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09/01/14 MEMÓRIAS DE CHARLES G.

FINNEY CAPÍTULO VIII--AVIVAMENTO EM ANTWERP

A VERDADE DO EVANGELHO
MEMÓRIAS DE CHARLES G. FINNEY
por Charles G. Finney

CAPÍTULO VIII

AVIVAMENTO EM ANTWERP

Vou agora fazer um pequeno relato dos acontecimentos resultantes dos meus labores em
Antwerp, uma vila a norte de Evans'Mills. Cheguei lá pela primeira vez em Abril e descobri que
não havia lá nenhum culto religioso. Toda a terra da vila pertencia a um senhor P--, um homem
rico de Ogdenburgh. Para fortalecimento da própria vila, este homem mandou construir ali uma
casa de reuniões em tijolo. Mas ninguém entre a população tinha qualquer intenção de celebrar
qualquer encontro religioso e por consequência, a sala de reuniões encontrava-se encerrada e
as chaves na posse dum Sr. C--, o qual mantinha o hotel local.

Logo soube que havia ali uma igreja Presbiteriana que tinha alguns membros. Tentaram que
anos antes houvesse cultos ao Domingo. Mas o presbítero que asseguraria as reuniões morava
a mais de cinco milhas dali e para entrar na vila era obrigatório passar por um acampamento
Universalista. Os Universalistas interromperam as reuniões de culto em toda a vila porque não
permitiam que Deacon R--, assim se chamava, passasse pelo acampamento para efectuar
qualquer reunião. Arrancavam as rodas da sua carroça e acabaram mesmo por conseguir que
nunca mais pudesse atender aos seus compromissos de Domingo. E assim, todas as reuniões de
culto dentro da vila haviam sido preteridas e extinguidas.

Encontrei por ali uma senhora C--, dona de terras, mas uma piedosa mulher. Havia também
duas outras senhoras piedosas, A Sra. H--, esposa dum negociante local e a Sra. R--, a esposa
dum médico. Penso que foi numa sexta-feira a primeira vez que lá cheguei. Convoquei aquelas
mulheres piedosas e perguntei-lhes se queriam ter uma reunião. Disseram logo que sim, mas não
sabiam se iria ser possível. A Sra. H-- concordou desde logo oferecer a sua sala para
acomodar a reunião caso eu conseguisse que alguém atendesse. Saí a endereçar convites por
dentro da vila e assegurei a presença de treze pessoas. Preguei para eles e disse-lhes que caso
conseguisse assegurar as chaves da sala de reuniões poderia ali pregar no Domingo. Obtive o
pleno consentimento de quem de direito e circulou a notícia que haveria ali um culto no dia
seguinte de manhã.

Andando pela vila observei um vasto leque de coisas profanas. Pensei nunca ter ouvido tanto
palavrão e tanto profano a falar duma só vez! Parecia-me mais que todos ali estariam sempre a
praguejar nos relvados onde brincavam e jogavam, pela vila toda e em todos os
estabelecimentos onde entrei com a expressa finalidade de me familiarizar com as realidades
locais. Parecia que se praguejavam mutuamente como se quisessem amaldiçoar uns aos outros.
Senti como se estivesse mesmo na fronteira do inferno. Recordo-me que havia em mim um
espírito benevolente avivado, mas que ao passar por dentro daquela vila naquele dia, mais
parecia que passava por meio de veneno mortífero! Um género de terror apoderou-se de todo
o meu ser, como se estivesse à porta do inferno!

