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I.

SERVIÇOS PÚBLICOS
A constituição de 1988 atribui expressamente ao Poder Público a titularidade para a prestação de serviços
públicos, que pode ser realizada diretamente (poder público) ou indiretamente por delegação (concessão ou
permissão), sendo neste último caso obrigatória licitação prévia (art. 175 CF)
A CF não conceitua serviço público, tampouco o fazem as leis no Brasil. Relativamente à conceituação
de serviços públicos, existem, na doutrina administrativista internacional, duas correntes principais:
Essencialista e Formalista, e uma outra corrente histórica: Subjetiva.
• Essencialista: para esta corrente uma atividade é considerada serviço público em razão de sua própria
natureza.

• Formalista: para essa corrente, sem dúvida mais pragmática, é público todo e qualquer serviço que a
CF ou as leis afirmem ser públicos, independente de sua natureza.

• Subjetiva: esta corrente considera público qualquer serviço prestado diretamente pelo Estado, entrou
em declínio a partir do surgimento das formas de prestação indireta mediante delegação a pessoas
privadas.

O Brasil, segundo entendimento doutrinário dominante, filia-se à corrente Formalista, uma vez que há
atividades essenciais, como a educação, que são exploradas por particulares sem regime de delegação, e há
serviços totalmente dispensáveis, por exemplo as loterias, que são prestados pelo Estado. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, “serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus
delegados , sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniência do Estado”.

I – COMPETÊNCIA

As três esferas de nossa Federação são competentes para a prestação de serviços públicos, sendo
descriminadas pela CF.
• União: suas competências são enumeradas e taxativas, encontram-se no art. 21. Ex: serviço postal,
telecomunicações, energia elétrica, navegação aérea, transporte interestadual e internacional etc.

• Estados: suas competências são ditas remanescentes, encontram-se art. 25, § 1º. Ex: serviços locais de
gás canalizado.

• Municípios: suas competências são relacionadas a seus interesses locais, art. 30. Ex: coleta de lixo,
transporte coletivo urbano, promoção da proteção do patrimônio histórico-cultural local etc.

• DF: cabe a este as competências relacionadas para os Estado e Municípios, art. 32, § 1º.

II – CLASSIFICAÇÃO

Não existe consenso na doutrina ou na jurisprudência no que concerne à uma classificação uniforme para
os serviços públicos, em linhas gerais, os autores procuram distinguir serviços propriamente estatais (ou
típicos do Estado), como segurança nacional, segurança pública, serviços judiciais, serviços da defensoria
Pública etc. de outros serviços que, embora públicos, podem ser prestados por entidades de direito privado,
ou mesmo por particulares, mediante delegação, os chamados serviços de utilidade pública. É comum
distinguir-se dentre os serviços públicos aqueles que são de utilidade pública e os que são essenciais ao
interesse público. Os essenciais seriam os absolutamente imprescindíveis, tais como: abastecimento de água,

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esgotamento sanitário, coleta de lixo, saúde etc. Os de utilidade pública seriam os prescindíveis, tais como:
serviço postal, energia elétrica etc.
Essa classificação é considerada insatisfatória, pois o conceito de serviço típico de Estado varia
imensamente conforme o país e a época. Atualmente, a tendência é estreitar-se cada vez mais o círculo dessas
atribuições. Atribuições como manutenção de um sistema de previdência social tem sido considerados fardo
e prejudicial à eficiência, portanto plenamente privatizável. Além disso é difícil aceitar que serviços, tais
como, serviço postal, energia elétrica, educação, ainda que teoricamente, possam ser considerados
prescindíveis. Abaixo, parte de um julgado do STF, que perfilha uma classificação dos serviços públicos.

1) Quanto a NATUREZA:
• Serviços públicos propriamente estatais: são aqueles em que o Estado atua no exercício de sua
soberania, são indelegáveis, só podem ser remunerados por taxa e só por sua efetiva utilização. Ex:
serviço judiciário.

