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Vocabulário:
5 Aqui:
“Ambiente” é algo estimado por limites arbitrariamente definidos e
percebidos dentro de alguma rede de influências, à exceção daquele que
engloba tudo: o Universo.
“Influir” é provocar ou induzir mudança.
10 Ocorre uma “mudança” quando algo ganha ou perde propriedades.
É “coisa”, “objeto”, tudo aquilo que pode ser percebido ou referido
individualmente.
É “ente” não só qualquer instância reconhecida de qualquer
propriedade, mas também aquilo que ainda não está reconhecido. Pois se:
15 nos processos macroscópicos as mudanças ocorrem progressivamente;
mudanças, movimentos são interessantes para nós;
o ente natural, para o começo do processo de percepção ( previamente
conhecido ou não) é “influído por algo” que motiva para “enfoque de atenção”,
ou para “novo enfoque de atenção”;
20 no momento em que o ente foi motivado a sair de algum estado, e/ou
provocado a conduzir a sua atenção até “algo”, e/ou impelido a deslocar a
atenção de “algo anterior” a “algo posterior”, e/ou instigado a transferir a
atenção de “algo em processo” para “algo novo” (“algo” que recém começa a
ser percebido), nesse momento o estado anterior já vai deixando de ser, mas
25 o posterior ainda não prepondera;
quando um estado anterior ainda não deixou de ser, o posterior ainda não
prepondera e não há estado intermediário relevante, aquilo que leva para o
estado posterior já é uma presença: é “algo”;
há vezes em que as coisas parecem mudar de forma contínua ( em
30 gradiente), mas, em outras, em forma discreta (de 'A' para 'B', sem
intermediários);
há uma noção que informa que se de algo é dito “anterior”, então
necessariamente ele deve poder ser sem a coisa posterior, ao menos por um
instante, ao menos até que alguma consequência sua seja percebida ou
35 imaginada.
Então:
“O anterior” deve poder ser pensado como causa do posterior, mas sem o
posterior, com autonomia e independência dele.
“Uma presença” cuja “coisa que introduz” ainda não foi identificada, da qual
40 sequer é sabido se é ou não é ilusória, já “é algo”.
1
“Esse algo ainda não reconhecido” é já um ente, ainda que indeterminado,
pois nele está instanciada a propriedade “interessante”.
É “estável” o que não varia em ausência de perturbações, bem como o
que regressa a certa condição após um distúrbio.
5 “Existe” o que tem atualizada(s) a(s) sua(s) potência(s).
“Controlar” é determinar as consequências de uma ação, de uma
influência.
É “eficiente” a ação, o autor da ação ou o que transforma algo no menor
tempo e usando o mínimo de ingredientes e/ou de energia.
10 É “sensível” um sistema que pode perceber que é excitado por alguma
influência e, de outra forma; é “sensível” um estímulo que pode ser percebido
por um sistema perceptor.
Quando é dito “algo foi percebido” se informa que algum ente teve
influído um aparelho sensor seu e apropriado para ser excitado por certo
15 estímulo, que chegou ali com intensidade suficiente para provocar alguma
reação padronizada e de intensidade suficiente. Reação que poderia ser
transmitida até uma estrutura de resposta (neste ente ou em outro). Se esta
estrutura fosse de centralização de controle, como um cérebro, esta
transmissão se daria com o fim de comunicar que tal aparelho foi excitado
20 para que, ao fazer participar “este algo” da atenção deste ente, se fizesse
possível que “este algo” fosse ou não, concomitantemente ou não, usado,
evitado, consumido, neutralizado ou investigado por este ente.
“Conceito” é uma abstração de um conjunto de objetos, propriedades ou
eventos, com que se procura capturar e registrar “algo percebido” (uma
25 experiência, um pensamento, uma imaginação), nomeável ou não, de modo
a tornar possível ou a facilitar a descrição, a classificação e a previsão de
relações no contexto do ambiente em que ele é referido.
“Atenção” é o que condiciona a observação para a detecção de
parâmetros considerados típicos do que se quer do ambiente.
30 “Expectativa” pode ser:
Expectativa1) a confiada espera de que um evento decorra
conforme certa previsão; a inconformidade provocará estranheza, ou;
Expectativa2) a angustiada atenção conferida ao que é imprevisível
(não existe expectativa de passado, mas só de futuro).
