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MONTAGEM E MANUTENÇÃO
DE COMPUTADORES
AUTORES
Ricardo Tombesi Macedo
Mateus Pelloso
Evandro Preuss
Fábio Parreira
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO
LABORATÓRIO DE MONTAGEM E
MANUTENÇÃO DE COMPUTADORES
AUTORES
Ricardo Tombesi Macedo
Mateus Pelloso
Evandro Preuss
Fábio Parreira
1ª Edição
UAB/NTE/UFSM
Santa Maria | RS
2017
©Núcleo de Tecnologia Educacional – NTE.
Este caderno foi elaborado pelo Núcleo de Tecnologia Educacional da
Universidade Federal de Santa Maria para os cursos da UAB.
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Mendonça Filho
PRESIDENTE DA CAPES
Abilio A. Baeta Neves
VICE-REITOR
Paulo Bayard Dias Gonçalves
PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO
Frank Leonardo Casado
PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO
Martha Bohrer Adaime
COORDENADOR UAB
Reisoli Bender Filho
ELABORAÇÃO DO CONTEÚDO
Ricardo Tombesi Macedo, Mateus Pelloso,
Evandro Preuss, Fábio Parreira
REVISÃO LINGUÍSTICA
Camila Marchesan Cargnelutti
Maurício Sena
APOIO PEDAGÓGICO
Magda Schmidt
Siméia Tussi Jacques
EQUIPE DE DESIGN
Carlo Pozzobon de Moraes – Ilustração
Juliana Facco Segalla – Diagramação
Mariana Panta Millani – Diagramação
Matheus Tanuri Pascotini – Capa/Ilustração
PROJETO GRÁFICO
Ana Letícia Oliveira do Amaral
CDU 004.3’14
004.382.7’14
Ministério da
Educação
APRESENTAÇÃO
A
disciplina de Laboratório de Montagem e Manutenção de Computadores
objetiva capacitar os alunos quanto aos conhecimentos e domínio das
técnicas e procedimentos relacionados com a montagem e manutenção de
computadores, compreendendo desde a identificação de sintomas até a execução
de procedimentos de reparação.
Para alcançar o objetivo proposto, esta disciplina foi organizada em um conjunto
de unidades, cada uma delas sendo cuidadosamente elaborada pelos autores para
proporcionar um aprendizado efetivo e agradável. A primeira unidade introduz a
disciplina. A segunda unidade apresenta uma visão geral sobre como o computador
funciona. A terceira unidade descreve uma breve história da evolução dos compu-
tadores. A unidade quatro detalha as características dos principais componentes
físicos de um computador. A quinta unidade aborda os simuladores para virtualizar
um laboratório de montagem e manutenção. A unidade seis compreende as técnicas
instalação, e desinstalação dos principais softwares do computador. A unidade sete
detalha as técnicas de montagem de computadores.
Este material foi elaborado por professores altamente qualificados na área da
computação. Ricardo Tombesi Macedo é professor adjunto da Universidade Fede-
ral de Santa Maria (ufsm), obteve o título de Doutor em Ciência da Computação
pela Universidade Federal do Paraná com período sanduíche na Université de La
Rochelle na França, o título de Mestrado em Engenharia da Produção pela ufsm e
de Bacharel em Ciência da Computação pela Universidade de Cruz Alta (Unicruz).
Mateus Pelloso é Bacharel em Ciência da Computação, especialista em Geren-
ciamento de Projetos, ambos pela Universidade do Vale do Itajaí (univali) e mes-
trando em Informática pela Universidade Federal do Paraná. Professor do Instituto
Federal Catarinense Campus Concórdia na área de Computação. Foi processor do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (senai-sc) e atuou como gerente de
projetos, analista de sistemas e desenvolvedor.
Evandro Preuss possui graduação em Ciência da Computação e em Ciências
Contábeis pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (uri),
mestrado em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(puc-rs) e atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Santa Maria.
Fábio Parreira é professor associado da ufsm, possui graduação em Ciência
da Computação pela unitri, mestrado em Processamento Digital de Imagens
pela Universidade Federal de Uberlândia e doutorado em Inteligência Artificial e
Informática de Sinais Biomédico pela Universidade Federal de Uberlândia (ufu).
A equipe de professores-autores deste material acredita em você e deseja sucesso
na sua formação profissional!
ENTENDA OS ÍCONES
Introdução 11
1.1 Como funciona o computador ·13
Introdução ·20
2.1 A antiguidade e a necessidade inerente de calcular ·21
2.2 Os computadores mecânicos e as principais
contribuições de Babbage ·24
2.3 Computadores Digitais: Do relé aos circuitos integrados ·27
2.4 Principais tecnologias dos circuitos integrados ·32
2.4.1 Principais tecnologias dos processadores 4004 a Z80 ·32
2.4.2 Contribuições do 286 ao Motorola 68000 ·37
2.4.3 Surgimento do 486 ao Athlon ·41
Introdução ·54
3.1 Placa-mãe ·55
3.2 Processador ou CPU ·65
3.3 Memória RAM ·67
3.4 Memória ROM ·71
3.5 Disco rígido ·73
3.6 Drives de estado sólido - SSD ·75
3.7 Monitor de vídeo ·76
3.8 Teclado ·79
3.9 Mouse ·81
3.10 Gabinete ·85
Introdução ·89
4.1 Simulador de defeitos ·90
4.2 Simulador de montagem de desktops ·95
4.3 Simulador de montagem de notebooks ·101
▷ UNIDADE 5 – PRÁTICA DE SISTEMAS OPERACIONAIS ·105
Introdução ·107
5.1 Sistema operacional ·108
5.2 Diferença entre software livre e software proprietário
(ou comercial) ·112
5.3 Windows ·114
5.3.1 Instalação/desinstalação de programas ·122
5.4 Linux ·123
5.4.1 O que são distribuições? ·123
5.4.2 Onde encontrar o linux? ·124
5.4.3 Instalação do sistema operacional ·126
5.4.3 Instalação/desinstalação de programas ·130
▷ REFERÊNCIAS ·155
E
m tempos atuais, imaginarmos o mundo funcionando sem a presença dos
computadores é algo bastante difícil, pois as atividades de trabalho, comuni-
cação e lazer, estão cada vez mais dependentes destes equipamentos. Como
exemplo, dentre as atividades de trabalho podemos mencionar aquelas relacionadas
com a ciência, engenharia e finanças. Da mesma forma, a comunicação que utili-
zamos hoje em dia baseia-se fortemente no emprego das redes de computadores
e dos sistemas distribuídos, os quais dependem dos computadores para operar.
Até mesmo as atividades de lazer, tais como os jogos e aplicações multimídia, são
construídas para serem executadas nos computadores. Portanto, percebemos que
este instrumento potencializa diversas atividades cotidianas para os seres humanos,
e sem a presença deles, os avanços mais importantes das últimas décadas demo-
rariam muito para acontecer ou até mesmo não aconteceriam.
No entanto, computadores são propensos a problemas de hardware e software
capazes de resultar na inviabilidade parcial ou total de sua utilização. O termo
hardware serve para descrever todos os componentes físicos do computador, tais
como o teclado e o mouse, ou seja, o hardware consiste em tudo aquilo que você
pode tocar. Em contrapartida, o software consiste na parte lógica do computador,
não se apresentando de forma física, ou seja, não pode ser tocado. Assim, citamos
como exemplo os programas utilizados pelos usuários. Dentre os tipos de problemas
de software passíveis de acontecer, podemos citar quando determinado programa
começa a operar de maneira inesperada, para de funcionar ou simplesmente o
computador se torna infectado por vírus. Da mesma forma, os componentes de
hardware também podem parar de funcionar parcial ou totalmente. Também podem
existir situações em que o(s) usuário necessite(m) da instalação e configuração de
novos componentes de hardware ou software em seu computador.
Nos momentos em que existam sintomas de problemas de hardware e/ou
software em um computador, surgirá a necessidade de serem executados proce-
dimentos relacionados com a montagem e manutenção destes computadores. O
termo montagem e manutenção de computadores empregado neste livro se refere
ao conjunto de técnicas e procedimentos para identificar e reparar possíveis pro-
blemas em um computador. Estas técnicas podem ser divididas em dois grandes
grupos, sendo eles os procedimentos no hardware ou software. Os procedimentos
no hardware compreendem tarefas de testar, reparar ou substituir os componentes
físicos do computador, enquanto que os procedimentos de software dizem r espeito
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 11
à instalação, reinstalação e utilização de diversos tipos de software, como, por
exemplo, os softwares antivírus.
Além da necessidade iminente de dominar os procedimentos da montagem
e manutenção para uso pessoal, também se percebe que a prestação de serviços
deste tipo de procedimento tende a crescer. As instituições organizacionais dos
mais diversos nichos de negócio estão cada vez mais dependentes de compu-
tadores para realizar atividades cotidianas de baixa e alta complexidade. Outra
característica importante é que a maioria destas empresas ou pessoas consistem
em meros usuários de programas específicos do computador, não necessitando
possuir conhecimentos técnicos para reparar estas máquinas em caso de problemas.
Sendo assim, para contornar estas dificuldades supracitadas, a tendência de
mercado consiste em contratar profissionais especializados para identificar e reparar
os problemas encontrados em seus computadores particulares ou empresariais.
Para tanto, precisamos compreender que se especializar na área da montagem
e manutenção de computadores pode não ser uma tarefa fácil, mas este livro foi
elaborado para ajudá-lo nesta tarefa. Um dos principais complicadores consiste
no grande volume de informação existente, sendo muitos deles de baixa qualidade,
além da ausência de materiais confiáveis e atualizados sobre o assunto. Damos ên-
fase, então, no fato de que certos materiais existentes sobre o assunto demandam
como pré-requisito um alto nível de conhecimento, dificultando o aprendizado
para novos candidatos dispostos a aprender sobre o assunto. Este livro objetiva a
contornar estes problemas, apresentando os principais conceitos, terminologias
e procedimentos de forma didática, visando diminuir as barreiras para um apren-
dizado efetivo sobre a área da montagem e manutenção de computadores.
Este livro foi organizado em oito unidades, cada uma delas sendo responsável
por abordar um tema de fundamental importância para o aprendizado dos pro-
cedimentos de montagem e manutenção de computadores.
A Unidade 1 proporciona uma visão geral de como funciona um computador,
apresentando uma visão geral dos principais componentes de hardware e software
e como eles se relacionam para colocar um computador em operação.
A Unidade 2 descreve de forma breve a evolução dos computadores, iniciando
pelos primeiros dispositivos criados pela humanidade para executar operações
matemáticas, passando rapidamente pelos computadores mecânicos, destacan-
do o avanço tecnológico advindo com o surgimento dos computadores digitais e
pautando as principais contribuições tecnológicas dos circuitos integrados.
A Unidade 3 aborda os principais componentes de hardware do computador,
explicando o propósito de cada componente, fornecendo detalhes sobre seu modo
de operação e descrevendo a função de cada componente em relação aos demais.
A Unidade 4 ensina como usar simuladores, ou seja, softwares capazes de criar
um ambiente virtual para colocar em prática as técnicas de montagem e manuten-
ção de computadores, dispensando a necessidade da aquisição dos componentes
físicos reais do computador apenas para obter um contato inicial com estas técnicas.
A Unidade 5 compreende as técnicas de montagem e manutenção associadas
com o software, abrangendo desde a instalação de diferentes tipos de sistemas
operacionais até os programas aplicativos utilizados pelos usuários comuns.
A Unidade 6 detalha as técnicas de montagem de computadores.
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1.1
COMO FUNCIONA O COMPUTADOR
Para desempenhar atividades de laboratório relacionadas com a montagem e a
manutenção de computadores de maneira eficiente, torna-se extremamente neces-
sário conhecer quais são os componentes básicos que compõem um computador e
como eles se relacionam para produzir um funcionamento correto. Neste momento
você pode estar se perguntando: Quais são os componentes de um computador?
Para responder esta pergunta podemos dizer que eles estão organizados em dois
grandes grupos, os componentes de software e os componentes de hardware.
Quando usamos o termo hardware, estamos nos referindo aos componentes físi-
cos de um computador, ou seja, tudo aquilo que podemos tocar. Em contrapartida,
os componentes pertencentes ao grupo de software são componentes lógicos, não
físicos, mas sim virtuais, ou seja, não podem ser tocados, tal como os programas
instalados em um computador. Para funcionar de modo apropriado, os componentes
de hardware e software de um computador devem estar instalados e configurados
de modo apropriado.
Os componentes de hardware mais importante de um computador consistem no
processador, nas memórias e nos dispositivos de entrada e saída (e/s). As memórias
são dispositivos que permitem um computador guardar dados de forma temporária
ou permanente. Os dispositivos de e/s são aqueles que possibilitam a interação com
o usuário, tal como a impressora, o teclado, o mouse e o monitor. Em um computador,
estes componentes são alocados em uma placa-mãe, conforme ilustra a Figura 1.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 13
No decorrer deste livro, serão apresentados detalhes sobre cada um destes compo-
nentes. Entretanto, neste primeiro momento, torna-se importante explicar que as
memórias de um computador podem ser classificadas como principal e secundária.
Uma memória principal é aquela que o processador pode acessar diretamente, sem
passar por barramentos. Sem elas um computador não consegue funcionar. Como
exemplos temos os registradores, memórias cache e memória ram e memória rom
(morimoto, 2010). Em contrapartida, a memória secundária não pode ser acessada
diretamente e a informação a ser tratada pelo processador precisa ser primeira-
mente carregada em memória, por exemplo, o hd, cds/dvds, pendrives, os antigos
disquetes e os Blu-Rays. Tendo uma visão geral sobre os principais componentes
de hardware, resta-nos agora entender os tipos de componentes de software.
Um software consiste em uma sequência de instruções lógicas que descrevem
tarefas a serem realizadas por um computador, por exemplo, a manipulação, re-
direcionamento ou a modificação de dados. Os softwares são escritos em uma
linguagem de programação e podem ser instalados, atualizados ou desinstalados
para melhor atender as demandas dos usuários. O firmware consiste em um
software de baixo nível armazenado permanentemente em um chip no momento
de sua fabricação. Os firmwares podem estar presentes em leitores de cds/dvds
e na Basic Input/Output System (bios), um mecanismo responsável por detectar e
identificar componentes de hardware conectados com um computador. Os softwa-
res de sistema gerenciam a operação do computador em si, como, por exemplo, os
compiladores e interpretadores de comandos. Enquanto que os programas apli-
cativos consistem em softwares de alto nível desenvolvidos para serem utilizados
pelos usuários, como um editor de texto, um navegador Web ou reprodutores de
áudio/vídeo. A Figura 2 ilustra esta classificação, mostrando como os diferentes
tipos de software interagem com o hardware.
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Os componentes de hardware de um computador são controlados através dos
softwares. Sem software, um computador é basicamente um amontoado de peças
de metal sem utilidade. Neste contexto, o sistema operacional desempenha um
papel fundamental ao controlar todos os recursos do computador, e ao fornecer a
base sobre a qual os programas aplicativos podem ser escritos. Podemos pensar no
sistema operacional como uma camada de software, localizada entre os componentes
físicos, os programas de sistema e programas aplicativos. O sistema operacional é
responsável por conhecer os detalhes de funcionamento de diversos componentes
físicos e disponibilizar chamadas para os programas de sistema e para programas
aplicativos. Dentre os principais exemplos de sistema operacional, encontram-se
as diferentes versões do Windows, Linux e MacOS.
Neste momento, você já conhece os principais componentes de um computador
e como eles são classificados, mas talvez você possa estar novamente se pergun-
tando: O que acontece quando eu ligo meu computador? Esta pergunta pode ser
respondida da seguinte maneira. Existe um processo de nove passos que descre-
vem a ordem e a forma como os componentes de hardware e software devem ser
iniciados. Este processo é comumente referenciado como processo de inicialização
do computador ou ainda como processo de Boot, conforme ilustrado na Figura 3.
BIOS: MBR:
Identifica carrega PC
hardware arquivo
de boot Iniciado
BIOS: Inicia
testa o kernel
hardware do SO
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c omponente estiver faltando, ou não estiver funcionando adequadamente, a bios
emite beeps ou mostra mensagens na tela do computador para alertar o usuário
sobre o problema identificado.
Desta forma, os passos conseguintes objetivam iniciar o sistema operacional. Os
passos 3, 4 e 5 procuram identificar detalhes da localização do sistema operacional
para iniciá-lo. No passo 3, a bios verifica em que mídia o sistema está armazenado,
podendo ser uma mídia interna, tal como o hd, ou uma mídia externa, como o
cd/dvd-rom ou o pendrive. Em seu funcionamento tradicional, o sistema opera-
cional fica instalado no hd e as mídias externas são utilizadas durante o processo
de instalação de um sistema operacional, o qual será explicado em detalhes na
Unidade 6. Assumindo o funcionamento padrão, no passo 4 a bios encontrará o
sistema operacional no hd e lerá o primeiro setor de armazenamento (setor zero),
denominado mbr (Master Boot Record). Esta área armazena um código que alavan-
ca a inicialização do sistema operacional. No passo cinco, o mbr verifica em qual
partição do hd está ativa e inicia o seu primeiro setor (setor um).
Os passos 6, 7 e 8 descrevem a forma como o sistema operacional é iniciado. No
passo 6, o mbr realiza uma leitura de um arquivo de boot, ou Boot Loader, o qual
descreve as opções de carregamento do sistema. No passo 7 a BIOS inicia o núcleo
do sistema operacional também conhecido como kernel, estabelecendo uma liga-
ção entre os componentes de hardware e o sistema. No passo 8, o kernel carrega os
arquivos principais e informações básicas do sistema operacional e relaciona os
componentes de hardware com os respectivos drives. Através destes três passos, o
sistema operacional está pronto para ser usado pelos usuários.
