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Prevalentes
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
DOENÇAS CARDIOVASCULARES........................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
DOENÇAS VASCULARES E HIPERTENSÃO ARTERIAL................................................................... 11
CAPÍTULO 2
CARDIOPATIAS........................................................................................................................ 24
UNIDADE II
ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS............................................................................................................ 41
CAPÍTULO 1
RINITE, RINOSSINUSITE E TOSSE CRÔNICA................................................................................. 41
CAPÍTULO 2
ASMA E DPOC........................................................................................................................ 47
CAPÍTULO 3
TUBERCULOSE......................................................................................................................... 54
UNIDADE III
ENFERMIDADES INFECCIOSAS.............................................................................................................. 59
CAPÍTULO 1
AGENTES INFECCIOSOS.......................................................................................................... 59
CAPÍTULO 2
FISIOPATOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS....................................................................... 62
UNIDADE IV
ENFERMIDADES DO SISTEMA RENAL...................................................................................................... 69
CAPÍTULO 1
FISIOPATOLOGIA DO SISTEMA RENAL E TRATAMENTO................................................................ 69
UNIDADE V
ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL.................................................................................. 74
CAPÍTULO 1
DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL............................................................................ 74
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 88
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
No ambiente hospitalar, o profissional da saúde vai se deparar com uma infinidade de
doenças. Desde as mais prevalentes, até as mais raras. De acordo com o tipo de hospital,
determinadas doenças menos comum, podem ser de maior frequência. Como exemplo,
podemos citar os hospitais especializados em cardiologia. Evidentemente, que nesses
locais, vão surgir doenças cardiológicas comuns e incomuns. E aquelas que seriam
consideradas menos comuns, nesse tipo de hospital, passam a ser bastante recorrentes.
Bases de fisiopatologia
Nessa breve introdução, utilizei os termos: doenças, patologia, fisiopatologia e clínicas.
Mas o que representa cada um desses termos?
Quadro1.
Derivado do grego pathos: sofrimento, doença; e logia: estudo, ciência. Portanto é o estudo das doenças em geral. Na patologia,
Patologia
teremos a base para o entendimento das doenças. Estuda as alterações celulares, teciduais e dos órgãos.
Fisiopatologia É uma forma de estudo da patologia. Agrupa em sistemas e suas inter-relações, ou mesmo no organismo como um todo.
8
Do latim dolentia, significa padecimento. Termo não técnico, popularizado, que abrange tanto a patologia como a fisiopatologia.
Doenças
Sinônimo de enfermidades.
Do grego, kliné, que significa “procedimento de observação direta e minuciosa”. Relacionado aos sinais (alterações visíveis, que
Clínica
podem observadas) e aos sintomas (relacionado ao que o paciente sente).
Quadro 2.
Figura 1.
Fonte: o autor.
Objetivos
»» Apresentar a fisiopatologia das doenças prevalentes no ambiente hospitalar.
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DOENÇAS UNIDADE I
CARDIOVASCULARES
CAPÍTULO 1
Doenças vasculares e hipertensão
arterial
Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são as de maiores prevalências e representam cerca de 30%
das causas de morte no Brasil. O acidente vascular e o infarto do miocárdio representam
as doenças cardiovasculares mais comuns. Nos Estados Unidos, cerca de 4 a 5 milhões
de pessoas procuram os serviços de saúde com quadro sugestivo de isquemia miocárdica.
Deste total 2 milhões recebem confirmação do diagnóstico. Cerca de 1,5 milhão
apresentam infarto agudo do miocárdio e aproximadamente 250 mil morrem antes de
chegar ao hospital. O Brasil é 10o colocado, no mundo, em doenças cardiovasculares.
Aterogênese
Aterosclerose
»» dieta inadequada;
11
UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
»» sedentarismo;
»» tabagismo;
»» envelhecimento.
»» hipertensão;
»» diabetes mellitus;
»» obesidade;
»» dislipidemias.
Aterogênese dislipidêmica
Oriunda da dislipidemia (DLP). Caraterizada pelo distúrbio nos níveis de lipídios e/ou
lipoproteínas no sangue. A DLP, também conhecida como hiperlipidemia ou
hiperlipoproteinemia, é um distúrbio que leva ao aumento dos níveis de lipídeos
(gorduras) circulantes no sangue. Os lipídeos e o colesterol são transportados pelo
sangue na forma de lipoproteínas e são classificadas nas seguintes classes:
Podem ser primária quando têm origem genética ou secundária quando são
consequência de outras doenças ou uso de medicamentos como: diabetes mellitus,
hipotireoidismo, insuficiência renal crônica, hepatopatia, obesidade, alcoolismo,
administração de altas dosagens de diuréticos, β-bloqueadores, corticosteroides,
anabolizantes.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Classificação etiológica:
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Tabela 1. Valores de referência dos lípides para indivíduos > 20 anos de idade.