• Serviços públicos essenciais ao interesse público: são aqueles prestados no interesse da comunidade,
são remunerados mediante taxa, que incidirá sobre efetiva ou potencial utilização, desde que, neste
último caso, haja lei que defina o serviço como de utilização compulsória. Ex: coleta domiciliar de
lixo.

• Serviços públicos não essenciais: em regra, são delegáveis e podem ser remunerados por preço
público. Ex: serviço postal, telefônico, telegráfico, energia elétrica, gás etc.

Outra classificação, esta sim consensual, adota por critério os destinatários do serviço público.

2) Quanto ao DESTINATÁRIO:
• Serviços Gerais ou uti universi: são prestados a toda coletividade, ou seja, seus usuários são
indeterminados e indetermináveis, não sendo possível mensurar a parcela utilizada por cada um, são
ditos indivisíveis e devem ser custeados por impostos. Ex: iluminação pública, limpeza urbana,
conservação de logradouros públicos, policiamento urbano, segurança nacional etc.

• Serviços Individuais ou uti singuli: são prestados a um nº determinado ou determinável de


indivíduos, a Administração sabe a quem presta o serviço e é capaz de mensurar a utilização separada
por parte de cada um dos usuários, são ditos divisíveis, podem ser remunerados mediante cobrança de
taxa (regime legal) ou de preços públicos (regime contratual). Segundo Hely Lopes Meirelles, “esses
serviços, geram direito subjetivo para todos os administrados, que se encontrem em sua área de
prestação e que satisfaçam as exigências regulamentares”. Ex: serviço de coleta domiciliar de lixo,
água, gás, energia elétrica, postal, telefônico etc.

III – REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE

Em qualquer hipótese a regulamentação e o controle dos serviços públicos são sempre atribuições do
Poder Público. A Lei 8.987/95 estabelece que as concessões e permissões são sujeitas à fiscalização pelo
poder concedente com a cooperação dos usuários (art. 3º) e ainda assegura a qualquer pessoa a obtenção de
certidão sobre atos, contratos, decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões e
permissões de serviços públicos (art. 22). Cabe lembrar que concessões e permissões são espécies de
contratos administrativos, portanto sujeitos às cláusulas exorbitantes, as quais conferem a Administração
prerrogativas próprias de Direito Público, tais como rescisão unilateral do contrato, intervenção, ocupação
temporária, decretar caducidade etc. Além do controle pelo Poder Público e pelo usuário, vigora o princípio
da inafastabilidade de jurisdição, podendo o judiciário anular os atos ilegais ou ilegítimos ou ainda
determinar a reparação dos danos suportados pelos usuários ou pela administração.
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IV – REQUISITOS DO SERVIÇO PÚBLICO

Toda prestação de serviço público deve assegurar aos usuários o que a Lei 8.987/95 denominou de
serviço adequado. Considera-se adequado o serviço que satisfaça as exigências estabelecidas na Lei, nas
normas pertinentes e no respectivo contrato. Como requisitos mínimos a Lei estabeleceu a exigência de que
ele satisfaça os seguintes princípios (condições):
• Regularidade;
• Continuidade ou Permanência: salvo em situação de emergência (independente de aviso prévio), razões
de ordem técnica ou de segurança ou por inadimplemento do usuário (ambos necessitam de aviso
prévio);
• Eficiência;
• Segurança;
• Atualidade: compreende modernidade, conservação, melhoria e expansão do serviço;
• Generalidade: atendimento sem discriminação, com abrangência ao mercado, sem exclusão ;
• Cortesia na prestação;
• Modicidade das tarifas: remuneração razoável, vedada margens exorbitantes e/ou lucros
extraordinários, permitido manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.

V – DIREITOS DO USUÁRIO
• Receber serviço adequado;
• Receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais
ou coletivos;
• Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores , quando for o caso,
observadas as normas do poder concedente;
• Levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as irregularidades de que tenha
conhecimento, referentes ao serviço prestado;
• Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do
serviço.

Obs.: Nos Estados e no DF, as concessionárias de serviços públicos são obrigadas a oferecer, no mínimo,
seis datas opcionais de vencimento de seus débitos.

VI – OBRIGAÇÕES DO USUÁRIO
• Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são
prestados os serviços.

