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RESUMO
O objetivo deste trabalho foi reunir informações sobre espécies madeireiras de terra firme nas proximidades de Manaus e tentar
identificar as suas possíveis posições no contexto da sucessão florestal. Uma classificação facilitará modelar a dinâmica da
floresta para apoiar a conservação, o manejo florestal e a reabilitação de áreas degradadas. O grupo estudado foi formado por 60
espécies botânicas pertencentes a 42 gêneros e 18 famílias. Em uma visão geral observaram-se sementes grandes >0,5cm3 (69%
das espécies estudadas), predominância da dispersão zoocórica (60%), germinação em um período de até três meses (69%) e
densidade elevada da madeira (>0,8g/cm3 em 52%). O conjunto das características utilizadas não foi adequado para classificar
todas as espécies, pois características consideradas como típicas para pioneiras, ou clímax, foram observadas na mesma espécie
em 24 das árvores selecionadas (40%). A densidade da madeira e a regularidade de frutificação apresentaram pouca utilidade na
classificação, como também a presença de dormência nas sementes, pois há dormência em espécies de todas as fases sucessionais.
Porém, a distinção entre os diversos tipos de dormência permitiu a separação dos grupos. Sugerem-se, para uma classificação
mais robusta, os seguintes critérios ligados a semente: tipo de dispersão, quantidade das reservas, tolerância ao dessecamento e
tipo de dormência. A tentativa de classificação das espécies madeireiras evidenciou que a maioria apresentou o conjunto das
características típicas do estádio final da sucessão florestal. Porém, poucas apresentaram características de estádios mais iniciais
da sucessão, e possuem provavelmente maior resistência às perturbações florestais.
PALAVRAS-CHAVE
sucessão florestal, pioneiras, oportunistas, climax, sementes.
1
Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA. Caixa Postal 478, 69.011-970 Manaus, Amazonas, Brasil
2
e-mail: iferraz@inpa.gov.br
3
Bolsista PCI do INPA - Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical
4
Professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 23.851-970 Seropédica-RJ, Brasil, fpina@ufrrj.br
Tabela 1 - Características frequentemente observadas em pioneiras, oportunistas e clímax (classificação de Piña-Rodrigues et.al.1990
modificada). Características típicas de cada grupo foram marcadas através de uma coloração diferenciada: vermelho para pioneiras;
amarelo para oportunistas e verde para características de espécies climax. Características comum para dois grupos receberam uma
coloração intermediária, sendo laranja para pioneiras-oportunistas e verde-claro para oportunistas-climax.
PIONEIRA S OPORTUNISTA S CLIMA X
Regularidade da Frutificação Contínua ou anual Anual Irregular
Dispersão Anemocoria e/ou Zoocoria Anemocoria e/ou Zoocoria Barocoria e/ou Zoocoria
(av es,morcegos) (av es,morcegos) (mamíferos)
Tamanho da semente Pequeno < 0,1 cm3 Médio 0,1 - 0,5 cm3 Grande >0,5-5,0 cm3
(Volume estimado) Muito grande > 5,0 cm3
Dormência da semente Dormente por > 3 meses Sem dormência Sem dormência
Tempo de germinação
Viabilidade da semente Longa > 3 meses Curta < 3 meses Curta < 3 meses
no habitat natural
Tolerância da semente Tolerante Tolerante Intolerante
ao dessecamento
Densidade da madeira Lev e < 0,5 g/cm3 Moderada 0,5 - 0,8 g/cm3 Pesada > 0,8 g/cm3
estimado através das dimensões biométricas. Considerou- apenas uma amostragem parcial da floresta, com seleção
se como dormente quando nenhuma das sementes de uma baseada no seu uso madeireiro.
