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típico antijuridicidade + culpabilidade. As seus atos e, assim, eleger aqueles que quer
praticar, dirigindo a sua ação a um detemtinado
duas primeiras (tipicidade e
fim. Assim, a conduta, como a ação, é finalista
antijuridicidade) cuidavam de todos os
(orientada a uma finalidade).
aspectos objetivo do tipo (parte externa),
O conhecimento da vontade do agente é
enquanto a culpabilidade cuidava dos
imprescindível para a conclusão da existência
aspectos subjetivos (parte interna)
do crime, pois, somente pela observação de um
Segundo os partidários de tal doutrina não
médico apalpando uma mulher despida seria
se questiona acerca da vontade ou do
impossível dizer, desconhecendo-se a vontade
pensamento do agente da conduta (dolo),
do médico, se houve crime de atentado violento
que somente seria objeto de consideração
ao pudor ou se se trata somente de um exame
no exame da culpabilidade.
clínico regular. Do ponto de vista objetivo (ou
A base desse sistema é, portanto, o conceito
externo) a ação é a mesma, mas. levando em
de ação. entendida de modo completamente conta a vontade do médico é que se poderá
naturalísiico como movimento corporal e saber se houve crime.
modificadora do mundo exterior, unidas por Difere, pois, da teoria causai. Para os
um nexo causal. causalistas, a ação humana é o resultado dos
movimentos corpóreos do homem apenas Descobriu-se, assim, a finalidade como
(ênfase na parte externa da ação), já para os elemento inseparável da conduta. Sem o exame
finalistas, o dolo (ou ao menos a culpa) da vontade finalística, não há como se saber se o
devem ser analisados já no momento da fato é típico ou não.
verificação da própria tipicidade, pois são Partindo desse pressuposto, distinguiu-se a
elementos do tipo, e não elementos da finalidade da causalidade para. em seguida,
culpabilidade. Em consequência, o dolo e a concluir-se que não há conduta típica sem
culpa são deslocados da culpabilidade para vontade e finalidade, e que não é possível
a tipicidade, já que é a finalidade da ação (a separar dolo e culpa da conduta típica.
intenção) que dirá, por exemplo, se estamos Assim., é certo ver que a teoria final analisa,
diante de um crime de lesões corporais ou obrigatoriamente, junto da ação do agente
de tentativa de homicídio (se a intenção é (conduta) a finalidade a qual se destinou. O
matar, tentativa de homicídio; se ferir, conteúdo da vontade é essencial à apreciação do
lesões corporais)., ou se estamos diante de conceito de crime, pois agregada à conduta do
um crime ou um fato penalmente relevante agente.
(como regra, somente são puníveis ações Nosso Código Pena! adotou essa teoria, na
dolosas, a não ser que a Parle Especial medida em que estabelece, no art. 18, 1 e II que
estabeleça a modalidade culposa — art. 18. não há crime que não seja doloso ou culposo.
parágrafo único do CP). No caso, portanto, de o sujeito matar outro sem
Assim, por exemplo: a ocorrência de um dolo ou culpa, exemplo do motorista que
fato natural de aborto - interrupção da atropela o suicida, embora exista o resultado
gravidez - não revela, por si só, se houve morte causada pelo sujeito, não há crime por
dolo (vontade) da gestante. A ocorrência do falta de dolo ou culpa..
fato natural do aborto, considerado de Tais considerações levaram Weizel a escrever
puramente objetiva, não revela se houve que: “a direito não pode ordenar às mulheres
crime de aborto, pois para tanto, deve haver que apressem a gravidez e em seis meses deem
a ação voluntária da gestante (ou de à luz crianças capazes de sobreviver, como
outrem) na interrupção da gestação, pois também não pode proibidas de terem abortos.
não há previsão de aborto culposo. Mas pode o direito ordenar-lhes que se
Dessa forma, mesmo que a gestante não comportem de modo a não facilitar a
tenha seguido orientações médicas de ocorrência de abortos, assim como proibidas de
seguir determinada dieta durante a gestação, provocarem abortos. As normas Jurídicas não
não haverá o crime de aborto se não houver podem, pois, ordenar ou proibir meros
o dolo (ou seja, a vontade de praticar a processos causais, mas somente atos orientados
conduta descrita no art. 128 do CP) finalisticamente ou omissões destes atos”
Nos casos de dolo a vontade do agente é nesses crimes (culposos) a reprovação se dá por
voltada diretamente a atingir a conduta inobservância do agente ao dever de cuidado
descrita no tipo penal. Mas, a pergunta é objetivo (agindo, pois, com imprudência,
pertinente, se o exercício da ação é o negligência ou imperícia),
exercício da atividade final, como explicar
a estrutura dos crimes culposos? Também TEORIA SOCIAL OU DA
aqui se aplica integralmente a teoria ADEQUAÇÃO SOCIAL
finalista. (Sabatini, Miguei Reale Júnior, Nilo Batista e
Ocorre que no caso a finalidade não é a de Everardo da Cunha Luna)
atingir o resultado observado, que ocorre Surgiu como a união das duas teorias anteriores.
por descuido imputável à ação do agente. Considera que ação para o conceito de crime é
Exemplo é a do motorista que dirige em uma conduta social socialmente relevante,
excesso de velocidade e, em consequência dominada ou dominável pela vontade humana.
atropela e mata outra pessoa, É de se Para essa conduta, portanto, só haverá crime
indagar: o resultado (morte) foi querido? segundo a relevância social da ação. Assim, se
Não, Neste caso é de se aplicar a teoria uma ação realizada é socialmente adequada aos
finalista? Vejamos, a conduta do motorista costumes da área social onde é realizada, não
(dirigir em excesso de velocidade) era estará configurado o fato típico. É o caso dos
voluntária (ninguém o obrigou a assim lutadores que se machucam mutuamente na aula
fazê-lo); quanto à finalidade, esta é variada de jiu-jitsu, por exemplo.
(chegar logo ao trabalho, por exemplo). A crítica reside na dificuldade de se entender o
Quanto ao resultado, como não coincidiu que seria ou não uma conduta social relevante
com o a finalidade visada, o crime não pode para o direito penal, e no fato de que. ao
ser doloso. Como houve, contudo, quebra interpretar se um fato é ou não penalmente
do dever de cuidado (imprudência e relevante de acordo com sua relevância social,
inobservância das regras de trânsito), estar-se-ia incorrendo em risco de violação
responderá por homicídio culposo. Se não constitucional, pois o que em São Paulo podo
houvesse tal descuido, como se o agente ser penalmente relevante, pode não ser no Norte
estivesse dirigindo em uma prova de do País, e vice-versa,
automobilismo, por exemplo), não haveria
qualquer crime, por ausência de dolo ou
culpa.
Cláudio Brandão responde, dizendo à
mesma questão dizendo que, nesses crimes,
uma vontade dirigida a um fim, só que o
fim será conforme o direito, sendo certo que