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PROCESSO CIVIL I (AP1)

Procedimento Comum:

É o nome que o CPC atribui ao rito padrão para a fase de conhecimento do processo. Se não houver a
previsão de um procedimento especial para a ação de conhecimento, ela deverá seguir o procedimento
comum.

Além disso, como se verá adiante em mais de uma oportunidade, mesmo quando houver a previsão de
procedimento especial para uma ação, ela em regra poderá ser processada pelo rito comum,
especialmente para viabilizar a cumulação de pretensões em um mesmo processo. Tal opção pelo
procedimento comum só ficará afastada quando a previsão do procedimento especial para determinada
ação fundar-se em regras cogentes, estabelecidas no interesse da jurisdição, e não no do autor da
demanda.

As fases do procedimento comum:

a) Postulatória: é o momento em que as partes lançam suas alegações e defesas. Inicia-se com a
propositura da demanda pelo autor, passa pela citação e contestação do réu e vai até a réplica
(eventual resposta do autor à contestação;
b) Saneadora: tem início com a determinação de correção de defeitos processuais pelo juiz, que é
sucedida pelo “julgamento conforme o estado do processo”, em que o juiz verifica se é o caso de
encerrar a fase cognitiva naquele próprio momento, com ou sem resolução de mérito, por já
reunir fundamentos para isso (hipótese em que já se terá a fase decisória, inframencionada), ou
de proferir a decisão de saneamento do processo, declarando não haver defeitos que impeçam a
continuidade da fase de cognição, fixando as questões controvertidas de fato e de direito e
definindo os meios de prova que serão a seguir produzidos (hipótese em que se tem a fase
saneadora em sua íntegra);
c) Instrutória: é a etapa destinada à produção de provas. Começa com a determinação da
produção de provas, ainda na decisão de saneamento do processo, e vai até a audiência de
instrução e julgamento, oportunidade em que podem ser ouvidos os peritos e assistentes
técnicos, as partes e testemunhas. Ainda na audiência, as partes, por seus advogados, em
princípio apresentam verbalmente razões finais, manifestando-se sobre a prova produzida e os
argumentos apresentados no curso do processo;
d) Decisória: Dá-se com a prolação da sentença pelo juiz, seguida da resposta a eventuais
embargos de declaração interpostos pelas partes;
e) Recursal: Abrange tanto os recursos interpostos para o tribunal de segundo grau de jurisdição
contra os pronunciamentos de primeiro grau, quanto os recursos subsequentes para os tribunais
superiores (recurso especial e recurso extraordinário e outros recursos com eles relacionados).

Petição Inicial

A petição inicial é o ato processual pelo qual se exerce o direito de ação, dando início á atividade
jurisdicional. O início do processo, pela provocação da atividade jurisdicional, outorga-se a algum dos
sujeitos envolvidos no conflito. O juiz não instaura o processo de oficio. Depende, assim, da
manifestação da vontade da parte (art.2° do CPC/2015): uma demanda, consubstanciada em um ato
processual denominado petição inicial (art.319 e ss. do CPC/2015).

Formação do processo mediante a apresentação da Petição Inicial:

“O art. 312 antecipa, quando comparado com o CPC de 1973, o momento em que a ‘ação’ será
considerada ‘proposta’. Será suficiente, para tanto, que ela seja protocolada, despicienda sua
distribuição ou qualquer manifestação do magistrado a seu respeito. A citação, contudo, tal qual no CPC
de 1973, é indispensável para que os efeitos mencionados no caput do art. 240 – induzir litispendência,
tornar litigiosa a coisa, e, se for o caso, constituição em mora – sejam produzidos em relação ao réu.”.
(Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo:
Saraiva, 2015. p. 233).
Requisitos da Petição Inicial:

Embora o art2° do CPC/2015 atribua à parte a iniciativa para dar início ao processo e definir lhe o objeto
e o réu. Disso não resulta irrestrita liberdade para a formulação da petição inicial. O CPC estabelece
elementos, enumerados no art. 319 e destinados a assegurar que a peça inicial traga ao conhecimento
do juiz todos os dados necessários para a perfeita delimitação do objeto e dos sujeitos relativamente aos
quais a jurisdição irá atuar.