O passo 9 consiste na etapa de autenticação do usuário no sistema, onde nor-
malmente uma tela de escolha de usuários é exibida solicitando uma credencial
de acesso. Geralmente, os sistemas operacionais solicitam uma senha de acesso
previamente cadastrada pelo usuário. Porém, também existem computadores ca-
pazes de autenticar seus usuários através de informações biométricas, tais como
a impressão digital ou o reconhecimento da íris do olho. Após uma autenticação
bem-sucedida, o usuário pode usar o sistema livremente.
Ao executar os nove passos descritos posteriormente, duas coisas podem ocorrer:
todos os procedimentos são efetuados de forma satisfatória ou algum imprevisto
pode surgir. Quando tudo ocorre adequadamente, o usuário poderá usar o com-
putador para diversas tarefas, tais como atividades de lazer ou trabalho. Como
exemplo de atividade de lazer, o usuário pode escutar música, assistir um filme
ou até mesmo realizar pesquisas na Web usando seu computador. Dentre as ati-
vidades de trabalho, o usuário pode acessar sistemas de banco on-line, participar
de reuniões por meio de ambientes virtuais ou utilizar planilhas eletrônicas para
gerenciar despesas.
No entanto, quando surge algum imprevisto, durante a execução dos nove passos,
o computador não inicializará e, consequentemente, o usuário estará parcialmente
ou totalmente privado de usar o computador, tornando-se incapaz de usufruir dos
benefícios proporcionados pelo seu uso. Além de imprevistos, podem ocorrer erros,
falhas ou faltas de componentes de hardware ou software depois da inicialização
do computador que também poderão causar empecilhos quanto à sua utilização.
Dentre os exemplos de problemas de software, podemos citar programas operando
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de maneira inesperada ou parando de funcionar e quando o computador se torna
infectado por um vírus. Da mesma forma, os componentes de hardware também
podem parar de funcionar parcial ou totalmente. Também podem existir situações
que um usuário necessite da instalação e configuração de novos componentes de
hardware ou software em seu computador.
O objetivo deste livro consiste em capacitar os estudantes sobre como proceder
nestas situações, proporcionando um embasamento teórico e prático sobre as
questões envolvidas com as atividades de montagem e manutenção de computa-
dores, assim como um adequado e maior entendimento sobre como operam os
principais componentes de hardware e software.
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2
UMA BREVE HISTÓRIA
DA EVOLUÇÃO DO
COMPUTADOR
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INTRODUÇÃO
T
alvez você já tenha se perguntado sobre como os computadores atuais se tor-
naram tão poderosos, ou tenha ficado curioso para conhecer alguns termos
técnicos sobre computadores antigos. O objetivo desta unidade consiste em
esclarecer questões associadas com estes questionamentos, proporcionando uma
visão geral da evolução do computador e seus principais componentes ao apresen-
tar as principais tecnologias que proporcionaram sua evolução. Para alcançar este
objetivo, classificamos a história da evolução do computador em quatro períodos:
antiguidade, computadores mecânicos, circuitos digitais e circuitos integrados. A
Seção 2.1 descreve os principais momentos do mundo antigo. A Seção 2.2 apresenta
o surgimento do computador mecânico. A Seção 2.3 disserta sobre o advento dos
circuitos digitais. A Seção 2.4 encerra a unidade descrevendo as principais tecnolo-
gias relacionadas com os circuitos integrados.
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2.1
A ANTIGUIDADE E A NECESSIDADE
INERENTE DE CALCULAR
Muitos registros antigos revelam a necessidade da humanidade de executar ope-
rações matemáticas de maneira eficiente para resolver problemas cotidianos da
sociedade de forma mais eficaz. Um dos exemplos mais primitivos de calculadora,
atualmente conhecido, consiste no ábaco, o qual possibilita efetuar operações de
soma e subtração, sendo ilustrado na Figura 4. Estima-se que este dispositivo tenha
surgido cerca de dois mil anos antes de Cristo, sendo utilizado por vários povos, tais
como os Sumérios, Russos, Gregos e Chineses.
figura 4: O Ábaco.
figura 5: A Nepohualtzintzin.
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figura 6: A Antikythera.
Outra calculadora antiga com um princípio muito parecido com o ábaco consistiu
na Nepohualtzintzin, ilustrada na Figura 5, cujo significado consiste em “contagem
relevante”. Este dispositivo era utilizado pelo povo Maia antes da colonização espa-
nhola com objetivo de aprimorar o cultivo da terra, contando os dias, os fenômenos
naturais e seus ciclos. Através da Nepohualtzintzin era possível executar as opera-
ções matemáticas básicas, como a adição, a subtração, a multiplicação e a divisão, e
operações matemáticas complexas, como raízes, potenciação, integral e diferencial.
Devido ao grande número de operações realizadas pela Nepohualtzintzin, este
dispositivo pode ser comparado com um computador moderno.
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movimento dos astros e o acontecimento de eclipses. Este mecanismo foi encontrado
no ano de 1901 na ilha grega de Antikythera e permaneceu por anos como objeto de
estudo, pois sua real aplicação era desconhecida até o ano 2005. Este mecanismo
é considerado um dos dispositivos mais sofisticados do mundo antigo, pois uma
tecnologia parecida com esta surgiu novamente somente no século xiv na Europa,
com o advento dos relógios astronômicos.
O advento do ábaco, da calculadora Nepohualtzintzin e do mecanismo Antikythe-
ra exemplificam os esforços da humanidade durante a Antiguidade para facilitar a
execução de operações matemáticas relacionadas com atividades cotidianas. Através
do ábaco, era possível executar operações básicas, tais como adição e subtração. O
emprego da Nepohualtzintzin possibilitava tanto as operações aritméticas básicas,
quanto operações aritméticas complexas, como as raízes, potenciação e integral. Já
o mecanismo Antikythera apresentou um projeto mais sofisticado, capaz de prever
fenômenos astronômicos. A necessidade da raça humana em desenvolver dispo-
sitivos para executar operações aritméticas de maneira mais precisa e de forma
simples compreendeu no fundamento para o advento dos computadores modernos.
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2.2
OS COMPUTADORES MECÂNICOS E
AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE
BABBAGE
Os computadores mecânicos surgiram no século xix para atender demandas da
Revolução Industrial. Neste período, os engenheiros, os cientistas, os banqueiros,
os navegadores e os corretores de seguro desempenharam um papel importante no
desenvolvimento industrial e todos tinham uma demanda em comum: a necessidade
de executar cálculos complexos. Todavia, estes cálculos eram executados, verificados,
copiados e escritos manualmente, resultando em muitos erros prejudiciais para as
necessidades da época. Ciente deste cenário, o matemático inglês Charles Babbage
lançou-se em uma ambiciosa aventura: projetar e construir mecanismos capazes
de executar cálculos complexos e eliminar o risco de erro humano. Os esforços
desempenhados por Babbage resultaram nos dois principais avanços da era dos
computadores mecânicos, a Analytical Engine e a Difference Engine (computer
history museum, 2017).
O primeiro projeto de Babbage consistiu na Difference Engine. Este mecanismo
tinha como objetivo calcular funções polinomiais e tabular os resultados. A Difference
Engine recebeu este nome pois tinha como objetivo resolver funções polinomiais
através do método das diferenças finitas. A razão de empregar este método é a
possibilidade de usar apenas operações de adição, removendo a necessidade de
operações de multiplicação e divisão, as quais são mais difíceis de implementar
mecanicamente.
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figura 7: Modelo da Difference Engine Número 1.
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Após a suspensão do projeto inicial, Babbage iniciou, em 1834, um projeto ainda
mais ambicioso de um computador programável de propósitos gerais denominado
Analytical Engine, cujo modelo é apresentado na Figura 8. A Analytical Engine pos-
suía muitas características similares aos computadores digitais modernos, sendo
programável através do uso de cartões perfurados e capaz de executar internamente
as quatro operações aritméticas. Além disto, em seu projeto havia uma separação do
componente de memória, chamado de Store da unidade central de processamento,
denominada Mill, conceito também seguido no projeto de computadores digitais.
Devido ao projeto da Analytical Engine, Babbage é conhecido como o pioneiro no
projeto e construção de computadores.
Devido ao grande sucesso da Analytical Engine, Babbage retomou o projeto
da Difference Engine em 1840, revelando em 1849 o projeto da Difference Engine
Número 2. Este novo projeto melhorou a versão inicial, calculando números com
31 dígitos e tabulando qualquer polinômio com ordem até sete. O novo projeto foi
elegantemente simplificado e requeria aproximadamente um terço das partes do
projeto inicial e produzia um poder computacional similar.
Apesar das contribuições significativas advindas com os computadores mecâni-
cos, eles possuíam limitações. As engrenagens utilizadas para compor as máquinas
precisavam ser fabricadas individualmente, incrementando o custo de fabricação.
Estes computadores também tendiam a ser muito grandes, prejudicando a produção
em massa destas máquinas. Além disto, existia uma relação entre a complexidade
dos problemas que estes computadores propunham resolver e a precisão necessária
para fabricação dos seus componentes mecânicos – quanto mais complexos os pro-
blemas, maior a precisão na fabricação dos componentes. Como resultado destas
limitações, os pesquisadores começaram a idealizar outro conceito para projeto e
construção de computadores: o emprego de circuitos digitais, o que impactou na
criação de uma nova geração de computadores.
26 ·
2.3
COMPUTADORES DIGITAIS: DO RELÉ
AOS CIRCUITOS INTEGRADOS
Os computadores digitais surgiram no fim do século xx e proporcionaram o arma-
zenamento de dados exclusivamente sob a forma de números. Este novo conceito
contrastava com os computadores mecânicos, que representavam dados através
de grandezas contínuas, tais como a posição relativa de engrenagens em meca-
nismos. A chave para a consolidação dos computadores digitais ocorreu devido
a três principais acontecimentos: aplicação do sistema binário, o advento do relé,
da válvula, do transistor e do circuito integrado.
O quadro 1 compara o sistema binário e o sistema decimal para representar a
sequência dos números entre zero e cinco. Observando este exemplo, percebe-se
que ambos os sistemas representam os números zero e um da mesma forma.
Todavia, a partir do número decimal 2, o seu equivalente em binário se difere, ao
combinar o número um e o número zero, pois os números disponíveis no sistema
de numeração foram usados previamente e seguindo a mesma lógica do sistema
decimal para representar o número dez. Este tipo de sistema de numeração se
encaixou perfeitamente às necessidades dos computadores digitais para mapear
sinais elétricos em dados e comandos. Na sua forma mais simples, os sinais elétricos
podem apresentar dois estados, sem corrente e com corrente, sendo representados
pelos números 0 e 1 usando o sistema binário.
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dos computadores digitais. Para mostrar a aplicabilidade da sua tese, ele realizou
experimentos empregando relés. O trabalho de Shannon definiu o fundamento
para o projeto de circuitos digitais e impulsionou a investigação do emprego de
relés nos computadores digitais.
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prática o conceito do computador digital. A Figura 10 ilustra um relé eletromagnético
típico. Entretanto, apesar dos avanços proporcionados por estes dispositivos, os
relés apresentavam limitações. Estes dispositivos eram caros, grandes e tomavam
cerca de um milésimo de segundo para fechar um circuito elétrico, sendo muito
lentos para os requisitos da época, impulsionando pesquisas para criar dispositivos
mais eficientes para chavear a corrente elétrica.
As válvulas emergiram como uma solução para as limitações encontradas nos relés.
Estes componentes consistiam em tubos de vidro vedado para criar um ambiente
a vácuo para controlar o fluxo de elétrons, chaveando a corrente elétrica de modo
mais eficiente. A Figura 11 apresenta um exemplo de uma válvula. O funcionamen-
to da válvula se baseia em um filamento metálico que, quando aquecido, emite
elétrons. Este evento ocasiona uma agitação nos elétrons capaz de ultrapassar a
barreira superficial do metal, fechando o circuito com outro filamento posicionado
próximo ao primeiro, resultando no chaveamento da corrente elétrica. Ao operar
desta forma, as válvulas chaveavam a corrente elétrica mais rapidamente que os
relés, alcançando a caça dos mega-hertz (MHz).
O emprego das válvulas possibilitou a construção de computadores digitais.
A série de computadores Colossus Mark 1 e 2 foram construídos em 1943, os quais
eram usados para propósitos militares para quebrar a criptografia de mensagens
alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. A utilização das válvulas também
proporcionou a construção eniac (Eletronic Numeral Integrator Analyzer and
Computer), projetada para quebrar códigos de comunicação e executar cálculos
de artilharia. Uma característica em comum nestes computadores consistia no seu
grande tamanho, dificuldade de manutenção e configuração.
Apesar do avanço tecnológico alcançado pelo emprego das válvulas, estes compo-
nentes apresentavam limitações. Eram grandes, normalmente alcançando o tamanho
de uma lâmpada. Como eram fabricadas com vidro, eram frágeis e apresentavam
alto risco de quebrar. Além disto, frequentemente superaqueciam, resultando em
um alto consumo de energia. Estas limitações motivaram a pesquisa de dispositivos
mais eficientes para chavear a corrente elétrica.
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figura 14: Computador eniac.
30 ·
elétrica precisava ser executada bilhões de vezes por segundo. Desta forma, cada
uma destas mudanças geraria uma quantidade de eletricidade, transformando-se
em calor. Assim, quanto maior o poder computacional do transistor, mais eles
aquecem e mais energia consomem.
Os circuitos integrados ou microchips surgiram como uma alternativa para con-
tornar as limitações encontradas pela mera aplicação dos transistores. O advento
destes componentes proporcionou diversos benefícios, como a possibilidade da
produção em massa, maior confiabilidade, baixo custo de fabricação, aumento do
desempenho, baixo consumo de energia e a miniaturização dos computadores. O
primeiro circuito integrado foi construído em 1958 por Jack Kilby, sendo ilustrado
na Figura 16. Kilby demonstrou a aplicabilidade dos circuitos integrados usando
dois transistores, e foi agraciado com o prêmio Nobel em Física, em 2000, devido
à sua alta contribuição para a humanidade.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 31
2.4
PRINCIPAIS TECNOLOGIAS DOS
CIRCUITOS INTEGRADOS
Como apresentado no início desta unidade, os computadores surgiram da neces-
sidade das pessoas em executar cálculos complexos. As principais tecnologias dos
circuitos integrados também estão relacionadas com esta necessidade. No entanto,
durante os avanços relacionados ao projeto de computadores, os pesquisadores
da área decidiram centralizar as operações lógicas e aritméticas em uma unidade
central de processamento, comumente referenciada como cpu, sigla em inglês
para Central Processing Unit ou simplesmente processadores. Devido a esta escolha
de projeto, as principais tecnologias dos circuitos integrados estão estritamente
associadas com a evolução dos processadores, uma vez que estes são projetados
como circuitos integrados. Esta seção classifica estas tecnologias de acordo com o
surgimento dos principais processadores. A Subseção 2.4.1 descreve as tecnologias
dos processadores 4004 ao Z80. A Subseção 2.4.2 compreende as contribuições do
286 ao Motorola 68000. A Subseção 2.4.3 detalha do surgimento do processador
486 ao Athlon.
Fonte: Wikipedia(https://goo.gl/mYts7V).
32 ·
O processador Intel 4004 apresentou benefícios e limitações. Um dos principais
benefícios consistiu em mostrar a viabilidade da construção dos circuitos integra-
dos, uma vez que ele foi largamente utilizado na fabricação de calculadoras. Apesar
dos benefícios, este processador também apresentou duas principais limitações.
Primeiramente, sua frequência máxima de operação era limitada a 740 kHz, ou
seja, 740 mil ciclos por segundo. A segunda limitação estava relacionada ao número
de ciclos necessários para processar cada instrução. Uma instrução compreende
em um tipo de operação lógica ou aritmética suportada por um processador. O
processador 4004 demorava 10 ciclos para processar cada instrução e cada ins-
trução demorava dois ciclos para ser executada, sendo três ciclos para carregar os
endereços, dois ciclos para carregar a instrução e mais três ciclos para processar.
O limite máximo deste processador era de 74 mil instruções por segundo, sendo
que um processador atual executa bilhões de instruções por segundo. Em 1981 foi
encerrada a produção do processador Intel 4004.
O processador Intel 8008 surgiu em 1972 e agregava 3 mil e 500 transistores, sendo
que cada transistor, assim como no 4004, media em média 10 mil nanômetros. A
Figura 18 apresenta um destes processadores. Diferentemente do 4004, o proces-
sador Intel 8008 era um processador de 8 bits e inicialmente operava a 2 MHz por
segundo. Era capaz de endereçar 16 Kilo Bytes (kb) de memória e processava 500
mil instruções por segundo. A Figura 19 mostra um computador Altair. O empre-
go do 8008 abriu as portas para o computador pessoal, mas também apresentava
limitações. Sua frequência máxima de operação atingia 800 MHz e cada instrução
demorava entre 5 e 11 estados, onde cada estado levava dois ciclos para ser executado.
Fonte: Wikipedia(https://en.wikipedia.org/wiki/Intel_8008#/media/File:KL_Intel_C8008-1.jpg).
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figura 19: Computador Altair.
O processador Intel 8080 foi lançado em 1974 visando aprimorar seu antecessor, o
processador Intel 8008 e agregava aproximadamente 6 mil transistores. A Figura 20
apresenta o processador Intel 8080. Este processador também operava com palavras
de 8 bits, mas possuía capacidades limitadas para desempenhar operações de 16
bits. Inicialmente, a frequência de operação deste processador era de 2 MHz, mas
suas versões mais aprimoradas atingiam até 3.125 MHz por segundo e era capaz
de endereçar 64 KB de memória.