35 “Sensibilidade” é a capacidade de perceber influências; pode ser
medida.
“Medir” é quantificar qualidades.
“Observar” é tomar alguma das excitações percebidas pelo sistema
nervoso central em submissão a um simultâneo processamento
40 discriminatório (atento) daquilo que ali influi.
2
“Cotejar” é confrontar algo com outra ou outras coisas, tendo ambas à
vista, ou tendo de uma ou de ambas os registros que o possibilitem,
normalmente tendo em conta alguma diretriz.
“Força” é entendida como “vigor”, “potência” empregada (ou disponível)
5 para empreender alguma ação; os juízos sobre uma força refletem a
percepção do esforço e/ou da quantidade de energia que se observa sendo
aplicada, ou que se supõe que será investida para empreender essa ação.
“Habilidade” é entendida como “aptidão”, “qualificação”, “eficiência” em
atuar; os juízos sobre uma habilidade correspondem à percepção da
10 eficiência ou a presunção de eficiência de um agente, ou de alguma sua
extensão pertinente (como um robô). Um agente pode ser reconhecido como
mais ou menos “habilidoso”, para uma ou muitas tarefas, simultâneas ou
não.
“Curiosidade” é a busca de um ente racional, dirigida ou não, por
15 relações significativas e compreensíveis entre manifestações, entre coisas
e/ou entre ambas.
Num sistema, é “propriedade emergente” a consequência que não pode
ser antecipada (induzida) do conhecimento das propriedades dos
componentes desse sistema.
20 É “tolerante” quem admite que é normal ser influído pelo alheio.
Consequentemente, “tolerância” é a habilidade de atuar de forma
independente e condescendente frente ao(s) desconforto(s) sugerido(s) por
alguma(s) previsão(ões) que não se atualiza(m), ou que não pode(m) ser
verificadas.
25
-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-
Existem coisas.
Estas coisas existem agora.
30 A existência de coisas concretas independe de observação: os estados
físicos já existiam antes de serem constatados.
Existentes concretos estão necessariamente sujeitos às mudanças.
Diz-se, ou, se pode dizer “tem existência” (sem mais) daquilo que existe
sem ter a sua existência determinada por observação.
35 Diz-se, ou, se pode dizer “tem existência abstrata” daquilo que não é
concreto e tem a sua existência determinada por algum observador.
Algo que tem “existência exterior” a um observador pode ser de
“existência interior” (mental, como informação) a outro.
3
Algo que tem “existência exterior a X” e “existência interior a Y”
pode ser interiorizado por “X”.
Diz-se, ou, se pode dizer “tem existência natural” daquilo que não tem
existência determinada pelos entes racionais.
5 Diz-se, ou, se pode dizer “tem existência artificial” daquilo que vêm a
existência por arte e/ou indústria de ente racional.
Entender que da existência de objeto de indústria e/ou arte
animal se pode deduzir que tal animal raciocina é coerente.
Há existentes artificiais imateriais: os que são objetos mentais.
10
A influência de umas coisas sobre outras é necessária.
Ao existir se influi sobre algo, necessariamente.
Ambientes interagem em eventos que lhes são próprios,
estando insensíveis aos que lhes são impróprios.
15 Os entes racionais catalogam os ambientes em
conformidade com as interações observadas.
Influências podem ser imperceptíveis aos sentidos,
imensuráveis ou difíceis de medir.
4
Um ambiente compõe em outros ambientes, exceto o Universo.
Conforme se considere, é ambiente: nada (como tema), tudo, certa
porção do todo, cada coisa dentre o que existe.
Qualquer conjunto, limitado por qualquer regra, é um ambiente.
5 Um observador é um ambiente.
6
Os entes vivos podem se atuar de diversas formas para melhor competir
e obter os insumos que lhes são vitais.
Para competir no ambiente há estratégias de ação em coletivos, bem
como de atuação individual.
5 Coletivos e/ou indivíduos disputam comparando força e/ou habilidade.
Coletivos podem agir ou passar a agir como indivíduos.
A condição de viver sob competição natural pode compatibilizar
entes vivos para a formação de coletivos em diferentes
complexidades.
10 A condição para a vida coletiva pode ser determinada por
informação genética ou não.
Ao conformar coletivos os entes vivos podem passar a
viver em contato físico ou não.
A condição para a vida coletiva pode gerar interdependência
15 entre os indivíduos que nele participam.
