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Noções Básicas de

Macroeconomia e Política Fiscal


PIB: é o valor dos bens e serviços finais produzidos em
uma economia em um dado período
 O PIB é um dos indicadores mais utilizados na
macroeconomia com o objetivo de mensurar a atividade
econômica
• Produto final é um bem destinado ao consumo da população.
• Produto intermediário é um bem empregado na produção de outro bem.

Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços


finais, excluindo da conta todos os bens de consumo de
intermediário (insumos). Isso é feito com o intuito de evitar
o problema da dupla contagem, quando valores gerados na
cadeia de produção podem aparecer várias vezes.
Interno e Nacional

Quando nos referimos a Produto Interno, consideramos a


produção gerada dentro do território nacional. Deve-se
perceber que parte do produto gerado internamente é
feito a partir de fatores de produção de não-residentes,
assim como residentes podem possuir fatores de produção
aplicados em outros países.
O Produto Nacional, por sua vez, refere-se à produção
feita a partir de fatores de propriedade dos residentes,
independentemente dos produtos terem sido gerados em
outros países.
Bruto e Líquido
A diferença entre o produto interno bruto (PIB) e o
produto interno líquido (PIL) traduz-se no valor das
depreciações. Ao contrário do PIB, o PIL tem em conta o
valor da depreciação do capital.
PIL = PIB - depreciações

Depreciação: é a parcela dos bens de capital que é consumida a cada


período produtivo (os bens de capital são consumidos ao longo de
vários períodos). Assim, nem todo investimento corresponde a um
novo bem de capital, ou seja, parte dos investimentos destina-se a
repor o que foi depreciado. Assim, temos:
Investimento Líquido = Investimento Bruto - depreciação
OBS – PIB e Bem-estar econômico
 O PIB até pode ser considerado uma medida de bem-estar: as
pessoas preferem uma renda maior a uma renda menor.
 O PIB não é uma medida perfeita de bem-estar.

“O PIB não leva em consideração a saúde de nossas crianças, a


qualidade da educação ou a felicidade de suas brincadeiras. Não
inclui a beleza de nossa poesia nem a solidez de nossos
casamentos, a inteligência do nosso debate político ou a
integridade dos funcionários públicos. Não mede nem nossa
coragem, nem nossa sabedoria, nem nossa devoção ao país. Em
resumo, mede tudo, exceto aquilo que faz a vida valer a pena, e
pode dizer tudo sobre a América, exceto a razão pela qual nos
orgulhamos de ser americanos” (Senador Robert Kennedy).

 PIB x PIB per capita x IDH


Identidades Macroeconômicas Fundamentais
1- Economia fechada e sem governo

Divisão do Produto = Consumo + Investimento: Y = C + I

Divisão da Renda = Consumo + Poupança: Y=C+S

I=S

OBS: Investimentos planejados x investimentos efetivos


2 - Economia fechada com governo
Divisão do Produto: Y = C + I + G

Divisão da Renda: Y=C+S+T

 (S – I) = (G – T)

 Sempre que houver déficit público, ou seja, (G – T) > 0, deverá


ocorrer excesso de poupança no setor privado, ou seja (S – I) > 0,
para financiar o governo e vice-versa.

OBS – Entende-se por governo (G) as funções típicas de Estado:


administração direta, judiciário, legislativo, segurança nacional etc.
Empresas estatais que oferecem bens e serviços ao mercado são
equiparadas a empresas privadas para fins da contabilidade nacional.
3 - Economia aberta com governo
Divisão do Produto: Y + M = C + I + G + X
Oferta total Demanda total

 Y=C+I+G+X-M
Divisão da Renda: Y = C + S + T

 (X – M) = (T – G) + (S – I)
Superávit externo Superávit fiscal Superávit privado

 Superávit de exportações, (X – M) > 0: deve ocorrer superávit no


governo, (T – G) > 0, ou no setor privado, (S – I) > 0, ou em ambos:
país financia investimentos do resto do mundo (e vice-versa).
OBS 1 – Apesar de evidenciar uma conexão entre resultado de
contas externas, poupança nacional e resultado do governo, não há
necessariamente relação de causalidade entre esses agregados
OBS 2 – O resultado fiscal afeta a macroeconomia e a
macroeconomia afeta o resultado fiscal:

 O PIB é a variável mais importante para analisar as


repercussões da conjuntura macroeconômica sobre a situação
fiscal, pois afeta direta e indiretamente receitas e despesas
públicas e a sustentabilidade da dívida
 Efeitos diretos sobre as receitas: quanto maior o PIB,
maior a arrecadação de impostos e contribuições
 Efeitos indiretos: manifesta-se por várias formas, sendo o
mercado de trabalho a mais importante - aumento de PIB
eleva contratações de mão-de-obra, o que incrementa a
arrecadação de impostos e contribuições, em especial as
previdenciárias
 Despesas públicas apresentam elevado grau de vinculação
ao PIB: salário mínimo é calculado pelo crescimento (defasado
em dois anos) do PIB (e inflação do ano anterior) e corrige
pagamentos previdenciários e assistenciais

 No caso da dívida pública, principais indicadores têm o PIB


como referência: quanto maior o seu valor, menor será o índice
e, consequentemente, maior o grau de sustentabilidade da
dívida
 A taxa de juros influencia as contas públicas via pagamento
de juros sobre a dívida pública
 A inflação afeta tanto a receita quanto a despesa. Nas
receitas, além de impactar as bases de incidência, pode
também reduzir o valor real da arrecadação (efeito Oliveira-
Tanzi). Nas despesas, além de indexar várias delas (via salário
mínimo) pode ocasionar sua redução real (efeito Patinkin)
O que é política fiscal?

Política Fiscal é a gestão das receitas e das despesas do


governo com o intuito de se atingir um determinado objetivo
de política econômica. Normalmente esse objetivo consiste em
minorar oscilações da atividade econômica, manter a
estabilidade dos preços e criar condições sustentáveis de
endividamento público.
A expressão "política fiscal" refere-se ao uso de instrumentos
de finanças públicas para influenciar o funcionamento do
sistema econômico.

A política fiscal não se reflete apenas ao orçamento fiscal


(receitas - despesa), mas também nas estruturas tributárias e
na composição das despesas, bem como no financiamento de
todos os níveis governo.
Objetivo da Política Fiscal Brasileira

“O objetivo primordial da política fiscal do governo é


promover a gestão equilibrada dos recursos públicos de
forma a assegurar a manutenção da estabilidade
econômica, o crescimento sustentado, a distribuição da
renda e prover adequadamente o acesso aos serviços
públicos.
Para isso, atuando em linha com as políticas monetária,
creditícia e cambial, o governo procura criar as condições
futuras necessárias para a queda gradual do endividamento
público líquido e bruto em relação ao PIB, a redução da
estrutura a termo da taxa de juros, a melhora do perfil da
dívida pública e o fortalecimento dos programas sociais”
(Anexo V.1 do PLDO 2017)
Multiplicadores Fiscais
Medição do impacto de medidas de política fiscal sobre
o produto.

Por exemplo, quanto aumenta o produto se os gastos


do governo aumentam em R$ 1?
MG = ΔY/ΔG
Os multiplicadores captam os efeitos diretos e
indiretos da política fiscal e podem ser diferentes da
unidade (1).
Eficácia da política fiscal
Os multiplicadores fiscais tendem a ser maiores :
1) Se as famílias consumirem grande parte da renda adicional que
recebem;
2) Se o consumo adicional gerado pela política fiscal concentra-
se, principalmente em bens de produção doméstica e não sobre
bens importados;
3) Se o aumento da taxas de juros gerada pelo aumento do déficit
fiscal não deprimir o investimento privado;
4) Se as medidas implementadas não irão gerar ineficiências na
economia;
5) Quanto mais se foca no curto prazo...
Riscos da política fiscal

Multiplicadores podem ser baixos ou mesmo negativos quando:

1) Altos déficits geram expectativas de uma crise da dívida;


2) Causam aumento do componentes de risco das taxas de
juros;
3) Maior deslocamento entre o consumo e o investimento;
4) Geram expectativas de aumentos de impostos futuros
(equivalência ricardiana);
5) Quanto mais se foca no longo prazo...
Dívida Pública- breve histórico
- A dívida pública é uma “instituição” da vida econômica quase tão
antiga quanto o próprio Estado, integrando o conjunto de
instrumentos criados gradativamente para financiar suas
atividades.