3 saiba mais: Esta funcionalidade era possível devido ao seu projeto contar com
sete registradores de 8 bits, sendo eles o registro A, B, C, D, E, H e L. O registrador
A desempenha o papel de acumulador de 8 bits e os outros seis podem atuar
individualmente com capacidade de 8 bits, ou serem combinados em três
pares de registradores de 16 bits obedecendo a sequência BC, DE e HL.
34 ·
figura 21: Computador ibm pc.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 35
figura 22: Processador mos 6502.
36 ·
O processador Z80 foi lançado em 1976 e apresentou características inovadoras.
Este processador era compatível com o 8080, operava com palavras de 8 bits e com
frequências de 2.5 MHz até 8 MHz e com uma variante CMOS era capaz de alcan-
çar 20 MHz. Este processador foi largamente utilizado em computadores desktop,
aplicações militares, equipamentos musicais e videogames. Uma das aplicações
mais interessantes deste processador foi no computador Osborne 1, o primeiro
computador portátil, o qual pesava pouco mais de 10 Kg. A Figura 27 mostra o
Osborne 1. O processador Z80 conquistou muita popularidade devido ao seu baixo
custo de fabricação e facilidade de programação.
figura 26: Processador Z80.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 37
2.4.2 Contribuições do 286 ao Motorola 68000
As contribuições descritas nesta subseção estão associadas com o advento dos pro-
cessadores 286, 386 e Motorola 68000. O processador 286 foi lançado pela Intel em
1982 e seu principal diferencial consistia em sua capacidade de operar com palavras
com tamanho de 16 bits. Este processador agregava 134 mil transistores, possuía
um barramento de 16 bits e um sistema de endereçamento de memória de 24 bits.
Inicialmente, este processador operava com frequência de 6MHz por segundo,
mas alcançou até 25 MHz por segundo. A Figura 28 ilustra o processador Intel 286.
O processador Intel 286 também foi aplicado nos computadores pessoais, como
no computador pc at ilustrado na Figura 29. O pc at foi produzido entre 1984 e
1987, consistindo no primeiro pc baseado no processador 286. Esta máquina era
equipada com um disco rígido de 10 mb, monitor ega com capacidade de resolução
de 640x350 pixels, disquete de 5 1/14” de 1.2 mb e um slot isa de 16 bits para manter
a compatibilidade com periféricos de 8 bits. Estima-se que foram vendidas mais
de 100 mil unidades do pc at, um número significativo para a época.
Através dos anos, o processador 286 passou por mudanças de projeto para
corrigir dificuldades encontradas. Por consistir no primeiro processador capaz
38 ·
de operar com palavras binárias com tamanho de 16 bits interna e externamente,
os softwares escritos para os processadores de 8 bits, tal como o 8088 e o 8086,
eram incompatíveis no 286. Para corrigir esta dificuldade, este processador foi
projetado para operar em dois modos distintos, o modo real e o modo protegido.
O modo real oferecia as mesmas instruções suportadas pelo processador 8088
para manter a compatibilidade e, através deste modo, o processador era capaz
de acessar 1 mb de memória. No modo protegido, o processador era capaz de
acessar até 16 mb de memória ram do sistema, operar com suporte à multitarefa
e usar memória swap.
Para garantir a compatibilidade com os processadores de 8 bits, o 286 sacrificava
funcionalidades importantes ao operar no modo real. Para entender o benefício da
multitarefa, precisamos primeiramente compreender o conceito de monotarefa.
Os computadores monotarefas permitem aos usuários utilizarem apenas uma
aplicação de cada vez. Nos dias atuais parece difícil imaginar um sistema deste tipo,
mas os computadores pessoais até o 286 eram projetados com base neste conceito.
Ao proporcionar a multitarefa, os recursos físicos dos computadores são utilizados
de maneira mais eficiente, por exemplo, um usuário pode ler um texto ao mesmo
tempo que escuta uma música. Entretanto, um processador 286 operando no modo
real sacrificava os benefícios da multitarefa.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 39
programas escritos para processadores de 8 bits. Todavia, habilitando esta mudança,
a operação inversa era irreversível.
O processador Intel 386, lançado em 1985, corrigiu este problema e proporcio-
nou outros benefícios importantes, sendo o mais importante deles a capacidade
de operar com palavras com tamanho de 32 bits e com frequência de 16 MHz por
segundo. Este processador foi projetado com um sistema de endereçamento de
memória de 32 bits e barramento de 32 bits. Possuía 275 mil transistores, oferecia
dois modos de operação e possuía um componente opcional para executar cálculos
complexos com ponto flutuante. As principais contribuições deste processador con-
sistiram na possibilidade de alternar entre o modo real e protegido e em englobar
a primeira versão de uma arquitetura de processador 32 bits baseada na extensão
da arquitetura do 286. A Figura 30 ilustra o processador Intel 386.
Uma das principais aplicações do processador Intel 386 consistiu nos computadores
pessoais, como o computador Compaq Portable 386, ilustrado na Figura 31. Este
computador foi lançado em 1987, sendo equipado com um monitor de 10 polegadas
com resolução 640x400, disco rígido de 100 mB, driver de disquete de 1.2 mB com
tamanho de 5.25”, suporte de memória rAm de 1 a 10 mB e peso aproximado de 11
Kg. A arquitetura do processador Intel 386 inspirou a fabricação de uma série de
processadores de 32 bits, os quais serão descritos na próxima subseção.
Apesar de suas contribuições, o 386 não consistiu no primeiro processador 32
bits utilizado nos computadores pessoais. O processador Motorola 68000, lançado
40 ·
em 1979, foi utilizado no projeto do computador Apple Lisa, comercializado a
partir de 1983. Incialmente, a velocidade deste processador era de 4, 6 e 8 MHz,
mas foram produzidas versões de até 16.6 MHz. A Figura 32 mostra o processador
Motorola 68000.
O computador Apple Lisa, ilustrado na Figura 33, era equipado com o processador
Motorola 68000. Dentre suas principais características estavam a memória ram
de 1 mb, suporte a dois drivers de disquetes de 5 ¼ polegadas, disco rígido de 5
mb e monitor de 12 polegadas com resolução de 720x360 pixels. Este computador
consistiu no primeiro computador comercializado que contava com uma interface
gráfica, o que revolucionou a indústria de produção dos computadores. Apesar des-
ta vantagem, o computador Lisa foi um fracasso de vendas e estima-se que foram
vendidas cerca de 100 unidades, a maioria com preços abaixo da margem de lucro.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 41
recomenda-se a leitura dos manuais técnicos disponibilizados pelos fabricantes
dos processadores.
42 ·
pois mais ciclos de processamento eram executados no mesmo espaço de tempo,
impactando positivamente no desempenho.
A combinação da técnica de pipeline com a memória cache resultou na técnica
de multiplicação de clock, outra importante contribuição do projeto do processador
486. A multiplicação de clock ocorre quando o processador opera numa frequência
mais alta do que a placa-mãe. Ao incorporar o cache L1 internamente no proces-
sador, o acesso ao cache L2 tornou-se parcialmente independente, possibilitando
que o clock do processador crescesse mais rápido do que o da placa-mãe.
O sucessor do 486 consistiu no processador Pentium, cuja primeira versão foi
lançada pela Intel em 1993. A Figura 35 apresenta este processador, que agregava
3.1 milhões de transistores e foi projetado em duas versões especificadas para
operar em 60 MHz e 66 MHz, respectivamente. O Pentium possuía duas unidades
de execução, pipeU e pipeV. A pipeU consistia em uma unidade completa capaz
de processar qualquer tipo de instrução e a pipeV foi projetada como uma unidade
simplificada para processar apenas instruções simples. Este processador processava
as instruções na mesma ordem que elas eram enviadas, técnica que ficou conhecida
pelo termo inglês in-order.
Além disto, o Pentium usava caches separados para dados e instruções, sendo eles
dois blocos de 8 kb cada um. O acesso à cache L1 era realizado através de um bar-
ramento interno de 512 bits. Devido às suas especificações elétricas, as placas para
Pentium passaram a operar com frequências mais altas, melhorando o desempenho
de acesso à memória ram para acompanhar as melhorias no processador e per-
mitindo o emprego de chips de cache L2 mais rápidos. Este processador também
possibilitou o acesso à memória de 64 bits.
Uma das principais contribuições advindas com o Pentium foi uma mudança da
técnica utilizada para aprimorar o desempenho dos processadores. Até o Pentium,
os projetistas de processadores buscavam essencialmente apenas aumentar o clock
dos processadores para melhorar seu desempenho. Ao seguir esta abordagem, os
usuários comumente tendiam a utilizar a técnica de overclock para melhorar o de-
sempenho dos seus processadores. Todavia, conforme mencionado anteriormente,
esta técnica impactava negativamente na vida útil dos processadores. O Pentium
demonstrou que ao aumentar o número de unidades de execução e mais memória
cache, o processador conseguia executar mais instruções por ciclo sem depender
exclusivamente do aumento do clock do processador.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 43
Entretanto, assim como outros processadores, o Pentium apresentou desafios de
projeto que foram contornados através de novas técnicas de projeto. Como este
processador possuía duas unidades de execução, uma dificuldade encontrada
consistia em como dividir as instruções entre essas unidades. Esta dificuldade foi
contornada com a adição de um circuito denominado branch prediction.
44 ·
No entanto, o projeto das instruções mmx possuía limitações quanto aos tipos de
registradores empregados e a escolha do tipo de números a ser processado. Estas
instruções eram destinadas ao processamento de números inteiros. Entretanto,
no período do lançamento do Pentium mmx, crescia a importância de operações
com ponto flutuantes devido à popularidade dos jogos e aplicativos de compressão
de áudio e vídeo. Além disto, os registradores utilizados no processamento das
instruções mmx eram compartilhados com o coprocessador aritmético, prejudi-
cando o desempenho dos aplicativos que combinavam as instruções mmx com as
instruções de ponto flutuante. Estas escolhas de projeto não vinham ao encontro
das necessidades dos usuários, prejudicando a comercialização deste processador.
O processador Intel Pentium Pro foi lançado em 1995 e apresentou um novo
tipo de arquitetura de processadores denominada P6, a qual propunha uma nova
forma de processar instruções, aumentava o tamanho dos pipelines e integrava o
cache L2 ao processador. Antes da arquitetura P6, as instruções eram processadas
na mesma ordem na qual eram geradas – esta abordagem ficou conhecida como
in-order. A arquitetura P6 propôs uma nova abordagem chamada out-of-order, a
qual processava instruções fora de ordem. Esta abordagem era implementada
usando unidades de execução capazes de processar apenas instruções simples e
decodificadores de instruções que quebravam as instruções complexas em sequ-
ências ordenadas de instruções simples.
A arquitetura P6 do Pentium Pro empregava pipelines mais longos para permitir
o uso de frequências mais altas. A primeira versão do Pentium usava um pipeline
com 5 estágios. O Pentium Pro empregava um pipeline de 10 estágios. Todavia, para
possibilitar esta mudança, foi necessário melhorar o índice de acerto do circuito
brench prediction. Além disto, a arquitetura P6 proporcionava ao Pentium Pro o
suporte ao multiprocessamento nativo.
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transistores e fabricado em duas arquiteturas diferentes, a Klamath e Deschutes.
Através da arquitetura Klamath, o processador operava a até 300 MHz e a técnica
de fabricação era de 0.35 micron. Usando a arquitetura Deschutes, a frequência de
operação do Pentium ii era de no mínimo 333 MHz e a técnica de fabricação era
de 0.25 micron, dissipando menos calor. O projeto deste processador mantinha os
32 KB de memória cache L1 dividido em 2 blocos de 16 KB para dados e instruções,
empregava três unidades de execução, duas de inteiros e uma de ponto flutuante,
usava o pipeline de 10 estágios e passou a usar um cache half-speed, que possibi-
litava elevar a frequência do processador até 450 MHz.
46 ·
figura 39: Processador Pentium iii.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 47
em operações de ponto flutuante e utilizava um circuito branch prediction cerca
de quatro vezes maior que o do Pentium e menos eficiente que seu concorrente.
Apesar de seu projeto independente, o processador K5 possuía um desempenho
inferior ao Pentium.
Em 1997, a amd lançou o processador K6, projetado para suportar as instruções
mmx e com uma arquitetura out-of-order. Este se destacou no mercado por oferecer
uma opção de upgrade de baixo custo para usuários que possuíam um processador
Pentium antigo e não estavam dispostos a investir muito dinheiro para comprar
um Pentium ii. As primeiras versões deste processador operavam em velocidades
de 166 e 200 MHz e com técnica de fabricação de 0.35 micron. Em 1998, foram
lançadas versões capazes de operar em 266 e 300 MHz e com técnica de fabricação
de 0.25 micron. Todas as versões do K6 foram projetadas para agregar 8.8 milhões
de transistores e com memória cache L1 fragmentadas em duas unidades de 32 KB,
sendo uma dedicada para armazenamento de dados e outra para processamento
de instruções. A Figura 41 mostra o processador K6.
48 ·
ocorreu em relação ao emprego de memória cache. O K6-3 manteve a memória
cache L1 com 64 KB e adicionou a memória cache L2 full-speed integrado, e ainda
aproveitava a memória cache nas placas soquete 7 como uma cache L3. Adicionar
a cache L3 proporcionou ao K6-3 um leve ganho de desempenho, mas este ganho
não justificava o investimento. Entretanto, o projeto do K6-3 serviu como modelo
para processadores quad-core, tais como o Phenon ii e o Core i7. O processador
K6-3 deixou de ser fabricado em 2000 para dar início ao projeto do Athlon.
Em 1999, a amd lançou o Athlon, o primeiro processador para desktop capaz
de operar em frequências na casa dos giga hertz (GHz). Este processador usava
a abordagem out-of-order para processar instruções e possuía capacidades mais
robustas para decodificar instruções ao adicionar três decodificadores de instru-
ções. Estes três decodificadores eram capazes de decodificar três instruções em
seis micro instruções por clock. Foram produzidas várias versões deste processador,
como por exemplo, o Athlon XP, Athlon 64, Athlon MP e Duron. A Figura 42 ilustra
o processador AMD Athlon Duron.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 49
A competição entre a amd e a Intel continua até os dias atuais e novos modelos
surgiram nos anos seguintes. Por exemplo, o Quadro 2 apresenta alguns dos pro-
cessadores lançados pela Intel compreendendo os anos de 2000 e 2006. Neste
Quadro, observamos um aumento do número de transistores e da frequência dos
processadores ao passo que o seu tamanho diminuía. Outra técnica importante
que surgiu nos anos subsequentes e que vale a pena ser mencionada consiste no
emprego de mais de um cpu por circuito integrado, a qual agregou um ganho de
desempenho considerável e continua em uso em processadores atuais tal como
o Intel core i3/i5 e i7.
50 ·
principais marcos consistiram na aplicação do sistema binário e no surgimento
dos relés, das válvulas, dos transistores e dos circuitos integrados. Esta unidade
encerra ao apresentar as principais tecnologias relacionadas com os circuitos
integrados, compreendendo desde o advento do processador 4004 até o Athlon,
observando-se um esforço considerável por parte dos fabricantes para adicionar
cada vez mais transistores por circuito integrado, aumentar o tamanho da palavra
processada por ciclo e o surgimento de técnicas para permitir o processamento
de mais instruções por ciclo.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 51
3
COMPONENTES DO
COMPUTADOR
INTRODUÇÃO
A
gora que você conhece a história da evolução dos computadores, é impor-
tante lembrar que um computador é formado por uma Unidade Central de
Processamento (cpu) ou processador, uma memória, dispositivos de entrada
e saída e uma placa e circuitos capazes de interconectar todos esses componentes.
Talvez você esteja curioso sobre os componentes de um computador moderno e
pode estar se perguntando quais os tipos de componentes? Qual o propósito de
cada componente? Como eles funcionam? Existem diferentes modelos para cada
componente? Qual a relação entre os componentes do computador? Caso você
tenha estas dúvidas, fique tranquilo, elas serão esclarecidas agora.
Para responder estas questões, esta unidade foi organizada em onze seções,
onde nove delas foram escritas sobre os principais componentes do computador
e as outras duas objetivam facilitar o aprendizado dos conteúdos abordados na
unidade. A Seção 3.1 apresenta a placa-mãe. A Seção 3.2 descreve o processador.
A Seção 3.3 explica os principais conceitos sobre a memória RAM. A Seção 3.4 foca
na memória ROM. A Seção 3.5 detalha a importância do disco rígido. A Seção 3.6
apresenta as principais características do monitor de vídeo. A Seção 3.7 descreve
o teclado. A Seção 3.8 descreve o mouse. A Seção 3.9 explica sobre o gabinete e a
Seção 3.10 resume a unidade.
54 ·
3.1
PLACA-MÃE
A placa-mãe consiste em um dos componentes mais importantes do computador,
pois ela interliga todos os demais componentes, permite o tráfego de informação
e fornece energia elétrica para periféricos. Este componente também é conhecido
pelos termos em inglês motherboard ou mainboard. A tradução do primeiro termo
consiste na tradução literal livre de placa-mãe e o segundo termo pode ser traduzido
como placa principal, fazendo referência a sua importância ao interligar os demais
componentes do computador. A Figura 43 ilustra uma placa-mãe, destacando seus
principais componentes e servindo como roteiro para esta seção.
Conforme ilustra a Figura 43, a placa-mãe consiste em uma placa de circuito inte-
grado composta por componentes internos e por encaixes para outros componentes.