coleta germinou durante os primeiros três meses após a Os meios de dispersão das espécies evoluiram para
semeadura, conforme sugestões de Ng (1978). O mesmo conduzir os propágulos às áreas de estabelecimento
intervalo de tempo foi utilizado para classificar a viabilidade preferencial. Por exemplo, a dispersão anemocórica,
natural da semente em longa (> 3 meses) e curta (< 3 associada a sementes pequenas, produzidas em grandes
meses). A tolerância das sementes ao dessecamento foi quantidades, possibilita alcançar áreas distantes e mais
avaliada expondo-as em ambiente com ar condicionado abertas (Piña-Rodrigues & Piratelli, 1993). O levantamento
(umidade relativa de 60-70%) testado em seguida a realizado neste trabalho evidenciou que a maioria das
germinabilidade. A densidade básica da madeira foi espécies selecionadas foi dispersa por zoocoria (69%), sendo
classificada em três grupos: leve (< 0,5 g/cm3), o mecanismo de dispersão predominante nas Florestas
moderadamente pesada (0,5 a 0,8 g/ cm3) e pesada a muito Tropicais, seguida pela anemocoria (23%) e barocoria (8%)
pesada (> 0,8 g/ cm3). Utilizaram-se dados inéditos do (Figura 1) reforçando as observações de Howe & Smallwood
Laboratório de Sementes do INPA-CPST, fontes bibliográficas (1982). Estes resultados podem indicar que a dispersão e,
e entrevistas com mateiros experientes. conseqüentemente, a regeneração natural da maioria destas
A seleção das espécies do presente estudo foi baseada espécies madeireiras depende da fauna. Espécies com
em Higuchi e co-autores (1985) que listaram as espécies dispersão zoocórica são provavelmente mais suscetíveis aos
comerciais de uso atual ou potencial na indústria madeireira distúrbios antrópicos do que as com dispersão abiótica.
da região de Manaus. Esses autores agruparam várias destas A unidade de dispersão primária para a maioria das
espécies utilizando o nome vulgar no mercado de madeiras. espécies foi o fruto indeiscente, incluindo pseudofrutos ou
No presente trabalho procurou-se separar as espécies até o infrutescências, com 64% e a semente no sentido botânico
nome botânico, baseado na flora elaborada por Nee (1992) com 36% (Figura 1).
numa área próxima, resultando em uma lista de 60 espécies
Sementes com grande quantidade de reservas são
florestais (Tabela 2).
adaptadas ao sub-bosque, pois produzem plântulas que
conseguem sobreviver durante muito tempo em áreas
RESULTADOS E DISCUSSÃO sombreadas. A avaliação do tamanho mostra que 69% dos
propágulos são maiores do que 0,5cm3 e apresentam
O grupo estudado foi formado por 60 espécies botânicas, provavelmente grande quantidade de reservas (Figura 2).
pertencentes a 42 gêneros e 18 famílias (Tabela 2). As famílias Apenas 31% das espécies apresentaram propágulos de tamanho
com mais de cinco espécies foram Fabaceae, Mimosaceae, pequeno (< 0,1cm3) a médio (0,1-0,5cm3), com 3% e 28%
Caesalpiniaceae, Lauraceae, Myristicaceae e Lecythidaceae. respectivamente, sendo que a passagem de sementes intactas
Segundo o inventário de Rankin de Merona e co-autores pelo trato digestivo de animais é limitada pelo tamanho.
(1992), nesta região, as famílias mais abundantes e também
Após a perturbação do ambiente florestal, um dos
as mais ricas em espécies são as Lecythidaceae, Leguminosae,
recursos para assegurar a regeneração das espécies são as
Sapotaceae e Burseraceae. Portanto, o grupo estudado é
sementes dormentes no banco do solo (Garwood, 1989).