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Entreguei-me à oração no Sábado e insisti com a minha petição até que veio resposta: "Não
temas, mas fala e não te cales; porque eu estou contigo e ninguém te acometerá para te fazer
mal, pois tenho muito povo nesta cidade". Estas palavras desde logo trouxeram alívio ao meu
temer. Descobri que, por ali, os crentes locais temiam que algo de grave se viesse a dar em
breve, caso as reuniões se efectivassem na vila de novo. Mesmo tendo passado muito tempo
em profunda suplica e oração, também usei aquele Sábado para passar pela vila e deu para
perceber que aquela marcação duma reunião no dia seguinte provocou um certo alvoroço e
uma certa ansiedade mesmo para que chegasse a hora marcada. No Domingo de manhã deixei
os meus aposentos e dirigi-me para o bosque onde podia dar largas à minha voz em oração, a
uma certa distância da vila. Permaneci ali algum tempo em oração diante de Deus. Mas não
obtinha qualquer alívio espiritual. Voltei lá uma segunda vez, mas em vez de me sentir aliviado, a
carga aumentou sobre mim. Voltei lá uma terceira vez e assim chegou a resposta. Logo
descobri que havia chegado a hora da reunião e dirigi-me desde logo para a sala na escola.
Estava lotada até ao máximo das suas capacidades reais de acomodação. Tirei a minha
pequena Bíblia do bolso e li este versículo: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu
o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".
João 3:16. Não consigo recordar muito daquilo que disse. Mas a minha mente focalizou o
tratamento que eles davam a Deus em troca daquele amor. O assunto afectou-me
sobremaneira. Derramei tanto o meu sermão com o meu coração e lágrimas perante eles todos.
Vi no dia anterior uns quantos homens na maior das práticas profanas a que eu jamais assistira,
os quais estavam ali presentes de frente para mim. Apontei-lhes o dedo directamente, dizendo
diante das pessoas o que haviam feito. Mencionei como eles até usavam o nome de Deus para
se amaldiçoarem uns aos outros. Dei rédeas a todo o meu coração, a tudo aquilo que sentia
dentro de mim em relação à maneira como Deus era tratado por ali. Disse-lhes que mais me
parecia um antro de blasfémia do que uma vila, que me parecia haver entrado nas portas do
inferno mesmo! Todos sabiam que aquilo que lhes dizia era pura verdade e todos sucumbiram
perante a minha sincera demonstração e manifestação pública de todos os seus muitos pecados.
Nenhum deles se ofendeu com aquelas observações, mas as pessoas todas ali começaram a
chorar tanto quanto eu próprio o fazia! Penso mesmo que não havia ali ninguém com o seu
rosto seco.

O Sr. C--, havia-se recusado a abrir a sala de culto, mas assim que aquela pregação terminou,
ofereceu-se para abri-la pela tarde. As pessoas dispersaram e levaram a notícia do culto da
tarde em todas as direcções e à noite a sala de reuniões estava tão repleta quanto estaria a sala
da escola pela manhã. Toda a vila estava presente. E o Senhor proporcionou-me que
desancasse sobre eles todo o meu espírito de forma admirável. Toda a minha forma de lhes
expor a verdade era uma total novidade para todos. De facto, parecia a mim mesmo que eu
descarregava sobre eles tanto amor líquido como granizo feroz e selvagem, tudo misturado, isto
é, derramava granizo feroz em amor sobre suas cabeças. Parecia que tinha um amor tal por
Deus em mim posto em confronto directo com o tratamento abusivo e corrupto com que
pagavam a Deus. Este estado de coisas aguçou toda a minha maneira de pregar, toda minha
mente se abriu, mas em intensa agonia. Sentia uma grande necessidade de os repreender
abertamente de todo o meu coração, mas ao mesmo tempo, com compaixão tal que eles nunca
me poderiam interpretar mal sequer. Nunca ouvi falar de alguém posteriormente ou acusar de
severidade, havendo sido muito, mas muito severo com eles, talvez como nunca em toda a
minha vida.

Os labores deste dia conseguiram uma impressionante convicção de pecado sobre todos
naquela vila. A partir daquele dia, apontasse eu uma singular reunião a qualquer hora em
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qualquer lugar, as pessoas faziam fila para me darem ouvidos. Logo de imediato toda aquela
obra começou a surtir efeitos reais em vidas pecaminosas com grande poder. Pregava duas
vezes no Domingo de manhã nas instalações de culto, fazia uma interrupção à qual me dedicava
à oração e às cinco da tarde, pregava nas instalações da escola. No terceiro Domingo de
pregações, um certo velhinho veio ter comigo quando subia para o púlpito e perguntou-me se
não podia pregar na sua vila também, a umas três milhas dali. Disse-me que nunca haviam tido
qualquer reunião por lá. Pediu-me para ir lá o mais depressa que podia. Marquei para lá ir no
dia a seguir, na segunda-feira, às cinco da tarde. Era um dia quente. Deixei o meu cavalo na vila
e pensei andar até lá para que não tivesse qualquer problema em chamar as pessoas para a
pregação enquanto passava por elas. Contudo, antes de chegar ao lugar, havendo trabalhado
imensamente durante o Domingo, estava completamente exausto e sentei-me por um pouco à
beira do caminho, pois não podia proceder por exaustão. Comecei a censurar-me por não
haver trazido meu cavalo.