Antes de entrar em detalhes quanto aos componentes desta figura, notamos alguns
termos apresentados que chamam atenção, tais como: slot, soquete e conector. O
termo slot é muito utilizado e no contexto da informática significa o conector de
periféricos de um computador. Seguindo este conceito, um slot para memória dimm
(veja o componente de índice 3 da figura) pode ser entendido como um conector
para a memória ram do tipo dimm. Os termos soquete e conector também pos-
suem um sentido muito parecido ao do slot, pois eles também objetivam conectar
periféricos. A diferença entre eles pode ser encontrada ao analisar o seu significado
em inglês. O termo soquete ou socket (em inglês) é empregado para descrever algo
pequeno com forma quadrada ou arredondada. A palavra slot significa um objeto
de forma alongada ou comprida. O conector, ou connector em inglês, significa um
dispositivo que possui um cabo em um equipamento elétrico ou eletrônico. Por isso,
denominamos como soquete o encaixe do processador, usamos o termo slot para
o encaixe de memória e conector para o drive de disquete. Agora que entendemos
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 55
a diferença entre os termos slot e soquete, vamos nos concentrar nos elementos
que compõem a placa-mãe ilustrada na Figura 43.
4
termo do glossário: A palavra slot em inglês é usada para descrever um
objeto de forma alongada ou comprida. Este termo é usado, por exemplo,
para se referir ao encaixe de memória.
56 ·
figura 44: Cooler ou fan.
O chip Super I/O, destacado com o número quatro na Figura 43, consiste em um
controlador de dispositivos de entrada e saída. Normalmente, um chip Super I/O
contém um controlador de disquete, uma porta paralela para impressoras, uma ou
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 57
mais portas seriais, uma interface de teclado e mouse. Além disto, um chip Super
I/O pode conter outras interfaces, tais como uma porta para joystick ou uma porta
para infravermelho. Gradativamente os componentes controlados por esse chip
estão substituindo esse tipo de interface pelo usb.
O número 5 da Figura 43 apresenta um conector para energia de 24 pinos para
uma fonte de alimentação atx. Este tipo de fonte consiste no dispositivo encarregado
de fornecer energia elétrica aos demais componentes do computador. A principal
função deste dispositivo consiste em converter a corrente alternada, ou seja, a
energia recebida das companhias de energia elétrica, em uma corrente contínua,
a qual é mais apropriada para dispositivos eletrônicos. A Figura 47 apresenta um
exemplo de fonte de alimentação atx.
58 ·
figura 48: Drive de disquete.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 59
figura 50: Disco Rígido pata (ide).
60 ·
geralmente aparece rapidamente uma tela preta com algumas informações em inglês,
assim como ilustra a Figura 53. As informações ilustradas na Figura 53 são extraídas
do chip bios da Figura 52. Caso seu computador não apresente estas informações,
você deve ficar atento à primeira mensagem que aparece na tela antes do sistema
operacional começar a iniciar. No seu caso, provavelmente existe uma tecla a ser
pressionada para acessar a BIOS e visualizar estas informações – geralmente consiste
na tecla F8 ou F2, mas isto pode mudar conforme a marca e modelo do chip bios.
Os novos computadores têm suporte a um novo formato: o uefi (Unified Ex-
tensible Firmware Interface) com as mesmas funções que a bios; porém, com um
desempenho e funcionalidade superior, pois o tempo de boot de um computador
que usa o uefi é reduzido drasticamente.
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Os processadores mais modernos, tanto da Intel quanto da Amd incorporam as
funcionalidades do chipset ponte norte. Desta forma, as placas mãe para os pro-
cessadores Amd Fusion e Intel Core i5 e Core i7 não possuem o controlador de
memória, contendo um único chipset, com as funcionalidades da ponte sul. A Intel
denomina esse chipset de pch (Platform Controller Hub) e a Amd de fch (Fusion
Controller Hubs).
A Figura 54 apresenta os chipsets típicos à esquerda, os convencionais Ponte
Norte (mch – Memory Control Hub) e Ponte Sul (ich – I/O Controller Hub), e à
direita o novo chipset único (pch – Platform Controller Hub). Na figura também
podem ser observadas as conexões de pci Express, de Rede (networking), do disco
rígido (hdd), UsB e vídeo. A Figura 54 ilustra a posição do chipset em relação à cpU.
figUrA 54: Chipset norte (mch) e sul (ich) à esquerda e único (pch) à direita.
CPU CPU
Central Central
Processor Processor
Unit Unit
Video Memory
FSB FDI DMI
PCIe
MCH
Memory
Controller
Hub
Memory PCH
DMI PCIe Video Platform
Controller Networking
Hub
ICH
I/O
Networking
Controller
Hub
HDD
USB HDD
USB
PCIe PCIe
O processador gráfico integrado, indexado com o número doze na Figura 43, con-
siste em um tipo de microprocessador especializado em receber, calcular e executar
62 ·
tarefas relacionadas com o processamento de imagens e normalmente faz parte
do chipset norte (Memory Controller Hub). Existem dois principais tipos de pro-
cessadores gráficos, o integrado e o dedicado. O processador gráfico integrado, tal
como o ilustrado na Figura 43, também referenciado como vídeo onboard, realiza
um processamento limitado, pois executa outras funções na placa-mãe, como o
gerenciamento de acesso à memória ram. O processador gráfico dedicado realiza
apenas o processamento gráfico, resultando em um desempenho superior ao pro-
cessador integrado. A vantagem de usar um processador gráfico integrado ocorre
quando você quer economizar dinheiro ao comprar seu computador e não está
muito interessado em aplicativos que dependam muito do processamento gráfico,
tal como a execução de jogos que demandem muitos recursos. No entanto, para
quem tem recursos financeiros para a compra de um computador para fins de
jogos, a melhor escolha consiste em optar por um processador gráfico dedicado.
Os componentes enumerados com a sequência 13 e 14 na Figura 43 dizem respeito
aos slots pci (Peripherical Component Interconnect) e pci Express, respectivamente.
O slot pci convencional consiste em um barramento para conectar periféricos, tal
como placas de vídeo, em computadores projetados com base na arquitetura ibm
pc. Um slot pci convencional opera a uma frequência de 33 MHz e com velocidade
de transmissão de 133 mb/s. O padrão pci Express surgiu para substituir o padrão
pci convencional, ao propor uma tecnologia capaz de possibilitar o uso de várias
conexões seriais para transferência de dados. Esses caminhos, também conhecidos
como lanes, ajudam a descrever as características dos dispositivos conectados em
uma placa pci Express, por exemplo, denomina-se como pci Express 1x o dispo-
sitivo que emprega apenas um caminho, pci Express 2x o dispositivo que usa dois
caminhos e assim por diante. Cada lane pode operar enviando dados em ambas
as direções simultaneamente. Assim, a versão pci Express 1x pode transferir até
250mb/s e o pci Express 16x normalmente usados em placas de vídeo para jogos
pode transferir até 4000mb/s. A Figura 56 apresenta slots e conectores pci à esquerda
e pci Express à direita.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 63
ou caixas de som conectadas a um computador. Existem dois principais tipos de
placa de áudio, placas acopladas internamente no barramento pci ou pci Express
e externas conectadas através da porta usb. A Figura 57 mostra uma placa de som
usb à esquerda e uma placa de áudio pci à direita.
O chip integrado para Ethernet Gigabit consiste no décimo sexto elemento da Fi-
gura 43. Este chip implementa uma tecnologia baseada no padrão Ethernet usado
em redes locais e possibilita transferir uma taxa de dados de um bilhão de bits por
segundo, ou seja, um gigabit. Este tipo de chip normalmente equipa componentes
utilizados em provedores de acesso à Internet devido ao seu alto desempenho.
64 ·
3.2
PROCESSADOR OU CPU
O processador, também chamado de Unidade Central de Processamento ou Central
Processing Unit (cpu) é o principal componente de um sistema computacional, res-
ponsável por realizar todas as operações do computador e controlar sua execução.
É capaz de realizar, por exemplo, as seguintes operações:
a) Operações aritméticas e lógicas: somar, subtrair, multiplicar, dividir e realizar
comparações de números.
b) Operações de movimentação de dados: mover um dado de um local de ar-
mazenamento para outro.
c) Operações de entrada ou saída: transferir um valor para um dispositivo de
saída ou de um dispositivo de entrada para o processador.
Podemos compreender então, que a responsabilidade do processador é buscar e
executar as instruções existentes na memória, que determinam as operações que o
computador deve realizar. Essas instruções primitivas são denominadas instruções
de máquina e quando agrupadas formam os programas.
Este componente consiste em um circuito integrado. Para explicar o funciona-
mento deste componente, faz-se uma analogia comparando-o ao cérebro humano,
pois da mesma forma como o cérebro é responsável pelo raciocínio das pessoas,
no computador o processador executa as operações lógicas e aritméticas. A Figura
58 apresenta um processador Intel core I7.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 65
mória pode ser classificado em três níveis principais, a cache l1, l2 e l3. A cache
l1 compreende uma pequena porção de memória e está sempre presente dentro
do processador. Quanto mais memória cache estiver disponível, melhor será o
desempenho de um computador devido à alta velocidade deste tipo de memória.
66 ·
3.3
MEMÓRIA RAM
Na computação, memória são todos os dispositivos que permitem a um computador
guardar dados, temporariamente ou permanentemente.
O armazenamento de dados nos computadores é divido em dois grandes grupos
de dispositivos:
a) Memória primária ou principal: é onde os processos (programas em execução)
e os seus dados são armazenados para serem processados pela cpu. É formada por
dispositivos de memória de acesso rápido, com armazenamento de um menor
volume de dados, que geralmente não conseguem guardar a informação quando
são desligados.
b) Memória secundária: é onde os arquivos e dados são armazenados. É formada
por dispositivos de acesso mais lento, capazes de armazenar permanentemente
grandes volumes de dados.
A memória principal pode ser endereçada diretamente pelo processador e perde
seus dados na ausência de energia. A memória secundária pode ser acessada por
intermédio da memória principal, ou seja, a memória principal fornece uma ponte
para este acesso, e possibilita o armazenamento permanente de dados.
A memória ram, sigla em inglês para Random Access Memory, cuja tradução
livre consiste em memória de acesso aleatório e compreende um tipo de memória
primária. A Figura 59 ilustra um exemplo de memória ram. A função deste compo-
nente consiste em armazenar as informações necessárias para o processador em um
determinado momento, tal como os programas em execução, e fornece uma ponte
para as memórias secundárias, ou seja, aquelas que possibilitam o armazenamento
permanente de dados – por exemplo, os discos óticos como cds, dvds e Blu-Rays.
Este componente possui um grande efeito sobre o desempenho do computador.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 67
Agora que você sabe que a memória ram consiste em um tipo de memória princi-
pal, ou seja, ela pode ser acessada diretamente pelo processador, talvez esteja se
questionando sobre qual a relação da memória ram com a memória cache. A rela-
ção entre estes dois tipos de memória ocorre quando o processador procura uma
informação na memória cache e não encontra, recorrendo, então, à memória ram.
Esta busca na memória ram demora cerca de 150 ciclos do processador. Quando
uma informação é buscada na memória ram uma cópia da mesma fica armazenada
na memória cache, dentro do processador. Além da informação buscada, um bloco
de informações próximas à que foi buscada é trazido e armazenado na memória
cache, para que, se precisar acessar novamente ou acessar o que está próximo, a
informação já estará na cache e não precisará buscar na ram.
68 ·
podem ser acessadas por um barramento. Estas células são organizadas em linhas
e colunas, assim como uma planilha. A consulta propriamente dita é realizada
por um elemento denominado controlador de memória, geralmente presente no
chipset da placa-mãe ou internamente no processador. Para consultar um endereço
de memória, o controlador de memória primeiramente gera o índice equivalente
à linha, denominado ras (Row Address Strobe) e depois o índice equivalente à co-
luna, denominado cas (Column Address Strobe). A Figura 60 ilustra um exemplo
de acesso à memória ram.
Índice CAS
“coluna 4”
2 Endereço a
ser acessado
Índice RAS
“linha 3” 3
1 2 3 4
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 69
figura 61: Principais módulos de memória.
As memórias ddr, ddr2, ddr3 e ddr4 seguem a seguinte classificação: DDRx yyyy/
PCx zzzz. O primeiro número (x) indica se a memória é ddr (ausência de qualquer
número), ddr2 (x=2) ou ddr3 (x=3); o segundo número (yyyy) indica o clock má-
ximo que o módulo de memória suporta; o terceiro número (zzzz) indica a taxa de
transferência máxima da memória, medida em mb/s.
Por exemplo, um módulo de memória com a especificação ddr3 1600 pc3-12800,
significa que é uma Memória ddr3 e pode operar nominalmente a 1600 MHz,
transferindo até 12800 mb/s. A frequência nominal do módulo de memória é 1600
MHz, porém cada um dos chips de memória do módulo trabalha internamente a
200 MHz, neste caso, pois são realizadas 8 transferências por ciclo.
Esta seção descreveu a memória ram, um componente que influencia diretamente
no desempenho do computador. Foi apresentado que a função deste componente
consiste em armazenar dados, atuando como um tipo de memória principal no
computador e sua respectiva relação com a memória cache. Também foi detalhado
os elementos que compõem a memória ram, como os bits são representados inter-
namente e as consultas são executadas. Além disso, foram discutidos os principais
padrões de memória ram, tal como os padrões simm, dimm, ddr, ddr2 e ddr3.
70 ·
3.4
MEMÓRIA ROM
A memória rom (Ready-Only Memory) consiste em um tipo de memória gravada
pelo fabricante uma única vez e, após isto, podem ser somente lidas, sem sofrer
alterações ou serem removidas. Este tipo de memória também pode ser referenciado
apenas pela expressão memória somente leitura devido a sua natureza. Este tipo de
armazenamento é conhecido como não-volátil. Em contrapartida, a memória ram
armazena dados somente com a presença de energia, o que a classifica como uma
memória volátil, pois o conteúdo armazenado é perdido quando o computador
é desligado.
O termo memória rom pode ser usado para classificar diferentes tipos de memó-
rias, como a memória prom, eprom, eeprom, memórias flash, cd-rom e dvd-rom.
A memória proms (Programmable Read-Only Memory) consiste naquelas que
demandam dispositivos especiais para executar a operação de escrita e, após a
finalização desta operação, não podem ser modificadas ou deletadas. Os dados
gravados na memória eprom (Erasable Programmable Read-Only Memory) podem
ser apagados através do uso de radiação ultravioleta, possibilitando a reutilização
da mídia. Usando memórias eeprom (Electrically Erasable Programmable Read-On-
ly Memory) é possível modificar o conteúdo eletricamente, inclusive enquanto a
memória estiver em uso. A memória flash usa o mesmo princípio da eeprom, mas
são mais rápidas e possuem um custo menor. Os cds e dvd-roms consistem em
discos ópticos capazes de reter dados – a diferença é que os dvds possuem uma
capacidade de armazenamento superior. Uma das memórias rom mais conhecidas
no computador consiste na bios. A Figura 62 ilustra esta memória na placa-mãe
ao lado da sua bateria de lítio.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 71
figura 62: Memória rom bios.
72 ·
3.5
DISCO RÍGIDO
O disco rígido é o componente do computador responsável por armazenar dados,
tais como o sistema operacional, programas e dados pessoais dos usuários. Este
componente consiste em uma memória não volátil, ou seja, os dados armazenados
não se perdem quando o computador é desligado. Alguns sistemas operacionais
utilizam este componente para expandir a memória ram ao criar uma área de troca
entre estes tipos de memória. A Figura 63 ilustra um disco rígido e seus principais
elementos.
3 saiba mais: Existem outros nomes usados para este componente, tais como
hd (Hard Disk Drive), disco duro ou ainda winchester.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 73
Além do padrão ide, outro padrão muito usado em disco rígido é o sata. O padrão
sata possibilita taxas de transmissão de dados superiores ao ide, dispensa o uso de
jumpers e proporciona cabos de conexão com a placa-mãe mais finos, facilitando a
circulação de ar dentro do computador e impactando positivamente na dissipação
de calor. Devido às vantagens do sata em relação ao ide, o padrão sata têm domi-
nado o mercado atualmente, normalmente nas versões sata ii e sata iii. Entretanto,
em computadores mais antigos ainda é possível encontrar hds do padrão ide.
Os discos rígidos podem ser conectados e organizados com a técnica de raid
(Redundant Arrays of Independent Disks), ou seja, arranjos redundantes de discos
independentes. Nessa técnica, dois ou mais discos são combinados para propor-
cionar alto desempenho ou alta confiabilidade.
Os principais níveis de raid são:
a) Nível 0 (stripping): os discos se comportam como se fossem um só, pois os
dados são particionados e gravados em todos os discos simultaneamente. A ca-
pacidade de armazenamento é a soma das capacidades de cada disco e a taxa de
transferência de dados é o resultado de sua multiplicação pelo número de discos.
Aumenta o desempenho, porém se um disco falhar, os dados de todos os discos
ficam comprometidos.
b) Nível 1 (espelhamento): discos adicionais são usados para fornecer redundân-
cia dos dados. Quando uma operação de leitura ou escrita é solicitada, a mesma é
realizada simultaneamente nos dois discos. Se um disco falhar, o outro tem uma
cópia idêntica a qualquer momento, aumentando a segurança.
c) Nível 5 (paridade distribuída): utiliza segmentação dos dados e inserção de
Códigos de Correção de Erros (ecc) com paridade distribuídos em todos os discos
do arranjo. Desta forma, os discos têm o desempenho semelhante ao Nível 0 e se
um dos discos falhar, a informação pode ser recuperada através do ecc e do bit de
paridade dos demais discos.
Existem outros tipos de raid que combinam essas técnicas, como raid 4, raid
6, raid 0+1 e raid 10, dentre outros.