continuação da tabela 2
49 Myri sti cace ae Ir yan t he r a co r iace a D ucke ucuúba-puña
50 Myri sti cace ae Ir yan t he r a e llipt ica D ucke ucuúba-puña
51 Myri sti cace ae Ir yan t he r a lae v is Mgf. ucuúba-puña
52 Myri sti cace ae Vir o la calo phylla Mgf. ucuúba-v e rme lh a
53 Myri sti cace ae Vir o la mult in e r v ia D ucke ucuúba-pe luda
54 Myri sti cace ae Vir o la sur in ame n sis (Ro land) W arb ucuúba-branca
55 Myri sti cace ae Vir o la v e n o sa (Be nth ) W arb. ucuúba-pre ta
56 O lacace ae Min quar t ia guian e n sis Aubl. acari quara-ro xa
57 S apo tace ae Man ilkar a hube r i (D ucke ) C h e v. maçaranduba
58 S i marubace ae S imar o uba amar a Aubl. marupá
59 Vo ch ysi ace ae E r isma fuscum D ucke quarubarana
60 Vo ch ysi ace ae Q uale a par ae n sis D ucke mandi o que i ra-li sa
627
( x) c m3 g/cm3(r)
Q uale a par ae n sis 60 se me nte alada anual (ad) ane mo co ri a mé di o 0.3 não si m ? curta (ad) 0.7-0.8 O po rtuni sta
(aa) (aa) c m3 g/cm3(r)
A spido spe r ma album 3 se me nte alada anual (ad) ane mo co ri a mé di o 0.4 não si m curta(ad) 0.9 g/cm3 (v ; O po rtuni sta-clí max
c m3 z ; ae )
Hyme n o lo bium 22 fruto (aa;ad) anual (ad) ane mo co ri a mé di o 0.3 não si m ? curta(ad) pe sada ? O po rtuni sta-clí max
se r ice um (aa; ad) c m3
Tabe buia 4 se me nte (ad) anual (ad) ane mo co ri a mé di o 0.2 não si m ? curta(ad) 1.08 g/cm3 (q; O po rtuni sta-clí max
se r r at ifo lia (ad) c m3 ae )
A st r o n ium le co in t e i 2 fruto e cali ce i rre gular (r) ane mo co ri a mé di o 0.1 não si m ? curta ? 0.98 g/cm3 (h ) O po rtuni sta-clí max
c m3
Hyme n o lo bium 21 fruto i rre gular (ad) ane mo co ri a mé di o 0.1 não si m ? curta(ad) pe sada ? O po rtuni sta-clí max
e xce lsum (ad) c m3
E r isma fuscum 59 fruto e cáli ce i rre gularjan-mai (c) ane mo co ri a mé di o 3 cm3 não si m ? curta(ad) 0.56 g/cm3(u) O po rtuni sta-clí max
(aa) (aa)
C e d r e li n g a 38 parte do fruto i rre gular jan-mai ane mo co ri a (a; grande 1.9 não (a; ah ) si m (m) curta(af) 0.52 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
cat e n ae fo r mis (a; ac) (c) r) c m3 (r)0.7 g/cm3
(v )
c m3
DE ESPÉCIES MADEIREIRAS DA FLORESTA DE TERRA FIRME DA AMAZÔNIA CENTRAL
Ir yan t he r a e llipt ica 50 se me nte co m anual (ad) z o o co ri a(av e ) mui to não não curta(ad) mo de rada ?(n) O po rtuni sta-clí max
ari lo (ad) (ad) grande 6.5
c m3
Ir yan t he r a lae vis 51 se me nte co m anual (ad) z o o co ri a (av e ) mui to não não curta(ad) mo de rada ? (n) O po rtuni sta-clí max
ari lo (ad) (ad) grande 6.5
c m3
E schwe ile r a lo n gipe s 34 se me nte (s) anual (ad) z o o c o ri a grande 4.7 não ? não ? curta ? mo de rada ? O po rtuni sta-clí max
( ro e d o r) c m3 (ab)
(s; ad)
continua>
continuação da tabela 2
C alo phyllum 15 fruto / pi rê ni o anual (ad) baro co ri a, grande 1.8 não (a; r; ae ) não ? (ae ) curta (q) 0.5 - 0.7 O po rtuni sta-clí max
br asilie n se (a; aa) z o o c o ri a c m3 g/cm3(h ; q;
(q; aa) ae )