VII – FORMAS E MEIOS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO

A Administração pode prestar diretamente serviços públicos. Nesta caso podem ser prestados
centralizadamente, pela própria Administração Direta, ou descentralizadamente, pelas entidades da
Administração Indireta. Podem ser delegados a particulares por meio de concessão ou de permissão (esta
implica celebração de contrato de adesão), sendo ambas modalidades descentralizadas. Além disso,
classificam-se em prestação direta (aquelas realizadas pela Administração) e indireta (aquelas realizadas
pelos particulares, mediante delegação, precedidas de licitação e na modalidade concessão ou permissão). A
prestação descentralizada será feita mediante Outorga ou Delegação. A outorga é concedida às entidades da
Administração Indireta. A delegação é concedida à particular não integrante da Administração Pública e pode
se dar por concessão, permissão ou autorização.

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VIII – CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

É a mais importante forma de delegação e possui as seguintes modalidades:


• Concessão de Serviço Público:, é feita mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas (não se admite para pessoas físicas), por sua conta e risco e por prazo
determinado.

• Concessão de Serviço Público precedida da execução de obra pública: construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada
pelo poder concedente, mediante licitação na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio
de empresas, por sua conta e risco e remunerado ou amortizado mediante exploração por prazo
determinado.

1) Licitação Prévia à Concessão


Conforme previsto no art. 175 da CF, as concessões deverão ser precedidas de licitação e, esta, observará
os princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, julgamento por critérios objetivos e
vinculação ao instrumento convocatório. A Lei 8.987 disciplina as regras específicas pertinentes a tais
licitações, aplicando-se supletivamente, todas as regras da Lei 8.666. Sendo que a modalidade de licitação
para os serviços públicos é a concorrência.

2) Critérios de julgamento:
• Menor valor da tarifa
• Maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente
• Melhor proposta técnica, para os casos de preço fixado em edital
• Melhor proposta, em razão da combinação dos critérios menor valor e melhor técnica
• Melhor proposta, em razão da combinação dos critérios maior oferta e melhor técnica
• Melhor oferta, após qualificação de propostas técnicas

Obs.: O poder concedente recusará propostas manifestamente inexeqüíveis ou financeiramente


incompatíveis com os objetivos da licitação. Em igualdade de condições, será dada preferência à
proposta apresentada por empresa brasileira.

3) Intervenção na Concessão
O art. 32 da Lei traz a hipótese de o poder concedente intervir no serviço quando este estiver sendo
inadequadamente prestado. Esta intervenção será sempre provisória e deverão estar expressamente
assinalados, no ato que a decrete, o prazo de duração, os objetivos, os limites e a designação do interventor.
Após a decretação o poder concedente tem prazo de 30 dias para instaurar procedimento administrativo
visando comprovar a existência dos motivos e apurar as responsabilidades, este procedimento tem prazo de
180 dias para ser concluído ou a intervenção será considerada inválida. A intervenção não resulta
obrigatoriamente na extinção da concessão.

4) Extinção da Concessão
Diversos motivos podem acarretar a extinção da concessão. Extinta a concessão, retornam ao poder
concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário e havendo imediata
assunção do serviço (ocupação das instalações e utilização dos bens reversíveis) e procedendo-se aos
levantamentos, avaliações e liquidações necessários. São causas de extinção:
• Reversão ou Advento do Termo Contratual: Corresponde ao término regular do contrato por haver
sido atingido o prazo de sua duração. Os investimentos que o concessionário houver realizado nos bens
reversíveis e ainda não tenham sido inteiramente depreciados ou amortizados, serão a eles indenizados.

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• Encampação: Esta causa verifica-se na hipótese de interesse público superveniente, é a retomada do
serviço pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, mediante lei autorizativa específica e
após prévio pagamento da indenização. Atualmente, compete ao Poder Legislativo determinar a
existência do interesse público superveniente (não mais ao Chefe do Executivo).

