Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
RESUMO
This paper deals with a research for the conclusion of the undergraduate course
in Sociology. From a sociological perspective, this report seeks to reflect on the
dimensions of the sacred feminine in the yorùbá tradition in the Brazilian Diaspora
and the impacts of this religious motto on gender and identity for black women.
The participants are black women members of the Afro-Brazilian Religion
(Candomblé Ketú) and Traditional Religion Yorùbá, all located in the city of
Cuiabá-MT. Problems such as: Is there a socio-educational process from the
representations of the female deities to the perception of gender issues among
black women? Do black women construct positively and / or relate their black
identity by considering ritualistic experiences with the sacred feminine? Where
do these questions point to teaching in sociology? The study is anchored in a
variety of bibliographical sources, interviews and observations related to the
sacred feminine relationship and the participation of black women in the context
of these religions.
Da mesma forma, que o estudo da religião está longe de ser uma janela
aberta apenas para panoramas externos, ela “ë como um espelho de nós
mesmos”, o mesmo compreende a ciência da religião também como “ciência de
nós mesmos”. Pode-se dizer que não se pode ignorar a religião no contexto de
pesquisa. “O discurso religioso contém algo mais que a pura ausência de
sentido, não podendo, por isso mesmo, ser exorcizado pela crítica
epistemológica” (ALVES 1999, p. 85).
Em se tratando da religião de culto aos Òrìṣà (Orixás), o qual é o campo
dessa pesquisa. Sabe-se que as religiões de origem africanas foram
reelaboradas no Brasil, pelos africanos de diversas nações como, Nagôs,
Angola, Congo, Jeje e outros. Proibidos de manifestarem suas crenças,
buscaram de artifícios para cultuarem suas divindades, inclusive utilizando
símbolos católicos, como por exemplo, o uso dos santos católicos,
correlacionando-os com alguns Orixás. Assim, de forma estratégica utilizavam
esses santos para encobrirem suas verdadeiras crenças.
Conforme Silva (2005), até o século XVIII os calundus era o culto
africano mais ou menos organizado que antecederam os terreiros de Candomblé
no século XIX.
O uso do mesmo espaço para a moradia dos negros e para os
culto dos seus deuses foi uma característica dos primeiros
templos das religiões afro-brasileiras e que possibilitou a
existência dos calundus sob a adversidade do regime de
escravidão. Característica que a maioria dos templos preserva
até hoje. (SILVA op. cit., p. 45)
1
Substituir a denominação deuses utilizado pelo autor, por orixás, por entender que o Candomblé é
monoteísta.
pelos nomes das divindades, e enfim por certos traços do
ritual.(p.29)