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Mostra cientifica

Tempos negros: museu da resistência

Zumbi dos Palmares (1655-1695) - líder


do Quilombo dos Palmares

Zumbi do Palmares
Zumbi dos Palmares foi o símbolo da resistência dos escravos que conseguiam fugir das
fazendas de Alagoas e arredores.
Zumbi já nasceu no Quilombo e, portanto, livre. No entanto, numa das incursões contra
o quilombo foi vendido para um sacerdote e assim estudou latim e português.
Desta forma sabia das péssimas condições de vida que estavam submetidos os africanos
que eram trazidos à força para trabalharem nos engenhos nordestinos.
Volta ao Quilombo e quem o liderava era Ganga-Zumba. Nessa época, o lugar já tinha
uma população de 30 mil pessoas e representava uma ameaça ao governo português. Por
isso, decidem fazer uma oferta para que se entreguem se violência.
A proposta é rejeitada por Zumbi que teria armado uma emboscada para Ganga-Zumba
ou o envenenado. Começa, assim uma guerra entre os quilombolas, colonos e a Coroa
portuguesa.
Liderando o Quilombo dos Palmares, seu exército foi derrotado, sua cabeça exposta em
praça pública, mas seu exemplo de luta foi passado de geração em geração. A vida de
Zumbi se tornou exemplo para o movimento negro atual.

4. Aleijadinho (1738(?)-1814) - escultor e


arquiteto
Aleijadinho
Filho de um arquiteto português e de sua escrava, Antônio Francisco de Lisboa, foi
alforriado pelo pai. Cresceu num ambiente de arte e pôde receber educação formal junto
aos seus meios-irmãos.
Sendo pardo ou mulato nem sempre recebia o que lhe correspondia por suas obras e
muitas peças não podem ter a autoria confirmada por carecerem de contrato.
Mesmo assim foi encarregado de várias obras importantes das ordens religiosas mais
ricas da região das Minas Gerais. Suas obras estão em cidades como Congonhas,
Mariana e Sabará e em vários museus brasileiros.
Desenvolveu uma doença degenerativa que o fez perder (ou paralisar) os dedos das
mãos e dos pés.Mesmo gravemente enfermo não parou de trabalhar e imprimiu às suas
criações um estilo inconfundível sendo reconhecido como grande mestre barroco do
período.

12. Machado de Assis (1839-1908) -


escritor, jornalista e poeta

Machado de Assis
Nascido no Rio de Janeiro, Joaquim Maria Machado de Assis nasceu numa família
pobre. Desde pequeno, o menino se interessava pelos livros e aprendeu francês, idioma
com o qual escreveria alguns poemas.
Foi funcionário público em vários ministérios, enquanto desenvolvia sua atividade
literária publicando crônicas e contos nos jornais.
Ainda assim escreveria nove romances fundamentais para a literatura brasileiradentre os
quais se destacam "Dom Casmurro" e "Memórias Póstumas de Brás Cubas".
Além disso, fundou a Academia Brasileira de Letras, e foi seu primeiro presidente. A
instituição ainda cumpre um importante papel na divulgação da língua portuguesa e tem
a sua sede no Rio de Janeiro.

15. João da Cruz e Souza (1861-1898) -


poeta e escritor
Cruz e Souza
Nascido em Desterro, atual Florianópolis, Cruz e Souza era filho de escravos
alforriados, e recebeu uma educação esmerada por parte da família do ex-senhor do seu
pai. Aprendeu idiomas estrangeiros e matemática, mas seria recusado como promotor na
cidade de Laguna por ser negro.
Partiu para a capital, onde foi arquivista da Estrada de Ferro Central do Brasil.
Colaborava com diversos jornais e estava atento a causa abolicionista que se
desenrolava naquele momento.
Publicou três livros em vida, mas foi sua obra póstuma "Evocações" que lhe garantiu
um lugar entre os grandes escritores brasileiros.
Seus poemas são os primeiros do estilo simbolista no Brasil. Apesar disso, faleceu tal
qual um poeta romântico, pois a tuberculose terminou com sua vida quando tinha
apenas 36 anos.

17. Pixinguinha (1897-1973) - músico,


compositor e arranjador
Pixinguinha
Pixinguinha, apelido de Alfredo da Rocha Vianna Filho, é considerado o maior flautista
brasileiro, e ainda tocava cavaquinho, piano e saxofone. Começou a aprender música
em casa e aos 14 anos já se apresentava em casas noturnas.
Na época do cinema mudo, os artistas negros não eram contratados para as orquestras
que acompanhavam o filme, nem tocavam no hall do cinema.
No entanto, com a gripe espanhola, Pixinguinha consegue convencer um produtor a
contratar o seu conjunto “Os Oito Batutas” , integrado somente por músicos negros. O
grupo animaria os espectadores antes das projeções dos filmes.
Mais tarde “Os Oito Batutas” excursionam pela Europa por seis meses e voltam
triunfantes.
Pixinguinha vai para o rádio onde escreve arranjos e conhece os grandes cantores da
época, como Orlando Silva, que gravaria “Carinhoso”.
Suas canções até hoje estão no repertório dos grupos de choro, samba e MPB, pois ele é
considerado o fundador da moderna música brasileira.
VEJA TAMBÉM: MPB - Música Popular Brasileira