Cheguei lá e a sala da escola estava lotada. Consegui arranjar um lugarzinho perto da porta, a
partir de onde podia pregar. Li um Hino, pois não posso chamar cantar aquilo que ouvi. Parecia
que nunca haviam tido qualquer música sagrada por ali. Mesmo assim tentaram cantar. Mas
parecia que cada um cantava com a sua nota, cada qual como queria. Meu ouvir havia sido
cultivado por música sagrada, a qual eu ensinava. Aquela discórdia musical pareceu-me um
horror, perturbou-me de tal maneira inicialmente que pensei em sair dali de imediato! Coloquei
ambas as minhas mãos sobre meus ouvidos em sinal de desagrado e tapei-os com toda a força.
Mas aquelas notas horríveis não deixavam de me atormentar, entrando não sei por onde!
Aguentei até que houvessem terminado. Assim que terminaram, caí de joelhos diante deles
quase num estado de desespero total e comecei a orar. Os céus abriram-se e o Senhor
derramou sobre mim um espírito de oração oportuno e pude derramar todo o meu pesar
perante Ele.

Não estava preparado com nenhum texto sobre o qual iria pregar. Esperei para ver o que
aconteceria à congregação. Mas assim que acabei de orar, levantei-me e disse: "Tira-os para
fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem
avolumado diante do Senhor", Gen 19:12,13. Disse-lhes que não iria precisar onde este texto
se podia achar, mas indiquei-lhes mais ou menos onde. Logo comecei a falar sobre ele,
contando a História de Sodoma e Gomorra. Expliquei-lhes que havia um homem de nome
Abraão e quem era; também lhes falei de seu sobrinho Ló; as relações entre eles, como se
separaram por causa de desentendimentos entre os seus pastores; como Abraão escolheu a
parte pouco fértil da terra que habitavam e como Ló se foi instalar no vale de Sodoma. Falei-
lhes então de como Sodoma era vil e perversa e quais os actos abomináveis que ali se
praticavam. Contei-lhes como o Senhor dissera a Abraão que ia destruir aquele vale por
completo e como Abraão intercedeu para que caso Deus achasse por ali uns quantos justos os
poupasse; e que Deus prometeu que pouparia a cidade caso fossem achados; contei como
Abraão foi reduzindo o numero de justos que se havia de achar como condicionalismo para ser
poupada a cidade perversa e foi reduzindo até às dez pessoas, ao que Deus respondeu que
caso achasse lá dez pessoas justas, logo pouparia toda aquela cidade. Abraão parou por ali,
confiando que haveria por lá dez justos. Mas Deus encontrou por lá um justo apenas, Ló,
sobrinho de Abraão. Logo terminei com as palavras: "Então disseram os homens a Ló: Tens
mais alguém aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens na cidade, tira-os
para fora deste lugar; porque nós vamos destruir este lugar, porquanto o seu clamor se tem
avolumado diante do Senhor"