Os coletivos podem ser organizados em estratos de
características homogêneas.
Alguns coletivos podem evoluir de forma a constituir o
que denominamos, usualmente, como “tecidos”.
20
Há entes vivos que não constituem tecidos diferenciados, aos que não
convém estruturas de centralização de controle.
Há entes vivos com vários tecidos diferentes em associação funcional,
sem necessidade de determinação unificada e sem estruturas de
25 centralização de controle.
Há entes vivos com diferentes tecidos em associação funcional, com
capacidade de determinar alguns de seus movimentos mediante estruturas
de centralização de controle corporal.
A função das estruturas de centralização de controle é administrar a
30 complexidade do organismo em que elas são constituintes.
A principal função das estruturas de centralização de controle
de um organismo é a administração de seu movimento.
Através do movimento o organismo busca se afastar de
adversários, da carência de recursos, de ambientes
35 nocivos, e/ou se aproximar de recursos, de ambientes
propícios e/ou de companhia sexual.
Nos sistemas de centralização de controle é consumida,
proporcionalmente, mais energia que a da média dos corpos que
eles controlam.
7
Nos animais ditos “superiores”, a estrutura de centralização de controle
do corpo é chamada de cérebro.
8
Ser capaz de metáforas pressupõe ser capaz de identificar
algum padrão em memórias distintas.
É racional o ente que é capaz de se observar comparando memórias,
bem como de solucionar problemas imediatos e imaginar problemas novos
5 ou futuros, e as suas soluções.
Os entes racionais usam de seu cérebro biológico para a
racionalidade.
Entes racionais biológicos se tornam racionais ao viver: não nascem
racionais.
10 Os entes vivos e racionais têm a possibilidade de se relacionar com o
mundo de forma ativa e intencionada.
9
Cada sistema de crenças é, também, um conjunto composto de
memórias, que tampouco pode ter movimento.
10
É a percepção da mudança da relação do observador com as
coisas e das relações entre elas o que permite individualizar cada uma delas.
Cada coisa se relaciona com outra de alguma forma.
11
A capacidade de focar a atenção é o necessário para que haja “um ser”,
que é algo que surge da relação entre algo e aquilo que tem a sua atenção.
Ao dizer de algo “ser”, ou que “tem ser”, se reconhece que aquilo de
que se fala tem (ou tem e teve) a atenção, que aquilo significa algo
5 para si, que influi sobre si.
Ao dizer de algo “ser” ou “tem ser” se lhe reconhece individualmente
a capacidade de influir.
Para dizer “ser” não é determinante que o reconhecimento da
influência seja voluntário ou involuntário.
10 Dito de outra forma: quem predica algo de algo, identifica algo ou
anuncia a existência de algo, reporta que percebeu haver
conformado um ambiente com esse algo, também catalogado como
“ambiente".
Só pela atenção do ente racional (individual ou social) se pode retirar a
15 coisa do anonimato, do caos, do todo, da dúvida, do mistério, reconhecer-lhe
a existência, a continuidade, a consistência.
12
Cada padrão, normalidade, universal... é um parâmetro a ser
memorizado.
Como qualquer memória, eles são também tratados como
ambientes.
5 Compreender que há parâmetros motiva a buscar
regularidades na memória por via da abstração.
Após a verificação de que há parâmetros, estes são catalogados e
agrupados conforme modelos gerais sugeridos pela conveniência e pela
cultura em que o observador participa.
10 Por exemplo, a observação de “recorrências” na
contabilidade deu o tema identificado e tratado na aritmética.
13
conveniente e que queira me afastar do que vejo como inconveniente,
associando isso com sensações primitivas “até sem querer”.
Testemunha de quanto o estimule, destino de suas memórias,
processador de suas informações, presença esperada para a
5 próxima coleta de informações, para a próxima coleta de
sensações, o “eu” é a coisa mais importante para quem o pensa, a
de maior status.
Para bem estudar “o tema eu” (que interessa aqui) há que notar os
seguintes distintivos (opções não excludentes):
10 a) o “eu” é estabelecido num organismo com suficiente
capacidade cerebral;
b) o “eu” tem fundamento no instinto memorizado em empiria;
c) o “eu” surge em animais sociais (haveria que analisar
quantas “propostas de 'eu'” surgissem, retendo de cada uma o
15 que fosse conveniente, para evoluir na conceituação).