22. Adhemar Ferreira da Silva (1927-


2001) - atleta olímpico
Adhemar Ferreira da Silva
Natural de São Paulo foi pioneiro do atletismo brasileiro na categoria de salto triplo.
Defendeu as cores do São Paulo e do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.
Seu primeiro título foi o Troféu Brasil em 1947 e continuaria a brilhar sendo tricampeão
pan-americano, sul-americano e quebrando vários recordes mundiais.
Consagrado nas Olimpíadas de Helsinque (1952) e de Melbourne (1956) foi o primeiro
a ganhar uma medalha de ouro para o Brasil e ser bicampeão olímpico.
Além disso, foi escultor e participou do filme "Orfeu Negro", agraciado com a Palma de
Ouro em Cannes em 1959. Formou-se em Educação Física, Direito e Relações Públicas.
Ainda foi designado adido cultural na Nigéria onde atuaria de 1964-1967.
23. Grande Otelo (1915-1993) - ator e
cantor
Grande Otelo
Nascido em Uberlândia (MG), Sebastião Bernardes de Souza Prata seria o primeiro ator
negro brasileiro de projeção nacional e internacional. O apelido veio das aulas de canto,
pois o professor previu que ele cantaria o papel de "Otelo", de Verdi, quando crescesse.
A carreira artística começou nas ruas da cidade natal quando o menino cantava e fazia
graça para os transeuntes em busca de um trocado. Quando um circo chegou a cidade,
Grande Otelo se apresentou com eles e seguiu viagem para São Paulo.
Começava assim uma profícua carreira de ator de teatro e de cinema, especialmente em
comédias ao lado de Oscarito.
No entanto, gravou também títulos com diretores do Cinema Novo como "Rio Zona
Norte", de Nelson Pereira dos Santos e "Macunaíma", de Joaquim Pedro de Andrade.
Foi também o primeiro ator negro a atuar no Cassino da Urca e mais tarde, participaria
de vários programas de televisão.
A Escola de Samba Estácio de Sá o homenageou em 1986 e a Escola de Samba Santa
Cruz fez o mesmo em 2015. Ambas agremiações são do Rio de Janeiro.

25. Marielle Franco (1979-2018) -


socióloga, ativista e vereadora
Marielle Franco
Natural do Rio de Janeiro, nascida no Complexo da Maré, Marielle Franco estudou
Sociologia graças a uma bolsa na PUC/RJ. Posteriormente, cursaria o mestrado em
Segurança Pública na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Após a graduação, se envolveria com os movimentos pelos direitos dos negros e das
mulheres. Entrou para a política filiando-se ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e
foi assessora do deputado estadual Marcelo Freixo (1967), atuando especialmente na
Comissão de Direitos Humanos.
Disputou as eleições municipais, elegendo-se como a quinta vereadora mais votada e a
terceira mulher negra a ganhar este cargo na cidade do Rio de Janeiro.
Em 2018, Marielle Franco voltou suas atenções para a intervenção federal que está
ocorrendo no estado Rio de Janeiro e se tornou uma das principais críticas deste projeto.
Foi assassinada, junto com seu motorista, enquanto voltava para casa, após participar de
um evento sobre mulheres negras no bairro da Lapa.

Chica da Silva
Escrava brasileira alforriada

Por Dilva Frazão


Biografia de Chica da Silva
Chica da Silva (1732-1796) foi uma escrava que viveu no Brasil na segunda
metade do século XVIII. Manteve uma relação durante quinze anos com o rico
contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira. Atingiu uma posição de
destaque na sociedade, época em que a questão da escravatura era muito
evidente.
Francisca da Silva de Oliveira (1732-1796) nasceu no Arraial do Tijuco, atual
cidade de Diamantina, Minas Gerais. Filha do português, capitão das
ordenanças, Antônio Caetano de Sá e da africana Maria da Costa. Foi escrava
de um proprietário de lavras, o sargento-mor Manoel Pires Sardinha, com quem
teve um filho chamado Simão Pires Sardinha. Este foi alforriado pelo pai, que o
deixou bens em testamento.
Com 22 anos foi comprada pelo rico contador de diamantes, João Fernandes
de Oliveira, que chegou ao Arraial do Tijuco, em 1753. Depois de alforriada,
passou a viver com o contador, mesmo sem matrimônio oficial. Chica da Silva
passou a ser chamada oficialmente Francisca da Silva de Oliveira. O casal teve
13 filhos e todos receberam o sobrenome do pai e boa educação.
A união do casal que durava 15 anos, foi interrompida em 1770, quando João
Fernandes retornou a Portugal, depois da morte de seu pai a fim de resolver
questões de herança familiar, levando com ele os quatro filhos que teve com
Chica da Silva. Lá, adquiriram educação superior e alcançaram postos de
nobreza na corte portuguesa.
Chica da Silva ficou no Brasil com as filhas e a posse das propriedades do
marido, o que lhe permitiu viver confortavelmente. As filhas estudaram prendas
domésticas e música. Mesmo sem viver com João Fernandes pelo resto de sua
vida, Chica da Silva conseguiu distinção social e respeito na sociedade elitista
de Minas Gerais, no século XVIII.
Passou a conviver com a elite branca local, inclusive obtendo escravos negros.
Doou parte de seus bens às irmandades religiosas do Carmo e de São
Francisco, que eram exclusivas de brancos, e às das Mercês, exclusivas dos
mestiços e a do Rosário dos Pretos, que eram reservadas aos negros.
Chica da Silva faleceu em Serro Frio, Minas Gerais, no dia 15 de fevereiro de
1796. Foi sepultada na irmandade religiosa de São Francisco de Assis,
exclusiva dos brancos.

11. Nhá Chica


Essa mulher foi uma mineira filha de escravos, analfabeta e a primeira negra a
conseguir o título de beata pela igreja católica. Considerada muito caridosa,
contribuiu para crescimento da fé ao seu redor.

Ainda em vida, era anunciada santa por moradores. Sua beatificação veio em
2013, na cidade de Baependi, Minas Gerais.

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