Br o simum r ube sce n s 46 pse udo -fruto anual (ad) z o o co ri a(mac- grande 0.7 não não curta(ad) 0.7-0.8 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
(aa) aco ,mo rce go , c m3 ( r)
av e ) (aa; ad)
S cle r o n e ma 5 fruto (ad) anual se t-fe v (c) baro co ri a (ad) mui to grande não (b) não curta(ad) 0.7 g/cm3 ( O po rtuni sta-clí max
micr an t hum 113.1 cm3 r)0.73
628
g/cm3(v )
Man ilkar a hube r i 57 fruto anual (ad) z o o co ri a(av e , mé di o 0.3 não (ae ) não ? curta(ad) 0.9 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
mo r c e g o , c m3 (z )1.04 g/cm3
macaco ) (ad) (ae )
E schwe ile r a o do r a 35 se me nte (s) anual (ad) z o o c o ri a grande 4.1 não não ? curta(ad) 0.8-0.9 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
( ro e d o r) c m3 ( r)
(s; ad)
D ipt e r yx magn ifica 19 fruto (aa) anual ? z o o c o ri a grande 1.6 não parci al ? curta ? pe sada (ac) O po rtuni sta-clí max
(ro e do r, c m3
mo rce go )(aa)
D ipt e r yx o do r at a 20 fruto / anual mar-ago (c) z o o c o ri a mui to não (a; l) parci al (m; l) curta(ad) 0.95 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
pi rê ni o (aa) (ro e do r, grande 18.6 (r)1.0 g/cm3
mo rce go ) (aa; c m3 (ac)
ad)
Ho lo pyxidium 36 se me nte anual (ad) z o o c o ri a mui to não ? não ? curta(q; ad) 0.85-0.95 O po rtuni sta-clí max
lat ifo lium (baro co ri a) (ro e do r) (ad) grande 75.4 g/cm3 (r)
c m3
Le cyt his usit at a v ar. 37 se me nte (s) anual (ad) z o o c o ri a mui to não não ? curta(ad) 0.8 O po rtuni sta-clí max
par ae n sis ( ro e d o r) grande 34.0 g/cm3(r)1.0
Vir o la ve n o sa 55 se me nte co m anual (ad) z o o co ri a (av e ) grande 1.2 não não curta(ad) pe sada(ac) O po rtuni sta-clí max
ari lo (ad) (ad) c m3
Me z ilaur us syn an dr a 27 fruto (ad) i rre gular ago -de z z o o co ri a(av e ) grande 1.5 não não ? curta(ad) 0.7 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
(c) (ad) c m3 (r)1.15 g/cm3
(h)
A n iba r o sae o do r a 25 fruto (ad) i rre gular jun-jul (e ) z o o co ri a (av e ) grande 4.6 não (r; ae ) não curta(ad) 0.8-0.9 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
(ad) c m3 (r; w ; ae )
A n iba can e lilla 24 fruto i rre gular o ut-abr z o o co ri a (av e ) grande 1.3 não (r) não curta ? 0.95 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA UM AGRUPAMENTO ECOLÓGICO PRELIMINAR
(w )
Ne ct an dr a r ubr a 28 fruto (ad) i rre gular se t-de z z o o co ri a(av e )- mui to não (r) não ? curta(ad) 0.65 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
(c) (ad) grande 8.5 (v )0.97 g/cm3
c m3 (h)
C lar isia r ace mo sa 47 fruto (aa) i rre gular (ad) z o o co ri a(av e , mui to não (ae ) não curta(ad) 0.56 g/cm3 O po rtuni sta-clí max
macaco ) (aa) grande 7.4 (r)0.90 g/cm3
c m3 (ae )
continua>
continuação da tabela 2
( )
A n acar dium 1 fruto i rre gularse t-de z (c) z o o co ri a(mac- grande 2.4 não (b) não ? curta ? 0.42 g/cm3(n) O po rtuni sta-clí max
spr uce an um aco ; av e ) c m3 0.55 g/cm3 (r)
(aa; ad)
Vo uacapo ua pallido r 10 se me nte (ad) i rre gular jan-mai z o o co ri a(ro e d- mui to não (ae ) não curta(ad) 0.8 -1.0 C lí max
