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HUMANO
INTRODUÇÃO
O presente ensaio tem como objetivo analisar de forma critica as relações
entre natureza e cultura, humanidade e animalidade. Assim sendo, explicitarei as
relações e as conexões interespecíficas destes tanto da forma positiva quanto
negativa.
Para responder tal questão, utilizarei os seguintes autores: Uirá Garcia, Tim
Ingold, Bruno Latour e Anna Tsing com suas referentes bibliografias pré-estabelecidas
pela orientadora da disciplina.
A relação com que o “homem branco” tem tido com a natureza e os animais
parte de um ponto de vista antropocêntrico, no qual haveria a superioridade humana
em relação a qualquer outra forma. Para o ser humano, pelo menos á algum tempo,
seria inconcebível pensar-se com conexões feitas e entre humanos e animais, pois a
humanidade colocou a animalidade como seu total oposto e a própria noção do que
2Conceito utilizado com base no escrito de Anna Tsing, Margens indomáveis: cogumelos como
espécies companheiras.
problema gigantesco de pensar a natureza, a cultura, a animalidade, e a humanidade
sem uma visão eurocêntrica e antropocêntrica onde qualquer relação com o não-
humano seja inconcebível.
Na própria formação da nossa cultura, em seus primórdios e até hoje
precisamos da natureza. Desde éramos nômades e coletores, a natureza tem tido um
denominador de nossas ações. A natureza tem grande relação com os aspectos que
levam a certas culturas, como podemos ver no seguinte excerto:
a febre amarela está aparecendo como se fosse algo inerente à natureza dos
macacos, como se só fosse possível, em momentos de crise, pensá-los em
duas caixas: politicamente, como uma ameaça aos humanos, ou
cientificamente, a partir dos esclarecimentos dos cientistas. Crises como
essas revelam, em muito, como pensamos o ambiente. Ameaça ou controle.
[...]. De acordo com uma “autoridade do Ministério da Saúde” quem mata
macacos está colocando os seres humanos em risco ainda maior ao matar o
“mensageiro”. [...]. Nessa lógica, eles não passam disso, de ser o nosso
escudo? Eles devem morrer para nós ficarmos vivos, apesar de nós termos
desmatado, e eles (os macacos) não?” (GARCIA, 2018, p.198).
Apesar desses esforços extremos, a maioria das espécies dos dois lados da
linha, incluindo os humanos, vive em complexas relações de dependência e
interdependência. Prestar atenção a essa diversidade pode ser o início da
apreciação de um modo interespecífico de ser das espécies (TSING, 2015,
p.185).
Os humanos, de fato, dependem dos não humanos. Não existem sem se
relacionar com eles, influenciar e ser influenciado. A natureza e a cultura junto com a
animalidade e humanidade se mantêm em constante interdependência, e se de fato
não tivermos sido modernos evitar essa oposição e estudar os diversos “híbridos”,
seria uma tarefa um tanto quanto mais fácil.
3. CONCLUSÃO