial *undamentador Que 'udesse ordenar os
diersos seres humanos em diersas 'osiç"es e *unç"es dentro de
um todo so$ial dado
Certament e não se en$ontra em Xa$lntZre a $onseQ7]n$i a 'or
^ltimo men$ionada Xas se nos 'erguntamos agora, em
Que`medida minha meta$r6ti$a a Xa$lntZre 'oderia ser $ara$
ter6sti$a tamb#m 'ara outros 'rogramas morais do ti'o $onser
ador, então um semelhante nãoigualitarismo seria uma
$onseQ7]n$ia imediata do 'roeto *un$ionalista +ma morai
moderna, i #, uma moral sem 'ressu'ostos tradi$ional6sti$os em
seu 'oten$ial *unda mentador, # *orçosamente indiidualista e
igualitria, e isto Quer di0er Que ela dee re$usar tanto a id#ia
hegeliana de Que o todo # mais do Que a soma das 'artes, Quanto a
id#ia, *$il de asso$iar a isso, de Que di*erentes seres humanos
'odem ter, de a$ordo $om sua 'osição neste todo um alor moral
em sentido di*erente f
2UCI)A $RI)EIRA LIÇ=O
Virtudes*
H
oleu Quanto ao $onte^do, 'artindo do $ontratualismo (e $omo eu
igualmente o a'resentei at# agora) Lssim 'odese 'ergenian G
'rin$6'io *undamenta 8antiano, o im'eratio $ategri$o, 'ortanto,
ou sea, a 'ergunta V$omo se 'retende Que a 'artir da 'ers'e$tia
de QualQuer um, todos aam (ou seam)[U, não ultra'assa o
$onunto das regras $ontratuais de ação[ 2eremos Que Ldam
Smith, 'artindo de um 'rin$6'io Que $orres' onde ao 8anti ano,
desenole uma tal teoria moral mais abrangente 9isso de *ato #
de$isio Que aQuilo Que # deseado na 'ers'e$tia de QualQuer um,
não # somente determinadas aç"es, mas atitudes, o Que Quer di0er,
modos de ser Por isso *ormulei antes o im'eratio $ategri$o de
modo a $onsiderar esta 'ossibilidade& $omo se desea Que todos
aam G„ seam[ G $on$eito de modos de ser, Que aQui # normatio,
$orres'onde ao $on$eito tradi$ ional de $arter, e a um bom $arter
$orres'onde tradi$ional mente o termo VirtudeU
HH
J
C- ago %omo o uso ingu!sti%o na Teogonia (or eem(o, / H e (assim
$as de irtudes sem're eRiste um n^mero maior de irtudes, mas
tamb#m, 'odemos ter rias regras, sem Que elas se d]em a 'artir
de um 'rin$6'io unitrio, $omo no Lntigo Testamento Teremos
Que distinguir, 'ortanto, entre 'rin$6'io e regr a, m Que agora 'or
'rin$i'io 'odemos $onsiderar sem're o 'ont o de ista unitrio
'ara todo $on$eito moral, $omo é, 'or eRem'lo, em Yant o
im'erati o $ategri$o Deese então obserar Que # 'er*eitam ente
'ens el Que sob o 'rin$6'io não esteam regras ou não somente
regras, mas irtudes ERatamente isso en$on trarem os em Ldam
Smith Smith tem no obserador im'ar$ial um 'rin$6'io
semel hante ao im'erati o $ategri$ o& o obser ador im'ar $ial
a'roa aQuilo Que # deseel a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer
um, e isto de modo algum 're$isa ser um agir dirigido 'or regras,
mas 'ode ser uma Qualidade, uma atitude ou uma dis'osição,
'ortanto, uma virt"de$ ]at"ralmente uma Qualidade tamb#m #, no
sentido de uma
amabilidade, 'ro'riedade dore$on$iliação)
magnanimidade, $arter ('or sem're
eRem'lo,uma
a
dis'osição da ação G Que então 'ro6be de*inir uma dis'osição da
ação atra#s de uma regra[
L res'osta mais sim'les, Que tamb#m en$ontramos em Ldam
Smith`, #& sua su'er$om'leRidade 2eremos $ontudo Que a
erdadeira ra0ão # mais 'ro*unda e na erdade 'orQue, $omo se
mostrar em Lristteles, em atitudes Que 'odemos ter uns em
relação aos outros, $omo, 'or eRem'lo, a amabilidade ou a
$ortesia, não se trata de aç"es no sentido $omum, de*inidas 'or
resultados 'retendidos, mas daQuilo Que Lristteles designa $omo
energeiai (atiidades) Estar in$ulado $om isso Que as irtudes
são obrigaç"es 'ositias Isso ale eRatamente, 'or eRem'lo, 'ara
as assim $hamadas irtudes, $omo, 'or eRem'lo, a da
magnanimidade (ainda eremos 'or Que a
H;
magnanimidade não se deiRa redu0ir regra de audar os outros)
Somente Quando se ] "e 'ara uma #ti$a de irtudes as
obrigaç"es 'ositi as adQuirem um 'eso Que elas não tinham 'ara a
#ti$a de regras, $om'reendese 'or Que se *orma uma
su'er $om'l eRidad e Para não $om'li$ar demais as $oisas no
in6$io, Quero abstrair deste as'e$to $om'lementar de atitudes em
e0 de aç"es e das rami*i$aç"es das obrigaç"es 'ositias da6
resultantes, e ini$ialmente aterme ao sim'les *ato da su
'er$om'leRidade G Que sem're # moralmente $orreto, es$ree
Ldam 5mit), # tão di*6$il e di*eren$i ado Que o sim'li*i$ amos
inadeQuadamente se tentamos submet]lo a regras LQui entra o
$on$eito, tão im'ortante 'ara Lristt eles, da *a $uldade 'rti$a do
u60o (#hr9nesis<( Somente aQuele Que tem uma boa medida de
aaliação, Que sabe ulgar bem, sabe re$onhe$er num $aso
indiidual Quando e $omo algo dee ser tratado magnanimamente
Pode não obstante, este u60o estar sob um 'rin$6'io, $omo em
Ldam Smith& o Que, aQuele Que ulga bem, re$onhe$e de $orreto
em $ada $aso 'arti$ul ar, #, se a 'artir da 'ers'e$ti a de QualQuer
um, # 're$iso agir ou $om'ortarse desta maneira
Lgora 'are$e $laro Que aQueles im'eratios de ação Que são
normatios 'ara a Quasemoral do $ontratualismo não a'resentam
uma $om'leRidade deste ti'o& aQui deem ser seguidas as regras
sim'les, de não 'reudi$ar os outros, manter sua 'romessa e,
Quando *or o $aso, audlos L'enas a obrigação $itada 'or
^ltimo # indeterminada (ustamente 'orQue # uma obrigação
'ositia) e 'oderia de'ender da medida de aa liação Xas uma
e0 Que no $ontratualismo ela # antes um *enmeno marginal e os
$ontraentes 'odem se ogar uns $ontra os outros al#m de sua
medida, # 'oss6el 6muni0arse $ontra este 'onto *ra$o Portanto,
isto Que Yant $onstruiu seu 'rin$6'io sobre os $onte^dos
$ontr atual istas, en$ont ramos a5ui a ra0ão 'or Que o $on$eito
8antiano de moral # uma #ti$a de regras
Xo utilitarismo isto # di*eren te Pois, o 'rin$6'io utilitaris ta
não # a'enas um 'rin$6'io de ulgamento, mas ele $ont#m "m
$l$ulo de de$isão (embora isso naturalmente e de *ato #
iniel), "al # a ação moralmente eRigida Portanto, no
utilitarismo o 'rin$6'io # ao mesmo tem'o a regra $on$reta, e 'or
isso aQui as irtudes 'or 'rin$6'io não 'odem o$u'ar nenhum lugar
'r'rio L morai`de ;ant # entretanto uma moral de regras, não
'orQue ela se *und a num 'rin$6'io, mas 'orQue o 'rin$6'io #
'ensado $omo um 'rin $6'io Que se re*ere aos $onte^dos do
$ontra tuali smo, ou, 'ara eR'res slo mais $laramente Quanto ao
$onte^d o, 'orQue ;ant 'ensou o 'rin$6'io $omo um 'rin$6'io "e
# $on$ret i0ado de uma maneira Que 'ermite enumerar as mRimas
ordenadas, isto #, as regras de ação Wue a moral 8antiana se
desenoleu eR$lus iame nte $omo uma moral de regras, ap7iase
no *ato de Que tamb#m Yant, embora não tenha 'retendido
H
de regras E em ter$eiro lugar, 'orQue o histori$amente anterior não
're$isa ser o obetiamente 'rimeiro L segunda e obetia ra0ão de
Xa$lntZre *oi a sua *alsa $on$e'ção do moralmente bom, $omo um
bom *im$ional e da mesma *orma a *alsa su'osição de Que os
gregos teriam $om'reendido as irtudes *un$ionalmente
Em Xa$lntZre, o $on$eito de irtude mostro use $omo um
autoe ngano Se não se 'arte de um 'rin$6'io determ inado (e na
medida do 'oss6el uniersal), o $on$eito de irtude lea a listas de
irtudes Que sem're de noo ariam, e assim resulta, em Xa$lntZre,
a desorientação histo ri$60 ante Que ele, então, 'ro$u rou resol er
atra#s do ato de iol]n$ ia de sua noa de*inição de irtudes
+ma ra0ão a mais, 'orQue me 'are$e $orreto er a moral de
regras $omo *undamental, # Que uma moral baseada no $on$eito
de irtude # in$a'a0 de ulgar moralmente as leis do Estado !eis
são regras, e QuaisQuer *ilso*os da #ti$a moderna Que se in$linam
a basearse #rimariamente de noo num $on$e ito de irtude,
in$linamse 'or isso tamb#m 'ara uma #ti$a eR$lusiamente
indiidualista Por isso Xa$lntZre tamb# m 'asso u 'rati $amen te
'or alto toda a dimensão 'ol6ti$a da moral moderna (E
natura lment e 'oss6 el Que um Estado some nte 'ode ser bom se
seus $idadãos desenolem determinadas irtudes oltarei ainda
a *alar sobre isso mas isto então igualmente 'ode ser
$om'reendido $omo $om'lemento 'ara a boa $onstituição e as
boas leis, $omo a moral de irtudes enQuanto tal a'enas 'ode ser
$om'reendida $omo $om'lemento da moral de regras)
Xas no $on$eito de irtude surge uma outra $om'li$ação,
$heia de $onseQ7]n$ia s 2irtude # uma boa dis'osição da ontade,
mas isso 'ode ter o du'lo senti do& Que ela # boa 'ara um *im,
'rin$i' almente 'ara os 'r'r ios *ins ou # boa em si mo ralmente
boa 9a a'resen tação do $on$eito de irtude Que entr e as
$ontem'orâneas me 'are$e a mais $ontundente, na de
\right <, as irtudes são diididas em irtudes Que se re*erem ao
bem 'r'rio, e em irtudes Que se re*erem ao bem de outros Esta
$lassi*i$ação remete a Kume e en$ontramos similar em Phili' 'a
Foot ? 9esta $lassi*i$ação se en$ontra uma sistemati0 ação sob
um 'rin$6'io Que ai tão longe, Que $ondu0 ao 'oeto de dis'ensar o
$on$eito de irtude Para \right assim $omo 'ara Kume o
'rin$i'io uniersal das irtudes # o 'rin$6 'io utilitarista, Queelas
são ^teis& as irtudes são as dis'osiç"es ^teis da ontade Como
Lristteles, \right ] $ada uma destas irtud es $omo uma
atitude do dom6nio dos a*etos $orres'o ndentes, mas, di*erente de
Lristteles, a orientação $om base no Que # ^til 'ro'o r$iona um
$rit#rio unitrio Coragem e moderação resultam $omo as irtudes
mais im'ortantes, rela$ionadas $om o 'r'rio bemestar Como
irtudes 'rimrias rela$ionad as $om o bemestar de outrem, seriam
o Quererbem e a ustiça
? 2irtues and 2i$esU, no seu iiro Virtues and Vices' GR*ord, 34>:, ' 33_:
@9
ista inde'endente da mora Isso, 'or eRem'lo, 'ode ser re$o
nhe$ido nas irtudes anteriormente $itadas, a $oragem e a mo
deração 2isto sim'lesmente a 'artir de uma teoria da *eli$ida de,
'oderseia di0er& eRistem determinadas Qualidades de $arter
(assim $om o a $oragem e a moderação) $uo $ultio # uma
$ondição ne$essria 'ara Que algu#m, inde'endente dos obetios
Que tenha individ"almente, 'ossa estar bem
LQui, 'ortanto, ã se anun$ia a ambig7idade na Qual então
o$orrer o $on$eito de irtude de Lristteles Por isso # indis
'ensel Que,'ara es$a'ar da $on*usão Que se srcina em Lris
tteles, di*eren$iemos $lara e $on$ei tualm ente dois $on$eitos de
irtude s, isto #, os dois $on$eitos de Vboa Qualidade de $arterf G
$rit#rio Que $itei anteriormente em re*er]n$ia a v$ =rig)t e Kume
não # su*i$iente 'ara este intento, 'orQue, $om a distinç ão entre
V^til 'ara mimU e -Stil 'ara outremU, ele 'ressu'"e um
determinado $on$eito de moral, o $on$eit o utilitarista assim $omo
'ressu'"e um determinado $on$eito do Que # meihor 'ara o ser
humano indiid ual L $ara$ teri0 ação *ormal de s6 uma moralU Que
eu desenoli na ter$eira lição 'ermite uma de*inição de .virt"de
morar Que não deeria deiRar d^idas& +ma Qualidade de $arter #
moral mente boa Quand o ela (na 'ers' e$ti a daQue le Que assim a
ulga) # louel Podemos então distinguir, neste sentido de
irtude $lar amente moral, as outras boas Quali dades do $art er,
$omo aQuelas Que (naturalmente de noo na 'ers'e$tia daQueles
Que assim as aaliam) são *aoreis 'ara a 'essoa Que as 'ossui
+ma e0 reali0ada esta di*eren$iação $on$eituai, não *i$amos
naturalmente lires de er as Qualidades 'ro'6$ias do $arter
$omo morais Lgora se tomou $laro Que isso não # sim'lesmente
uma $onseQ7]n$ia anal6ti$a, mas de'ende da $ir$unstân$ia de
re'reendermos aQuele Que não tem a Qualidade de $arter Que #
^til 'ara ele 'r'rio 9as morais tradi$io nal6sti$as isso sem
d^ida era o $aso, e tamb#m 'are$enos eidente di0er Que aQuele
Que # $oarde ou Que não sabe se
moderar, isto #, não sabe $ontrolar seus sentimentos, mere$e
re'reensão, e no $aso tamb#m o des're0o Isto, no entanto,
signi*i$aria Que agora temos Que re$onhe$er obrigaç"es 'ara
$onsigo mesmo tamb#m na moral moderna Ls ra0"es 'or Que tais
obrigaç"es não 'are$iam *undamenteis, ao menos no $on$eito
8antiano, eram& 'rimeiro, Que eão 'are$ia 'oss6el er $omo elas
'odiam resultar do 'rin$6'io Que est na base do im'eratio
$ategri$o e, em segundo lugar, Que isto 'are$ia $ho$arse $om a
autonomia do indi6duo
2amos nos dedi$ar ini$ialmente a este segundo argumento
LQui são sugeridos dois 'ro$edimentos de 'ensamento Em
'rimeiro lugar seria de se 're$aer $ontra um a$ento eRagerado da
id#ia de autonomia E 're$iso di*ere n$iar entre o Que # eR$lu6do
moralmente e o Que # $riminalmente eR$lu6do 2isto uridi$amente,
'artindo de uma isão moderna, $ada um 'ode *a0er $om sua ida o
Que Quiser, desde Que não 'reudiQue o bem de outrem 2aler o
mesmo 'ara o ulgamento moral[ P or eRem'lo, a 'essoa Que não
Quer se moderar, seria 'ois lire 'ara ser $omo ela Quer, s Que seu
$om'ortamento seria re'reens6el Soaria de *ato estranho se
algu#m Quisesse di0er Que # $ho$ant e Quando algu#m se $om'ort a
de maneira in$ontrolada Tale0 utili0amos a 'alara V$ho$anteU na
ter$eira 'essoa a'enas Quando na segunda 'essoa *aiamos de
Vestado de indignaçãoU, onde um outro # atingido negatiamente
Xas mesmo Que não esti#ssemos $ho$ados $om ele, haer6amos
de o re'reender e des're0ar Em bree 'oderei eR'li$ar isso de
maneira mais 're$isa
G segundo modo de 'ro$eder seria 'ensar Que numa moral
moderna somente se 'oderia re$onhe$er aQuelas irtudes e aQueles
6$ios em relação ida 'r'ria, Que t]m uma 'retensão de
uniers alidade Isso s 'odem ser aQuelas Qualidad es de $arter
Que, 'ossu6das 'or uma 'essoa, a 'reudi$am ou lhe são danosas,
QuaisQu er Que seam seus obetios 9esse $aso se in$luem as duas
irtudes $ardeais autore*eridas, $itadas 'or
@
\right Era $ontra'artida , deers eia di0er daQuelas Virtud esU,
$omo as a'resenta Xa$lntZre , 'or e?emplo, a 'artir do $atlogo de
irtudes de Benam6n Fran8lin (3:<), Que se a'roRimam da
a'li$ação e da bus$a do su$esso, Que elas são atribu6 eis a'enas
hi'oteti$ament e, a saber, independente de determinadas metas Que
o indiiduo se $olo$a Isso signi*i$a ria Que as me$as es'e$iais Que
se $olo$a o indi6duo sio moralmente neutras Tamb#m na
'ers'e$tia moral 'ermane$em $om'letamente na es*era da
autonomia do indi6duo Isso 'ermitiria urna di*eren$iação
signi*i$atia em meio s virt"des e i$ios autore*eridos& aQueles
Que somente re'resentam $ondiç"es ne$essrias 'ara determinados
$on$eitos de ida ou tamb#m aQueles Que se re*erem a
determinadas $onenç"es so$iais moralmente neutras, de um lado,
e de o"tro, aQueles Que são $ondiç"es ne$essrias 'ara QualQuer
*iRação de metas e 'ara QuaisQuer $on$eitos de ida Somente os
^ltimos
negatio'oderiam, no $aso, ser
ter uma 'retensão istos $omooumorais,
de re'reensão isto # em $aso
de des're0o
Isto $ertamente # uma di*eren$iação im'ortante Xas ainda
não *oi $itado um argumento 'orQue tamb#m este gru'o mais
restrito de irtudes autore*eridas deeria ser isto $omo moral,
dentro de um $on$eito 8antiano LQui ainda se sugere uma reisão
$on$eituai bem di*erente Subentendi na segunda e ter$eira liç"es
Que no em'rego gramati$almente absoluto do gru'o de 'alaras de
VmussU (Vtem deU) e no em'rego gramati$almente absoluto do
gru'o de 'alaras de VgutU (VbomU% VbemU) eR'ressamse na
erdade nuanças di*erentes mas Que são $oeRtensias Xas o uso
ling76sti$o e os modos de $om'ortamento $orres'ondentes 'are$em
indi$ar Que o em'rego gramati$almente absoluto de VgutU
(Vbom>VbemU) eR$ede ao de VmussU (Vtem deU) 9o em'rego
absoluto de VmussU aloase sem're a eRig]n$ia re$6'ro$a, e onde
esta # 'reudi$ada, *i$amos indignados, ran$orosos e sentimos
$ul'a Xas # absolutamente eidente Que ulgamos algu#m $omo
bom ou mau en5uanto ser humano (e não $omo $o0inheiro, et$)
sem Que
estes sentimentos es'e$i*i$am ente morais esteam im'li$ados E
ra0oe6 de*inir desta maneiia o sentimento de des're0o, e o
sentimento 'ositio $ontrrio # a admiração Podemos, na erdade,
tamb#m admirar seres J humanos em sea Qualidade, enQuanto
$o0inheiros ou 'ianistas, mas tamb#m *a0 'er*eitamente sentido
admirar ora ser humano $omo ser humano, e $ontudo sem QualQuer
$onotação moral Somos mais ou menos da o'inião Que ele $ondu0
sea ida de em modo eRem'lar, assim Que desenoleu Qualidade s
de $arter autore*eridas, as Quais tambémcada$"m desearia 'ara
si mesmo
L 'artir disso 'odemos di*eren$iar signi*i$ atiamente tamb#m
os a*etos autore*eridos negatios, o sentimento bsi$o da ergonha
e o sentimento de $ul'a, Que at# agora $onsiderei indist intos L
ergonha # o sentimento de 'erda da autoestima/ re*erese
'ortanto essen$ialmente $ons$i]n$ia de Vnão ser bomU Por isso
este a*eto atinge at# onde *a0 sentido sentirse $omo Vnão bomU&
$omeçando $om Qualidades 'elas Quais nada se 'ode *a0er 'ara
su'erar a ergonha sentese ergonha 'or um de*eito *6si$o, mas
tamb#m sentese ergonha 'or um mau $om'ortamento daQueles
aos Quais estamos ligados $om a m reali 0ação de $a'a$ idades
Que são im'ortantes 'ara algu#m (o mau desem'enho do
iolinista), e $hegando at# aQuilo Que at# aQui $hamei
indistintamente de ergonha $entral e Que agora 'ode ser
*ormulado assim& Que ns nos sentimos des're06eis Isso 'or sua
e0 'ermitiria duas *ormas& sentir o seu $om'ortamento $omo
moralmente mau indignante ou então $omo meramente
re're ens6 el, des'r e06e l G Que di*eren$ia a ergo nha moral
deste $on$eito mais am'lo da ergonha # o sentimento de $ul'a G
$orrelato 'ositio da ergonha nesse sentido bsi$o (re*erido a
outrem)
liga $om#oasentimento
admiração de
$omo serela
$ul'a humano, e s onde
tem o sentido a ergonha se
es'e$i*i$amente
moral L ergonha est rela$ionada $om Vnão bomU, o sentimento
de $ul'a, iolação do VmussU (V tem deU)
@H
Xas não s essa ergonha bsi$a tem um al$an$e maior do Que a
$ul'a, não s o em'rego gramati$almente absoluto do VbomU tem maior
al$an$e Que o em'rego gramati$almente absoluto do VtemdeU G$orre
tamb#m o $ontr rio/ eRiste uma sobre'osição Tamb#m o Vtem deU,
isto Quer di0er, aQuilo Que eu denominei de sanção interna 'ode ter em
al$an$e maior do Que a *undam entaç ão atra#s de Vbom%mauU Foi
atra#s deste $rit#rio Que na segunda lição, sem tirar esta
$onseQ7]n$ia ulterior, di*eren$iei as regras $onen$ionais das morais
Pro aelmente tamb#m aQuilo Que sentimos $omo sentimento ir
ra$ional de $ul'a re'ousa sobre uma sanção interna Que nos #
ineR'li$el 'orQue ela, de *orma alguma, est ligada a uma aaliação
ou de QualQ uer *or ma não a uma aaliação Que 'ossa ser retomada
$ons$ientemente
Esta di*eren$iação entre Vtem deU e VbomU, ambos entendidos no
sentido gramati$almente absoluto, ou sea, entre a dimensão da
oadmiração
des're0o enQuanto ser humano
e a dimensão Qual $orres'onde,
da re'reensão es'e$ialmentenomora
lado negatio,
da Qual
*a0em 'arte a indigna ção, o ran$or e o sentiment o de $ul'a mant#m
em todo $aso seu bom sentido, ainda Que se 'ossa mostrar Que as
irtudes *undamentais autore*eridas (Que não se re*erem a $on$eitos de
ida es'e$iais) deem ser $om'reendidas moralmente
E e*etiamente assim[ Poder6amos di0er em 'rimeiro lugar& Quem
não tem estas irtudes tamb#m não 'ode agir moral e res'onsaelmente
G eRem'lo $onhe$ido, Que 'ode ariar ontade, # o do ser humano Que
não 'ode $ontrolarse no 'ra0er al$oli$o e 'or isso '"e em 'erigo a
outrem L ra0ão 'orQue estes 6$ios autore*eridos deeriam ser
$onsiderados amorais seria então indireta& Quem tem Qualidades de
$arter Que o im'edem de se $om'ortar res'onsaelmente, tamb#m não
est na $ondição de $om'ortarse res'onsaelm ente diante de outrem
Podemos $ontudo duidar Que este argumento 'ossa ser a'li$ado
no $aso de todas as irtudes autore*eridas Que se 're
tende tomar $omo uniersais G Que a$onte$e, 'or eRem'lo, $om a
irtude da ataraRia, a serenidade, Que $ada um desea, embor a eão
no eRtremo da a'atia[ Possielmente tamb#m aQui se 'ode
$onstruir um argumento anlogo indireto 2eremos $ontudo Que
Ldam Smith desenol eu um argumento engenhoso e, me 'are$e,
$onin$ente, 'ara mostrar $omo as irtudes uniersais auto
re*eri das são $om'reendidas diretamente a 'arti r do im'eratio
$ategri$o, isto #, desde o 'rin$6'io $omo irtudes do
$om'ortamento intersnbetio (d#$ima Quinta lição)
@;
2ECI)A SE.62A LIÇ=O A !tica a
icomaco de Aristótees: As
di-i%udades do (onto de (artida?
so*istas
de sua 'unhar'
dis'osiçãoseusem
interlo$ut ores diante
renun$iar, da Questão
'or alores 'elas ra0"es
morais, sua
*eli$idade, P6atão 'ermitiuse a'resentar sua 'osição em *aor da
moral, ao modo de seus o'ositores, 'ro$urando mostrar
es'e$ialmente no :.rgias e na -e#blica Que 're$isamente a
ida moral # a ^ni$a ida *eli0
Lristteles segue em tese o mesmo $aminho, mas enQuanto
Platão, em seus dilogo s de dis'uta, sem're di0 eR'li$itamente de
antemão Que se trata da relação entre *eli$idade e
moral, o ra$io$6nio na Ética a Nicmaco # menos trans'arente Em
e0 de mostrar , $omo Platão, Que uma# $ondição da outra, os dois
temas são *undidos
9a erdade, o 'rimeiro 'asso de Lristteles (no $a'6tulo I <)
ainda se in$ula de modo estreito a Platão, e tamb#m meto
;9
introdu0 toda sorte de elementos normatios a serem então eR
tra6dos magi$amente $omo $on$lusão moral
en$errase $ommas,
identi*i$ação, sua $omo
a'arente derrota,
Platão al$ançada
não retoma estamediante tal
identi*i$açãok
'are$e bastante $laro tratarse de uma da
Quelas distorç"es irni$as inten$ionais Que, nos dilogos so$rti$os,
deem estimul ar o leitor re*leRão Em Platão, trata se, 'ortanto,
de um eR'ediente
Lristteles de 'restidigitação
ter 'retendido não aleado a s#rio Pode
*a0er deste so*isma
base de sua #ti$a[
Lristteles *oi mani*estamente da o'inião de Que 'oderia dar
um sentido ra$ional ao Que ini$ialmente deia 'are$e r um 5uid #ro
5uo Para isso deemse $onsiderar duas su'osiç"es adi$i onais Que
'ara Lristteles se mant]m neste $onteRto e das Quais ao menos a
'rimeira # men$ionada nesta 'assagem, ainda Que a'enas de modo
ago Se 'erguntarmos 'elo V'ara Qu]U da VobraU 7LeistungU)
(ergon ) de um ser io, esta não dee ser $om'reen dida no sentido
*un$ional normal, $omo Quando di0emos Que o ma$hado eRiste 'ara
$ortar lenha ou o olho 'ara er G ser io não eRiste 'ara algo
dierso como o ma$hado ou o olho, mas sua V*unçãoU ,BFunktion f)
$onsiste a'enas na auto'reseração Se 'erguntarmos, no $aso de
um ser io, 'elo seu 'ara Qu], este $onsiste uni$amente em ier e
em ier bem 3 Esta # a su'osição Vmeta*6si$aU de Lristteles, Que
'are$e, $omo tal, tão $orreta Quanto ino*ensia/ em 'arti$ular, não #
atribu6do (at# aQui) a esta su'osição nada de o$ultamente
normatio
L segunda su'osição adi$ionai # a de Que, segundo Lristteles,
aQuilo a Que um ser io, mas em 'arti$ular o homem as#ira em
^ltima instâ n$ia, # sua ida, isto #, seu ser LQuil o a Que todos
as'iramos # ier e ier bem Isto 'are$e tão triial $omo a tese
dos 'rimeiros $a'6tulos, segundo os Quais as
3 C* 'a ra o Qu e !oi dito acima, es'e$ialmente "anto ao $ontraste entre o ma$hado e
o ol)o, #e Ani ma II, i 9 a Éti ca a ic$maco I$ 5 a tese de Qu e o ergon a obra
( Lei stu ng< $ do ser io j a ida j men$ionada a'enas de modo bree mas su*i
cientemente un6o$o 3A4>b<<)
;
'iramos a Que nos bem Com a tese de Que nisto se trata de
nossa ida uma tese Que Keidegge r adotou ao di0er Que 'ara o
es'e$i*i$amen
Blogos U dee teserhumana e aaQui,
tradu0ida da ida dosna
$omo outros animais
maioria 'alara
dos $asos no
de$orrer da Ética a$Nicmaco_ 'or Vre*leRãoU ,ber$ iegung )
EnQuanto os outros animais, $om relação a seu bem estar, estão
determinados uni$amente 'or seus sentimentos de 'ra0er e
des'ra0er, no $aso dos homens estes sentimentos 'odem ser
dirigidos 'ela re*leRão, Temos não a'enas sentimentos e a*etos,
mas a 'ossibilidade de nos $ondu0ir re*leti damente em relação a
eles, e nosso bemestark nossa *eli$idade no sentido subet io,
de'ende de Que o *açamos bem Este 'asso 'are$e $onin$ente e
nada ulga ante$i'adamente em *aor de um $on$eito de *eli$idade
de algum modo $om'reendido obetiamente
Lo $on$eito de re*leRão in$ul ase imediatamente, tanto no
teRto de ! , $omo no Que di0 res'eito 'r'ria $oisa, o $on$eito
de arei* , e # somente agora Que se tem de de$idir se Lristteles
'retende reali0ar um giro obetio na Questão da *eli$idade,
mediante o noo 'onto de 'artida no $on$eito de obra
Ini$ialmente se 'oderia inter'ret ar tamb#m a 'alara Barel*I de
modo ino*ensio L*irmei anteriormente Que tão logo nos
$om'ortamos re*letiaamente $om relação a nossos a*etos,
deemos 'erguntar se o *a0emos bem ou mal Xas o Que signi*i$a
isto[ Wual # o 'adrão de medida da re*leRão $orreta[ Se
Lristteles se mantiesse estritamente a'egado ersão
subetia, terseia de di0er Que o 'adrão de medida s
J 'ode se r o de se ntimentos, não ma is naturalmente os
sentimentos e a*etos indiiduais $om Que se rela$iona a re*leRão,
mas o beme star durad ouro, Que 'or sua e0 deeria ser o e*eito
desta relação de re*leRão $om os sentimentos indiiduais
9o !iro II ($a' 6tulos ? e ;), Lristteles *a0 algumas indi
$aç"es sobr e o Que se dee entend er 'or uma a ret* 's6Qui$a
9esta 'assagem # men$ionada a $ara$ter6sti$a indi$ada de
;H
Que uma arete 's6Qui$a tem sem'r e de ser enten dida $omo urna
he4is( $omo um V$om'ortarse ( ?ich9erhalten< 'ara $om os a*etos,
e, al#m disso , Que de e ser sem're enten dida $omo urna *irm e
dis'osição da ontade de es$olher $orretamente entre os
sentimentos ( #rohairesis ) L #rohairesis( a es$olha, # o resultado
de uma re*leRão (III, ?;) Todas estas $ara$ter6sti$as deiRam,
'or#m, em aberto $omo o 'adrão de medida da re*leRão dee ser
$om'reendido G Que $onsideramos Qiiando tomamos, no
continuam de nossas 'ossibilidade s de a*eto, um lugar determi nado
na aret*l G 'onto de is ta #, 'or sua e0, o bem estar ou alg o
'reiamente dado (ein 9orgegebener )[ 9este ^ltimo $aso, mas
somente então, estaria de$idido Que ha uma ru'tura em I, 5 *a$e
'osição da Questão dos $in$o 'rimeiros $a'6tulos, e então seria
're$iso mostrar $omo a ru'tura dee ser eRatamente $om'reendida,
a Que o o"tro $on$eito de i?bomU Lristteles ta$itamente 'assou
G 'r'rio Lristteles sugere, Quando introdu0, em I, 5, o
$on$eito
analogia deestraret*(
ita aoQue
modo'retende $om'reend]lo
de *alar de aret*( obetia
onde est mente, em
a # $om
'reendida *un$ionalmente& da mesma maneira em Que *aiamos da
aret* de um $itarista, temos de *alar tamb# m da aret* do homem,
enQuanto homem (3A4:a4) Esta 'assagem a'roRima se ao mRimo
da inter'retação de Xa$lntZre de Que Lristteles 'ossui uma
$on$e'ção *un$ional Xas $omo deemos entender a analogia $om o
$itarista, se a atiidade de Que se trata no $aso do homem, enQuanto
homem, # ela 'r'ria a'enas sua reali0ação a*etia da ida
,affekti9er Lebens9oilzugV$
+ma inter'retação meramente *un$ional 'are$e, 'ortanto,
eR$lu6da +m 'onto de a'oio 'ara uma $om'reensão de algum
modo obeti a 'oderia ser o*ere$ido 'or um $a'6tulo da Física , em
Que Lristteles trata das irtudes da alma em analogia imediata $om
as irtudes do $or'o ( Física 2II<) 2irtude $or'oral #
es'e$ialmente sa^de, mas di0emos, tamb#m de outros seres ios
animais e 'lantas não a'enas Que ão bem Quando
não es6ão doentes, mas Quando estão, al#m disso, igorosos e
*lores$entes ( euhe4ia , =?5b>)& 6ais são irtudes $or'orais
Lristteles
eR$el]n$ia (esboça na Físicado(2II
Vortrefflíchkeit< $or'o<)e um $on$eito
da alma& anlogo de
analogamente
irtude da alma, Que dee ser entend ida $omo uma deter minada
$onstituição ,Verfassimg< harmni$a $om relação aos 'r'rios
a*etos, a eR$el]n$ia do $or'o, $om a'oio eidente na medi$ina da
#'o$a, # $om'reendida $omo uma determinada $onstituição
harmni$a dos humores e estados do $or'o (a 'alara grega #athos
signi*i$a tanto VestadoU $omo Va*etoU ) L 'artir da6 'de ser dito
e est e # um to#os a$olhido re'etidame nte at# 'si$otera'ia atual
Que aQuilo de Que se trata 'ara ns em um sentido agora
$ambiante entre o obetio e o subetio V#a sa^de da alma (e do
$or'o) Teria uma Vida reali0adaU ,Bgegliicktes LebenI< W $omo se
tradu0 'or e0es a 'alara eudaimonia( 'ara dest a$ar o mati0
tendente ao obetio do $on$eito de *eli$idade Quem #
an6mi$amente são Tamb#m Platão haia entendido a ida boa da
alma $omo sa^de da alma ,-e#blica ??;e), mas, nem 'ara Platão,
nem 'ara Lristteles, este 'onto de ista era de$isio,
eidentemente 'orQue era 'or demais indeterminado, 'ois 'are$e
muito menos $laro Quando algu#m # an6mi$amente são do Que
Quando # $or'oralm ente são E se o 'r'rio bemesta r não # aQui o
$rit#rio ^ltimo, tudo o Que se 'ossa imaginar 'oderia ser introdu
0ido a t6tulo de inter'retação G re$urso sa^de da alma 'are$e
Quase tão 'erigoso Quanto o re$urso nature0a do homem
Com'onentes normatios o$ultos seriam de se re$ear
Teremos de entender, 'ortanto, a re*er]n$ia sa^de antes
$omo met*ora Tale0 se 'ossa *alar de um bemestar saudel,
mas terseia de de$idir o Que seria um bemestar saudel a 'artir
do 'r'rio beme star Isto nos remet e a uma di*eren$iação no
o$abulrio do 'ra0er ( Liist ), da alegria ( Frende< e do bemestar
En$ontraremos 'ontos de 'artida 'ara isso em Lristteles, Que
*oram a'ro*undados, todaia, somente 'or Eri$h Fromni +ma
teoriada *eli$idade em Que esta # realmen
=55
te entend ida em sentido subetio beme star de'ende de tais
di*eren$iaç"es Estas di*eren$iaç"es no estado 'ositio de
eRatamente $omo
irtudes morais Platão
# *eli0 'retendeu, Que
Considerarseia, somente
'or#m, Quem 'ossui
mais adeQuado Que
ambos os $on$eit os tiessem sido de in6$io nitidame nte se'arados
Então se 'oderia 'erguntar de maneira mais $lara em Que medida
um # $ondição do outro
Para nossa inter'retação da doutrina da irtude de Arist7teles,
seguese Que temos de manter ambas as Quest"es diante dos olhos& G
Que a doutrina aristot#l i$a da irtude o*ere$e a uma teoria do moral
e o Que o*ere$e a uma teoria da *eli$idade[
;
2ECI)A TERCEIRA LIÇAO A
doutrina da /irtude em Aristótees?
uma$arter,
do 'ro'riedade boa( do
a irtode $arter
aret* ), do se distingue
6$io de ema
,kakía<( 'ro'riedade
L res'osta # a dem
Qu e
a irtude # o meiotermo ,meson< entr e um demais (ein Ku9iel< e um
de meno s ,ein Ku@enig< $om res'eito ao continuum de um dom6nio
de a*eto ou de um dom6nio de ação Tamb#m aQui Lristteles ale
se de uma id#ia elaborada 'or Platão ,!olítico =:<s) Lssimk a
$oragem, 'or eRem'lo, # o meiotermo $orreto entre a $oardia e a
temeridade, isto #, o meiotermo $orreto com re*er]n$ia a i#eri ti< os
a*etos medo e $oragem (III, 4), e a generosidade, o meiotermo
$orreto $om re*er]n$ia ao dom6nio de ação do dar e do re$eber
dinheiro, 'or o'osição 'rodigalidade e ã aare0a (I2, I)
LQui se '"e imediatamente a Questão de saber se Vo meio
termoU # um 'rin$6'io genu6no Certamente não, se $om 'rin$6'io
se Quer di0er um $rit#rio atra#s do Qual # indi$ad o onde se situa a
linha entre o demais e o de menos Podese então 'erguntar& se o
'rin$6'ionão o*ere$e tal $rit#rio, não # então uma *rmula a0ia[
Lristteles men$ionou esta di*i$uldade em uma ^ni$a 'as
sagem, Que, no entant o, não 'ode ser des$onsiderada e # siste
mati$amente im'ortante Esta 'assagem situase no in6$io do !iro
2I Lristteles a*irma Que se, 'or eRem'lo, res'ond]ssemos
'ergunta de $omo algu#m se 'ode tomar são, di0endo a'enas&
Quando se en$ontra o meiotermo, Quando não se *a0 nem demais,
nem de menos nada se diria, e se a$res$ entssemos& # o eR'erto
Que de$ide onde est o meiotermo, tamb#m
3 9 Kar6mann *ala em âmbitos da ida` "BLebensgebieteD<' Com ra0ão, sublinha Que $ada
irtude # a maneira $orreia de se $om'ortar em um #e ri ti' C* B=^' Certdimensionen der
Ni ko ma ch isc hen Eth ikD (`Ls Dimens"es de 2alor da E&i$a $ 9i$ma $oUw , Berlim, 34??