Esta seção apresentou o disco rígido, o principal componente responsável por
armazenar dados permanentes no computador. Foram apresentados os elementos
que compõem este componente e suas respectivas funcionalidades. Também foram
apresentados os benefícios do padrão sata, o modelo mais utilizado nos dias atuais.
74 ·
3.6
DRIVES DE ESTADO SÓLIDO – SSD
As principais vantagens do SSD são:
» Ausência de partes mecânicas.
» Ausência de vibrações.
» Completamente silenciosos.
» Mais resistentes.
» Menor peso.
» Consumo reduzido de energia.
» Consegue trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cerca de 70°C).
» Tempo de acesso reduzido, devido à memória flash.
» Realiza leituras e gravações de forma mais rápida, com dispositivos apresen-
tando 250 mb/s na gravação e 700 mb/s na leitura.
As desvantagens do ssd são o custo elevado e a capacidade de armazenamento
ainda menor que os hds, mas esses dois fatores negativos podem ser suprimidos
com o tempo. A Figura 64 apresenta um ssd.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 75
3.7
MONITOR DE VÍDEO
O monitor configura-se como em um componente de saída do computador e sua
função consiste em transmitir informações usando imagens. Podemos pensar no
computador como uma máquina que recebe instruções de entrada, executa ope-
rações e apresenta seus resultados. Até o momento estudamos os componentes
do computador responsáveis por processar instruções e armazenar dados. Agora
focaremos no monitor, o principal componente cuja função compreende apresentar
os resultados do processamento e armazenamento.
Os principais componentes de um monitor são: um display, um conjunto de
circuitos eletrônicos, um invólucro plástico e uma fonte de energia. O display con-
siste na parte do monitor que mostra as informações. Os circuitos eletrônicos são
projetados para suportar a apresentação das imagens na tela. O invólucro plástico
protege os componentes internos do monitor. Por último, a fonte de energia recebe
a energia elétrica para proporcionar o funcionamento do monitor.
Modelos de monitor de vídeo mais conhecidos consistem no lcd (Liquid Cristal
Display) e no lEd (Light Emitting Diode), mas ainda é possível encontrar o monitor
crT, que não são mais comercializados. Os monitores do tipo lcd são formados por
duas peças de vidro polarizado, preenchidas com cristal líquido e iluminados por
lâmpadas fluorescentes. Os monitores de lEd são monitores lcd com iluminação
usando lEds ao invés de fluorescentes. Este tipo de monitor é mais fino e tem um
consumo menor que o lcd convencional. Esse tipo de monitor tem um contraste
mais preciso e um número de cores maior, graças à qualidade da iluminação. En-
quanto que os monitores lcd normais têm em média 25 mil contrastes por pixel,
os monitores com lEd têm 5 milhões de contrastes por pixel. A Figura 65 apresenta
o modelo crT e a Figura 66 ilustra o modelo lcd.
76 ·
figUrA 66: Monitor lcd.
Uma diferença entre os modelos crT, lcd e ldE encontra-se no tipo de conector de
vídeo utilizado. Alguns modelos utilizam apenas o conector vgA (Video Graphics
Array), capaz de proporcionar resoluções de 640x350 pixels operando a 70 Hz até
2048x1536 pixels operando a 85 Hz e permite transferir dados de forma analógica.
A Figura 67 mostra um conector vgA. Alguns modelos lcd e lEd normalmente
oferecem suporte ao padrão vgA, mas oferecem melhores resultados usando o
conector hdmi (High Definition Multimedia Interface). A resolução do monitor
usando o padrão hdmi pode alcançar até 4k x 2k, isto é, 4096x2160 operando a 24
Hz. Além disto, através do padrão hdmi também é possível transmitir imagem e
áudio, diferente do padrão vgA que transmite apenas imagem. A Figura 68 ilustra
um conector hdmi. Analisando estas características, observa-se que o padrão hdmi
proporciona mais benefícios em relação ao vgA.
figUrA 67: Conector vgA.
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 77
Esta seção apresentou o monitor, o principal componente do computador, respon-
sável por transmitir informações para os usuários usando imagens. Foram descritos
os componentes mais importantes do monitor e suas respectivas funcionalidades.
Também foram detalhadas informações técnicas sobre monitores crt, lcd e led,
tais como suas vantagens e desvantagens e os tipos de conectores usados em cada
um destes tipos.
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3.8
TECLADO
O teclado consiste no componente utilizado pelo usuário para inserir dados no
computador. Devido a esta característica, este componente é frequentemente des-
crito como um dispositivo de entrada. A Figura 69 ilustra o teclado do computador.
figura 69: Teclado de computador.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 79
figura 70: Conector de teclado ps/2.
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3.9
MOUSE
O mouse consiste em um dispositivo para auxiliar o teclado no processo de entrada
de dados para o computador. A função deste dispositivo compreende movimen-
tar o cursor na tela do computador. Este dispositivo foi projetado para atuar em
computadores cujos sistemas operacionais são capazes de suportar uma interface
gráfica. A Figura 73 mostra a interface gráfica kdE, um tipo de interface usada no
sistema operacional Linux. Caso você tenha vivenciado o seu primeiro contato
com computadores a partir dos anos 80, isto pode ser uma novidade para você,
mas muitos computadores pessoais foram comercializados sem o mouse e sem
interface gráfica, como, por exemplo, os computadores equipados com os sistemas
operacionais cp/m e o ms-dos. Antes da interface gráfica, os usuários interagiam
com computadores por intermédio de uma interface de linha de comando, a qual
baseia-se na comunicação textual por meio do envio de comandos. A Figura 72
apresenta a interface de linha de comando do sistema operacional cp/m, o qual
foi projetado para computadores baseados nos processadores 8080/85 da Intel.
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 81
Agora que você já conhece a diferença entre uma interface gráfica e uma interface
de linha de comandos, vamos nos concentrar nas operações desempenhadas pelo
mouse e suas características. Ao todo, um mouse pode executar quatro operações,
sendo elas, o movimento, o clique, o duplo clique e arrastar/largar. Provavelmen-
te você usa estas operações no seu cotidiano e não entraremos em detalhe sobre
o funcionamento de cada uma delas. Normalmente, um modelo tradicional de
mouse possui dois ou três botões, o botão direito, o botão esquerdo e, em alguns
casos, o botão scroll.
Internamente, um mouse clássico pode ser descrito como uma placa de circuito
interno com seis componentes principais: a esfera, a roldana, o sensor fotoelétrico,
o led e os botões direito e esquerdo, conforme ilustra a Figura 74. A versão original
do mouse usava uma esfera para tocar a superfície, gerando as posições x e y da tela
do computador. Atualmente, os mouses são ópticos e operam basicamente tirando
fotografias que são comparadas para deduzir o movimento do mouse. A roldana era
usada para alterar a passagem da luz entre o led e o sensor fotoelétrico. No caso
do mouse clássico, a esfera acionava a roldana e o sensor elétrico fazia a leitura
da imagem e o led servia para indicar ao usuário que o mouse estava conectado
ao computador. Os botões direito e esquerdo possibilitam ao usuário executar as
operações para interagir com o computador.
82 ·
Um mouse pode ser conectado ao computador por meio de duas portas principais,
as portas ps/2 ou usb. A porta ps/2 apresenta as mesmas especificações que os te-
clados baseados neste tipo de porta. Para mais informações sobre a diferença entre
a porta usb e a ps/2 consulte a Seção 4.7. A diferença entre o conector ps/2 para
mouse e teclado consiste na cor. Os conectores ps/2 são verdes, conforme ilustra
a Figura 75, enquanto que os conectores para teclado usam a cor roxa.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 83
figura 77: Touchpad.
84 ·
3.10
GABINETE
O gabinete consiste no compartimento do computador para os demais componen-
tes do computador, exceto o monitor, o teclado e o mouse. Este compartimento
também é conhecido como case, caixa, chassis, carcaça ou torre. A Figura 78 apre-
senta um gabinete.
Um gabinete possui conectores para periféricos, baias, botões e pode ser construído
de diferentes tipos de materiais. Um periférico consiste em todo equipamento que
pode ser conectado ao gabinete, por exemplo, o mouse e o teclado. Os conectores
para os periféricos consistem nos espaços do gabinete reservados para os perifé-
ricos e podem ser encontrados na parte traseira do gabinete. As baias, também
conhecidas como gavetas, consistem nos espaços reservados para os drives de
cd/dvd, disquete, fonte de alimentação ou hd. Os botões são usados para ligar,
reiniciar e desligar o computador. Os materiais usados para construir os gabinetes
são geralmente o aço eletro galvanizado, alumínio ou plástico.
Cada componente do computador possui um lugar específico no gabinete.
Normalmente, a placa-mãe é parafusada na parte inferior ou lateral do gabinete. A
fonte de energia fica frequentemente fixada na parte superior traseira do gabinete.
Como mencionado anteriormente, os drives de cds, dvds e hds são alocados nas
baias. As fANs, ou coolers, são fixadas na parte de trás do gabinete, onde existem
aberturas para facilitar a dissipação de calor. A montagem de um computador nor-
malmente inicia pelas peças conectadas ao gabinete e se estende para os demais
componentes fixados na placa-mãe.
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 85
Esta seção apresentou o gabinete, o compartimento do computador usado para
armazenar a maior parte dos demais componentes. Foram explicadas as diferentes
nomenclaturas usadas para se referir a este compartimento, os principais elementos
que o compõem. Além disto, foi apresentada uma visão geral de onde os demais
componentes do computador são conectados ao gabinete.
Esta unidade apresentou os principais componentes do computador, focando
no propósito pelo qual cada um deles foi desenvolvido, fornecendo detalhes sobre
seu funcionamento, apresentando os modelos existentes e destacando a relação de
cada componente com os demais. Ao todo, foram apresentados nove componentes
principais, sendo eles a placa-mãe, o processador, a memória ram, a memória rom,
o disco rígido, o monitor de vídeo, o teclado, o mouse e o gabinete. Foi estudado
que a placa-mãe interliga todos os outros componentes, possibilitando o tráfego
de informações e o fornecimento de energia entre eles. Vimos que o processador
executa as operações lógicas e aritméticas, atuando de forma similar ao cérebro
no corpo humano. Foi apresentado que a memória ram consiste em um tipo de
memória primária capaz de armazenar as informações para o processador em um
determinado momento, podendo ser endereçada diretamente por ele e são capa-
zes de armazenar dados somente com a presença de energia. Em contrapartida,
vimos que a memória ROM consiste em um tipo de memória secundária capaz de
armazenar dados mesmo na ausência de energia. Foi estudado que o disco rígido
também é capaz de armazenar dados sem a ausência de energia, como por exemplo
programas e dados pessoais dos usuários. Foi discutido que o monitor de vídeo atua
como o principal componente do computador para transmitir informações para os
usuários usando imagens e que o teclado e o mouse consistem em componentes
para permitir que os usuários insiram dados no computador. Por fim, estudamos o
gabinete, o compartimento responsável por alocar os componentes do computador,
exceto o monitor, o mouse e o teclado.
86 ·
4
SIMULADORES
INTRODUÇÃO
T
alvez você já tenha se perguntado como poderá colocar em prática os concei-
tos aprendidos até aqui. Uma das formas que imediatamente vêm às nossas
cabeças é a experiência prática; no entanto, iniciar diretamente com ela pode
não ser uma boa ideia. Primeiramente, possuir um laboratório de hardware pessoal
equipado com diversos componentes de computadores e notebooks pode custar
facilmente mais de dez mil reais. Além disso, a falta de experiência na manipulação
dos componentes pode resultar em danos irreversíveis nos componentes, como,
por exemplo, através da queda dos componentes ou a sobrecarga de energia ao
escolher uma alimentação de energia superior às especificações. Atividades práticas
de montagem e manutenção de computadores são importantes; porém, são mais
indicadas quando o aluno possui um conhecimento avançado sobre a manipulação
dos componentes do computador.
Esta unidade tem como objetivo ensinar os alunos sobre a manipulação dos
componentes do computador, eliminando a necessidade da aquisição imediata de
componentes para montar um laboratório, e consequentemente possíveis danos
indesejáveis nos componentes. Desta forma, esta unidade utiliza softwares para
simular um laboratório de hardware. Através destes softwares, as atividades desem-
penhadas em um laboratório de hardware, tais como a apresentação dos compo-
nentes, o conhecimento das suas especificações, a instalação dos componentes e os
seus principais problemas podem ser estudados. A unidade está organizada como
segue. A Seção 4.1 apresenta o simulador de defeitos da Intel. A Seção 4.2 mostra o
simulador de montagem de desktops. A Seção 4.3 descreve as funcionalidades do
simulador de montagem de notebooks e a Seção 4.4 resume a unidade.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 89
4.1
SIMULADOR DE DEFEITOS
O simulador de defeitos foi projetado pela Intel com o objetivo de ensinar profis-
sionais iniciantes na área da manutenção de computadores a solucionar diversos
tipos de defeitos que podem ocorrer em um computador. Este simulador promove
um jogo ao propor desafios relacionados com o hardware e o software, sendo que
ao solucionar cada desafio o usuário recebe gratificações em forma de pontos e
componentes virtuais de um computador. Através deste simulador você poderá
aprender a solucionar problemas em um computador e se divertir ao mesmo tempo.
Agora que você já conhece um pouco sobre o simulador de defeitos talvez você
esteja se perguntando como instalar o programa para usufruir de seus benefícios.
A resposta para esta pergunta é: Você não precisará instalá-lo! O simulador de
defeito precisa apenas operar sob um sistema operacional Windows equipado
com o software Adobe Flash Player. Possuindo um ambiente computacional con-
figurado com estes softwares, você precisará apenas descompactar o arquivo do
simulador e clicar no seu arquivo executável chamado “Simulador.exe” para iniciar
o programa. Remover a necessidade de instalação do simulador consiste em uma
vantagem, pois elimina a indispensabilidade de atividades administrativas para
desinstalar o programa, tarefa que pode ser feita apenas removendo o diretório
onde se encontra o programa.
Ao iniciar o programa, você verá uma breve apresentação do simulador, e será dire-
cionado para a tela inicial. A apresentação do simulador envolverá uma animação
de poucos segundos e será realizada todas as vezes que o programa for executado.
A tela inicial do simulador apresentará um desafio e um conjunto de funcionali-
dades. A Figura 79 apresenta um exemplo da tela inicial do simulador de defeitos,
destacando as principais funcionalidades.
90 ·
figura 79: Tela inicial do Simulador de Defeitos.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 91
Fonte: dos autores, 2017.
92 ·
Vamos considerar a incitação apresentada na Figura 79 para exemplificar como
resolver um desafio no simulador de defeitos. Neste caso, o sintoma relatado era
que o computador travava ou reiniciava sozinho em qualquer momento, tanto
durante a utilização de quaisquer programas quanto antes do boot. Analisando o
sintoma, nota-se que os travamentos ocorrem antes mesmo do boot, o que elimina
a escolha de reparações baseadas em software. Desta forma, podemos passar para
as reparações baseadas em hardware.
Quando você passar a seta do mouse entre as opções de hardware, você visualizará
informações sobre ela, conforme ilustra a Figura 80. Dentre as opções de repara-
ção, a mais adequada para este sintoma consiste na substituição do processador,
pois quando este componente está defeituoso ocasiona diversos travamentos no
sistema. Ao escolher esta opção você receberá a mensagem ilustrada na Figura 81,
indicando que a resposta está correta.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 93
figura 82: Exemplo de recompensa por solucionar um desafio.
Esta seção descreveu o simulador de defeitos da Intel, o qual objetiva auxiliar pro-
fissionais iniciantes no ramo da informática a interpretar sintomas de problemas
no hardware e software de um computador e encontrar uma ação de reparo para
concertá-lo. Um diferencial deste simulador consiste no seu projeto em forma de
jogo, o que estimula o seu uso e facilita o aprendizado. Outro benefício do simulador
consiste no suporte à língua portuguesa.
94 ·
4.2
SIMULADOR DE MONTAGEM DE
DESKTOPS
O simulador de montagem de desktop foi desenvolvido para auxiliar no aprendi-
zado dos passos necessários para montar um computador desktop, explorando
os componentes do computador e proporcionando um ambiente para testar os
conhecimentos sobre este assunto. Este simulador foi desenvolvido pela empresa
Cisco como uma ferramenta para auxiliar a capacitação de profissionais da área
da informática.
Para possuir uma versão deste simulador em seu computador pessoal, não existe
a necessidade de uma instalação típica, apenas possuir os requisitos de software
necessários. Estes requisitos consistem no sistema operacional Windows e o software
Adobe Flash, ou seja, os mesmos softwares necessários executar o simulador de
defeitos. Possuindo estes softwares, você precisará apenas descompactar o arquivo
com o simulador e executar o arquivo executável localizado no diretório raiz.
Sempre que iniciado, o simulador apresenta um tutorial em inglês explicando
como usar a ferramenta. A Figura 83 ilustra a tela do simulador explicando sobre os
três modos de operação, sendo eles, o modo aprendizado, o modo teste e o modo de
exploração. O modo aprendizado, destacado com o número 1 na figura, possibilita
a montagem de um computador desktop. O modo teste, salientado na figura com o
número 2, possibilita a construção de um computador desktop sem proporcionar
nenhuma assistência. Enquanto que o modo de exploração (ver número 3) provê
informações sobre as especificações e componentes do computador. Ao escolher
estes modos, o aluno pode encontrar uma funcionalidade mais adequada com suas
necessidades de aprendizagem, entretanto para quem nunca usou o simulador,
aconselha-se começar pelo modo de aprendizagem.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 95
figura 83: Modos de Operação do Simulador de Desktops.
