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Gessagem e os efeitos na produção agrícola


O gesso agrícola ou sulfato de cálcio (CaSO4.H2O) é considerado um sal e subproduto da indústria de
fertilizantes, aplicado no solo para obtenção de melhor desenvolvimento das culturas, promovendo o
aprofundamento das raízes para camadas abaixo da superfície do solo. A gessagem se mostra
vantajosa ao produtor, pois tem efeito residual na área em que foi aplicada por até cinco anos
dependendo do tipo de solo predominante, e ao promover maior desenvolvimento radicular, a planta
tem melhor aproveitamento de nutrientes e água disponíveis no perfil de solo.

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Por se mostrar solúvel em água, a aplicação do gesso pode ser realizada no período das chuvas,
facilitando a solubilização e transporte dos elementos químicos para camadas mais profundas do
solo. A função do gesso agrícola é aumentar o teor de cálcio no perfil do solo, neutralizar o alumínio e
aumentar o volume radicular da planta proporcionando um aumento de absorção e melhora no
aproveitamento da água e nutrientes do solo. Além disso, devido ao maior crescimento radicular, a
planta torna-se mais tolerantes veranicos, período de estiagem acompanhado de calor intenso, forte
insolação e baixa umidade relativa em plena estação chuvosa.

Normalmente, os solos brasileiros apresentam processos acentuados de intemperismo e lixiviação de


bases, principalmente em áreas do Cerrado caracterizando solos pobres em cálcio e com alto teor de
alumínio, que proporciona ação tóxica ao crescimento das raízes. Ao fornecer gesso agrícola ao solo,
as moléculas livres de sulfato (SO4-2) e cálcio (Ca+2) serão transportadas até 40 cm, 60 cm ou até 1 m
de profundidade. Com isso, o sulfato livre no solo se ligará ao alumínio (Al3+) e formará o precipitado
sulfato de alumínio (Al2 (SO4)3), perdendo a atividade de toxidez.

Para entender a importância dos efeitos da aplicação do gesso agrícola, a EMBRAPA Cerrado realizou
experimento com as culturas de milho, trigo e soja, demonstrando os efeitos da produtividade
relacionada à gessagem. Desse modo, na Tabela 1, observa-se que a gessagem aumentou a produção
de grãos e, de acordo com os resultados, o milho, por exemplo, teve a produção acrescida em 60%
quando comparada a uma área sem aplicação de gesso. 
A gessagem promove o maior desenvolvimento das raízes e consequentemente a planta consegue
obter maior aproveitamento da água que está em profundidade (Figura 1), resultando em maior
desenvolvimento da cultura. Ocorre também à melhoria de absorção dos nutrientes disponíveis no
solo, sejam eles de maior mobilidade (nitrogênio, fósforo, potássio, magnésio e molibdênio) ou menor
(cálcio, boro, cobre, ferro, manganês, zinco e enxofre).

Figura 1: Efeito no desenvolvimento de raízes em profundidade e porcentagem do uso da água, em


ambos os solos: sem aplicação de gesso e com gesso. Fonte: SOUSA, 2005.

Na Tabela 2, comparou-se a absorção de nutrientes entre solos que realizam a gessagem e solos que
não realizam a aplicação e mostra o maior aproveitamento dos nutrientes (nitrogênio, fósforo,
potássio, cálcio, magnésio e enxofre) nos solos que realizaram a aplicação de gesso.

Existem no Brasil dois tipos de gesso, o fosfogesso e o gesso de mineração, sendo diferenciados de
acordo com o material de origem. Dentre eles, o mais usado no Brasil é o fosfogesso derivado da
indústria do fosfato produzido a partir da rocha apatita. É produzido em São Paulo (Cubatão, SP),
Minas Gerais (Uberaba, MG) e Goiás (Catalão, GO). Já o gesso de mineração é derivado da indústria de
minérios das jazidas de gipsita (sulfato de cálcio impuro), e podem ser produzidos nas regiões do
Norte e Nordeste brasileiro e em maior escala, no Estado de Pernambuco. Independente da origem,
os dois tipos de gesso podem ser utilizados na agricultura para melhoria dos solos.

De acordo com a Instituição Normativa n° 5, de fevereiro de 2007 em seu Anexo II, os dois tipos de
gesso devem conter no mínimo 16% de cálcio, 22% de óxido de cálcio e 13% de enxofre. Na
comparação dos tipos de gesso, observa-se que o gesso de mineração tem maior solubilidade em
relação ao fosfogesso, e consegue transportar as moléculas de cálcio e enxofre para profundidades
maiores.