• Caducidade: Ocorrerá sempre que houver inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte
da concessionária. Antes de instaurar-se o processo administrativo é necessário comunicar a ela os
descumprimentos contratuais que serão objeto do processo administrativo, dando-lhe um prazo para
corrigi-los. Se não ocorrer a correção, o processo administrativo será instaurado, a caducidade será
declarada por decreto do poder concedente ou, alternativamente, poderá ser aplicada ao inadimplente
outras sanções previstas em contrato. No caso de caducidade a indenização também é prevista, porém
não há necessidade de que seja prévia e do montante a ser indenizável deverão ser descontados as
multas contratuais e os danos ocasionados pela concessionária. Declarada a caducidade, não resultará
para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade por encargos, ônus, obrigações ou
compromissos com terceiros ou empregados da concessionária. A caducidade poderá ser decretada
quando a concessionária:

a) deixar de prestar o serviço de forma adequada ou eficiente, tendo por base parâmetros definidores
de qualidade;
b) descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
c) paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses oriundas de caso fortuito ou
força maior;
d) perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do
serviço;
e) não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
f) não atender a intimação do poder concedente para regularização do serviço;
g) for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições
sociais;
h) transferir a concessão ou seu controle societário, sem prévia anuência do poder concedente.

• Rescisão: É termo utilizado para definir o cancelamento por parte da concessionária e deve decorrer de
descumprimento de normas contratuais pelo poder concedente. É necessário que a concessionária entre
com uma ação judicial específica e a mesma não poderá interromper ou paralisar o serviço até transito
em julgado da sentença que reconheça a o inadimplemento contratual da Administração.

• Anulação: a hipótese decorre de ilegalidade da licitação prévia à concessão ou do contrato e acarretará


a responsabilização do responsável.

• Falência ou Extinção da concessionária: ocorrerá por falecimento ou incapacidade do titulat, no caso


de empresa individual.

5) Subconcessão
As concessões, assim como todos os contratos administrativos, em princípio são celebrados na forma de
contrato pessoal (intuitu personae). Não obstante, a lei permite que a concessionária contrate com terceiros o
desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço, bem como o
desenvolvimento de projetos associados. A subcontratação só poderá ocorrer se estiver prevista no edital da
licitação e se expressamente autorizada no contrato. Esses contratos terão de ser regidos pelo Direito Privado,
não se estabelecendo qualquer vínculo jurídico entre os terceiros e a Administração e serão sempre
precedidos de concorrência. O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da
subconcedente dentro dos limites da subconcessão; atenderá às exigências de capacidade técnica, idoneidade
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financeira e regularidades jurídico-fiscal necessárias à assunção do serviço; estará compromissada a cumprir
todas as cláusulas do contrato.

IX – PERMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Costuma ser definida pela doutrina como ato administrativo negocial, unilateral, discricionário e precário
por meio do qual a Administração faculta ao particular (pessoa física ou jurídica) o uso especial de um
determinado bem público ou a prestação de um serviço de utilidade pública. Por força do art. 175 da CF
juntamente com a Lei 8.987/95 a conceituação de ato unilateral é perfeitamente aceitável no caso de uso de
bem público, porém, não é mais admissível em se tratando de permissão de serviços públicos (sendo
precário, revogável unilateralmente, exigido licitação e contrato de adesão).

X – AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

A Autorização não esta expressa no art. 175 da CF e nem na Lei 8.897/95, sendo sua base constitucional
o art. 21, XI e XII da CF. É a única forma de delegação de prestação de serviços que não exige licitação e
não depende de celebração de contrato, sendo tradicionalmente descrita pela doutrina como ato unilateral,
discricionário e precário para particulares, visando atender interesses coletivos instáveis ou emergência
transitória e que não requeiram grande especialização. Ex: táxi, despachantes, segurança particular ou
patrimonial. De regra, não haverá direito à indenização para o particular que tenha sua autorização revogada
e o cometimento de irregularidades ou faltas pelo autorizatário acarretará aplicação de sanções, inclusive a
cassação da autorização.
Obs.: A Lei 9.074/95, em seu art. 2º, tornou obrigatória a edição de lei autorizativa para a execução indireta
mediante concessão ou permissão, isto válido para U/E/DF/M, salvo: saneamento básico, limpeza
urbana e os passíveis de serem prestados indiretamente na CF, nas CE e nas Leis Orgânicas do DF e
Municípios;
• Transporte de cargas por meio rodoviário ou aquaviário, independem de concessão, permissão ou
autorização;
• Transporte aquaviário de passageiros, que não entre portos organizados, independem de concessão
ou permissão;
• Transporte rodoviário e aquaviário de pessoas, realizado por operadoras de turismo no exercício
dessa atividade, independem de concessão ou permissão;
• Transporte de pessoas, em caráter privativo de organizações públicas ou privadas, ainda que de
forma regular, independem de concessão ou permissão;
• Autorização para a UNIÃO a realizar indiretamente, por concessão ou permissão e precedidos ou
não de obras públicas, serviços e obras pertinentes a: vias federais; exploração de barragens,
contenções, eclusas, diques e irrigações; estações aduaneiras e outros terminais alfandegados, não
instalados em área de porto ou aeroporto; serviços postais.

Obs.: A Decreto 2521/98 prevê a exploração mediante permissão ou autorização de serviços de trasporte
rodoviário interestadual ou internacional de passageiros.

Obs.: As Leis 9.074/95 e 9.427/96 também mencionam a possibilidade de autorização de serviços público,
para a produção de energia elétrica por “produtores independentes”.

Obs.: O art. 223 da CF fala em “outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para serviço de
radiofusão sonora e de sons e imagens”.

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EXERCÍCIOS DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
1) Com relação aos serviços públicos, analise as c) A rescisão de iniciativa do concessionário
afirmativas a seguir: independe de prévia manifestação do Poder
I. Os serviços públicos individuais obrigatórios Judiciário.
são remunerados por tarifa, sempre fixada d) A inexecução parcial do serviço por parte do
pelo Poder Público. concessionário pode importar em caducidade da
II. Atualmente não existem distinções entre concessão, salvo se decorrente de caso fortuito
permissão e concessão de serviço público. ou força maior.
III. A concessão de serviço público só pode ser e) A sonegação de tributos por parte do
formalizada com pessoas jurídicas ou concessionário, comprovada em processo
consórcio de empresas. administrativo, é motivo de extinção da
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: concessão.
a) I
b) II 4) A permissão para uso de boxe no mercado
c) III municipal caracteriza-se como ato
d) I e II administrativo:
e) II e III a) ordinatório
b) negocial estável
2) Em relação à concessão de serviços públicos, c) negocial precário
assinale a opção incorreta: d) negocial bilateral
a) A modicidade das tarifas integra o conceito de e) enunciativo
serviço público adequado.
5) Em relação à concessão do serviço público, é
b) A subconcessão é admitida desde que prevista
correto afirmar:
no contrato de concessão e será precedida por
licitação, na modalidade concorrência ou a) decadência é a retomada do serviço público ao
tomada de preços. final do prazo da concessão
b) a rescisão unilateral por motivo de
c) A extinção da concessão decorrente de
inadimplência contratual denomina-se
inexecução total ou parcial do contrato, pelo
caducidade
concessionário, denomina-se caducidade.
c) a responsabilidade do concessionário por
d) Incumbe ao poder concedente regulamentar o prejuízos causados a terceiros, por
serviço concedido, bem como intervir na conseqüência de seus serviços, tem natureza
prestação dos serviços, nos casos e condições subjetiva
previstos em lei. d) é possível a alteração unilateral do objeto da
e) Na concessão, é válido, no julgamento da concessão
respectiva licitação, o critério de oferta de e) a incorporação dos bens do concessionário ao
menor valor da tarifa do serviço público a ser poder concedente dar-se-á mediante
prestado. encampação

3) Em relação à extinção da concessão de serviço 6) Os serviços públicos podem ser prestados


público, é correto afirmar: diretamente pela Administração, ou por
a) Extinta a concessão por advento do termo particulares através de delegação, onde
contratual, os bens reversíveis retornam ao ocorrerá o fenômeno denominado de
poder concedente, mediante indenização de descentralização. Marque a alternativa
todo o acervo. incorreta:
b) A encampação pressupõe inexecução total ou a) A descentralização que se faz mediante
parcial do contrato pelo concessionário. delegação poderá se dar sob a forma de