Figura 3.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Tromboembolia
Tratamento da tromboembolia
15
UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Cascata de coagulação
O processo de coagulação do sangue é o resultado de diversas reações químicas que
envolvem um grupo de enzimas plasmáticas específicas denominadas de fatores
de coagulação. As proteínas plasmáticas são convertidas em enzimas ativas (fatores
de coagulação – Quadro 3). A cascata da coagulação é dividida em duas vias, uma
intrínseca e extrínseca tendo como resultado final a ativação da trombina que promove
a conversão do fibrinogênio em fibras de fibrina (Figura 4).
Quadro 3. Fatores de coagulação sanguínea e substâncias relacionadas com suas respectivas funções e alvo de
ações de fármacos.
Fonte: Tabela adaptada e disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Coagulação_sanguínea>. Acessado em: setembro 2016.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
»» Fármacos pró-coagulantes
›› Vitamina K
»» Fármacos anticoagulantes
Fármacos antiplaquetários
»» Dipiridamol.
Fármacos fibrinolíticos
Grupos Representantes
Antiplaquetários Ácido acetilsalicílico; ticlopidina; clopidogrel; prasugrel; dipiridamol; ticagrelor.
Heparina e heparinas de baixo peso
Heparina; enoxaparina; nadroparina; dalteparina; tinzaparina; logiparina; reviparina; ardeparina.
molecular
Anticoagulantes orais Varfarina; dicumarol; femprocumona.
Estreptoquinase; uroquinase; alteplase (t-PA); anistreplase (APSAC); estafiloquinase; reteplase;
Trombolíticos
tenecteplase; lanoteplase.
Antagonistas de trombina Hirudina; hirulog; ximelagatrana; dabigatrana.
Inibidores de receptores IIb-IIIa Lamifibana; tirofibana; xenlobibana; abciximabe; eptifibatida.
Inativadores diretos do fator Xa Fondaparinux; sódico; rivaroxabana.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Hipertensão arterial
Situação clínica caracterizada por elevação crônica acima dos valores normais da pressão
arterial (PA) sistêmica (PAS). Os valores podem ser padronizados para a hipertensão
quando a pressão diastólica for maior que 90mmhg e/ou sistólica maior que 140mmhg.
»» insuficiência cardíaca;
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
»» demências;
»» nefropatias;
»» retinopatia hipertensiva.
Preocupe-se mais com a pressão arterial diastólica (mínima). Não que a pressão
sistólica não represente um risco real. Mas vale relembrar o que cada uma dessas
pressões significa:
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Tratamento farmacológico
»» Vasodilatadores:
»» diuréticos;
»» betabloqueadores;
»» inibidores da ECA;
»» betabloqueadores + diuréticos;
»» vasodilatadores;
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CAPÍTULO 2
Cardiopatias
Cardiopatias isquêmicas
A cardiopatia isquêmica se refere a um grupo de síndromes relacionadas resultantes de
isquemia do miocárdio, como a angina de peito e suas variantes e o infarto do miocárdio.
Mecanismos fisiopatológicos
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
›› obstrução vascular;
›› hipovolemia.
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Idade
»» Homens ≥ 45 anos
»» Mulheres ≥ 55 anos
Histórico familiar
»» IM definido ou morte súbita em pai ou familiar de primeiro grau do sexo masculino com menos de 55 anos.
»» IM definido ou morte súbita em mãe ou familiar do sexo feminino com menos de 65 anos.
Tabagismo atual
HAS
HDL baixo (< 40 mg/dl)
Dieta não saudável
»» estável ou típica;
»» instável.
Angina estável
Tipo de dor torácica mais comum. Causada por aterosclerose coronária crônica.
Torna-se vulnerável à isquemia adicional. Ou seja, uma sobrecarga cardíaca, relacionada
à atividade física; estresse emocional, ou esforço físico. Os sintomas são aliviados pelo
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
repouso ou por uso de vasodilatadores. Não costuma estar associada diretamente com o
IAM. Diferentemente do IAM, é crônica, podendo ser acompanhada por sintomatologia
de meses, anos ou décadas.
Angina instável
Tratamento farmacológico
›› nitratos orgânicos;
›› antagonistas do cálcio.
»» Angina instável:
Epidemiologia do IAM
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
adequada tem sua parcela de responsabilidade, mas o estresse é crucial nesses valores.
Diversos trabalhos apontam o estrogênio com um fator protetor do miocárdio. Portanto
as mulheres passam a ser mais suscetíveis após a menopausa.
»» Idade.
»» Tabagismo (↑ de 200%).
»» Sexo masculino.
»» Genética.
»» Sedentarismo.
»» Diabetes.
Quadro clínico
O quadro clínico pode ser bastante heterogêneo e variar a ponto de quase não produzir
sintomas até os listados a seguir:
»» palidez;
»» sudorese intensa;
»» fadiga extrema;
»» náuseas e vômitos;
»» ansiedade;
Diagnóstico
A Organização Mundial de Saúde (OMS) criou o seguinte critério para o diagnóstico do IAM:
›› elevação enzimática.