Por isso, pode-se dizer que os “requisitos” do art. 319 devem ser observados não apenas no
procedimento comum, mas em todas as modalidades de procedimento e de processo, com as devidas
adaptações. Afinal, independentemente da espécie de providência jurisdicional pleiteada, a petição
inicial tem sempre a finalidade de inaugurar o exercício do direito de ação e delimitar o âmbito de
atuação jurisdicional.

Em certa medida, a petição inicial deve ser exauriente, no sentido de desde logo apresentar todos os
elementos delineadores do objeto sobre o qual a jurisdição atuará (“objeto do processo” – pedido e
cauda de pedir). O que não for apresentado como pedido ou causa de pedir na petição inicial apenas
excepcionalmente o poderá ser depois.

Art. 319 A petição inicial indicará:

I. O juízo a que é dirigida:


Ao dirigir a petição inicial a um determinado juízo, o autor está identificando a competência para
o caso concreto, ou verdadeiramente escolhendo-a, nos casos em que essa seja prorrogável.
Trata-se do órgão que tenha competência para a causa.
II. Os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o
endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu:
Indo além de mera exigência formal, refere-se a uma das condições para o exercício do direito
de ação: a legitimidade. Além disso, tal identificação é imprescindível para a delimitação
subjetiva dos efeitos da litispendência e da posterior coisa julgada. Esse requisito exige a perfeita
individualização das partes que vão integrar a relação jurídica processual.
O autor poderá requerer, na petição inicial, que sejam realizadas as diligências necessárias para a
obtenção dos dados a que não tiver acesso (§1°). De todo o modo, a falta de alguma das
informações não implicará no indeferimento da petição inicial se, ainda assim, o réu puder ser
citado (§2°) ou se for impossível ou excessivamente oneroso para o autor (§3°).
III. O fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
Na petição inicial, a causa de pedir é elemento identificador da ação, mostrando-se como
indispensável delimitador da atividade jurisdicional que se seguirá. A causa de pedir é integrada
(causa fática) pela descrição dos fatos que servem de fundamento ao pedido e (causa jurídica)
pela correlação lógico-jurídica entre os fatos descritos e a consequência jurídica pleiteada.
Os fundamentos do pedido não se confundem com fundamentos legais. A lei não exige que se
mencionem, na petição inicial, os números dos artigos de lei em que baseia seu pedido,
tampouco atribuir aos institutos jurídicos o seu correto nome. O que o requisito impõe é que,
expostos os fatos, passe o autor a demonstrar as consequências jurídicas que dos fatos entende
resultantes.
IV. O pedido com as suas especificações;
É o pedido que demonstra o objeto litigioso. É o elemento central da petição inicial, pois
expressa o provimento jurisdicional que o autor espera obter. O pedido desdobra-se, ainda, em
dois aspectos: O mediato, que concerne, propriamente, ao bem de vida almejado (ex: defesa da
honra, uma quantia em dinheiro, etc.); o imediato, que se refere ao provimento jurisdicional
pretendido (declaração, constituição, condenação, mandamento, execução, etc.).
V. O valor da causa;
A atribuição do valor à causa é obrigatória e relevante para vários efeitos processuais, ainda que
esta não tenha conteúdo econômico imediato, ou mesmo que não possua nenhum conteúdo
econômico, atribuindo-se, assim, valor que seja o mais consentâneo possível com a dimensão
econômica do caso.
VI. As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
Reconhece-se, na doutrina e na jurisprudência, que o autor não tem o ônus de indicar
detalhadamente tudo o que pretende provar, mas tão somente os meios de prova de que se
servirá para tanto. A prática consagrou o mero protesto genérico pela futura produção de provas,
sem maiores especificações.
VII. A opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Prevê a necessidade de o autor se manifestar caso não deseje a realização da audiência de
conciliação ou mediação. A audiência não acontecerá desde que ambas as partes manifestem
desinteresse na sua realização. O autor deverá manifestar seu desinteresse na petição inicial e o
réu deverá fazê-lo por petição simples, apresentada em até dez dias antes da data da audiência.
Portanto, se o autor nada disser a respeito da petição inicial, a audiência será marcada, ainda
que o réu manifeste seu desinteresse.