96 ·
Na camada Motherboard você aprenderá as funcionalidades da placa-mãe e seus
componentes. A camada Adapter Cards aborda como os componentes se conectam
com a placa-mãe, por exemplo, a placa de vídeo e a placa de rede. A camada Inter-
nal Drivers se concentra no ensino de como os drivers são conectados, tal como o
driver de disquete e o disco rígido. A camada External Bays ensina a conexão dos
drivers externos, tais como o mouse e o teclado. A camada Internal Cables aborda
a conexão dos cabos internos e a camada External Cables abrange a conexão dos
cabos externos. Recomenda-se que usuários comecem pela camada Power Supply
e avancem pelas demais para ter uma experiência completa sobre a montagem de
um computador.
No modo de aprendizado, você encontrará informações sobre quais componentes
compõem a camada escolhida no simulador. Ao clicar no botão “Show Instructions”
será apresentado uma lista passo-a-passo sobre as instruções necessárias para
instalar um componente. Quando todos os componentes de uma camada forem
propriamente instalados, o simulador gerará uma notificação informando que a
instalação da camada está completa e habilitará a seleção da próxima camada do
simulador.
Os modos de teste e exploração proporcionam funcionalidades capazes de ofertar
um diferente tipo de aprendizado. O modo teste apresenta todos os componentes
necessários para construir um computador virtualmente, dispensando a abstra-
ção das camadas utilizadas no modo aprendizado e o botão de ajuda contendo
instruções de instalação dos componentes. Este modo é aconselhado para usuá-
rios mais experientes no emprego simulador. O modo de exploração proporciona
informações complementares sobre os componentes e permite aplicar zoom e
girar os componentes em 360 graus para melhor visualizá-los. A Figura 85 ilustra
o modo de exploração, onde no canto superior direito da figura encontram-se as
opções para girar o gabinete para melhor visualizá-lo.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 97
As partes necessárias para montar o computador estão localizadas no botão “An-
tistatic Mat” na parte inferior do simulador, como destaca a Figura 86. Este botão
possibilita a navegação para o lado direito e esquerdo para selecionar o componente
mais adequado para determinado estágio da montagem do computador.
98 ·
Para alinhar um componente, basta clicar nos botões que descrevem o sentido
horário e anti-horário até encontrar o posicionamento desejado. Após o alinha-
mento, basta clicar na seta apontando para baixo para instalar o componente. Caso
o alinhamento escolhido esteja incorreto, o simulador apresentará um “x” em
vermelho. Se o componente foi posicionado corretamente, após pressionar o botão
de instalação, o simulador gerará uma animação da instalação do componente.
Agora que conhecemos as funcionalidades do simulador de desktop, vejamos
um exemplo de como utilizá-lo. Este exemplo considera a escolha do nível Power
Supply e o modo de aprendizagem, conforme ilustra a Figura 88. A montagem do
computador no simulador compreende três passos, a escolha do componente, seu
alinhamento e sua instalação. No nosso exemplo, o componente escolhido foi a
fonte de alimentação. A Figura 89 ilustra como o componente pode ser alinhado,
enquanto que a Figura 90 apresenta o posicionamento correto. Após alinhar o
componente corretamente, basta clicar na seta para baixo para instalá-lo, obtendo
assim o resultado apresentado na Figura 91.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 99
figura 90: Instalação de Componente no Simulador Desktop.
100 ·
4.3
SIMULADOR DE MONTAGEM DE
NOTEBOOKS
O simulador de montagem de notebooks foi desenvolvido para auxiliar profissionais
iniciantes na área da informática em como montar um notebook. Assim como o
simulador de montagem de desktops, este simulador foi projetado e implemen-
tado pela Empresa Cisco, apresentando uma interface e funcionalidades muito
semelhantes. Todavia, a principal diferença entre eles consiste no propósito pelo
qual foram projetados, pois o simulador de montagem de notebooks proporciona
o aprendizado sobre conceitos relacionados com a operação de notebooks.
A instalação do simulador de notebooks é exatamente igual ao simulador de
montagem de desktops e do simulador de defeitos. Os requisitos mais importantes
para instalação consistem em possuir o sistema operacional Windows e o software
para suporte de multimídia Adobe Flash. Ao possuir estes atributos, você precisará
apenas baixar o programa, descompactá-lo e clicar duas vezes no arquivo execu-
tável principal.
Sempre que você acessa o simulador, será apresentado um rápido tutorial expli-
cando como usar a ferramenta. Este tutorial explicará que o simulador é organizado
em três modos de operação, sendo eles, o modo de aprendizado, o modo de teste
e o modo de exploração, assim como o simulador de desktop. Outras semelhanças
entre estes softwares consistem no emprego da ferramenta “Antistatic Mat” para
selecionar o componente para montar o laptop e a possibilidade de girar os com-
ponentes para encontrar o melhor alinhamento antes da instalação. Sugerimos
uma leitura da seção anterior para obter mais informações sobre esta forma de
organização e destas funcionalidades.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 101
ou melhorar as funcionalidades do notebook, tal como adicionar um disco rígido,
um driver óptico ou leitores de cartão. A camada Docking Station Layer Access pro-
porciona a conexão de dispositivos, tais como mouse, teclados e monitor externo. A
camada External Cables Layer Access permite conectar cabos externos, tais como o
cabo do monitor, o cabo de rede e o cabo de energia. Recomenda-se começar pela
camada Underside Layer Access e avançar pelas demais completando a montagem,
todavia, o simulador possibilita alterar as camadas em qualquer momento.
102 ·
cor amarela, indicando a necessidade de removê-lo. Para remover o parafuso, apenas
clique uma vez sobre ele. O simulador apresentará uma animação sobre a remoção
do parafuso e guardará este componente na barra de seleção de componentes.
Na sequência, será mostrado o compartimento de memórias sem o parafuso –
para removê-lo clique neste componente. Ao remover a tampa do compartimento,
será mostrado o pente de memória RAM do notebook, conforme ilustra a Figura 95.
Para remover o pente de memória, basta clicar sobre ele. Após o primeiro clique,
você verá que o pente será levemente deslocado e necessitará de mais um clique
para removê-lo completamente. Após executar esta ação, os pentes de memória ram
serão removidos e guardados na barra de seleção de componentes do simulador
junto com outros componentes, conforme ilustra a Figura 96.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 103
figura 96: Pente de Memória Removido.
104 ·
5 PRÁTICAS DE
SISTEMAS OPERACIONAIS
INTRODUÇÃO
N
este ponto do estudo, você já estudou sobre a história da informática e dos
componentes de hardware. Aprendeu sobre os processadores, memória
principal e secundária, ram, rom, bios, placa-mãe, monitor, conheceu
detalhes técnicos do disco rígido e demais componentes. Sistemas operacionais
é uma das grandes áreas de estudo da ciência da computação. Possui um amplo
conjunto de responsabilidades no que tange ao gerenciamento de recursos do
hardware e software, intermediar a interação usuário computador e facilitar o
uso do computador. A partir de agora vai conhecer e aprender sobre os sistemas
operacionais, vai compreender sobre suas características e objetivos, um pouco da
história e também sua instalação. Esta unidade contém seções que conceituam um
sistema operacional, diferenciam software proprietário de software livre, instalação
do Windows 10 e instalação do Linux Ubuntu.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 107
5.1
SISTEMA OPERACIONAL
Os sistemas operacionais (SOs) são programas criados com o objetivo de facilitar
o uso do computador por parte de seus usuários. Neste caso, usuário é qualquer
pessoa que precise utilizar um computador: pode ser um programador ou alguém
que o utilize para atividades mais comuns, como redigir um texto, enviar um e-mail
ou pesquisar na Internet. Outra forma de visualizar o sistema operacional é como
um gerenciador de recursos do hardware (tanenbaum, 2009). Mas que recursos
são esses? Para o computador funcionar, é necessário que diversos componentes
físicos trabalhem em conjunto, como a memória, o processador e o disco rígido.
Dessa forma, além de facilitar a comunicação entre o usuário e o computador, o
sistema operacional também tem a função de gerenciar os recursos do hardware.
Os recursos gerenciados pelo sistema operacional são: processos, sistema de ar-
quivos, memória e Entrada/Saída.
108 ·
um terceiro usuário acesse, altere ou exclua arquivos que não lhe pertencem. Os
sistemas operacionais possuem sistemas de arquivos distintos. Como exemplo, o
sistema de arquivos do Windows chama-se ntfs e o do Linux chama-se ext4, mas
existe grande diversidade de opções. Entre os exemplos mais comuns de arquivos,
estão programas, mp3, fotos e textos salvos no disco rígido do computador.
O gerenciamento de memória é peça fundamental de um sistema operacio-
nal. Mesmo com a redução do custo e ampliação da capacidade de memória dos
computadores, é primordial o gerenciamento eficiente deste recurso, pois impacta
diretamente na performance. Com base nessas informações o sistema aloca e libera
memória para os processos (programas em execução) e administra a troca (swap)
entre memória principal e secundária. O gerenciador de memória usa um sistema
de endereçamento para localizar cada parte da memória ram (conhecida também
como memória principal) alocando ou removendo processos conforme demandado
com base nesses endereços. Há situações em que a demanda pela memória ram
extrapola sua capacidade física. Para evitar problemas, o gerenciador de memória
do sistema operacional usa uma técnica chamada swapping, que nada mais é do
que usar uma área do disco rígido reservada para swap e descarregar uma parte
dos dados contidos na memória ram. Assim, minimiza-se de forma significativa o
risco do computador ter seu funcionamento interrompido por falta de espaço na
memória principal.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 109
uma camada intermediária entre o usuário e o sistema operacional, aqui represen-
tada pela aplicação. Ambos os modelos são possíveis, pois em alguns momentos o
usuário pode interagir direto com o sistema operacional ou pode usar aplicações,
que, por sua vez, têm interação com o sistema operacional. Um exemplo típico de
interação, conforme (a), ocorre quando o usuário utiliza comandos que são exe-
cutados diretamente pelo kernel (núcleo) do sistema, também conhecidos como
comandos internos. A imagem (b) exemplifica quando o usuário está editando um
texto que precisa ser salvo num determinado formato de arquivo, em que o editor
de textos aciona o sistema operacional e solicita uma operação de gravação de um
arquivo no disco rígido do seu computador.
O sistema operacional é composto por diversos programas para que alcance seus
objetivos. Lembrando que, entre os objetivos de um sistema operacional, está o
gerenciamento de recursos do hardware e também servir de intermediário entre o
usuário e o computador. Portanto, para que um sistema atenda a esses requisitos é
necessário um conjunto bastante amplo de programas para que possa realizar suas
funções. Com o objetivo de organizar todos esses programas que compõem o SO,
usualmente eles são divididos em dois modos: modo usuário e modo administrador
(ou root, conforme o SO utilizado). Os programas que pertencem ao modo usuário
podem ser executados por usuários ditos “normais” enquanto que os programas
pertencentes ao modo administrador somente podem ser executados pelo usuário
administrador do sistema operacional. É bem fácil perceber quando precisamos
utilizar o usuário administrador, pois, quando estamos trabalhando com o compu-
tador e precisamos instalar um aplicativo, normalmente o sistema nos apresenta
uma mensagem pedindo a senha do administrador para que o mesmo possa ser
instalado. Isso ocorre porque existem áreas (pastas e outros recursos) do sistema
operacional que são de acesso restrito ao administrador do sistema.
O objetivo de dividir os programas que compõem o sistema operacional nestes
dois modos, administrador e usuário, é garantir a segurança. Com essa estrutura é
110 ·
possível limitar o que cada usuário tem permissão para acessar, como pastas, arqui-
vos específicos e recursos do hardware. Isso evita que um usuário mal-intencionado
ou desatento altere, exclua ou danifique arquivos de outros usuários ou até mesmo
do próprio sistema operacional. Se isso acontecer, há o risco de o computador não
funcionar corretamente e, em casos mais graves, impossibilitar que o sistema entre
em operação e, consequentemente, impedindo o uso do computador.
Existem vários sistemas operacionais no mercado, para diversos cenários possí-
veis. Assim, alguns autores criaram classificações para os sistemas operacionais, pois
cada cenário de uso pode exigir especificidades diferentes. Entre as classificações
estão os sistemas multitarefas, sistemas de servidores, sistemas para computadores
de grande porte, sistemas para dispositivos portáteis, sistemas operacionais de
computadores pessoais, entre muitos outros. Neste estudo focamos nos sistemas
operacionais de computadores pessoais. Entre os sistemas operacionais para com-
putadores pessoais mais usados e conhecidos estão: o sistema operacional Windows,
o Linux e o os x. Ainda antes de iniciar nosso estudo sobre os sistemas operacionais
Windows e Linux, se faz necessário compreender como o SO é licenciado, pois a es-
colha pelo uso de um determinado sistema passa por uma série de requisitos legais.
Dessa forma, vamos primeiro compreender a diferença entre software proprietário
(ou comercial) e software livre (livre, não necessariamente gratuito).
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 111
5.2
DIFERENÇA ENTRE SOFTWARE
LIVRE E SOFTWARE PROPRIETÁRIO
(OU COMERCIAL)
Conforme apresentado anteriormente, os sistemas operacionais podem ser clas-
sificados de acordo com as necessidades técnicas para cada contexto em que será
usado, com relação às suas características como multitarefa, multiusuário e mul-
tiplataforma, ou ainda como sistema embarcado ou intermediário entre usuário
e computador. Contudo, é primordial compreender o que é o licenciamento de
software, os modelos de licenciamento mais utilizados atualmente, suas principais
características e implicações legais. Esse conhecimento é requisito para todo profis-
sional da área de computação, pois decisões corretas sobre o tipo de licenciamento
a adotar, bem como o conhecimento das obrigações resultantes dessas escolhas,
contribuem para a formação de um profissional ético e responsável.
Quando um programador ou uma empresa desenvolve um software tem o direito
de decidir sobre a maneira como este software é registrado, impactando na forma
como poderá ser licenciado às pessoas que o adquirirem. Ou seja, se ele será um
software proprietário e/ou comercial ou, ainda, se será um software livre. Quando
adquirimos um programa para usar em computador, apenas utilizamos uma licença
de uso, pois o direito autoral permanece da pessoa ou empresa que o desenvolveu.
Quando adquirimos e instalamos no computador um software proprietário esta-
mos nos submetendo às regras especificadas pelo desenvolvedor ou fabricante do
software. Geralmente entre essas regras estão: restrições de uso, validade da licença,
a não responsabilidade do fabricante caso algum dano ocorra resultante de seu uso
e principalmente a restrição quanto a fazer cópias deste software sem autorização
do desenvolvedor (waslawick, 2016). Se o usuário que comprou um software pro-
prietário fizer cópias não autorizadas pelo fabricante estará cometendo pirataria. Por
outro lado, existe o software livre, muito conhecido por ser gratuito – uma das suas
características. Mas existem outros fatores que devemos compreender sobre software
livre, possivelmente mais importantes do que a gratuidade. O software livre respeita
as chamadas “4 liberdades”, que tem como guardiã a Free Software Foundation (fsf).
112 ·
Segundo a fsf, para que um programa seja considerado livre, ele deverá seguir as “4
liberdades”. Porém, é importante compreender que software livre é muito mais do
que um programa grátis. É comum confundir software livre com software grátis, já
que em inglês a palavra free (free software) é utilizada em ambos os sentidos e isso
pode gerar dificuldades de interpretação quando falamos em software livre. Ou seja,
é necessário respeitar as 4 liberdades citadas para classificar um software como livre.
O termo software é bastante abrangente porque é usado para designar uma
diversidade muito grande de programas livres ou proprietários. Entre eles estão:
suítes de escritório (ex. Libre Office, Microsoft Office), aplicativos de edição gráfica
(ex. GIMP, Adobe Photoshop), sistemas comerciais para gerenciamento de empre-
sas e também os próprios sistemas operacionais Windows (software proprietário),
Linux (software livre) e os x (software proprietário), sendo estes últimos o foco desta
unidade. Apenas para deixar claro, os sistemas operacionais que serão estudados
nesta unidade são o Windows e o Linux. O Windows pertence à empresa Microsoft,
a qual o mantém como um sistema proprietário. Para instalá-lo em seu computador
e usá-lo é necessário adquirir uma licença de uso. Em geral, quando compramos
um computador novo é comum que seja acompanhado de uma licença original
do Windows, mas é sempre importante certificar-se da originalidade do software.
O sistema operacional Linux é um software livre, ou seja, atende aos requisitos im-
postos para seu licenciamento. Dessa forma, podemos copiá-lo gratuitamente sem
infringir nenhuma legislação, bem como usufruir de todas as 4 liberdades determi-
nadas pela Free Software Foundation para que um software seja considerado livre.
Mais algumas informações teóricas importantes serão apresentadas no mo-
mento oportuno ao longo da explanação sobre a instalação dos sistemas Windows
e Linux. Usaremos diversas imagens para facilitar a visualização e compreensão
do processo de instalação de ambos os sistemas. Agora, vamos colocar a mão na
massa, começando pelo sistema operacional Windows.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 113
5.3
WINDOWS
Este tópico considera que o computador onde será instalado o Windows é novo ou
que é um equipamento que possa ser formatado, ou seja, ter seus dados comple-
tamente apagados e que a cópia backup (cópia de segurança) dos seus arquivos,
imagens, fotos, textos, planilhas já foi feita. Se ainda não fez o backup, faça-o antes
de iniciar a instalação do sistema, sob pena de perder seus arquivos e dados de
forma permanente.
O processo de instalação do Windows inicia com a configuração do bios do
seu computador para inicializar através do drive de cd/dvd. Coloque a mídia que
contém o Windows no drive do seu computador e o reinicie. Ao iniciar o software
instalador do sistema a primeira janela é apresentada (ver Figura 98) solicitando a
escolha do idioma, formato de hora e moeda e teclado ou método de entrada. Ao
concluir as escolhas de acordo com suas preferências e padrões, clique em Avançar
para dar continuidade ao processo de instalação.