Ou seja, não são necessários que ocorram os 3 critérios, mas ao menos 2. Quando somente
há um dos critérios, ele isoladamente não é suficiente para o fechamento do diagnóstico
clínico.
Tratamento farmacológico
»» oxigenoterapia;
»» anticoagulantes (Heparina);
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Figura 7.
Insuficiência Congestão
Cardíaca venosa ICC
Fonte: o autor.
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma patologia limitante com altos índices de mortalidade
em seus casos mais avançados. É caracterizada por um comprometimento da capacidade
do coração em oferecer um débito cardíaco adequado às necessidades metabólicas
dos tecidos, podendo envolver o ventrículo direito, o ventrículo esquerdo, ou ambos.
Essa condição pode ser ocasionada por fatores patológicos como: cardiopatias, fatores
circulatórios (com sobrecarga de volume – aumento da pré-carga) ou sobrecarga de
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Diagnóstico
Para o diagnóstico de ICC é necessário que a FE esteja abaixo dos 50%. Valores entre
50 e 60% são considerados limítrofes, e passível de acompanhamento especializado.
São considerados normais valores maiores que 60%, mas vale salientar que não existe
eficiência de 100%.
»» Miocardiopatias:
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Insuficiência anterógrada
Insuficiência retrograda
Evento Inicial
IAM Insuficiênia Cardíaca Congestiva
Valvulopatia
Hipertensão Arterial
Cardiopatia Congênita ↓ Débito Cardíaco
Miocardiopatia Dilatada
Sistema Renina-
Ativação Simpática
Angiotensina
Fonte: o autor.
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
Quadro clínico
As principais manifestações clínicas são:
»» dispneia;
»» cansaço e fadiga;
»» agitação e irritabilidade;
»» edema de membros/anasarca.
›› insuficiência respiratória.
»» Insuficiência renal.
»» Encefalopatia hipóxica.
»» Congestão venosa.
De acordo com a New York Heart Association, baseada no grau de limitação funcional
dos pacientes:
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Tratamento farmacológico
»» Objetivos farmacológicos:
›› redução da pós-carga;
›› redução da volemia;
›› aumento do inotropismo.
Choque circulatório
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DOENÇAS CARDIOVASCULARES │ UNIDADE I
»» Outras causas:
›› Sepse.
›› Choque tóxico.
›› Choque neurogênico.
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Tratamento farmacológico
O tratamento funcional do choque se dará de acordo com sua etiologia, sendo assim, no
caso do choque hemorrágico onde ocorre uma acentuada redução da volemia é tratado
reposição de volume. No choque cardiogênico ocasionado por falência do miocárdio,
utilizam-se fármacos inotrópicos. Enquanto no choque séptico, onde ocorre redução à
resistência vascular periférica, usam-se fármacos vasoativos.
»» Outros fármacos.
»» Vassopressina/Terlipressina.
Arritmias
de origem do impulso elétrico, ou ainda, por distúrbios na sua condução, que perturbam
a sequência normal de ativação dos átrios e dos ventrículos.
Fase 3 → Repolarização (canais de Ca+2 fecham; abertura dos canais lentos de K+).
Classe I – Fármacos que bloqueiam os canais de sódio. São subdivididos de três formas
de acordo com sua cinética de dissociação:
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UNIDADE I │ DOENÇAS CARDIOVASCULARES
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ENFERMIDADES UNIDADE II
RESPIRATÓRIAS
CAPÍTULO 1
Rinite, rinossinusite e tosse crônica
Rinite e rinossinusite
Rinite
»» obstrução nasal;
»» rinorreia;
»» espirros;
»» prurido;
»» hiposmia.
Rinite alérgica
Sintomas
»» obstrução nasal;
»» rinorreia;
»» espirros;
»» prurido nasal.
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UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
Rinossinusite
»» Estase de muco.
Tosse crônica
Fisiopatologia da tosse
Tosse ocorre por meio de ato reflexo, para proteção das vias aéreas inferiores, podendo
ser voluntária ou involuntária. Depois da atividade muco ciliar, é o melhor meio
eliminação das secreções das vias aéreas pelo aumento da pressão positiva pleural.
A tosse gera compressão das vias aéreas de pequeno calibre, através da alta velocidade do
fluxo de ar. Protege contra broncoaspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos.
Classificação da tosse
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ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
»» Asma.
»» DPOC.
»» Pneumonias.
»» Tosse sazonal.
»» alérgicas;
»» infecciosas;
»» poluição atmosférica.
Tratamento da tosse
Sendo a tosse um dos sintomas que leva frequentemente as pessoas a procurar a ajuda do
farmacêutico ou à consulta médica, o aconselhamento da terapêutica requer a avaliação
dos aspectos apontados. Mas além do tratamento da tosse, pode haver necessidade de
considerar o tratamento específico de certas situações, como o antibiótico para as infecções,
os broncodilatadores para a asma, o abandono do tabagismo para os fumantes etc.