14
Ou seja: o que antes foi “isto – significa para – mim”, pode
passar a “’eu, ou isso/isto, ou esse(a)/este(a), ou
aquilo/aquele(a)’ – significa para – ‘eu, ou isso/isto, ou
esse(a)/este(a), ou aquilo/aquele(a)’” (“significa para” é uma
5 variação de “influi sobre”).
16
Quem modifica é agente.
Uma modificação pode ser sobre o ambiente interno ou externo ao
agente.
É da decisão exclusiva do agente a modificação interna a ele.
5 Toda modificação sobre o ambiente externo ao agente é social.
Toda modificação social é regrada pelo corpo social sobre o
qual ela influi.
O corpo social pode determinar a retroação na iniciativa
não permitida a alguma de suas partes.
10 É a conveniência do ambiente mais geral que determina o
cabimento último das ações: todos os subambientes devem estar
adequados a ele.
Atualmente, esse ambiente é o planeta Terra.
Cada ação acarreta alguma consequência que lhe seja própria.
15 Ao admitir que ações geram consequências, se aceita que
estas são pretendidas por quem atua.
A consequência de uma ação pode ser a prevista ou outra.
Um agente é causa do imponderável a partir de seu
ato.
20 Buscam-se opções para modificar algo após reconhecer que isso está
desconforme com as previsões para o ambiente sob consideração.
Tais opções podem ser para a mudança no observador, no
observado, na relação do observador com o ambiente, na relação
do observado com o ambiente, ou na relação do observador com o
25 observado.
Decide-se mudar algo quando se supõe que é viável a mudança
intencionada.
É viável a mudança intencionada quando, ao tomar como referência
as memórias pertinentes, se delibera que transformar o que há no
30 que se quer justifica o esforço.
Um agente considera justificado empreender um esforço se ele
considera que a opção:
- aparenta ter uma boa relação custo/benefício;
- não contraria as suas experiências anteriores;
35 - não contradiz as suas preferências (subjetivas);
- etc.
17
Toda observação pode gerar memórias.
Toda atividade mental pode gerar memórias.
De “recordar ambientes” e de “pensar que se pensa” é dito
“consciência”.
5 Outra vez: a capacidade de recordar ambientes memorizados
e, no ambiente de um sistema de crenças, cotejar, e/ou
investigar, e/ou experimentar e/ou combinar uns ambientes
memorizados com outros é pensar.
Outra vez: ao recordar um ambiente não há como não perceber
10 outro ambiente – esse que recorda – observando: o “eu”.
“Significar” é atribuir ou reconhecer o(os) “pedaço(s) do sistema de
crenças” em conformidade com o objeto ou pelo objeto, mas que não é(são)
o(s) objeto(s): cada memoria está 'por algo' ('em lugar de algo') num sistema
de crenças.
15
Recordando: o sistema de crenças começa por e para os
instintos.
Aos objetos (ambientes) e suas representações (ambientes)
também é atribuído o que se acredita haver na relação ‘sistema de
20 crenças’ ↔ ‘objeto material’, ou ‘sistema de crenças’ ↔ ‘objeto
mental’, conforme o caso.
Para que isso se dê proveitosa e eficientemente, é necessário
que as relações entre as representações no sistema de
crenças sejam, ao máximo, equiparáveis com as relações
25 correspondentes observadas nele mesmo e no mundo.
Pode-se atribuir algo abstrato a algo que representa algo abstrato
ou material porque cada elemento considerado é tratado como um
ambiente: semelhantes a semelhantes.
Pois toda coisa ou construto pensado o é com status de
30 ambiente.
Pois toda coisa ou construto referido no discurso o é com
status de ambiente.
18
Algo que foi conceituado teve consideradas e/ou aceitas as
“relações internas” nesse conceito/ambiente/crença, bem como as
dele com o corpo do sistema de crenças todo, como assunções
válidas das relações testemunhadas no ambiente em que ele foi
5 obtido, de que ele significa ou representa.
As incompatibilidades internas dos conceitos, bem como as
incompatibilidades entre eles e o sistema de crenças, podem
estar ocultas, ser negadas ou ser incompreensíveis para um
ente racional.
10
A sensação de contradição é uma das que podem ocorrer em entes
racionais que, ao investigar suas crenças ou propostas, verificam haver tido
suas previsões frustradas.