(Lbhandlun gen der Preu ssis $hen L8ademi e), ' 5s & T 'resso em suas 3l ei ne re ?c hr ift en
"Escritos %enores w, Berlim 34;>, li 34is
9
nada seria dito, uma e0 Que a Questão #& segundo Que $rit#rio o
eR'erto de$ide[ = G leitor es'era a'render algo 're$iso sobre isto
neste !iro 2I, dedi$ado s $hamadas irtudes intele$tuais e
es'e$ialmente sabedoria 'rti$a ( #hronesis) Isto, todaia, não
o$orre, 'ois o u60o do Que 'ossuia sabedoria 'rti$a C #hr.nimos)
# 'or sua e0 'ara Lristteles o $rit#rio ^ltimo <, lã ao introdu0ir o
'rin$6'io do meiotermo, Lristteles dissera (e re'etira na
a'resentação de $ada irtude indiidual) Que o meiotermo
$onsiste em Que se sinta 'ra0er ou des'ra0 er, Vonde se dee, $om
re*er]n $ia ao Que e $om res'eito a Quem e em ra0ão do Que e $omo
se de eU (33Ab`=3s) Sbio ou 'rudente # 're$isamente aQuele Que
re$onhe$e isto, e 'ara tal não se 'odem dar regras, Gbseres e
tamb#m Que na de*inição re $#m$itada, atra#s da Qual o meio
termo # es'e$i*i$ado, no VdeeU rias e0es re'etido, são
men$ionados $rit#rios morais, Que, 'or#m, são $ons$ientemente
deiRados em aberto
G resul tado # mais insatis*atrio do Que Lristteles admite ,
'ois não 'ode ser su*i$iente di0er Que o modo $omo se dee agir #
inde$id6el segundo regras e Que a'enas 'ode ser indi$ado no $aso
indiidual, 'ois tal indi$ação # *eita 'or aQuelas 'essoas $a'a0es de
ulgamento no $aso indiidual, e então se 'erguntar o Que as
determina Eidentemente moemonos aQui em $6r$ulo G
determinante em ^ltima instân$ia # o *ati $amente a'roado 9ão
se tem de di0er então Que Lristteles sim'lesmente toma seu
$rit#rio da moral de seu tem'o[ E não se de$ide assim tamb#m a
Quest ão de Que 'arti no in6$io desta lição, ineQuio$amente, em
*aor da $om'reensão das irtudes $omo irtudes morais[
Esta # $ertamente em boa 'arte a eR'li$ação $orret a Xas não
se 'ode abandonar aQui o 'roblema, $omo habitualmente
P C- G^ 9a s e %a ss in i.
se *a0, 'ois # somente agora Que ele 'ro'riamente $omeça G
re$urso, ao meiotermo entre eRtremos # realmente a'enas uma
*rmula a0ia[
moral, em Que9ão to$ou
*alar de aQui Lristteles
meiotermo na em as'e$tos
a$e'ção de genu6nos do
e5i6 $ librio
,Ausge@ogenheit< tem um sentido substan$ial[ Certamente isto
'ressu'oria Que 'ud#ssemos identi*i$ar os eRtremos 'or si mesmos e
não a'enas $omo demais e de menos $om relação ao meiotermo
LQui, no Que di0 eR'li$itamente, Lristteles nos abandona
Podemosk 'or#m, 'rosseguir nesta inestigação, entrando no
$onte^do de sua doutrina da irtude 9ão basta di0er Que Lristteles
# um *ilho de seu tem'o, 'ois *ati$amente ele não 'are$e re$orrer a
nenhum u60o moral realmente de'endente do tem'o ? Por isso
tamb#m não se 'ode di0er Que Lristte les $om'reende a morai Que
nos a'resenta $omo tradi$ionalista G $rit#rio de a'roação não #
uma tradição dada Certamente ele não men$iona nenhum outro
$rit#rio
Pare$e
irtudes sensat o 'erguntar
a'resentadas em 'rimeiro
'or Lristtele s estãolugar
'araem Que osrelação
$om as
deeres,
tais $omo os $onhe$emos do $oniratualismo e da $on$e'ção
8antiana, os $onhe$idos deeres negatios, 'ositios e $oo'eratios
LQui se 'rodu0 a'roRimadamente o seguinte Quadro&
eR$lusiamente o deer 'ositio do auR6lio en$ontra
$orres'ond]n$ia em uma irtude, a generosidade Gs deeres
$oo'eratios em sentido mais estrito ($um'rir 'romessas) 'are$em
*altar em Lristteles G deer negatio, tão *undamental 'ara a
$on$e'ção 8antiana, # leado em $onta 'or Lristteles
=>=
em um de seus $on$eitos de ustiça (33<Ab<As) Xa$lntZre tamb#m
$hamou a atenção 'ara isso (3;As), embora diga, $om ra0ão, Que as
eR'li$aç"es $orres'ondentes de Lristteles são, antes, V$r6'ti$asU
Em nosso $onteRto basta, 'or#m, obserar Que Lristteles
re$onhe$e inteiramente este dom6nio da moral,` e 'odemos tale0
$om'lementar Que 'ara este dom6nio alem regras (são
precisamente aQuelas Que o ui0 a'li$a, Quando $om'ensa um
il6$ito $ometido) Embora Lristteles não se re*ira eR'li$itamente a
regras, d i0 Que *alar de VmeiotermoU aQui tem um outro s entido, a
saber, o da $om'ensação ,Aus$ gleichs< 6 \\b_9$ LQui alem
regras, 'orQue são açGes Que se 'ro6bem
Seguese da6 Que o dom6nio Que Lristteles tem em ista $om
as irtudes não # um eQuialente tale0 malde*inido dos deeres
de ação e omissão da $on$e'ção 8antiana, mas Que as irtudes os
com#lementam $om ou se m ra0ã o a 'artir de uma 'ers'e$tia
uniersalista e ustamente nesta $om'lementação reside, em
'rimeiro lugar, uma am'liação essen$ial do #ositi9amente mandado
$om relação ao deer ^ni$o de auRiliar na ne$essidade da
$on$e'ção 8antiana, e, em segundo lugar, o Que # mandado não
$onsiste nun$a em açGes( mas ematitude s'
L Questão # agora $omo dee ser enten dida esta $om'le
mentação, Que no interior da #ti$a aristot#li$a 'odemos $onsiderar
$omo uma $om'lementação da ustiça, e a Questão u lterior ser de
saber se esta $om'leme ntaçã o # estra nha 'ers' e$tia de uma
moral uniersalista (de Que se dee agir e, eentualmente, ser
assim $omo # deseado a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer um)
LQui # im'ortante atentar a Que Quase todas as irtudes
enumeradas 'or Lrist teles são irtudes so $iais& $on$er nem ao
modo $omo nos $om'ortamos 'ara $om os outros, e não $aem
'ortanto, sob o eredi$i$ de Que em uma #ti$a moderna mente
entendida o modo $omo se 'lasma or
'ria ida dee ser mantido *ora da mora, isto s não ale 'ara
uma das irtudes tal $omo Lristteles as a'resenta, a tem'e ranea
=>?
na $omo moimentos, daQuelas aç"es Que se 'ode designar
atiidades ( energeiai< e Que t]m seu *im em si mesma s; s aç"es a
Que se re*erem as irtudes na Ética a Nicmaco são todas atiidades
(o Que Lristteles tamb#m denomina #ra4eis em sentido mais
estrito), 'ois de outro modo seriam re*eridas ao ^ti6, e o ^til, bem
$omo o no$io, são adudi$ados 'or Lristteles, ao dom6nio da
ustiça (33<?a:, $* tamb#m K=4b=) Ltiidades e aç"es re*eridas a
um *im 'odem naturalmente $ru0arse 5/ a #ra4is do $om'ortamento
liberal 'or eRem'lo, im'li$a Que seam 'rati$adas aç"es indiiduais
re*eridas a um *im, o de auRiliar, mas o 'r'rio $om'o rtamento
liberal # um serativo 1ein 0atigsein), tem um !im em si mesmo
Lgora emos #or 5ue * im'oss6el s irtudes no sentido de
Lristteles (de modo inteiramente dierso ao das irtudes de Kume
e de ou \right) indi$ar regras de ação/ não a'enas deido $om
'leRidade eR$essia,mas 'or não se re*erirem absolutamente a
aç"es Que 'ossam ser de*inidas 'ela indi$ação de seus *ins
Lristteles re*lete aQui, 'ortanto, sobre um *ato *enom# ni$o Que
desde o in6$io não 'ode absolutamente ser de*inido 'or regras
Lgora tamb#m se 'ode $om'reender melhor at# Que 'onto o ser
assim Que se eR're ssa na irtude # o Que # em 'rimei ra linha
a'roado, e as aç"es em Que se mani*e sta, a'enas s e$undariamente,
e na medida em Que este serassim se mos tra nelas Com'ortarse
liberalmente, 'or eRem'lo, # a energeia (atiidade) de Que se trata e
Que somente 'ode ser al$ançada, se determinadas aç"es re*eridas a
um *im *orem 'rati$adas Quais são estas, re$onhe$e Quem # $a'a0
de ulgar, em 'rin$6'io analogamente, 'or eRem'lo, a nadar, Que #
uma energeia (atiidade), Que somente 'ode ser reali0ada,
'rati$andose determinadas aç"es *inal6sti$as $om braços e
'ern as
outross nas
so$iai são di*erentes d imens"es do $on6io T op das estas ir tudes
e?celência3
em Que nosabrimos ou nos e $hanios diante dos ou tros G
eom'$rtarmento 'ara $omos outros #$omo um at'de eQuii
brismo entre a 'erda da relação e a 'erd a de si mesmo, entre
autonomia e de'end]n$ia (Be0ogenheit) Gs eRtremos são, de sua
'arte, modos de ser iden ti*i$eis, e esta # a ra0ão 'or Que *alar de
eQuil6brio não # uma *rmula a0ia
+ma irtude estreitamente rela$ionada amabilidade # a
$ortesia Ltra#s dela 'osso elu$idar mais de 'erto a relação
=>5
da so$iedade, Que os outros são re$onhe$idos Wuais são estas
aç"es, aria de so$iedade 'ara so$iedade Wuem $onhe$e ou tras
$ulturas sabe Que nestas aç"es, $omo tais, não reside absolutamente
liada, mas elas são, dentro de $ada so$iedade, os s6mbolos
$onen$ionais 'ara eR'ress ar uma atitude Que, 'o r sua e0, não #
$onen$iona, E VQuem # $a'a0 de ulgarU ,#hro$ nimos< na
res'e$tia so$iedade, Que sabe Quando, Quem e como$alg"ém tem de
saudar Lssim se 'ode entende r o Que nas irtudes desta$adas 'or
Lristteles de'ende dos res'e$tios J$ostumes de uma so$iedade e
o Que eentualmente # uma eRig]n$ia mora atem'oral Até agora
não se mostrou Que ser $ort]s, amel, liberal et$ são eRig]n$ias
morais uniersais / 'roiso riamente im'orta apenas obserar Que a
$ir$unstân$ia de sua $on*iguração, ser $onen$ional e distinta não #
uma ra0ão $ontra isto
Lmbos os as'e$tos agoradesta $ados, o de Que o eQuil6brio nas
di*erentes irtudes tem um sentido de $onte^do Que dee ser
entendido
Que se dee$omo um estar
distingui rela$ionad
r entre a atitudeonao$onen$io
'ermane$endonal
autnomo,
eR'ressa ee
suas $on*iguraç"es $onen$ionais, não *oram men$ionados 'or
Lristteles, mas se im'"em tão logo se $onsidere mais de 'erto`as
irtudes so$iais $omo ele as`des$ree 2eremos na 'rRima lição
Que somente a 'artir da *iloso*ia modema, atra#s da orientação
'elo esQuemasueitoobeto, surgiu um 'onto de ista Que 'ermite
a'reender $on$eitual mente esta estrutura bi'olar, e somente $om
Ldam Smith en$ontraremos um $rit#rio Que ''ssibiiita um
ulgamento moraiuniersal destas atitudes
Podem tamb#m as demais irtudes men$ionadas 'or Lris
tteles ser in$or'oradas neste esQuema[ 9ão a'enas no $aso da
tem'erança, mas tamb#m no da `mansidão_f (tem'erança na ira) e
no de outras reaç"es a*etias ao $om'ortamento, assim $omo no
bemestar ou não dos outros, 'are$e de$isio nas eR'osiç"es de
Lristteles Que, tanto o transbordamento 'elo res
=>>
'e$tio sentimento ou a*eto, $omo a insensibilidade Quanto ao
a*eto o embotamento são desa'roados Wuem, nas situaç"es
$orres'ondente
aberto ao mundo, s, ou
nãonão
sente
estira, $i^me,
aberto aos inea ou bens
res'e$tios 'ra0er, não est
e males
Que na maior 'arte das e0es estio 'resentes no $on6io Tamb#m
esta abertur a 'ossui ema bi'olaridade, embora não, entre a 'essoa
e os outros Isto toma mais di*6$il identi*i$ar os eRtremos $omo tais,
e atribuir, assim, um sentido 're$iso ao eQuil6brio 9ão obstant e,
estas irtudes 'are$e m tamb#m se $on*ormar, ainda Que de um
modo não tão sim'les, ao esQuema Que resultou no $aso das
irtudes es'e$i*i$amente so$iais Terse, todaia, de di0er Que
estas irtudes, uma e0 Que não são interhumanas, tamb#m
Quando $ont]m uma re*er]n$ia a outros, $omo no $aso da ira, são
autore*eridas selbst$ bezogen ), de ta modo Que, Quando
oltarmos di*erença entre irtudes morais e irtudes de
*eli$idade, 'oderemos antes es'erar Que 'ossam ser entendidas
$omo irtudes de *eli$idade Certamente nos *alta
'roisoriamente um $rit#rio 'ara esta distinç ão Lris tteles não
*a0 di*erença alguma entre estas duas es'#$ies de irtudes
so$iais (interhumanas) e autore*eridas , e 'odemos eR'li$ar isto
$onsiderando Que o moral em uma #ti$a ainda ligada a uma moral
tradi$ionalista não 're$isaa limitarse ao so$ial
Certamente teremos de nos 'erguntar tamb#m, inersamente,
se as irtudes so$iais não t]m de ser $om'reendidas, tanto $omo
irtudes morais, Quanto $omo irtudes de *eli$idade Isto nos
deeria tomar agora in$ertos, tamb#m Quanto ao $onte^do, $om
re*er]n$ia di*erença a'arentemente n6tida entre irtude moral e
irtude de *eli$idade, Que *ora teori$ament e borrada 'elo 'onto de
'artida de Lris tteles
Embora Lristteles, Quanto ao $onte^do, se tenha orientado
'ela moral de seu tem'o sem Questionla, e a terminologia na
doutrina da irtude sea inteiramente moral, se nele se deem
'oder en$ontrar 'ontos de 'artida 'ara uma *undamenta
=>:
ção de sua doutrina da irtude e es'e$ialmente de sua orientação
'ela id#ia de eQuil6brio, tais 'ontos de 'artida deem ser 'ro$urados
B$ C!$ G$ Rle$ ilemmas, O-ord, 8@H, %a(!tuoQ* e A$ *enn<, ctton. "moiwn and
Will, Londres, 8;P,cap#t"lo ;
=>4
dignos de Que a eles se as'ire L ra0ão disto (33;?a: s) est em Que
em tais 'ra0eres h uma gradação e, 'ortanto, Quanto a eles, de ema
ela não$or'oral
'ra0er basta emdo sua
go0o'roble mti$a da 're$isar6amos,
em atiidades/ irtude 'ara disti nguir
muito o
mais
de uma indi$ação sobre o $arterde i*$ 'ra0erf( BLiistI$7harakter<
do eQuilibrio em $om'aração $om o 'ra0e r no abandonarse aos
a*etos daQuele Que não ie eQuil ibrada mente, e isto não a'enas
$om re*er]n$ia aos 'ra0eres $or'ora is, mas tamb#m Quanto aos
sentimentos em todos os dom6nios da ida
Lrist tele s *e0, toda ia, tal disti nção em outra 'assagem , e
inteiramente na mesma 'ers'e$tia Que *ora igualmente de$isia
'ara a distinção traçada no tratado do 'ra0er& o ser humano tem
uma $ons$i]n$ia do tem'o, e, 'or isso somente 'ode satis*a0]lo
um bemestar Que tenha uma $erta $onstân$ia e Que não`sea
eR'erimentado, $omo o 'ra0er $or'oral, no instante e 'elo
$ontraste $om a dor ou $om a aus]n$ia de 'ra0er L $ara$ter6sti$a
da momentaneidade a'li$ase inteiramente tamb#m aos
sentimentos não$or'orais imediat os& se nos entregamos aos
sentimentos e a*etos imediatos, $omo tais, eR
=:A
'erimen6amonos $omo oguetes dos sentimentos e das $ir
$unstân$ias, resultando uma os$ilação e um $aos de sentimentos
=:=
DECIXL M.ARTA LIÇ=O #ei%idade,
amor e mora segundo Eri%h
#rommV o re%onhe%imento segundo
Kegel/ o ue motia (ara a atitude
moraN?
3 Cito os dois na 6 radução alemã Fi$am abre iados aQui $o mo X!U e D!tD' Ts t6tulos
srcinais no ingl]s são& Es ca# e fro m F re edom e %an for Uim sel f
H
L 'roRimidade em relação a Lristteles ai $ontudo ainda
mais longe& tamb#m Fromm baseiase num $on$eito de eQuil6brio
e ele o $om'reende Quase da mesma maneira Que resultou na
inter'retação de Lristteles da lição anterior, $omo VeQuil6brioU
entre o homem e seu $onteRto (5=), $omo unidade entre autonomia
e relação (333) Ll#m disso, Fromm dar em !E I, uma
*enomenolog6a das diversas *ormas de satis*ação subetia
(*eli$idade, alegria, 'ra0er), Que sem Que isto !i"e nele bem
eR'l6$ito antes de tudo a'oia subetiamente a doutrina do $arter
a'resentada mais $omo tese
Podemos designar o $on$eito *undamental de `Fromm $omo
V'olaridade entre subetiidade e obet iida deU 9isto Fromm
situase na tradição da moderna *iloso*ia sueitoobe to na *orma
'arti$ular Que #sta obtee em Kegel Kegel mudou de tal *ornia a
*iloso*ia do idealismo alemão Que ele 'or assim di0er, entendeu
$omo Vtare*a da *iloso*iaU Vsu'rimir a o'osição da subeti idade e
da obetiidade Que se tomaram *iRasU Wuando a *orça da
$on$iliação desa'are$e da ida humana e as o'osiç"es tierem
'erdido sua relação e inter$âmbio ios e adQuirem inde'end]n$ia,
então surge a ne$essidade da *iloso*iaU = Kegel trabalhou esta
$on$e'ção em sua Fenomenología do Es#írito (3:A5) Linda
oltarei a este assunto Em todo $aso, um $aminho direto $ondu0,
'elas re*leR"es sobre alienação nos %anuscritos de !aris de XarR,
$on$e'ção
deFromm _
Pre$isase $ontudo 'erguntar se *alar a$er$a de uma Vrela ção
e um inter$âmbi o`f entre Vsueito e obetoff # ã o dis$urso mais
adeQuado 'ara aQuilo Que Kegel e XarR 'retendiam, e sobretudo
'ara a 'r'ria $on$e'ção de Fromm Pois $omose trataa desta
relação na tradição da teoria do $onhe$imento
@
antes de Kegel não seria 'oss6el $om'reen der de Que maneira um
eQuil6brio 'arti$ular Fromm tamb#m não deu nenhum alor
es'e$ial a esta terminologia e em %L ele desenole a Questão Que
est em ogo, tanto sistemti$a Quanto histori$amente, mais do
'onto de ista do conteSdo, e nesta medida mais adeQuadamente
Ele 'arte aQui, $omo tamb#m em !E( de um estado de $oisas
tomado $omo uma $onstante antro'ol gi$a, Que $ada ser humano
eR$etuadas as ne$es sidade s *isio lgi$ ament e $ondi $ionad as Que
ele tem em $omum $om os outro s animais ao $res$er, se liberta
do serum $om suas amarr as 'rimri as e toma $ons$i]n$ia de sua
indiidualidade, e tem Va ne$essidade de estar rela$ionado $om o
mundo *ora de si 'r'r ioU E Va ne$essid ade de eita r a solidãoU
(=3) +m lado Vdo 'ro$ess o de $res$imento da indiiduação _` seria
-o $res$imento das *orças do siU, e, 'or -si&, Fromm entende 'or
assim di0er VautonomiaU/ o outro lado V# o $res$ente isolamentoU
(=4) Fromm ]
da $riança isto tanto
$omo ontogen#ti$amente
tamb#m no desenolimento
histori$amente& na modernidade,
sobretudo atra#s do $a'italism o, o indi6duo $ai *ora das relaç"e s
tradi$ionalistas 'reiamente dadas e $hega a sua 'lena liberdade,
Que, no entan to, de in6$i o # iid a negat iamente Ele V're $isa
tentar eadi rse totalmente da liberdade, se não se der bem em
'assar da liberdade negatia 'ara a 'ositiaU (333) @ esta V*uga
da liberdade`f Que, segundo Fromm, $ondu0 ao V$arter
autoritrioU, e deste, dum lado, ao *as$ismo e, de outro,
ada'tação nas modernas demo$ra$ias Fromm trabalha a situação
do homem moderno em im'ressionantes anlises da re*orma e do
desen oli mento do $a'it alism o Como as'e$ to $ara$ ter6s ti$o
'arti$ular ele desta$a o sentimento de im'ot]n $ia dos indi6du os,
o Que $ondu0 ao $arter autoritrio, $uos dois lados Fromm ] no
sadismo e no masoQui smo Para $ima submissão, 'ara baiRo e
'ara *ora sede de 'oder e hostilidade
Fromm *a0 'ortanto, de um lado uma su'osição antro'olgi$a
*undam#ntale, 'or outro, situa suas anlises no $onteR
;
to histri$o da modernidade Gs dois as'e$tos estão interligados,
$onQuanto Fromm ] o desenolimento do homem em direção
$ons$i]n$ia de sua indiidualidade $omo um desen olim ento
`ne$e ssri o 'ara si mesmo, Que 'or#m tero seus 'r'rios ris$os
G Que Fromm a'resenta em %L $omo as 'ossibilidad es de $arter
do homem modemo são 'or $onseguinte, em *orma 're$isa,
sim'lesmente as 'ossibilidades de $arter do homem em gerai
$omo então são desenolid as mais sistemati$amente em !E( Falar
sobre uma Vliberdade 'ositiaU 'ode 'are$er 'roblemti$o Fromm
eR'"e, 'or#m , o Que Quer di0er $om ela, a 'artir de dois $on$eit os&
'rimeiro, a 'artir do $on$eito de autodesenolimento, do
desenolimento de $a'a$idades no sentido de $a'a$idades 'ara
atiidades no sentido aristot#li$o/ segundo, enQuanto estas
atiidades estão essen$ ialme nte rela$ionadas $om o ambiente e
sobretudo 'orQue são so$iais, o $on$eito de eQuil6brio entre o
as'e$to do sueito
terminologia al$ançou eagora
o doumobeto
sentidoem
mais aes'e$6*i$o,
ser de$isio, Esta
uma e0
Que o lado do sueito # $om'reendido $omo autonomia e o do
obeto $omo um tratar de homens e $oisas G Que Fromm $on$reta
mente 'retende, *i$a $laro rios $ara$teres unilaterais Que ele
des$re e na $ara$terologia de !E'
De um lado ele *ala de uma orie ntação `re$e 'tiaU e i?eR
'o7adoraU Com a orientação re$e'tia ele assume o $arter oral de
Freud, e simultaneamente, $om as duas orientaç"es, o dis$urso do
$arter masoQuista e sdi$o, determinante em %L' Fromm, antes de
tudo, tem a $ons$i]n$ia de se basear em Freud Distinguese,
'or#m, dele na medida em Que não $om'reende o $arter res'e$tio
$omo a instintiidade bloQueada numa determinada *ase de
desenolimento, mas o $om'reende enQuanto o modo da *ormação
a$abada da rela$ionalidade&
obetos dos 'ara Fromm
instintos do indi6duos os outros
mas o`Que homens
interessa não
a este # osão
desenolimento da relação, $ornos outros . $artermasoQuista
e sdi$o re'resentam $onuntamente a orientação unilateral no 'lo
do obe
to/ a reali0ação # simbiti$amen te re*erida a sersut 4mi* subsumir&
o determin ante # o 'oder ,%achí<( isto #, submissão e dom%inação
Esta unilateralidade o$orre 'orQue não # 'er$ebida a 'r'ria
autonomia, nem re$onhe$ida a do outro Inersamente, a *alha da
orientação unilateral no 'lo do sueito # des$rita em !E $omo o
retrairpsesobre si, $om a *orma eRtrem a da destr"ctibilidade$ @ o
$arter anai de Freud, 9este $aso
oindi6duo se a*erra eR$lusiamente a si e # in$a'a0 de rela$ionar
se Como Quarto, $arter im'rodutioU romm desta$a a
Vorientação do mer$adoU Esta # Vuma $ategori a 'or siU, ela não se
enQuadra no esQuema das "nilateralidades $ara$ ter6st i$as dos
demais $ara$teres im'rodutiosU (orientação 'rimria em a'enas
um 'lo)& na Vorientação do mer$adoU, Que de alguma
*oima$orres' onde ao B%anD de Keidegger, o ser humano alis
nem desenole um $arter es'e$6*i$o, mas $om 'ortase $omo
atitude em relaç ão ao outro não)"mano, em todo o tratamento
bem su$edido de obetos Por eRem'lo, 'ensar s # V'rodutioU, se
em *a$e de seu outro (obeto), não sim'lesmente re*lete
1[abbildet 9 re$e'tiamente, nem sobre!orma 1überformt não
*i$a na su'er*6$ie nem some 19ersch@ebi 9 no *antsti$o ,!E 3A?)
Poder6amos $om'lementar Que toda dis$ussão $om outros e $om o
'ensamento deles, 'ortanto todo inter'retar, ne$essita bus$ar uni
'onto intermedi'rio entre odeiRaraler e o Questionamento
$r6ti$o
Como romm $ontrasta no $a'6tulo < de !E( o $arter 'ro
dutio em $on*ronto $om os $ara$teres im'rodutios, sua $on
$e'ção 'ode *a$ilmente 'are$er sobretudo $omo tética,
partic"larmente em *a$e destas designaç"es valorativas &wer-
tenden< $omo V'rodutioU e Vim'rodutioU L tese deQue se 6Rata
de dis'osiç"es, das Quais de'ende se um homem 'ode ser *eli0 ou
in*eli0, se ele, 'ortanto, 'ode estar bem subetiamente ou não
naturalmente s 'ode ser sustentada atra#s da 'roa de Que ns,
enQuanto 'ermane$emos enredados nas unilateralidades
im'rodutias, não 'odemos $hegar a satis*ação alguma Se
admitimos Que tamb#m os $ara$teres im'rodutios 'odem lear ao
'ra0er ou satis*ação, a Qual, no entanto, não seria -verdadeira&,
então 're$isamos, em 'rimeiro lugar, distinguir diersas Qualidades
do bemestar subetio, e, em segundo lugar, isso 're$isa darse` de
tal maneira Que a medida da aaliação sea 'or sua e0 subetia E
isto Que Fromm 'ro$ura mostrar em !E I2,<
Podemos ler este $a'6tulo $omo tentatia de um a'ro*un
damento dos tratados sobre o 'ra0er de Lristteles Se mantemos
as distinç"es de Lristteles, então as eR'li$aç"es de Fromm
adQuirem uma $lare0a sistemti$a $om'lementar LQui deemos
8
da6 segue& VLmor eR$lusio a uma determinada 'essoa # em si
mesmo uma $ontradiçãoU ,%L 45) ?