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Enquanto relatava esta história, observei que as pessoas começaram a reflectir uma ira estranha
nas suas faces. Havia lá homens de manga curta, olhando uns para os outros e para mim como
se estivessem preparados para se acometerem a mim, agredindo-me logo ali. Eu via aquela
aparência irada deles, mas não conseguia decifrar a razão, pois estava a relatar uma mera
passagem da Bíblia e não via porque motivo estariam eles tão indignados, nem o que havia dito
que os ofendera assim tanto. A sua ira subia de tom de palavra em palavra, mas resolvi
continuar a narração como se nada de anormal estivesse ocorrendo. No entanto, assim que
terminei, enfrentei-os dizendo que assumia que nunca haviam tido qualquer serviço religioso por
ali e que me achava no direito de assumir que eram ímpios diante de Deus e consequentemente
deveriam arrepender-se logo e dar glória a Deus. Falei com muita veemência e pressionei
aquela questão com toda a força do meu peito e coração. Falei-lhes durante algum tempo, mas
quinze minutos depois de estar a falar sobre a sua responsabilidade pessoal diante de Deus,
constrangendo-os ao arrependimento, de repente uma seriedade abismal apoderou-se daqueles
rostos antes irados, uma solenidade fora do vulgar. Logo de seguida todas as pessoas
começaram a cair nos seus joelhos, em todas as direcções como que caindo dos seus assentos,
clamando por misericórdia a Deus. Caso tivesse uma espada em minha mão, nada de igual
havia de conseguir com efeitos parecidos e tão devastadores. Parecia que toda a congregação
estava ou de joelhos, ou prostrados com o nariz no chão gritando por misericórdia logo ali.
Numa questão de dois minutos toda aquela congregação estaria de joelhos a clamar. Cada um
orava por si próprio, aqueles que tinham como falar.

É obvio que tive de parar com a pregação, já que ninguém me prestava mais atenção. Eu olhei
e vi aquele velhinho que me endereçou o convite para pregar ali, sentado a meio da sala,
olhando à sua volta muito perplexo, muito atónito com tudo aquilo. Levantei a minha voz muito
alto, quase gritando, para que me ouvisse e perguntei-lhe se sabia orar. Ele de imediato caiu de
joelhos e implorou por aquelas almas em agonia, entre a vida eterna e a morte. A sua voz era
forte e todo o seu coração estava sendo derramado diante do Criador do mundo. Ninguém o
ouvia, ninguém ali prestava qualquer atenção às suas palavras. Logo comecei a falar com
algumas pessoas que clamavam assustadamente a Deus, para que me ouvissem e prestassem
atenção. Eu dizia: "Olhem, ainda não estão no inferno! Deixem-me assinalar-vos o caminho
para Cristo!" Por alguns instantes eu queria trazer-lhes o evangelho, mas não conseguia a sua
atenção sequer. Todo o meu coração palpitava e exultava de tal modo que me controlei com
muito custo para não gritar de alegria por toda aquela visão celestial, dando glória a Deus.
Assim que tive como controlar meus sentimentos, debrucei-me diante dum jovem que estava ali
perto e muito atarefado a orar por ele mesmo. Pus minha mão suavemente em seu ombro,
atraindo a sua atenção e pregando-lhe Jesus ao ouvido em sussurro. Assim que captei a flecti a
sua atenção para a cruz de Cristo, ele creu, acalmou-se, aquietando-se estranhamente
pensativo durante um minuto ou dois, para logo de seguida irromper numa oração dedicada por
todos aqueles aflitos, ali mesmo. Fiz o mesmo com um e outro com os mesmos resultados.
Depois mais um e mais outro até que chegou a hora em que eu haveria de sair dali para cumprir
com um outro compromisso na vila. Disse-lhes que tinha outra reunião para administrar e pedi
ao velhinho que tomasse conta daquela ali. Assim fez. Mas havia tanto interesse em serem
salvos, tantas almas feridas profundamente pela espada de Deus, que não havia maneira de
desmanchar a reunião mandando aquelas pessoas para casa. Permaneceram ali toda aquela
noite até ao dia seguinte. Pela manhã, ninguém queria sair dali e foram levados para um outro
local no acampamento, para que a sala da escola ficasse vaga, pois era segunda-feira e as aulas
haviam de dar-se. À tarde mandaram chamar-me porque ainda ninguém conseguira dissolver
aquela assembleia de gente profundamente aturdida em convicção de pecado.

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Quando desci pela segunda vez, recebi uma explicação porque as pessoas se haviam irado
tanto contra mim. o lugar chamava-se Sodoma, algo que eu desconhecia por inteiro. Também
que lá havia apenas um homem piedoso, aquele velhinho que me convidou e que seu nome era
Ló. As pessoas estariam a pensar que toda aquela história era propositada, que eu havia
escolhido aquele tema para atingi-los directamente, porque eram de facto ímpios e havia ali
apenas um único homem justo. Chamavam o acampamento de Sodoma precisamente devido
ao facto de serem muito maus. Isto foi apenas uma grande coincidência, meramente acidental.