Em um diagnóstico é essencial avaliar o tipo de tosse. A tosse pode ser produtiva ou seca.
Tosse produtiva
Aqueles que possuem ação central reduzem a saída dos impulsos nervosos para as vias
eferentes e órgãos efetores. Incluem-se, neste grupo, os antitussígenos estupefacientes
e não estupefacientes.
Expectorantes e mucolíticos
O mucolítico reduz a viscosidade das secreções, tornando a sua remoção mais fácil,
enquanto o expectorante estimula os mecanismos de expulsão das secreções. Apesar
dessa distinção, em termos práticos, incluem-se os fármacos no mesmo grupo, dado
que possuem ações mistas. Os expectorantes atuam geralmente por irritação da mucosa
gástrica com posterior estimulação reflexa ou direta da árvore brônquica.
Mecanismo
Fármaco Propriedades
de ação
Cloreto de amônio ou
Aumentam o teor das secreções. Não devem ser administrados em insuficientes renais porque se
Ação reflexa outros sais de amônio
acumulam e predispõem à acidose metabólica. Surge geralmente em associação nas preparações.
(bicarbonato, acetato)
Pouco utilizado.
Iodeto de potássio É eficaz e usa-se principalmente na bronquite crônica. Como efeitos adversos, podem observar-se
perturbação gástrica, acne e alteração da função tiroideia, quando em tratamentos prolongados.
Guaiafenasina É muito utilizado. Torna as secreções mais fluidas e de mais fácil remoção.
(guaiacolato de Parece que também reduz a frequência e a intensidade da tosse por mecanismo direto. Encontra-se
glicerido) habitualmente associada a outros fármacos.
Aumenta o fluxo das secreções por irritação gástrica. Pelos efeitos adversos dos alcaloides que
Ipecacuanha possui, o tratamento com esta não deve ser prolongado. Não deve ser administrado, em jejum, pelo
seu efeito em ético.
Eucaliptol, mentol, O seu efeito resulta de ação direta nas células secretoras.
Ação direta
cânfora, timão Pertencem a este grupo os óleos essenciais.
Admite-se que os grupos SH reagem com as pontes dissulfuradas da cistina existente no muco, com
a sua ruptura e fluidificação do muco.
Acetilcisteína e A acetilcisteína produz também efeito irritativo da mucosa brônquica que pode induzir
Mucolíticos
Carbocisteína broncoespasmo, pelo que está contraindicada em asmáticos. Utiliza-se em nebulização, aplicação
direta ou instilação intrataqueal. Esses devem ser utilizados com precaução ou evitados em doentes
com transtornos gástricos, como úlcera.
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ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
A inalação do vapor pode ser conseguida com o uso de aparelhos especiais ou inalação
do vapor que sai de um recipiente com água quente. Na criança, o melhor processo
consiste em mantê-la banheiro, com atmosfera de vapor por abertura da torneira de
água quente. Não se devem associar essências ao vapor de água, dado que podem
provocar irritação do trato respiratório e alergias.
Aqueles que possuem ação central reduzem a saída dos impulsos nervosos para as vias
eferentes e órgãos efetores. Incluem-se, neste grupo, os antitussígenos estupefacientes
e não estupefacientes.
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UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
É um alcaloide do ópio com efeito sedativa da tosse, de uso não muito difundido.
Noscapina Menos eficaz que a codeína, não sendo analgésica nem depressora do SNC ou
respiratório.
Atuam por bloqueio da transmissão colinérgica aferente e eferente, devido aos seus
efeitos anticolinérgicos. Não estão indicados na tosse produtiva, porque reduzem as
Anti-histamínicos secreções brônquicas, facilitando a formação dos rolhões prejudiciais.
São úteis na tosse das constipações com secreções nasais, secando-as.
Mel, limão, glicerina, gomas, Têm efeito anestésico local ligeiro, formando uma camada fina mucosa faríngea
Ação periférica
mucilagens irritada, protegendo-a do contato com os agentes irritantes.
Estão indicados, quando há formigueiro ou processo irritativo da garganta, como
Anestésicos locais
indutor de tosse. Apresentam-se em pastilhas como a benzocaína.
Fonte: o autor.
46
CAPÍTULO 2
Asma e DPOC
Asma
A asma é uma doença inflamatória crônica com prevalência em cerca de 20% no Brasil,
caracterizada por Hiperresponsividade (HR) das vias aéreas inferiores e por limitação
variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se
clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse,
particularmente à noite e pela manhã ao despertar (Definição da Sociedade Brasileira
de Pneumologia). Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e
outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
Fisiopatologia da asma
»» células inflamatórias;
»» infiltração eosinofílica;
»» degranulação de mastócitos;
›› IL-4;
›› IL-5;
›› IL-13.