LQuele Que a*inal ama uma 'essoa ama o seu 'rRimo e #
nesta medida um ser morai Esta $on$lusão do ra$io$6nio, en
tretanto, s dee ser re*erida ao amor no sentido 'rodutio, e não a
suas *ormas simbiti$as de de$ad]n$ia Fromm $ontudo não
a'ontou em lugar algum 'ara o *ato e 'ara a medida de nosso amor
Quando amamos algu#m, amamos nele o ser humano e
$onseQ7entemente todos os seres humanos Isto 'arti$ ularm ente
não se segue da de*inição de amor Que ele dã nesta 'assagem&
VLmor # uma a*irmação a'aiRonada de um obeto ;
U ,%L 45)
Fromm sem d^ida tem ra0ão ao reeitar o Vamor românti$oU$o mo
um eQu6o$o/ a $on$e'ção de Que s eRistiria ema ^ni$a 'essoa Que
'oder6amos amar ,AA 3=) Disto 'or#m não segue Que o
assenti mento 'assiona l de Que ele *ala não sea um amor deste ti'o
em relação a uma indi idudai idade 'arti$ular de algu#m Pare$e
Que Fromm $hegou sobretudo a sua estranha $on$e'ção 'orQue
eRagerou no a$ento da relação atia no amor Lmor V# em 'rimeira
linha um dar, e não um re$eberU ,AA <<) Isto est em $ontradição
$om a sua 'r'ria teoria do eQuil6brio, segundo a Qual ter6amos
Que di0er& amor # ao mesmo tem'o um dar e um re$eber G
'rimeiro enun$iado de Fromm em LL # Que a maioria dos homens
tem uma id#ia errada do amor, 'orQue aQuilo Que nele 'ro$uram #
o serama do (33) E $ontudo um erro bio mudar isto 'ara o
$ontrrio Tamb#m 'ara Lristteles *a0 essen$ialmente 'arte da
ami0ade a re$i'ro$idade& a re$i'ro$idade da beneol]n$ia e do
Querer estarunto EnQuanto $rianças $omo o 'r'rio Fromm o
di0 mais tarde ,AA ;As) in$lusie eR'erimentamos 'rimariamen
te o amor $omo seramado, e tamb#m uma relação de amor
madura s 'ode ser $om'reendida $omo re$i'ro$idade entre
? C*,tam b#m PE I2, 3 e Die Ynt des !iebens (L une de amar) (L?), 'assim
=4<
amar e seramado, 1 'or este motio, $omo di0 Lristte les, so
'odemos ser amigos de 'ou$as 'essoas e Fromm mesmo di0 mais
tarde do amor no sentido restr ito, VQue me 'osso unir $om toda
intensidade a'enas $om urna ^ni$a 'essoaU (L? 5>)
Portanto, Fromm tale0 estea $erto em sua id#ia, se ele Quer
*undar a motiação 'ara a moral no amor eQuilibrado, mas a
relação $ertamente não dee ser a'resentada de maneira tão
'ol]mi$a $omo ele a 'ro'"e E isto não a'enas 'ara Que o amor a
algu#m em 'arti$ular não 'ossa assim im'li$ar imediatamente no
amor ao 'rRimo Tamb#m 'are$e in$orreto sim'lesmente
$om'reender a atitude moral $omo amor ao 'rRimo_ L eo$ação
da B6blia não auda mais aQui, não a'enas 'orQue não ale a
eo$ação da autoridade, mas 'orQue a *rase da B6blia obiamente
dee ser entendida assim& VLma o teu 'rRimo, 'ois ele # $omo
tuU, e 'orQue então ainda deeria ser es$lare$ido $omo deem os
entender a 'alara tradu0ida 'or VamorU Entender a atitude moral
$omo amor ao 'rRi mo 'are$ e *also 'or duas ra0"es& 'rimeir o,
'orQue amor $om base no $arter a*etio singular # mais do Que
uma atitude moral e segundo, 'orQue, num outro sentido, moral #
mais do Que amor Como res'eito ao outro ela # uma outra *orma
de assentimento do outro Isto 'ode ser $onhe$ido no *ato de
Que 'roblemas morais 'arti$ularmente Quando mais 'essoas es
tão im'li$adas não 'odem ser resolidos 'elo sim'les man
damento do amor ao 'rRimo Pode 'or $onseguinte ser e isto
seria o n^$leo de erdade na $on$e'ção de Fromm Que aQuilo
Que ele denomina de amor aut]nti$o im'liQue a atitude moral
Xas 'ara 'oder a*irmar isto 're$i samos 'rimeir o re$on he$er , ao
lado do amor e estruturalmente diersa, a atitude moral $omo u ma
segun da *orma *undam ental do assent iment o inters ubeti o Em
Fromm isto # dado im'li$itamente Quando ele di0 Que amor
erdadeiro im'li$a em Vres'eito ,AA <:s) Ele, 'or#m, não
desenoleu o Que isto signi*i$a
8H
Caso esta $on$e'ção dos dois ti'os de assentimento inter
subetio a serem distinguidos estier $orreta e eia 're$isa estar
$orreta se estier $orreta minha des$rição da atitude moral $oroo
baseada num $erto ti'o de eRig]n$ias re$6'ro$as, Que *oi *eita nas
'rimeiras liç"es então a id#ia bsi$a de Fromm, Que amor e moral
'erten$em um ao outro, s 'ode ser reali0ada de tal maneira Que
não se a*irma sua ident idade mas se demons tra uma relação de
im'li$açãok
Em Kegel ã en$ontramos um $on$eito deste ti'o, ao Qual
remete a $on$e'ção bsi$a de Fromm sobre o eQuil6brio ea unidade
sueitoobeto Em sua Fenomenologia do Es#írito Kegel
a'resenta uma s#rie de V*iguras de $ons$i]n$iaU, das Quais ele
'ro$ura mostrar Que $ada elemento da s#rie $ont#m em si uma
$ontradição/ e isto de tal maneira Que $ada elemento seguinte #
$ara$teri0ado 'elo *ato de ter dissolido esta $ontradição
$hegando 'or#m desta manei ra a uma noa $ontradiç ão, e assim
'or dian te, at# o VEs'6rito LbsolutoU ERistem $ontudo nesta s#rie
alguns ns de$isios, onde a *igura seguinte 'ode 'rimeiramente
ser des$rita de maneira tão abstrata Que ela est $omo
re'resentante 'ara toda a asta s#rie +m n deste ti'o # a
'assagem, dentr o da seção V$on s$i]n$ia de siU, da V$ob içaU 'ara o
Vre$onhe$imentoU Kegel designa 'or $obiça a 'rimeira *orma da
$ons$ i]n$ia de si 'rti $a, Que tamb#m 'oder6am os desig nar de
$erta *orma $omo a*irmação de si G simesmo 'ro$ura a*irmarse
$ontr a o seu obeto e a *orma mais 'rimitia de *a0]lo $onsiste
na destruição do outro (obeto) (3<4) Esta *igura de $ons$i]n$ia
$orres'onde mais ou menos ao amor sdi $o de Fromm De
maneira semelhante $omo em Fromm, em Kegel esta $ons$i]n$ia
# de um ti'o Que 'ersegue uma meta Que ela nun$a 'ode al$ançar&
=4;
$i]n$ia de 'oder (Kegel não utili0a este termo neste $onteRto) *a$e
ao obeto $onsiste em destra6lo enQuanto inde'endente , então, $om
a inde'end]n$ia do outro (obeto), tamb#m desa'are$e o usu*ruto do
'oder Se a $obiça estiesse $ons$iente disto, ela teria Que mudar
sua relação $om o obeto
G m#t odo, da Fenomenologia 'are$e ser tal Que somente o
*ilso*o, e não a 'r'ria *igura, 'ossu6 a id#ia Que a'onta 'ara *ora
(ou 'ara al#m) da *igura (>?) Isto, 'or#m, lea o *ilso*o a
a'resentar a *igura seguinte $omo a $onseQu]n$ia interna da
negação da anterior Xa $obiça isto a$ont e$e em dois eieis G
'rimeiro #& somente Quando no outro # re$onhe$ida uma inde
'end]n$ia o obeto tem autonomia, o Que$om'ensa in$or'orlo e
subuglo Xas somente uma outra 'essoa tem esta
inde'end]n$ia Por isso, Va $ons$i]n$ia de si somente obt#m sua
satis*ação numa outra $ons$i]n$ia de siU (3<4) Xas isto $ondu0
'rontamente a um segundo 'asso, e a'enas este *ome $e a noa
*igura& a outra $ons$i]n$ia de si tem Que ser Vre$onhe$ida`f $omo
inde'endente (3?3) L relação $om o outro agora não # mais de
$obiça, mas de re$onhe$imento Kegel usa este termo sem
$om'lemento De Que *orma # re$onhe$ido o outro Que se o'"e a
ns[ Do Que segue agora se es$lare$er Que, 'ara Kegel,
re$onhe$er signi*i$a re$onhe$er $omo lire, $omo autnomo Pois
ele mostra, de maneira semelhante $omo o *e0 Fi$hte 5, Que um
re$on he$im ento somen te # 'oss6 el $omo um re$on he$im ento
re$6'ro$o VEles se re$onhe$em enQuanto se re$onhe$em
re$i'ro$amenteU (3?<)
Falamos anteriormente Que nesta mudança eRiste um n Que
em 'rin$6'io $ara$teri0a toda a s#rie das *iguras subseQ7entes, @
isto Que lea Kegel a eR'ressar& VCom isto est dis'on6el 'ara
ns o $on$eito do Es#írito' G Que se am'lia
8;
'ara a $ons$i]n$ia # a eR'eri]n$ia do Que sea o es'6rito, esta
substân$ia absoluta Que, na 'er*eita liberdade e inde'end]n$ia de
sua o'osição, ou sea, (na liberdade e inde'end]n$ia) de
$ons$i]n$iasV de si Que são 'or si distintas, # a unidade destas& Eu
Que # ns e ns Que # euU (3?A)
G re$onhe$erse re$i'ro$amente # designado 'or Kegel de
maneira muito gen#ri$a $omo em re$onhe$imento da Vliberdade e
da autonomiaU De moral Kegel a'enas *alar numa 'assagem
'osterior da Fenomenologia Lgora tamb#m elo em ao $aso 'ara
ns inter'retar Kegel, mas sim tomar 'roeitosa a sua id#ia de uma
'assagem ne$essria da $obiça 'ara o re$onhe$imento, 'ara a
Questão de uma 'assag em ne$essria do amor 'r#m oral 'ara a
morai Recon)ecer alg"ém $omo lir e # algo amb6guo Wuerse
di0er $om isto Que tomamos $onhe$imento Que o outro #
autnomo (então 'are$e estar numa $ontinuação direta da
Fenomenologia), ou entendese Que ns re$onhe$emos Que o outro
tem direito liberdade[ Fi$hte o tinha entendido neste ^ltimo
sentido, enQuanto Que em Kegel, tamb#m num desenolimento
mais am'lo, a id#ia dos direit os dos indi6du os não desem'enh a
um 'a'el $entral, 'orQue, $omo imos, os indi6duos e o
re$on he$im ento re$6'ro$o dos seus direitos não são 'ara ele uma
^ltima instân$ia ,kein Letz$ tes<( mas as relaç"es entre um e outro
são intermediadas 'elos $ostum es e 'elo Estado (su'ra , d#$im a
lição ) Fa0endo uma ligaç ão $om a id#ia de Fi$hte 'odem os, no
entanto, di0er& *a$e $obiça e *a$e ao amor simbiti$o em geral o
re$onhe$erse re$6'ro$o o*ere$e uma noa estrutura do
assentimento inter subetio, no Qual $ada um re$onhe$e o outro,
não a'enas na 'ers'e$tia de sua liberdade e tamb#m não a'enas
na 'ers'e$tia de seus direitos de liberdade, mas en*im $omo
sueito de direitos
Pode tal 'assagem tomarse 'si$ologi$amente 'laus6el[ E
seria 'oss6el, a 'artir da6, tomar $om'reens6el uma motiação
'ara uma moral do res'e ito m^tu o[ 9este 'ro'sito
8
Quero 'artir de um dito de Kome, segundo o Qual a moral # um
instrumento 'ara a $om'ensação de nossas limitadas sim'atias
Este dito tem em ("me, e naQueles Que o $itam, o sentido de Que o
$6r$ulo das 'essoas $om as Quais sim'ati0amos # limitado > Xas
também o 'odemos entender no sentido de Que, naQuelas 'essoas
Que são 'rR imas a ns e $om as Quais sim'ati0amos,`não nos
*iamos eR$lusiamente na relação a*etia L moral, 'ara a
constOncia e a $on*iabilida de das 'r'ria s relaç"es estreitas, 'are$e
eRigir mais do Que os momentos da intensidade a*etia, lã nos
teremos Que imaginar assim a g]nese da atit"de moral na $riança
+ma $riança Quer ã bem $edo ser res'eitada em sua autonomia, e,
'or outro lado, ela 're$isa a'render a não a'enas a$eitar $omo seres
autnomos sua mãe e outras 'essoas de re*er]n$ia, mas a res'eitã
los +m me$anismo *undamental $om $uo auR6lio a $riança
a'rende a su'ortar a aus]n$ia da mãe, # a 'romessa L
$on*iabilidade a*etia da mãe # complementada 'ela $on*iança na
$on*iabilidade na sua 'romessa de retomar, e isto Quer di0er
$on*i ança Jna soa $on*i abilid ade moral e a $riança 'or sua e0
tamb#m a'rende a aterse a su as ('r'rias ) 'romessa s Isto im'li$a
res'eito m^tuo Se der $erto, elas (a mãe e a $riança) ão treinan
do um $om'o rtame nto não instr"mentaliador, uma em relaç ão
outra +ma relação a*etia 'ro*unda, tão logo a $riança tier sa6do
da *ase da $om'leta segurança unilateral s 'ode ser sustentada
mediante esta segunda relação intersube tia *undamental
mediante a relação do res'eito moral E na idade mais madura a
moral o $om'ortar se de manei ra não instrumental de um em
relação ao outro sem're desem'enha "m 'a'el
in$om'araelmente mais *orte em relaç"es estreitas do Que *a$e a
estranhos, 'orQue desta maneira os 'ontos de dierg]n$ia são
muito mais *ortes
> C* .1 \amo $8 The Ob%ect o& Moralit'. !ondres 34>3, ' =3s
8
Se isto estiesse roais ou menos $orreto, então dois 're
$on$eitos teriam Que ser $ondenados Primeiro, a id#ia am'lamente
di*undida, Que amor e ami0ade se sustentariam sem morai G
$ontrrio 'are$e ser o $aso& $omo ainda eremos no $onteRto da
inter'retação de Ldam Smith, o res'eito moral em todas as suas
sutile0as, a*inal, a'enas 'ode ser desenolido em relaç"es
estreitas, e ele # *undamental 'ara estas Em segundo lugar,
di*i$ilmente 'ode $onen$er a tese desenolida 'or Piaget em seu
liro sobre T &uízo morai na criança , Que em relação a seus 'ais
$rianças a'enas desenolem um res'eito unilateral Que ele
entende $omo um misto de temor e amor, Que seria 'ortanto uma
atitude 'r#mo ra e Que a'enas numa idade 'osterior, m #eer$
grou#( elas desenolem um res'eito m^tuo Em relação a muitos
mandamentos não entendidos 'ode este ser o $aso, mas 'are$e
ina$eitel 'ara Quest"es morais tão *undamentais $omo o sentido
'ara a ustiça, 'ara a manutenção da 'romessa e a eR'e$tatia de
Que os 'ais, 'or sua e0, se atenham s normas Que eles eRigem
L im'li$ação 'si$olgi$ a do desenolim ento, $ontudo, não #
o mais im'ortante 'ara a minha tese Sea Qual *or o modo de se
desenolerem amor e moral nas $rianças, um amor maduro ou uma
ami0ade sem os $om'one ntes morais, 'are$e sem $onstân$ia e sem
'eso, de modo Que *atores de 'oder e de de'end]n$ia o$u'am o seu
lugar Podemos agora tomar de tal *orma a distinção de Fromm
entre relação eQuilibrada de amor e as *ormas simbiti$as, Que $ada
relação de amor ou de ami0ade somente 'ode ser eQuilibrada se ela
essen$ialmente tamb#m # determinada 'ela atitude moral res'eito,
não instrumentali0ação L assimetria das *ormas simbiti$as
determinadas atra#s do dom6nio ou da submissão #, enQuanto não
res'eit o ou não eRig]n$ia da autonomia e dos direitos, uma atitude
do unierso da amoralidade
Tale0 'ossa 'are$er Que esta $on$e'ção a'enas se distingue
teRtualmente da 'r'ria $on$e'ção de Fromm G resultado
88
'are$e ser o mesmo, $onQuanto a reiação eQuilibrada de amor
im'li$a res'eito Se re$onhe$emos a atitude moral $omo um *ator
inde'endente temos, no entanto, uma di*erença essen$ial Isto se
mostra tanto 'ara o $on$eito de amor Quanto 'ara o da moral, e no
*im das $ontas, 'ara a 'ergunta de 'artida 'ela am'liação da moral
estendendose a todos a 'artir das 'essoas de relaç"es diretas
Em rela ção ao $on$ eito de $amor, Fromm os$ila entre um
$on$eito uniersal, $omo se en$ontra em %L 45, e o da sem're de
noo retomada $erte0a, Que somenteU o amore"ilibrado mere$e
o nome VamorU Con$eitua6mente # mais satis*a trio se 'rimeiro
de*inimos o amor de maneira tão gen#ri$a Que suas *ornias
simbiti$as tamb#m seam re$onhe$idas $omo amor, sendo então
de*inido o amor de Fromm, no Vsentido erdadeiroU, 'ela
di*erença es'e$6*i$a do eQuil6brio E não 'odemos er $omo isto
'oderia ser 'oss6el sem a in$lusão da atit"de moral uma e0 Que o
re$onhe$imento da autonomia e dos direitos *a0 essen$ialmente
'arte do eQuil6brio
Xais im'ortante # a $onseQ7]n$ia 'ara o $on$eito de moral
Pois, se a a*irmação mora # uma a*irmação Que se distingue da
a*etia, e Que 'ara ser satis *atria dee a'enas assum ir em si a
a*irmação a*etia, então a eRtensão a todos sa$ri*i$a o 'aradoRo Que
'ossu6a a id#ia de Fromm sobre uma eRtensão do amor a todos G
assentimento morai # aQuele Que todos os membros da $omunidade
moral eRigem de todos, $omo resulta da minha eR'li$ação nas
'rimeiras liç"es Por isso, numa moral tradi$ional6sti$a, ele de
antemão re*erese in$lusie a todos e am'liase uniersalmente tão
logo a moral sea $om'reendida de modo moderno Xesmo se uma
$riança ini$ialmente a'enas # introdu0ida na atitude moral no
$onteRto das 'essoas de relaç"es mais estreitas, e tamb#m Quando
neste $onteRto ela se ] 'rimeiramente motiada 'ara a a$eitação
da atitude moral 'elo interesse na $on*iabilida de destas relaç"es, o
ti'o de isão moral $on*orme o seu sentido, # então $ontudo
re*erido
<AA
a todos Cada 'essoa est lire 'ara delimitar $omo Quiser o
dom#nio da motiação morai mas não o da atitude moral (Isto
naturalmente não eR$lui Que as obrigaç"es se distinguem segundo a
'roRimidade ou a distân$ia Wue elas se distinguem assim, #
e?atamente o res"ltado do u60o sobre o modo Que todos deem se
$om'ortar, 'ro*erido na 'ers'e$tia de "al"er "m$9
Chegar6amos portanto ao seguinte resultado& Que uma de
terminada *orma de amor não # 'oss6el sem res'eito, mas Que
J os $o n$eitos am or e re s'eito se so bre'"em 9ã o eR iste
amor sem res'eito, e uma e0 assumida a atitude morai o -ter de&
obrigatoriamente estendese 'ara al#m das relaç"es a*etias JIsto
nat"ralmente aão eR$lui Que o res'eito sea 'or sua e0 a*etio 6$*
su'ra, seRta lição), e nisto est es$ondido o nScleo de erdade do
mandamento do amor ao 'rRimo Xas este a*eto não 'ode ser mal
entendido, no sentido de Que as relaç"es eR$lusias do amor e da
ami0ade não têm limites Podemos clarearnos isto
partic"larmente mudandoo 'ar a o 'assio Eu gostaria de ser
res'eitado 'or $ada um, mas Quem gostaria de ser amado 'or
todos[ G $ontrrio de res'eito não # dio, mas humilh ação e
indi*erençak
G lugar 'riilegiado Que a 'ostura moral 'ossui 'ara uma
relação de amor satis* atria *a0 'arte da atitu de moral, $onstitu i
uma ra0ão 'ara sermos motiados a nos $om'reendermos $omo
membros da $omunidade morai Se ns s 'odemos estar bem
numa relação eQuilibrada de amor e se a relação eQuilibrada de
amor não # 'oss6el sem a atitude morai então temos uma boa
ra0ão 'ara nos entendermos moralmente Estas $onsideraç"es
teri$as são a'oiadas 'elo dado em'6ri$o Que aQuelas $rianças
Que não 'odem $onstruir relaç"es de intimid ade obiamente
P9
rersersolitrio ,%L =3s) Fromm $om'reende as *ormas de amor
do dom6nio e da submissão $omo *ormas malogradas do não
Querersersolitrio Wuem ama desta maneira 'ermane$e tio
solitrio Quanto aQuele Que não # ne$essitado de amor, Gb
seramos anteriormente Que, na 'ergunta 'elos bons motios Que
temos 'ara sermos morai s, não 'odemos *a0er nada mais do Que
$hamar atenção daQuilo Que temos Que *a0er $om'le mentarmente
se Quisermos lirarnos da moral
Deer6amos manternos isentos de uma tend]n$ia dogmti$a
de Fromm Fromm tende a di0er& 'orQue o homem # desta e
daQuela maneira ('or eRem'lo, não Quer ser s), ele tem de 9ão
ne$essitamos de uma tese antro'olgi$a tão *orte, e 'odemos
sim'l esment e di0er& se tu não Queres ser solit rio, tens de, mas
est na tua liberdade 're*erir uma ida solitria (ou não) L'enas
'odemos mostrar Que tudo est rela$ionado $om o lack of moral
sense' 9ão eR iste u m 6?
iem deU absoluto, nem moral e nem
motia$ional
Estas eR'li$ aç"es sobre a moti ação 'odem ser istas $omo
uma am'liação direta das $onsideraç"es Que *i0emos sobre 'oder
e moral no *inal da Quinta lição T6nhamos distinguid o na Quint a
lição duas Quest" es de moti ação& ! Temos boas ra0"e s 'ara nos
$om'reendermos $omo membros da $omunidade moral[ = Temos
boas ra0" es 'ara nos $om'ortarmos moralmente[ Ls ra0"es Que
na Quinta lição $itei 'or 'rimeiro, as ra0"es de se $om'reender
$omo membro de uma $omunidade moral em geral 'orQue $aso
$ontrrio somente 'oderia er meus semelhantes $omo obetos, e
não $omo suei tos res'o nse is 'erte n$iam 'rime ira Questã o
Ls ra0"es Que *oram $itadas agora, ao $ontrrio, *a0em 'arte
'rimeiramente da segunda 'ergunta, mas tamb#m agem
igualmente sobre a 'rimeira Pro$uramos mostrar aQui Que eu
de *ato tenho de 'ro$eder moralmente diante das 'essoas Que me
são 'rRimas, se a relação a*etia Que tenho $om elas # 'ara ser
satis*atria 2imos 'or#m ao mesmo tem'o& se 'ro$edemos
moralmente
<A=
em relação s 'essoas Que nos são 'rRimas, entramos desta *orma
no mundo moral $omo tal em relação a todos Xas # obiamente
bem eidente "e não me sentirei motiado de me $om'ortar
moralmente *a$e Quelas 'essoas Que me são distant es Então de
*alo sei Que dianle deles me deeria $om'ortar desta maneira, mas
eo $aso não tenho moti o 'ara tal$ Isto eR'li$a a dis$re'ân$ia entre
a uniersalidade de nosso modo moral de er e o al$an$e m6nimo
de nossa motiação moral Esta dis$re'ân$ia $hama
'arti$ularmente a atenção em nosso tem'o ERiste uma *orte
tend]n$ia, tamb#m 'ara homens Que 'ensam de maneira
uniersalista, de limitarse no essen$ial *am6lia e ser $orretos no
Que res'eita ao resto 'or motios $on tratualistas solidão
também 'ode ser s"perada mesmo na es*era mais 6ntima LQui
mostrase o $arter limitado deste argumento da motiação 9a
'rRima lição reto marei mais uma e0 Questão da motiação a
'artir de uma outra 'ers'e$tia, ligandoa $om Ldam Smlt*a
<A<
D@CIXL W+I9TL !IMNG L
am'liação do $on$eito 8antiano em
$oneRão $om Ldam Smith:
atitudes intersubjetivas
uniersalm ente a'roadas_
<A?
t"des da !elicidade e irtudes morais 9ão são as mesir mo
deraç"es Que dis'"em 'ara o bemestar e Que são moralmente
a'roadas[ Mara Lristteles eidentemente !oi assim, rms na
Questão 're$isamos manter $lara esta distinção conceit"ai, mesmo
Que 'ossam o$orrer sobre'osiç"es Tamb#m na lição anterior se
insistiu nesta distinção L6 eu não *alei de nenlmma irtude morai,
usas a'enas tentei mostrar Que a irtude ja *eli$idad e, no sentido
Que Fromm d relação eQuilibrada entre a"tonomia e
de'end] n$ia, im'li$ a na atitude moral$ 7on a atit"de mora não
estaa $ontudo im'li$ad a nen)"ma 9irr>de es'e$i*i$amente moral,
mas sim'lesmente o res'eito more P das 'essoas, portanto, "ma
atitude moral Que 'ode ser 'er*eitamente des$rita atra#s do
$on$eito 8antiano, sem 'or conseg"inte 're$isar re$orrer s irtudes
morais
Con!rontamonos 'ortanto $om a Questão de saber se além dos
$onhe$idos ti'os de regras 8antianas e $ontra6Ria7stas ainda
eRistem, 'ara a moral uniersalista, virt"des morais, a saber
irtudes Que não 'odem ser redu0idas a $ondutas ou regras de
$onduta, isto #, Que seam atitudes, em noo terren4 Que
sim'lesmente *ora 're'arado de *orma aga atra#s da irter
'retação Que dei das irtudes so$iais (intersubetias em risp
Jt$eles Tamb#m aQui trataase de e"ilibrios entre aterse asi e
relação de de'end]n$ia, donde a 'roRimidade de $or&rido em relação
s irtudes da *eli$i dade Xas se atitudes deste 44po, enQuanto
mandamentos, deem ter um lugar numa moral uniersal, então
deeriam ser aQuelas Que em todos seriam jese adas na
'ers'e$tia de todos (ou de QualQuer "m9$ LQui naturalmente
tamb#m não se 'ode tratar de uma $onstrução *ilos*i$a, e Adam
Smith tamb#m # da o'inião Que as virr:des Que eie a'resenta são de
*ato geralmente
+' não tenh am re$onhe$idas n& i&autilitarismo
sido ista s pelo adia (' 3:/de*endido
Ii<:) Wue elas
'or Kume,
ante$essor de Ldam Smith, e no 8antismo, seria então ao $ontrrio a
$onseQ7]n$ia de ama mio'ia *ilos*i$a, sobre $uas 'resum6eis
ra0"es ainda ire& me 'ronun$iar mais tarde
Sistemati$amente, Ldam Smith não organi0ou seu liro de
maneira satis*atria Corres'ondendo sua hi'tese em'6ri$a um
tanto estranha, Que a $ons$i]n$ia moral en*im não 'arte
'rimariamente de regras, nem de 'rin$6'ios, mas indutiamente de
e?periências concretas do sentimento 1\UW ($Q$$9, o livro 'arte
do *ato da sim'at ia, $uas im'li $aç"es normativas a'enas serão
eiden$iadas gradualmente
Somente na 5 'arte da obra, Que *un$iona Quase $omo
a']ndi$e Smith trata de Kome, seu ante$essor, resulta ndo da6 um
'anorama das irtudes, Que em sua maior 'arte $omo totalmente
em Kume est rela$ionado $om utilidade& a irtude da sabedoria
'rti$a ,#rudence< # o $arter Que um indi6duo 're$isa 'ara
al$ançar a 'r'ria *eli$idade/ ustiça e beneol]n$ia são as
dis'osiç"es 'ara se al$ançar a *eli$idade dos outros Estas irtude s
#odem( a*irma Smith (=5=/ 2! Con$! I), ser eR'li$adas, 'or um
lado, a 'artir dos nossos a*etos ego6stas, e, 'or outro, a 'artir dos
nossos a*etos altru6stas, $omo o 'ensa Kume E mesmo estas
irtudes não teria 'odido desenoler de maneira $ont6nua, Quem
não se deiRasse determinar ao mesmo tem'o 'ela $onsideração dos
sentimentos dos outros, e na erdade de tal maneira, Que $om isto
sea determi nante o obserador im'ar$ial ,im#arcial s#ectator<'
Em ^ltima anlise haeria $ontudo uma outra irtude *undamental, a
do autodom 6nio ,self$command<( $ua *ormação na erdade 'ode
mos tamb#m 'ensar $om $rit#rios 'ruden$iais/ isto $ontudo a'enas
de tal *orma, Que os a*etos eR$essios sim'lesmente seam
re'rimidos, não moderados ou trans*ormados/ estes ^ltimos a'enas
seriam 'ossibilitados atra#s do sentimento da $oneni]n$ia
,#ro#riet1^<( $uo $rit#rio seria a 'ossibilidade de outros im'ar$iais
'oderem tomar 'arte neles (=5</ 2I Con$l <>)
<A5
nante 'ara a 9irtude gerai' LQui as irtudes são diididas em dois
ti'os 1\, =<=;,5>/ Li$$UB,I,i$U e II$L introd$94 "m ti'o
re'resenta as irtudes da $oneni]n$ia em sentido mais restrito, e
estas di0em res'eito $a'a$idade de a$om'anhar a!etivamente aos
outros LQui en$ontraremos o n^$leo da #ti$a de Smith& este
re*erese totalmente a uma relação de de'end]n$ia de car'ter
"niversal, da de'end]n$ia da 'r'ria a!etividade da a!etividade
dos outros / re*ere se abertura a*eti a 'ara os outros, o Que Quer
di0er, 'ara os seus a*etos e sua $a'a$idade a*etia G segundo
1tipo9 d60 res'eito ao m#rito e seu contr'rio ,merit or demerit s
Qualidades, pelas "ais merecemos recompensa o" $astigo
somente este seg"ndo tipo de virt"de "e é re!erido ustiça e
benevolência ,&ustice and beneficence<' 2 o Snico tipo de virt"de
"e é considerado por ("me, o Qual porém tamb#m posso
a$res$entar é considerado por Yan* (são as obrigaç%es negatias
e 'ositias de ;ant9$ E na = parte do livro$ 5mit) incl"sive
proc"rar' demonstrar "e tamb ém estas irtudes se *undam na
irtude da conveniência$
Consideremos $ontudo 'rimeiro o n^$leo de sua $on$e'ção
Esta # introdu0ida hesitosamente no in6$io da 3 'arte Smith ini$ia
$om o *enmeno em'6ri$o da sim'atia ,s1m#ath1) Por $om'aiRão
,#it1 and com#assion< entendemos o sen tir$om (ou sim'atia), o
sentir $om a a*lição dos outros Entendemos Que a sim'atia tamb#m
'ode ser $om'reendida neste sentido restrito, mas Que ela tamb#m
'ode, e aQui dee ser entendida no sentido am'lo, Que ela est 'elo
sentir$om, $om todos os a*etos dos outros (3A/ !i,3;) Certamente
não são todos os a*etos e sentimentos dos outros Que des'e rtam
sim'atia, 'or eRem'lo, raramente remos sim'atia $om sentimentos
de 'ra0eres $or'orais/ e diante de a*etos so$iais negatios $omo
<A>
Até aQui o 'onto de 'artida de Ldam 5mit) 'oderia 'are$er
semel)ante ao 'rin $6'io de 5c)open)a"er, a'enas mais am'lo
Xas em Smith agora se d "ma s#rie de 'assos Que mostram Que o
seu # um $on$eito $om'letamente di*er ente do "e ini$ialmente
'oderia 'are$er (Ll#m disso, estã nat"ralmente de antemão
$laro Que a sim'atia $om a alegria do o"tro não 'ode ser
entendida $omo motio 'ara outra $oisa 1agir$ moral9 $omo a
$om'aiRão em 5c)open)a"er$ Por iss o, o $on$eito desim'atia de
Smith tamb#m se distingue !"ndamentalmente do de ("me$ C!$
<=>/ ILhMB$9
G 'rimeiro 'asso # Que Smith, no = $a'6tulo da I seção,
obsera Que tend]n$ia de sentir (sim'ati0ar) $om os outros
$orres'onde re$i'ro$amente, 'or 'arte dos outros, o deseo de
Que outros sim'ati0em com eles& V9ada nos agrada mais Que 'oder
'er$eber em outras 'essoas uma sim'atia $om todos os a*etos em
nosso 'eito/ e nada nos $ho$a mais Que a 'er$e'ção do $ontrrio`
(3</ !!=1 _ Esta re$i'ro$idade no sentir$om e na de'end]n$ia
deste sentimento a'are$e nas 'rimeiras seç"es $omo uma
re$i'ro$idade Que o$orre 'arti$ularmente entre amigos Xas se
o$] não tem nenhum sentime nto (de $om'aiRão) em relação aos
in*ort^nios Queme adieram, ou nenhum sentimento Que estea
numa re6ação $orreta 'ara $om minha a*lição, ou se o$] não sente
QualQuer indignação diante da o*ensa Que eu so*ri, ou nenhuma
indignação Que estea numa relação $orreta $om o meu
ressentimento, então não 'odemos mais *alar sobre estes assuntos
Então tomamonos insu'orteis uns aos outros 9em eu 'osso
su'ortar sua $om'anhia nem o$] a minha 2o$] est 'erturbado
$om meu a*eto e minha eem]n$ia, assim $omo eu estou irritado
diante da sua *ria indi*erença e insensibilidadeU (=3& 6i?;)
<A:
(=</ I$i$Q$W9, mas ela tamb#m o$orre entre estranhos Isto antes de
tudo 'are$e $omo mais um *ato em'6ri$o, Que 'ode se a'resentar de
modo mais *orte ou mais *ra$o, Xas em Smith a$res$e ntase agora
eR'li$itamente um as'e$to normativo$
ERiste e*etiamente desde o $omeço, naQuele Que $ultia a
sim'atia, uni u60o sobre, a $oneni]n$ia dos a*etos (3 'arte,
I seção, cap$ < e ?) +ma primeira raão 'or Que # assim ã #
dada no \cap#t"lo 1\_ I$i$ LI94 o momento Que libera a sim'atia
nã$#, $omo em S$ho'enhauer, o do a*eto do outro ou sua
eR're ssão, mas a situação Que # a $ausa deste a*eto Wuem , 'or
eRem'lo, 'ade$e algum in!ortSnio *6si$o de muita dor des'erta
nossa $omiseração, mesmo Qee'essoalmente não e?ternalie
nenhuma dor/ e se, ao $ontrrio, algu#m se QueiRa eR$essiak
mente de um 'eQueno in!ortSnio, somos in$a'a0es de sintoni0ar
$om o seu a*eto Gu se algu#m se $om'orta de uma maneira
ergonhosa, sentimos ergonha 'or ele mesmo Que ele 'r'rio não
a sinta 9esta di*erença entre o nosso sentimento 1sentircom9 e o
a!eio de "em a"i é re!erido est' implicado um u60 o sobre a
ade"ação do se" a!et o em relação situação "e o provoco"$
"al é o critério para este +"#o de avaliaçãoH
9oamente Smith d 'rimeiro uma res'osta Que ele $orrige
mais tarde LQui no $a'6tulo <, ele a*irma Que o ^ni$o $rit#rio 'ara
o ulgamento da deQuação ou inadeQuação # se esta situação do
outro 'ode des'ertar sim'atia em mim, ou se eu me 'osso imaginar
Que numa situação eQuialente eu tamb#m reagiria desta *orma L
obeção est na argumentação, Que minha reação a*etia diante de
uma situação deste ti'o, ou minha $a'a$idade 'ara sim'atia, 'ode
igualmente ser inadeQuada Portanio ou *i$amos na mera *ati$idade
da sintonia entre duas 'essoas, e isto então seria uma *ati$idade
'uramente subetia
uma alternati a Que Smith em momento algum $onsidera ou eu
tenho Que deiRar em aberto, Que meu ti'o de reação igualmen te se
a'resenta $omo inadeQuada, a 'artir da 'ers'e$
<A4
t6 a de "m ter$eiro e de "m Quarto e, em ultimaanlise, a 'artir da
'ers'e$tia de 5ual5uer o"tro$ Lssim 5mit) $hega ao seu $on$eito
de observador im'ar$ial
Para $om'reend]lo $orretamente deemos 'rimeiramente
obserar Que Smith desde o 'rin$6'io *ala $omo bio nesta maneira
obetia do ulgamento da adeQuação do a*eto do outro Isto se
a$entua 'elo *ato de, $on*orme se d o ulgamento, o a*eto do outro
ser a'r oado 9 desa'roado ,a##ro9e f dis$ #ro9*<' Esta $lara
im'li$ação normatia 'are$e serir 'ou$o 'ara a introdução
em'6ri$a Para entendermos agora o Que Smith Quer di0er $om o
obserador im'ar$ial, deemos 'er$eber Que ele $ondu0 o leitor do
dis$urso de um obserador não es'e$ialmente Quali*i$ado
,s#ecfator<( 'ara o dis$urso de um obserador im'ar$ial, atra#s de
diersas 'eQuenas modi*i$aç"es, Que $omo tais não são
'arti$ularmente ressaltadas @ im'ortante notarmos Que 'rimeiro ele
sim'lesmente *ala de obserador (=3/ !!?5) Smith, mesmo Quando
mais tarde *ala do obserador im'ar$ial, nun$a se re*ere a um
obserador teri$o, mas sem're tem em ista aQuele Que mant#m
uma atitude 'arti$i'atia diante dos a*etiamente atingidos E disto
resulta um 'rimeiro *ator, *undamental 'ara Smith, na di*erença
entre o a*eto do atingido e o sentimento (sentir$om) do outro (do
Vobseradorf)& aQuele Que ien$ia, ele mesmo, a emoção (alegria,
dor, ressentimento, et$), ien$iaa normalmente mais *orte Que
aQuele Que a sente $om ele (=3 s/ 3?; e >) $omo uma emoç ão
Vre*letidaU ($* 'assagem men$ionada) $om base na sua $a'a$idade
de imaginação e 'orQue se $olo$a no lugar do outro (==/ Ii?:)
Por isso 'ara a*inal 'oder $hegar a um a$om'anhamento
a*etio re$6'ro$o, im'ortam duas $oisas Tanto o Que 'arti$i'a do
a*eto Quanto aQuele Que # 'or ele 'rimariamente atingido tem Que ter
desenolido uma dis#osição fundamental 5ue #ossibilite a
adeQuada sintonia a*etia, e as duas dis'osiç"es *undamentais aQui
eRigidas são irtudes/ são 'ara Smith as
<3A
duas irt udes !"ndamentais 'or eR$el]n$ia& 'or um lado, sen
sibilidade, e 'or outro auto$ontrole ( sensibüit1 and self$com$
mand< 1I$i$ ;5) Smith colocaas, 'or sua e0 sob um
denominador $omum, Quando di0& V@ 'or isso Que sentir muito
'ara os outros e 'ou$o 'ara si, $ontrolar os a*etos a"tore!eri dos
e $eder aos a*etos Que Querem bem, $onstitui a 'er*eição da
nature0a )"mana, e # o Snico $aminho 'ara gerar entre os
homens aQuela )armonia de sentimentos e a*etos, em Que re'ousa
toda a sua graça e $oneni]n$ia Como a grande lei do $ristianismo
# amar nosso 'rRimo $omo a ns mesm os, assim o grande
im'eratio da nature0a # amarnos tãosomente Quanto amamos a
nosso 'rRimo o"H o "e d na mesma, $om o nosso pr7?imo é
$a'a0 de nos amarU (!!;;)
2imos anteriormente Que no = !iro Smith $om'ara o
auto$on trole resultan te da motiação da $oneni]n$ia, o Que Quer
di0er, da $a'a$idade de sintonia a*etia, Que somente #
desenolida a 'artir de $rit#rios 'ruden$iais Wuem se orienta 'ela
$oneni]n$ia 'ro$ura dosar ,flatten out< tanto a Vgradação do tom
natural U dos seus a*etos, Que os obserado res 'odem tomar 'arte
deles (Ii?>) Constantemente ele dee Vse imaginar $omo ele seria
a*etado, se a'enas *osse um dos obseradores de sua situaçãoU
(!t?:)
Com Vum dos obseradoresU est im'li$itamente re*erido
aQuilo Que Smith eR'ressa mais tarde& VQualQuer umU 9a 'rimeira
'assagem em Que o$orre o termo Vobserador im'ar$ialU (Ii;?),
Vim'ar$ialU 'are$e sim'lesmente signi*i$ar algo Vnão a*etadoU, e
aQui, al#m disso, ainda 'are$e se tratar de amigo Xas então Smith
tamb#m *ala do indi&ferent s#ectator , do obserador indi*ere nte,
$om Que 'or#m noamente se Quer di0er& aQuele Que não # o
'rimariamente a*etado, não o insens6el/ mais tarde Smith em'rega
tamb#m o termo b1stcinder( o $asualmente 'resente (ou o
es'e$tador $ir$unstan$ial) Como $rit#rio geral estabele$ese em
^ltima anlise& VEstes e todos os outros a*etos da nature0a humana
'are$em $onenientes e
são a'roados Quando o $oração de QualQuer () obserador
im'ar$ial sim'ati0ar totalmente $om ele, Quando QualQuer um
indi*erentemente 'resente ,e9er1 indifferent b1$stander ) 'uder
'enetrar totalmente nestes a*etos e a$om'anhlosU (54/ Ki==)
Xais adiante Smith di0& VL $onersa $om em amigo nos lea a um
estado mel)or, e $o m "m estranho a um estado ainda melhorU
(3;</ II!<<:)
+m $rit#rio 'ara a sensibilidade adeQuada, re*erido desde o
in6$io, #& Que o 'arti$i'ante Vdee re*a0e r toda a situação de seu
'ar$eiro em seus m6nimos detalhes/ de'ois ele dee se es*orçar
'ara eR'or $om a maior 'er*eição 'oss6el aQuela imaginria
mudança de situação, na Qual estã baseada a sua sim'at iaU (=3/
Ii?5) Posteriormente Smith assume isto de tal maneiraQue, nas
^ltimas 'artes do liro, *ala do Vobserador im'ar$ial e bem
in*ormadoU ('or eR =4?/ 2I!ii3?43
@ bio Que de um amigo se es'era uma outr a medida de
'arti$i'ação Que de um estranho (!i?4) Xas, 'rimeiro, segue da6
'ara a irtude do auto$ontrole, Que aQuele Que # a*etado 'ela
emoção 'ro$urar diante dos estranhos um grau de serenidade
ainda maior (su'erior) ($* 'assagem men$ionada) e, segundo, não
segue da6 Que o estranho tamb#m não 'ossa ulgar igualmente bem
a Questão da adeQuação do a*eto G amigo sentir $om maior
intensidade, mas se # $orreto sentir $om o outro, i #, se o a*eto do
outro dee ser a'roado, isto ele de$ide a 'artir da 'ers'e$tia de
um obserador QualQuer
/odemos el"cidar isto com base n"m a!eto "e 5mit) com
raão apresenta como especialmente cr#tico 1c!$ cap$ de I$ii9,
raiva e ressentimento$ fma ve "e este a!eto atinge negativa
mente a "m terceiro, também o sente o amigo da"ele "e o
e?pressa, de in#cio negativamente e sem simpatia$ A raiva,
m"itas e?terioriada de "ma maneira partic"larmente ag"da,
parNece primeira vista como inade"ada$ Apenas sentirei com
ele, na medida em "e e" tomar con)ecimento das ra%es 1na
medida em "e compreender a sit"ação9 para "ma tal er"pção
P
de sentimentos de um amigo& minha indignação ( in'ination <
$orres'onde então ao seu ressentimento ( resentment ) Xeu amigo,
'or sua e0, alori0ar de modo 'arti$ular Que eu o a$om'anhe
're$isamente em sua raia, ainda mais do Que nos outros a*etos/ e
# este o 'onto em Que Smith di0ia Que uma in$om'r eensão, se
torna insu'ortel Por outro lado, o amigo não 'essoalmente
a*etado, $aso não se submeta sim'lesmente ao outro,, er a
situação a 'artir da 'r'ria nature0a, de uma maneira mais
obetia, e assim tamb#m na 'ers'e$tia de uma ter$eir a 'essoa
&with the e1es$5f a (hir' %erson , 3<;/ I‡!<< ), de modo Que no
$aso, 'or mais Que o Quisesse, não se ] na 'osição de
a$om'anharo a*eto do outro`Em $asos eR$e'$ionais, o outro
'or#m tamb#m age de maneira des're06el num sentido inerso,
Quando não reage $om ira diante das o*ensas Que eu re$onheço
$omo tais (<?s/ D!<<)
+m $aso es'e$ial, Que Smith 'ro'ria mente não trata, # na
turalmente aQuele em Que amigos, mas tamb#m estranhos, se
odeiam um ao outro G a*etado sem're tende, $omo di0 Smith, a
reagir $om eRtrema sensibilidade Por isso os $ontraente s terão um
em relação ao outro não a'enas os sentimentos negatios, mas
sentiment os Que são de 'arti$ular mente di*6$il $on$iliaçã o, 'orQue
$ada Qual tem os seus $omo dign os de a'roação& $ada um ]
$omo de$isio, atra#s de seu 'arti$ular $arter de ser a*etado, um
outro as'e$to do $om'leRo a$ont e$imento da ação LQui 'are$e
'arti$ularmente im'ortante o trans'orse 'ara a 'ers'e$tia de
aaliação de um ter$eiro, 'ara Que assim o su'osto obserador
im'ar$ial no seu 'r'rio interior $orres'onda $om o do interior do
outro ($* 3<;/ III<<)
Lnimosidades, sea entre 'rRimos, sea entre estranhos, t]m
Quase sem're este $om'onente do ressentimento m^tuo, o Qual
im'li$a na atitude da autousti *i$ação L 'artir daQui 'odemos
aaliar melhor, $omo imos na lição anterior, a grande
im'ortân$i a Que tem a moral entre os amigos Pois, Quanto
mais 'rRimo se est um do outro tanto maiores são os 'ontos de
$ontato, e 'or isso tamb#m a multi'li$idade de 'ers'e$tias
di!erenciadoras no +"lgamento moral Esta estrutura das di*e
renças morais entre 'rRi mos de !ato dee ser aaliada a'enas
agora (aQu6), 'orQue agora eão estão mais em dis$ussão amo
ralidade e a imoralidade de aç"es e omiss"es, mas a moralidade e
a imoralidade das reaç"es a*etias diante da moralidade e%ou
moralidade das aç"es& 'orQue est em dis$ussão a adeQuação dos
u60os de aaliação Que estão na base destas reaç"es Xo emo
nos aQui de $erta *orma mim segundo n6el moral, isto
naturalmente não ale a'ena s 'ara o ressentimento m^tuo, mas
tamb#m 'ara a 'ossibilidade, dis$utida em'rimeira linha 'or
5rnit), de lançarse no dio $ontra um ter$eiro G leitor moderno
Que, 'artindo de Yant ou de Kume, tendesse a negar a usti*i$ação
do u60o de alor moral dos a*etos algo bio 'ara Lristteles e
assumido de maneira noa 'or Smith teria Qae se 'erguntar se
entao 'oder 6amos 'ensar em eitar este u60o ds alor no $aso
es'e$ial dos a*etos morais +ma e0 Que todo a*eto moral im'li$a
um u60o moral e uma e0 Que u60os Que 'retendem ser
moralmente usti*i$ados 'odem ser inusti*i$ados, o *ato do u60o
de aaliação moral das reaç"es morais não # a'enas um *ato
oni'resente no diaadia, mas # tamb#m uma $onseQ7]n$ia
ne$essria do u60o de aaliação moral no 'rimeiro n6el no n6el
das aç"es G a*eto moral o ressentimento não # uma Questão
'riada, mas ele muitas e0es atinge o outro mais *ortemente do
Que uma $orres'ondente ação reatia, abstra6do de Que ele sea o
'onto de 'artida de outras aç"es (retribuição, distan$iamento,
et$) Portanto, Quem a'enas admite de modo geral a eRist]n$ia de
aç"es morais e imora is, tem Que admiti r tamb#m Que eRistem
atitudes
designarde$omo
reaçãoatitude
moraisnem
e imorais
o a*eto9aturalme
moral nemnteseu
não u60o
'odemos
de
aaliação tamb#m em Lristteles os a*etos $omo tais ainda são
atitudes deem 'or#m ser designadas assim as *irmes dis'osiç"es
de $arter, a se $om'ortar de uma determinada maneira em rela
PH
$ão aos 'r'rios a*etos e em relação aos a*etos (morais e não
morais) dos outros Estas são 're$isamente as irtudes do au
to$ontrol e e da sensibilidade de Smith
Chegamos agora ao 'onto em Que 'odemos $onsiderar a #ti$a
smith6ana da $oneni]n$ia at# o momento a'enas re*erida em
sua estrutura sistemti$a 9a ' => (!i! introd \_9 Smith
estabele$e uma $oneRão eR'l6$ita $om a tradição aristot#li$a
Somente aQue6e a*eto Que se eQuilibra sobre uma $erta medida
intermediria entre eR$esso e insensibilidade # um a*eto em Que
outros ( ~j os obseradores im'ar$iaisU) 'odem tomar 'arte L'enas
numa 'assagem 'osterior (=4?/ 2I!ii 3?4) o autor então eR'il$a
Que nenhum dos sistemas #ti$os eRistentes at# o momento e Que
iam $omo $oneni]n$ia aQuilo Que deeria ser a'roado em
'rimeira linha, isto #, $omo uma $one ni]n$ia dos a*etos, 'de
o*ere$er uma Vmedida 're$isa ou determinada 'ara esta
6?