Emenda à inicial

“A possibilidade de emenda da petição inicial do art. 284 do CPC de 1973 é repetida pelo art. 321 do
novo CPC com inegável aperfeiçoamento: o magistrado, ao proferir o ‘juízo neutro de admissibilidade’,
deve indicar ‘com precisão o que deve ser corrigido ou completado’, racionalizando, assim, a prática
daquele ato processual. A iniciativa vai ao encontro, ademais, ao princípio da cooperação a que alude o
art. 6º. Os dez dias do CPC de 1973 para que a emenda da inicial seja feita são aumentados para quinze,
sendo certo que, como prazo processual, só corre em dias úteis.”.

Se a petição inicial não cumprir os requisitos do art. 319 do CPC/2015, ou não for suficientemente clara,
contendo aspectos obscuros, de molde a impossibilitar o processamento e julgamento, o juiz mandará
que o autor a complemente ou esclareça – indicando expressamente o que deve ser corrigido ou
esclarecido –, no prazo de quinze dias, sob pena de indeferimento.

O pedido na petição inicial

“O art. 322 trata da formulação do pedido. De acordo com o caput do dispositivo, o pedido deve ser
certo. A rigidez do caput é abrandada pela regra veiculada no § 1º, tratando dos chamados ‘pedidos
implícitos’ (em verdade, ‘efeitos anexos’ das decisões jurisdicionais): os juros legais, a correção
monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os respectivos honorários advocatícios. São postulações
sobre as quais o magistrado deverá decidir, ainda que não haja pedido expresso. O § 2º traz novidade no
sentido de o pedido dever ser interpretado levando em consideração o conjunto da postulação e com
observância do princípio da boa-fé. A ideia é a de que a compreensão e o alcance do pedido não fiquem
necessariamente adstritos à parte final da petição inicial, mas que levem em conta o que justifica sua
formulação observando-se padrões objetivos de conduta. Regra similar encontra-se no § 3º do art. 489
para as decisões judiciais em geral. Também elas devem ser interpretadas ‘a partir da conjugação de
todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé’. O § 2º do art. 322, tanto quanto
o § 3º do art. 489, representa verdadeiro desafio para o dia a dia forense, que, com certeza, renderá
ensejo a interessantíssimas discussões não só sobre o que se pediu, mas também sobre o que podia ou
não ser julgado e, em última análise, sobre o que transitou e não transitou materialmente em julgado.
Tanto mais interessantes estas discussões porque o novo CPC ampliou os limites objetivos da coisa
julgada ao que efetivamente se discutiu em juízo, ainda que em caráter incidental, independentemente
do que, no CPC de 1973, é chamado de ‘ação declaratória incidental’ (503, § 1º).”. (Bueno, Cassio
Scarpinella – Novo Código de Processo Civil anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015.
p. 240-241).

Tutela Cautelar Antecedente:

Remédio jurídico que permite a avaliação do pedido cautelar antes mesmo de se expor o mérito da ação,
com aplicação específica nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura do processo,
esta modalidade de intervenção judicial vem para dar mais celeridade às análises de pedidos urgentes.
Trata-se, portanto de uma relevante figura para tutelas de urgência que sequer podem esperar a
instrução adequada da ação principal.
Petição Inicial para requerimento de tutela antecipada em caráter antecedente, com limitação de
requisitos

Tal como a tutela se passa com a tutela cautelar, a tutela provisória de urgência de natureza antecipada
pode ser requerida antes do ajuizamento da petição inicial, no bojo da petição inicial ou no curso do
processo.