Durante anos nunca mais visitei aquele lugar. Uns poucos anos depois desta ocorrência genuína,
estando a trabalhar na Obra de Deus em Syracuse, no estado de Nova York, dois senhores
chamaram-me à parte um dia. Um deles teria cerca de cinquenta anos de idade. O outro jovem
que estava com ele apresentou-me o senhor mais velho como sendo o Diácono W--, que era
um ancião da sua igreja. Chamou-me para me dar cem dólares para o Colégio de Oberlin. O
senhor mais velho, por sua vez, apresentou o mais jovem, dizendo: "este é o Rev. Mr.Cross.
Ele converteu-se sob seu ministério". Logo o Sr. Cross me dirigiu a palavra dizendo: "recorda-
se haver pregado em Antwerp há algum tempo atrás, na escola, numa tarde e num lugar de
nome Sodoma onde as pessoas caíram a suplicar por misericórdia?" Respondi que me
lembrava perfeitamente, pois seria impossível esquecer algo assim enquanto a memória me
fosse um dom. Disse: "Bem, eu na altura era apenas um jovem ali. Converti-me nessa reunião".
Ele, durante anos a fio, depois disso, foi um ministro de grande sucesso. Vários dos seus filhos
espirituais obtiveram a sua educação aqui em Oberlin. Olhando para aqueles acontecimentos,
havendo aquele avivamento sendo tão repentino, foi de um tal poder que todos os seus
convertidos se mantiveram firmes e obviamente sãos e aquela obra permaneceu firme e genuína.
Nunca ouvi falar de distúrbios por ali, nem de facções, nem de emotividade.

Falei dos Universalistas que presenteavam o Diácono R com oposição para que não
conseguisse trazer as mensagens aos domingos naquela zona da vila de Antwerp, tirando-lhe as
rodas da carroça. Mas assim que o avivamento estava na sua maior força, o Diácono R
desejava que eu fosse pregar lá. Marquei a reunião para uma certa tarde, no salão social da
escola. Assim que lá cheguei, o dito salão estava repleto de gente com o Diácono R perto duma
das janelas, encostado num dos pilares com a Bíblia e um hinário na sua mão. Sentei-me a seu
lado enquanto ele punha a congregação a cantar, o que fizeram dum jeito muito peculiar. Ali
entrei em oração imediata obtendo mesmo graça e acesso ao trono de Deus. Levantei-me e
peguei no texto que diz "Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do
inferno?" Mat 23:33. Reparei como o Diácono R ficou perturbado. Logo se levantou e dirigiu-
se para a porta que estava aberta. Havia uns rapazes perto da porta e eu pensei que ele se
dirigia para lá para que os fizesse calar. Mais tarde vim a saber que ele estava com medo e que
por essa razão foi para mais perto da porta, para que, caso se atirassem a mim ele estivesse
perto da porta de saída para escapar para a rua. Ele concluiu, a partir do texto, que eu iria ser
bastante franco com todos ali. Ele já estava nervoso por causa de toda aquela oposição contra
a obra que ele tentara promover por ali e queria estar apenas longe de ser apanhado também.
Procedi de acordo com aquilo que estava em meu coração e descarreguei sobre eles com todo
o poder. Quando terminei, havia transtornado todas aquelas mesas de doutrinas Universalistas,
creio mesmo. O que se passou foi uma cena em tudo idêntica à de Sodoma, à qual fiz
referencia. Assim aquele avivamento expandiu-se poderosamente e perpetrou-se por toda
aquela região e todas as cidades circunvizinhas partilharam da sua bênção também. A Obra foi
de valor incalculável ali em Antwerp.