47
UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
Diagnóstico
Diagnóstico clínico
»» dispneia;
»» tosse crônica;
»» sibilância;
»» sintomas episódicos;
Diagnóstico funcional
Tratamento farmacológico
»» Broncodilatadores β2-agonistas
»» Anticolinérgicos
»» Xantinas:
›› teofilina;
›› aminofilina.
»» Corticosteroides:
»» Corticosteroides inalatórios:
›› beclometasona;
›› budesonida;
›› triamcinolona;
›› mometasona.
48
ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
»» Corticosteroides sistêmicos:
›› prednisona;
›› prednisolona.
›› montelucaste;
›› zafirlucaste.
Em geral, a agressão perene e crônica das vias aéreas leva a um estado de inflamação
crônica. Nesse caso a presença constante da agressão gera hiperplasia mucosa associada
à metaplasia do epitélio ciliar colunar e hipertrofia das glândulas produtoras de muco.
Há secreção excessiva de muco traqueobrônquico. Ocorre a associação de muco nas vias
aéreas, que não pode ser removida pelos movimentos ciliares do epitélio de revestimento,
devido ao fato de esse epitélio ter sofrido metaplasia por outro tipo, o epitélio escamoso,
mais resistente, porém sem o mesmo recurso do original. Os brônquios tornam-se mais
espessos, obstruindo as vias aéreas parcialmente. A presença de secreção na luz do
49
UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
Figura 10. Estreitamento fixo dos bronquíolos, por deposição de colágeno e, decorrência de inflamação crônica.
Figura 11. Sacos alveolares com alterações degenerativas compatíveis com enfisema pulmonar.
50
ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
Epidemiologia
A prevalência da DPOC varia de 6 a 15,8% da população com idade igual ou superior a
40 anos. É a quinta maior causa de internações no sistema público de saúde do Brasil,
em maiores de 40 anos. A DPOC nos últimos anos vem ocupando da 4a à 7a posição
entre as principais causas de morte no Brasil. Aproximadamente 15% dos fumantes
desenvolvem DPOC. Embora o tabagismo seja a principal causa de DPOC, cerca de 20%
dos casos são por exposição ocupacional (produtos químicos, poluentes, entre outros).
Diagnóstico
»» Quadro clínico: tosse diária ou intermitente e dispneia. Também
considerada o “pigarro do fumante”. A dispneia é o principal sintoma
associado à incapacidade, e diminuição da qualidade de vida e pior
prognóstico. É progressiva com a evolução da doença.
›› A exposição à:
·· fumaça;
·· poeiras;
·· vapores ocupacionais.
»» Exame radiológico.
»» Gasometria.
Fonte: Adaptado de II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC. J bras pneumol. 2005 30(5). Disponível
em: <http://jornaldepneumologia.com.br/PDF>.
51
UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
»» tuberculose;
»» bronquiectasias.
Fonte: Adaptado de II Consenso Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Disponível em: <http://jornaldepneumologia.
com.br/PDF>.
Exacerbação da DPOC
»» Fatores pulmonares:
›› tromboembolismo pulmonar;
›› pneumotórax.
»» Fatores extrapulmonares:
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ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
›› uso de sedativos;
›› outras drogas.
Broncodilatadores:
»» Agonistas β2-adrnérgicos
›› Ação curta:
·· fenoterol;
·· salbutamol;
·· terbutalino.
›› Longa duração:
·· formoterol;
·· salmeterol.
»» Anticolinérgicos:
›› Ação curta:
·· Brometo de ipatrópio.
›› Longa duração:
·· Brometo de tiotrópio.
»» Corticoide inalatório.
»» N-acetilcisteína (nac).
»» Corticoide sistêmico.
53
CAPÍTULO 3
Tuberculose
Epidemiologia
A taxa de incidência da TB em 2007 ficou entre 30 a 50 casos para 100.000 habitantes.
Segundo o Ministério da Saúde, homens entre 45 e 60 anos apresentam as maiores
taxas de incidência.
Fonte: III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2009.
Etiologia
54
ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
Depende do parasitismo para sobreviver, não sendo encontrado livre na natureza. Essas
micobactérias podem permanecer em um estado de dormência, no qual são capazes de
sobreviver sem se dividir, permitindo que elas permaneçam em grupos populacionais,
podendo reativar uma infecção subclínica anterior.
Transmissão
Via inalatória. A origem da infecção é o indivíduo bacilífero (doente que elimina bacilos
no ar ambiente), que ao tossir ou falar, lança na atmosfera gotículas de com bacilos.
Ocorre mistura com poeira ou dispersão em aerossóis. Ao serem inalados alcançam os
alvéolos, onde os micro-organismos se estabelecem e se desenvolvem. É muito comum
a contaminação de profissionais de saúde, devido diagnósticos imperfeitos, falhas
quanto ao isolamento e no manejo inadequado dos pacientes com TB.
»» desnutrição;
»» etilismo;
»» idade avançada;
»» diabetes melittus;
55
UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
»» dor no peito;
»» irritabilidade;
»» sudorese noturna;
»» inapetência;
Diagnóstico de TB
Inclui: exames bacteriológicos, achados radiológicos, histopatológicos, imunológicos e
moleculares.