(c) o r) (aa; ad) grande 25.1 g/cm3(ae )
c m3
C o r yt ho pho r a 33 se me nte (s) i rre gular se t-de z z o o co ri a(ro e d- mui to não não ? curta(ad) ? C lí max
629
r imo sa (p) o r) (s; ad) grande 39.3
c m3
C alo phyllum 14 fruto / i rre gularjun-de z (c) baro co ri a, grande 1.8 não não curta(ad) le v e ? Atí pi ca
an gular e pi rê ni o (ad) e ndo z o o co ri a c m3
(aa; ad)
Vir o la sur in ame n sis 54 se me nte co m anual(q) z o o co ri a (av e , grande 1.0 não não (m) curta(q) 0.48 g/cm3(q) Atí pi ca
ari lo (ac; q) macaco , c m3
ro e do r) (q; aa)
Vir o la calo phylla 52 se me nte co m anual(ad) z o o co ri a(av e ) grande 1.2 não não ? curta(ad) le v e (ad) Atí pi ca
ari lo (ad) (ad; aa) c m3
O co t e a cymbar um 30 fruto anual(ad) z o o co ri a (av e ) grande 2.1 não não ? curta(ad) le v e ? Atí pi ca
(ad) c m3
S imar o uba amar a 58 fruto / anual (q) z o o co ri a(av e ) mé di o 0.4 não (r; k) parci al (i ) curta (ad) 0.38 g/cm3 (q) Atí pi ca
pi rê ni o (i ; q) (q; ad) c m3
O co t e a cajumar i 29 fruto (ad) anual(ad) z o o co ri a(av e ) mé di o 0.3 não não ? curta(ad) le v e (ad) Atí pi ca
(ad) c m3
O co t e a n e e sian a 31 fruto (ad) anual(ad) z o o co ri a (av e ) mé di o 0.1 não não ? curta(ad) le v e ? Atí pi ca
(ad) c m3
ce go )(aa; ad) c m3
DE ESPÉCIES MADEIREIRAS DA FLORESTA DE TERRA FIRME DA AMAZÔNIA CENTRAL
C ar yo car pallidum 11 fruto /pi rê ni o anual(ad) baro co ri a, grande 4.9 si m não ? lo nga ? 1.0 g/cm3(q) Atí pi ca
(t; ad) z o o co ri a (ad) c m3
P ar kia mult ijuga 40 fruto (q) i rre gular (f; q)se t- z o o c o ri a mui to si m si m lo nga(q) 0.38 Atí pi ca
no v (e ) (macaco , grande 7.1 g/cm3(q)0.41
ro e d o r) ( f ) c m3 g/cm3 (f)
P ar kia n it ida 41 fruto (aa) anual ? z o o c o ri a mui to si m si m lo nga ? 0.40 g/cm3(u) Atí pi ca
(macaco , grande 8.4
ro e do r) (aa) c m3
P ki i t i f li 42 f t l? i ( d 11 i i l l ? Atí i
continua>
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA UM AGRUPAMENTO ECOLÓGICO PRELIMINAR
DE ESPÉCIES MADEIREIRAS DA FLORESTA DE TERRA FIRME DA AMAZÔNIA CENTRAL
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
Atí pi ca
trabalhos publicados na área de
silvicultura tropical é comum o uso de
nomes vulgares para as espécies
madeireiras.A classificação preliminar
evidenciou a heterogeneidade no que
(q)0.51 g/cm3
0.40 g/cm3(u)
g/cm3(ae ; w )
1.0 g/cm3(z )
(q)lo nga (aj) g/cm3(r; ae ;
1.0 g/cm3(r)
se refere às estratégias de vida destas
g/cm3(r; q;
0.88 g/cm3
0.95-1.15
g/cm3(r)
0.8 - 1.0
0.8-0.94
0.9-1.0
ae )
(n)
q)
em termos práticos a classificação
ecológica escolhida. Esta dificuldade
pode explicar o uso preferencial da
lo nga ?
lo nga ?
lo nga
lo nga
curta
si m ?
si m ?
si m
si m
si m
si m
si m(a; ai )
si m(g)
si m ?
si m
si m
si m
não
grande 3.8
mé di o 0.1
c m3
c m3
c m3
c m3
c m3
c m3
c m3
c m3
(macaco , av e )
macaco )(aa;
)( )
aco , av e )(r;
ro e do r) (aa)
i rre gularse t-fe v (c) ane mo co ri a
(macaco ,
z o o c o ri a
macaco ,
(ad)
(aa)
(aa)
ad)
aa)
decisivos de classificação.