Mas quando foi de receber os membros na igreja, depois de examinar uns quantos, descobri

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que muitos deles tinham uma educação Baptista, jovens que haviam crescido em famílias
Baptistas. Perguntei-lhes se preferiam o baptismo por imersão. Logo disseram que para eles
lhes seria indiferente, mas que seus pais prefeririam que fossem Baptizados por imersão. Disse-
lhes que eu também não tinha qualquer objecção a fazer contra ou a favor e que por isso, se tal
os agradasse tanto a eles como a seus amigos, não me importaria de virar Baptista por eles.
Chegou o Domingo e organizei tudo para baptizá-los por imersão durante o intervalo dos
cultos. Fui para um riacho ali perto e baptizei perto duma dúzia deles, ou mais. Quando chegou
a hora do culto da noite, fomos para o salão. Ali baptizei muitos tomando água em minha mão e
aplicando-a à sua testa. Assim, as ordenanças de ambas igrejas havia sido rigorosamente
cumpridas e tanto uma maneira como outra haviam sido fortemente abençoadas por Deus.
Deus manifestou a todos ali presentes pela bênção manifesta que ambos os módulos de
caprichos doutrinários eram aceitáveis para Ele desde que arrependidos de facto.

Entre os amigos de muitos convertidos havia também muitos Metodistas. No Sábado ouvi dizer
que eles diziam que eu era Presbiteriano e que eu cria naquela doutrina de eleição e de
predestinação e que ainda não a havia pregado ali por enquanto. Diziam que eu não me
atreveria a pregar sobre aquilo por receio de que os recém convertidos não se unissem à igreja.
Isto fez com que eu decidisse pregar sobre o assunto no Domingo antecedente à sua
integração. Peguei num texto e expliquei o que a eleição não seria; depois o que seria a eleição;
em terceiro lugar que era uma doutrina Bíblica; em quarto lugar, que era uma doutrina de
raciocínio; em quinto lugar, que negando o poder de Deus em eleger, seria negar algumas das
características de Deus; em sexto lugar, que isso nunca se opunha à plena salvação dos não
eleitos; em sétimo lugar, que todos os homens podem vir a ser salvos desde que o queiram ser;
e por último, que apenas havia essa esperança para que as pessoas algum dia viessem a ser
salvas, já que nunca queriam. Concluí depois com alguns apontamentos como de costume.

O Senhor havia tornado todo aquele assunto perfeitamente claro à minha mente durante aquele
tempo ali e tão claro para quem me ouvia, que até os Metodistas cederam perante aquela
argumentação plausível. Nunca mais se ouviu palavra de dissensão sobre aquele assunto de ali
em diante. Enquanto pregava, reparei numa senhora Metodista que eu já tivera oportunidade de
vir a conhecer anteriormente e a quem eu tinha como um exemplo de crente. Ela estava
chorando intensamente. Dirigi-me à senhora e disse: "Querida irmã, espero não haver magoado
os seus sentimentos". Ela respondeu-me e disse-me: "Não, não me magoou, não, Sr. Finney.
Mas eu cometi um pecado. Ontem à noite eu e meu marido havíamos discutido esta doutrina,
sendo ele um homem impenitente ainda. Eu mantinha que a doutrina de eleição era falsa o
melhor que sabia, chegando mesmo a resistir-lhe afirmando que não existia. E agora o senhor
convenceu-me que ela é verdadeira. Mas em vez de culpabilizar o meu marido ou alguém mais,
reconheço que essa será a única maneira de tornar possível a sua salvação". Não houve mais
objecções sobre toda aquela questão de doutrinas.

Havia muitas conversões peculiares e interessantes neste local. Houve mesmo relatos de
recuperação de insanidade mental instantânea neste avivamento. Quando fui para o local de
culto num Domingo, vi várias senhoras em amotinação à volta duma senhora vestida de negro
que me parecia estar em grande agonia interior. Em parte, estariam a segurá-la, para que não
saísse. Entrei e uma daquelas senhoras logo tratou de me dizer que ela era louca e que antes
havia sido Metodista, mas supunha que havia decaído e saído da graça. Isso a levara ao
desespero e por fim à insanidade mental. O marido era um homem temperamental e vivia a uma
certa distância da vila. Fora ele que a trouxera e deixara ali e depois encaminhou-se para uma
taberna ali próximo. Falei-lhe, mas ela apenas respondia que tinha de se ir embora dali. Dizia