›› menos utilizado por ser: demorado (em torno de 40 dias), mais caros,
porém mais sensíveis;
»» Exame histopatológico:
›› Achados de:
·· lesão granulomatosa;
·· presença de BAAR.
56
ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS │ UNIDADE II
»» Exame radiológico:
›› raio X;
›› tomografia computadorizada.
Figura 15. Proposta de algoritmo da estratégia PAL para indivíduos com tosse.
Tratamento farmacológico da TB
O tratamento farmacológico da TB são ações padronizadas pelo Programa Nacional
de Controle da Tuberculose (PNCT) em todo o país. O esquema de quimioprofilaxia é
padronizado para adultos e adolescentes, de acordo com o Ministério da Saúde, por um
período de 6 meses, composto pelos seguintes medicamentos:
»» Rifampicina (R);
»» Isoniazida (H);
»» Pirazinamida (Z);
»» Etambutol (E).
57
UNIDADE II │ ENFERMIDADES RESPIRATÓRIAS
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar ttext&pid=S1806-37132004
000700003&lng=en&nrm=iso>
58
ENFERMIDADES UNIDADE III
INFECCIOSAS
CAPÍTULO 1
Agentes infecciosos
Dados epidemiológicos
Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde em 2010, no Brasil, diversos
estudos sobre a situação de saúde da população apontam para a ocorrência, no final
do século XX, de declínio nas taxas de mortalidade devido às Doenças Infecciosas e
Parasitárias (DIP) e, especialmente, às doenças transmissíveis, as quais necessitam de
medidas de prevenção e controle. Por outro lado, embora a tendência verificada para
a morbidade por esse grupo de causas seja igualmente decrescente, este declínio não
apresenta a mesma intensidade observada na mortalidade. Por exemplo, a mortalidade
por DIP, em 1930, era responsável por 45,7% de todos os óbitos do país. Em 1980, esse
percentual era de 9,3% e, no ano de 2006, já se encontrava em 4,9%, enquanto sua taxa
de mortalidade cujo valor era de 59,3/100 000 em 1990, reduziu para 48,8/100 000
habitantes em 2006. Por sua vez, as internações por esse grupo de doenças, entre 1980
e 1990, contribuíam com cerca de 10% do total de internações no país e, no período
de 2000 a 2007, ainda se mantinham em torno de 8,4%. Nas regiões Norte (13,6%) e
Nordeste (11,9%), os valores são ainda mais elevados.
Veja no quadro 13 a seguir quais são as doenças consideradas de interesse para a Saúde
Pública, segundo o Ministério da Saúde.
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UNIDADE III │ ENFERMIDADES INFECCIOSAS
Para saber mais sobre as doenças infecciosas, veja o guia de bolso elaborado
pelo Ministério da Saúde:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_
guia_bolso.pdf>.
Doenças infecciosas
Para compreender melhor os mecanismos das doenças infecciosas, é necessário considerar:
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ENFERMIDADES INFECCIOSAS │ UNIDADE III
<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_1_2004.pdf>
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CAPÍTULO 2
Fisiopatologia das doenças infecciosas
Matam as células do hospedeiro por inibir o DNA, o RNA ou a síntese proteica da célula
hospedeira (poliovírus), por lesionar a membrana plasmática (por exemplo HIV), por
lisar as células (vírus influenza) e por induzir uma resposta imunológica do hospedeiro
às células infectadas pelo vírus (hepatite B).
As bactérias possuem adesinas que são complexos proteicos que reconhecem e se ligam
a receptores também proteicos na superfície da célula do hospedeiro. As adesinas das
bactérias são:
»» inflamação mononuclear;
»» inflamação necrotizante;
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UNIDADE III │ ENFERMIDADES INFECCIOSAS
Infecções respiratórias
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ENFERMIDADES INFECCIOSAS │ UNIDADE III
Infecções gastrointestinais
Apresentam como sintoma principal a diarreia e podem ser causadas por vírus, bactérias
ou parasitas.
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UNIDADE III │ ENFERMIDADES INFECCIOSAS
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ENFERMIDADES INFECCIOSAS │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ ENFERMIDADES INFECCIOSAS
E leia o artigo:
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ENFERMIDADES DO UNIDADE IV
SISTEMA RENAL
CAPÍTULO 1
Fisiopatologia do sistema renal
e tratamento
Sistema renal
Os rins são responsáveis por eliminar os produtos residuais do metabolismo, regular a
concentração corporal de água e sais, manter o equilíbrio ácido/básico adequado para
o plasma, produzir e secretar hormônios como eritropoietina e renina. A eritropoetina
participa da produção de hemácias e a sua falta pode levar a uma anemia de difícil
tratamento e a renina controla o volume dos líquidos e a pressão arterial, junto com outro
hormônio, a aldosterona. Portanto, os rins também atuam como um órgão endócrino.
Fonte: o autor.