(v) Parant et al., 1987
(t) Nascimento, 1991
anual ?
se me nte co m
se me nte (aa)
fruto (aa)
se me nte
fruto
fruto
ad)
18
39
42
44
45
43
8
7
continuação da tabela 2
P ar kia pe n dula
D in iz ia e xce lsa
G o upia glabr a
de Pioneiras, porém, a imaturidade do embrião, restrições Araújo, V. C. 1970. Fenologia de essências florestais amazônicas. I.
mecânicas associadas com permeabilidade de tegumento e/ Boletim do INPA, 4:1-25.
ou substâncias inibidoras típicas de espécies Clímax. A Arostegui-Vargas, A.; Diaz-Portocarrero, M. 1992. Propagación de
impermeabilidade do tegumento da semente à água, pode ser espécies forestales nativas promisorias en Jenaro Herrera.
considerada como estratégia compartilhada pelos três grupos, Inst. de Investigaciones de la Amazonia Peruana. Centro de
porém com predominância nas Oportunistas e Pioneiras. 4) A Investigaciones de Jenaro Herrera, Iquitos, Peru. 119 p.
intolerância das sementes ao dessecamento (recalcitrante) Barbosa, A. P.; Vastano, B. Jr.; Varela, V. P. 1984. Tratamento pré-
como característica que determine o grupo das espécies Clímax. germinativo de sementes de espécies florestais amazônicas.
5) Recomenda-se para futuros estudos avaliar também outras II. Visgueiro (Parkia pendula Benth. Leguminosae-
características, principalmente às ligadas ao estabelecimento Mimosoideae). Acta Amazonica, 14:280-288.
das plântulas que, por enquanto, não estão disponíveis para
Bartels, G. L. 1980. Associação Profissional da Indústria de
todas as espécies.
Serraria, Carpintaria, Tanoaria, Madeiras, Compensados e
Foi possível verificar que a maioria (60%) das espécies de Chapas de Fibras de Madeiras do Estado do Pará e do
interesse comercial apresentou o conjunto de características Território Federal do Amapá. Madeiras da Amazônia.
das Oportunistas e clímax, evidenciando sua adaptação ao Amazon Timbers. Amazon Hout.
final da sucessão florestal. Estas, provavelmente, não toleram
Barton, A. M. 1984. Neotropical pioneer and shade-tolerant tree species:
perturbações freqüentes de grande escala, além de
Do they partition treefall gaps? Tropical Ecology, 25: 196-202.
necessitarem uma longa fase de recuperação de suas
populações, mesmo sob uma extração madeireira moderada. Bassini, F. 1994. Germinação de sementes de Simarouba amara
Poucas foram as espécies que apresentaram características Aubl. (Simarubaceae) e estabelecimento das plântulas em
mais iniciais da sucessão, possuindo provavelmente maior clareiras naturais e sub-bosque de floresta primária na
resistência à perturbação florestal. Amazônia Central. Dissertação de Mestrado. Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia/Fundação Universidade do
Amazonas. Manaus, Amazonas. 83 p.
AGRADECIMENTO Braga, P. I. S. 1979. Subdivisão fitogeográfica, tipos de vegetação,
conservação e inventário florístico da floresta Amazônica. Supl.
Agradecimento especial ao Sr. João Aluízio da Costa Souza
Acta Amazonica, 9:53-80.
((†) in memória, 27/01/41 a 25/05/03), que muito contribuiu
para este trabalho com seus conhecimentos adquiridos em Brokaw, N. V. L. 1985. Gap-phase regeneration in a tropical forest.
anos de atuação como Para-botânico no CPST/INPA. Ecology, 66: 682-687.
Brown, N. 1993. The implication of climate and gap microclimate
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