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SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Suporte dos princípios e um “esquenta” 2
3. Princípio da Unidade 4
4. Princípio da Anualidade ou periodicidade 5
5. Princípio da Universalidade 11
6. Princípio do Orçamento Bruto 15
7. Princípio da Exclusividade 18
8. Princípio da Não Afetação 22
9. Princípio da Especificação 28
10. Princípio da Unidade de caixa 40
11. Princípio do Equilíbrio 43
12. Princípio da Proibição do estorno 49
13. Princípio da Reserva Legal 51
14. Princípio da Publicidade 53
15. Princípio da Transparência 53
16. Princípio da Clareza 55
17. Princípio da Exatidão 55
18. Princípio da Uniformidade 55
19. Quadro Resumo dos Princípios 58
20. Lista das questões apresentadas 61
21. Questões Comentadas 71
1. APRESENTAÇÃO
Pessoal, aula de hoje vamos destruir tudo relativo aos princípios
orçamentários.
ENAP/2015/Analista/Cespe
3. UNIDADE OU TOTALIDADE
De acordo com este princípio, o orçamento deve ser uno, ou
seja, cada ente governamental deve elaborar um único orçamento. Este
princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei nº 4.320, de 1964, e
visa evitar múltiplos orçamentos dentro da mesma pessoa política.
Lei 4320/1964
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação
da receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de unidade,
universalidade e anualidade.
1
Cada ente da Federação elaborará a sua própria LOA.
4. ANUALIDADE OU PERIOCIDADE
Conforme este princípio, o exercício financeiro é o período de tempo
ao qual se referem à previsão das receitas e a fixação das despesas
registradas na LOA. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º da
Lei nº 4.320, de 1964. Segundo o art. 34 dessa lei, o exercício financeiro
coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).
Com o que aprendemos na aula anterior, concluímos que o foco do
princípio da anualidade é a 3ª etapa da LOA – Execução
Orçamentária e Financeira – e não o ciclo orçamentário como um todo.
Apresento a vocês os artigos que suportam o princípio.
Lei 4320/1964
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
CF/1988
Art. 165º Leis de iniciativa do Poder Executivo
estabelecerão: […]
III – os orçamentos anuais [...]
§5º - A lei orçamentária anual compreenderá: […]
CF/1988
Art. 167º [...]
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão
vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subsequente.
Resposta:
Deixaram de ser utilizados, 10 milhões de créditos suplementares, 7,5
milhões de créditos especiais e 5 milhões de créditos extraordinários.
Desses apenas vai se perder os valores dos créditos suplementares,
enquanto os valores dos créditos especiais e extraordinários podem ser
reabertos e reincorporados na LOA 2018.
Imagine que você vive em um mundo que tudo se compra com cartão de
crédito, que tudo se compra pela internet e que tudo se recebe pelo
correio.
Caso, você queira comprar vestuário, você pesquisa na internet, escolhe
sua roupa e utiliza o cartão de crédito.
Naquele momento, pouco importa se você tem dinheiro na sua
conta, basta que você tenha limite no cartão de crédito.
Assim, quando você compra algo na internet no meu conto de ficção, o
limite do cartão diminui.
Passados alguns dias, chega o produto na sua casa e você confere. Caso
esteja errado, você devolve até receber o certo ou cancela a compra e o
limite é restabelecido.
Dando tudo certo, você fica com o produto, e aguarda a chegada da
fatura pelos correios e depois de conferir os itens na fatura, você efetua
o pagamento do cartão da rede bancária.
COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
5. UNIVERSALIDADE
Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá
conter todas as receitas e as despesas de todos os Poderes,
órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder
público. Este princípio é mencionado no caput do art. 2º, e nos artigos 3º
e 4º da Lei nº 4.320/1964, recepcionado e normatizado pelo § 5º do art.
165 da CF.
Apresento a vocês os artigos mencionados.
Lei 4320/1964
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política
econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as
receitas, inclusive as de operações de crédito2 autorizadas
em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste
artigo as operações de credito por antecipação da
receita, as emissões de papel-moeda e outras
entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.
2
As operações de crédito são os recursos provenientes dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional com o
intuito de captar recursos; os empréstimos compulsórios; e os empréstimos decorrentes de contratos com
instituições financeiras nacionais ou internacionais. Esses exemplos têm em comum o fato de terem constando
na LOA na fase de elaboração e aprovação.
CF/1988
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital
social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas
as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
6. ORÇAMENTO BRUTO
O princípio do orçamento bruto, previsto no art. 6º da Lei nº
4.320, de 1964, preconiza o registro das receitas e despesas na LOA pelo
valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções. Apresento a vocês o
artigo mencionado.
7. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE
O princípio da exclusividade, previsto no §8º do art. 165 da
CF/1988, preconiza que não se pode incluir dispositivo estranho na LOA.