Que # $a'a0
ulgado de 'arti$i'ar
$omo do seuuma*eto
estando entre t? lea ao 'onto de o a*eto ser
demaisU e um Vdemenos ; +ma
'essoa Que iesse e se desenolesse so0inha, Que tiesse os
sentimentos Que tiesse, não teria nenhum motio 'ara re*leti r
sobre eles (33A/ III 3<) l em sentimentos est#ti$os, nos Quais
ningu#m # o 'rimariamente a*etado, 'ro du0se a di*erença entre
sentimentos $om'artilh ados e meramente subetios (34s/ I$i$Q$\Q9
tem "m -bom +"#o& aQuele Que ulga $omo outros (ulgariam) a
'artir de 'ers'e$tias diersas, de diersos $onteRtos de
eR'eri]n$ia Gnde ao $ontrrio, como nos a*etos, um # o
'arti$ularmente a*etado, a6 esta Vharmonia e sintonia # mais di*6$il
e ao mesmo tem'o di*eren $iadam ente mais im'orta nteU (=A/
!iL;) LQui $om'lementamse dois as'e$tos, 'rodu0idos 'elo
*undamento do dis$urso dealgo obetio ou $orreto ($onenient e)&
a di*e rença de 'e rs 'e$iias, Que tamb#m temos no est#ti$o, e a
di*erença entre
M a*etado e não 'essoalme nte a*etado Estes dois as'e$tos di0em
res'eito aos dois momentos Que Smith in$ula eR'ressão
Vim'ar$ialf`& o $arter 'rimrio de nãoa*eição ,indifferenc*< do
a$om'anhante 'oten$ial ís#eciator9 e a arbitrariedade do 'onto de
ista ,an1<'
Com isto est natural mente 'ressu'os to Que o nãoa*etado
Queira ou dea sentir $om o a*etado LQui 'ortanto temos Que *a0er
uma distinção, Que mesmo em Smith não se en$ontra tão
eR'li$itame nte L'rimeira $oisa # a $oneni]n$ ia das duas irtudes
*unda mentais, isto #, a dis'osição de dosar e res'e$tiamente
intensi*i$a r tanto os 'r'rios a*e tos (no 'rimariament e I a*etado) e
a dis'osição a*etia (em relação ao outro), de modo
Que um 'ossa a$om'anhar o outro Como se torna $laro a 'artir
3 do 'argra*o a$ima $itado sobre a 'er*eição da nature0a huma
[ na, isto re'resenta o alor *undamental 'ara Smith& estar a*e
I tiamente aberto 'araos outros, tanto na 'ers'e$tia do
a*etado Quanto do 'arti$i'ante, daQuele Que 'arti$i'a do seu
P;
a*eto (aQui *alta um termo "nit'rio 'ara a abertura a*etia nas duas
'ers'e$tias/ -a 'arti$i'ação est mais 'ara o lado do nãoa!etado,
eladosU)
ter6amos Que $om'reender
Segundo, no Que di0ores'eito
termo $omo abrangendo
reali0ação desteosalor
dois
!"ndamental, os a*etos (e estes são sem're os do primariamente
a*etado) são 'or soa e0 ulgados $omo apropriados$
L $oneni]n$ia das irtudes *undame ntais e o assim $om
'reendido $on$eito da 6? 'er*eição?a nat"rea )"mana& a'onta
'ara a ter$eira Questão, antes leantada Gbiamente não ne
$essitamos de outra eR'li$ ação 'ara sabermos Que estas dis'o
siç"es são *undamentais 'ara a 'ossibilidade da ami0ade Se $om
Lristtelesentendemos a ami0ade $omo o "ererestar 1iinto e a
dis'osição, a6 im'li$ada, de L$om'ade$erse e $on*raterni0 arseU,
então nesta`^ltima esl o a$om'anhamento a*etio sim'a*#t i$.
re*erido 'or Smiih Lt# Que 'onto Smith agora, em seu enun$iado
sobre a V'er*eição da nature0a humanaU, 'ode $om'reender esta
dis'osição ao mesmo tem'o num sentido uniersal, ou sea, de
modo, Que deamos desenol]la de maneira a se re*erir a tal
todos
(embora naturalmente $om menor intensidade) Das eR'li$aç"es
eR'l6$ita s de Smith não 'odemos es'erar uma res'osta satis*atria
'ara esta Questão $entral Como *i$ou $laro, Smith os$ila entre
uma $on$e'ção mais baseada numa des$rição de nossos
sentimentos *ti$os e uma des$rição normatia L `nature0a`, di0
ele, 'lantou em ns estes sentimentos, e 'odemos darnos $onta
Que eles são ^teis 'ara a sobrei] n$ia e a harmonia da so$iedade
Esta, 'or sua e0, 'ode ser 'ensada em diersos n6eis (:;s/
IIii<) +ma mera subsist]n$ia da so$iedade # 'oss6el ao n6el
de um Vinter$âmbio $omer$ial de bons seriços`f& # a so$iedade do
$ontratualismo, $omo ela tamb#m # $onstitutia 'ara uma
Vso$iedade de ladr"es e assassinosUXelhor, 'or#m, # uma
so$iedade harmn i$a, onde não a'enas h a obrigatoried ade da
ustiça, mas onde dominam as irtudes da ustiça, da beneol]n$ia
e da $oneni]n$ia ($* 'assagem men$ionada) Smith,
P
'ortanto, distingue $laramente entre uma so$iedade $ontratua lista
de subsist]n$ia e uma boa so$iedade, Que # uma so$iedade moral
Xas, em 'arte alguma, ele distingue bem eR'li$itamente entre uma
so$iedade moral, assim $omo ela 'ode ser 'ensada segundo os
'rin$6'ios humeanos (ou 8antianos), e uma so$iedade ainda
melhor, Que sea ao mesmo tem'o determinada 'elo 'rin$6'io da
$oneni]n$ia
Xas agora 'ode ser *a$ilmente arti$ulado $omo ele di*e
ren$iaria o seu$on$eito do $on$eito 8antiano V2o$]sU, assim
'oderia ele obetar aos 8antianos e aos utilitaristas, V]em as
'essoas em sua relação um $om o outro $omo $aaleiros 'resos em
suas armadur asU Lmoral então a'enas $onsiste em Que nenhum
$aaleiro dee 'reudi$ar o outro (obrigaç"es negatias), e Que ele
tamb#m deese 'reo$u'ar $om os interesses dos outros
(obri gaç"es 'ositias), mas isto a'enas signi*i$ a Que $ada um,
segundo a ne$essidade, dee, atra#s das aberturas de sua
armadura, al$ançar ao outro os seus bons seriços @ sim'lesme nte
= Theorie des 8ommuni8atien Kandelns (Teoria do agir $omuni$ati o), Fran 8*ur t
i4:!oi 3 <:;<4>s
P
ni$atio, no sentido de Kabermas o VentendimentoU # *undamental
Xas isto a'enas # um entendimento m^tuo sobre( a saber, sobre os
interesses dos a*etados, enQuanto Que a $omuni$ação 'retendida
'or Smith # uma $omuni$ação com os outros, ema $omuni$ação
Que somente # 'oss6el enQuanto a*etia $om os a*etos dos outros
G Que se harmoni0a não são os interesses, masos a*etos G Que se
as'ira não # um auste dos inte resses, mas uma harmo nia dos
a*etos
@ isto Que ns Vna ida $omumU segundo Smith, e $ontra a
orientação de Kume, a 'artir dos bens (e tamb#m a liberdade # em
bem) p es'eramos em nossa $ons$i]n$ia moral um do outro (3:/
I$i$$9$ E isto não # a'enas nmfaktum da $ons$i]n$ia moral mas o
'rin$6'io de Smith, o ulgamento do obserador im'ar$ial engloba
e eR'li$a as duas coisas+ de um lado, as irtude s das obrigaç"es
negatias e 'ositias, da ustiça e da beneol]n$ia e( de outro, as
da $oneni]n$ia Isto, entretanto, 'ode ser obtido do mesmo modo
$om a !7rm"la do im'eratio $ategri$o de Yant& deo $om'ortar
me assim $omo se desea na 'ers'e$tia de QualQuer um/ e o Que
$ada um Quer dos outros não # a'enas Que ele não sea lesado, Que
se $um'ra a 'alara $om ele, e Que na ne$essidade sea audado,
mas ele Quer igualmente Que nos rela$ionemos $om ele
a*etiame nte e Que 'or sua e0 se d] tal (se domine), de modo Que
sea 'oss6e l en$ontrarse $om ele a*etiamente E, 'ortanto, o
'r'rio 'rin$6'io 8antiano bem entendido Que se estende 'ara al#m
das obrigaç"es de $oo'eração e Que in$lui a abertura a*etia re$6
'ro$a eRigida 'or Smith
Ls duas irtudes *undamentais de Smith a da sensibilidade e
a do auto$ontrole, não são dis'osiç"es de ação, mas irtudes, as
Quais são irredutielmente atitudes, 'orQue são $om'reendida s
$omo atitudes da abertura intersubetia/ e agora 'odemos di0er
Que elas de *ato são eRigidas 'elo 'rin$6'io da moral uniersalist a,
$omo o estabele$era Yant/ são atitudes eRiddas moral e
uniersalm ente Xas da6 tamb#m se
P8
guese, o Qee antes disting ui, Que tamb#m os a*etos são ulgados
moralmente [ @ este tamb#m um ulgamento uniersal[ E a in$lusão
P9
'ressão da atitude in6ersubetia *undamental, a Qual, 'or sua e0,
não # $onen$ional
Linda terei Que retomar, $omo Smith tamb#m 'ro$ura in tegrar
em sua $on$e'ção de $oneni]n$ia, as irtudes da ustiça e da
beneol]n$ia 1ã no < $a'6tulo de !i3, Smith eR'li$a Que o
ulgamento mora global re*erese a dois as'e$tos distintos do agir&
'rimeiro, o motio da ação e a $orres'ondente irtude da
$oneni]n$ia segundo, o resultado da ação/ se a ação *or 'ro'6$ia
'ara os outros, então deer6amos *alar de m*rito( e, sendo
'reudi$ial, de dem*rito( G eiRo de Kume $onsiste em s ter
$onsiderado este segundo as'e$to Gnde Smith agora na II 'arte
trata deste as'e$to, ele 'ro$ura demonstrar 5az' m*rito 'or sua e0
est basead o na $oneni ]n$ia re*leRão # a seguinte& L reação
natural Quando sou 'reudi$ado, # o ressentimento e_ Quando
bene*i$iado, o agrade$imento Lssim introdu0idos, ressentimento e
agrade$imento são de $erta *orma a*etos 'r#morais/ o *ato de se
*alar de uma Vreaçã o naturalU signi *i$a Que a relação # ista de
maneira
seu anloga
obeto Quela
Signi*i$a QueQue
# eRiste, 'or eRem'lo,
neste mesmo sentidoentre o retribuir
VnaturalU $i^me e o
o bem $om o bem e o mal $om o mal Lo 'rimeiro deno minamos
re$om'ensa, ao ^ltimo $astigo G a*eto do agrade$imento e a
tend]n$ia retribuição 'ositia, e o a*eto do ressentimento e a
tend]n$ia retribuição negatia, estão, 'or $onseguinte,
analiti$amente in$ulados` G obserador im'ar$ial ulga estes
sentimentos da mesma *orma $omo todos os outros a*etos em
relação situação Qual eles reagem Isto $ontudo im'li$a neste
$aso ($a'6tulo ;) num sentimento $om'osto da 'arti$i'ação G
obserador tem uma Vsim'atia indiretaU 'ara $om o a*etado,
'orQue
< Podemos $ons iderar $omo *a0endo 'arte da de*in ição de um a*eto, Que eie não a'en as
tenha um $onte^do 'ro'osi$ional mas Que *a0 'arte deie uma determinada
tend]n$ia de agir$ c!$ YennZ )c tio n* Emo ti on an'(i88, ( 5>
ao mesmo tem'o ele se trans'"e 'ara os motios daQuele Que o
'reudi$ou ou bene*i$iou 9este $aso, o Que est na base do
ulgamento, se o agrade$imento ou o ressentimento dee ser
a'roado, # este du'lo trans*erirse a*etiamente 'ara os dois
a*etados Somente se aQuele Que age 'or 'rimeiro merece as
reaç"es a*etias do destinatrio agrade$imento ou ressentimento
as reaç"es deem ser a'roadas/ e ele as mere$e se tier agido
'or motios $onenientes ou inconvenientes$ Se algu#m re$ebe
uma $oisa boa, mas 'or motios in$onenientes 'or 'arte do
doador 'or eRem'lo, 'ara matlo ou 'or uma liberalidade
insensata e esbanadoraU então o agrade$imento # in$oneniente
e o doador não mere$e nenhuma re$om'ensa (>=/ 3!!<=) E seo
'reu60o $ondu0 uma usti*i$ada indignação, então # in$oneniente
a reação do ressentimento_
Smith 'ortanto *undame nta a desa'roação de aç"es ileg6
timas sobre a sim'atia $ora o ressentimento do a*etado e a
a'roação de aç"es ^teis sobre a sim'atia $om o agrade$imento do
a*etado Em II6;> (' >5) Smith ante$i'a um $eti$ismo do leitor
relatiamente a esta inter'retação da desa'roação da
ilegitimidade (VilegitimidadeU ou VinustiçaU 'ara Smith signi*i$a
sem're 'reu60o) Fa$e a isto ele salienta a 'er*eita analogia entre
ressentimento e agrade$imento Xas eu não $reio Que ele $onsiga
eliminar a d^ida Em outras 'assagens do liro, as obrigaç"es
negatias ('ortanto, as da VustiçaU) são a'resentad as $omo uma
'edra *undamental da moral 6$* ' 3>;/ III53A) E em sua
eR'li$ação do ressentimento a ser a'roado $omo um
(ressentimento) Que 'ressu'"e Que o 'reu60o não tem 'or sua e0
um ressentimento leg6timo 'or *undamento, 'are$e de *ato
'ressu'osto Que o 'reudi$ar em si e 'or si, inde'endente de
motios, dee ser desa' roado a'enas uma e0 Em e0 de
$onstruir a ilegitimidade sobre a in$onen i]n$ia, 'are$e mais
ra0oel di0er sim'lesm ente de aç"es ileg6timas, Que elas são
desa'roadas 'elo obserador im'ar$ial Smith 'roaelmente não
*a0 isto 'orQue seu s#ectator nun$a # en
P
tendido no sentido meramente teri$o& 'rimariam ente ele # sem're
aQuele Que sentecom, e a'enas sobre este *undamento ele #
aQuele Que
'are$er ter ulga (a'roando
sentido am'liar ou desa'roando)
a tal Xas então
'onto se" $on$eito 'oderia
de observador
im'ar$ial,, de modo Que se in$ulasse $om a 'ergunta 8antiana&
V$omo desearia $ada um Que eu me $om'orte[U, da mesma *orma
$omo esta 'ergunta 8antiana, 'or sua ve, teria Que assumir
untamente o $on$eito smit)iano da $a'a$idade de 'arti$i'a ção G
observador im'ar$ial seria, no sentido de 5mit), aQuele Que ulga
todos os a*etos e atitudes, indagando se 'ode sim'ati0ar $om eles
a 'artir da 'ers'e$tia de um nãoparticipante e seria ao mesmo
tem'o, no sentido de Yant, aQuele Que ulga todas as aç"es,
indagando se 'ode dese+'las a 'artir da 'ers'e$tia de QualQuer
"m$
Lgrade$imento e ressentimento não 'oderiam ser istos
$omo anlogos, 'orQue tamb#m as obrigaç"es negatias e a
PP
resultado de uma ação de algu#m outro, $ua motiação # a'roada
(Iii?3)
@ $om'aratiamente se$undrio at# Que 'onto # *eli0 a
tentatia de Smith de tamb#m *undar sobre a $oneni]n$ia as
obrigaç"es 'ositias e negatias, e se isto a*inal interessa a Smith
($* outro ti'o de a'resentação na 'arte 5, su'ra) ?
G de$isio # Que a moral das obrigaç"es em relação a
omiss"es e aç"es $omo tais tem sido $om'lementada 'ela moral da
$oneni]n$ia, Que # uma moral da atitude de $omo nos deemos
$om'ortar a*etiamente em relação aos outros_ Dois as'e$tos, at#
o momento não men$ionados desta 'arte $om'lementar da morai,
Que ainda dee ser entendida $omo moral do im'eratio
$ategri$o, são& 'rimeiro, Que esta 'arte da moral não 'ode ser
submetida a regras 'ela ra0ão anteriormente re*erida e a dis$ussão
muito 'onderada de Smith $om a moral de regras, nos $a'6tulos ? e
; da III 'arte, s 'ode ser entendida tendo em ista Que ele
sobre tudo 'ensa nas irtudes das atitudes G segundo (as'e$to ) #
Que esta $om'lementação # naturalmente uma $om'lementação de
obrigaç"es 'ositias G dom6nio da obrigação 'ositia, Que na
moral de regras est redu0ida ^ni$a obrigação inde*inida de
audar, adQuire, atra#s da in$lusão dos a*etos e das atitudes, uma
noa signi*i$ação *undamental naQuilo Que # o*ere$ido na
re$i'ro$idade
Se agora $om'aramos o resultado em Ldam Smith $om as
irtudes so$iais em Lristteles, então o mais im'ortante #
'res$indir de sua id#ia 'arti$ular de uma 'oss6el redução tamb#m
das obrigaç"es negatias e 'ositias, e sim'lesmente $on$eber as
irtudes da $oneni]n$ia $omo $om'lemento do $on$eito 8antiano
Wue a #ti$a de Smith 'ode ser ista $omo melhor $om'lementaç ão
do $on$eito 8antiano do Que do $on
? C*, de outro lad o 'assagen s tão $laras $omo 6I !I> (' 33<)
PH
$e6to )"meano, isto resulta 'rimeiramente do seu re$urso ao
obserador im'ar$ial, o "al, +"ntamente $om o im'erati o $a
tegri$o, 'ode ser diretamente in$ulado a um 'rin$i'io moral
*undamentâ unitrio/ e (isto resulta assim), era segundo lugar,
'orQue Smith +' deido signi*i$a ção *undamental da sim'at6a
reeita a orientação de Keme baseada na utilidade 'ara a so$iedade
e a$entua Que todosos mandamentos morais são tais, *a$e aos
indi6duos (' :4s& I!i!<3A)
Wuanto ao $onte^do 'odemos então di0er Que as duas irtudes
da $oneni]n$i a de Smith sensibilidade e auto$ontrol e
estão 'rRim as das irtud es so$ia is de Lristt eles, 'orQue elas
são igualmente *ormas de uma abertura eQuilibrada 'ara osoutros
G aanço de$isio em Smith $ontudo não $onsiste no $onte^do,
mas no *ato de !"ndament'lo sobre um 'rin$6'io moral, Que al#m
de tudo tem $arter uniersal @ um 'rin$6'io id]nti$ o ao de ;ant$
ConQuanto em Fromm a 'rioridade $onsistia no *ato de Que ele
'odia dar eR'ressão do meiotermo um sentido 'r'rio, 'orQue
os 'los t]m um sentido 'r'rio
o resultado $ontudo não *oi irtudes morais, mas irtudes da
*eli$idade o *aiar do meiotermo 'ermane$e tão *ormal em Smith
$omo em Lristteles& obt#m $ontudo sua determinação atra#s do
6n$ulo retroatio ao obserador im'ar$ial Sim'li*i$ando,
'oder6amos di0er& a a0ia *rmula aristot#li$a # substitu6da 'elo
'rin$6'io 8antiano
L'enas 'or#m o 'rin$6'io 8antiano tenha sido am'liado at# as
atitudes intersubet ias, dis'omos então de uma $hae $om a Qual,
no $aso, tamb#m 'odemos e deemos assumir, 'ara a
*undamentação uniersalista, outras irtudes e 6$ios, Que são
re$onhe$idos na $ons$i]n$ia $otidiana @ ra0oel re*erir
'rimeiramente a Questão s demais irtudes so$iais de Lristteles
Ldam Smith, $om sua orientação $om base na 'arti$i'ação a*etia
re$6'ro$a e na irtude da sensibilidade Que dela resulta, tinha
elaborado um d'o de atitude em relação aos outros Que nem
mesmo eRiste em Lristteles, Em Lristteles
<=;
a in$lusão dos a*etos na doutrina das irtudes 'ermane$ia em
grande 'arte 'or ser elabo rada, $om eR$eç ão da irtude da mo
deraçã o, Que ele $ontudo a'enas re*eria aos 'ra0eres $or'ora is, e
$uo $arter so$ial *ora a'resentado a'enas 'or Smith Por outro
lado, en$ontramos em Lristteles irtudes Que não eram
'rimariamente re*eridas a a*etos, mas a aç"es [ as Quais $ontud o
$omo imos tinham Que ser entendidas $omo atiidades no
$om'ortarse *a$e aos outros, e Que eram igualmente atitude s,
sobretudo no dar e no darse, $omo a generosidade e as irtu des
so$iais 2irtudes deste ti'o a'are$em em Smith a'enas margem,
'orQue elas não 'odem ser $om'reendidas a 'artir do ogo da
a*etiidade L 'ergunta, se elas não obstante deem ser
re$onhe$idas $omo irtudes morais, 'ode sem d^ida, $om base
no $rit#rio 8antiano, ser res'ondida a*irmatiamente& QualQuer um
gosta ria do outro Que se en$ont rasse $om eie sob estas *orma s de
$onduta& da generosidade ;, da amabilidade e da gentile0a, e assim
o eRigimos uniersalmente um do outro
a'arent ada a nãoirt ude de não'o dera$ei tar L genero sidade # segund o Lrist teles a
/irtude do dar e do re$eber E o 'oder re$eber adeQuado, Que no/amente se en$ontra entre
dois eRtremos, # uma atitude a'arentada $om o 'oderdar adeQuado e Que não 'ode ser
ista duma /e1 'or tod as 'or uma #ti $a Que só $onsidera as açes
P;
do segundo n6el daQuilo Que # moral e a segunda eR'ressa a
atitude moral *undamental, Que est na base de todas as aç"es
morais 'arti$ulare s,
mas o sentimento
moralmente Que sentimos
e em $onseQ7]n$ia $ontra os outros
obetiamente temse
sustentado G 'or
ressentimento assim entendido # sem're autousti*i$a do, e tende
'or isso insa$iabilidade Eu ã $hamei a atenção, Que Smith
'ro'riamente não tratou o $aso do ress entimento m^tu o
'arti$ularmente di*undido no $otidian o na *am6lia, entre amigos,
$olegas de trabalho e todos Que 're$isam $oo'erar uns $om os
outros G ressentimento, Quando não engolido ou re'rimido,
$ondu 0 $omum ente a um $ontr aress entim ento, 'orQue& # uma
ne$essidade natural Que o eRtemali0emos 'ara Quem o 'roo$ou
(entendemos Que s assim 'odemos tirar a lim'o a sua im'li$ação
moral), mas o outro (Que o 'ro o$ou) $omumente inter'reta
diersamente a (sua) situação de ação re$6'ro$a e mesmo não se
$onsidera sem ra0ão, ou a'enas 'ar$ialmente, e 'or isso sente 'or
sua e0 a nossa reação $omo o*ensa Esta # a situação habitual de
$on*litos de re$i'ro$idade Que sem're são $onsiderados $ategorias
morais, e Que não
P
'odem ser ra'idamente tratados $omo *enmenos su'er*i$iais
LQui s em d^ida eRiste uma irtude de $arter uniersal, o $arter
da re$on$iliação Trata se de uma atitude a ser uniersal mente
moral$laramente
mais *undamentalemdoseures'eito uniersal
$ontrrio, 'ode ser ERistem
na humilhação $om'reendida
aç"es
Que t]m e*eitos humilhantes, mas elas não são ne$essariamente
eR'ressão de uma atitude humilhante/ s e0es aQuele Que reali0a
estas aç"es não tem $ons$i]n$ia Que elas são humilhantes
Inersamente, algu#m 'ode tratar um outro de uma determi nada
*orma 'ara eR'ressar o seu des're0o/ então as aç"es são no m6nimo
tamb#m s6mbolos da humilhação L histria Que segue, o$orrida h
alguns anos em Berlim G$idental nos *orne$e uma boa imagem da
Questão& um as'irante ao asilo soli$ita autoridade sanitria um
atestado m#di$o 'ara *a0er uma o'eração na sua 'erna, Que
e*etiamente 're$isa ser o'erada G *un$ionrio negase,
argumentando Que a 'ema não 're$isa ser $urada 'orQue o
as'irante ao asilo não tem 'ermissão de trabalhar G #rocedimento
imoral # Que o *un$ionrio nega ao asilante o so$orro deido Isto
'or si # humilhante, mas o *un$ionrio eR'ressa eR'li$itamente,
no enun
$iado do 'orQu], a atitude de humilhação, dando a entender ao
as'irante ao asilo Que o seu alor $onsiste a'enas mo alor
instrument al Que ele teria no 'ro$esso do trabalho 5
PP9
$idade Por isso, re$onhe$er algu#m em seu alor moral sem're
im'li$a re$onhe$] lo em sua autoestima, ou ao menos em soa
ne$essidade de autoestima Esta im'li$ação eRiste menos
mente $entral em
*unda mental emrelaç"es de amor
relaç"es e de ami0ade,
assim#tri$as, $omo mas # igualmente
as do 'edag ogo,
anteriormente $itadas, bem $omo (# im'ortante) no ti'o das
relaç"es do ci +i l ser9ant $om a sua $lientela (Em alemão não
temos um termo adeQuado 'ara ci+il ser+ant , 'orQue a *unção do
*un$i onrio ( eamter< # 'rimariamente isto em relação ao
Vem'regador f e ao Estado, e não em relação ao '^bli$o) L
relação assim#tri$a, na Qual se en$ontra o ci9il ser9ant , indu0 ao
abuso, assim $omo a do 'edagogo e de todas as relaç"es de 'oder
ERiste aQui uma tend]n$ia natural ao desres'eito, não a'enas 'elo
'ra0er do 'oder, mas at# 'or indi*erença Pensemos, 'or eRem'lo,
num seriço de imigração& na Llemanha, o *un$ionrio sentase
muitas e0es atrs de um idro *os$o, e os 'edidos e as res'ostas
são 'assados atra#s de uma *resta ($omo a das armaduras do
$aaleiro, de Que se tratou antes)/ a autoridade in$lusie 'ensa ter
Que 'roteger o *un$ionrio da ista do outro Em todos os $antos
do mundo $res$em atualmente os a'aratos buro$rti$os, e a $rise
no 'ro
PP
$edi mento da buro$ ra$ia # igualmente uniersal Con*ro ntar se
sem're de noo e 'assageiramente $om 'essoas estranhas # um
desa*io 'ara o Qual não amadure$eu Quem est a$ostumado a
relaç"es *amiliares, mas no Qual ele tamb#m # abandonado 'elas
'r'rias instituiç"es e na sua *ormação Poder6amos imaginar Que
a6 seria uma tare*a im'ortante , e tale0 nem tão di*6$i l, 'ara os
*ormadores dos ci9il ser9ants( mostrarl)es as satis*aç"es Que
'oderiam obter a 'artir de relaç"es de res'eito $om aQueles aos
Quais deeriam seri r Tale0 tamb#m $arre gam 'arte da $ul'a
nesta mentalidade de 9idro o#aco as #ti$as modernas, Que
a'resentaram as aç"es de maneira tão unilateral e "e não
$onsideraram a im'ortân$ia da atitude das relaç"es entre `as
'essoas
Seria uma tare*a 'r'ria Que não 'retendoseguir aQui
es$lare$er 'or Que, 'or eRem'lo em Yant, não *oram $onsideradas
as irtudes da atitude intersubetia, ainda Que, 'restando bem
atenção, elas resultem 'or si do im'eratio $ategri$o Xais grae
*oi $ertamente o *ato de a doutrina das irtudes na tradição
aristot#li$a e mesmo no 'io'rio Lristteles ter assumido a
*orma de uma mera listagem, a Quai tinha Que 'are$er insu'ort el
'ara a #ti$a moderna , elaborada sobre um 'rin$6'io unitrio
*undante/ e assim 'ode ne$essitar da id#ia genial de Ldam Smith
^ni$a e em seu alor de erdade noamente $a6da no
esQue $imen to de ligar o 'rin$6 'io da im'ar$i alida de $om a id#ia
do im'ul sionar se a*etio L'enas assim as irtu des 'uderam
tomarse noamente a$ess6eis 'ara a $ons$i]n$ia moderna Xas
em Yant tamb#m 'de ter 'rimeiramente uma *unção de
usti*i$ação , o sentido *orte da moral, bem $omo a orientação a
'artir das obrigaç"es a$ess6eis 'ara o $ontratualismo
9o Que res'eita esta ^ltima a*irmação, 're$isamos $ontudo
'erguntar se ao menos uma 'arte das irtudes da atitude
intersubetia não 'ode 'er*eitamente ser *undamentada tamb#m
$ontratualisti$amente Isto 'are$e não ser 'oss6el a6
PP
onde $omo no daraentender do res'eito do o"tro est mais
im'li$ado do Que # a$ess6el 'ara urna Quase moral ('odem os
$ontu do eos imaginar uma so$iedade $ontr atual ista de *ingidos)
2irtudes, $omo $arter de re$on$iliação, mas tamb#m de
amabilidade, et$, 'are$em entretanto 'er*eitamente $onenientes
no sentido contrat"alista, se o a*etado est interes sado Que o seu
entro se rela$io ne c7m ele desla *orma Isto 'ortanto de'ende de
"ais ne$essidades 'ressu 'omos 'or 'arte do $ontratualista 9ão #
igualmente ingên"o, a 'artir da 'ers'e$tia agora al$ançada,
a'enas 'ressu'or ne$essidades materiais no contrat"alismo, $omo
'ara aQuele Que 'arte de "m $on$eito de ser humano bom,
de*inido 'elo im'erati o $ategri$ o[
J2er as 'ossi bilida des do contrat"alismo de maneira tão ge
nerosa Quanto 'oss6el # de uma im'ortân$ia tão *undamental
'orQue os moti9os 'ara a a$eitação de uma atit"de genuinamente
moral são tão *ra$os ao menos tanto Quan to 'udemos er at#
agora enQuanto Que no contrat"alismo não h 'roblema em
relação motiação
2UCI)A SEKTA LIÇ=O Continuação
dos (robemas da uinta ição:
moti/ação e (ausibii1açãoV o
utiitarismoV uestes de a(i%ação?