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concessão ou permissão. Em se tratando de e) tecnologia
concessão necessariamente deverá a
Administração proceder de forma prévia à 9) Tratando-se do serviço público, assinale a
licitação, o que não se dá na hipótese de alternativa falsa:
permissão, diante do seu caráter precário. a) a encampação da concessão de serviço público,
b) A concessão do serviço público é definida pela por inexecução contratual por parte do
legislação como a delegação de sua prestação, concessionário, dar-se-á mediante um ato
feita pelo poder concedente, mediante licitação, unilateral
na modalidade de concorrência, à pessoa b) é lícita a adoção do critério de menor tarifa do
jurídica ou consórcio de empresas que serviço a ser prestado, na licitação para
demonstre capacidade para seu desempenho, concessão de serviços públicos
por sua conta e risco e por prazo determinado. c) a modicidade das tarifas é um dos elementos do
c) A concessão de serviço público, precedido ou serviço adequado
não da execução de obra pública, será d) é permitida a interrupção do serviço quando
formalizada mediante contrato, que deverá ocorrer o inadimplemento do usuário, mediante
observar a legislação em vigor e o edital da prévio aviso
licitação. e) o instrumento contratual de permissão de
d) Toda concessão ou permissão pressupõe a serviço público, ainda que precedido de
prestação de serviço adequado ao pleno licitação, tem caráter precário.
atendimento dos usuários, sendo este entendido
como aquele que satisfaça as condições de 10) No âmbito do serviço público, a noção de
regularidade, continuidade, eficiência, serviço adequado abrange as seguintes
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na condições, exceto:
sua prestação e modicidade das tarifas. a) cortesia na sua prestação
e) Não se caracteriza como descontinuidade de b) atualidade
serviço a sua interrupção em situação de c) modicidade nas tarifas
emergência ou após prévio aviso, quando d) continuidade
motivada por razões de ordem técnica ou de e) gerenciamento participativo
segurança das instalações, ou por
inadimplemento do usuário, considerado o 11) Em relação aos serviços públicos, analise as
interesse da coletividade. afirmativas a seguir:
I. Os serviços gerais, que não permitem a
7) A permissão de serviço público, nos termos da
identificação dos seus destinatários, são
legislação federal, deverá ser formalizada
mantidos através dos impostos, modalidade
mediante:
de tributo não vinculado.
a) termo de permissão II. Mesmo nos serviços públicos com execução
b) contrato administrativo delegada a particular, compete ao Poder
c) contrato de permissão Público fixar a tarifa que será paga pelo
d) contrato de adesão usuário.
e) termo de compromisso III. Os serviços públicos classificados como
individuais e obrigatórios serão mantidos
8) No âmbito do conceito de serviço público através de tarifa que tem a natureza jurídica
adequado, o requisito referente à modernidade de preço público.
das técnicas, do equipamento e das instalações É/são afirmativa(s) verdadeira(s) somente:
e sua conservação, bem como a melhoria e a) I e II;
expansão do serviço, denomina-se: b) I e III;
a) atualidade c) II e III;
b) eficiência d) I, II e III;
c) desempenho e) nenhuma.
d) efetividade
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12) O serviço público delegado a um particular prorrogação das concessões e permissões de
mediante concessão pode ser retomado, no serviços públicos, analise as afirmativas:
curso da delegação, por razões de interesse I. Independe de autorização, concessão ou
público, mediante indenização prévia e permissão o transporte de cargas por meio
autorização do Poder Legislativo. Essa rodoviário e aquaviário.
modalidade de extinção da concessão, prevista II. Independe de concessão ou permissão o
da Lei 8.987/95, denomina-se: transporte rodoviário e aquaviário de pessoas
a) reversão; realizados por operadora de turismo no
b) caducidade; exercício dessa atividade.
c) rescisão; III. Depende de permissão o transporte regular
d) contraposição; de pessoas em caráter privado de
e) encampação. organizações públicas ou privadas.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