Como é possível visualizar na Figura 99, o sistema mostra a opção “Instalar agora”,
como opção principal, que é a desejada neste momento. Nesta janela, o Windows
mostra também a opção chamada “Reparar o computador”.
3
saiba mais: Essa opção de reparo normalmente é utilizada somente se tiver
problemas com um Windows já instalado em seu computador, a ponto de
se tornar instável, motivando a execução do processo de reparação, o que
não é o caso neste momento.
114 ·
figura 99: Instalação ou Reparação.
Se este Windows alguma vez foi instalado em seu computador e já tenha uma conta
criada junto à Microsoft, selecione a opção “Não tenho uma chave de produto”, não
há necessidade de digitar a chave neste momento por que, ao incluir uma conta de
usuário posteriormente, o Windows 10 será ativado automaticamente.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 115
Para fins didáticos, escolhemos a opção “Não tenho a chave de produto”. Após
essa decisão sobre ativação do Windows 10, o sistema solicita a escolha da versão
a ser utilizada, que deverá ser a prevista em sua licença. Neste caso selecionamos
a versão Windows 10 Home (ver Figura 101). No geral, para o uso pessoal a versão
Windows 10 Home deverá atender satisfatoriamente. Feita a seleção pela versão
Home clique em Avançar para dar continuidade.
3 saiba mais: Existem diversas versões do Windows 10, entre elas estão:
Windows 10 Home, Windows 10 Pro, Windows 10 Educação, Windows 10
Enterprise. Cada uma dessas versões se aplica a uma necessidade diferente
de negócio, como exemplo, podemos ter em instituições de ensino o uso da
versão Windows 10 Educação, enquanto em uma empresa pode ser necessária
a versão Windows 10 Enterprise.
116 ·
figura 102: Avisos e termos de licença.
Na etapa seguinte o sistema pergunta “Que tipo de instalação você deseja?” (veja a
Figura 103). Como consideramos que esta instalação do Windows 10 é realizada em
um computador novo ou que desejamos limpar completamente uma instalação an-
tiga, foi selecionada a opção “Personalizada: instalar apenas o Windows (avançado)”.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 117
4 termo do glossário: A formatação física é realizada pelo fabricante
do equipamento, ao término do processo de fabricação – portanto, essa
formatação é realizada uma única vez. É neste processo que o disco é dividido
em trilhas, setores e cilindros.
Ao falar sobre formatação lógica, torna-se necessário discutir também sobre par-
ticionamento de disco. Particionar discos tem diversos objetivos: facilitar a admi-
nistração do espaço em disco, instalar mais de um sistema operacional diferente
no mesmo computador e até mesmo melhorar a performance de servidores ao
selecionar a partição adequada para serviços específicos. Na prática, uma partição
é uma fatia do espaço de um disco rígido. Como exemplo podemos imaginar um
disco rígido de 500 gb que vamos dividir em duas partições, cada uma com 250
gb, e que depois instalaremos dois sistemas operacionais diferentes, um em cada
partição. Ao dividir o disco em partições podemos formatar cada uma delas com
um sistema de arquivos diferente, por isso é possível ter mais de um sistema ope-
racional instalado no mesmo disco rígido – observado que cada um dos sistemas
deverá ficar em uma partição. Com essas informações prévias sobre disco rígido,
formatação, particionamento e sistema de arquivos, podemos retomar o processo
de instalação do Windows 10.
Após esta explanação o sistema pergunta: “Onde quer instalar o Windows?” (veja
a Figura 104). Essa pergunta se deve à escolha do disco rígido (caso exista mais do
que um disco no computador) ou em qual partição do disco queremos instalar o
Windows (se o disco tiver mais de uma partição). Nessa instalação adotamos um
disco único com uma única partição, que é o local onde efetuaremos a instalação.
Selecione o item “Espaço Não Alocado da Unidade 0” e clique em Avançar.
118 ·
O sistema formata o disco rígido, ou seja, marca as trilhas e setores, conforme as
regras do sistema de arquivos ntfs e dá início à instalação de todos os programas
que compõe o sistema operacional Windows 10. O início dessa etapa do processo
pode ser visto na Figura 105.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 119
A próxima etapa solicita a inclusão dos dados da sua credencial junto à Microsoft,
caso já tenha uma ou se deseja criar uma conta neste momento (ver Figura 107).
Para a prática de sistemas operacionais, optamos por clicar em “Ignorar esta etapa”,
pois essa é uma tarefa que pode ser feita posteriormente, sem prejuízos para a
compreensão da instalação do sistema operacional Windows 10 e mantendo assim
o foco no assunto principal desta unidade.
120 ·
figura 108: Conta de usuário.
O instalador do sistema convida agora para conhecer a Cortana (ver Figura 109),
perguntando se deseja usá-la. Como o objetivo aqui é a instalação do sistema e não
o uso da assistente, clique na opção “Agora não”. A Cortana pode ser configurada
para uso posteriormente, no momento em que julgar conveniente.
4
termo do glossário: A Cortana é um robô que atua como assistente pessoal,
podendo lhe ajudar a lembrar sobre tarefas que solicitar para ela, como “me
lembre de agendar consulta”, além de outras características específicas.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 121
Finalmente, o sistema Windows 10 Home está instalado e funcionando. Durante o
percurso descrito neste material focamos no processo de instalação. Este foi ape-
nas o primeiro passo. A partir de agora, é importante ampliar o conhecimento a
respeito do sistema com leituras e pesquisas complementares sobre o tema, a fim
de conhecer as características do sistema. Quanto mais aprofundar e dominar os
recursos associados a este sistema operacional, melhor será seu aproveitamento
no uso do software e maior o retorno quando aplicado em ambiente profissional.
O sistema operacional Windows está funcionando, assim o próximo passo é
aprender como instalar e desinstalar programas. Estes procedimentos não apresen-
tam dificuldades – com algumas dicas básicas e seguindo as instruções dos próprios
aplicativos é suficiente para instalar e desinstalar programas para uso cotidiano.
2
interatividade: Acesse o site e faça o download
http://www.avg.com/br-pt/homepage
DESINSTALAÇÃO
Uma das formas de realizar o processo de remoção de um aplicativo inicia-se por
clicar no ícone da bandeira do Windows. Procure a opção Configurações e clique.
O sistema apresentará uma janela com um campo de busca. Neste, digite Painel
de Controle, logo esta opção será apresentada, clique nela. No painel de controle,
uma das opções apresentadas é Programas, logo abaixo está a opção Desinstalar um
programa. Clique na opção de desinstalação. Na janela que o sistema mostra, tem
a lista com os programas instalados em seu computador. Escolha o programa que
deseja remover, clique sobre o nome dele e, por fim, clique na opção Desinstalar.
122 ·
5.4
LINUX
O Linux foi criado por Linus Benedict Torvalds por volta do ano 1991. Nesta época,
ele desenvolveu o kernel (núcleo) do sistema. Entre suas motivações para criar o
Linux, estava a necessidade que sentia de ter um sistema operacional robusto, ca-
paz de fazer uso dos recursos disponibilizados nos processadores da época, como
80386 (noal, 2016). No ano de 1988, Linus Torvalds iniciou seus estudos em Ciência
da Computação na Universidade de Helsinki, na Finlândia. Ele experimentou os
sistemas ms-dos, Minix e Unix. Contudo, o primeiro não explorava os recursos do
processador 80386; o Minix, por sua vez, era um sistema desenvolvido por Andrew
Tanenbaum com objetivos didáticos e tinha suas limitações; por fim, o sistema Unix
era o mais robusto, mas tinha custo bastante alto para um estudante de computação
(campos, 2006). Neste momento, Torvalds decidiu por criar seu próprio sistema
operacional inspirado no Unix.
O desenvolvimento do Linux se deu entre os anos de 1989 a 1991, sendo que
sua primeira versão oficial foi lançada em 5 de outubro de 1991 (ward, 2015). O
desenvolvimento do Linux tinha como foco principal apenas o kernel do sistema.
Contudo, para que um sistema seja funcional para seus usuários é necessário
utilizar alguns programas de apoio, como uma interface de comunicação entre o
usuário e o computador, um compilador ou ainda um editor de textos puro (que
não utiliza formatação em suas páginas e caracteres – estes editores são usados
principalmente para programação de computadores). Para resolver essa falta de
ferramentas de apoio, Linus Torvalds passou então a utilizar programas também
licenciados sob a forma de software livre já naquela época, conhecidos como gnu.
Com isso, o Linux passa a contar com seu próprio kernel, a interface para interação
usuário-computador conhecida como bash (gnu Born Again Shell) e o compilador
gcc (gnu C compiler).
Apesar de ter desenvolvido o núcleo e fazer uso do bash e do compilador, o
sistema ainda precisava de outros programas para compor o sistema operacional.
Para atender essa necessidade de complementar o SO com demais ferramentas
de apoio, com o tempo surgiram as distribuições Linux, onde foram agregados
demais programas para compor o sistema operacional e torná-lo de fácil uso por
seus usuários.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 123
o uso do sistema, como suítes de escritório (ex. Libre Office), editores de imagens
(gimp, Inkscape), entre outros.
Atualmente, existem diversas distribuições no mercado, algumas desenvolvidas
por entidades sem fins lucrativos e outras por empresas que tem como objetivo
oferecer serviços associados à sua distribuição e, é claro, cobram por isso. Qualquer
pessoa, empresa ou organização pode criar sua própria distribuição Linux, consi-
derando que o kernel e demais programas são softwares livres. As distribuições são
criadas para atender a objetivos específicos – algumas são voltadas para o usuário
leigo como redigir textos, navegar pela Internet, usar ferramenta de comunicação,
e-mail, etc. Outras distros (distro é um apelido bastante usado para se referir a
uma distribuição Linux) são mais indicadas para desenvolvedores, pois possuem
pacotes mais voltados à programação e desenvolvimento de aplicações, e ainda
existem distribuições criadas com ferramentas para quem trabalha com segurança
de redes ou de servidores.
A lista de distribuições é bastante grande; portanto, não temos como citar todas
aqui, mas se tiver interesse em conhecer mais algumas é só pesquisar na Internet
procurando por “lista de distribuições Linux” que a própria Wikipedia disponibiliza
um link com uma infinidade delas. Aqui apresento apenas as distribuições mais
conhecidas e/ou usadas atualmente, Debian, Fedora, CentOS, Kali, Mint, openSUSE
e Ubuntu, sendo esta última o objeto de estudo desta unidade.
2 interatividade: https://www.ubuntu.com/download
124 ·
Após clicar no link chamado “Ubuntu Desktop”, surge outra página para escolher
uma das versões do Ubuntu que a Canonical (empresa que criou a distribuição
Ubuntu) disponibiliza para download: Ubuntu 16.04.1 LTS e Ubuntu 16.10 (ver
Figura 110). Existem algumas diferenças entre elas que são relacionadas à escolha
dos pacotes de software usados para compor a distribuição. A Ubuntu 16.10 é a
versão que utiliza pacotes ainda em fase de testes, portanto corre-se o risco de se
ter o software ainda instável. Por isso, para trabalhar com este livro, escolhemos a
primeira, ou seja, a Ubuntu 16.04.1 LTS, que a princípio é mais estável. Para escolher
a versão indicada clique em “Download” no quadro referente à opção desejada.
Antes de clicar em “Download”, é importante observar os requisitos mínimos
de hardware para que o Ubuntu possa funcionar bem no computador em que for
instalado. Funcionar bem significa que ele apresenta uma performance adequada,
sem demora para iniciar o sistema operacional e sem lentidão para carregar as
aplicações que deseja utilizar, como editor de textos, planilhas, ferramentas de pro-
gramação, etc. Lembrando, é claro, que cada aplicativo que instalar posteriormente
em seu computador também deverá ter seus próprios requisitos de hardware. Os
requisitos mínimos de hardware para o Ubuntu são processador dual core de 2ghz
ou 2gb de memória ram, 25 gb de espaço livre no disco rígido, drive de dvdou uma
porta usb para a mídia de instalação e acesso à Internet (ver Figura 110).
Na figura seguinte, está demonstrada uma página onde a Canonical apresenta a
possibilidade de fazer doação de recursos financeiros para a empresa. Visto que o
sistema operacional Linux Ubuntu é grátis, essa é uma forma de ajudar a empresa
a continuar seu desenvolvimento. Contudo, é um pedido de doações, não é obri-
gatório. Se não quiser efetuar doações, basta clicar no link “Not now, take me to the
download” que iniciará o download sem custo nenhum (ver Figura 111).
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 125
5.4.3 Instalação do sistema operacional
O sistema operacional Linux pode ser instalado a partir de uma mídia de cd/dvd
ou de um pendrive. O download do arquivo que contém a imagem ISO, conforme
demonstrado anteriormente, deverá ser salvo em um cd/dvd ou em um pendrive
através de um processo que o torne uma mídia inicializável para começar o processo
de instalação. Para iniciar a instalação do sistema operacional Linux, é necessário
inserir a mídia (cd/dvd ou pendrive) que contém o sistema e ligar o computador.
Ao ligar o computador, o sistema é inicializado, este processo é chamado de boot do
sistema (ver Figura 112). O sistema solicita a escolha do idioma que será utilizado,
conforme é possível visualizar na Figura 112. Após selecionar o idioma Português do
Brasil, a interface será traduzida para a língua portuguesa. Clique em “Instalar Ubuntu”.
126 ·
figura 113: Baixar Atualizações e Instalar Software de Terceiros.
Após as definições sobre o que baixar e/ou instalar é preciso escolher o Tipo de ins-
talação (ver Figura 114). Considerando que o sistema será instalado em um compu-
tador que não tenha nenhum sistema operacional ou que deseja apagar tudo o que
havia no computador e começar uma instalação completamente nova, a opção a ser
escolhida é “Apagar disco e reinstalar o Ubuntu”. Outra opção importante disponível
nesta interface é a “Opção avançada” que, quando utilizada, possibilita que seja feito
o particionamento manual do disco rígido. Particionamento nada mais é do que
dividir um disco rígido em pedaços menores, como explicado no tópico referente à
instalação do Windows.
licenciatura em computação |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 127
Após a escolha da opção “Apagar disco e reinstalar o Ubuntu” na interface “Tipo de
instalação” basta clicar em “Instalar agora” para ir ao próximo passo. O sistema per-
guntará (ver Figura 115): “Escrever as mudanças nos discos?”. Clique em “Continuar”.
3 saiba mais: Essa informação permite, entre outras coisas, que o sistema
operacional possa ajustar o fuso horário do computador, mantendo assim
seu relógio atualizado.
A próxima etapa (ver Figura 116) solicita a indicação do Layout do teclado. Consideran-
do que o seu teclado possua uma tecla chamada C cedilha, representada graficamente
por ç ou Ç, escolha a opção Português (Brasil) no primeiro e segundo quadros – este
modelo de teclado também é conhecido por abnt2. Embaixo de ambos os quadros, há
um campo onde poderá clicar para testar as opções de teclas e confirmar se escolheu
a opção correta. Ainda é possível clicar no botão Detectar layout do teclado, que o
ajudará a definir qual escolha deverá ser feita. Contudo, essa função de detecção pode
apresentar falhas e não detectar corretamente, exigindo que a escolha seja manual.
Após a escolha, clique em “Continuar” para ir para a etapa seguinte.
128 ·
figura 116: Layout do teclado.
Agora o sistema quer saber “Quem é você?” (ver Figura 117). Nessa interface, o sistema
lhe apresenta os campos para saber Seu nome, Nome do seu computador, Escolha
um nome de usuário, Escolha uma senha e o campo Confirme sua senha. Ao preen-
cher todos os campos, o sistema automaticamente cria o seu usuário com base no
conteúdo preenchido no campo “Escolha um nome de usuário”, que é necessário
para acessar o sistema. Marque também a opção “Solicitar minha senha para entrar”
– isso forçará o sistema operacional a pedir usuário e senha quando o computador
for ligado. O campo “Nome do seu computador” deve ser preenchido com o nome
que deseja atribuir ao seu equipamento – este será o nome pelo qual sua rede o
identificará; portanto, é necessário que também seja preenchido. Se estiver em uma
rede corporativa ou empresarial será necessário conversar com o administrador para
verificar se existe algum padrão de nome para computador, o qual deve ser utiliza-
do. Caso contrário, atribua um ao seu gosto. Por fim, clique em “Continuar” para o
sistema iniciar a instalação propriamente dita (ver Figura 118).
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 129
figura 118: Instalação em andamento.
130 ·
há a opção Desenvolvimento web – clique nela e depois no lado direito da interface
clique em Editor Bluefish (ver Figura 119). Por fim, clique em Instalar (ver Figura 120).
O sistema solicitará sua senha para iniciar o processo de instalação (ver Figura 121).
Agora é só aguardar o encerramento do processo de instalação.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 131
figura 121: Solicitação da senha do usuário.
Para remover um aplicativo que foi instalado, basta acessar a ferramenta Ubuntu
software, que pode ser visualizado na barra vertical à esquerda da tela do seu sis-
tema Linux Ubuntu, representado por uma pasta laranja que tem como símbolo a
letra A de aplicativos. Na sequência, clique na opção Instalados que está no topo da
janela, escolha o aplicativo que deseja desinstalar e clique em Remover. O sistema
solicitará sua senha (ver Figura 121). Aguarde o processo de remoção ser concluído.
Afinal de contas, qual a melhor opção de sistema para usar, o livre ou o proprie-
tário? A resposta mais interessante para essa pergunta é variável. Cada organiza-
ção, empresa ou desenvolvedor têm necessidades específicas e, conforme essas
especificidades, o profissional de tecnologia deve escolher a opção que melhor se
adequa às necessidades técnicas ou políticas da organização.