PPH
ão $omo 'arti$ularmente di*6$eis na obrigação 'ositia de audar, e
esta 'roblemti$a então deer ser es$lare$ida de maneira noa na
'rRima lição,'orQuando
sem're usado 'retendo
mim mas nun$a *ortale$er o as'e$to
desenolido/ at# de
Que se trata agora
direitos
@ em suas eR'osiç"es sobre autoulgamento moral, a'arte III
do seu liro, Que Ldam Smith desenole $omo ele 'ensa a
motiação 'ara o agir moral Como todos os motios de ação e as
$ondutas dos outros, assim tamb#m ulgamos os 'r'rios, se eles
'odem ser a'roados na 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial ($a'
3) G alor de erdade *undamental Que, 'ara o Vtem deU moral e a
ação $orres'ondente, em Smith, $omo tamb#m emKume e $omo
tamb#m em minha a'resentação (mas em o'osição a Yant)
$onQuista a a'roação dos outros, permi telhe reeitar toda *onte
'r'ria do agir moral, $omo a ra0ão de Yant ou o Vsentido mora i;f
de Kut$heson (<=is/ 2l6iii 1) [ e er sua motiação eR$lusiamente
em rela ção ao ser$&ustifica$ dameníe$a#m9ado( em Que o $rit#rio
'ara o Vusti*i$adamen teU se en$ontr a na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial
G )$ $a'6tulo ini$ia $om a sent ença& VG ser human o tem
naturalmente deseo, não a'enas de ser amado, mas tamb#m de ser
digno de amorU (33</ II!=3), e em outro teRto o binmio amado
digno de amor tamb#m # substitu6do 'elo binmio a're$iado
digno de a'reço ( #raise< (33?/ II!==) e a'roado digno de
a'roação ,a##ro9e< (33>/ III=>) @ este ter$eiro binmio Que #
o de$isio 'ara Smith, 'ois amor( $omo Smith não eR'li$ita
melho r, # uma outra *orma de assentime nto ,e$ &ahung ), embora
tamb#m esta $ontenha um $om'onente obetio no serdignode
amor, e seres humanos a9aliam não a'enas a moralidade dos
outros mas tamb#m sua 'osição so$ial e isto # o maior motio e
o mais geral 'ara a $orru'ção de nossos sentimentos moraisU (53/
PP@
Smith $onsidera $omo um dado da nature0a, Que ns Queremos
ser amados e Que Queremos agradar ,to #lease ), e da mesma *orma
PP;
digno de louor # VaidadeU , Vo *undamento do 6$io, da simu
lação e da mentira mais rid6$ul os e des're06 eisU (33;/ III$_$Q9$
Embora não deamos a'oiar a'enas na 'r'ria $ons$i]n$ia
,:e@issenH a $ons$i]n$ia ,e@usstsein< de Que a nossa $onduta #
digna de a'roação, 'orQue isto 'ode ser 'ar$ial e 'ode de*ormar
(3=>/ IL_$_W9, # $ontudo somente a $ons$i]n$ia ,e$ @iísstsein) de
nos$ termos $om'ortado de maneira digna de Ja'roação, tamb#m
Quando $riti$ados, Que nos 'ode 'rodu0ir a $orres'ondente
tranQ7ilidade de alma, enQuanto o Que nos transtorna # saber Que
somos Vo obeto natural de dio e de indignaçãoU, ainda Que
seamos louados (33:/ YYY)'<' VLssusta ma is ser dig no de
$r6ti$aU do Que Vser $riti$adoU 1\\W **l=3A)
@ im'ortant e er $orreta mente em sua $oneRã o o deseo de
louor e o deseo de ser digno de louor L6 onde Smith introdu0 a
di*erença ele a'enas di0/ VG deseo de ser digno de $onsideração
não # de *orma alguma total mente abstra6do do deseo de ser
$onsideradoU (33?/ **l==), e 'ara uma #ti$a obet i6sima era
sem're ra0oel $onstruir o serustamentea're $iado sobre um
alor Que *osse lire de a'reço Xas, da mesma *ornia $omo na
eR'osição Que *i0, tamb#m 'ara Smith 'are$e im'oss6el
re$onhe$er um tal $on$eito de alor *lutuante G Que distingue o
deera're$ iar (a a're$iação $orreta) da a're$iação *ti$a 'ode ser
a'enas uma determinada maneira do 'r'rio a're$iar, e esta Smith
identi*i$ ou $orretamente $om a maneira de a're$iar do obserador
im'ar$ial (3A4s/ II 3=) G obser ador im'ar$ial não 'ode ser
'ensado $omo algu#m *ora daQueles Que *ati$amente a'roam,
mas ele sim'lesmente est em *unção dos Que a'roam, na medida
Que eles o *a0em a 'artir de uma 'ers'e$tia im'ar$ial G
obserador im'ar$ial # a id#ia regulatia da 'r'ria a'roação, e
esta id#ia regulatia *a0 de antemão 'arte da a'roação (di*erente
do Que re$eber amor ou *aor), 'orQue esta eRig]n$ia obetia *a0
'arte do sentido da a'roação L'roar signi*i$a, assim o sustenta
PP
Smith, eRatamente $omo eu tentei demonst rlo antes& ulgar
algu#m $omo (sendo) bom
Pode auRilia r aQui re$ordarm os as aaliaç"es anlogas, rias
Quais di0emos Que algu#m # bom enQuanto algo& um bom
$o0inheiro, to$ador de 'iano, et$ LQui não *alamos de a'roar ou
de desa'roar estas eR'ress"es s são em'regadas 'ara a
dimensão $entral (enQuanto ser humano) p mas (*alamos) eRa
tamente da mesma *orma do louor, da admiração e da $r6ti$a,
Estas são igualmente asserç"es das Quais desde o $omeço *a0 'arte
um ordenamento obetio, re*erido ao Que # uniersalmente lido
Isto então 'are$e signi*i$ar obiamente& algu#m, 'ara o Qual #
im'ortante to$ar 'iano, tamb#m Quer sem're saber to$ar bem
'iano Ee não se 'ode dar 'or satis*eito em ser a'laudido, mas
'ro$ura o a'lauso usti*i$ado 9ão eRiste um $rit#rio, $omo o
'r'rio a'lauso, 'araum a'lauso usti*i$ado, se ele e*etiamente
resulta de $om'et]n$ia e da eR'eri]n$ia e $onQuanto tem 'retensão
alidade uniers al ERatamente a mesma $oisa a$ont e$e $om
aQuele Que, enQuanto ser humano, Quer agir de modo a ser digno de
admiração Para Quem a*ina interessa ser a'roado, $aso não se
eQuioQue $omo o aidoso, 'ara Quem o sera'roado se redu0 ao
agradar, 're$isa interessarse em ser louado na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial, 'orQue esta 'ers'e$tia *a0 de QualQuer
modo 'arte do sentido da 'roação
G Que ainda *ortale$e esta teoria da motiação # o *ato de ela
$onter desde o $omeço esta 'ers'e$tia da di*erença da a'roação
e do dignodea 'roa ção Isto 'or#m Quer di0er Que ela, 'or si,
a'onta 'ara a usti*i$ação da a'roação ! #, 'ara as ra0"es, 'ara as
razGes do u60o moral Posso agora 'assar 'ara este segundo tema
da lição de hoe
Podemos distinguir diersos n6eis nos Quais o u60o moral
'ode se enganar, i /' $& ersos n6eis nos Quais 'ode ser assumida
a 'ers'e$tia do ohador im'ar$ial Smith denomina
eR'li$itamente a'enas uai 'rimeiro Ei te 'rimeiro n6p
el) $onsiste no *ato de aQuele Que me ulga moralmente não estar
bem Vin*ormadoU sobre minha $onduta ( 335/ 333=,;) 9este
'rimeiro n6el o engano s eRiste no estado de $oisas em'6ri$o& â
medida normatia estã segura Xas em diersos n6eis tamb#m nos
'odemos enganar sobre a medida normatia
L 'rimeira eRiste na $om'leRidade da situação Ela no $aso
não # a'enas em'iri$amente $om'leRa, mas eRige a $onsideração
de m^lti'los as'e$tos normatios, todos na 'ers'e$tia do
obserador im'ar$ial Com esta 'roblemti$a, re*er indonos a
Smith , nos imos $on*rontados na lição anterior Embora Smith
não se re*ira a ela na 'resente temti$a, ela $ontudo lhe teria sido
em 'rin$6'io *a$ilmente a$ess6el
fm ter$eiro n6el de engano 'oss6el, ã eRtra'olando de
Smith, di0 res'eito 'ergunta, Quem $onstitui a $omunidade moral
E o obserador im'ar$ial QualQuer um Que 'arti$i'a de
determinada $omunidade moral ou ele # "m ser humano QualQuer[
Smith naturalmente a'oia o segundo $aso/ mas mesmo assim 'ode
se, ainda de maneira não arbitrria, restringir a multi'li$idade de
'ontos de ista 'oss6eis aos ('ontos de ista) da 'r'ria
so$iedade Somente 'odem estabele$er o Que $om'reendemos 'or
um ser humano bom aQuelas normas Que, na 'assagem dos u60os
morais de uma so$iedade 'ara os de outra (so$iedade),
'ermane$em inarieis/ nisto naturalmente, bem $omo na
'assagem 'ara uma 'essoa QualQuer, deese 'ressu'or Que` as
outras so$iedades 'or sua e0 desistam de seus u60os morais auto
sin$rti$os 9ão se trata do den$ amador $omum in*erior dos
sistemas morais *ti$os Lssim s resultaria um sistema no Que
res'eita seu $onte^do, eQuialente moral $ontramalista
9um Quarto e ^ltimo n6el da 'roblemati0ação das normas,
de'aramonos *inalme nte $om a usti*i$ação x 'r'r io $rit# rio
^itim o norma tio do u60o, e $om isto estar, s noam ente dia&/ le
do 'roblema da *undamentação ou 'laibili0a
$ão do 'rin$6'io su'erior P ro$urei mostrar na Quinta lição Que não
*a0 $ntido er $omo absoluta uma *undamentação do 'rin$6'io do
u60o, e Que $ontudo # 'oss6el e ne$essrio $om'arar entre si os
diersos 'rin$6'ios de u60o dos diersos sistemas morais e, ainda
Que não sea 'oss6el uma *undamentação ra$ionai de um
'rin$6'io, 'odese $om'reender $omo mais ra$ional esta
com#aração dos 'rin$6'ios
J Com re*er]n$ia ao 'rin$6'io de u60o de Ldam Smith 'o
der6amos entretanto 'erguntar Que sentido ainda 'oderia ter
Questionarmos 'or sua e0 o princ#pio do obserador im'ar$ial
9ão # este 'rin$6'io, assim 'oder6amos perg"ntar, +' em si e 'or si
o $on$eito da nãorelatiidade[
Isto $ornu do não # tio b io $omo 'are $e, o Que se es
$lare$e no *ato de o obser9ador im'ar$ial não ser sem mais a5uele
5ue &ulga im'ar$ialmente G Que ulga im'ar$ialmente 're$isa de
uma #ers#ecti9a segundo a Qual ulga G obserador im'ar$ial,
$omo Smith o introdu0, 'ressu'"e uma determinada
'ers'e$tia, a saber, a 'ers'e$tia de ser $a'a0 de em'aria Xas
$omo isto # 'or sua e0 eRigido, 'odese 'erguntar[ 2imos, al#m
disso, Que o obserador im'ar$ial assim $om'reendido # de *ato
adeQuado 'ara *undamentar as atitudes bsi$as do auto$ontrole e
da sensibilidade, mas Que # menos adeQuado 'ara a
*undamentação das irtude s da Vustiça e do *a0erbemU, das
obrigaç"es de ação negatias e 'ositias Para a sua
*undamentação 'are$ia ne$essrio in$ular o 'rin$6'io ` smithiano
$om o 8antiano Tamb#m em Yant o 'rin$6'io do u60o im'ar$ial
a'onta 'ara uma 'ers'e$tia, e esta # a $onsideração im'ar$ial
dos interesses dos a*etados Pre$isamos 'ortanto distinguir entre a
'ergunta Vo Que $ada Qual $onsidera $omo moralmente bom[U e a
'ergunta _`o Que QualQuer um desea 'ara si[U G Que $ara$teri0a o
$on$eito 8antiano # o *ato de ele construir a 'rime ira Questão
sobre a segunda
L mesma $oisa et tamb #m im#licitamente $ontida na 'o
sição de Smith, 'ois ele 'ressu'"e $omo interesse antro'oi
PH9
gi$o *undam ental, Que todos deseam 'ara si, Que se entre a*e
tiamente em sua a*etiidade G mesmo ale naturalment e 'ara as
o"t!as irtudes, das Quais 'ro$urei mostrar no *inal da lição
anteriork Que iodos deseam, Que se ao seu en$ontro nestas
atitudes (re$on$iliação, testemunho de res'e ito) A relação $om
VtodosU não 're$isa ser $om'reendida $omo sem eR$eção e não
im'li$a nenhuoi dogmatismo em'6ri$oantro'olgi$o De modo
semelhante 'ressu'omos "niversalmente Que seres )"manos
deseam não serem lesados, e isto nos outros bens e males,Que são
a'oiados em nossos u60os morais Ls sentenças im'eratias,
$onstru6das sobre estes a'oios (dos u60os morais), não se tomam
menos lidas 'elo *ato de em algum $aso 'arti$ular, algu#m não
ter os deseos bsi$os normais, -etomare i ainda a este 'onto
Pensar a moral nestas duas eta'as, de modo a $onstruir $om
Yan6 o Que antes denomi namos a 'rimeira Quesul$ o Que 'are$e
$omo moral mente bom na 'ers'e$tia de um QualQuer, i é, de
algu#m Que ulga im'ar$ialmenteU[) sobre a segunda (V$omo
desea Qual Quer um, Que iodos o tratem ou em relaç ão a ele se
$om'ortem[U), # sumamente 'laus6el Xas isto naturalmente não
é, $omo Yant 'ensaa, um 'asso anal6ti$o, e sim sint#ti$o 1
emos isto no *ato de tamb#m uma moral tradi$ional6sti$a e
mesmo toda moral re$onhe$er o dis$urso de um Vui0 im'ar$ialU,
de*inindo $ontudo diersamente a #ers#ecti9a G $on$eito
8antiano, abstraindo de 'remissas trans$endente s, 'are$e, 'or
$onseguinte, ser somente o ^ni$o 'rin$6'io de u60o a se im'or
naturalmente (su'ra ' 434;) Em 'rimeiro lugar # ra$ional
abstrair de 'remissas trans$endentes e, em segundo assim
t6nhamos isto se 'ress u'omos 'remissas trans$endente s, não
'odemos $hegar a "m $on$eito de bem obetiamente ilimitado
de alidade uniersal
Lgora 'or#m temos Que trat ar da Questão ainda não res
'ondida na Quinta lição Até aonde o 'rin$6'io de lear igualmente
em $onsideração os direitos e os interesses de todos #
de *ato o ^ni$o 'rin$6'io de u60o a se eiden$iar naturalmente
Este enun$i ado tem um $om'onent e 'ositio e um negatio, G
'ositio& a$onselhase este 'rin$6'io de u60o/ o negatio& outros
'rin$6'ios de u60o não são a$onselhados, ou 'are$em arti*i$iais,
não 'laus6eis
Llterando um 'ou$o a eR'osição Que *i0 na Quinta lição,
'osso di0er 'ositiamente& o Que # mais ra0oel, se a*inal
Queremos a'oiarnos na dimensão moral, desta$ando $omo bom
determinada atitude e um deteminado ti'o de $om'ortamento, do
Que& #rimeiro , basearse nos deseo s e nas aers"es de todos e,
segundo , Que se $onsidere a todos de modo igual[ G segundo
'onto surge sim'lesmente do *ato de Que um tratamento desigual
?
eRigiria 'remissas $om'lementares oltarei a isto na lição sobre
ustiçaU, G 'rimeiro 'onto # tão eidente, Que ele, de $erta
maneira, se d a 'artir da 'osição $oe6ra tualista, mas sobretudo
Quando agora temos em ista uma 'osição 'rRima do
$ontratualismo, Que de $erta *orma se 'ode estabele$er entre a
Quasemoral e a moral @ a 'osição do 'ingente moral ,free rider<'
Da mesma *orma $omo o $ontratua lista 'odese 'ensar o
'ingente $omo algu#m Que o'ta 'elo lack of moral sense , mas
enQuanto o $ontratualista 'ressu'"e Que seus $ontraentes são
igualmente $ontratualistas o 'ingente 'ressu'"e a $ons$i]n$ia
moral dos outros & ele susten ta Que eles t]m um dis$urso moral e
Que tamb#m t]m uma $ons$i]n$ia moral E uma e0 Que # do seu
interesse Que tenham esta $ons$i]n$ia, tamb#m haer de eRigir
Que eles se $om'reendam desta maneira Ele 'or sua e0 usar a
linguagem moral, sem $ontudo 'or ela se deiRar motiar, e 'ro'or
$ondutas morais sem t]las ('essoalmente) G 'ingente # aQuele
membro 'arasita da $omunidade moral, Que Quer usu*ruir de todas
as suas antagens sem se $om'rometer $om suas eRig]n$ias
Esta # a ra0ão 'or Que o 'ingente moral o*ere$ e uma boa base
de orientação ('ara saber) Que normas morais gostar6amos Que os
outros seguissem +ma e0 Que a'enas # natural
Que ele desee Que os seus deseos seam res'eitados, ele 're*erir
ier numa $omunidade moral $uo 'rin$6'io su'erior de
ulgamento
1ogo no $oro#daQueles
o res'eito
Quedos interesses
alori0am Por isso ele
'ositiamente se enQuadrar
$om'ortarse
desta maneira (Seria nat"ralmente ainda melhor 'ara ele, se os
seus deseos *ossem mais res'eitados do Que os de todos os outros
Xas, um a e0 "e um sistema moral deste ti'o aio 'ode ser
*ormulado, ele assume este, Fa0 isto naturalmente , $aso !ier 'arte
dos melhor estabele$idos, 'ara Que se estabeleçam ainda melhor, e
'or isso 're*erir as interpretaç%es do 'rin$6'io da im'ar$iali dade
Que e*etiamente o 'ossibilitam) Com iodas as outras obrigaç"es
de $onte^d o, a Que se submete a $omunidade moral da Qual *a0
'arte, sobretudo $om todas asobrigaç"es 'ara $onsigo mesmo,
ele, 'rimei ro, não 'ode *a0er nada Segundo, elo as a$eitar tão
logo a sua obedi]n$ia ou a'arente obedi]n$ia tamb#m lhe *or
eRigida Isto 'or#m Quer di0e r Que se ele tiesse Que de*inir
$omo dee ser uma com"nidade moral, esta então seria
eRatamente aQuela Que sentiria a *alta daQuilo Que ela tem 'or
bom, a'enas nos interesses dos seus membros (Wue os interesses
deem ser $onsiderados de modo igual e uniersalmente, isto
naturalmente não # algo Que ele 'ode Querer E o Que resulta do
se$ giindo 'onto $itado na 'gina <?=)
Se 'ortanto 'erguntamos 'ela moral Que sea a melhor na
'ers'e$tia de seus bene*i$iados, então 'are$e ser a ^ni$a ra
0oel aQuela Que resulta do $on$eito 8antiano 'ergunta 'elos
interesses do 'ingente tem o sentido de Que, de dentro da 'ergunta
?X9 Que todos t]m $omo bom[U, eRtra6mos a outra 'ergunta V$omo
Querer QualQuer um Que 'ro$edam os outros[U G 'ingente , $omo
o $ontratualista, a'enas se a'oia na 'ergunta V$omo eu Quero Que
se $om'o rtem os outr os em relação a mim[U, e a am'lia at# a
'ergunta VQue 'roeito tem 'ara mim (e tamb#m 'ara os outros)
aQuilo Que os outros 'ensam sobre o Que signi*i$a ser bom[U
Poder6amos entre tanto obetar& basearse aQui na 'ergu nta,
'ara Quem sere a moral, 'ressu'"e o Que deia ser demonstrado
PHH
$om'aiRão Xas, uma e0 Que dis$uti, 'or o$asião da mora da
$om'aiRão (nona lição), a 'ro'osta de am'liar mesmo 'ara os
animais o $6r$ulo daQueles em relação aos Quais 6 obrigaç"es
morais, 'are$e mais signi*i$atio abstrair desta as'e$to na
dis$ussão $om o utilitarismo Tem "m sentido pes#nvo 'ensar o
utilitarismo restrit o aos seres humanos, e assim, ele tamb#m *oi
de*endido em 'arte Pam a dis$ussão Que se eRige agora, isto tema
antagem de Que então o "tilitarismo o*ere$e uma alternati a $lara
'ara a moral do im'eratio $aiegri$o, Que da mesma *orma se
re*ere a todos os seres humanos, e somente a eles, e Que $ontudo
$om'reende diersamente as obrigaç"es e tem umoutro 'rin$6'io
de ustiça
1ã 'ro$ure i mostrar na nona lição Que a 'rimeira destas tr]s
'ro'ostas alternatias 'ara ema moral (sem 'rin$6'ios
transcendentes9 est errada ,ab@egig<+ de modo algum 'ode se do
'onto de ista *ormal, constr"ir "ma moral sobre a $om'aiRão, um
sistema normatio
9o Que di0 res'eito segunda 'ro'osta, Kegel *$ & ^ltimo
*ilso*o s#rio a de*ender uma $on$e'ção deste ti'o [&6s 're$isase
naturalmente $om'reender esta 'ro'osta $om& uni ersai, $ontudo,
$om a eliminação de 'remissas $om'lementares, ela não #
'ensel Id#ias *as$istas, segundo as Quais $ 'r'rio ser do Estado
re'resenta o ^ni$o alor, ou o alor su'rrior, de modo algum
'odem ser moralmente *undamentadas e isto # naturalmente um
dado im'ortante 'ara a dis$ussão $on$reta $om 'arti $ularismos
na$ionalistas modernos& 'arti$marismos não 'odem ser
*undamentados moralmentesem 'remissas trans$endentes) L
^ni$a $oisa Que 'oder6amos 'ensor seria 'or $onseguinte Que todos
os seres humanos eRiam &e todos os seres humanos, Que 'ara al#m
da $onsideração d$ indi6duos em 'arti$ular, atribuam sua
res'e$tia nação, e & &m isto tamb#m *idelidade do indi6duo 'ara
$om a sua naa7o, um alor Que não 'ode ser redu0ido aos
interesses dos indi6duos Como 'or#m se 'retende *undamentar tal
alor sem 'remissas
trans$endentes[ Ls irtudes es'e$i*i$amente so$iais, "e são
eRigidas 'elos diers os *ilso*o s Que têm em i sta um u$omu
nitarismo&, 'odem, $omo imos $om re*er]n$ia a Ldam 5mit), ser
!"ndamentadas $om base no 'r'rio im'eratio $ategri$o, ou
seriam complementaç%es $aa $om'reens ibilidade $omo
$om'onentes do bem *i$aria 'airando no ar
Das tr]s 'ossibilidades alternatias $itadas resta 'or eoa
seg"inte somente o utilitarismo $omo um $on$orrente s#rio Por
isso ele tamb#m # ao lado doPantismo, o ^ni$o $on$eito #ti$o não
rela$ionado $om 'remissas trans$endentes Que tem tido uma
grand e in*lu]n$ia na modernidade, e Que sobretudo 'redominaa
grandemente na #ti$a inglesa desde 3:AA Tamb#m autores atuais
ainda têm a $on$e'ção de Que o 'rin$i'io do u60o do utilitarism o #
3
de modo geral, ao menos 'rimeira 6sta, o mais $onin$ente ,G
"tilitarismo tinha at# re$entemente tal 'redom6nio no $onteRto
anglosaR ão Que mesmo a6 onde ele # $riti$ado 'ressu'"ese Que
ele #a 'ro'osta mais ra0oel de um 'rin$6'io Que dee ser
dis$utido Por isso as obeç"es em gerai tamb#m a'enas sustentam
Que as $onseQ7]n$ia s do 'rin$6'io utilitarista estão em $ontradição
$om as intuiç"es do common senseW'
Isso *oge, no entanto, das intenç"es de nossa anlise LQui
a'enas 'odemos tratar de $om'arar aQuele 'rin$6'io do u60o Que
eu designei $omo aQuele Que se im'"e naturalmente, o im'eratio
$ategri$o, $om o #rincí#io do utilitari smo, Que, no 'ensamento de
autor es $omo =amocP, 'are$e natural .osta ria de mostrar Que o
'rin$6'io utilitarista de *ato tem algo a seu *aor e Que tem sido
negligen$ia do no 8antismo& de modo al
Assim ( e?$, =amocP, The ob,ect of Moraiit. Londres, \WB #, ( : -t)e sim
(es! o- ai suggestionsU
PH;
gum ele # re$omendado naturalmente, se 'ro$edemos $omo eu o *i0
e eu 'enso Que es6a # a maneira Que se irr, <e isto #, 'artindo da
eliminação das 'ossibilidades de *undamentaç ão trans$endent es e
deQue # insu*i$ien te 'ermane$er no $ontra t"alismo$
Contado, o *ato de ter haido e ainda haer autores Que
$onsideram o 'rin$6'io do "tilitarismo $omo natura l dee ser
$om'reendido a 'artir de determinada $olo$ ação da "estão Que
'or sua e0 lhes 'are$ia natural Wuanto sei, o 'rin$6'io do
utilitarismo surge 'ela 'rimeira e0 em E Kut$heson_ em seu
ensaio An Mn5uir1 7onceming the Triginal ofour ídeas ofVir me or
moral :ood( 'ubli$ado em 3>=;, Kume, $uos dois ensaios morais
surgiram em 3><: e 3>;3Š 'ersegue um $on$eito semelhante e #
$om ele Que $om mais *a$ilidade 'odemos estabele$er uma
$oneRão Kume ainda 'arte de um $atlogo de irtudes Sua tese
'or#m # Que o alor moraI das irtudes gerais $onsiste no *ato de
estas dis'osiç"es de $arter serem ^teis, em 'arte 'ara ns mesmos
e em 'arte 'ara os outros 3 Se nos limitamos s irtudesQue são
^teis 'ara os outros, então elas deem ter em sua base a de*esa do
bemestar dos outros, e ("tc)eson denomina este sentimento
Vbeneol]n$iaU e Kome *a0 o mesmo Kut$heson ainda o
denomina Vsim'atiaU` <
Para $om'reender $orretamente em sua estrutura a 'roa de
Kume, de Que somente t]m aut]nti$o alor aQuelas irtudes morais
$ua obserân$ia # boa 'ara os outros, e Que as Virtudes
monsti$asU deem ser reeitadas (' =34), 'odese $onsi
PH
derã‡a $omo imediatamente 'ara6el a tese 'or mim de*endida ,
Que a moral somente se 'ode re*erir aos deseos e interesses dos
outros G 'onto de 'artida da 'osição utiiitarista # 'ortanto o
mesmo do im'eratio $ategri$o, e eie 'are$e mesmo ser o ^ni$o
'onto de 'artida lido de ema moral Que não se a'6a mais em
'remissas trans$endentes Se $onsiderssemos o res'eito 'elos
interesses de outros de maneira bem gen#ri$a $omo benevolência,
não haeria, a 'artir de uma 'ers'e$tia Pantiana, nada a obetar
$ontra esta eR'ressão, a'enas 'ressu'osto Que agora ela estea
em1ugar de uma atitude de res'eito 'ara $om todos
LQui 'or#m os $aminhos $omeçam a se se'arar, e 'odemos
$om'reender melhor o 'onto de dierg]n$ia , tomando em $onta as
obeç"es de Ldam Smith $ontra Kume São essen$ialmente doas
Smith oltase, 'rimei ramente, $ontra o $on$eito de -"tilidade&,
$om'reendido de maneira muito estreita, 'er Que não se 'odem
obter a 'artir deste $on$eito as irtudes da $oneni]n$ia, 'or ele
de*endidas (3::/ I2=< e <=>/ ‡! ‡‡!<I>) isto Smith tamb#m *eria
*eito aler $ontra ;ant$ Em segundo lugar Smith oltase $ontra
uma mudança $ara$t er6st i$a, Que sem're se en$ontra de noo em
Kume e Que se tomou *undamental 'ara o utilitarismo& o dis$urso
da utilid ade e da *eli$i dade da sociedade Segundo Smith a moral
não nos a'ont a 'ara o Vinteresse da so$iedadeU, mas 'ara os
interesses dos indi6duos (:4s/ IIii<3A)
Em Kume não $hega a se im'or o $rit#rio es'e$6*i$o de
ustiça, de Que se dee res'eitar a $ada um $omo um outro, e uma
e0 Que ele *ala de diersos, ou sea, da so$iedade, não se trata
mais 'rimariamente dos indi6duos e de seus direitos, mas da
utilidade 'ara a so$iedade @ este 'ensamento Que $omo ta não #
uma $onseQ7]n$ia do anterior Que *oi elaborado de maneira mais
aguda 'or Bentham
2oltemos $ontudo antes a Kut$heson 9ele se en$ontra,
eR'resso 'ela 'rirrŠa e0, o 'rin$6'io do utilitarismo& VL me
loor $ondut a # aQuela Que 'ro'or$ iona a maior *eli$idade 'ara o
maior n^meroU 5 @ esta *rmula Que # ista 'or auto res $om o
\amo$8, 'rimeira ista, $omo 'arti$ularmente eidente Es
$lareçamos 'rimeiro o Que de *ato ale 'ara eles ("tc)eson
$olo$a orna Questão im'ortante na 'assagem $itada da Qual se
're$isa admitir Que ela mal !oi analisada no 8antismo& $omo nos
$om'ortamos moralmente melhor "ando estamos diante de
di9ersas alternatias de comportamento, 'elas Quais diersas
'essoas são 'ositia ou negatiamente a*etadas[ Em ;ant e
tamb#m em Smit8 esta Questão, per!eitamente leg6tima e
importante, não # $onsidera da Se` porém re*letimos sobre o Que
'ara ela resulta do seo 'rin$i'io do +"#o da $onsideração
im'ar$ial dos interesses de todos então ao menos 'odemos $itar
este 'rin$i'io uniersal& os interesses de todos devem ser
igualmente $onsiderados, a isto eles têm VdireitoU
Isto, 'or#m, não # obiamente idêntico res'osta& o $onunto
da *eli$id ade dee ser eRaltado 1e o do 'reu60o des're0ado) Ls
duas 'ers'e $tias de$isias, nas Quais a di!erença *i$a $lara, são,
'rimeiro, Que no 'rin$6'io do u60o do res'eito uniersal id]nti$o
dos mesmos direitos in$luise um 'rin$6'io de ustiça, o Qual *alta
no dis$urso da Vmaior *eli$idade 'ara a maioriaf Como se
es$lare$er na elaboração 'osterior em <ent)am, tratase a'enas
da totalid ade da *eli$idade e da in*eli$idade, do 'reu60 o e do
'roeito G modo $omo ela # re'artida # indi*erente, ao menos em
^ltima anlise e a 'artir do 'rin$6'io
Segundo, Que todos, na 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial,
t]m um mesmo direito a um res'eit o bsi$o, não Quer di0er Que
numa Questão $on$reta, $omo deemos $om'ortarnos em relação a
muitos deamo`s tratar indistintamente a
PH8
todos Lo $ontrrio, resultam a6 tamb#m 'ers'e$ti as de distinção,
Que 'or#m são as Que se $ons6roem sobre o 'rin$6'io da
im'ar$ial idade, e Que no resul tado noame nte se distinguem do
'rin$6'io da Quantidade de *eli$idade Wuero sobretudo $hamar
atenção 'ara os tr]s gru'os de $asos, Que notoriame nte $ausam
di*i$uldades aos utilitaristas G 'rimeiro # o dos assim
denominados direitos es'e$iais $on$edidos, Quando, ' eR, eRiste
uni $on]nio ou *oi *eita ema 'romessa Este direito 'ode
naturalmente, atra#s de outras $onsideraç"es, ser eentualmente
sus'enso, mas 'rimeiro ele (e*etiamente) eRiste, enQuanto Que um
utilitarismo $onseQ7ente sem're 're$isaria estar 'ronto a Quebrar
uma 'romessa, se isto eo todo $ondu0isse a mais *eli$idade G
segundo gru'o de $asos # o das relaç"es de 'roRimidade e de
distân$ia, nas Quais estamos uns 'ara $om os outros Tamb#m aQui
'odemos *alar em`direitos Xeu *ilho tem o direito ao meu am'aro,
Que outros não t]m Por isso ns somos obrigados, na
'ers'e$tiado obserador im'ar$ial, a outros 'ro$edimentos em
relação aos Que nos estão 'rRimos do Que aos Que estão distantes
de ns, e esta obrigação noamente eRiste inde'endente do
'roeito gerai Que da6 resulta Ter$eiro, as obrigaç"es negatias, ao
menos sem $rit#rios $om'lementares, 'are$em o$u'ar um lugar
mais im'ortante Que as 'ositias Em todo $aso assim o emos a
'artir da 'ers'e$tia do obserador im'ar$ial Tamb#m isto se
'ode eR'ressar na terminologia do direito G m#di$o Que Quer
salar $in$o dos seus 'a$ientes $om les"es de rgãos não tem o
direito de, 'assando 'elo hos'ital, esQuartear um seRto Que
J est sã o, em bora segundo o 'ri n$6'io utilitarista tiesse
Que *a0]lo, 'ois a 'erda geral seria menor se $in$o *i$assem em
ida e a'enas um *osse morto
Em muitas destas Quest"es os utilitaristas argumentam de tal
maneira Que no resultado e $om base nas relaç"es em'6ri$as
P@9
dos l6mites, uma tend]n$ia 'ara uma diisão 'ro'or$ional e
aQueles, $uos direitos es'e$iais *orem lesados, so*re rão mais
tamb#m Quando *orem lesados os direitos dos seus (*amiliares)
De$isio é, 'or#m, Que isto agora se tome uma Questão Que dee
ser es$lare$ida em'iri$amente Do 'r'rio 'rin$6'io de u60o
moral não seguem estes resultados Que, em relação a ele, resultam
diretamente no 'rin$6'io do res'eito igual dos direitos A
arg"mentação Que neste n6el se dã entre o utilitari sta e seus
$r6ti$os Que de*endem o common sense tem tão 'ou$o sentido,
'orQue os $r6ti$os sustentam Que o utilitarismo tema'enas uma
'lausibilidade e Que somente 'ode ser $riti$ado em suas
$onseQ7]n$ias, enQuanto Que aQuilo Que interes sa # er Que o
#rincí#io (do Jutilitarismo) não # 'laus6el em *a$e do #rincí#io
do im'eratio $ategri$o
@ na erdade, uma antagem, Que na tradição utilitarista em
geral se tenha re*letido mais sobre a Questão das alternatias de
$om'ortame nto em relação a muitas 'essoas, do Que no 8antismo,
e Que 'or isso o 'rin$ 6'io utili tarista tamb#m sem're tinha um
sentido eminentemente 'ol6ti$o Xas ser Que o 'rin$6'io
utilitarista resulta da $onsidera ção das Quest"es morais mais
$om'leRas[ Isto somente 'oderia ser $on*irmado se, $omo
eRatament e *a0em os utilitaristas, redu06ssemos a uma soma a
res'osta 'ergunta $itada Esta res'osta # a'enas (do 'onto de
ista da teoria da de$isão) a te$ni$amente mais sim'les Somas
t]m sem d^ida uma *unção # mais grae Quando morrem on0e
seres humanos do Que Quando morrem de0 Xas o erro bsi$o do
utilitarismo # Que ele reduziu soma (adiç"e s e subtraç "es de
*eli$idade e de mis#ria) as Quest"es& $omo se dee agir em
situaç"es onde mais 'essoas são a*etadas e $omo se deem
distinguir as $orres'ondentes Quest"es 'ol6ti$oso$iais
Bentham tomou mais aguda a id#ia de Kut$heson de tal
maneira Que 'ara ele a so$iedade ,the communit1< # $omo um
V$or'o *i$t6$ioU, $uos membros são as 'essoas indiiduai s, e
a *eli$idade das 'essoas, 'or isso, se esgota em 'artes de *eli$idade
da so$iedade` Entretanto, a so$iedade, $om'reendida em o'osição
aos hegel ianos a'ena s $omo soma , # o 'r'rio sueit o, Que # mais
ou menos *eli0, Tamb#m Bentham tem na erdade um 'rin$6'io Que
'ode ser $om'reendido $omo um ti'o de 'rin$6'io de +"stiça4
E9er1bod1 to countforone( nobo$ d1 for more than mie L direção
'rogressia deste 'rin$6'io não 'ode ser des$onsiderada Ele
cont"do a'ena s tem o sentido de "e, na soma da *eli$id ade a ser
calc"lada, o bemestar de ningu#m 'ode aler mais do Que o bem
estar de outro Ele não re'resenta direitos iguais,
G 'rin$6'io do u60o militarista est 'ortanto tão 'ou$o $laro
Que # 're$ iso perg"ntarmos, ao $ontrrio, $omo a*inal 'odemos
$hegar a um 'rin$6'io tão estran)o$ LQui 'odemse 'rimeiramente
obserar os erros es'e$6*i$os Que 'assaram desa 'er$ebidos a
Kut$heson , Kuine e Bentham Quando eles, em seu $on$eito de
beneol]n$ia em relação a diersos, des$onsideraram o dado
Sltimo dos indi6duos e de seus direitos e $hegaram soa id#ia de
soma, Que 'or nada 'ode ser usti*i$ado Cara$ter6sti$o 'ara a
*raQue0a da 'osição Que da6 resulta # tamb#m Que ela não se 'ode
$one$tar $om sentido nos 'ressu'ostos inQuesti oneis mas a'enas
insu*i$ient es do $ontra tuaiismo Bentham ridi$ulari0ou o dis$urso
dos direitos, designandoo $omo Vabsurdo sobre 'ernasde'auU
(nonsense on stilts ), o Que a'enas tinha sido usti*i$ado em relação
id#ia, de *ato insustentel, de direitos VnaturaisU Do $on$eito
dos direitos tratarei na 'rRima lição
Segundo, se o erro do utilitarism o a'enas *oi eR'osto uma e0
a 'artir da realidade, # agora naturalmente ra0oel eR'li$ lo
tamb#m ideologi$am ente (Eu di0ia na 'rimeira lição
B$ Ln hudi6$6ion to the Prin$i'ies o* Xorais and !egislaiion 1p"blicado por <"ms e Kart)
!ondres, 34>A, ' 3=s J `
Que nun$a se deeria ini$iar $om $r6ti$a ideolgi$a, mas ela tem
sentido, se a in$orreção ou a não'lausibilidade de urna 'osiçã o
a'enas *oi mostrada urna e0 e eRatamente 'or isso *or ne$essrio