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que não suportava ouvir uma oração, nem pregação sobre a palavra, cânticos ou algo do
género; que havia desperdiçado a sua porção, que o inferno seria a sua herança predilecta e
que não suportava ouvir mencionar o céu. Pedi às senhoras que continuassem a segurá-la, que
não a deixassem sair e que a levassem para se sentar numa cadeira sem perturbar a reunião
caso lhes fosse possível. Subi para o púlpito e li um hino. Logo se começou a cantar e a
senhora de negro começou a estrebuchar para sair dali. Mas as outras senhoras obstruíram-lhe
a passagem e com persistência preveniram que saísse. Uns momentos depois ela acabou por se
acalmar, mas parecia estar a evitar ouvir ou a cantar o hino. Logo orei. Durante algum tempo
mais, ouvia como ela lutava para sair dali; mas antes de terminar aquela oração, já ela se havia
acalmado e a congregação sossegou. O Senhor havia-me concedido um profundo espírito de
oração e um certo texto de onde pregar, pois não havia ainda decidido sobre o que pregar.
Peguei no texto em Hebreus: "Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que
recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno",
Heb 4:16.

Todo o meu objectivo seria provocar alguma fé na senhora em questão e também em nós por
ela. Quando comecei a orar, ela esforçou-se muito para sair dali logo. Mas como aquelas
senhoras lhe barraram todas as saídas, ela encontrava-se calma e sossegada a partir dali, mas
com a sua cabeça baixa como que recusando-se a ouvir qualquer palavra mais. Mas prossegui
e ela começou gradualmente a levantar a sua cabeça, olhando para mim e fitando-me
intensamente por baixo do seu chapéu, muito séria. Impulsionei e exortei a quem me ouvia para
que fossem audazes na sua fé e que se lançassem para os braços do Senhor e se entregassem a
Ele com o maior dos à-vontades e confiança, devido ao sacrifício do nosso Sumo-Sacerdote
Eleito. Logo ali ela deu um grito estridente e toda a congregação se pasmou. Ela quase se atirou
do seu assento, mantinha sua cabeça baixa e tremia efusivamente. As outras senhoras
continuavam de volta dela, parcialmente segurando-a, parcialmente olhando com compaixão
intercessora para com ela. Persisti e passado um pouco mais já ela me escutava de novo e de
repente sentou-se erecta na cadeira com todo o seu semblante maravilhosamente transformado,
indicando um claro triunfo pela paz de espírito lúcido que reflectia, o qual fazia brilhar seu rosto.
Poucas vezes mais vi um tal brilho santo num rosto, como ali vi naquele dia. A alegria da
senhora era tanta que dificilmente se conteve até que houvesse terminado aquela reunião. Logo
se levantou e disse a todos que havia sido liberta do seu cativeiro pelo Senhor. Ela começou a
magnificar Deus com um admirável triunfo estampado no seu rosto, pulando de alegria. Dois
anos depois encontrei-a de novo e expressava a mesma alegria e paz de espírito contínuo e
eterno.

Um outro caso de recuperação de insanidade mental foi um outro duma certa senhora que
também estava em total desespero e que entrara num estado de insanidade mental estranho. Eu
não estava presente quando a sua saúde foi restaurada. Mas relataram-me que foi quase
instantânea também através dum poderoso baptismo do Espírito Santo. Por norma, os
facciosos acusam os avivamentos de tornarem as pessoas tresloucadas. Mas os factos são que,
os homens é que são naturalmente e particularmente loucos no que toca o assunto da religião.
Os avivamentos restauram-nos.

Durante este avivamento, ouviu-se falar duma grande oposição a ele a partir de Gouverneur,
uma cidadela doze milhas a norte dali. Ouvimos dizer que os ímpios ameaçavam descerem a
Antwerp para nos espancarem e desancarem, com a finalidade de interromper todas as nossas
reuniões. É óbvio que não prestamos qualquer atenção àquelas ameaças e estou aqui a
mencionar isto apenas porque pretendo mais adiante, descrever um poderoso avivamento por

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ali também. Havendo recebido todos os recém convertidos na comunhão da igreja e havendo
laborado tanto em Antwerp como em Evans'Mills até ao Outono do ano seguinte, mandei que
se buscasse um jovem Pastor de nome Denning, a quem entreguei a guarita daquelas almas. Foi
assim que parei o meu labor ali em Antwerp.

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