Por que aprender sobre diversos sistemas operacionais, sejam eles software
livre ou proprietário? A grande sacada está em ter liberdade, mas liberdade de quê?
132 ·
Liberdade de escolha para usar o sistema operacional que melhor se adequa para
as situações encontradas durante a vida profissional. Se for um profissional da
área de tecnologia da informação, é importante saber sobre os diversos sistemas
operacionais, porque as organizações ou empresas onde for trabalhar poderão
optar pelo sistema que se adequa às necessidades da empresa, ou ainda, se for
professor, poderá ensinar para seus alunos transmitindo, além do conhecimento,
a liberdade de escolha.
Nesta unidade, vimos sobre os sistemas operacionais, principalmente sobre
o Windows e Linux. Analisamos suas características e um pouco da sua história.
Aprendemos como instalar e desinstalar programas em ambos os sistemas. Compre-
endemos sobre formatação e partição de discos. Todo o conteúdo visto aqui merece
ser estudado mais a fundo, com o uso de material complementar. É recomendado
usar principalmente os títulos usados nas referências, afinal, quanto mais compre-
endermos sobre sistemas operacionais, maior será a qualidade da nossa formação.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 133
6MONTAGEM DE
COMPUTADORES
134 ·
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 135
INTRODUÇÃO
P
ara realizar a montagem de um computador, é necessário identificar e conhe-
cer os componentes envolvidos e tomar algumas precauções para realizar a
instalação dos mesmos de forma adequada e segura.
136 ·
6.1
COMPONENTES DA PLACA-MÃE
A Figura 123 apresenta uma placa-mãe típica de um computador atual.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 137
g) Conectores sATA 6 gb/s (sATA 3).
h) Conector de ventoinha da fonte de alimentação (pwr_fAN, 3 pinos).
i) Conectores sATA 3 gb/s (sATA 2).
j) Jumper Limpar cmos (clr_cmos) – use este jumper para limpar os valores cmos
(exemplo – informação de data e configurações Bios) e retorne os valores cmos às
predefinições de fábrica. Para limpar os valores de cmos, coloque a capa do jumper
nos dois pinos para causar curto temporário dos dois pinos ou use um objeto de
metal como uma chave de fenda para tocar os dois pinos durante alguns segundos.
1
ATENção: Sempre desligue o seu computador e desconecte o cabo de energia
da tomada de energia antes de limpar os valores de cmos.
Depois de limpar os valores de cmos e antes de ligar o seu computador,
certifique-se de remover a capa do jumper. A falha em fazê-lo pode causar
danos à placa-mãe.
Após o reinício do sistema, vá para Configuração do Bios para
carregar os padrões de fábrica ou configure manualmente a Bios.
138 ·
l) Conectores usb 2.0/1.1 – cada conector pode fornecer duas portas usb, sendo
cada uma composta por 4 pinos: vcc, d-, d+ e gnd. A Figura 125 apresenta os pinos
do conector usb.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 139
A Figura 126 apresenta os conectores do painel traseiro e na sequência a sua descrição:
140 ·
6.2
PRECAUÇÕES PARA INSTALAÇÃO
A placa-mãe contém inúmeros circuitos eletrônicos e componentes delicados que
podem ser danificados por uma descarga eletrostática (esd). Antes da instalação,
leia atentamente o manual do usuário e siga esses procedimentos:
» Sempre desconecte o cabo de energia da tomada antes de instalar, remover a
placa-mãe ou outros componentes de hardware.
» Ao conectar componentes de hardware nos conectores internos da placa-mãe,
certifique-se que estejam conectados firmemente e de maneira segura.
» Ao manusear a placa-mãe, evite tocar nos condutores de metal ou conectores.
» É aconselhável usar uma pulseira de descarga eletrostática (esd) ao manusear
componentes eletrônicos. Caso não possua pulseira esd, mantenha as mãos secas
e toque num objeto de metal primeiramente para eliminar a eletricidade estática.
» Antes de ligar a energia, verifique se a voltagem da fonte de alimentação está
de acordo com o padrão local de voltagem.
» Para evitar danos à placa-mãe, não permita que parafusos entrem em contato
com os circuitos da placa-mãe ou seus componentes.
» Certifique-se de não esquecer parafusos ou componentes de metal colocados
na placa-mãe ou dentro do gabinete do computador.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 141
6.3
INSTALAÇÃO DA CPU E DO COOLER
DA CPU
Antes de começar a instalar a cpU, certifique-se de que o soquete da cpU na placa-
-mãe é compatível com a cpU, e siga os seguintes passos:
a) Pressione a alavanca do soquete da cpU para baixo e para longe do soquete
e em seguida levante completamente a alavanca do soquete da cpU com a placa
metálica. Remova a tampa de soquete da cpU conforme mostra a Figura 127, man-
tendo o dedo indicador sobre a faixa traseira da tampa de soquete e deslizando
a extremidade frontal (próximo à marca "rEmovEr"), removendo a tampa. Não
toque nos contatos do soquete. Para proteger o soquete de cpU, mantenha sempre
a cobertura de proteção do soquete quando a cpU não estiver instalada.
142 ·
c) Alinhe o pino 1 de marcação (triângulo) da cpU com o canto do pino 1 do
soquete da cpU (ou alinhe as marcas da cpU com os chanfros de alinhamento do
soquete) e cuidadosamente insira a cpU na sua posição, conforme a Figura 129.
d) Uma vez que a cpU estiver devidamente inserida, use uma mão para segurar
a alavanca do soquete e use a outra mão para repor a placa metálica levemente.
Ao repor a placa de carga, verifique que a extremidade frontal da mesma está sob
o parafuso de apoio, conforme a Figura 130(a). Empurre a alavanca do soquete da
cpU novamente para a posição travada, conforme a Figura 130(b).
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 143
g) Coloque o cooler em cima da cpU alinhando os quatro pinos nos orifícios da
placa-mãe. Empurre os pinos diagonalmente até ouvir um “clique”. Verifique se os
pinos de encaixe macho e fêmea estão bem juntos, conforme a Figura 132.
figUrA 132: Fixando o cooler da cpU.
144 ·
6.4
INSTALAÇÃO DE MEMÓRIA
Antes de instalar um módulo de memória, certifique-se de que a placa-mãe suporta
a memória. Recomenda-se que memórias de mesma capacidade, marca, velocidade
e chips sejam utilizadas. Certifique-se que o computador esteja desligado antes de
instalar ou remover um módulo de memória.
Os módulos de memória possuem encaixes que impedem a conexão invertida e
em conectores não compatíveis, conforme a Figura 134. Caso não consiga inseri-lo
no slot, troque a direção e verifique se o módulo de memória é compatível com o
slot. Módulos de memória ddr3 e ddr2 não são compatíveis um com o outro ou
com módulos ddr.
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 145
figura 135: Instalando um módulo de memória.
146 ·
6.5
INSTALAÇÃO DOS COMPONENTES
NO GABINETE
O próximo passo consiste em instalar os componentes no gabinete. Para isso, siga
os seguintes passos:
a) Remova os parafusos que fixam as laterais do gabinete.
b) Desencaixe e remova as tampas laterais do gabinete.
c) Remova a chapa traseira dos conectores padrão do gabinete, conforme a
Figura 136, e instale a chapa correta que acompanha a placa-mãe.
LICENCIATURA EM COMPUTAÇÃO |
Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 147
1 ATENção: A conexão incorreta do conector USB frontal na placa-mãe provoca
danos nos dispositivos UsB.
foNTE: TE (goo.gl/c9BZmd)
148 ·
i) Conecte o cabo sATA no hd, dvd e Blue-Ray e no respectivo conector da pla-
ca-mãe, conforme a Figura 141.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 149
6.6
CONFIGURAÇÃO DO BIOS
Basic Input/Output System (bios) é um sistema básico de entrada e saída, que
registra parâmetros de hardware do sistema no cmos da placa-mãe. Suas principais
funções incluem a realização do Power-On Self-Test (post) durante a inicialização
do sistema, que o processador, memória e controladora de vídeo estão presentes
e funcionando. Permite também ao usuário modificar as configurações básicas do
sistema ou para ativar certos recursos.
Quando a energia é desligada, a bateria da placa-mãe fornece a energia neces-
sária para o cmos manter os valores de configuração.
Para acessar o programa de configuração do bios, deve ser pressionada a tecla
Delete, F2 ou F10 (dependendo do modelo) durante o post quando o computador
está inicializando. Também é possível escolher o dispositivo de boot cujo sistema
operacional será inicializado através do pressionamento da tecla F8 ou F12.
Atualmente, todas as placas-mãe permitem a atualização do bios para suportar
novas funcionalidades do hardware, através do download da nova versão e insta-
lação via software.
As principais funcionalidades do bios, que podem variar de acordo com o
modelo, são:
Save cmos to bios – salva as configurações atuais.
Load cmos from bios – carrega um perfil de configurações salvo anteriormente.
Load fail-safe defaults – carrega uma configuração básica do sistema, que não
proporciona o melhor desempenho, mas garante a maior compatibilidade entre
dispositivos de hardware, minimizando problemas como erros e travamentos.
Load optimized defaults – carrega uma configuração otimizada para um melhor
desempenho.
Standard cmos features – configura a data e hora do sistema, tipo de disco rí-
gido (hd), o comportamento do sistema em caso de erros de hardware durante a
inicialização, dentre outros.
Advanced bios features – configura a ordem dos dispositivos na inicialização
do sistema, características da cpu e a definição da controladora de vídeo principal
(on-board ou externa).
Integrated peripherals – configura todos os dispositivos periféricos, como sata,
usb, áudio integrado, placa de rede (lan), dentre outros.
Power management setup – configura todas as funções de gerenciamento de
energia.
pc Health status – exibe as informações de temperatura e voltagem da cpu e
velocidade das ventoinhas.
Set supervisor password – define ou desabilita a senha que permite alterar a
configuração do bios.
Set user password – define ou desabilita a senha para acessar o computador e
visualizar as configurações do bios.
150 ·
Password check – define quando a senha será solicitada: a cada vez que inicializar
o sistema ou apenas quando entrar no modo de configuração do bios.
Save & exit setup – salva a configuração no cmos e sai do programa.
Exit without saving – sai do programa sem salvar as alterações.
Todos os modelos de placa-mãe possuem bios que detectam automaticamente as
frequências de operação da cpu, barramentos e memória, de acordo com o modelo
instalado. Alguns modelos de bios permitem alterar manualmente as configurações
de frequência da cpu, barramentos e memória, para obter um desempenho acima
do especificado pelo fabricante (overclocking), o que pode causar superaquecimento
e danificar os componentes.
Para alterar as configurações do bios que esteja protegido por senha, deve-se
fazer o processo de "limpar" a configuração através do jumper Clear cmos Setup
da placa-mãe ou removendo e recolocando a bateria. Deve-se esperar alguns se-
gundos para recolocar a bateria.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 151
6.7
VERIFICAÇÃO DA FONTE DE
ALIMENTAÇÃO
A fonte de alimentação é responsável por converter a corrente alternada da rede
elétrica de 127 ou 220 Volts para corrente contínua de 5, 12 e 3,3 Volts para os com-
ponentes eletrônicos do computador.
Quando o computador não liga, a primeira coisa que deve ser testada é se há
algum problema com a fonte de alimentação. Se a fonte está ligando, mas o com-
putador não, o problema está no hardware do computador. Verifique se todos os
conectores estão devidamente conectados e se os módulos de memórias estão
devidamente encaixados, especialmente verifique se está ligado corretamente o
conector do interruptor de energia (Power Switch) do gabinete frontal com o res-
pectivo conector na placa-mãe.
Se a fonte de alimentação não está ligando, o primeiro teste a ser realizado é
verificar se há energia elétrica na rede elétrica à qual o computador está conectado.
Para isso, é necessário um multímetro e deve-se verificar se há tensão de 127V ac
ou 220V ac na mesma e se a chave seletora da tensão fonte de alimentação está de
acordo com a rede. Verifique também se o cabo de alimentação está corretamente
conectado na tomada e na fonte de alimentação.
Se estiver tudo certo com a rede elétrica, é preciso testar a fonte. Desconecte a
fonte da tomada e desconecte o cabo de alimentação atx 24 pinos da placa-mãe.
Pegue um clipe de papel metálico, sem pinturas e dobre-o de modo que ele fique
com duas pontas para baixo ou utilize um fio metálico maleável, com as pontas
desencapadas.
Com o cabo de alimentação da placa-mãe em mãos, localize o terminal do fio
verde e insira uma das pontas do clipe ou do fio e a outra ponta conecte no fio preto
(gnd), conforme a Figura 143.
152 ·
Reconecte a fonte de alimentação à rede elétrica e verifique se a fonte ligou. Se a
fonte não ligou, o problema está na fonte de alimentação e deve-se verificar se o
fusível da mesma está em boas condições. Porém, isso normalmente necessita de
um ferro de solda e pode envolver testes e substituições de componentes eletrônicos
e provavelmente substituição da fonte de alimentação.
Se a fonte ligou, é necessário testar as tensões da mesma com o auxílio de um
multímetro, testando cada um dos pinos com o multímetro. Para isso, coloque a
ponteira preta em qualquer um dos pinos que tem um fio preto e, com a ponteira
vermelha, teste todos os demais pinos, medindo a tensão em Volts com Corrente
Contínua numa escala que vai até 20 Volts, conforme a Figura 144.
Teste a tensão nos seguintes pinos dos cabos da fonte de alimentação e verifique
se os mesmos estão dentro dos limites aceitos, de acordo com o Quadro 5.
Se algum dos pinos estiver com a tensão fora dos limites é necessário substituir
a fonte de alimentação. Se todos estiverem adequados e o computador não está
ligando, algum componente do hardware do computador está mal conectado ou
defeituoso.
Nessa Unidade, você conheceu os detalhes práticos da montagem e manutenção
de computadores, com a identificação de cada conector, as precauções na mon-
tagem e o passo a passo para realização da montagem. Aprendeu também alguns
detalhes sobre a configuração do Bios para o correto funcionamento do computador.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 153
CONSIDERAÇÕES FINAIS
E
ste material apresentou os principais conceitos sobre a montagem e ma-
nutenção de computadores. Através deste material você obteve uma visão
geral de como funciona um computador e como os principais componentes
de hardware e software se relacionam para colocar um computador em operação.
O material também apresentou a evolução dos computadores, compreendendo
desde os primeiros dispositivos criados para executar operações matemáticas até
as principais contribuições tecnológicas dos circuitos integrados. Também estuda-
mos os principais componentes de hardware do computador, onde abordamos o
propósito de cada componente, fornecendo detalhes sobre seu modo de operação
e descrevendo a função de cada componente em relação aos demais. Estudamos
ainda como usar os simuladores para criar um ambiente virtual capaz de colocar
em prática as técnicas de montagem e manutenção de computadores, dispensando
a necessidade da aquisição dos componentes físicos reais do computador apenas
para obter um contato inicial com estas técnicas. Aprendemos ainda sobre a insta-
lação de diferentes tipos de sistemas operacionais e como adicionar e remover os
programas aplicativos utilizados pelos usuários comuns. Para finalizar, estudamos
como montar um computador, abordando os principais conceitos sobre as técnicas
envolvidas neste processo.
154 ·
REFERÊNCIAS
campos, a. O que é Linux. BR-Linux. Florianópolis, março de 2006. Disponível em
<http://br-linux.org/faq-linux>. Acesso em: 02 jan. 2017.
jain, r. The Art of Computer System Performance Analysis: Techniques for Experi-
mental Design, Measurement, Simulation and Modeling. New York: Wiley Computer
Publishing, John Wiley & Sons, 1991.
morimoto, c. e. Hardware II: o Guia Definitivo. Porto Alegre: Sul Editores, 2010.
noal, l. a. j. Linux para Linuxers: do desktop ao datacenter. 1. ed. São Paulo: No-
vatec Editora Ltda, 2016.
tibet, c. v. Linux administração e suporte. São Paulo: Novatec Editora Ltda, 2001.
ward, b. Como o Linux Funciona: o que todo superusuário deveria saber. 1. ed.
São Paulo: Novatec Editora Ltda, 2015.
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 155
ATIVIDADES DE REFLEXÃO
OU FIXAÇÃO
Esta seção propõe um grupo de atividades dos assuntos apresentados neste mate-
rial. Segue a lista de exercícios:
Unidade 1:
Unidade 2:
1. Explique quais as tarefas cotidianas dos povos antigos que motivaram a necessi-
dade da criação de dispositivos mais sofisticados para executar cálculos complexos.
156 ·
6. Cite os principais acontecimentos que consolidaram o advento dos computadores
digitais e sua importância neste período.
Unidade 3
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Laboratório de montagem e manutenção de computadores · 157
5. Qual a diferença entre os conectores de padrão sata e pata?
13. Qual a função da memória ram e qual a sua relação em relação às demais me-
mórias do computador?
14. Quais são os componentes internos da memória ram e qual sua função?
16. Quais os diferentes padrões de memória ram e quais são os mais utilizados
atualmente?
19. Para que serve o disco rígido e quais os diferentes nomes que ele pode ser
chamado?
23. Qual a diferença dos monitores de vídeo crt para os monitores lcd?
158 ·
25. Qual a função do teclado no computador?
26. Quais os tipos de conectores que um teclado pode usar e qual o mais eficiente?
31. Para que serve o gabinete e quais são os diferentes nomes pelos quais ele pode
ser conhecido?
Unidade 4
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Unidade 5
Unidade 6
7. Há risco de ligar as portas usb frontais invertidas e o que isso pode acarretar?
160 ·