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Emmanuel Levinas ; 7 DADE INFINITO ‘Tilo original: Totalté ot Infini © Marinus Nijhoff Publishers B. V., 1980 {evista por Artur Mor3o- 4 Hes pana CO oiouorees > 7 | teiohevartab ite et lag paagee oR ‘ por EdigSes 70, Lda., Lisboa — PORTUGAL ‘Teaduglo de José Pinto Ribeeo : ‘2D1G088 70, LDA. — AY. Elias Garcia, 81 — 1000135008 a i “Telofs. 76 27 20/75 27 92176 28 54 Tolegramas sunira FLUP_- BIBLIOTECA | Telex: 64489 TExI08 P | axa obra est pte pela Lei No pode ser jrodrida a oto oem pe, qual questo mda za, eta roping acaps set psa anne do Et ‘Gungnerranpresan a Ley oy Diane de tor sed pel : ae procedimen jules edicdes 70 PREFACIO imo saber se ntio nos Facilmente se concordara que importa m iudiremos com a moral. A lucidez — abertura de espirito a0 verdadeiro — no consisie em entrever a possibitidade permanente da guerra? O estado de guerra suspendc a moral: despoja as instituigSes e as obrigagées eternas da sua etemidade e, por conseguinte, anula, no proviséno, os imperativos incondicionais. Projecta antecipadamente a sua sombra sobre os actos ‘dos homens, A guerra nao se classifica apenas — como a maior entre as provas de que vive a moral, Toma-a irriséria. A arte de prever e de {zanhar por todos os meios a guerra — a politica — impoe-se, entdo, como o priprio exercicio da razio. A politica opte-se & moral, como a filosofia A ingenuidade. __ Nao hi nccessidade de provar por meio de obscuros fragmentos de. Ferdclito que o ser se revela como a guerra a0 pensamento filos6fico: que a guerra ndo o afecta apenas como o facto mais patente, mas como a prépria paiéncia — ou a verdade — do real. Nela, a realidade rasga as palavras c as imagens que a dissimulam para se impor na sua nudez. cena sua dureza. Dura realidade (eis um verdadciro pleonasmo!), dura licdo das coisas, a guerra produz-se como a experiéncia pura do ser pro, no proprio insiamte da sua fulgurincia em que ardem as roupa- zens da ilusdo. O acontecimento ontolbico que se desena nesta ne- 4a claridade & uma movimentagao dos scres, al6 af fixos na sua iden- tidade, uma mobilizagdo dos absolutos, por uma ordem objectiva @ que no podemos subirir-nos. A prova de forga & a prova do real Mas a violéncia no consiste tanto em ferir ¢ em aniquilar como em interromper a continuidade das pessoas, em fazélas desempentar pa- péis em que jf se no encontrar, em faz8-las trait, no apenas com. romissos, mas a sua prépria substincia, em levé-las a cometer actos que vao destruir toda a possibilidade de acto, Tal como a guerra mo- 9 ddoma, toda e qualquer guerra se serve ja de armas que se voltam con- tra o que as detém, Instaura uma ordem em relaco & qual ninguém se pode distanciar. Nada, pois, € exterior. A guerra no manifesta a exte- rioridade ¢ 0 outro como outro; desirdi a identidade do Mesmo. AA face do ser que se mostra na guerra fixa-se no conceito de totai- dade que domina a filosofia ocidental. Os individuos reduzem-se af a portadores de formas que os comandam sem eles saberem. Os indivi- duos vao buscar a essa totale 0 seu sentido (invisivel fora dela). A imicidade de cada presente sacrifica-se incessaniemente a um futuro ‘chamado a desvendaro seu sentido objectivo. Porque $6.0 sentido i tno é que conta, s6 0 tltimo acto transforma os seres neles proprio. les sero 0 que aparecerem nas formas, jé plisticas, da epopeta, A consciéncia moral sé pode saportar 0 olhar trocista do politico se a certeza da par dominar a evidéncia da guerra. Uma tal certeza nfo se obtém por simples jogo de antiteses. A paz das impérios saidos da {guerra assenta na guerra endo devolve aos scres alienados a sua iden- lidade perdida. E necesséria uma relagdo originiria e original com oser. Historicamente, a moral opor-se-G 2 politica teré ultrapassado as fungoes da prudéncia ou os cdnones do belo, para se pretender incon-

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