uma eR'li$ação indireta) G utilitarismo # a ideologia do
$a'italismo_ 'ois ele 'ermite o $res$imento da e$onomia $omo
tal, seiri dar moramente $onta daQuilo Que di0 res'eito a Quest"es
de 'artil ha Se P,GS perg"ntamos $omo "ma idéia em si ião 'ou$o
'laus6el se 'de manter 'or tanto tem'o $omo a'arentemente
$onin$ente, então a o$ulta ra0ão ideolgi$a *orae$e uma
in!ormação signi*i$atia G dito benthamia no e9er1bod1 to
coimifor one( nohod1for more than one tem sua direção
'rogressia eR$lusiamente oltada $ontra o sistema !e"dalista,
segundo o Qual os indi6duos t]m um alor dierso Por isso
tamb#m *oi ideal nesta 'ers'e$tia, $omo ideologia da burguesia
9ão se 'ode tratar aQui de uma $r6ti$a geral de todos os
as'e$tos do utilitarismo Gmito ' e?$, o *ato de o utilitarista ser
uma 'essoa Que se Quer $om'reender moralmente e Que se $obra
'ermanente e eRageradamente, o Que Xa$8ie, em sua brilhante
dis$ussão $om o utilitarismo` , denominou líihe etkics of#hantas1
LQui a'enas estaa em Questão a $om'aração do 'rin$6'io
utilitaris ta $om o 'rin$6'io do im'eratio $ategri$o, e uma e0
Que o 'rin$6'io utilitarista *oi a*inal o ^ni$o $on$orrente s#rio,
'ode a 'retensão, de Que o $on$eito 8antiano # aQuele Que
naturalmente se im'"e [ aler $omo $on*irmada at# 'roa em
$ontrrio
+ma a'arent e antagem do utilitarismo # Que ele $ont#m a
id#ia de um $l$ulo de de$isão, segundo o Qual $ada Questão moral
$om'leRa, abstratament e, a'are$e $omo 'er*eitamente sol^el Eu
'or#m $hamei atenção Que esta antagem não # nenhuma
antagem a 'artir da 'ers'e$ti a moral, mas Que eia
re$onhe$e obrigaç"es
basearse Quanto ao seu'ositias a'enas
$onte^do, marginalmno
estreitamente ente$ontratua
'are$e
lismo Que 'arte do 'ressu'osto de Que a $omunidade moral
# uma $omunidade dos *ortes, Que em $aso normal 'odem $uidar
de si mesmos, e Que 'or isso no essen$ial a'enas 're$isam
'roteger se $ontra janos re$6'ro$os, L mane ira $omo Yant, em
seu Quarto eRem'lo A, ies$ree aQue6e Que ne$essita ser audado,
'are$e a des$rição de um $aso (isolado) de urg]n$ia L_
$omunidade de $oo'eração, Que est 'ressu'osta, 'are$e, 'or
tanto, $omo $onstitu6da eR$lusiamente de homens adultos e
$a'a0es de 'roer o seu 'r'rio sustento G$ultase Que uma
grande 'arte da $omunidade # $onstitu6da de $rianças, mulheres,
idosos e in$a'a0es sea 'or serem de*i$ientes, sea 'orQue não
en$ontram trabalho Este # um 'ensamento Que de *aio não seriu
'ara nenhuma #'o$a, mas 'ara a ideologia da burguesia
$a'italista +m outro $on$eito de $omunidade de $oo'er ação
$onsideraria a situação real de Que 'artes $onside reis da
$omunidade não 'odem $uidar e 'roer a si mesmos9este $aso,
os direitos Que $orres'ondem s obrigaç"es 'ositias teriam Que
ser tidos, ou $omo iguais ou $omo Quase tão $entrais Quanto os
direitos Que $orres'ondem s obrigaç"es negatias
Fundase não a'enas numa ideologia es'e$6*i$a sobre as
ra0"es da 'obre0a o *ato Que algo tão eidente tenha *i$ado o$ulto
no 'ensamento morai de $oda uma #'o$a, mas tamb#m se
rela$iona $om o *ato de ter haido $ertas $on$e'ç"es moralmente
signi*i$atias sobre as obrigaç"es es'e$iais Que eRistem em
relação s $rianças, mulheres, idosos e de*i$ientes Que *a0em 'arte
da 'r'ria ou da grande *am6lia G *ato de estas $on$e'ç"es,
eR$eto em relação s $rianças, desmoronarem em nossa #'o$a,
'ode ser uma ra0ão 'ara 'are$er Que noamente nos estamos
tomando mais sens6eis 'ara a 'roblemti$a geral dos direitos de
am'aro
7mb#m sem're 'are$e inde'endente da situação histri$a
eRistirem, na medida em Que $res$e a distân$ia, determinadas
re'resentaç"esdosobre
'ers'e$tia a diminuição
obserador da obrigação
im'ar$ial 'are$em'ositia Que naA
$orretas,
res'onsabilidade 'ara $om os 'r'rios *ilhos # uniersalmente
re$onhe$i da, mas não tee $onseQ7 ]n$ias 'ara o $on$eito geral
nas teorias morais da modernida de Pare$e ter 'er*e itamente
sentido Que 'artamos de uma res'onsabilidade 'rimeiro do
indi6duo 'ara $onsigo mesmo isto resulta do 'rin$6'io da
autonomia, e 'odese er a6 uma base 'ara o 'rimado das
obrigaç"es negatias e Que então se re$onheça "ma
res'onsabi lidade subsidiria dos indi6duos 'ara $om todos os Que
l)e estão 'rRimos Esta então ineitaelmente ai desa'are$endo
em distân$ias maiores at# Vo so$orro na ne$essidade e Quando não
$usta es'e$ial es*orço 'ara alg"ém&$
9a 'ers'e$tia da moral usual e de sua $om'reensão das
obrigaç"es 'ositias 'ara os Que estão distantes surge hoe 'ara o
indi6duo moralmente $ons$iente, diante da 'obre0a no mundo,
"m sentimento 'e$uliar de $ada "m ser eRigido em demasia, e a
^ni$a sa6da 'are$e ser a indi*erença +m auR6lio 'ontual 'are$e
arbitrrio, e 'or isso 'are$ e de noo moralmente Questionel
Além disso& at# aonde se 'retende ir[ Até Que se sea 'obre Quanto
os mais 'obres[ LQui eRiste, segundo 'enso, uma *alsa
'ressu'osição Pensamos Que os direitos aos Quais $orres'ondem
as obrigaç"es 'ositias são $om're, di dos $omo direitos Que os
a*etados têm em relação a$ inc duos( em e0 de (t]los) em
relação so$iedade A maneira $omo o indi6duo $onsegue
assumir adeQuadamente sua res'onsabilidade em relação a estes
direitos # a mudança da $om'reensão de si do ser $omunitrio
Estas relaç"es, segundo 'enso, somente 'odem ser es$lare$idas e
$orrigidas se 'er$eber mos Que, a 'artir do $on$eito de Yanu o
$on$eito de direito dee ser $onsiderado em $erto sentido $omo
determinante Esta # a 'roblemti$a Que dis$utirei na 'rRima
lição
DEGhlA SH„XL !6MLG Direitos
humanos_
\$ `Can there be a ri~[ oased moral theorZ[ f 'or mim $itado, $on*o rme& \aldron (ed),
0heories of-içlusO GR*ord, ‡4?: ' ;
P;P
$eito do direito subetio, em e0 dos $on$eitos *undamentais do
8antismo e do "tili arismo, o $on$eito das obrigaç"es e o da
utilidade $oletia Xas esta o'osição s *a0 sentido em relação ao
utilitarism o Designase mormente o utilitaris mo $omo uma moral
te*eoiogi$a i #, orientada 'ara algum *im (obetio) (do grego
telas<( e aQui agora de *ato 'odese di0er Que, em relação a isto,
ema morai baseada em direitos re'rese nta "ma $lara o'osição O
'ro'osta de rela$ionar a moral $om direitos # uma $ontra'osição
'ara o utilitarismo L $onsideração dos direitos inalieneis de
todos # um $on$eito teleol7gico Que est em o'osição ao $on$eito
da utilidade $oletia (a ser austada entre os indiv#d"os9$ L
o'osição ao 8antismo, 'or#m, não se eiden$ia imediatamente @
uma detur'a ção de Yant a'res entar sua 'osiçã o $omo a de uma
obrigação 'or obrigação, $omo o *a0 Xa$8ie 1\B\) A = *rmula
do im'eratio categ7rico de Yant mostra "e e $omo tamb#m 'ara
ele a obri gação tem um $onte^do teieold$o e este 'odese
$om'reender 'e r *eitamente $omo $onsidera$ão dos direitos dos
outros L $on trastação entre #ti$a teleol7gica e deontolgi$a, Que
se $ostuma *a0er na #ti$a anglosaRni$a, não # tão signi*i$ati a
$omo 'are$e, 'orQue toda mora tem a*inal um irredut6el
$om'onente deontolgi$o Tamb#m o utilitarismo não 'ode
dedu0ir do $itado obeti o a ser bus$ad o a $oni$ção de Que ele
de9e ser bus$ad o Eu 'enso al#m disso Que Xa$8i e se engana ao
a$reditar Que o 'rimado moral do $on$eito do direito 'oderia ser
$om'reendido de tal maneira Que, $omo $on$eito *undamental,
'udesse substituir o da obrigação (3>A) Isto não # 'oss6el 'orQue
o $on$eito de obrigação moral baseiase 'or sua e0 no de uma
determinad a sanção/ e o dis$urso sobre direitos *i$aria no ar sem
$orrelação $om o dis$urso de obrigaç"es, assim de*inido
Formalmente somente # 'oss6el $ons tmir o dis$urso sobre
direitos $om`base no dis$urso sobre obrigaç"es, e se, 5uanto ao
contedo( o $on$eito do direitose de monstrasse $omo o 'rimeiro,
então, isto $omo ainda etemos
s 'od eria t er o sen tido d e Que a 'e rgunta sob re Qua is as
obrigaç"es Que eRistem # resolida a 'artir dos direitos e de Que r
U^ direito $orres'ondem diersa s obrigaç"es, não eRisti o a$i
uma $orrelação um'orum
Para $om'reender o Que a*ina dee ser entendido 'or direito
e, $on*orme isto, 'or direi to moral, temos Qiie $omo 'rimeira
lare*a nos entender a res'eito do sentido daQueles direitos
sube tios Que ainda não t]m um sentido mora ou legal, ou em
iodo $aso não 're$isam t]lo Fala se aQui de direitos es'e$iais ou
'essoais, em o'osição aos direitos gerais, dos Quais então se trata
no direito e na moral Este direito es'e$ial # $on$edido, ' eR,
atra#s de uma 'rome ssa, ou tamb#m Quando eu em'resto algo a
algu#m Estes direitos são sem're instituidos atra#s de um ato
ling76sti$o no Qua eu, 'or eRem'lo, digo i?eu te 'rometoU, Veu te
em'restoU e atra#s disto # simultaneamente estabele$ida uma
obrigação $orrelatia, Que agora, 'or#m, # a obrigação *a$e a uma
determinada 'essoa Por eRem'lo, se 'rometo a algu#m Que
$hegarei amanhã, então me $om'rometo em relação a esta 'essoa a
ir amanhã/ isto signi*i$a& eu ihe $on$edo o direito de $obrar de
mim o $um'riment o da 'romessa, inersame nte, Quando em'resto
algo a uma 'ess oa estabeleço 'ara ela, atra#s deste ato lin
g76sti$o a obrigação em relação a mim& deol]lo/ $on$edi me
desta maneira o direito de obter de olta o em'restado
Como a $riança a'rende aQuilo Que se Quer di0er $om a
eR'ressão Veu 'rometof 3[ L mãe tentaria eR'li$ar 'ara a $riança,
Que Quando ela (mãe) em'rega este termo, ela d $riança a
autor i0ação de eRigir o $um'rimento da 'romessa E a $riança
'ode a'render a *a0 mesmo L mpe *alando em linguagem
*igurada d $riança uma r#dea na mão, na Qual ela se amarrou&
e a $riança agora a'rende Que 'ode 'uRar a r#dea $on*orme desea,
mas Que tamb#m 'ode soltla Esta ^ltima 'ossibilidade
designamos $omo ren^n$ia ao $um'rimento da eRig]n$ia do
direi to (no ingl]s eRiste 'ara isto uma 'alara 'r'ria & to @ai9e
ones right<'
Podemos designa r isto $oiro um ioao de $on$edei a$su
\ 2F \
uma 'romessa
sanção ur6di$are$6'ro$a 'odede'or
Fala se então um sua e0 ser(Tamb#m
$ontrato a'Qiado 'ela
se 'ode
em'regar no senado lato o termo V$ontrato $omo
tal 'ara o a$ordo G Que, ' eR, se entende intema$iona‹mnte 'elo
direi to eR'resso 'or B#acta sunt ser9anda f e Que nã o # a'oiado
'or sanç"es[) Gs n6eis moral e legal 'odem 'or sua e0 sobre'or
se um ao outro, L norma mora Va$ordos t]m Que ser $um'ridosU
(no sentido moral do termo) 'ode tomars e *undamento de uma
$orres'ondente eoraia 'enal, e o direito $ontratual 'ode,
inersamente, ser ulgado moralmente
Isto nos $ondu0 a im'ortante distinção entre direitos es'e$iais
e direitos gerais Fa0 sentido não s ali$erçar os direitos es'e$iais
atra#s de $orres'ondentes direitos gerais, morais e%ou legais, mas
tamb#m de rela$ionar com direitos 'artes de outras normas morais
e legais[ Esta am'liação não estã isenta de di*i$uldades,
$onsiderando Que $om base nos direitos es'e$iais agora $hegamos
a $onhe$er 'e$uliarida des es'e$6*i$as im'li$adas no dis$urso sobre
direitos direitos são relatios e 'edem ser $obrados Se eu tenho
um direito moral ou legal sobre algo teria Que eRistir, assim
'are$e, uma instân$ia moral ou legal de $obrança Como esta
instân$ia deeria ser 'ensada, # muito mais *$il de ser isto no
direi to do Que na moral& ter um direito legal sobre algo 'are$e
signi*i$ar Que eRiste uma instân$ia ur6di$a unto Qual este direito
'ode ser $obrado
Xas Que sentido tem a*ina l *alar de um direito Vsobre algoU [
9a uris'rud]n$ia *aiase aQui de um Bius in reni em o'osição ao
direi to relati$s' essoas do direito es'e$ial, desig nado $omo
Bius in #erse$O arí^W' G Que ' eR signi*i$a Que eu tenho um direito
'ro'rie 3e, integridade *6si$a, et$[ Pare$e $laro Que tamb#m
este direito tem Que ser relatio 'essoa a'enas de *orma elada,
mas $omo dee ser $om'reendida esta relação $om a 'essoa[
Podem os $om'reend]la em analogia direta $om a relação Que
eRiste nos direitos es'e$iais
$ n& T -egan und D 2ande 2$er íc6 And 2+isncs Odr AJ' T'toa (+SL), 34:=, '
=:><A>aQui=j>r`7 JJ
es'e$iais/ nem seQuer # 'oss6el 'ensar uma so$ieda de humana
sem esta instituição G segundo modelo de so$iedade de Bedau
$onhe$e direitos gerais, os Quais $ontudo são $on$edidos 'ela
ordem ur6di$a e estão in$ulados a 'e$uliaridades e 'a'#is
es'e$6*i$os das 'essoas em Questão Por *im, ao ter$eiro modelo de
so$iedade, todos os seres humanos, inde'endente de todas as
'e$uliaridades e dos 'a'#is es'e$6*i$os, teriam determinados
direitos sim'lesment e enQuanto sao seres )"manos$
2in$ulamse $om o ^ltimo 'asso de Bedau dois 'assos& a
'assagem de direitos legais 'ara direitos morais (Que tamb#m
'odem ser desiguais) e a 'assagem de direitos gerais es'e$iais 'ara
direitos uniersais Xo ter$eiro 'asso de Bedau mostrase $ontudo
uma outra di*i$uldade, al#m da anteriormente $itada, Que 'are$e
estar ligada ao dis$urso sobre direitos morais e então sobre
direitos humanos Baseados nos direitos es'e$iais ns imos
nãoa'enas Que direitos 'odem ser $obrados, i #, Que t]m um 6ou
muitos) des6inatrio(s), mas tamb#m Que 'are$e *a0er 'arte de sua
ess]n$ia Que eles são $riados, $on$edidos G Que 'or#m então 'ode
signi*i$ar Que seres humanos ?6 t]mU determinados direitos
sim'lesme nte 'orQue são seres humanos[
2o$]s 'oderiam obetar Que tale0 não sea $orreto $ontar,
tamb#m nos direitos gerais, $om todas as $ara$ter6sti $as essen$iais
Que en$ontramos nos direitos es'e$iais Tale0 seam direm os
gerais e de modo 'arti$ular direitos morais, algo essen$ialmente
dierso e o $on$eito de direito subetio 'oli alerle Xas mesmo
Que não ti#ssemos Que es$lare$er os direitos gerais a 'artir dos
direitos es'e$ia is, Que são de $om'reensão mais *$il, 'are$e
estranha a $on$e'ção Que sim'lesmente 'oder6amos ter $ertos
direitos G Que signi*i$a ter um direito Que não *oi $on$edido[
Tamb#m aQui o dis$urso sobre direitos legais o*ere$e di*i$uldades
menores, uma e0 Que num direito legal est $laro Que algu#m tem
um direito na
medida Que este lhe *oi $on$edido, neste $aso 'ela & rdemur6di$a
Tamb#m nesta 'ers'e$tia a unidade $on$eiraai em reação aos
direitos es'e$iais 'ode, 'or $onsegui/&e ser $om'reendida mais
*a$ilmente nos direitos legais do $ue nos $orais
Para a$entuar o *ato de Que nos direitos morais se irara
daQueles direitos Que ns VtemosU, e Que não a'eras nos são
$on$edidos 'or alguma ordem ur6di$a, a 'rimeira tradição
moderna dos direitos human os tem *alado de direhz r naturais
Isto soa $omo se ti#ssemos nas$ido $om estes direitos e os
ti#ssemos assim $omo temos rgãos, ou $omo se $s $arreg s
semos $omo grãos de ouro em nosso $oração +m senrio
$om'reens6el 'odia ter este dis$urso, na melhor das hi'$ie ses,
numa isão teolgi$a Desta maneira di0 na de$laração da
inde'end]n$ ia norteameri$ana, Que todos os seres humaros *oram
'roidosff 'or seu $riador de V$ertos diret$$ s inalieneisU
L ra0ão de esta $on$e'ção teolgi$a 'are$er de $om'reensão
mais *$il de$orre naturalmente do *ato de Que agora &rn} b#m os
direitos Que temos V'or nature0aU ou Vde ar$emã$ jã$
$on$edidos& são $on$edidos 'or Deus Xas a*inal esia &re'reensão
# tamb#m a'enas uma a'ar]n$ia Pois &ar&o nos 66 reitos es'e$iais
Quanto nos direitos legais # essen$ial Que a instân$ia Que $on$ede
os direitos sea id]nti$a Quela ura& Qual eles 'odem ser
$obrados Gs direitos $on$edidos 'or Deus $ontudo não 'odem ser
$obrados unto a ele Portanto, a $0n $e'ção teolgi$a dos direitos
humanos $omo instiraidos por Deus soment e 'ode ter o sentido de
Que Deus estabele$eu a ordem moral $omo um todo, i #, a
humanidade $omo urra $omunidade moral, $uos membros
'odem$obrarse murui mente estes direitos& ele teria $riado todo
o sistema i&s dire&&&s e das obrigaçGes re$6'ro$as 9o entanto, os
direito s então s} mente teriam o seu sentido es'e$6*i$o en5uanto
cir> ++]s nr, pe dida em Que os membros da $omunidade se re$&
nhe$erem
mutuamente Disso, no entanto, não de$orre Que teremos Que di0er
Que os direitos são re$i'ro$am ente $$n$ rd idos 'or estes membros
da $omunidade morai Que se re$onhe$em um ao outro, e Que Deus
somente # 'ensado $omo aQuele Que 'er sua e0 *undou esta
$omunidade e 'or $onseg!te a mor[
+rna met*ora enganadora 'are$ida $om a dos direitos morais
$omo direitos naturais # o dis$urso 8antiano de um lor absolutoU
de todas as 'essoas, re$entemente assumido 'or . 2Iastos ?
2Iastos não *undamenta esta $on$e'ção do alor absoluto de
todos os seres human os/ 'ensa $ontu do Que ela est na base de
nossa $ons$i]n$ia de direitos humanos inalieneis`9esta medida
ele ainda ai mais longe do Que Yant 'orQue 'ara Yani a
$on$e'ção do ser humano $omo *im em si *iindase na ra0ão& 'or
isso ela não est *$ant$ na base dos direitos e das obri gaç"es
morais do Que se ea se identi*i$asse $om a $ons$i]n$ia de Que
estes (direitos e obrigaç"es morais) eRistem, ou sea se
identi*i$a sse $om a moral do res'eito uniersal
9ão # 'or#m então mais ra0oel e mais $iaro renun$iar se
$om'letamente a *alar, de modo obs$uro, em alores absolutos[
Em 2Iastos *i$a 'arti$ularmme $laro Que o ^ni$o sentido da
introdução de alores absolutos $onsiste em a'oiar os direitos
humanos, i #, a moral do res'eito uniersal Xas não 'erdemos
nada se sim'lesmente abandonam os a $rença no alor absoluto G
sentido substan$ial desta $rença 'ermane$e o mesmo, a saber, Que
re$onhe$emos todos os seres humanos $omo 'ortadores de
direitos E agora 'odemos di0er mais $laramente o Que w *oi
sugerido na inter'retação da $on$e'ção teolgi$a& Que, na medida
em Que nos $olo$amos sob a moral do res'eito uniersal somos
ns mesmos Que $on$edemos a todos os seres humanos os direitos
Que dela resu+am Portanto,
; 9o Chi le, ' eR Quando se 'ro $ura argumentar dest a maneira, obetas e& Xas a Que
'od emos então a'elar , 'a ra Q ue n ão s e r e'ii a o a$ onte$ ido[U Xas Kitier S talin e Pi no$he t e
seus $arras$os deiRaramse im'ressionar tão 'ou$o 'or estas instân$ias de a'elaçã o Quanto
'ela 'r'r ia mora i/ e a ^_, i$a manei ra 'ela Qua l # ' oss 6e l eita r Q ue os $ rim es sem'r e de
noo se su$edam * $onseguir Que o maior n^mero 'oss6el de seres humanos a$redite nos
direitas h/ manos ou se $om'reenda moralmente ( ei' tamb#m P Sieghartm 0he Lci@ful
-\ g + ++s of%ankind' GR*ord I4S; ' ?A)
na medida em Que nos $om'reendemos moralmente) De maneira
mais 're$isa ter6amos Que di0er agora& se a*inal eRistem direi is
morais, então eles são dados desta maneira Xas eles eRistem[
L'enas de'ois Que se de$idiu de Que de'ende a eRist]n$ia
desses direitos, teremos um $rit#rio de ulgamento 'ara 'oder_ mos
es$lare$er& primeiro, se eles a*ina l eRistem e, segundo, Quais os
direitos deste ti'o Que deem ser re$onhe$idos Se, 'ois, os direitos
da moral são $on$edidos $aso a*inal eRistam , então esta
'ergunta somente 'ode ser res'ondida a 'artir da6 donde deem ser
res'ondidas todas as 'esuntas morais, $omo imos na Sltima
lição& $omo Queremos, a 'artir de um 'onto de ista im'ar$ial, Que
todos se $om'ortem[ G conceito de direito subetio e suas
im'li$aç"es $onstituem sem d^ida uma segunda $ondição
restri*igidora Estes dois 'ontos de orientação não são $ontudo
$om'letamente inde'endentes um do outro 2imos antes Que
'oderia tra0er di*i$uldades a'li$ar ao elemento moral o $on$eito de
direitos subetios,
es'e$iais e legaisassim $omo o obtiemos
Xostrouse $omQue
entrementes basetamb#m
nos direitos
direitos
morais são $on$edidos Contudo ainda *i$a em aberto se e até Que
'onto eles 'odem ser $obrados LQui se 'oderia 'ensar Que o
$on$eito de direito subetio teria Que ser modi*i$ado um 'ou$o no
dom6nio moral& Que não 'oderemos manter no elemento moral to
dos os as'e$tos Que en$ontramos nos direitos es'e$iais e legais
Isto Quer di0er Que agora 'odemos deiRar em aberto se ternos Que
distinguir entre um $on$eito mais *ra$o dos direitos subetios e
outro mais *orte, e se no dom6nio moral somente ale o mais *ra$o
Este # o lugar onde a Questão $on$eituai se diide $om o $rit#rio
moral de ulgamento& Pois # a 'artir do $rit#rio de ulgamento Que
se dee de$idir se o dis$urso sobre direitos morais a*inal 'ode ser
deseado a 'artir de um 'onto de ista im'ar$ial $omo tamb#m se a
'artir deste 'onto de ista # deseel Que $om'reendamos os
direitos morais tamb#m $omo direitos no sentido *orte
Diante das $onsideraç"es $on$eituais ini$iais e inseguras
temos agora "m itinerrio $laro L 'rimeira Questão # se a*inal
eRistem direitos morais E 'ara isto basta $om'reender o dis$urso
numsent6do *ra$o Como *ra$o agora 'odemos designar aQuele
$on$eito de um direito subetio "niversal, segundo o Qual este não
'ode ser $obrado G Que d sentido *alar em direitos na moral, ao
menos neste sentido *ra$o[ Eu tenho, ' e?$, o direito de não ser
lesado, e este ius in rem signi*i$a Que todo s os outros são
obrigados a não me lesar Wuando aQui *alam os em direito , o Que
se di0 mais do Que, Que todos t]m a $orres 'ondente obrigação[
Primeiro, Que agora $ada "m não a'enas tem a obrigação dese
$om'ortar de tal e tal maneira diante de mim, mas Que re$onhe$e
$omo base desta obrigação o direito relatio Que eu tenho em
relação a ele (bem $omo em relação a todos os outros) Por isso
tamb#m 'odemos di0er Que ele de9e 'ro$eder de tal maneira em
relação a mim 9ão 'osso, em erdade, $obrar o meu direito, mas
tinha ra0ão$ategri$o
im'eratio 'ara assim $om'reender
9o entanto de antemão
geralmente tamb#m sea a$entua
morai do
mais aQuilo Que de *ato estaa $ontido no im'eratio $ategri$o&
Que de agora em diante tudo ser ulga
do a 'artir da 'ers'e$tia daQueles Que t]m os direitos 9ão
obstante o $on$eito do direito este+a baseado no da obrigação,
a$onte$e "e, Quanto ao $onte^do, as obrigaç"es resultam dos
interesses e das ne$essidades e dos direPos Que deias emanam4 os
direitos resultan das ne$essi dades , se istc 'are$er $omo deseel
n"m ulgamento imparcial$
Gbseremos agora ainda Que, se olharmos a obrigação a
partir da 'ers'e$tia dos Que 'ara ela estão legitimados , obligados
ou dos usti* i$ados "erechgteiiL o$orre uma relação re$6'ro $a
inersa entre um e todos A"ele Que # obrigado, é obrigado em
relação a todos LQuele Que tem legitimação tem seus direitos
*a$e a todos, isto 'ode 'are$er ini$ialmente se$undrio, uma e0
Que os direitos e as obrigaç"es 'are$em eRistir nos em !imção dos
outros Isto po rém não est $erto, 'orQue, p$$ e?$, $rianças
'eQuenas somente t]m direitos e não t]m obrigaç"es L
re$i'ro$idade somente eRiste no n^$leo da $omunidade morai/ na
direitos na 'ers'e$tia
'ode di0er daQeleseQue
'ara si mesmo& eu os
não 'ossui, 'orQuanto
o 'reudi$ar, $adaoutro
algum Qual o
'reudi$ar Lt# o momento não eRiste uma instân$ia Que
'roiden$ie 'ara Que to
dos $um'r am suas obriga ç"es e unto Qual eu 'ossa $obrar os
meus direitos
P
!o$8e a 'roteção dos direitos de de*esa tamb#m istos 'or ele
$omo direitos morais e a introdução de um $orres'ondente direito
'enal, *orne$em a *undamentação do Estado 9o entanto, eremos
em seguida Que $omo a moral do res'eito se distingue do
$ontratualismo, separarseão logo os $aminhos da !"ndamentação
do Estado, con!orme resultam, res'e$tiamente, da 'ers'e$tia
moral o" da 'ers'e$tia $ontratualista
+m 'oeto no Qual ã se distingue aQui o $on$eito moral do
contrat"alista é$"e o contrat"alista 're$isa deslo$ar $om'le
tamente o direito 'ara a relação do detentor do direito $om o
Estado, $omo o imos antes em Ale?, enQuanto Que a *unda
mentação moral 're$isa 'reer uma du'la irradiação dos direitos&
'rimeiro o direito eRiste em relação a todos os outros indi6duos, e
s se$undariamente, na medida Que estes indi6duos não $um'rem
suas obrigaç"es, 'ortanto subsidiariame nte, o direito eRiste *a$e ao
Estado 9o Que segue ainda serão retomadas diersas e0es estas
duas relaç"es, das Quais a segunda s surge Quando desa'are$e a
'rimeira, 'ortanto subsidiariamente Se eu *aio de uma Vdu'la
irradiaçãoU, isto sim'l esmente tem o sentido de Que o direi to
relatio eRiste 'rimeiro em relação a todos, indiidualmente, e em
segundo lugar, subsidiariamente , em relação ao $oletio L'enas
neste segundo n6el o direito 'ode ser $obrado, mas isto tamb#m #
su*i$iente Como mostrou Kenr Shue a Quem deo a re*er]n$ia a
estes dois n6eis de obrigaç"es, Que sem're $orres'ondem a um
direito *i$a mal 'ara um Estado Quando o 'rimeiro n6el est
muito $orro6do/ na medida Que isto *or o $aso, o Estado ter Que
tomarse um Estado 'oli$ ia 5 Shue tamb#m mostrou al#m disso
Que ainda eRiste um ter$eiro n6el de obrigaç"es Que resultam de
um e mesmo direito, a saber, a obrigação de audar Queles Que,
não obstante a 'roteção, lhes a$onte$e o
dee tal[
$omo direito
"m +ma e0base
Que arse
todosem restabele$imento
os direitos e não
Que temos *a$e ao naEstado
auda
$ustam alguma $oisa e são 'or $onseguinte direitos e*i$a0es, não
haendo neste sentido direitos 'uramente VnegatiosU, a 'retensa
distinção entre direitos negatios e 'ositios *a$e ao Estado a'onta
'ara uma $orres'ondente distinção dos direitos morais no sentido
*ra$o, ! é, em relação aos indi6duos/ e isto Quer di0er, a'onta 'ara
a distinção de obrigaç"es negatias e 'ositias de indi6duos Esta
distinção de *ato eRiste na 'ers'e$tia dos indi6duos Que t]m
obrigaç"es, sim'lesmen te 'orQue 'osso $um'rir minhas obrigaç"es
negatias 'ara $om todos, enQuanto Que as 'ositias a'enas 'osso
$um'rir $om relação a alguns 'ou$os Contudo imos
anteriormente Que Quest"es morais, desde Que istas $omo
Quest"es de direitos, 're$isam ser de$ididas a 'artir da 'ers'e$ti a
dos a*etados, e na 'ers'e$tia dos a*etados não eRiste uma
P P
8antianos e em grande 'arte em todos os moralistas modernos, o
direito *undamenta auda tinha uma eRist]n$ia tão marginal, Que
a obrigação de audar era ista $omo Vsu'rarogat riaU
(su#eremgatorisch< (isto Quer di0er, entr e outras $oisas, Que não
eRistia 'retensão de direito) e somente eRistiria Quando não
$ustasse nenhum es*orço es'e$ial Deemos res'onden 'erQu# não
era isto o re$urso ao Estado[ Xas tamb#m na moral burguesa
o$orre o rec"rso ao Estado, cont"do $om orientação e?cl"siva$nas
obrigaç%es negativas$ PorQu][ Tale0 se 'ossa di0er aQui Que a
e$onomia $a'itali sta, baseada no mer$ado, s"gere 'artir da *i$ção
normati a 'ara a ideologia do $a'italismo Que a so$iedade a'enas
se $onsti tui de homens adulto s e a'tos 'ara o trabalho, os "ais
normalmente 'odem 'roiden$iar 'or si mesmos, *i$ando a
ne$essidade de auda $omo "m *enmeno marginal Estando
algu#m sem re$urso, seria normalmente ele mesmo o $ul'ado
(desta situação) Desta maneira Yant 'de $hegar a uma morai Que,
Quanto ao $onte^do, não se distingue do contrat"alismo$ G
contrat"al
$ontudo moralmesmo
umaismo, abstraindo
dos *ortes de sem
Gs Que são s" as la$unas
re$urso *ormais,
$aem 'elas #
malhas da rede do $ontratual ismo/ e se os *ones $hegam a a$ertar
um regulamento $om os *ra$os, $omo se ee resul tasse de um
$ontrato, tomando 'or#m o resultado $omo moral $om direitos
iguais, então estes direitos, Quanto ao $onte^do, resultam mais ou
menos $omo eles a'are$em na moral 8antiana` A
3A L 'ergu nta sobre se temos obrig aç"es morais em relação aos anima is # muitas e0es
tamb#m dis$ut ida de maneir a a 'erguntar se animais tamb#m t]m direitos Lntigam ente eu
'ensaa Que isto seria uma am'liaç ão do $on$eit o de direi to Que não tem sen tid o, 'orQue #
essen$ial 'ara o dis$urso sobre direitos, Que estes 'ossam ser
$obrados G elemento ético dos animais 'are$ia $om isto carregarse $om o *ardo de uma
argu men taçã o Que 'are $ia desnecess'ri a, 'or Que a'a ren tem ent e a #ti $a dos ani mai s
'ode ria ser ela bor ada da mes ma *or ma eR$ lus ia men te $om o $on $ei to de obr iga ção , e
$om $erte0a est $orreto, Que nem a todas as obrigaç"es $orres'ondem direitos De outro
lado, tem 'er *ei tame nte sen tido !alar tamb#m de direitos de $rianças, direitos Que não
'ode m s er $obr ados 'or elas mes mas / e a literat"ra mui
9o interior da dis$ussão +"r#dicoconstit"cional sobre direitos
humanos ou *undamentais o $on$eito de liberdade eRer$e
tipi as e0es *a0 re*er]n $ia $ir$ uns tân$ ia de Que o dis $urs o sob re dir eito s não
're ssu '"e Que os dir eit os de um indiv#d"o tenham Que ser $obreis 'or ele mesmo 1c!$,
' e?emplo$ KD Li8en V -igl us , Uuma n and Tüie n9is * Xonist 345: ' ;A=s aQui '
;A:) DeiRei, 'ois, aberto, na nona lição, se temos Que incl"ir os animais na moral Xas
uma e0 $on$ed ido isto , ent ão é !'c il de er Que, em relação a ani mais, dão se
'ro ble mas an logo s aos des eno lid os no teR to desta lição G su eit o prim'rio da
res'onsabilidade 'ara Que animais não seam maltratados tem Que ser a so$iedade/
tamb #m os ani mai s, uma e0 $on $edi da a obr iga ção em relação a eles t/m Que ter
direitos Que 'ossam ser $obrados E o Estado Que teria Que 'roibir eR'eri]n$ias e maus
tratos dos animais Por outro lado di*i$ilmente se Querer re$onhe$er obrigaç"es 'ara a
'ro teç ão de ani mai s, $on tra dan os Que não se am motivados 'or ser es huma nos 9is to
'ar e$e mostrarse noamente a in$erte0a, na Qual nos en$ontramos em relação a toda a
'ro ble mt i$a da #ti $a dos anim ais Se ` eRis tem obrigaç%es morais 'ara $om os animais,
entã o estas 'are$ em restringirse s obr iga ç"e s`n egat ia s e a um dire ito de au da
som ent e a6 onde est as obrig aç" es% negatias tierem sido in*ri ngidas
3: ;
ruim, 'orQue eie 'arte eR$lusiamente l s adultos Que t]m
$ondiç"es de 'roiden$ iar 'or si mesmos 9enhum Indi6duo
amais teria 'odido sobreier se não tiesse nas$ido no interior de
uma $omunidade Pre$isamos $ontudo re$onhe$ er naturalmente a
liberdade e a autonomia do indi6duo $omo um bem $entral e 'or
isso a ne$essidade de ser 'roteg ido em sua liberda de $omo "ra
direito moral $entrai, Xas *undamental 'ara a perg"nta 'elos
direitos Que a gente tem somente 'ode ser o $on$eito da
ne$essidade (ou do interesse) 3V G lugar da liberdade *i$aria no ar
se ela eão *osse uma das ne$essidades *undamenta is do indi6duo a
ser re$onhe$ida moralmente , da mesma *orma $omo a ne$essidade
da integridade *6si$a, mas tamb#m, ' e?$$ $omo a ne$essidadede
$uidado e de 'roid]n$ias em $aso de ne$essidade de auda, e de
& edu$ação na *ase da in*ân$ia (em ingl]s dirseia menos
autoritariamente u#bringing< f bem $omo a ne$essidade da
'arti$i'ação 'ol6ti$a G $on$eito de liberdade não 'ode ser
$olo$ado anteriormente enun$iação dos direitos *unda mentais
Por isso, o Que re$entemente e muitas e0es o$u'ou o seu iugar # a
dignidade humana assim $omo no artigo da De$laração
{ +niersal dos Direitos Kumanos das 9aç"es +nidas, de 34?:, mas
V tamb#m no artigo !i da Constituição da -e'^bli$a Federai da
Llemanha, de 34?4 Isto entretanto, $om *a$ilidade 'oderia
'are$er uma *rmula a0ia, se re$onhe$er a dignidade de um
6 homem signi*i$a re$onhe$]lo $omo sueito de direitos Teremos
Que 'erguntarnos se o a'elo dignidade do ser humano 'ode
V!