A sensação de contradição é capturada da memória de
15 experiências de verificações de crenças e proposições.
A sensação de contradição é um desconforto.
A sensação de contradição é avaliada qualitativa e
quantitativamente.
Os relacionamentos com contradições suscitam recordar o que é
20 reiterado em memórias obtidas de enfrentamentos com previsões
desatendidas anteriores, permitindo reconhecer padrões típicos desses
relacionamentos.
A sensação de contradição é depurada de uma sensação maior,
com frustração, com surpresa, com repulsa, heterogênea de
25 significados e em diversas possibilidades de intensidade.
Os variados matizes para a consideração de diferentes relações
com contradições são significativos e apropriados a cada situação
contraditória.
Isso permite supor várias lógicas.
30 O trato de um ente racional com a contradição é fortemente
determinado pelo seu sistema de crenças.
A aplicação de diferentes valorizações para diferentes relações com
contradições pode se dar por diluição, por constrangimento, por
tolerância, por esquecimento, por apego a uma opinião, et cetera.
35 Aqui:
- ‘Diluição’ é não conferir valor absoluto ou determinante à
contradição, por considerar que ela significa pouco num
contexto maior.
- ‘Constrangimento’ é admitir a pressão por desconsiderar o
40 valor absoluto ou determinante de uma contradição.
19
- ‘Tolerância’ é desdenhar o valor de alguma contradição.
- ‘Esquecimento’ é perder da memória haver testemunhado
alguma contradição o de algo que a revelasse.
- ‘Opinião’, por relativizar uma contradição observada.
5
Dizer “isso (essa relação) é contraditório(a)” é manifestar que a
intensidade de uma sensação de contrariedade provocou um tal desconforto
que fez crer oportuna a denúncia da situação como uma anormalidade.
“Contradição” começa como “um ambiente dentro de um sistema de
10 crenças” – uma sensação – que é também a referente última para
as avaliações de contradições.
A definição de “contradição” é necessariamente circular.
35 -x0x-x0x-x0x-x0x-
21
Os organismos vivos solucionam problemas.
Os organismos vivos com memória tendem a registrar as soluções de
problemas que vivenciaram.
Não somos os primeiros organismos que surgiram.
5 Absorvemos do mundo o que os nossos sentidos possibilitam.
Podemos absorver do mundo métodos (scripts) para a obtenção de
agrados e/ou para evitar eventos desagradáveis.
Esses métodos podem ser obtidos de si mesmos (adaptações
comportamentais e metáforas), de outros elementos da mesma
10 espécie e/ou de elementos de outras espécies.
Tão importante como saber de qual método se deve lançar
mão é saber de qual método não se deve lançar mão, de como
e quando abandonar um método e passar a usar outro
(constatação ou intuição de que um método usado é pouco
15 conveniente) ou nenhum (tarefa finda, ou que se tornou
inoportuna, etc).
22
Quando não pode ser presenciar o que se há de informar, quando não
se pode apontar, se disserta.
23
Desde que sejam dadas as circunstâncias, isso permite aos homens
agregar ao seu ponto de vista infinidades de pontos de vista mais, tanto
ingênuos como treinados, os convencionados como particulares, de seu
lugar ou de outro, de seu tempo ou do passado.
5 É assim que, quanto mais o homem vive (como indivíduo e como
espécie), mais ele sabe do mundo e mais e melhores maneiras encontra de
entender ao que observa e a prever.
É assim que, “um homem” nunca é um self-made man, pois ele nunca é
“só ele”, mas muitos.
10
24
Mas “o mundo” não é apenas uma sugestão da comunicação linguística,
senão que um contínuo, um Universo.
-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-x0x-
25
incluir su degradación para obtener energía metabólica (en forma de ATP,
principalmente), o su participación en vías de síntesis de otras sustancias.
En términos de balance energético se suele diferenciar entre los
términos “absorción” (tal y como se ha presentado en el párrafo anterior) y
5 “asimilación”. La distinción se basa en la existencia de procesos de
desaminación de moléculas que dan lugar a la aparición de restos
nitrogenados (NH4+ en primera instancia) que, debido a su toxicidad, han de
ser eliminados directamente o tras su conversión en otras sustancias (urea y
ácido úrico, principalmente). A efectos de balance energético no se establece
10 distinción entre los restos nitrogenados que resultan de la desaminación de
sustancias recién absorbidas y los que proceden del permanente recambio
(procesos de síntesis y degradación) de macromoléculas nitrogenadas. La
energía asimilada tiene, por último, dos posibles destinos:
1) una parte se disipa en forma de calor: el gasto metabólico o, de forma
15 más simple, metabolismo;
2) la otra parte es la que se deposita en forma de biomasa propia: la
producción.