As doenças renais são responsáveis por uma grande parte da morbidade, afetando
milhões de pessoas anualmente, principalmente por infecções do rim ou do trato urinário
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UNIDADE IV │ ENFERMIDADES DO SISTEMA RENAL
O estudo das doenças renais pode ser dividido entre os quatro componentes do
sistema renal, já que os primeiros sintomas de cada uma das doenças que afetam
estes componentes tendem a ser distintos. Os componentes são: glomérulos, túbulos,
interstício e vasos sanguíneos.
Insuficiência renal
Insuficiência renal é definida como perda da função renal, podendo ser aguda ou
crônica. É uma doença com múltiplas causas, onde os rins perdem a capacidade de
eliminar certos resíduos produzidos pelo organismo.
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ENFERMIDADES DO SISTEMA RENAL │ UNIDADE IV
Cutâneo Prurido.
Ao contrário da IRA, a IRC é a perda lenta e gradual das funções renais. A disfunção
renal é persistente e irreversível e se não for tratada, pode levar à falência dos rins. Está
associada a patologias como hipertensão arterial e diabetes. O rim é um dos responsáveis
pelo controle da pressão arterial, portanto quando ele não funciona corretamente há
alteração nos níveis de pressão, levando a uma sobrecarga renal. Já a diabetes pode
danificar os vasos sanguíneos dos rins, levando ao mau funcionamento destes órgãos
por não conseguirem filtrar o sangue corretamente.
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UNIDADE IV │ ENFERMIDADES DO SISTEMA RENAL
Doenças glomerulares
As doenças glomerulares ou glomerulopatias fazem parte de alguns dos principais
problemas renais, visto que a glomerulonefrite crônica é uma das causas mais comuns
de patologias renais crônicas. Os glomérulos podem ser danificados por diversos fatores
e doenças sistêmicas, consideradas glomerulopatias secundárias, são elas: Lúpus
Eritematoso Sistêmico (LES), hipertensão, diabetes melito, hepatites B e C crônicas, HIV,
obesidade mórbida, uso de heroína, sífilis, câncer, faringites ou lesões de pele pela bactéria
Estreptococos (glomerulonefrite pós- infecciosa) e algumas condições hereditárias.
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ENFERMIDADES DO SISTEMA RENAL │ UNIDADE IV
Síndrome Manifestações
Síndrome nefrítica Hematúria, azotemia, proteinúria variável, oligúria, edema e hipertensão.
Glomerulonefrite rapidamente progressiva Nefrite aguda, proteinúria e insuficiência renal aguda.
Síndrome nefrótica >3,5 g/dia de proteinúria, hipoalbuminemia, hiperlipidemia, lipidúria.
Insuficiência renal crônica Azotemia → uremia progredindo de meses a anos.
Anormalidades urinárias isoladas Hematúria glomerular e/ou proteinúria subnefrótica.
Diagnóstico
»» Imunossupressores:
›› ciclofosfamida;
›› azatioprina;
›› ciclosporina.
»» Corticoides.
»» Diuréticos:
›› hidroclorotiazida;
›› furosemida.
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ENFERMIDADES DO
SISTEMA NERVOSO UNIDADE V
CENTRAL
CAPÍTULO 1
Doenças do sistema nervoso central
Hidrocefalia
A obstrução do fluxo do Líquido Cefalorraquidiano (LCR) leva à expansão dos
ventrículos (cavidades que contém o LCR), com um aumento associado ao volume do
mesmo. Geralmente causada por malformações congênitas e tumores leptomeníngeos
ou intraventriculares, hemorragias ou infecções.
Em lactentes e crianças em que não houve a fusão dos ossos cranianos, a hidrocefalia
produz um aumento do volume da cabeça. Em adultos, a hidrocefalia pode levar a um
aumento da pressão intracraniana.
Meningites
Meningite bacteriana
Meningite virótica
Os enterovírus (vírus echo, coxsackie e pólio) são os patógenos mais comumente isolados;
geralmente autolimitadas. Irritação meníngea e LCR com pleocitose linfocitária, elevação
moderada das proteínas e nível de glicose quase sempre normal. Com frequência há
apenas uma infiltração linfocitária leve e moderada das leptomeninges.
Traumatismos
Há quatro categorias de traumatismos cerebrais:
»» fratura de crânio;
»» lesões do parênquima;
Fratura de crânio
Lesões parenquimais
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UNIDADE V │ ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Vasculares
Medula espinhal
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ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL │ UNIDADE V
»» hemorragias intracranianas;
AVC ou AVE?
»» Acidente vascular cerebral quando alguma área do cérebro é afetada.
»» Fumo.
»» Idade.
»» Etilismo.
»» Obesidade.
»» Sedentarismo.
»» Histórico familiar.
»» Diabetes mellitus.
»» Dislipidemias.
»» Arritmias cardíacas.