tra0er maior resultado do Que este re$urso $ir$ular aos direitos
2ale a 'ena eRaminar mais de 'erto a tese de LleRZ de Que
& aQueles direitos Que não são direitos de liberdade, 'ortanto os
assim denominados Vdireitos so$iaisU, deeriam ser *unda
3= C* K Be dau, Dlhe -ight @ LifeD( The Xoms6, I45S ' ;>3& Shue ' 3:
ml
dos atra#s de uma am'liação do 'r'rio $on$eito de
liberdadee 'ositia
negatia Ale? re$orre aQui
9ão se a umaaQui
entende das distinç"es entre liberdade
aQuela liberdade Que, '
eR ; a'are$e em Yant e Kegei no dis$urso sobre liberdade 'ositia
$omo liberdade 'araU, segundo a Qual, ' eR, somente seria lire,
a"ele Que # moral_ < Este $on$eito de liberdade positiva dee ser
re$usado 'orQue # *also denominar $omo lire a "m 'ro$edimento
Que est' amarrado a alguma $oisa, e nesta medida não # lire
ERiste entretanto, na *iloso*ia anglosaRni$a, uma distinção entre
liberda de negatia e 'ositia Que # assumida por Ale? numa outra
terminolo gia, a Qual tem sentido O distinção # mais *$il de ser
$om'reendida se $onsideramos o $aso negatio 5eg"ndo esta
distinção uma 'essoa # não7re no sentido negatio se e somente
se # im'edida 'or outros (mediante $oação) de ser lire/ ela # ao
$ontrrio não7re no sentido mais am'lo, no sentido 'ositio, se
ela não tem a $a'a$idade e os re$ursos 'ara agir E KaZe8 deu um
eRem'lo bem $laro& um al'inista Que $aiu na *enda de uma ro$ha
est, no sentido negatio, lire 'ara sair da6, 'orQue ningu# m
im'ede isto, enQuanto Que no sentido 'ositio ele não est 7re 'ara
sair 'orQue não tem as $ondiç"es 'ara tal
Segundo esta distinção, os $lssi$os direitos de liberdade são
todos eles direitos de liberdade negatia LleRZ 'are$e designar
'or assim di0er não7berdade negatia e 'ositia $omo não
liberdade Vur6di$aU e Ve$onmi$aU, $om Que ern todo $aso atinge o
'roblema $entral 2isto em n6el mundial, uma grande 'arte da
humanidade ie e$onomi$a mente não7re/
3< +ma boa $ombinação en$ontrase no 'r'rio LleRZ , na ' 34> Es'e$ia lmente sobre
Kegel, $6 meu 7onsci/ncia de si e autodeterminação , ' <?4s, e sobre Keideg ger meu
7onceito de 9erdade em Uitsserí e Ueidegger<( ' <:=s Tanto em Kegel Quant o em
Keidegger os $on$eitos 'ositios de liberdade resultarão numa negação da liberdade no
sentid o usual enQuan to Que em Yant 'ermane $e aberta a relação das duas (liberdade
'os iti a e n ega ti a)
isto Quer di0er, *altalhes o a$esso aos re$urs os Que 6hes 'ossi
bilitariam a liberdade, sea de a*inai manterse ein ida, e de
maneira de
'ositia Vhumanamente dignaU&
*a0er aQuilo Que muitos'ara
# ne$essrio não$onserar
t]m a liberdade
em ida a
si 'r'rios e a seus *ilhos Es$a nãoIiberdade, no interior do
sistema $a'italista mundial não $onsiste sim'lesmente no *ato de
uma 'arte da humanidade não ter osre$ursos, mas em Que os
re$ursos eRistentes se en$ontram nas mãos dos ri$os/ estes são
assegurados em sua 'ro'riedade atra#s de um direito 'enal Que #
moralmente unilate ral e t]m 'or isso um 'oder a 'artir do Qual
'odem eR'lorar os 'obres, tanto Quanto estes a*inal 'odem
'arti$i'ar da riQue0a eRistente Portanto, não se trata de *ato de
uma nãoIiberdade meramente 'ositia, mas, ao ser im'edido aos
'obres o a$esso aos re$ursos, tratase de um misto entre não
7berdade 'ositia e negatia 3_
obtenção de es'aços m6nimos de liberdade 'ositia, nos Quais
todos os seres humanos $a'a$i tam a si 'r'rios a 'roide n$iar seu
bemestar, na medida de suas $ondiç"es, 'are$e,
na 'ers'e$tia moral um direito tão *undamental Quanto o direito
integridade *6si$a e $ertos direitos negatios de liberdade LleRZ
'or#m se engana, Quando 'ensa Que em gera 'ode $om'reender os
direitos so$iais $omo direitos de liberdade am'liados, 'orQue 'ara
atitude s de ida 're$isam ser dadas, não a'enas $ondiç"es eRternas
(re$ursos), mas tamb#m *a$uldades 'r'rias Wuem # noo ou
idoso demais ou doente ou de*i$iente não 'ode audarse a si
mesmo, mesmo Que tiesse os re$ursos 'ara tal Por isso 'are$e
estar eR$lu6do assegurar, em nome dos direitos humanos, uma
eRist ]n$ia humana digna de todas as 'essoas, eR$lusiamente
atra#s da am'liação do $on$eito de liberdade Contudo, 'are$eme
aliosa a tentatia
3? Xais detal hadamen te eu tratei desta 'roblemti$ a em meu artigo V!iberal ism, !ibert)
and the Issue o* E$o nom i$ Kuman -ights 34::) in/ #hiiosnphi.sche u&* siit+e.
<;=<>A
de LleRZ de *a0er isto tanto Quanto 'oss6el, não '$rrae $err& ele
'ensa, a garantia da liberdade seria normatia 'ara a $om'reensão
: CV ■ %n//A L : Ç = :
Gustiça?
1ohn -ais, A 0heoi1 o& ustice. Kar ard ! e_t $ress 34>3& tradução aemã: "ine
0heorie der :erechtigkeit( Fran8*urt 34>[ , Bru$e L$8erman -ocial ustice in he
/iberal -tate. ale +niersitZ Press, 3ƒ‚A
do in$lui em soa $on$e'ção de ustiça a'enas os direitos negati os
de liberdade, e a 'ossibilidade de uma am'liação não # seQuer
dis$utida Terenos, 'or#m, de 'ergumarnos $omo se re6s$ionam
mutuamente estes dois 'rin$i'ais 'on$os de re*er]n$ia 'ara a
aaliação mora da organi0ação estatal da so$iedade direitos
humanos e ustiça/ na literatura e6es não são dis$utidos
$onuntamente
Se $onsiderarmos 'rimeirament e o $on$eito de ustiça, $omo
tal, não en$ontraremos nos dois autores $itados auR6lio algum de
orientação 'ara uma $om'reensão *undamental deste $on$eito Isto
se dee, em 'rimeiro lugar, a Que ambos, tomandoo $omo
eidente, 'artem a'enas de um determinado dom6nio em Que
*alamos de ustiça, o da $hamada ustiça distributia, e, em
segundo lugar, a Que ambos sim'lesmente 'ressu'"em um
$on$eito igualitrio de ustiça distributia -ais admite, sem
ra0ão, Que nestes 'ressu'ostos *undamentais uma $lari*i$ação
$on$eitua nada 'rodu0, e Que sim'lesmente temos de 'artir de
nossas intuiç"e s 2eremos Que um $on$eito igualitri o de ustiça
$omo em geral uma determinada moral $ertamente não 'ode ser
dedu0ido de aigo, mas Que se 'ode mostrar Que resulta
ne$essariamente sob determinados 'ressu'ostos =
= Xinha $r6ti$a no artig o VComments on some metho dologi$al as'e$ts o* -als` TheorZ o*
1usti$eU in& Anal 1se und 3ri ük 3 (34>4), ' >>:4/ traduç ão aiemã em !rob leme der Eilu k
!roblemas da EticaH( ' 3A<=) ainda não se re*eriu a este 'onto *undamental Wuanto ao
mais, mante nho inteira mente a $r6ti$a $ontida neste artigo Ela se re*ere s di*i$ul dades
esre$ia6s Que resultam da $hamada srcinal #osition( Que -als usa $omo o modele a 'artir
do Qual todas as Quest "es da ustiça 'ol6t i$a deem ser de$idi das Fosso a0ora resum ir
assim esta $r6ti$a& -als hesita entre admitir Que o *undamento de seus 'rin$6'ios da ustiça
sea nossa intuição moral _ou a srcinal #osition' Wuanto ao $onte^do, naturalmente s 'ode
ser a int uiç ão morãi, 'ois a srcinal #osition *undas e eR$lusiam ente em ser um bom
re'rese ntante de uma determina da intuição moral (igualitria) 9isto reside , 'or#m Que a
'or este leres entmte não # a'e nas su'#r* lua, mas no$ia, 'ois, $as o
Quitem do re're sentan te $onseQ7]n$ias Que não resultam da intuição
9osso 'rimeiro 'asso ter de $onsistir em lar6*i Que
entendemos 'or ust o e ? tistiga_ sem 'ress u'or ema de
terminada $on$e'ção de ustiça, analogamente ao modo $omo nas
'rimeiras 8ç"es 'ro$urei indi$ar o Que se dee emeider 'or Vuma
moralff Este 'asso ser aQui sensielmente mais *$il, 'orQue
nosso entendimento desta 'alara, 'elo menos desde os gregos,
'ermane$eu em seu $erne admiraelmente $onstante Gs dois
'ontos de re*er]n$ia mais ^teis 'odem ser $onsiderados ainda a
de*inição Que Platão, seguindo Simonides , o*ere$e no !iro 3 da
-e#blica (<<le [ <<=bp$), bera $omo a distinção aristot#li$a entre
ustiça distributia e $orretia Lmbos 'are$em essen$iais 'ara o
$'e ainda hoe, antes detoda determinação de $onte^do,
entendemos 'or VustoU
morai, la6s conse5ü/ncias têm de ser não a'enas reeitadas mas na medida em "e isto
* o $aso mostrase "e a oriinal%osi7on não é am rom representante$ Com
isto 'or#m, $ai 'or $erra todo o 'onto de 'artida na y ingina+ #nsnion' 2i a 'ode ter nã$
$ tarante $ eii alor mas 'ara 'robl emas es'e$iais e somente Quando *or in$la a
ra% ã 'or Que a ori ent ação 'or $ia $ melhor $uanio a $ai s 'roblemas , do Que $
mediata 'eia /ntuição morei ou 'rn$6'ie rr$ra8 Para um $t$`$
re`Crfo 'G`it& rk ia 'osição de $onte^do de -au6s $* minha a'resentação em F -addat0
(ed) Keit $ib lioth ek der Y ?ach biic hen Fran8*urt 34:?, ' <5A<5<
G liro de AcPerman 'ar e$e me Qua nto ao 'omo de 'an +a$ sens6el mente su'erior ao
de -a 6s, por"e L$8 erma n, em 'rim eiro lugar, 'an e dir etam ente de seus dois
'ri n$6 'ios igu alit ri os *un dam ent ais (' 33) e ass im ei ta algo art i*i $ia i $om o a oriinal
%o si7 on8 em segundo l"gar, 'or Que ] o 'ro ble ma da ust iça so$ ial não na Que stã o de
$omo um Estado dee ser organi0 ado de uma e0 'or todas, mas nas Quest" es, a serem
sus$itadas nas deidas $ir$unstan$ias, de $omo se dee *undamentar a legitimidade das
di*erenç as de 'ode r e?istentes ip$ s9$ L$8erm an imagina as argumentaç"es a *aor e
$on tra, $omo dil ogo s Que não 'odem *erir ambos os princ#pios (bem $omo alguns
'ri n$6 'ios *or mais su'l eme nta res ) L eR' osiç ão dos arg ume nto s em di logo s aume nta a
$lare0a/ $reio, todaia, Que L$8erman se engana a$reditando Que a *orma dial7gica é um
elemento essen$ial de sua 'osição (' 3A) Todos os seus dilogos 'odem ser entendidos
$omo argume ntação sim' les& a primeira e a seg und a 'es soa não são essen$ iais L
obeção j semelhante Quela, $ontra a $on$e'ção de (abermas$ L$8erman disting"ese
certamente de (a)ermas 'or seu di logo ser li mit ado `f 9constraine': 'or seu s
'ri n$6 'ios 9o Sltimo $a'6tulo de seu liro L$8erman 'ro$ura, na erdade, *undamentar
estes 'rin$6' ios, 'or sua e0 dialogicamen#e$ Com isto resultam em L$8erm an ias 9
mas de dilogo c"+a di*erença ele não 'are$e 'er$eber
L de*inição 'latni$a # a seguinte/ usto # to #roshekon hekasto
a#odidonai( o Que *oi 'osto 'or +l'iano na *rmula& suum cai5ue
tribuere $om Que 2iastos a'oia sua eR'li$ ação& tea ação # msta
se e somente se # determinada eR$lusia mer*e 'eia
e$nsiderae&io aos direitos de 6$dos os Que são atingidos
substan$ialmente 'orelaU_ Pare$eme duidoso tradu0ir a
eR'ressão de Platão, o "e-cabe& a $ada um, 'or -direitos&$
Certamente tamb#m flpiano *ala de ius( mas não me 'are$e $laro
Que a 'alara sea entendida no sentido de direito subetio e nem
seQuer VobetiamenteU, $omo o Que # $orreto 'ara $ada um
1con!orme lei9$ Wuanto ao $onte^do, a $on$e'ção de 2iastos
'are$eme *ra$assar no $aso da ustiça $orretia +ma 'ena dee
ser usta, mas isto não 'ode J ter o sentido de Que aQuele de $ua
'ena se trata tenha um direito a ela ; mas somente Que ele a
Vmere$eU * ;+er'ient<:. Creio, 'ortanto, Que deemo s tradu0ir
assim a de*inição de Platão& uma ação # usta Quando d a $ada um
< 1usti$e and EQualitZ U, ' 5A (in& \aidro n, 0heories of -ights<( onde se en$ontra tamb#m a
re*er]n$ia a +l'iano
homi$6dio, et$ LQui o ui0 tem de de$idir se o a$usado merece
urna 'ena
L *igura da ustiça a'resentada nas $atedrais medieais,
sustent ando uma balança na mão e tra0endo uma eada nos olhos,
re'resenta esta ustiça $orretia L enda nos olhos simboli0a a
im'ar$ialidade eRigida e mani*estamente $onstitutia
de toda ustiça Im'ar$ialidade de modo algum signi*i$a i
igualdade, mas im'li$a Que a'enas 'ro*ere um ulgamento usto
aQuele Que de$ide o $aso im'ar$ialmente, isto #, sem distinção
de 'essoaU, o Que signi*i$a de modo 'ositio& eR$lusiamente em
$onsidera ção ao Que os enolidos, em ra0ão do Que *i0eram ,
merecem
Tamb#m no $aso da ustiça distribu tia o $on$eito *unda
mental # o de m#rito Falase em uma ustiça distributi a sem're
Que algu#m $em de distribuir bens ou males entre rias 'essoas,
'ortanto, em uma *am6lia ou em uma em'resa $omum,
sobretudo, 'orem, no Estado ou na $omunidade dos Estados Gs
bens 'odem ser es'e$ialmente, direitos, bens materiais ou 'oder
Tamb# m Quando obrigaç"es 'erante a $oletiidade deem ser
distribu6das ('or eRem'lo, seriço militar), estas o 'odem ser
usta ou inustamente +ma distribuição igualitria 'ressu'"e Que
todos mere $em o mesmo, e, Quando se # da o'iniã o de Que uma
distribui ção igual não seria usta, admitese Que as di*erentes
'essoas, 'or determinadas ra0"es, mere$em mais ou menos
Podese di0er, em e0 de Vo Que mere$e , i?o Que lhe $abeU,
$omo Platão o *e0 +ma de$isão usta sobre re'aração ou
distribuição 'ressu'"e sem're um 'ano de *undo morai, i sto #,
regras morais eRistentes ou *atos moralmente releantes em
$onsideração aos Quais a de$isão 'ossa ser usta, isto #, adeQuada
L $onsideração eR$lusia destes *atos e regras, isto #, do Que $ada
um merece em ra0ão dos *atos e de a$ordo $om as regras, $onstitu6
o Que se 'retende di0er $om Vim'ar$ialidade_f G *ato de Que a
im'ar$ialidade sea eRigida em ambas as *or
P8
H%
$om'reens6el, se $onsiderar mos o erro não da 'ers'e$tia de Quem 'artilha, mas dos
enolidos Se os enolidos Querem outra 'artilha Que não aQuela natural de um 'onto de
ista im'ar$ial, o moti o'adrã o ao menos # o de Que se Queira ter 'ara si mais do Que lhe
$om'ete
Com isso se 'de in$ular a $on$e'ção de Que, mesmo aQuele Que *eriu a ordem moral,
* $onsiderado `inustoU Tamb#m ns 'odemos di0er& $ie obtee 'ara si
.ostaria de re*erirme ustiça $orretia a'enas na medida em
Que isto # im'ortante 'ara a $om'reen são do $on$eito unitr io de
ustiça, G a'ro*undamento ulterior da 'roblemti$a da ustiça
$orretia eRigiria, em 'rimeiro lugar, re*leti r sobre o *ato de Que,
*alar de m#rito, 'ressu'"e aQui Que aQuele Que
antagens inustas L 'artir `da6 # $om're ens6e l Que Lristteles entenda a'arent emente
$omo Inusto em es'e$ial aQtie6e Que agiu in$orretamente na `transação m$
voiimt'ria&$ E a partir da6 resulta imediatamente o signi*i$ado Que Xi6l desta$a aQui e
Que levo" tra dição Que se 'od e constatar na terminologia de Lda m 5mit) e
5c)open)atser$ Isto signi *i$ a, tod aia, Que o modo de agi r moralmente re' ro el e
event"al mente pass#vel de 'ro$esso 'enal, # $lassi* i$ado retroatiam ente, do 'onto de
ista em "e # $om'reendido a paitir da 'ers'e$tia da +"stiça corretiva$ Isto não 'are$e
es'e$ialmente sensato e e?plica também 'or Que est e $on $ei to de +"stiça não se im's ã
consciência geral @ 'oss6el Que o *ato de Lrist teles $lassi*i $ar assim a iolação do
deer negatio, ten)a soa ra0ão em Que ele não poderia inserir adeQuadamente de outro
modo os deeres negativos em s"a #ti$a da irtude $$* a$ima ' =>=)
2mbora não sea es'e$ialm ente convincente desig nar a iolaçã o de deeres negatio s
$omo inustiça ilV tem ra0ão em Qoe daQui resulta um $on$eito mais restrito de deer
Yant 'ensa de modo similar Tamb#m 'ara ;ant # $ara$ter6sti$o dos deeres negatios
Que sua obserân$ia 'ossa ser 'enalmente *orçada Isto sugere, 'or#m, segundo o eR'osto
na lição anterior, Que o Que dee ser $onsiderado *undamental 'ara a unidade desta $iasse
* aQuilo Que # (em princ#pio9 'as s6 el de 'ro $es so penal e não os deeres negativos$ A
violação dos deveres dos pais para $om seus *ilhos, 'or eRem' lo, tamb#m é 'as s6e l de
'ro $es so 'en ai Por iss o, $om o $on $ei to "nitariamen te mai s rest rito de deere s, é
re$o men d el uma de*i niç ão seg und o a Qual $ada de er de uma 'esso a L, Que
$orres'onda a um direito da 'essoa <, Que < tem $ontra L, 'ertença a este $on$eito mais
restrito (isto abrange agora todos os deeres negatios Que se re*erem a um direito de B,
Que se irradia assim a todos os outros indi6duos, $omo tamb#m os deeres 'ositios
es'e$i ais Que $orres' ondem a um direito de <$ Que este tem es'e$ialmente $ontra L, de
tai sorte Que di0emos Que L tem a res'onsabilidade 'or <9$ Deemse distinguir destes
direitos aQueles Que a 'essoa < tem 'ara$om a com"nidade inteira (e onde # soment e a
$omuni dade inteira Que tem a res'on sabilid ade 'or <9$ Esta 'are$e ser a distinção
resultante Quando se $onsidera o $on$eito de direito $omo o 'rimrio no Que di0 res'eito
ao $onte^do
G 'rimeiro dos signi*i$ados su'lem entares de ustiça men$ionad os 'or >l 'ode ser
in$ulado $on$e'ção Que de*endi no teRto de Que toda ação re*erida a outros # Vusta
se # V$orreta de a$ordo $om a ordem ur6di$a ou $om a ordem moral Também neste
$aso, todavia, parece ser introdu0ida "ma comple?idade em aç%es
imorais sim'les, Que se 'rodu0 somente a 'artir do 'onto de ista do ui0 Que a're$ia
o$aso
<44
'erturbou o eQuil6brio sea lire, no sentido de im'utel e, em
segundo lugar, entrar nas $onseQ7]n$ias Quanto ao sentido da 'ena
Falar de Vm#rito` 'ode *$ilmente $ausar estranhe0a VLlgu#m
a mere$e alguma $oisa[U, 'oderseia 'erguntar Xas então se
'ressu'oria um $on$eito enganador de m#rito, de algum modo
entendido $omo absoluto G *ato de Que uma 'essoa mereça ema
determinada reação moral, ou Que, no $aso o'ostok não mereça ou
ainda Que mereça, 'or eRem'lo, agrade$imento ou uma 'ena, não
'ressu'"e uma meta*6si$a es'e$ial da 'essoa/ o Que se Quer di0er #
sim'lesmente Que a reação mora (ran$or ou indignação, 'or
eRem'lo), ou a 'ena [ # ou não adeQuada ; lã a reação do sentimento
moral #, enQuanto reação, um dado moral no 'lano Que designei
$omo segundo, e este segundo 'lano, o 'lano da reação, 'erten$e
essen$ialmente moral Seris$amos a reação moral, ris$amos
tamb#m a 'er$e'ção moral e $om isso a moral em geral Lo se *alar
de Vm#ritoU, su'"ese Que a reação sea adeQuada, $oneniente, isto
#, em es'e$ial não eRagerada Xas subsiste natural mente, al#m
disso, a su'osição
im'utabilidade Se isto*undamental da liberdade
# negado, eliminase tamb#m no sentido de
a 'os
E 'ara ns irreleante saber Qual o signi!icado histori$amente mais srcinrio 9e n)"m
dos dois signi*i$ados s"plementares men$ionados 'or ill 'ar e$e ter ho e 'en etr ado de
modo es'e$ial mente 'ro*undo na $ons$i]n$i a geral as isto é se$und rio 9ão #
es'e$i alment e im'ortante saber dentro de Que limit es a 'ala ra Vusto # !atieamente
em'regada G Que im'oria * $lari*i$aremse as $oneR"es G $on$eito de ustiça, $omo o
desen oli no teR to, mostra dentro de suas distinç"es traço s unitrios "e 'er mite m
'ar e$e r sen sat a a des ign açã o pela 'ala ra unit ri a ` ust iç af, ain da Que Que st"e s er bais
seam em ^ltima instân$ia irreleantes Xen$ionese aind a um signi!icado
es'e$ialmente rrc, 4ene no dis$urso
Quotidiano Di0emos Que uma 't nusta se ela ulga inad68i"Camente$ aalia
erradamente os 'esos, *a$e a uma &`o moral $om'leRa ('or eRem'lo, "ando tanto ela
$omo o"tra $en sura mse IT+ zzment e) 1usti ça neste sen tid o ~ como +"lgamento
r
$om'aratio adeQuado de r e```` fes morais) não re'resenta um $on$eito de ustiça a
mais& est na pro?imida le e"ata da ustiça $orretia
; Sobre grati dão e ran$or, 'e na e rec"r,$ ` ,a $* Adam Smi6h Theor of=(on> =en- limenis(
/arte 6l Se$ão i
sibilidade de aaliar moralmente a açao e de reagir adeQuadamente
a elaU
Wuanto ao sentido da 'ena, resulta Que se não renun$iam os ao
$on$eito de ustiça, a teoria da 'ena, $omo retribuição, nã$ 'ode
ser Inteiramente abandonada em *aor de uma teoria da
Intimidação Da6 ser a obeção'adrão $ontra uma teoria 'ura
mente intimidativa a de Que ela # inusta& as 'ess oas não são
'unidas 'orQue mere$em a 'ena mas 'ara intimidar outros, a !im
de não agirem de modo similar/ a 'essoa 'unida é, desta maneira,
iestrame*itâl60adâ >,
G erdadeiro tema desta lição #, todaia_ aQuela ustiça Que
nas teorias da ustiça $onhe$i das # a ^ni$a temat60ada a ustiça
distribut ia G 'onto mais *undamental eoi dis'uta na teoria da
iusti$a distributia re*erese naturalmente ã Questão de $omo a
regra de distribuição tem de se__ en$arada& to$os mere$em a
mesma Quantidade dos bens a serem distribu6dos ou não[ Desde os
in6$ios da re*leRão o'"em se aQui duas 'osiç"es, L 'rimeira # a
igualitria& a outra # a Que Lrist teles de*endeu e Que Quero
designar aQui $omo aristot#li$a Ela di0& o igual somente Queles
Que mere$em igualmente/ seria inusto distribuir igualmente aos
Que mere$ em o desigual Este e o 'onto em Que muitos autor es
modernos, $omo -a!s e L$8er man, sim'lesmente 'ressu'"em
um $on$eito igualitrio de ustiça G Que se 'ode de in6$io
$lari*i$ar $on$eitualmente aQui[
5 Sobre esta $oneRão, $* o artigo de F Stras on Freed om and -esemmen tU Pro$u
rei mostrar Que o $on$eito de liberdade não dee ser entendido met7*isi$amenre em Der
Begri** der \ii ien s*re 6hei tU (VG $on $ei to de iirearb6tri~D, reim'resso em meu s
!hi ioso# hisc he Aitf sitf ze "Ens aios filo s.fi cos< '
> +ma 'osição 'onderada Q uanto a esta di*6$il Questão # de*endida 'or E S}nn /hã ,
ser Vom ?inn der ?t rafe ,=o sentido da #ena<( ."ttingen, 345< +m derens`r de$idido da
teoria da intimidação # L YennZ, no $a'6tulo ? de seu liro F u ' a n d
-es'onsibilitZ Londres$ \WB$
h im'ortante 'er$eber em 'rimeiro lugar Que as duas $on
$e'ç"es não são inteiramente o'ostas, $omo 'ode 'are$er
'rimeira ista K $on$ordân$ias Primeiramente, o de*ensor da
$on$e'ção igualitria est de a$ordo $om o aristot#li$o em
Que, doas 'essoas mere$em o desigual, # inusto darlhes o igual
9ega sim'lesmente Que 'essoas di*erentes tenham um m#rito
desigual, isto #, Que se distingam de um modo de$isio 'ara a
distribuição
Em segundo lugar, e mais im'ortante& o aristot#li$o $on$orda
$om o de*ensor da $on$e'ção igualit ria em Que, se não 'odem ser
alegadas ra0"es releantes 'ara m#rito desigual, deese distribuir
igualmente Podese ilustrar de modo $laro Que isto #
*orçosamente assim, mediante o eRem'lo da diisão de uma torta,
*reQuentem ente $itado na Questão da ustiça distributia Se uma
torta dee ser diidida entre rias $rianças, 'odemse alegar
di*erentes ra0"es 'ara uma diisão desigual +ma $riança 'oderia
de$larar estar es'e$ialmente *aminta Este # o $hamado argumento
da ne$essidade Gutra 'oderia di0er Que a mãe lhe 'rometera a
metade da torta& o argumento do direito adQuirido +ma ter$eir a
'oderia alegar Que traba lhou 'ara a mãe& o argumento do m#rito
em sentido mais estrito (desem'enho) +ma Quarta 'oderia di0er
Que a ela # deida uma 'orção maior, 'orQue # a 'rimog]ni ta Esta
ra0ão em a ser a de Que ela tem ante$i'adamente um alor maior
Todas estas ra0"es são eentualmente releantes Se, todaia,
nenhuma ra0ão releante *or alegada, resta somente a diisão
igualitria 9ão basta a'enas 'oder alegar uma ra0ão, a ra0ão tem
de 'are$er eidentemente releante Se uma $riança dissesse ser
lhe deida a 'orção maior , 'orQue tem olhos a0uis, isto seria
re$usado $omo irreleante (a menos Que *osse m re$onhe$idas
'remissas adi$ionais)
G aristot#li$o 'ressu'"e , 'ortanto, a $on$e'ção igualitria
como fundamento+ a distribuição igual #, tamb#m 'ara ele, a usta,
se não h ra0"es Que de'onham $ontra ela Da6 ser en/
H iX`tu
,
?A= t
neo, a6nda Que *reQ7enteme nte intentado, leara 'osição igualitria
a uma obrigação 'rimr ia de *undament ação L 'osição igualitria
em e 'or si mesma não ne$ess ita de *unda mentação a6 goma& a
obrigação de *undamentação o onus #rohandí $ est do outro
!ado Igualdade e desigualdade não estão imediatamente ema
*rente outra Per$ebese isto no *ato de Que a $on$reti0 ação da
igualdade # uma ^ni$a, enQuanto Que a desigualdade não re'resenta
uma $on$e'ção Se # 'ro'osta uma $on$e'ção designai, esta #
sem're uma entre in*initas outras, e se tem não a'enas de
*undamentar o as'e$to, mas tamb#m indi$ar o Quanto mais L
'osição 'riilegiada da iguaida$e resulta de ser ela a regra mais
sim'les de distribuição G $on$eito o'osto ao de uma distribuição
usta $omo, em gerai, ao de QualQuer de$isão usta # ode
distribuição ou de$isão arbitrria L 'rimeira alternatia em uma
distribuição #& se ela dee ser arbitrria ou nãoarb8rria Se não
*or arbitrria, ser seguido um 'adrão de medida obetio
Ingressamos
'ara assim no dom6nio
o aristot#li$o do igual, Que
G aristot#liço 'ermane$e tamb#m
sim'lesroente disdngue
di*erentes $lasses Que limitam a igualdade, mas no interior de $ada
$lasse a igualdade 'ermane$e Somente a's se uma ra0ão 'ara
distribuição desigual 'are$er eidente, aQuele Que não obstante,
$onsidere a distribuição igual $omo a $orreta estar na obrigação
de *undament ar 'ortant o a'enas relatiament e a uma limitação de
sua 'osição Que a'areça $omo *undamentada
Podemos agora dar mais um 'asso e 'erguntar& temos ra0"es
'ara limitar a $on$e'ção igualitria[ LQui me 'are$e *un
damentalmente im'ortante distinguir entre o Que Quero denominar
dis$riminação 'rimria e se$undri a De*ino a dis$rimin ação
'rimria de tal modo Que ela o$orre Quando se admite haer uma
distinção 'r#ia de alor entre os homens G a'elo da $riança
sua 'rimogenitura # deste ti'o L ela $orres'ondem dis$riminaç" es
histri$as $onhe$ida s& os bran$os alem mais do Que os negros, as
mulheres alem menos, et$ Koue tais dis$riminaç"es 'rimrias
na moral tradi$ionalista/ elas, to
daia, não mais 'are$em 'oss6eis, eliminado s os 'ress u'ost os
*undamentados de modo tradi$ionalista G Que Quero di0er não #
Que no interior de uma moral do res'eito igual não # mais 'oss6el
uma 7is$riminação 'rimria isto seria triial, 'orQue 'ressu'os to
ao se *aiar de Vres'eito 6giiaiU mas Que a moral Que 'ermane$e tem
de ser uma mor a do res'eito igua l, #or5ue não mais se 'ode
*undamentar uma dis$riminação 'rimria
Esta não dee ser uma asserção a'od6ti$a Pensemos em $omo
seria ama tal *undamentação Em uma moral tradi$ionalista isto
não seria 'roblema, 'orQue *undamentaç"es tradi$ionalistas são o
Que a autoridade estabe le$e ,?etzungen der Antoritãt9$ Se não se
dis'"e de 'remissas tradi$ionalistas, ter seia de 'oder
*undamentar de Que modo 'ro'riedades naturais, $omo ser m"l)er,
'erten$er a outra raça, et$, 'odem ter $onseQ7]n$ias normatias&
ter menos alor o", *ormulado de maneira mais $om'reens6el, ter
menos direitos Xuitos *ilso*os $onsideram $ada uma de tais
$onseQ7]n$ias uma de
$onseQ7]n$ia a 'artir uma $ia
-!al' naturalista`_,-nat"ra@
'ro'riedade ms ao menos uma
isto # não
normatia, 'ara algo normatio # ineitel& Quando *iRamos o
dom6nio daQueles seres diante dos Quais temos obrigaç"es morais,
isto somente 'ode o$orrer em uma 'ro'osição tal Que a atribuição
de direitos se in$ule a uma 'ro'riedade nãonormatia Como o
a'resentei (' =A>), esta 'ro'riedade # o 'e rt en $e r em sentido mais
estrito ou mais am'lo, $omunidade dos seres $a'a0es de $oo
'eração
Esta 'ro'o sição 'are$ e ser, 'or#m , a nica deste ti'ok Toda
'ro'osição ulterior teria de indi$ar $omo, no interior desta
$omunidade, determinadas 'ro'riedades leam a gradaç"es
normatias Toda 'ro'riedade ulterior 'ensel 'are$e norma
tiamente irreleante Su'ondo, 'or eRem'lo, Que as inestigaç"es
em'reendidas 'or alguns 'esQuisadores ameri$anos sobre a
intelig]n$ia m#dia de bran$os e negros de *aio leassem