13) A execução de um serviço público pode ser a) I e II
delegada através de concessão. Sobre o tema, b) I e III
analise as afirmativas: c) II e III
I. A concessão é formalizada por contrato d) todas são verdadeiras
administrativo. e) todas são falsas
II. A escolha do concessionário será feita por
licitação na modalidade de concorrência. 16) Sobre as concessões e permissões de serviço
III. A concessão se caracteriza pela precariedade, público, analise as afirmativas a seguir:
podendo ser livremente rescindida pela I. A concessão pode ser formalizada com
Administração Pública. pessoa natural ou jurídica escolhida mediante
As afirmativas verdadeiras são somente: licitação.
a) I e II; II. A modalidade licitatória usada para escolha
b) I e III; do concessionário será sempre a
c) II e III; concorrência.
d) I, II e III; III. Não há necessidade de licitação para escolha
e) nenhuma. do permissionário de serviço público.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
14) Sobre as concessões de serviços públicos, a) I
analise as afirmativas: b) II
I. Com a extinção da concessão retornam ao c) III
poder concedente todos os bens reversíveis, d) I e II
direitos e privilégios transferidos ao e) II e III
concessionário.
II. O poder concedente não poderá promover a 17) De acordo com as classificações e princípios
intervenção no contrato de concessão. usados para os serviços públicos, é
III. Em nenhuma hipótese as tarifas INCORRETO afirmar que:
remuneratórias do serviço público poderão a) o serviço de segurança pública é serviço geral,
ser fixadas de forma diferenciada. pois não permite a identificação dos seus
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: usuários
a) I b) os serviços classificados como gerais devem
b) II ser mantidos com os recursos arrecadados pela
c) III taxa
d) I E II c) de acordo com o princípio da generalidade, o
e) I E III serviço público deve ser colocado à disposição
de todos os usuários em potencial
15) Levando-se em consideração a Lei 9.074/95 d) o serviço de transporte coletivo, de acordo com
que estabelece normas para outorga e a Constituição, é considerado essencial
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e) existem serviços públicos que, por sua cometimento de falta contratual pelo
natureza, não podem ser delegados a concessionário;
particulares b) o mecanismo extintivo do contrato de
concessão através do qual a Administração
18) O serviço público delegado mediante Pública, por meio de decreto do chefe do Poder
concessão retornará ao poder concedente após Concedente e após prévia indenização, retoma
o término do prazo contratual. Essa a prestação do serviço público concedido,
modalidade de extinção da concessão é durante o contrato de concessão, em virtude do
denominada: interesse público predominante;
a) encampação; c) o mecanismo através do qual, no advento do
b) reversão; termo final do contrato de concessão, os bens
c) caducidade; afetados à prestação do serviço revertem ao
d) rescisão; patrimônio do Poder Concedente em virtude
e) retomada. do princípio da continuidade do serviço
público;
19) A modalidade licitatória usada para escolha de d) a forma de extinção do contrato de concessão
concessionário de serviço público é: consistente na retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por
a) pregão;
motivo de interesse público, mediante lei
b) convite;
autorizativa específica e após prévio
c) concurso;
pagamento de indenização;
d) tomada de preços;
e) concorrência. e) a forma de extinção da concessão através da
qual o Poder Concedente, mediante decreto
20) Em tema de serviços públicos, considera-se autorizativo e após prévia indenização em
encampação: títulos da dívida pública, retoma o serviço
público concedido, durante o prazo da
a) o instrumento através do qual, por meio de concessão, em caso de inexecução total ou
decreto do chefe do Poder Concedente, a parcial do contrato por parte do
Administração Pública retoma concessionário.
temporariamente um serviço público, durante o
prazo da concessão, em virtude do

GABARITO SERVIÇOS PÚBLICOS

1) C 5) B 9) A 13) A 17) B
2) B 6) A 10) E 14) A 18) B
3) D 7) D 11) A 15) A 19) E
4) C 8) A 12) E 16) B 20) D

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