No período republicano do Brasil até 1930 era muito comum se incluir
matérias sem qualquer relação com a previsão da receita e a fixação da
despesa devido ao rito célere da LOA. Apresento a vocês o artigo
mencionado.
CF/1988
Art. 167. São vedados:
(...)
IV- a vinculação de receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158
[IR Adm. Direta + A + FP Municípios; 50% ITR; 50%
IPVA; 25% ICMS] e 159 [FPE e DF (21,5%)]; [ FPM
24,5%)]; [3% FNO, FNE e FCO]; [10% IPI-Exp
Estados e DF], [29% CIDE Combustível], a destinação
de recursos para as ações e serviços públicos de saúde,
para a manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como
determinado respectivamente, pelos arts. 198, §2º[saúde],
212 [ensino] e 37,XXII [administração tributária], e
prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no artigo 165, §8º
[créditos suplementares e operações de crédito,
inclusive ARO], bem como o disposto no §4º deste
artigo.
3
Na União existem 4 (quatro) classificações oficiais da receita: esfera orçamentária, natureza, fonte e
resultado primário.
CF/1988 ADCT:
Desvinculação das Receitas da União (DRU)
Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de
dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da
União relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do
pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência
Social, às contribuições de intervenção no domínio econômico
e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida
data. (Redação dada pela Emenda constitucional nº 93)
§1º (Revogado).
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação
da contribuição social do salário-educação a que se refere o § 5º do
art. 212 da Constituição Federal.
§3º (Revogado).
COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
7.(Cespe/2013/MME/Analista Financeiro) Em consonância com o princípio
da exclusividade, a CF estabelece que a LOA não deve abranger
dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação de despesa.
CERTO, é exatamente o que consta na CF/1988.
Decreto-Lei 200/1967
Art. 91. Sob a denominação de RESERVA DE
CONTINGÊNCIA, o orçamento anual poderá conter
dotação global não especificamente destinada a
determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou
categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para
abertura de créditos adicionais.
Portaria 163/2001
Art. 5º Em decorrência do disposto no art. 3º a estrutura da
natureza da despesa a ser observada na execução
orçamentária de TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO será
“c.g.mm.ee.dd”, onde:
a) “c” representa a categoria econômica;
b) “g” o grupo de natureza da despesa;
c) “mm” a modalidade de aplicação;
d) “ee” o elemento de despesa; e
e) “dd” o desdobramento, facultativo, do elemento de
despesa.
Art. 3º A classificação da despesa, segundo a sua natureza,
compõe-se de:
I - categoria econômica;
II - grupo de natureza da despesa;
III - elemento de despesa.
estabelecida pela portaria 163/2001 e que deve ser seguida por todos os
Lei 4.320/1964
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em
estrita observância ao princípio de unidade de tesouraria,
vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
CF/1988
Art.167. São vedados:
[...]
III - a realização de operações de créditos que excedam o
montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Lei 4.320/1964
Art. 3º A lei de orçamentos compreenderá todas as receitas,
inclusive as operações de crédito autorizadas em lei.
COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
CF/1988
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência
de recursos de uma categoria de programação para outra
ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
§ 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra poderão
ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os
resultados de projetos restritos a essas funções, mediante ato do
Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização
legislativa prevista no inciso VI deste artigo. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
Art. 68[...]
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da
Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria
reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
[...]
III- planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
23. Entre as três leis ordinárias previstas pela CF para dispor sobre
orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio da
especificação.
COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES
23. Entre as três leis ordinárias previstas pela CF para dispor sobre
orçamento, somente a LOA é obrigada a observar o princípio da
especificação.
Princípio da Em regra, não se pode ter dotações Programas especiais de trabalho classificados em
Especificação globais. investimentos e reserva de contingência.
Princípio da Os recursos dos entes devem
Não.
Unidade de caixa respeitar a unidade de caixa
Princípio do As operações de crédito não podem Créditos suplementares e especiais aprovados por
Equilíbrio superar a despesas de capital. maioria absoluta do legislativo.
Em regra, é vedado o
Princípio da
remanejamento, a transposição e a Admite-se nas atividades de ciência, tecnologia e
Proibição do
transferência de recursos sem prévia inovação.
estorno
autorização legislativa.
Princípio da Admite-se decreto em créditos suplementares e
A regra é a lei ordinária.
Reserva Legal medida provisória em créditos extraordinários.
Princípio da Para ser dar eficácia deve-se publica
Não.
Publicidade as leis orçamentárias.
Deve-se dar acesso a qualquer
Princípio da
pessoa sobre a execução do Não.
Transparência
orçamento.
O orçamento deve ser elaborado em
Princípio da Clareza Não.
linguagem compreensível.
e) à construção de estradas.