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UNIDADE V │ ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O AVE junto com o IAM representam a principal causa de morte por doença
cardiovascular. Os fatores de riscos citados acima resultam em uma condição vascular
propícia por aterogênese dos vasos cerebrais. Duas doenças em especial, as arritmias
cardíacas e HAS oferecem chances altíssimas de desenvolver AVE.
AVE isquêmico
Ocorre obstrução no vaso com redução do fluxo sanguíneo cerebral. Representam 80%
dos casos totais de AVE. Causado por obstrução tromboembólica.
Sintomas:
AVE hemorrágico
Doença desmielinizante
Condições caracterizadas por danos preferenciais à mielina, com preservação dos
axônios. As doenças desmielinizantes, isto é, relacionadas à destruição da bainha de
mielina são:
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ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL │ UNIDADE V
»» Esclerose múltipla.
Esclerose múltipla
Linfócitos e células mononucleares são proeminentes nas margens das placas e em torno
de vênulas, dentro das placas e em volta delas. As placas inativas não apresentam o
infiltrado celular inflamatório e evidenciam gliose; muitos axônios na lesão permanecem
desmielinizados.
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UNIDADE V │ ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Quadro clínico
<https://books.google.com.br/books?id=KI4lcyKdGsAC&pg=PA1151&lpg=PA
1151&dq=doen%C3%A7a+desmielinizante&source=bl&ots=mx7Ds47l1H&sig
=t7ZVN9oSxznn1NhF47RO3MMSUJA&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj6zdKCz
a3PAhXLI5AKHXuTA3Q4FBDoAQhOMAg#v=onepage&q=doen%C3%A7a%20
desmielinizante&f=false>
Manifestações clínicas
»» Espasmos musculares.
›› formigamento, agulhada;
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ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL │ UNIDADE V
›› dormência;
›› dor.
»» Disfunção vesical.
»» Constipação.
»» Disfunção cognitiva:
›› perda da memória;
›› desatenção;
»» Depressão.
»» Fadiga.
»» Fraqueza facial.
»» Vertigem.
Tratamento farmacológico
»» Glicocorticoides.
›› IFNβ1A(Avonex®).
›› IFNβ1A (Rebif®).
›› IFNβ1B (Betaseron®).
Doença degenerativa
As doenças degenerativas caracterizam-se por:
›› Doença de Alzheimer.
›› Doença de Parkinson.
›› Doença de Huntington.
Doença de Alzheimer
A manifestação clínica principal é a demência.
Ocorre perda sináptica e morte neuronal nas regiões cerebrais responsáveis pelas
funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o
estriado ventral.
nas paredes dos vasos sanguíneos, associados a uma série de diferentes tipos de placas
senis, acúmulo de filamentos anormais de proteína Tau e consequente formação de
novelos neurofibrilares, perda neuronal e sináptica, ativação da glia e inflamação.
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UNIDADE V │ ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Tratamento farmacológico
Figura 17. Síntese de prostaglandina e tromboxano a partir do ácido araquidônico e locais de ação dos anti-
inflamatórios esteroidais e não esteroidais.
»» Tacrina (Cognex®).
»» Rivastigmina (Exelon®).
»» Donepezil (Aricept®).
»» Galantamina (Reminyl®).
»» Imipramina (Tofranil).
»» Amitriptilina (Tryptanol).
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ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL │ UNIDADE V
»» Fluoxetina (Prozac).
»» Fluvoxamina (Luvox).
»» Sertralina (Zoloft).
»» Citalopram (Cipramil).
<http://www.scielo.br/pdf/rprs/v30n1s0/v30n1a02s0.pdf>
Doença de Parkinson
Uma síndrome clínica caracterizada por diminuição da expressão facial, postura
encurvada, lentidão dos movimentos voluntários, marcha festinante, isto é, passos
acelerados e progressivamente mais curtos, rigidez e um tremor de “rolar pílula”,
associado à diminuição de função do sistema nigroestriado.
<http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2005/RN%2013%2003/
Pages%20from%20RN%2013%2003-8.pdf>
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UNIDADE V │ ENFERMIDADES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
<http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/1999/RN%2007%2001/
Pages%20from%20RN%2007%2001-2.pdf>
<http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v11s2/a15v11s2.pdf>
Tratamento farmacológico
›› Bromocriptina.
›› Pergolida.
›› Lisurida.
›› Pramipexol.
»» Inibidores da MAO:
›› Selegilina.
›› Amantadina.
›› Benzatropina.
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Para (não) finalizar
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Referências
AULD, D. S. et al. Alzheimer’s disease and the basal forebrain cholinergic system: relation
to beta-amyloid peptides, cognition and treatment strategies. Prog. Neurobiol, v. 68,
no 3, pp. 209-245, 2002.
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REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C., HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. Rio de Janeiro. Elsevier, 2006.
PEREIRA, A.; AFIÚNE, N. A.; SOUZA, A.D. et al. III Diretrizes Brasileiras Sobre
Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de
Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, v. 77, no 3, 2001.
RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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REFERÊNCIAS
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