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Economia Portuguesa e Europeia – Escola de Economia e Gestão

Universidade do Minho

Receitas e Despesas do Estado Português


Os indicadores que eu escolhi refletem a evolução das receitas e das despesas do Estado Português ao longo
da última década. Escolhi estes indicadores uma vez que considero de extrema importância esclarecer os
valores que nos são tributados diariamente em qualquer transação económica efetuada por nós e sobretudo
é importante também esclarecer o modo como os Estado distribui o dinheiro pelas demais despesas que
enfrenta em cada exercício orçamental e quão superiores as despesas do estado são relativamente às
receitas. Pegando na diferença entre estes dois conceitos rapidamente chegámos aquele que tem sido o
tema que tem gerado uma das maiores discussões pública e política dos últimos anos que é o défice
orçamental.
A Receita é um conceito Económico-Financeiro de caráter jurídico e monetário que corresponde ao direito
de receber os rendimentos provenientes de determinada atividade económica, isto numa empresa. Para o
Estado a situação é semelhante, contudo o direito que o estado tem é o de receber os benefícios
provenientes dos impostos, receitas e contribuições que são cobrados às pessoas individuais que residem
no país e às pessoas coletivas, ou seja, empresas públicas e privadas.
Podemos dividir a receita em receita corrente e de capital.
A Receita Corrente pode ser caraterizada como sendo a “receita de curto prazo”, ou seja, aquela que é
totalmente esgotada durante o período económico através dos compromissos previstos na execução
orçamental. Ela é maioritariamente proveniente dos impostos pagos pelos demais contribuintes.
Por sua vez, a Receita de Capital consiste na receita proveniente de investimentos feitos pelo estado a longo
prazo. Vendas de imóveis em hasta pública ou fundos provenientes da União Europeia para apoiar o
investimento em infraestruturas também são incluídos nas receitas de capital.
A Despesa, tal como a receita, também é um conceito Económico-Financeiro de caráter jurídico e monetário,
contudo, corresponde à obrigação de pagar determinado serviço.
Mais uma vez também podemos dividir a despesa em Corrente e de Capital.
A Despesa Corrente corresponde a uma parte da despesa pública e reflete de modo generalizado os gastos
em bens e serviços consumidos durante o exercício económico, com vista à satisfação de compromissos e
necessidades sociais e coletivas. Na ótica de contas nacionais, a despesa corrente é composta por despesas
com pessoal, consumo intermédio, prestações sociais, subsídios e juros.
A Despesa de Capital é definida como sendo todas as transferências de capital, sob a forma de subsídios ao
investimento ou outros fins, bem como as despesas decorrentes do investimento de longo prazo,
nomeadamente a formação bruta de capital. São também incluídos na despesa de capital a aquisição de
ativos e passivos financeiros.
Representação da Receita do Estado

Milhões de euros (€) Receitas do Estado


50 000,0

40 000,0

30 000,0

20 000,0

10 000,0

0,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Receita Total Receitas Correntes Receitas de capital

Gráfico 1 – Receita Total, Corrente e de Capital do Estado (Milhões de €)


Fontes de Dados: DGO/MF - Relatório/publicação "Conta Geral do Estado"
Fonte: PORDATA
Última atualização: 2016-07-01

Analisando a evolução da Receita Total do estado português vemos que não segue uma tendência rígida. Desde o ano
de 2005 até ao ano 2008 as receitas totais aumentaram, contudo, as receitas correntes, aquelas provenientes dos
impostos e contribuições, apenas aumentaram até ao ano 2007. Todavia no ano 2008 as receitas de capital tiveram
um pequeno pico o que permitiu que o total das receitas também subisse. Entre 2008 e 2010 as receitas totais
diminuíram. A partir de 2010 verificou-se uma recuperação das receitas totais, contudo as receitas correntes
diminuíram, mas entre 2010 e 2012 verificou-se um aumento substancial das receitas de capital, o que mais uma vez
fez com que a receita total se mantivesse numa onda de crescimento que se verifica até ao momento. Na globalidade
da analise, as receitas correntes acompanham as receitas total sendo que as receitas de capital no geral são muito
reduzidas e comparando com o total das receitas correspondem a uma percentagem mínima.

Representação da Despesa do Estado

Milhões de Euros (€) Despesas do Estado


60 000,0
50 000,0
40 000,0
30 000,0
20 000,0
10 000,0
0,0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Despesas Totais Despesas Correntes Despesas de Capital

Gráfico 2 – Despesa Total, Corrente e de Capital do Estado (Milhões de €)


Despesas efetivas do Estado: total, correntes e de capital
Fontes de Dados: DGO/MF – Relatório/publicação “Conta Geral do Estado”
Fonte: PORDATA Última atualização: 2016-07-01

Analisando agora as despesas do Estado, concluímos que na última década as despesas aumentaram entre 2005 e
2010, sendo que a partir de 2010 diminuíram para o patamar abaixo dos 50 000 milhões de euros e assim se
mantiveram até ao ano de 2015. Quanto às despesas com capital, o Estado não alterou o seu plano de consumo de
forma substancial, uma vez que se verifica uma tendência praticamente constante ao longo dos últimos 10 anos.
Relativamente as despesas correntes, a tendência foi aumentar de forma lenta, mas gradual, sendo que a variação
total das despesas correntes foi de 8,485.4 milhões de Euros (47111,1 M€-38625,7 M€).

Défice de Estado
Despesas Total Receitas Total Défice
2005 42 076,4 32 931,7 -9 144,7
2006 43 065,1 35 925,3 -7 139,8
2007 44 453,5 39 418,0 -5 035,5
2008 45 998,8 40 819,0 -5 179,8
2009 48 773,2 34 715,9 -14 057,3
2010 50 565,4 36 287,1 -14 278,3
2011 48 684,4 41 640,6 -7 043,8
2012 48 755,5 39 859,5 -8 896,0
2013 48 880,6 41 216,1 -7 664,5
2014 48 457,3 41 329,4 -7 127,9
2015 48 493,5 42 887,1 -5 606,4

Tabela 1 – Representação das Despesas e Receitas totais e do Défice do Estado


Despesas efetivas do Estado: total, correntes e de capital
Fontes de Dados: DGO/MF – Relatório/publicação “Conta Geral do Estado”
Fonte: PORDATA Última atualização: 2016-07-01

Milhões de Euros (€)


60000 Representação do Défice
50000

40000

30000

20000

10000

0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
-10000

-20000
Despesas Totais Receitas Totais Défice

Gráfico 3 – Despesas e Receitas totais e o Défice (Milhões de €)

Para concluir, após analisar as Receitas e as Despesas do Estado, passo agora à análise da diferença entre esses dois
indicadores e sendo ela uma diferença negativa estamos perante uma situação de défice orçamental, ou seja, somos
um país que necessita de pedir ajuda exterior a países que tenham excedente orçamental para que o nosso Estado
cumpra todas as suas obrigações.
Analisando o gráfico realça-se imediatamente o fato de em todas as execuções orçamentais da última década as
despesas totais foram sempre superiores às receitas e por esse motivo, ao longo dos últimos anos o nosso Estado
incorreu em receitas negativas, gerando assim défice. A pior fase deu-se após o ano de 2008 certamente como
consequência da grande crise gerada nos Estados Unidos que criou grandes recessões a nível mundial. A partir de 2011
os valores do défice reduziram ligeiramente, contudo o seu valor ainda é negativo e espera-se que durante as próximas
décadas este problema se resolva e o país consiga gerar mais receitas do que despesas.

Daniel Gachineiro, A77821


2º Ano - Gestão

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