- Essa forma de financiamento desenvolveu-se especialmente a


partir do século XVIII, à medida que a própria atividade
bancária se expandia.
Dívida Pública - breve histórico
- Até meados dos anos 1940: fonte excepcional de financiamento
do Estado - despesas governamentais extraordinárias e, portanto,
imprevistas (em tempos de guerra, por exemplo).
- Após o término da segunda guerra mundial: instituição regular
das economias capitalistas, parte integrante dos instrumentos de
política econômica.
- Recurso à política fiscal ativa passa a ser a prática na maior
parte dos países.
- Política fiscal contra cíclica implica a existência de
endividamento público.
Dívida e Déficit Público
Dívida Déficit
(Endividamento)

É o estoque, o saldo,
o quanto se deve

O fluxo, o quanto a dívida aumentou em


determinado período de tempo
Por que emitir dívida pública?
- Caso clássico: financiamento das guerras e/ou eventos
imprevisto;
- Evitar oscilações na prestação de serviços públicos e na
economia (política anti cíclica);
- Financiar investimentos que propiciarão retornos futuros:
Infra-estrutura, educação etc;
- Instrumento de desenvolvimento e regulação do mercado
monetário (taxa de juros de referência, manejo de liquidez,
amplia mercado de capitais).
Sustentabilidade fiscal
Sustentabilidade Fiscal: política fiscal atual pode continuar sem
haver perigo de insolvência ou iliquidez das finanças públicas.

Solvência: uma entidade é considerada solvente se possuiu em um


determinado período de tempo futuro, capacidade para pagar
integralmente a sua dívida, ou, equivalentemente, o estoque da
dívida atual é completamente coberto pelo valor presente dos
superávits primários.
Liquidez: capacidade de uma entidade em honrar os seus
compromissos financeiros de curto prazo, isto é, pagar aos seus
credores nos prazos estabelecidos.
Sustentabilidade é a combinação de solvência e liquidez em um
dado período de tempo.

Alternativamente pode se dizer que um país se encontra com sua


dívida em condição de sustentabilidade, quando sua situação fiscal
é tal que não se espera nenhum ajuste, não razoável, tanto em
receitas com em despesas para pagar a sua dívida.

Já a situação de vulnerabilidade ocorre quando existe grande


risco de insolvência e/ou de iliquidez.
Custos de excessivo endividamento
Baixo crescimento econômico
– Endividamento -> aumento nos juros e nas incertezas
– Redução nos investimentos e no crescimento (efeito crowding
out).

Elevação da inflação
- A política fiscal pode influenciar o nível de preços, gerando
pressões inflacionárias e/ou déficit no BP.
- Dívida elevada pode gerar dificuldades de refinanciamento,
levando o Governo a emitir moeda, que gera inflação.
Questão Fiscal
– Incremento no serviço da dívida
– Menos espaço fiscal para gastos públicos desejados
– Aumento da carga tributária para financiar dívida gera
distorções nas decisões privadas.

Espiral de Déficit e Dívida


Déficit Fiscal

Endividamento

Aumento de Dívida

Aumento de pagamento de juros

Aumento do déficit fiscal


Instabilidade Financeira
– Aumento da incerteza gera aumento nos prêmios de riscos
dos bônus soberanos.
– Vulnerabilidade a ataques especulativos.
– Risco a estabilidade financeira.

Déficits gêmeos

 (X – M) = (T – G) + (S – I)
Superávit externo Superávit fiscal Superávit privado

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