$onstatação de uma di*erença, não se 'ode er em Que
medida resultariam da6 $onseQ7]n$ias normatias/ ou a $ir
$unstân$ia de Que as eRig]n$ias de direitos iguais 'ara as mulheres
são, ao menos erbalmente, in$ontesta das em toda 'arte onde id#ias
tradi$ionalistas não são e*i$a0es, 'ode ser $onsiderada igualmente
$omo indi$ io de Que não estam os em $ondiç"e s de $onsidera r as
di*erenças naturais eRistentes, 'or eRem'lo, entre mulheres e
homens $omo releantes Quanto a seus direitos
Deer6amos $ertamente re$onhe$er Que a situação se toma mais
di*6$il Quando se trata de uma 'ro'riedade Que, segundo seu
'r'rio sentido, di0 Qoe não se # $a'a0 ou Que se # menos $a'a0
de $oo'eraç ão, $omo 'or eRem'lo, Vde*i$ie nte mentalU ou `em
estado de $omaU LQui seriam imagineis *undament aç"es em Que
'essoas assim $ara$te ri0adas teriam menos direitos L muitos esta
id#iaare$e tão desumana Q6ieToe1de logo nem seQuer admitem
esta di*i$uldade e de$laram Que 'ara não $airmos aQui em tim
'lano in$linado, remos de insistir in$ondi$ionalmente em Qoe iodos
os homens t]m direitos iguais mesmo aQueles Que não 'erten$em
ao dom6nio $entral *ormado 'elos $a'a0es de $oo'eração, nem
estão sim'lesmente a $aminho dele Esia # $om $erte0a, uma
$on$e'ção deseel mas a insist]n$ia re$eosa em uma tese *one
a'enas 'orQue de outro modo se $airia em um 'iano in$linado, não
tem um e*eito es'e$ialm ente $onin$ente L argumentaç ão $orreta
aQui # &oaelrnente a de Que todos os Que 'erten$em $omunidade
de $oo'eração, mas não 'odem ou Quase não 'odem $oo'erar, são
sim'lesmente mais $arentes de auR6lio ($* a lição anterior) Dee
se tamb#m tomar $laro neste $onteRto Que, mesmo no $aso em Que
a 'ro'riedade não 'areça de antemão irreleante, toda limitação de
direitos nela a'oiada seria, em sua eRata medida, arbitrria&
somente se 'ode, ou ter todos os direitos, ou não ter direito algum
Wuanto Queles Que iem a'enas egetatiamente, 'are$e natural
di0er Que tamb#m não mais são $arentes de auda, e 'ortanto, não
# mais sensato di0er Que t$ibam direitos
Em todo $aso, deese distinguir entre 'redi$ adosQue di0em
res'eito ao status da $a'a$idade de $oo'eração e outros 'redi$ados
$lassi*i$adores ($omo VmulherU, Vde $orU, et$) Wuanto aos
'rimeiros, # ne$essria uma argumentação su'lementar 'ara aos
assegurarmos da igualdade& Quanto aos ^ltimos, a a*irmação de uma
desigualdade normatia # de antemão des'ro'ositada, semel)antes
*undamentaç"es não 'are$em seQuer 'enseis
E im'ortante ter $laro $omo o argumento em *aor da
igualdade de 'rin$6' io entre todos os homens, result ante de se
eR$lu6r a dis$riminação 'rimria, se distingue das re*leR"es
anteriores em Que indiQuei Que a igualdade tamb#m suba0 a todos
os argumentos em *aor de uma desigualdade distributia Ls
re*leR"es anteriores eram 'uramente $on$eituais L eR$lusão da
dis$riminação 'rimria, em $ontra'artida, ã 'erten$e a uma
determinada moral, # algo Que !aparte da $onstituição desta
moral L 'artir da6 se 'ode entender tamb#m a maior insegurança de
minha argumentação, 'orQue uma determinada $on$e'ção moral
não 'ode ser $ogente
G Que entendemos 'or dis$riminação 'rimria tomase mais
$laro ao 'assarmos agora ao $on$eito o'osio, A de dis$riminação
se$undria Entendo 'or dis$riminaç"es se$undrias todas as
*ormas de distribuição desigual Que se 'ossam 'rodu0ir, ainda Que
no 'lano 'rimrio não o$orra desigualdade alguma, isto #, Quando
se 'ressu'"e Que todos t]m o mesmo alor @ inteiramente natural
Que 'ossa haer ra0"es 'ara $onsiderar usta uma distribuição de
bens e males, embora res'eitemos ou 're$isamente 'orQue
res'eitamos a todos igualmente Podese ilustrar isto
'reliminarmente uma e0 mais mediante o eRem'lo da diisão da
torta L mãe Que ama e res'eita igualmente todos os seus *ilhos
'ode, não obstante, entender $omo usto na diisão da torta Que
aQuele Que tem *ome re$eba mais, e do mesmo modo outras ra0"es
'odem ser 'ara ela ra0"es 'ara uma dil ^'o desigual usta
K em es'e$ial tr]s 'ers'e$tias de distribui ção desigual
se$undria *undamentada, Que desem'enham um 'a'el na dis
$ussão sobre a ustiça e são men$ionadas $omo 'adrão de medida
da distribuição em lugar da igualdade& ne$essidade (a $riança
*aminta), m#rito em sentido mais estrito (desem'enho)_, direito s
adQuiridos (a 'romessa da mãe)
Ls 'retens"es destes tr]s 'ontos de ista 'are$em relatii 0ar
a id#ia de ustiça distributia/ eles $ontradi0em a distribuição
igualitria e se $ontradi0em tamb#m mutuamente
Xa$IntZre $r] mesmo, Que estas contradiç%es dissolem o $on$eito
moderno de ustiça e, 'ortan to, dep%em contra a moral moderna
em gerai 4 Estas $on$lus "es são estranh as, 'ois as di*i$ul dades Que
se mostram aQui pertencem ao sentido de ustiça distributia em
geral (os tr]s 'ontos de ista desempen)am um 'a'el tamb#m
Quando a dis$riminação 'rimria não # eR$lu6da), e o *ato de Que
um $on$eito 'ossa lear em sua a'li$ação a 'ossibilidades
$ontraditrias não o anula de modo algum/ 'ode no mRimo
mostrar Que sua a'li$ação não # sim'les e eentualmente não eR$lui
*atores decisionistas na 'onderação 1 imos, todaia, Que esta #
uma $ara$ter6sti$a da moral nãotradi$ionalista (' <<is)
Deemos ter $laro em 'rimeiro lugar Que estes di*erentes
'ontos de ista a'enas entram em ogo em um determinado 'lano
da ustiça aistributia e` Que tamb#m no 'odem ser releantes $om
re*er]n$ia distribuição de todas as es'#$ies de
4 Afte r V irtu e $a'6tulo 3> C!$, Quanto aos tr]s 'ontos de ista,, especialmente D
iller, ?ocial 2ustice( GR*ord 34>5 EnQuanto em -ats e AcPerman os tr]s 'ontos
de ista o$orrem a'enas marginalmente, 'ara Xiller são $entrais Xiiler é da o'inião
de Que eles são $ara$ter6sti$os de tr]s sistemas econ^micosociais distintos
?A>
bens L'enas em um determinado 'lano, 'orQue são os 'ontos de
ista de uma distribuição desigual Que eentualmente restam,
mesmo Quando a dis$riminação 'rimria *oi eR$lu6da, e a isto se
asso$ia imediatamente Que, $omo Quer Que outros bens seam
distribu6dos $om a eR$lusão da dis$riminação 'rimria, ao menos
a distribuição igual dos direitos se mant#m LQueles '"#orks Que
$r]em estar a ustiça distrib"tiva de antemão diidida 'elos
di*erentes 'ontos de` ista, não 'er$ebem Que estes 'ontos de ista
não atingem o re$onhe$imento igual dos direitos humanos DeiRa
se *a$ilmente de 'er$eber Que a ustiça distributia não se re*ere
a'enas a bens materiais e Que na dis$ussão moderna, onde Quer
Que se $onsiderem direitos em geral, a igualdade # admitida $omo
eidente/ esta igualdade # um resuliado da igualdade na Questão
da dis$riminação 'rimria
Xas tamb#m, na distribuição do bem 'oder, os dois 'rimeiros
'ontos de ista 'are$em eliminados Poderseia Querer $ontestar
isto Qu anto aoseg"ndo 'onto de ista m#rito no sentido mais
estrito& $a'a$idade), 'ois não # 'ensel Que se 'ossa $onsiderar
usto Que deam de*inir os assuntos $omuns aQueles em maior
medida $a'a0es 'ara tanto[ 2]se todaia , *a$ilmente Que Quem
de*ende uma distrib uição desigual de 'oder, deido a $a'a$idade s
desiguais, não o *a0 absolutamente a 'artir de um 'onto de ista
de ustiça, mas a 'artir de um 'onto de ista de utilidade L
$ontradição aQui surgida não # 'ortanto, entre di*erentes
$on$e'ç"es de ustiça, mas entre dois 'ontos de ista di*erent es& o
da ustiça e o da utilidade Xesmo a utilidade , se re*erid a a todos,
'ode ser um 'onto de ista moral Lssim, # inteiramente 'ensel
$hegar ao resultado de Que, da 'ers'e$tia do im'eratio
$ategri$o, isto #, da 'ers'e$ti a de QualQue r um, # moralmente
mais $orreto ante'or to$ai ou 'ar$ialmente a utilidade ustiça
Xesmo o enolido 'ode eentualmente di0er a si mesmo& #
melhor, tamb#m 'ara mim, deiRar a outros a administração destes
assuntos $omuns Xas, nem ele, nem QualQuer outro, 'ode di0er
Que #, 'or isso, mais
usto/ #, antes, inusto, e h uma resignação mora inustiça Ta6
'onderação en6re di*erentes 'ontos de ista moralmente releantes
'erten$e ao sentidodo 'ro$esso de $hegar *ormulação de u60os
morais ,moralische Vrteilsfindung<( e # errneo estili0ar tal
o'osi ção entre di*eren tes 'ontos de ista relevantes, na *orma de
$"ma $ontradição Que '"e em Questão o sentido da morai moderna
(ou do $on$eito moderno de ustiça)
Se nos oltarmos agora distribuição dos bens materiais,
$onsiderada moitas e0es, sem ra0ão, o ^ni$o 'roblema da ustiça
distributia, deeremos em 'rimeiro lugar tomar $om'reens6el
'or Que 're$isamente estes tr]s 'ontos de ista desem'enham um
'a'ei Se 'assamos da distribuição de direitos distribuição de
'oder e, *inalmente, distribuição de bens materiais, 'odemos
tomar $laro Que nos tr]s $asos se trata de uma distribuição Qoe do
'onto de ista moral # $ada e0 menos eidente Perten$e ao
$on$eito de $omunidade de $oo'eração Que seus membros se
atribuam mutuamente direitos, mas não em $ontra'artida, Que os
bens mat#rias seam $onsiderados algo dis'osição 'ara ser
distribu6do, e tamb#m a distribuição de 'oder e igualmente
ne$essria a'enas na medida em Que # deseel uma
administração $oletia dos assuntos $omuns 9aQuela so$iedade
'r#estata! 'or eRem'lo, Que !o$8e tinha em ista $om o Que
denominou estado de nature0a, 'oderia tratarse a'enas de direitos,
não de 'od&r e em hi'tese alguma de distribuição de bens
WualQuer Que sea o bem a ser distribu6do, não *a0 'arte
do$on$eito de ustiça distributia Que tudo dea ser distribu6do,
mas a'en as Que, se algo dee ser distrib u6do, 'ara a distribuição
não ser arbi trria, tem de ser usta Podese, ao menos em um
'rimeiro 'asso, $onsiderar moralmente indi*erente se uma
so$iedade se entende em 'rin$6'io $omo $omunidade de bens, e
somente de'ois tem de *alar em uma distribuição usta ou inusta
de bens materiais,, ou se trans*ere todo o dom6nio da aQuisição
material s *am6lias indiiduais $omo *oi a $on$e'ção burguesa
tradi$ionalista& aso
$iedade teri a en$ão de auRiliar sem're Que o auR6lio *osse ne
$essrio, mas somente neste $aso, $omo imos na lição anterior G
*ato de uma $a diisão não ser $onsiderada moralmente aberta
resulta somente, mas então sem d^ida ne$essariamente, Quando
lear a Que, 'eia es$asse0 de re$ursos, aignns eRerçam 'oder
sobre outros, e isto eidentemente não # o $aso a'enas sob as
$ondiç"es da e$onomia moderna
1ustiça distributia de bens materiais #, 'ortanto, releante
somente Quando # $erto Que os bens materiais estão dis'osição
'ara serem distribu6dos Xo eRem'lo da torta isto era `'ressu'osto
Se 'ensarmos, 'ois, a $omunidade de $oo'eração $omo uma
em'resa $omem em Que todos, na medida em Que o 'ossam,
$ontribuem 'ara o ganho $omem, os dois 'ontos de ista da ustiça
segundo a ne$essidade e segundo o m#rito ($ontribuição,
desem'enho) resultam 'or si mesmos Con*orme Quão
indiidua6isti$amente os membros da em'resa se $om'reendam,
irão se in$linar mais a uma ou a outra $on$e'ção Caso se
$om'reendam $ontratua6isti$amente de $erto modo $omo uma
so$iedade annima, $onsiderarão inusto Que o out#ut (a
distribuição) não $orre s'onda ao in#nt' Com'reendendo se, em
$ontra'a rtida, $omo uma grande *am6lia, a distribuiçã o do out#ut se
orienta r somente 'ela ne$essidade Ll#m disso, $ada uma destas
$on$e'ç"es ser naturalmente relatii0ada 'ela eRist]n$ia de
a$ordos 'r#ios ,o er$eiro 'onto de ista)
Esta eR'osição 'ode tomar $om'reens6el $omo os tr]s 'ontos
de ista surgem no $aso es'e$ial da distribuição de bens Xas $om
isto nada ainda *oi dito sobre a sua legitimação ,erechtigung<'
Como deemos aaliar moralmente as tr]s
'retens"es[ 9esta Questão, ternos de manter diante dos olhos Que enr
todos os tr]s $asos se trata de ra0"es 'ara uma distribuição desigual L
distribuição igualitria # a base @m Que
medida se mostra moralmente *undamentado limitla[ ERa
minemos , 'or ordem, os tr]s 'ontos de ista
L id#ia de uma ustiça segundo a ne$essidade # amb6gua
Wuando XarR, em sua VCr6ti$a do Programa de .othaf esta
bele$eu 'ara Va *ase mais eleada da so$iedade $omunistaU o
'rin$6'io VCada um segundo suas $a'a$idades, a $ada um segundo
suas ne$essidadesU, linha em ista uma so$ieda de onde houes se
abundân$ia, em Que de QualQoer modo todas as ne$essidades
'oderiam ser satis*eitas, Xas isto signi*i$a então Que a distribuição
resulta 'or si mesma 'ão h 'retens"es o'ostas, e neste $aso não
tem sentido *alar de ustiça XarR tinha $ons$i]n$ia disto
L eRig]n$ia de Que a distribuição não sea igual, mas Que
su$eda segundo a ne$essidade, tem sentido a'enas Quando a
ne$essidade maior dee ser medida no sentido m6nimo de Que se
'ossa di0er $om boas ra0"es Que algu#m 're$isa de mais meios do
Que outro , 'or ser mais ne$ess itado A5ui 'are$e ^til distinguir
ne$essi dade obetia de ne$essidade subetia 3 K ne$essidade
obetiamente *undamentada, Quando algu#m # *isi$amente
de*i$ie nte, 'or eRem'lo, aleiado, et$ Wuem # ne$essitado neste
sentido 'ossui desantagem, segundo $rit#rios obetios, e reQuer,
$omo di0 L$8erman uma Vindeni0açãoU +m $ego, 'or eRem'lo,
're$isa de auRilio es'e$ial Wuem re$ebe mais neste sentido #
uni$amente indeni0ado 'or algo Que lhe *alta Esta *orma de
$onsider ação es'e$ia l # um direito e não 'ode ser entendi da $omo
'ondo em Questão uma distribuição igualitria *undamental Tal
argumento aie 'ara todas as *ormas de ne$essidade es'e$ial 'or
eRem'lo, 'ara doentes e idosos
Dse, em $ontra'a rtida, uma *orma inteiram ente di*erente de
ne$essidade maior, Quando se di0 Que uma 'essoa tem mais
ne$essidades ou ne$essidades mais $aras do Queoutra L
3A Apoiome aQui em sugest"es de L$8erman ?ocial 2ustice in ike Liberal ?tate(
H 0
H
ne$essidade maior não seria agui de meios materiais, mas os
'r'rios deseos seriam maiores Que os dos outros L ne$essidade
maior não seria a de uma $om'ensação de um minus , mas
re'resentaria ela 'r'ria um #lus' Entendo Que 'retens"es desta
es'#$ie tem de ser eliminadas, em ra0ão de não serem a$ess6eis
a nenhuma mensurabilidade inters"b+etiva$ Se algu#m de$larasse
ne$essidade maior neste sentido, os outros 'oderiam
imediatamente *a0er o mesmo LQuilo em Que uni eamente se
'oderia 'ensar aQui # Que a so$iedade $onsidera bom Que alguns
de seus membros reali0em determinadas tare*as em Que a *ormação
# es'e$ialmente dis'endiosa ('or eRem'lo, artistas, des'ortistas)/
diante da Questão de Quem re$ebe as
$orres'ondent esbols asde estudo, et$, 'are$e surgir um dilema
de ustiça& est igualmente legitimado Quem Quer` Que tenha o
deseo de uma tal *ormação, ou isto se de$i de 'or um test e de
$a'a$idades[ 9ão deemos, 'or#m, admitir Que somente o
'rimeiro 'rin$6'io de es$olha # um 'rin$6'io de ustiça e Que o
segundo #, muito mais, um 'rin$6'io utiiitarista[
Em todo $aso não se}ode 'ortanto'r em Questão, do
'onto de ista da ne$essidade, a distribuição igualitrir'ois ,onde
h ne$essidade obenZa tratase de indeni0ação ou auR6lio es'e$ial,
Que 'or 'rin$6'io não 'reudi$a a distribuiçã o igualitria E Quanto
ao 'onto de ista do m#rito, em sentido mais estrito, o
desem'enho, a V$ontribuiçãoU[ LQui se dee distinguir entre
$a'a$idades e talentos es'e$iais, 'or um lado, e dedi$ação, 'or
outro Sobre a medida da dedi$ação, a 'r'ria 'essoa 'ode de$idir,
e 'are$e $orreto abrirlhe este es'aço maior& se 're*ere dedi$ar
menos tem'o e energ ia, não seria usto diante dos outros obter ,
ainda assim, a mesma indeni0ação 'or seu trabalho
Em $ontra'artida, não se 'ode $om'reender 'or Que algu#m
Que tenha talentos maiores dea re$eber uma remuneração mais
eleada, 'ois Quem 'ode reali0ar suas $a'a$idades
em mais alta medida no seu trabalho, al$ança no 'r'rio tra
balho uma satis*ação maior Se $on$ebemos as *ormas de trabalho
ne$essrias em uma so$iedade, ordenadas em urna s#rie Que
$om'reende desde aQuelas em Que os indi6duos rRiesnr se
'odem desenoler at# s mais aborre$idas, Que 'odemos designar
trabalho ValienadoU, 'are$e antes usto Que um trabalho sea tanto
melhor remunerad o Quanto mais abnegado ERatamente $omo no
$aso anterior, Quando de$idiam entre mais oo menos dedi$ação, os
indi6duos 'oderiam agora de$idir se estão dis'ostos a um trabalho
mais abnegado 'or uma remuneração maior, ou a um trabalho $om
Que se 'ossam identi*i$ar, re$ebendo 'or ele menor remuneração
Pare$e usto $om'ensar o #liis em remuneração $om o minus em
satis*ação, e Que managers e $ientistas seam mal 'agos, mineiros e
liReiros, em $ontra'artida, bem Se algu#m tem um talento
es'e$ ial, *oi 're*erido 'ela nature 0a, e não 'are$e usto Que sea
ainda remunerado 'or 6slo 3 Ll#m disso, 'oder seia 'ensar Que
se a so$iedade *osse organi0ada $omo sugeri, o me$anismo de mer
$ado $uidaria de Que aQueles Que eRer$essem as 'ro*iss"es mais
interessantes no Que di0 res'eito ao $onte^do seriam os Que
'ossu6ssem maior talento 'ara elas, e não aQueles Que Querem
ganhar mais dinheiro, de tal modo Que resultaria, antes, uma
seleção de talentos Esta seria, $om $erte0a, a'enas uma re*leRão
se$und ria, Que nada mais teria a er $om a ustiça da distrib uição,
mas somente $om a 'rati$abilidade
@ $ertamente uma Questão em'6ri$a, ser ou não 'rati$el um
tal ordenamento Prati$a bilid ade e ustiça são 'ontos de ista
di*erentes Se 'erguntamos 'or Que em nossa so$iedade os $rit#rios
'ara o n6el de remuneração são eRatamente o inerso,
de*rontamonos $omum argumento 'uramente utilita rista& o
sistema de trabalhos so$ialmente ne$essrios *un$iona
su'ostament e a'enas se os trabalhos mais interessantes estie
?3;
G 5ue minha dis$u ssão dos tr]s 'ontos de ista da distri
birição nãoigualitriausta deeria mostrar #, em 'rimeiro lugar,
Que a limitação da distribuição igualitria Que deles 'are$e resultar
tem um al$an$e menor do Que *reQ7entemente se su'"e/ em
seglindo lugar, Que temos a er menos $om uma limitação da
ustiça igualitria atra#s de outros 'ontos de ista da +"stiça do
Que mm uma limitação do 'ont o de ist a da usti ça, como lat
atra#s de outros 'ontos de ista, Que, todaia, event"almente
'odem, 'or sua e0, ser entendidos $omo 'ontos de ista do bem
moral/ e, em ter$eiro lugar, Que a eRist]n$ia de 'ontos de ista
$ontraditrios, Que t]m de ser $om'ensados entre si, não '"e
absolutamente em Questão, nem o $on$eito de ustiça, nem o
$on$eito de moralmente $orreto
Con$luindo, tenho de oltar Questão& Em Que medida
deemos $onsiderar os interesses so$iais, e es'e$ialmente a
riQue0a so$ial,
ser diidido $omo
usta uma unidade, isto
ou inustamente[ #, $omo#,algo
L Questão diidido
'ortanto& Emou
Quea
medida # bom (moral mente bom) a#licar so$iedade a id#ia de
ustiça distributia indi*erentemente a $omo *or entendida[ l
a*irmei Que 'are$e *orçoso a uma moral distribuir direitos, 'orQue
isto est $ontido de antemão na id#ia de uma moral, e se a moral #
uma moral do res'eito igual uma ustiça igualitria $om relação a
direitos 'are$e *orçosa Do mesmo modo, não 'are$e haer
d^ida de Que temos de a'li$ar
o 'onto de ista da usti ça s di*ere nças de dis tribuição de 'ode r,
'orQue o 'oder de uns sem're signi*i$a a limitação da li berdade
de outros N QuestloeTmQue medida # moralmente ne$essrio
a'li$ar a ustiça distributia a interesse s so$iais 'ode re*erir se,
'ortanto, a'enas riQue0a so$ial e #, de resto, habitualmente
entendida somente desta maneira
LQui se dee atentar a Que nas 'ol]mi$as $ontra a id#ia de
ustiça igualitria são *reQ7entemente $on*undidos dois 'ensa
mentos inteiramente di*erentes Lo 'erguntar, sem distinguir
Vo Que de'"e a*inal em *aor de uma ustiça igualitria[U, na
maioria das e0es não se 'er$ebe Que esta Questão 'ode ser ent&
idida i dois modos distint os /odese, em 'rimeiro lugark ter em
ista a Questão de o Que de'"e em *aor de uma $on$e'ção
igualitria de ustiça $ontra outras $on$e'ç"es de ustiça Disto
tratei at# agora Xas 'odese tamb#m, em segundo lugar,
perg"ntar 'or Que, ou em Que medida, se dee a'li$ar o 'onto de
ista da ustiça riQue0a so$ial
J Gbetase do se guinte modo $o ntra a $on$e 'ção d a riQue0a
so$ial $omo uma massa unitri a a ser diidi da entre todos 3= em
uma so$iedade Vnamrar ainda não trans*ormada ao modo so$ialista
ou ao do Estado do bemesta r so$ial, a 'rodução su$ede de tal
maneira Que os 'rodutos são sem're 'ro'riedade de indi6duos
Pare$e, 'ortanto, interenção arti*i$ial distribui r a `outros o Que
alguns indi6duos 'rodu0iram, e uma tai redistr i buição&'araisa o
deseo de trabalhar e de em'reender dos indi6duos Se tal deseo
'ermane$e,'roo$ar a tend]n$ia a Que a igualdade 'rodu0ida
olte sem're a se rom'er Ll#m disso, # inusto tomar dos
indi6duos o Que eles 'rodu0i ram 'or si mesmos L a'li$aç ão da
id#ia de ustiça aos bens materiais #, 'ois, tanto inusta $omo
ine*etia, tendo, al#m disso, $omo $onseQ7]n$ia o surgimento de
um a'arato buro$rti$o $enden$ial mente totalitrio
Este ra$io$6ni o 'arte de uma determinada id#ia de realida de, o
modelo de 'eQuenos 'rodutores 'roendo $ada um 'ara si mesmo e
sendo alguns mais a'li$ados ao trabalho do Que outros Se este
modelo $orres'ondesse realidade, seria natural a$entuar o #lus em
liberdade nele $ontido, $ontra 'ostulados de distribuição 9o
$a'italismo, todaia, ele não $orres
3= C*, 'or eRem'lo , o artigo de Xinogue in& .XY Kun t, !hi los o#h 1 and !ol iti cs ,
Camb ridg e 344 A, e 'art es da arg ume nta ção de - 9o0i$8 em ?tate( Anarch1 and
Jto#ia' 9oa iorQ ue, 34>?
'onde realidade 9eea liberdade ne gatia de alguns le *a a
relaç"es de 'oder e, da6, a uma limitação da liberdade 'ositia de
outros L ideologi a liberal$onseradora 'ressu'"e tamb#m Que
todos 'artam de 're$ondiç"es iguais e Que, 'ortanto, $ada um tenha
de atribu ir somen te a si mesmo o *ato de Que 'oss ua menos 9a
realidade, os meios de 'rodução en$ontram se desde o in6$io nas
mios de alguns, e as 'ossibilidades de deseok
N volvimento de $ada 'essoa dependem de em Que !am#lia ela
nas$eu
9a argumentação daQueles Que se p%em $ontra a a'li$ação dos
'ontos de ista da ustiça riQue0a social, temos, todaia, de
distinguir os argumentos morais Questioneis dos argumentos Que
t]m em ista a e*i$i]n$ia Como a imos ea 'r'ria dis$ussão da
ustiça, argumentos utilitaristas 'odem 'or e0es $om'elisar
inteiramentemesmolo*$ ds'e$*oitiora! argumentos de ustiça
/oderseia, portanto, transigir $om a argumentação $onseradora,
limitando a a'li$ação da id#ia de ustiça& $on$edendo a'enas Que a
a'li$ação da id#ia de ustiça totalidade dos bens materiais de uma
so$iedade não #, de antemão, ne$essria moral do res'eito igual,
'oderia ser sugerida a 'ossibilidade alternatia da
institu$ionali0ação de uma ustiça m6nima E se o*ere$e $omo tal
uma $on$e'ção *orte dos direitos humanos, Que in$lui
es'e$ialmente os direi tos e$onmi$os e o direito a $ondiç"e s
ini$iais iguais, $omo iguais $han$es de *ormação $ultural e a
su'ressão do direito de su$essão hereditria (Em *aor do direito
de su$essão hereditria, são men$ionados na maioria das e0es
'ontos de ista utilitaristas& a 'ossibilidade de transmitir bens aos
*ilhos # um est6mulo ne$essrio sua aQuisição e $om isso
'rodução/ sua inustiça est, todaia, *ora de d^ida)
Com isto, olto Questão $om Que ini$iei esta lição, a Questão
de $omo se rela$ionam mutuamente a 'roblemti$a dos direitos
humanos e a da ustiça 1 indiQuei Que mesmo os direitos
humanos, Quanto aos Quais # $on$edido em geral $a
berem igualmente a todos, são uma Questão de ustiça, e se 'oderia
$om'letar isto do seguinte modo& a $on$e'ção dos direitos
)"manos # uma $on $e'ção da ust iça m#nima, e isto em dois
n6eis, um Qualitatio e outro Quantitat io L $on$e'ção de direitos
humanos da tradição libera # uma $on$e'ção da ustiça Qualitatia
m6nima& ao menos as situaç"es ur6di$as determina das, eR'ressas
nos direitos de liberdade negatia, são garantidas igualmente a
todos Em $ontra'artida, a $on$e'ção de direitos humanos Que
in$lui os direitos e$onmi$os assegura a todos os $idadãos direitos
a meios m6nimos de subsist]n$ia, isto é, a bens materiais, assim
$omo o'ortunidade de adQuirilos ($omo o direito ao trabalho) e
direito Quelas 'restaç"es de seriços Que $om eles 'odem ser
obtidas ($omo $uidados J m#di$os, et$)
L 'artir da6 podese entender ao menos 'ar$ialmente 'or Que
uma teori a da ustiça $omo a de -als nem seQuer dis$ ute a
Questão sobre o deer haer direitos e$onmi$os L ra0ão est em
Que, $aso se assuma uma 'osição tão *orte $om re*er]n$ia
distribuição usta de bens materiais $omo -als em 'rin$6'io o
*a0, a Questão dos direitos e$onmi$os # retirada ($ertamente 99
$aso de -als a$res$entase a isto o *ato de ele 'assar 'or alto os
'roblemas es'e$6*i$os dos gru'os so$iais Que não 'odem audar a si
mesmos, bem $omo o 'robiema do desem'rego) L $on$e'ção da
reali0ação dos direitos e$onmi$os #, ao menos em 'arte, uma
ersão alternatia *a$e $on$e'ção da ustiça distributia E,
enQuanto reali0ação de uma ustiça e$onmi$a m6nima $om
$erte0a su*i$iente mente di*6$il de se e*etiar, Quando se 'ensa, a
t6tulo de eRem'lo, nos 'roblemas globais e se $onsidera Que o
direito ao trabalho, 'or eRem'lo, ainda não se reali0ou em nenhum
'a6s $a'italista uma ersão mais *ra$a, Que, todaia, lea
eentualmente em $onta a 'arte legitimada da argumentação
$onseradora $ontra a ustiça
J Isto não 'ode sig ni*i$ar, entretanto, Que a eRig]n$ia de
uma institu$ionali0ação dos direitos s$ioe$onmi$os 'ossa
?34
substituir a eRig]n$ia de mais ustiça Temse de distinguir a
eRig]n$ia de mais ustiça da $ari$atura de uma distribuição sã
'intada 'eios $onseradores L eRig]n$ia de uma remu rra$ão
}usta nelo trabalho_ tal $omo se $ont#m tamb#m em
S c
minhas re*leR"e s sobre uma remuneração usta, Que tale0 'areçam
ut'i$as, a'are$e $omo moralmente tio ne$essria Quanto a
eRig]n$ia da reali0ação dos direitos e$onmi$os, Se minha
des$rição da $on$e'ção dos direitos humanos $omo a de uma
ustiça m6nima *or $orreta, então o Que a toma moralmente
insu*i$iente reside 're$isamente nesta minimidade Em o'osição
eRig]n$ia dinâmi$a de mais ustiça, a $on$e'ção dos direitos
humanos # estti$a segundo sua 'r'ria id#ia Como eRig]n$ias
reais,as duas $on$e'ç"es se $om'letam e J'odem tamb#m reagir
uma a outra de modo signi*i$atio Determinado $om'romisso de
auR6lio subsist]n$ia 'ode, 'or eRem'lo, ser re$usado $omo
inusto Por outro lado, a $on$e'ção dos direitos humanos des$obre
dom6nios Que, embora tamb#m 'ossam ser en$arados $omo
dom6nios da ustiça, são *a$ilmente des$onsid erados, Que a
dis$ussão normal sobre a ustiça *iRase no 'roblema da distribuição
dos bens materiais Dado Que a $on$e'ção dos direitos humanos,
mesmo Que e$onomi$amente am'liada, não '"e em Questão, 'elo
menos idealme nte, as di*erenças eRtremas de bemestar, tem de ser
$om'letada 'ela eRig]n$ia ilimitada segundo o seu sentido de
mais ustiça, $aso a id#ia de res'eito igual não se dea tornar uma
*arsa
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