Y, vistas de formas diferentes, la energía que se pierde por el simple
hecho de que en todos los procesos que ocurren en las células animales una
20 parte de la energía química se transforma en calor y se pierde de esa forma,
y, al ser esa disipación de calor consecuencia de las actividades biológicas,
constituye un indicador del nivel de actividad del organismo.
Así pues, la energía asimilada puede entrar en las vías catabólicas que
conducen a la producción de ATP (Trifosfato de Adenosina) o,
25 alternativamente, dirigirse a:
1) la síntesis de nuevas estructuras (somáticas y reproductivas);
2) la reparación y renovación de las ya existentes;
3) el almacenamiento de sustancias de reserva.
Por su parte, el ATP producido en las vías metabólicas correspondientes
30 es utilizado para proporcionar la energía que necesitan las actividades
biológicas, como son:
1) los procesos de biosíntesis para la producción de nuevas estructuras
(nuevos tejidos somáticos y gametos) y la reparación o renovación de las
existentes (enzimas, estructuras, neurotransmisores, hormonas, etc. );
35 2) las actividades de regulación (transporte de iones, secreción
activa…);
3) otras actividades internas, (contracciones musculares, movimientos
ciliares, etc);
4) las actividades hacia el exterior (contracciones musculares,
40 movimientos ciliares, etc).
Todas las actividades anteriores conllevan un cierto gasto metabólico
pues, como se ha visto, es a su desarrollo a lo que se destina el ATP que se
26
obtiene de las vías catabólicas. Por ello, también podemos categorizar el
gasto metabólico de la forma siguiente:
1) costes de mantenimiento del organismo, que son los derivados de las
actividades de renovación y reparación de estructuras, las de regulación, y
5 los movimientos internos;
2) costes del crecimiento y de la reproducción, que son los asociados a
los procesos biosintéticos de producción de biomasa; y
3) costes de la actividad, que son los ligados al desarrollo de actividades
hacia el exterior.
10 En teoría, y suponiendo que la energía es la unidad relevante a efectos
de producción animal, mediante la determinación experimental de los
términos se puede calcular la producción de un individuo bajo las
condiciones experimentales establecidas, y analizar la forma en que
diferentes factores ambientales (cantidad de alimento disponible,
15 temperatura, etc. ) afectan al balance y, por lo tanto, a la aptitud biológica del
individuo. Pero la medida de la producción real en condiciones naturales, y la
proporción que cada individuo o grupo de individuos destina al crecimiento
somático o a la reproducción, están también sometidas a control fisiológico
(endocrino). Además, esas magnitudes son, en parte, el resultado de la
20 historia evolutiva de cada linaje, pues son variables características del ciclo
de vida, y en su definición intervienen elementos ambientales y
demográficos.
27
A “atividade comunicacional linguística” é expressão do exercício de
uma tecnologia e é uma tecnologia ela mesma.
28
Em períodos de estabilidade demorados, as sociedades de tradição
oral que, simultaneamente, ainda não sistematizaram a manutenção
do seu conhecimento, tendem a perder vocabulário.
29
É fácil perceber que, se for encontrado um ambiente com uma
concentração maior de “elementos X”, mais fácil será suprir a carência de
“elementos X” (ou evitar “X”, se “X” for nocivo).
Também é fácil perceber que, se puder ser induzida uma concentração
5 de “elementos X” nalgum ambiente, mais fácil será suprir a carência de
“elementos X” (ou eliminar “X”, se “X” for nefasto).
Começa-se a buscar padrões no mundo respondendo a
condicionamentos naturais.
A percepção inata de padrões não existe para a busca de certezas ou
10 definições, mas para a busca de melhores estratégias de sobrevivência.
O que fazemos ao buscar padrões é aumentar nossas chances de êxito.
Encontrar padrões no mundo facilita para a busca da satisfação onde
ela seja mais provável, mais segura, mais econômica.
15
Cada coisa está em alguma rede de influências.