Segundo a dicção do art. 303, CPC/2015, quando a urgência for contemporânea à propositura da ação, o
requerente poderá, na petição inicial, limitar-se a requer o pleito antecipatório e a indicar o pedido
correspondente à tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de
dano ou do risco ao resultado útil do processo. Mutatis mutandis, são os mesmos requisitos exigidos
para a tutela cautelar requerida em caráter antecedente. Em razão da fungibilidade ou conversibilidade
entre tais tutelas, o legislador não viu razão para se distinguir os procedimentos, ou melhor, de não
viabilizar a concessão da tutela antecipada antes mesmo da apresentação da petição inicial na sua
completude. De acordo com a técnica adotada, a completude dos fatos e fundamentos jurídicos do
pedido e respectivas provas ou indicação delas são feitas depois da análise do pedido de tutela
antecipada.

Essa possibilidade ocorre naqueles casos em que a urgência é de tal ordem que não é possível, sem
extraordinário sacrifício do direito afirmado, aguardar o ajuntamento das provas e a elaboração, na sua
completude, da petição inicial. Nessa hipótese de urgência – contemporânea à propositura da ação,
embora possa ter surgido antes – a lei faculta ao autor que apresente apenas o pedido de tutela
antecipada, com possibilidade de aditamento da petição inicial e a apresentação de novos documentos.
Essa grande novidade trazida pelo Código privilegia a proteção ao direito ameaço e afasta, ao menos
momentaneamente, o formalismo exigido para a propositura da ação; mais do que isso, essa modalidade
de tutela antecipada, dependendo da postura do demandado, viabiliza a estabilização da tutela
concedida, podendo tornar definitivo aquilo que foi concedido sob a marca da provisoriedade.

Petição inicial para requerimento de tutela cautelar antecedente

“O art. 305 trata da petição inicial em que aquela tutela é pleiteada. Nela, o autor precisará indicar ‘a
lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar’. Também o perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo deve ser demonstrado. Nada há de errada em entender tais
requisitos, que não excluem os outros que, em harmonia com o art. 319, precisam constar de qualquer
petição inicial, como correspondentes às consagradas expressões latinas fumus boni iuris e periculum in
mora. O parágrafo único evidencia a possibilidade de aplicação do art. 303 se o magistrado entender que
o pedido tem natureza antecipada. Trata-se, não há por que negar, de um resquício de fungibilidade que,
embora de forma invertida, deriva do § 7º do art. 273 do CPC de 1973 e que, tanto quanto no direito
atual, merecer ser interpretado amplamente para albergar, também, a hipótese inversa, qual seja, a de o
magistrado, analisando petição inicial fundamentada no art. 303 (‘tutela antecipada’), entender que o
caso amolda-se mais adequadamente “a ‘tutela cautelar’, determinando, por isso, a observância dos arts.
305 e ss. O entendimento é tanto mais correto porque, no novo CPC, sequer subsiste a diferença literal
entre os requisitos de uma e de outra espécie de tutela, como se verifica da comparação entre os capi
dos arts. 303 e 305, como já anotado por ocasião da análise do art. 294, a não ser o verbo ‘realizar’ para
a tutela antecipada e o verbo ‘assegurar’ para a tutela cautelar. Também por causa da previsão do § 1º
do art. 308, que admite a formulação do pedido principal conjuntamente com o pedido de tutela
cautelar. É importante, de qualquer sorte, que fique claro, desde logo, se o pedido tem natureza
antecipada ou cautelar. É que, em rigor, somente os pedidos de tutela antecipada tendem a se
estabilizar nos moldes do art. 304, cabendo ao autor, neste caso, declinar na petição inicial que pretende
se valer daquele benefício (art. 303, § 5º). Cabe ao magistrado, portanto, advertir o autor quanto à
incidência do parágrafo único do art. 305.”. (Bueno, Cassio Scarpinella – Novo Código de Processo Civil
anotado/Cassio Scarpinella Bueno. São Paulo: Saraiva, 2015. p. 227-228).

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