A recomendação de gesso deve ser baseada na análise de solo da área, considerando os teores de
cálcio e alumínio recomendados para cada cultura. Em culturas anuais, devem ser realizadas
amostragens de solos nas profundidades de 20 a 40 cm e de 40 a 60 cm. Já em culturas perenes, as
amostragens devem ser feitas entre 60 e 80 cm de profundidade. Quando a saturação por alumínio
(V%) for superior a 20% ou o teor de cálcio for menor que 0,5 cmolc/dm³ em profundidades maiores
de 20 cm para culturas anual ou maior que 60 cm para culturas perenes, é recomendada a gessagem.

A aplicação de gesso agrícola pode ser realizada em área total antes do plantio ou em culturas já
implantadas. Quando realizada anteriormente ao plantio, recomenda-se aplicação a lanço, podendo
ser utilizado um distribuidor centrífugo com dois discos ou um distribuidor tradicional de queda livre
depositando o produto em linha no campo. Em culturas já implantadas (como citros e café), é
realizada a aplicação do gesso em faixa por distribuidores direcionados.  O gesso também pode ser
aplicado em profundidade no solo utilizando implementos como o arado e grade de disco,
aumentando a incorporação no perfil do solo. 
Figura 2: Aplicação de gesso em profundidade (A). Gesso aplicado na região superficial do solo (B).
Fonte: Casa do Produtor Rural. 

Apesar da gessagem se mostrar uma prática simples, muitos agricultores desconhecem a importância
da aplicação do gesso agrícola no solo. Além dos benefícios à planta, o gesso apresenta efeito residual
durante anos no solo, minimizando o custo de aplicação quando comparado aos benefícios oferecidos
à produtividade ao longo do tempo e as melhorias proporcionadas ao solo.

Fontes consultadas

FERRARI, F. de O. S., “Utilização de Fosfogesso, Resíduos da Produção de Cal e Areia da Extração de


Ouro para Produção de Materiais da Produção Civil”. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal
do Paraná, Curitiba, 2012.

MIGUEL, P. S. B. et al.,“Efeitos tóxicos do alumínio no crescimento das plantas: mecanismos de


tolerância, sintomas, efeitos fisiológicos, bioquímicos e controles genéticos”.CES Revista, v. 24, Juiz de
Fora, 2010. Disponível em:
<http://www.cesjf.br/revistas/cesrevista/edicoes/2010/01_BIOLOGIA_efeitodoaluminio.pdf>. Acesso
em: 13 jul. 2015. 

REIJ, C. V., ‘Gesso na Agricultura’. Informações Agronômicas, n°122, jun. 2008. Disponível em:
<http://pt.scribd.com/doc/180513166/Uso-Do-Gesso-Na-Agricultura-Bernardo-Van-Raij#scribd>.
Acesso em 14 jun. 2015. 

ROSSETTO, R., SANTIAGO, A. D., ‘Gessagem’. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA,
Agência Embrapa de Informação Tecnológica. Disponível em:
<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-
acucar/arvore/CONTAG01_35_711200516717.html>. Acesso em: 13 jun. 2015. 

SOUSA, D. M. G. De, LOBATO, E., REIN, T. A., ‘Uso de Gesso Agrícola nos Solos do Cerrado’. Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Cerrados. Circular Técnica 32, jan. de 2005.
Disponível em: <www.cpac.embrapa.br/publicacoes/search_pbl/1?q=Gesso>. Acesso em: 13 jul. 2015. 

VITTI, G.C., MALAVOLTA, E., DIAS, A. S., SERRANO, C. G. de E., “Uso do Gesso em Sistemas de Produção
Agrícola”. Editora Agronômica Ceres, Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão, Piracicaba, SP, 2008. 

Elaborado por
Casa do Produtor Rural
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP

Carla Mariane Marassatto


Graduanda em Engenharia Agronômica
Estagiária - Casa do Produtor Rural - ESALQ/USP

Foto da capa
Casa do Produtor Rural (ESALQ/USP) 

Acompanhamento técnico
Fabiana Marchi de Abreu
Engenheira Agrônoma
CREA 5061273747
Casa do Produtor Rural

Coordenação editorial
Marcela Matavelli
Agente de Comunicação
DRT 5421SP
Casa do Produtor Rural

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