Denomina-se como 'Universo' ao coletivo de todas as redes de
influências.
'Ambientes' são abstraídos de redes de influências, mediante limites
20 definidos arbitrariamente.
Ambientes se relacionam com ambientes, interinfluenciando-se todos
necessariamente.
Palavras e gestos remetem a ambientes.
30
'O ambiente com algo' está influído por outros ambientes.
É sabido, simultaneamente, que se percebe 'algo', que se percebe 'o
ambiente com algo' e que 'algo' que se percebe é constituinte no 'ambiente
com algo'.
5 É natural pensar assim, mas se esquece que 'pensamentos' são
'algo': são ambientes.
Os pensamentos influenciam sobre a percepção do 'ambiente com algo'.
Então, se o dito anteriormente vale, a percepção de 'algo' está
contextualizada pelo ambiente em que ele compõe.
10 E é impossível aceder ao ponto de vista 'existir como algo'.
E é impossível aceder a totalidade do que seja 'existir como algo'.
31
Retrodição é o antônimo de predição, sendo ambas equivalentes na
não-atualidade, o que estimula a suspeitar se, para a razão, o resumo da
especulação se pareceria com o resumo da memória.
5 -x0x-x0x-x0x-x0x-
Bônus
32
33
O QUE É A CONSCIÊNCIA?
34
si mesmo. Se é consciente disso quando é disso que se ocupa o sistema
límbico. Apenas isso.
“Consciência”, então, no sentido filosófico, seria, no sentido
neurofisiológico, fazer o sistema límbico participar da percepção de si, da
5 investigação mental, da investigação sobre o passado e sobre as
expectativas.
Japiassu → CONSCIÊNCIA:
1. A percepção imediata mais ou menos clara, pelo sujeito, daquilo que
se passa nele mesmo ou fora dele (sinônimo de consciência psicológica). A
30 consciência espontânea é a impressão primeira que o sujeito tem de seus
estados psíquicos. Difere da consciência reflexiva, ou seja, do retorno do
sujeito a sua impressão primeira, permitindo-lhe distinguir o seu Eu de seus
estados psíquicos. Campo de consciência é o conjunto dos fatos psíquicos
presentes na consciência do individuo.
35 6. A tomada de consciência é o ato pelo qual a consciência intelectual do
sujeito se apodera de um dado da experiência ou de seu próprio conteúdo.
CONSCIENTE:
1. Em seu sentido objetivo, o termo "consciente" se aplica aos atos ou
estados pessoais percebidos pelo sujeito, quer de modo espontâneo, quer de
40 modo reflexivo (ex. : estar consciente de um erro); em seu sentido subjetivo,
35
aplica-se ao próprio sujeito que percebe (ex. : estou consciente do
movimento de meu braço).
2. Em seu sentido moral, designa a qualidade de alguém que assume,
com conhecimento de causa, a responsabilidade por seus atos, avaliando-os
5 relativamente aos atos dos outros.
36
culturas iletradas, para serem transmitidos de uma geração para a próxima
devem ser evocados pelos mais velhos diante dos mais novos. De forma
similar ao que acontece para dar a conhecer da coisa o seu nome, a norma e
a sua conceitualização devem ser evocadas simultaneamente para a
5 observação daquele que poderia vir a transmitir, anos depois, essa norma
conceitualizada. Nas culturas iletradas, a teoria e o seu pertinente
vocabulário técnico são transmitidos quando os que conhecem os conceitos
percebem inconveniências nos procedimentos – quando 'quem sabe' é
testemunhado detectando, corrigindo algum equívoco –, sendo que a sua
10 aquisição se faz mediante um procedimento dedutivo. O que é implícito
permanece latente enquanto falhas e equívocos não ocorrem e essa é a
principal razão das culturas orais terem escasso vocabulário técnico.
Entretanto, uma boa mitologia pode amenizar esta carência.
38
- Não sempre se reconhece ao que se vê, mas na maior parte das
vezes se reconhece “algo nele” que fornece indicativos da
necessidade de se resguardar, ou não.
Afirmo que a prioridade para a razão não é a de conhecer ao mundo,
5 mas a de resguardar o ente racional.
A filosofia só pode surgir em liberdade das tarefas de sobrevivência: só
uma razão liberta da necessidade pode abstrair.
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É estável o que não varia na ausência de perturbações, bem como o
que regressa a certa condição após um distúrbio.
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